A dança das cadeiras no quarto andar do Palácio do Planalto, de onde despacham os ministros, continua dando dor de cabeça e causando problemas entre o Congresso Nacional e o governo do presidente Jair Bolsonaro.
O foco do problema agora é a relação entre o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e a sua sucessora na Secretaria de Governo, Flávia Arruda. O presidente da Câmara, Arthur Lira, padrinho político da ministra, reclamou a Bolsonaro que Ramos não quer largar o osso da articulação política.
Ramos estaria, segundo queixou-se Lira, atrapalhando as negociações por cargos e emendas com parlamentares.
No início da CPI da Pandemia, a falta de entrosamento entre os ministros palacianos já tinha dado problemas. Senadores governistas na comissão reclamavam que ficou um “deixa que eu deixo” e que, quando havia orientações, eram desencontradas.
Procurado, Ramos afirmou por meio de sua assessoria que as atuações dele e de Flávia Arruda são “sinérgicas e complementares”. “Não há qualquer tipo de interferência de um ministro no trabalho do outro, mas parceria e compromisso com o futuro do Brasil”, diz a nota. Arthur Lira não retornou os contatos.