Após solicitação do senador Randolfe Rodrigues, STF pediu informações à Presidência sobre a ida do vereador e filho do presidente à Europa em fevereiro.
por Julia Melo em 15/03/22 11:00
Carlos Bolsonaro Foto: Caio César (CMRJ)
Em ofícios enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira (14), a Presidência da República informou que não custeou as despesas do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) na viagem presidencial de fevereiro para a Rússia.
O Supremo Tribunal Federal analisa um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para o início de uma investigação sobre a ida à Rússia do vereador e do assessor especial da Presidência, Tercio Arnaud. Eles integraram a comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PL), que participou de um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, em 16 de fevereiro.
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Ministro do STF Alexandre de Moraes atua na apuração, que entrou para o inquérito que investiga as milícias digitais, já que Carlos e Tércio são apontados como parte do “gabinete do ódio”. O senador Randolfe fez a solicitação da investigação com foco nos reflexos da viagem para a integridade das eleições de 2022.
Os documentos fornecidos pelo Planalto ao tribunal negaram qualquer irregularidade e questionaram a necessidade de uma investigação. No entanto, a agenda com os compromissos do filho do presidente na Rússia não foi entregue, apesar de constar no pedido de informações feito por Moraes.
No começo de março deste ano, a Procuradoria-Geral da República (PGR) declarou ao STF que não encontrou irregularidades na comitiva presidencial e pediu o envio de um ofício ao Palácio do Planalto para que o governo fornecesse informações se considerasse pertinente, necessário.
A Câmara Municipal do Rio também já disse que não pagou pela viagem do vereador e enviou ao Supremo um documento em que o próprio Carlos Bolsonaro informou sobre a viagem. No ofício, ele pontuou que não usaria verba pública e pediu permissão para representar as comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação, Informática e Turismo da Câmara do Rio, mas ainda não se sabe se a representação foi formalizada. O vereador participou remotamente de todas as votações que ocorreram nos dias 15, 16 e 17 de fevereiro, quando esteve na viagem.
Após a Presidência negar que custeou a ida do filho do presidente à Europa, o senador Randolfe Rodrigues questionou, através de uma publicação, sobre quem pagou pela viagem e quais foram os compromissos cumpridos na viagem.
Se o Governo não pagou e a Câmara de Vereadores do RJ também não, isso só aumenta a necessidade de investigação. Quem pagou? Por que esconder quem fez o pagamento? Quais os compromissos que ele participou na viagem? Qual a natureza desses compromissos? https://t.co/LYpqM4U0X7
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) March 14, 2022
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