Em iniciativa inédita do governo Bolsonaro, ministro do Trabalho convida líderes de sindicatos para encontro em Brasília
por Sara Goldschmidt em 25/08/21 14:21
A terça-feira (24) foi de reaproximação inédita do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) com as centrais sindicais – relação que não existia desde 2019, quando o atual presidente assumiu como chefe do Executivo. Segundo o jornal ‘Folha de S.Paulo’, a iniciativa do diálogo com o grupo partiu do ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni (DEM).
Líderes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Nova Central estiveram em Brasília a convite do ministro, e elogiaram sua postura. Durante o encontro, Onyx relembrou seu histórico como sindicalista no Rio Grande do Sul, na década de 1980, quando era presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários.
Os representantes das entidades também ponderaram sobre as intenções do ministro, que integra um governo não muito aberto ao diálogo. Sérgio Nobre, presidente da CUT, disse que Onyx foi “muito simpático, demonstra boa vontade na relação, mas o governo não é do diálogo. Espero que não seja repreendido pelo Bolsonaro por ouvir os trabalhadores”, disse ele.
Fato é que esta reaproximação acontece em um momento de fragilidade política do presidente, que enfrenta a queda da popularidade e manifestações pedindo seu impeachment. Além dos embates constantes com o Judiciário e as pressões da CPI da Pandemia.
Lorenzoni está a frente do ministério do Trabalho desde julho deste ano, quando a pasta foi recriada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Os sindicalistas acreditam que este primeiro encontro pode ser uma oportunidade para a retomada de pautas conjuntas entre empresas e centrais sindicais. Mas apesar de Onyx afirmar que está aberto às reivindicações, ele também esclareceu que não irá concordar com todas as pautas propostas pelo grupo.
Uma delas é a minirreforma trabalhista, que cria novas modalidades de contratações e muda normas da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) – o ministro defende que ela produzirá empregos, os líderes sindicais, que ela levará à precarização do trabalho. A Medida Provisória com o texto da minirreforma já foi aprovada na Câmara dos Deputados e agora vai passar pela análise do Senado.
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