Arquivos 7 de setembro - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/7-de-setembro/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Wed, 11 Sep 2024 18:28:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Não se pode dar anistia a quem quer dar golpe de Estado, diz advogado https://canalmynews.com.br/opiniao/nao-se-pode-dar-anistia-a-quem-quer-dar-golpe-de-estado-diz-advogado/ Wed, 11 Sep 2024 18:14:12 +0000 https://localhost:8000/?p=46590 A história demonstrou que países que abrandaram a punição para crimes contra a democracia sofreram consequências graves, ressaltou Rodrigo Francisconi

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Não se pode dar anistia a quem quer dar golpe de Estado. A história já demonstrou que países que abrandaram a punição para esse tipo de crime sofreram graves consequências. Esse é o parecer do advogado Rodrigo Francisconi, que participou do Segunda Chamada de segunda-feira (9).

Durante o feriado de 7 de setembro, no último final de semana, milhares de pessoas foram às ruas em diversas capitais após convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre as pautas dos manifestantes estava o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que tem estado na mira de bolsonaristas por decretar medidas que eles consideram autoritárias. A mais recente delas foi a suspensão do X (antigo Twitter no Brasil), após o empresário Elon Musk, dono da plataforma, se recusar a indicar o representante legal da empresa no Brasil.

A maior manifestação do 7 de Setembro ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo, e contou com a presença de diversas lideranças da direita e da extrema direita. Entre elas, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o pastor Silas Malafaia e os candidatos à Prefeitura de São Paulo Ricardo Nunes (MDB), Pablo Marçal (PRTB) e Marina Helena (Novo).

Em discurso a apoiadores, Bolsonaro pediu a anistia dos condenados por envolvimento nos ataques antidemocráticos contra os prédios dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, e chamou Moraes de “ditador”. Na mesma linha, Malafaia também se manifestou e pediu a prisão do ministro. Tarcísio, que dividiu o carro de som com o ex-presidente, defendeu a concessão de perdão aos golpistas e se referiu à anistia como “um remédio político” que poderia ser garantido pelo Congresso Nacional. Para o advogado Rodrigo Francisconi, qualquer concessão política nesse caso é “extremamente perigosa”.

“Na primeira oportunidade, eles vão tentar provocar algum tipo de instabilidade institucional ainda mais raivosa, que só não aconteceu há alguns anos […] porque não foi possível pela conjuntura política e porque não teve apoio internacional”, alertou. “Essa preocupação da anistia tem que ser observada dado a sua gravidade.”

O deputado Rodrigo Valadares (União) apresentou, na terça-feira (10), parecer favorável a projeto de lei que quer dar anistia aos golpistas, em sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), da Câmara dos Deputados. A análise do texto, que seria votada nesse dia, ficou prejudicada pelo início da Ordem do Dia do Plenário. A medida beneficia também Bolsonaro, que é investigado pelo STF sob acusação de incitar os atos em vídeo publicado nas redes sociais.

Veja a análise completa:

*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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A ‘coragem’ de Malafaia para enfrentar o STF causa espanto, diz cientista política https://canalmynews.com.br/opiniao/a-coragem-de-malafaia-para-enfrentar-o-stf-causa-espanto-diz-cientista-politica/ Wed, 21 Aug 2024 22:31:31 +0000 https://localhost:8000/?p=46031 Em pronunciamento, pastor afirmou que vai defender a prisão do ministro Alexandre de Moraes em manifestação prevista para 7 de setembro

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A “coragem” de Silas Malafaia para encarar o Supremo Tribunal Federal (STF) causa espanto, afirmou a cientista política Deysi Cioccari durante participação no Segunda Chamada de terça-feira (20). Para ela, o pastor, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), tem a certeza de que os ataques contra a Suprema Corte e o ministro Alexandre de Moraes terão um final satisfatório.

Malafaia está coordenando um protesto contra Moraes planejado para ocorrer na Avenida Paulista, em São Paulo, em 7 de setembro. De acordo com o pastor, a oportunidade será usada para defender que o magistrado seja preso.

“Eu direi com todas as letras, na manifestação do 7 de setembro, o que tem que acontecer com o Moraes: ele tem que ser preso porque tem sangue nas mãos”, afirmou Malafaia, em referência à morte do empresário Cleriston Pereira da Cunha, que foi preso por participar dos atos democráticos de 8 de janeiro e morreu na cadeia. “A gente sempre acreditou que havia uma perseguição a bolsonaristas opositores do governo Lula […]. As reportagens da Folha de S.Paulo escancaram uma suspeita que já era de todos.”

Na visão de Deysi, Malafaia, que exerce grande influência sobre a bancada evangélica, utiliza o profetismo — isto é, se comunica como se fosse um profeta e suas palavras fossem dotadas de um “poder mágico” — para promover obediência. Segundo ela, o sociólogo alemão Max Weber, no início do século 20, o sociólogo alemão Max Weber já defendia que a obediência era normalmente estabelecida pelo medo ou pela esperança.

“Ele [Silas Malafaia] trabalha com o medo do STF, o medo de uma autocracia do ministro Alexandre de Moraes, e a esperança de que o povo vá à rua vingar a sociedade que está sendo rejeitada em razão da esquerda […] para conseguir chamar os fiéis para ficar ao lado dele”, explicou a cientista política.

Veja a análise completa:

*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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‘Brasil é único país do mundo com líder que louva torturador’, diz Matheus Leitão https://canalmynews.com.br/opiniao/brasil-e-unico-pais-do-mundo-com-lider-que-louva-torturador-diz-matheus-leitao/ Wed, 21 Aug 2024 18:44:45 +0000 https://localhost:8000/?p=46019 Jornalista é filho da também jornalista Miriam Leitão, que foi torturada por agentes da ditadura em 1972, quando estava grávida do irmão mais velho dele, Vladimir

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O Brasil é o único país do mundo com um líder da extrema direita que louva aqueles que torturaram, mataram e ocultaram o cadáver de centenas de brasileiros perseguidos no período da ditadura militar. Foi o que afirmou o jornalista Matheus Leitão durante participação no Segunda Chamada de terça-feira (20). Ele é filho da também jornalista Miriam Leitão, que foi torturada por agentes da repressão em 1972, quando estava grávida de um mês do irmão mais velho dele, Vladimir. Apesar dos espancamentos, o filho nasceu forte e saudável, sem qualquer sequela.

“A extrema direita cresceu no mundo todo, mas aqui há uma questão específica. O Brasil é o único país do mundo com um líder da extrema direita que faz louvações àqueles que torturaram, mataram e ocultaram cadáveres de brasileiros na ditadura. Quartéis foram construídos para proteger brasileiros, não para cometer crimes”, disse.

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A declaração de Leitão veio em meio à discussão sobre as expectativas para os atos de 7 de setembro, quando é celebrado o Dia da Independência do Brasil. Desde 2021, bolsonaristas reservam a data para ir às ruas se manifestar a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro e propagar ideias ultraconservadoras, muitas vezes antidemocráticas, com ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional.

Novas manifestações desta natureza devem ocorrer este ano em várias capitais, inclusive com a presença de Bolsonaro. Em mais de uma ocasião, o ex-presidente, que é simpatizante da ditadura, elogiou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos maiores torturadores da repressão, a quem já se referiu como “herói nacional”. Desta vez, os atos devem contar também com a participação do pastor Silas Malafaia, que prepara sua mais dura ofensiva voltada ao ministro Alexandre de Moraes.

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Durante o Segunda Chamada, Leitão lamentou o papel que algumas igrejas evangélicas têm desempenhado para fortalecer a disseminação da extrema direita, com púlpitos virando palanques políticos e pastores pregando discurso de ódio em detrimento do evangelho. Ele conta que o avô, Uriel de Almeida Leitão, falecido pastor protestante, sentiria uma “tristeza enorme” se pudesse presenciar essa nova realidade, pois acreditava que, ao fazer isso, perde-se o sentido do verdadeiro cristianismo.

“Fico vendo essa banalização que é feita hoje dentro das igrejas e penso que meu avô sentiria uma tristeza enorme em ver os púlpitos virando palanques. Ele tinha a visão de que, ao fazer isso, perde-se totalmente o sentido daquilo que é o cristianismo e a palavra ensinada por Jesus. As igrejas fazem um papel social importante para o país, mas, ao mesmo tempo, se deixaram levar por esse movimento”, declarou.

Bolsonaro confirma participação em evento de Silas Malafaia contra Moraes no 7 de setembro:

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TSE condena Bolsonaro e Braga Netto por uso político do 7 de setembro https://canalmynews.com.br/brasil/tse-condena-bolsonaro-e-braga-netto-por-uso-politico-do-7-de-setembro/ Wed, 01 Nov 2023 10:17:54 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40997 É a segunda condenação de Bolsonaro à inelegibilidade por oito anos. Braga Netto é condenado pela primeira vez

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou nesta terça-feira (31) o ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Braga Netto à inelegibilidade por oito anos pelo uso eleitoral das comemorações de 7 de setembro de 2022.

É a segunda condenação de Bolsonaro à inelegibilidade por oito anos. Contudo, o prazo de oito anos continua valendo em função da primeira condenação e não será contado duas vezes. O ex-presidente está impedido de participar das eleições até 2030.

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Na primeira condenação, o ex-presidente foi condenado pelo TSE por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pela reunião realizada com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação.

Com a decisão desta terça-feira, Braga Netto fica inelegível e não poderá participar das próximas eleições. O general foi vice na chapa de Bolsonaro nas eleições do ano passado e também participou do evento cívico e dos comícios.

A decisão do TSE também multa Bolsonaro e Braga Netto em R$ 425 mil e R$ 212 mil, respectivamente, pelo uso da estrutura do evento do Bicentenário da Independência para promover a candidatura à reeleição.

Votos
Por 5 votos a 2, prevaleceu na votação o posicionamento do relator, ministro Benedito Gonçalves, pela condenação de Bolsonaro e Braga Netto por abuso de poder político e econômico nas eleições.

No voto proferido na sessão de 24 de outubro, o ministro citou as irregularidades que Bolsonaro cometeu durante o 7 de setembro em Brasília e no Rio de Janeiro.

Entre as acusações, Gonçalves citou uma entrevista de Bolsonaro à TV Brasil, usando a faixa presidencial, antes do início do desfile em Brasília e a autorização do governo para que tratores de agricultores apoiadores do ex-presidente participassem do desfile militar. O ministro também citou a participação do empresário Luciano Hang, conhecido apoiador de Bolsonaro, no palanque oficial e a autorização para entrada de um trio elétrico na Esplanada dos Ministérios para realização do comício do então presidente após o desfile.

No Rio de Janeiro, segundo o relator, as irregularidades ocorreram com o deslocamento de Bolsonaro, no avião presidencial, para participar de outro comício, paralelo ao evento cívico-militar, e pela transferência inédita do desfile militar do centro da cidade para a orla da praia de Copacabana, local que se caracterizou pela presença de apoiadores de Bolsonaro durante a campanha eleitoral.

Também votaram pelas condenações os ministros Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Os ministros Raul Araújo e Nunes Marques votaram pela rejeição das acusações.

O julgamento pelo TSE é motivado por três ações protocoladas pelo PDT e a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que defenderam a inelegibilidade de Bolsonaro, além da aplicação de multa, pela acusação de utilização das comemorações oficiais do Bicentenário da Independência, em Brasília e no Rio de Janeiro, para promoção da candidatura à reeleição nas eleições de outubro do ano passado.

Defesa
Na primeira sessão do julgamento, realizada na terça-feira (24), a defesa de Bolsonaro disse que o ex-presidente não usou a comemoração do 7 de setembro para sua candidatura.

De acordo com a defesa, Bolsonaro deixou o palanque oficial e foi até outra parte da Esplanada dos Ministérios, onde um carro de som estava preparado pela campanha, sem vinculação com o evento cívico.

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Democracia rima com alegria: um 7 de Setembro para resgatar a autoestima e o orgulho dos brasileiros https://canalmynews.com.br/balaio-do-kotscho/democracia-rima-com-alegria-um-7-de-setembro-para-resgatar-a-autoestima-e-o-orgulho-dos-brasileiros/ Tue, 05 Sep 2023 18:47:20 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=39363 O desfile de quinta-feira marcará também o início da desbolsonarização das Forças Armadas e o resgate dos símbolos e das datas nacionais sequestrados pelo governo passado

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Chegou a hora de deixar a tristeza de lado, não confundir mais cara feia com seriedade, abraçar desconhecidos, cantar e dançar, deixar de acreditar em fake news, vestir uma camisa verde amarela ou de qualquer outra cor, e sair por aí em paz sem medo, dar uma banana para as ameaças de araque. 

Não, pessoal, ainda não chegou o Carnaval. Nesta quinta-feira, 7 de setembro de 2023, vamos comemorar o Dia da Independência com a volta da democracia, depois de quatro anos de pesadelos, em que um bando de usurpadores ensandecidos instalados no Palácio do Planalto tentaram sequestrar os símbolos e as datas nacionais. 

No 7 de setembro da democracia vamos resgatar não só os símbolos e as datas, mas também a autoestima e o orgulho de sermos brasileiros nesta terra abençoada por Deus e bonita por natureza, como cantava Jorge Bem Jor em “País Tropical”. 

Fazem muito bem os fanáticos da seita “patriótica” em atender aos apelos de seu líder, o ex-Jair Bolsonaro, para ficarem em casa neste 7 de setembro, deixando as ruas livres para quem só quer fazer uma festa com alegria, não uma guerra. 

Curioso é que, no auge da pandemia, os bolsonaristas blasfemavam contra o “fique em casa” para contrariar as normas dos governos estaduais que queriam preservar vidas. Mas é bom mesmo que fiquem em casa, até porque, ainda sofremos as sequelas da grande tragédia bolsonarista, que hoje ocupam as páginas policiais da imprensa. 

Só não entendi por que também estão pedindo também que os bolsominions doem sangue desta data. O que tem a ver uma coisa com outra? Será para disseminar o sangue “patriótico” nas veias da nação e, mais adiante, toma-la de novo de assalto? Vade retro!

Por via das dúvidas, já que não dá para facilitar com essa gente traiçoeira, que se fingiu de morta para atacar Brasília desguarnecida no 8 de Janeiro, o ministro da Justiça, Flávio Dino, autorizou hoje a atuação das Força Nacional de Segurança Pública nas comemorações do Dia da Independência, em Brasília. 

Por ordem do ministro, “as tropas federais irão ser empregadas no apoio ao Governo do Distrito Federal para auxiliar na proteção da ordem pública e do patrimônio público e privado, da União e do Distrito Federal, em atuação conjunta e articulada com a Secretaria de Segurança Pública”.  

O desfile cívico-militar, que começa às 9 horas na Esplanada dos Ministérios, com a presença do presidente Lula e outras autoridades dos três poderes, faz parte do processo de desbolsonarização das Forças Armadas, com a volta do país à normalidade democrática.

Já podemos respirar e sorrir novamente, sem pedir licença para ninguém. Viva o Brasil! Viva a vida! Viva o 7 de Setembro!

Vida que segue. 

 

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7 de Setembro – Dia de homenagem à pátria; despolitize o 7 de Setembro https://canalmynews.com.br/opiniao/7-de-setembro-dia-de-homenagem-a-patria-despolitize-o-7-de-setembro/ Mon, 04 Sep 2023 13:10:50 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=39311 "No 7 de Setembro, homenageia-se o país e não os governos e governantes. A despolitização do patriotismo é um passo fundamental para enfrentar os problemas", escreve General Santos Cruz

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No dia 7 de setembro, compareça às cerimônias e preste sua homenagem ao Brasil. Isso não tem nada a ver com os protocolos de cerimonial ao presidente da República, governadores e prefeitos. Sem dúvida, nessa caminhada de 201 anos, desde a Independência até aqui, o Brasil não resolveu muitos problemas, principalmente os da inaceitável pobreza e da escandalosa desigualdade social, dos imorais privilégios, da Saúde, Educação, Segurança Pública, do funcionamento da Justiça e outros serviços públicos, do assalto aos cofres públicos e do câncer da corrupção. Esse é o Brasil e isso tem que ser resolvido com ações, entre elas muito trabalho e patriotismo.

No 7 de Setembro, homenageia-se o país e não os governos e governantes. A despolitização do patriotismo é um passo fundamental para enfrentar os problemas. Orçamentos secretos, mensalões, manipulações por “fake news”, gangs de internet, faturamento de imposto sindical, discussões ridículas se presentes valiosos são propriedades ou não de governantes, inaceitáveis invasões de propriedades, imagens apagadas em câmeras de segurança, vergonhosa venda e compra/recompra de relógio, decisões da Justiça sem sentimento de justiça pela sociedade , CPIs e CPMIs teatrais com pouquíssima expectativa de resultados, extremistas e manipulados em acampamentos, os absurdos crimes de 8/1, … esse é o Brasil com seus problemas reais! E o patriotismo sério é fundamental para aperfeiçoar o funcionamento das instituições e a dinâmica das decisões.

Contudo, nesta data também é importante lembrar dos feitos positivos do Brasil ao longo da sua história. Com todos os defeitos, alguns com necessidade urgente de correção, o Brasil está entre os dez maiores países do mundo. O 7 de Setembro não pode ser data de politização, de palco para fanfarrões e covardes, de “imbrocháveis” medíocres e irresponsáveis e nem de demagogias de quaisquer extremos.

Essa data patriótica também não pode ser oportunidade para manipuladores e manipulados que engrossam os grupos de aproveitadores das redes sociais, a máfia da indústria de assassinato de reputações e instituições. O evento da Independência não pode ser mais uma chance para fanáticos extremistas, recalcados e frustrados que estão em campanha visivelmente planejada contra as Forças Armadas, que mais uma vez não apoiaram os desejos de poder de um grupo de vigaristas que iludiram pessoas crédulas utilizando slogans nobres e até mensagens bíblicas como “João 8.32, Deus, Pátria, Família”, mas não prezam nem o segundo nem o sétimo Mandamentos e não têm nenhum projeto, a não ser o de satisfazer seus vícios de poder e de dinheiro público.

O Dia da Independência é uma data que não deve ser explorada pela politização do que se pensa sobre política, problemas nacionais, preferência por candidatos e partidos políticos, encantos e desencantos com pessoas e instituições. Mais do que nunca, é hora de lembrar as conquistas ao longo da história, os problemas existentes e como resolvê-los na caminhada futura.

DESPOTILIZE O 7 DE SETEMBRO!
Compareça às cerimônias e preste sua homenagem à pátria, ao Brasil.
Carlos Alberto dos Santos Cruz

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TSE dá prazo de defesa para Bolsonaro por acusações no 7 de Setembro https://canalmynews.com.br/politica/tse-da-prazo-de-defesa-para-bolsonaro-por-acusacoes-no-7-de-setembro/ Sat, 10 Sep 2022 22:52:02 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33611 Chapa do candidato terá 5 dias para apresentar esclarecimentos

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O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aceitou na noite de ontem (9) a abertura de uma ação protocolada pelo PDT contra a chapa formada pelo candidato à reeleição Jair Bolsonaro e Braga Netto, candidato à vice-presidente. 

Na ação, o partido cita o suposto cometimento de abuso de poder político e econômico na realização de atos de campanha eleitoral durante as comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil e pede a cassação dos registros de candidatura ou a declaração de inelegibilidade ao final do processo.

Ao analisar a ação, Benedito Gonçalves entendeu que a petição inicial preenche os requisitos para ser aberta e concedeu prazo de cinco dias para as candidaturas apresentarem defesa.

“Em primeira análise, a petição inicial preenche os requisitos de admissibilidade. Desse modo, determino a citação dos réus, para que apresentem defesa no prazo de cinco dias. Após, voltem conclusos os autos”, decidiu o ministro.

Em entrevista no dia posterior aos desfiles, Bolsonaro já havia se manifestado publicamente sobre o evento e argumentou que houve clara separação entre o dever institucional e as falas de campanha, tanto que se deslocou fisicamente do palanque oficial para um carro de som que não fazia parte da estrutura do desfile cívico.

“Estão me acusando de quê? Eu estive no 7 de Setembro aqui em Brasília, acabou o desfile, tirei a faixa e fui para dentro do povo. Se qualquer outro candidato quisesse comparecer ali, não tinha problema nenhum. Não foi um ato meu. Foi um ato da população”, argumentou.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

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Marinha participa do 7 de Setembro com parada naval no litoral do Rio https://canalmynews.com.br/brasil/marinha-participa-do-7-de-setembro-com-parada-naval-no-litoral-do-rio/ Sun, 04 Sep 2022 16:50:05 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33483 Em Brasília, a Força também desfila na Esplanada dos Ministérios

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O 7 de Setembro deste ano está repleto de história. São 200 anos de Brasil independente de Portugal, mote que está orientando o desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na próxima quarta-feira (7), pela manhã.

A Marinha do Brasil é uma das Forças Armadas que tradicionalmente participa do desfile. Detalhes foram antecipados pelo contra-almirante Gustavo Calero Garriga Pires, comandante de Operações Marítimas e Proteção da Amazônia Azul, o entrevistado deste domingo do programa Brasil em Pauta, da TV Brasil.

O contra-almirante destacou a parada Naval da Marinha, no Rio de Janeiro. “Nós teremos também, neste 7 de Setembro, uma parada naval com nossos navios da esquadra brasileira e de guerra de marinhas amigas, que foram convidadas para a celebração. A parada naval vai ocorrer no mesmo dia no litoral da cidade do Rio de Janeiro, começando no início da manhã, no Recreio dos Bandeirantes, e seguindo por toda a orla até a praia do Leme’’.

Amazônia Azul

Além da participação da Marinha nas comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil, o contra-almirante Pires detalhou, durante o Brasil em Pauta, o pleito do Brasil, junto ao Conselho de Limites da Plataforma Continental da ONU, de ampliar a extensão da Amazônia Azul.

Rica em recursos naturais e minerais como o petróleo do pré-sal, a Amazônia Azul assemelha-se a uma “moldura” da costa brasileira, em direção ao Oceano Atlântico. Só que esta “moldura” tem atualmente 3,5 milhões de quilômetros quadrados (km²) e o governo brasileiro quer adicionar mais 2,2 milhões de km² ao espaço marinho, pleito que, se for aceito pelas Nações Unidas, elevará a jurisdição brasileira sobre uma região marítima de 5,7 milhões de km².

“Estamos falando de dimensões que vão, normalmente, com algumas exceções, a cerca de 400 quilômetros da costa. Então, contando a partir da costa, é basicamente isso, o espaço geográfico em que consideramos, que denominamos Amazônia Azul, cheia de riquezas, cheio de possibilidades. Se a gente contar sob o ponto de vista econômico e de vários outros pontos de vista também, é de uma riqueza sem igual para o nosso país.”

A ampliação da Amazônia Azul pode ter impactos econômicos para o Brasil que vão além dos hidrocarbonetos, no caso, o petróleo do pré-sal. Segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), a atividade econômica no mar vai movimentar US$ 3 trilhões e gerar mais de 40 milhões de empregos no mundo até 2030. Mas a gestão dessa área marítima também traz desafios e ameaças para a Marinha brasileira, como relatou o contra-almirante Calero Garriga Pires.

“Identificamos ameaças cibernéticas que podem interferir, por exemplo, no tráfego marítimo, o próprio terrorismo. Lembrar que nós temos infraestruturas críticas fundamentais na nossa Amazônia Azul. Acesso ilegal à biodiversidade, o meio ambiente é uma grande preocupação nossa. Então há efetivamente uma série de ameaças, e a Marinha trabalha dia e noite, 24 horas por dia, sete dias por semana, para estar a altura dessas ameaças e se contrapor a elas’’.

Operações

Ainda para o Brasil em Pauta, Pires falou sobre o salvamento e resgate de pessoas e as ações de interoperabilidade com outras estruturas de segurança na costa do país.

Segundo ele, cerca de 300 pessoas já foram resgatadas neste ano em ações de busca e salvamento na costa brasileira. Operações conjuntas também estão apresentando resultados, como a apreensão de drogas efetuada pela Marinha e a Polícia Federal, em 19 de agosto, no litoral cearense.

Na costa do Ceará, um navio de guerra da Marinha do Brasil interceptou uma embarcação de bandeira brasileira que tinha mais de uma tonelada de pasta base de cocaína com agentes da Polícia Federal embarcados, ou seja, nós desenvolvemos a nossa operação em conjunto, neste caso, com a Polícia Federal em prol de coibir o tráfico internacional de drogas.

Brasil em Pauta vai ao ar neste domingo (4), às 22h30, na TV Brasil. Clique aqui e saiba como sintonizar.

Edição: Maria Claudia

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Importante alerta para que nenhum cidadão, qualquer que seja a sua opção política, embarque no estímulo irresponsável à violência https://canalmynews.com.br/carlos-alberto-dos-santos-cruz/general-santos-cruz-chama-atencao-para-7-de-setembro/ Mon, 15 Aug 2022 21:11:02 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33012 Em mais de 45 anos de Exército, participei de muitos desfiles. E nunca houve qualquer conotação ou ideia de significado político. Pura celebração!

O post Importante alerta para que nenhum cidadão, qualquer que seja a sua opção política, embarque no estímulo irresponsável à violência apareceu primeiro em Canal MyNews – Jornalismo Independente.

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“Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste! … Não verás nenhum país como este! Olha que céu! Que mar! Que rios! Que florestas! A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, …!”_ (Olavo Bilac, A Pátria)
Desde a infância, o 7 de Setembro é para mim uma data de celebração. Dia de ver o desfile ou de desfilar pela escola. Dia de ver o desfile das Forças Armadas, das bandas marciais dos grandes colégios, os ex-combatentes, os escoteiros e outros grupamentos. Dia de festa!

Em mais de 45 anos de Exército, participei de muitos desfiles. E nunca houve qualquer conotação ou ideia de significado político. Pura celebração!
Infelizmente, em 2019, o populismo e a politização infectaram o 7 de Setembro. Na primeira fileira do principal palanque, o desfile já teve as marcas da politização e do populismo. A celebração, as cores e os símbolos nacionais, que são de todos os brasileiros foram sequestradas parcialmente pela demagogia. Em 2020, a pandemia do covid-19 impediu as comemorações. Em 2021, o populismo se esbaldou, o estímulo à mobilização popular por diversas pautas tomou conta, a fanfarronice e a coragem irresponsável (de mentirinha) foi para a famosa Avenida Paulista, e alguns exaltados se complicaram com a Justiça … e no dia 9 de setembro, a covardia, pedido de socorro e desculpas (também de mentirinha) para escrever meia página e dar um telefonema.

No próximo 7 de Setembro, o Brasil completará 200 anos de Independência. Qual o planejamento para as comemorações? Infelizmente, o Governo tenta realizar o desfile das Forças Armadas em Copacabana, sem qualquer critério, a não ser a tentativa de forçar uma coincidência com uma manifestação convocada em favor do próprio candidato à reeleição. É uma ideia péssima sob todos os aspectos. As FA não devem participar de uma situação constrangedora e desgastante como essa.

As manifestações políticas de todos os candidatos e seus eleitores são perfeitamente válidas, contanto que não tenham violência e nem transgridam a legislação. Todas as manifestações ordeiras são expressões importantes na democracia. Mas este 7 de Setembro, com o significado especial dos 200 Anos, é para celebrar a história do país, os nossos heróis; um dia para refletir sobre como chegamos até aqui, mesmo com muitas imperfeições e muitas grandezas, como nos tornamos um grande país.

E, por ser uma data próxima a uma eleição, é importante pensar em como resolver os nossos problemas mais graves, a nossa absurda injustiça social, entre outros, e seguir em frente.
Como ponto positivo, não se deve esquecer a inauguração de um dos museus mais modernos do mundo: o Museu do Ipiranga, em São Paulo.
O 7 de Setembro não pode ser dia de populismo, fanfarronice e covardia.

A proximidade das eleições, exercício da democracia, com fortes marcas de fanatismo e, consequentemente, com a possibilidade de violência, pelo menos localizada, torna importante o alerta para que nenhum cidadão, qualquer que seja a sua opção política, embarque no estímulo irresponsável e inconsequente à violência.

Os demagogos, embusteiros e fanfarrões não irão à frente. Eles ficarão escondidos e protegidos nas suas imunidades.
Para que se tenha um 7 de Setembro e eleições sem violência, com absoluta liberdade em todas as manifestações, é importante que os cidadãos, os órgãos de segurança, o Ministério Público e a Justiça tenham consciência da importância da aplicação da lei com a presteza necessária, para que a liberdade de todos seja exercida na sua totalidade.
O Brasil não pode ceder ao fanatismo e precisa resgatar a união e o respeito.
“… não verás pois nenhum país como este: …”

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Santos Cruz: discurso tem sido irresponsável e coloca a sociedade sob tensão https://canalmynews.com.br/politica/santos-cruz-discurso-tem-sido-irresponsavel-coloca-sociedade-sob-tensao/ Mon, 18 Oct 2021 14:08:00 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/santos-cruz-discurso-tem-sido-irresponsavel-coloca-sociedade-sob-tensao/ Para general discurso tem que ser responsável e manifestações devem acontecer dentro dos limites da lei. Santos Cruz admitiu que vai se filiar a um partido político e deve sair candidato em 2022

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O general Carlos Alberto dos Santos Cruz avalia o momento atual de tensão em torno das manifestações marcadas para o próximo dia 7 de setembro como fruto de uma irresponsabilidade nos discursos do presidente Jair Bolsonaro. Na avaliação de Santos Cruz, as manifestações são válidas, dentro dos limites da lei, mas não é aceitável o “palavreado irresponsável” que tem sido utilizado para chamar para os atos.

“O discurso tem sido irresponsável e se agravou um pouco. Esse negócio de dizer ‘vamos lutar pela nossa liberdade’, vamos lutar contra quem? A luta pela liberdade é trabalhar pela paz social, pela união, pela compreensão, por emprego, por melhoria do serviço público e pela educação, e não ficar com palavreado irresponsável, gerando tensões que ninguém sabe. Liberdade de expressão e de opinião, não tem problema nenhum, só que estão criando uma questão como se fosse o dia da justiça, da revolução, da Independência do Brasil. Recebi no whatsapp uma foto do presidente com um cavalo baio, como se fosse o Marechal Deodoro, na Proclamação da República. Estão falando em nova independência com uma imagem que remete à proclamação da República”, argumentou o general Santos Cruz, em entrevista ao programa Quarta Chamada, do Canal MyNews, destacando que os discursos precisam ser responsáveis.

“Discute-se golpe e fechamento de instituições. Ninguém vai fechar coisa nenhuma. A irresponsabilidade está ganhando muito espaço; não só na internet, com as contas falsas, mas com o palavreado. Essa história de dizer que um cabo e um soldado fecham o STF, tem que ser o cabo, o soltado e quem deu a ideia, que tem que ir na frente, para se responsabilizar. Quem deu a ideia que vá na frente. Quem disse pra todo mundo comprar fuzil que dê o primeiro tiro. O discurso tem que ser responsável, não pode ser irresponsável”, completou o general.

Durante o Quarta Chamada, Santos Cruz afirmou que não pode falar pelo conjunto das Forças Armadas, mas, por ter servido ao Exército por 47 anos, sabe a cultura que existe na instituição. “É uma posição institucional sólida e não acredito que vai apoiar qualquer tentativa de fazer alguma coisa fora da legislação. Ninguém vai comprometer sua carreira e uma instituição por um desejo pessoal, num país em que não está acontecendo nada. É só governar. As eleições aconteceram, as pessoas votaram. O problema é que entramos num frenesi de maluquice; mas na vida real está todo mundo trabalhando, batalhando normalmente pela vida”, continuou.

General Santos Cruz admite que deve se filiar a um partido e ser candidato em 2022

Considerado uma liderança entre os militares da ativa e de militares jovens, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz admitiu que pode se candidatar a algum cargo político nas eleições do ano que vem. Na sua visão, tanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quanto o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) representam um atraso para o país. O general aposta na formação de uma terceira para as eleições do ano que vem, mas não quis dizer a qual cargo pode concorrer.

“De um lado, o ex-presidente Lula – que teve quatro mandatos, se desgastou por uma série de razões e escândalos. E subiu um novo governo, que é o caso do presidente Bolsonaro, que como todo governo novo vem com esperança, expectativa, legitimidade para fazer uma boa administração, mas se perde desde o início com um pequeno grupo de extremistas completamente desmiolado. Gente de baixíssimo nível, escrevendo barbaridades na internet. Então, não dá pra continuar. Acho um retrocesso de 20 anos a reeleição do ex-presidente Lula e acho um retrocesso de mais 20 anos pra frente a continuidade do atual presidente, que não está aproveitando a oportunidade”, afirmou.

Para o general Santos Cruz, Bolsonaro está destruindo a possibilidade de a direita governar o país. “Se a direita achava que era uma possibilidade, ele está destruindo totalmente essa possibilidade. Ele não representa direita nenhuma. Não é representação de nada. [É a representação] de extremismo e extremismo não é representação de nada”, continuou.

Santos Cruz admitiu que tem conversado com diversos partidos e que já foi convidado a se filiar ao MDB, ao PSL e ao Podemos – mas ainda não decidiu qual será o seu futuro político-partidário. “Só vou ver depois que eu me filiar ao partido, porque os partidos também têm suas estratégias. Não sou nenhum cacique político para me filiar a um partido e dizer tudo o que quero fazer. Os partidos têm as estratégias, para bancada de deputados e senadores, presidência e vice-presidência, e ver qual é a melhor composição”, destacou.

Veja a íntegra do Quarta Chamada, no Canal MyNews, que teve como convidado especial o general Carlos Alberto dos Santos Cruz

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Comandantes das polícias militares não podem dar de ombros. Possível leniência também poderá ser considerada crime https://canalmynews.com.br/politica/comandantes-das-policias-militares-nao-podem-dar-de-ombros-possivel-leniencia-tambem-podera-ser-considerada-crime/ Mon, 18 Oct 2021 14:07:17 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/comandantes-das-policias-militares-nao-podem-dar-de-ombros-possivel-leniencia-tambem-podera-ser-considerada-crime/ Politização nas PMs já ocorre há anos. Somente em 2018 houve um aumento de 391% nas candidaturas de policiais militares para o Congresso Nacional. A pergunta é o que se pode fazer?

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O apoio ostensivo de coronéis da ativa e inativos das polícias militares à manifestação de 07 de setembro próximo, fomentada pelo presidente Jair Bolsonaro, com o único intuito de demonstrar força contra as instituições e reforçar suas ameaças golpistas, acendeu a luz vermelha para políticos e analistas. Parece que, finalmente, houve uma conscientização de que um risco muito mais imediato do que tanques fumacentos nas ruas, seria a instrumentalização das PMs e sua utilização como milícias armadas.

E essa possível utilização de milícias, por sinal, sempre ficou clara no discurso de Bolsonaro, que estimula a compra de armas por seus seguidores diuturnamente, com o sofismo de que, assim, poderiam resistir a ações contra o que ele entende como restrições às suas liberdades. Felizmente – para a democracia –, poucos brasileiros têm condições financeiras de comprar armas, mesmo com todo o tipo de facilitações implementadas por decretos presidenciais nesse sentido.

Noutro giro, se os seguidores comuns de Bolsonaro não serão a grande força miliciana que ele gostaria de ter para subjugar as instituições e a democracia, há um grupo de indivíduos, em sua maioria crentes e fiéis apoiadores das ideias do presidente, que além de já possuírem armas de fogo e o porte para andarem armados, ainda têm larga experiência em como utilizá-las. E esse exército paralelo, cujo efetivo é maior do que o das três Forças Armadas juntas, são os militares dos estados (PMs e bombeiros).

Segundo dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), de 2019, só o efetivo militar dos estados, na ativa, é de 480 mil pessoas, o que correspondente a 1/3 a mais do que o efetivo dos militares da ativa das Forças Armadas, que somam em torno de 350 mil. Se contarmos os militares estaduais inativos, chega-se a uma quantidade de 750 mil indivíduos.

Importante destacar que, em relação às Forças Armadas, elas são compostas em sua maioria por militares temporários. Como exemplo, o Exército tem a previsão, no Decreto 10.575/2020, de 74,62% de seu efetivo nessa categoria temporária. Consequentemente, esses sujeitos não possuem armas particulares, ficando restritos ao uso do armamento estatal. O que já não ocorre com os militares estaduais, principalmente policiais, os quais, quase sempre, possuem uma ou mais armas de fogo próprias.

Estão certos, portanto, as elites políticas e os analistas de se preocuparem com sublevações das polícias militares. Até porque, ao olharmos o caso da Polícia Militar de São Paulo, considerada como uma das mais profissionais e disciplinadas do Brasil, as declarações perpetradas pelo coronel Aleksander Lacerda, atacando o governador do seu estado, autoridade máxima a qual é subordinado por regulamento, bem como outras autoridades civis, demonstra o quanto o bolsonarismo está destruindo internamente as estruturas das instituições mais sólidas.

Entretanto, claro que nenhuma instituição é monolítica, ou seja, nem todos os seus membros têm o mesmo pensamento. Nem na ditadura militar isso ocorreu, como bem demonstrado pelo expurgo de militares contrários ao regime ou os atentados, ao seu final, que buscavam impedir a abertura política, levada adiante pelo próprio governo militar.

Porém, não é preciso, nas PMs, uma unicidade de ideias para que possam ocorrer levantes, já que estes são históricos e até mesmo frequentes. Em pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, entre 2007 e 2017, houve 53 greves realizadas pelas polícias militares no Brasil.

Dessa forma, basta que os bolsonaristas mais radicais, sobretudo oficiais de alta patente, como o caso do Coronel Aleksander, seus colegas inativos ou mesmo militares em cargos eletivos (com imunidade parlamentar), incitem e aliciem a tropa o suficiente – utilizando a verborragia usual e bombástica da vitimização policial, do comunismo, da ameaça do esquerdismo para as PMs etc – para que ocorra, em um maior ou menor grau, casos de sedições. E isso claramente já está acontecendo.

Assim, não cabe mais discutir sobre uma possível politização nas PMs ou se é crível, ou não, um movimento desses militares contra a democracia. Essa politização já ocorre há anos, com o aumento, eleição a eleição, do número de candidatos para cargos eletivos. Somente entre 2010 e 2018, houve um incremento de 391% nas candidaturas de PMs para cargos no Congresso Nacional, culminando com uma expressiva representação eleita no pleito de 2018. E as insurgências nessas instituições, como mostram os números, já são corriqueiras, apesar de, até agora, serem em busca somente de melhoras salariais.

A pergunta que nos surge, após esse cenário, é o que se pode fazer? A primeira solução seria, de pronto, as Forças Armadas, sempre representadas pelo Exército, negarem categoricamente, assim como ocorreu nos Estados Unidos, no final do governo Trump, a intenção de apoiar Jair Messias Bolsonaro em qualquer atentado contra a democracia e as instituições. Certamente, isso seria um freio nas polícias militares que, desde a ditadura até hoje, se sentem interligadas umbilicalmente às Forças Armadas. Inclusive, os discursos que temos visto a favor de levantes por oficiais das PMs é que as polícias militares estariam “juntas ao Exército” na defesa da democracia (leia-se bolsonarismo).

Infelizmente, isso parece que não irá ocorrer. Resta, portanto, aos governadores pressionarem os Comandantes Gerais, para que estes alertem às suas tropas sobre quais seriam as consequências não só de levantes, mas, inclusive, de postagens e reuniões que visem propor temas golpistas. Cabe às próprias instituições, representadas por seus chefes, sob pena de uma omissão criminosa, deixar bem claro aos seus efetivos que eles poderão responder por crimes militares, todos previstos na lei penal castrense, como motim, revolta, conspiração, aliciação, incitamento, reunião ilícita e publicação ou crítica indevida, bem como, somado a isso, perderem suas funções públicas.

Finalmente, aos Ministérios Públicos estaduais, como órgãos de fiscalização externa das polícias, cabe verificar se os comandos estão tomando as providências legais, como os alertas devidos e a instauração de inquéritos policiais militares, caso surjam tão somente informações sobre a possibilidade dessas insurreições. E caso não estejam fazendo, responsabilizar criminalmente esses comandantes, tomando para si as investigações necessárias.

Até agora, de forma lamentável, quase todos pareciam anestesiados com o que estava ocorrendo, apesar dos sinais de uma possível ruptura. Resta saber se as verdadeiras autoridades, que hoje efetivamente governam esse país, tomarão as rédeas para si dessa crise, ou irão esperar para ver no que vai dar. Em 1964 esperaram. E deu no que deu.


Quem é Luiz Alexandre da Costa?

Major da Reserva da Polícia Militar do Rio de Janeiro, cientista político, professor de direito militar e pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ)


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Apoiadores de Bolsonaro invadem Esplanada dos Ministérios https://canalmynews.com.br/politica/apoiadores-de-bolsonaro-invadem-esplanada-dos-ministerios/ Mon, 18 Oct 2021 14:06:46 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/apoiadores-de-bolsonaro-invadem-esplanada-dos-ministerios/ Grupo furou o bloqueio montado pela polícia do DF. Polícia Militar afirma que situação está sob controle

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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) furaram um bloqueio da polícia militar e invadiram a Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A invasão aconteceu no fim da noite desta segunda-feira (6), na véspera dos atos promovidos pelo presidente.

O governo do Distrito Federal montou um esquema de segurança que não permitia a entrada de veículos na Esplanada. O grupo retirou grades de segurança e invadiu a área com alguns veículos, principalmente caminhões.

Vários manifestantes carregavam cartazes antidemocráticos e inconstitucionais, em que pediam, por exemplo, o fechamento do Supremo Tribunal Federal. Praticamente ninguém usava máscara e todos se aglomeravam, ignorando todas as medidas de prevenção ao coronavirus.

Os policiais conseguiram impedir que o grupo chegasse a Praça dos Três Poderes. Alguns vídeos que circulam nas redes sociais mostram policiais tentando convencer os manifestantes a recuarem, mas o número de policiais é muito pequeno. Em um momento de mais tensão, um PM chega a sacar a arma para tentar dispersar os manifestantes.

De acordo com a Polícia Militar houve uma invasão, mas a situação está sob controle.

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Bolsonaro faz ameaças em atos do 7 de setembro https://canalmynews.com.br/politica/bolsonaro-faz-ameacas-em-atos-do-7-de-setembro/ Mon, 18 Oct 2021 14:06:12 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/bolsonaro-faz-ameacas-em-atos-do-7-de-setembro/ Jair Bolsonaro falou em enquadrar o Supremo Tribunal Federal e atacou o ministro Alexandre de Moraes

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O presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer ameaças e fez discursos antidemocráticos nos atos realizados nesta terça-feira (7). Pela manhã, Bolsonaro participou do ato realizado em Brasília na Esplanada dos Ministérios.

No discurso, Bolsonaro não mencionou o Poder Judiciário e fez uma ameaça ao ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal. Sem citar o ministro Alexandre de Moraes, o presidente criticou decisões que discorda. Bolsonaro disse que uma pessoa específica da região dos três poderes está “barbarizando” a população e fazendo “prisões políticas” e que não pode mais aceitar.

Imagem com manifestantes
Apoiadores do Presidente Bolsonaro em Brasília (foto: Marcos Correa/PR)

Depois, a tarde, Bolsonaro participou da manifestação realizada na Avenida Paulista, na região central de São Paulo. O presidente voltou a atacar, citou nominalmente o ministro Alexandre de Moraes e declarou que não vai mais obedecer determinações dele.

“Não vamos mais permitir que pessoas como Alexandre de Moraes continuem a açoitar nossa democracia”, disse Bolsonaro.

Bolsonaro também atacou o ministro Luis Roberto Barroso, do Tribunal Superior Eleitoral. O presidente voltou a questionar a lisura do sistema eleitoral e pedir o voto impresso, pauta que já foi rejeitada pela Câmara dos Deputados. Ele voltou a falar em fraude nas eleições, sem apresentar provas.

O presidente voltou a dizer que só tem três opções: ser preso, morto ou a vitória. Ele voltou a dizer que a prisão não é uma possibilidade.

Conselho da República

Bolsonaro disse que participará de uma reunião do Conselho da República nesta quarta-feira (8) para mostrar “para onde nós todos devemos ir”.

“Amanhã estarei no Conselho da República juntamente com ministros para nós, juntamente com o presidente da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal com essa fotografia de vocês, mostrar para onde nós todos devemos ir”, disse.

Ministros

Os dois ministros, que são alvos dos ataques do presidente Bolsonaro, usaram as redes sociais para se manifestar.

O ministro Alexandre de Moraes falou em respeito à democracia.

O ministro Luis Roberto Barroso também se manifestou.

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Rodrigo Pacheco cancela sessões do Senado Federal https://canalmynews.com.br/politica/pacheco-cancela-sessoes-do-senado-federal/ Mon, 18 Oct 2021 14:05:26 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pacheco-cancela-sessoes-do-senado-federal/ Em resposta aos discursos do presidente Jair Bolsonaro e temendo pela segurança dos parlamentares, presidente do Senado comunicou sua decisão nesta terça-feira à noite

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O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decidiu cancelar as sessões remotas e presenciais da Casa nesta quarta (8) e quinta-feira (9). A decisão de Pacheco é vista como uma resposta aos discursos antidemocráticos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante as manifestações de 7 de setembro. O parlamentar também estaria preocupado com a segurança dos senadores e servidores, por não ser possível prever a reação de bolsonaristas – alguns apoiadores do presidente permanecem acampados em Brasília.

A decisão de Pacheco prejudica os interesses do Executivo.
A decisão de Pacheco prejudica os interesses do Executivo. Foto: Pedro Gontijo (Senado Federal)

O comunicado do cancelamento das sessões foi feito através de uma mensagem enviada pelo próprio Rodrigo Pacheco, na noite desta terça-feira (7). “A presidência comunica a senadoras e senadores que estão canceladas as sessões deliberativas remotas e as reuniões de comissões previstas para os dias 8 e 9 de setembro”, diz o texto.

A decisão de Pacheco prejudica os interesses do Executivo. No Senado, há projetos relevantes de Bolsonaro à espera de análise, como mudanças no Imposto de Renda e a privatização dos Correios.

Na semana passada, a CPI da Pandemia já havia anunciado a suspensão das sessões nesta semana também por receio da repercussão das manifestações. Para hoje estava previsto o depoimento do ministro da Saúde Marcelo Queiroga.

Ainda nesta quarta-feira (8) o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, deve fazer um pronunciamento para rebater o aviso dado por Bolsonaro de que não cumprirá qualquer determinação proferida pelo ministro Alexandre de Moraes ou qualquer outro ministro do Supremo.

Recapitulando

Em seu discurso na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (7) que não vai aceitar que qualquer autoridade tome medidas ou assine sentenças fora das quatro linhas da Constituição. “Ou o chefe desse Poder enquadra o seu [ministro] ou esse Poder pode sofrer aquilo que nós não queremos”, disse Bolsonaro em recado ao presidente do STF, Luiz Fux, em referência às recentes decisões do ministro Alexandre de Moraes contra bolsonaristas.

À tarde, na avenida Paulista, em São Paulo, o presidente atacou diretamente Alexandre de Moraes, chamando-o de “canalha”, e disse que não irá mais obedecer às ordens do ministro. Bolsonaro pediu ainda “que todos os presos políticos sejam postos em liberdade”, e afirmou que ele nunca será preso.

Íntegra do programa ‘Café do MyNews‘ desta quarta-feira (8), que abordou a decisão de Pacheco e os desdobramentos das manifestações de 7 de setembro.

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Bestializados https://canalmynews.com.br/creomar-de-souza/bestializados/ Mon, 18 Oct 2021 14:04:54 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/bestializados/ Diante de uma situação marcada pelo crescimento da ideia de que o caos é uma forma de fazer política, partes cada vez maiores da sociedade observam o desdobramento dos fatos abismada. Quase dois séculos após a independência, o povo segue observando os desdobramentos políticos bestializado

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O sistema político brasileiro vive um impasse. De um lado, aqueles que apoiam a interrupção do processo democrático, apesar das capacidades de mobilização popular, e ainda não possuem os meios de força para fazê-lo. De outro, aqueles que teoricamente fazem oposição aos primeiros se baseiam em uma premissa arrogante de que é possível compor e construir diálogo com aqueles que reiteradamente demonstram que só há conversa quando esta se inicia com um ato de submissão à sua vontade. Em meio a este processo, a parcela da população que mais sofre com a incapacidade do sistema em resolver seus problemas cotidianos assiste a tudo bestializada.

A referência à obra seminal de José Murilo de Carvalho se faz fundamental para que se possa abordar um problema basilar da lógica política nacional, o fato de que decisões importantes são tomadas por um pequeno grupo de pessoas que se arrogam intérpretes das vontades do todo. Todos os processos de interrupção abrupta da regra do jogo de 1889 até 1964 possuem como traço comum o fato de que se antes de tudo nos interesses de pequenos grupos travestidos de retórica universalista. E o povo normalmente é um mero detalhe na equação do cálculo estratégico que se segue.

Obra 'Os bestializados' (2019), do autor José Murilo de Carvalho
Obra ‘Os bestializados’ (2019), do autor José Murilo de Carvalho. Foto: Divulgação

O 07 de setembro de 2021 não é um ponto diferencial neste aspecto. Não se trata aqui de negar a realidade ou de usar gírias do mundo virtual para descaracterizar o que se viu nas ruas. O fato é que a narrativa do Presidente colocou uma quantidade considerável de pessoas nas ruas. Talvez, menos do que os sonhos daqueles que desejam uma versão tropical da Marcha sobre Roma ansiavam, porém, certamente mais do que se desejaria quando os olhares se colocam em direção de uma série de problemas urgentes que são insistentemente postos de lado em favor de uma cruzada contra moinhos de vento.

O fato é que o atual jogo de forças caracteriza um dilema. Bolsonaro ainda não possui os meios para avançar sobre o STF e o STF não possui o suporte do legislativo, nem do Ministério Público Federal para se proteger dos ataques do Presidente. Diante desta situação, que pode lembrar uma bang bang italiano ou mesmo uma cerimônia de suicídio coletivo, os atores institucionais parecem incapazes de apontar soluções aos problemas. Ao seguirem, portanto, em posições inamovíveis, abre-se espaço para dois vetores perigosos, o medo e a violência.

Estas características, sempre muito bem utilizadas por aqueles que querem se colocar como lideranças superiores à regra do jogo possuem um ponto pouco explorado. À medida que uma liderança estimula continuamente a ideia de que o radicalismo é um instrumento válido, qualquer ação ao movimento feito por ela em sentido contrário pode ser interpretada pelos seguidores como um sinal de traição a causa e aos seus princípios. Neste sentido, a lógica implementada até aqui pelo Presidente e seus apoiadores, com a anuência de seus aliados institucionais, de que só há democracia quando suas vontades são cumpridas gera um risco ao todo.

E o risco está na ideia de que ao alimentar na turba a ideia de que há um inimigo inconteste de seu destino idílico, crie-se uma espiral de quebra de compromissos. Uma quebra forjada, sobretudo, por novas lideranças que construam seu próprio caminho e que enxerguem inclusive em Bolsonaro apenas mais um, um mero fantoche de uma causa que não é dele e sim do “povo”. Afinal, se há algo que processos de terror conseguem construir com grande qualidade são candidatos a Robespierre e estes, nada mais são do que oportunistas que em um dia inflam as massas contra seus rivais, mas, que no dia seguinte, podem simplesmente estar a dois passos do cadafalso da história.

O dilema do tempo presente, portanto, tende a cobrar seu preço em vidas, responsabilidades e grandeza. E, provavelmente, ao final do dia pouco iluminado que estes tempos representam, aqueles que recolherem os cacos da erosão do pacto institucional de 1988 terão a árdua tarefa de contar aos seus filhos e netos os motivos que justificaram um avanço tão abrupto da ignorância e do egoísmo. Na ausência de mulheres e homens de estado, o futuro do país recairá nas mãos daqueles que melhor se utilizarem dos impulsos mais primitivos de uma massa turbinada pela ideia de que o amanhã reside na escolha de um novo Dom Sebastião.

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Caminhoneiros começam desmobilização e liberam rodovias https://canalmynews.com.br/politica/caminhoneiros-comecam-desmobilizacao-e-liberam-rodovias/ Mon, 18 Oct 2021 14:04:21 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/caminhoneiros-comecam-desmobilizacao-e-liberam-rodovias/ Não há mais interdições, mas ainda há pontos com manifestações em 13 Estados. Caminhoneiros não acreditaram em veracidade de áudio do presidente Jair Bolsonaro

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Os caminhoneiros que realizam protestos desde ontem (08), bloqueando rodovias em vários estados do país, começam a desmobilizar as interdições após pedido do próprio governo. O próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) incitou os protestos no 7 de setembro, mas ele mesmo pediu para que os caminhoneiros liberassem as estradas a partir de um áudio divulgado nas redes sociais.

“Fala para os caminhoneiros aí, que são nossos aliados, mas esses bloqueios atrapalham a nossa economia. Isso vem… provoca desabastecimento, inflação e prejudica todo mundo, em especial, os mais pobres. Então, dá um toque no caras aí, se for possível, para liberar, tá ok? Para a gente seguir a normalidade. Deixa, deixa, deixa… com a gente em Brasília aqui e agora. Mas não é fácil negociar e conversar por aqui com autoridades. Não é fácil. Mas a gente vai fazer a nossa parte aqui e vamos buscar uma solução para isso, tá ok? E aproveita, em meu nome, dá um abraço em todos os caminhoneiros aí. Valeu”, afirma Bolsonaro.

Muitos manifestantes não acreditaram no áudio e acharam que era falso. Com o impasse, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, gravou um vídeo confirmando a veracidade do áudio e pedindo o fim da mobilização.

Ministro Tarcísio Gomes de Freitas gravou vídeo para convencer caminhoneiros
O ministro Tarcísio Gomes de Freitas chegou a gravar um vídeo na tentativa de convencer os caminhoneiros a encerrarem os bloqueios em rodovias do país/Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

“Essa paralisação ia agravar efeitos da economia, inflação, impactar os mais pobres e mais vulneráveis. Nós já temos hoje um efeito nos preços dos produtos em função da pandemia. Mas a gente não pode tentar resolver um problema criando outro, principalmente os mais vulneráveis. Daí a preocupação do presidente da República. Que a gente tenha serenidade para pavimentar um futuro melhor. O presidente no áudio mesmo fala que a solução do problema vai se dar através do diálogo com as autoridades. Então vamos confiar nessa condição, no diálogo e vamos em frente”, disse o ministro.

O último balanço do Ministério da Infraestrutura afirma que há pontos de concentração nas margens de rodovias de 13 estados. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, não há mais interdição de pista em nenhuma rodovia do país.

Os Estados com protestos são Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Tocantins, Rondônia, Pará e Roraima.

Além das manifestações em rodovias, um grupo de caminhoneiros bloqueia o gramado da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O grupo está no local desde terça-feira (7), quando participou da manifestação a favor do presidente Bolsonaro e em defesa de medidas antidemocráticas e inconstitucionais, com cartazes e faixas que pedem, por exemplo, o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF).

Veja o Jornal do MyNews desta quinta-feira (09/09), a partir das 18h40, no Canal MyNews. Com apresentação de Myrian Clark e Hermínio Bernardo

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Flávio Bolsonaro se irrita com intervenção de Temer em crise https://canalmynews.com.br/juliana-braga/flavio-bolsonaro-se-irrita-com-intervencao-de-temer-em-crise/ Mon, 18 Oct 2021 14:02:30 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/flavio-bolsonaro-se-irrita-com-intervencao-de-temer-em-crise/ Na avaliação do filho 01, só o ex-presidente saiu ganhando com a carta redigida por ele e boicotou chances de recuo do STF

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A carta redigida pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) e assinada pelo presidente Jair Bolsonaro após o 7 de setembro não deixou apenas a base nas redes sociais irritada. Principal estrategista político do pai, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) ficou bastante incomodado com a intervenção do emedebista na semana passada. Na avaliação de Flávio, que costurava uma solução diferente, somente Temer ganhou com o episódio e ainda atrapalhou qualquer possibilidade de recuo por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).

Apenas dois dias após as manifestações do 7 de setembro, quando falou em descumprir ordem judicial e chamou o ministro Alexandre de Moraes de “canalha”, Bolsonaro divulgou uma carta, na qual atribuía os arroubos retóricos ao “calor do momento”. O presidente estava pressionado pela reação dura das instituições, como o STF e o Senado, e por uma ameaça de greve de caminhoneiros que já começava a comprometer o abastecimento em algumas cidades.

Flávio Bolsonaro, filho 01 do presidente, se irritou com postura de Michel Temer.
Flávio Bolsonaro, filho 01 do presidente, se irritou com postura de Michel Temer. Foto: Edilson Rodrigues (Agência Senado)

Nesse cenário, Bolsonaro enviou um avião a São Paulo e levou Temer a Brasília, onde conversaram por mais de quatro horas. O ex-presidente intermediou uma ligação entre o chefe do Executivo e Alexandre de Moraes, a quem tinha ofendido dias antes. E, ao final, a carta, redigida por Temer, foi publicada.

Flávio, o filho 01, o que costuma elaborar as soluções políticas, estava apostando em um outro caminho para resolver o impasse. A ideia era que o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o presidente da Câmara, Arthur Lira, costurassem um diálogo de forma que tanto o Executivo quanto o Judiciário levantassem bandeiras brancas. Por essa alternativa, seria escrito um manifesto também, mas assinado por ambos os lados, e com o registro de recuos dos dois lados. 

O objetivo era ter sinalizações concretas, até com relação a investigações contra a família e seus aliados. Flávio acreditava que, dessa maneira, seria viável tirar o STF do encalço e ainda apaziguar a crise, diminuindo o ímpeto pelo embate do pai. Era um caminho mais difícil, mas, ao menos, o Planalto teria algo para sinalizar para a base.

A intervenção de Temer, avaliou Flávio a interlocutores, só serviu para ele próprio faturar. O ex-presidente saiu como o pacificador, deu entrevistas e capitalizou a momentânea retomada de popularidade nas redes sociais. Enquanto isso, os aliados de Bolsonaro tiveram de apagar incêndios nas redes sociais, acalmar a base mais radical, e construir um discurso pedindo a confiança no mandatário. E mais: o STF não precisou sair do lugar, nem fazer sinalização alguma.

Dias depois, o vazamento de um vídeo no qual Temer aparece às gargalhadas em uma mesa com desafetos de Bolsonaro, rindo de Bolsonaro, deixou Flávio ainda mais irritado. Em um jantar, o humorista André Marinho foi flagrado fazendo uma imitação caricata do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), falando sobre a carta. O vídeo, gravado pelo marqueteiro de Temer, Elsinho Mouco, viralizou na internet.

Entre risadas e palmas, é possível identificar no vídeo a lista de presença, composta por: Paulo Marinho, empresário; Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD; Johnny Saad, presidente do Grupo Bandeirantes; Roberto D’Ávila, jornalista, apresentador e diretor da GloboNews; Antônio Carlos Pereira, editorialista do jornal O Estado de S.Paulo; Naji Nahas, empresário e investidor; Raul Cutait, cirurgião do hospital Sírio-Libanês; José Yunes, advogado e amigo pessoal de Temer; José Rogério Tucci, advogado – além dos já citados Michel Temer e André Marinho.

Flávio se incomodou com o que pareceu uma chacota com o pai. O episódio o deixou ainda mais insatisfeito com toda a situação.

André Marinho, quem faz a imitação, é filho do empresário Paulo Marinho, que se elegeu como suplente de Flávio. Paulo participou ativamente da campanha e chegou a ceder a sua casa como um bunker para as atividades. Logo no início do governo, no entanto, os dois se desentenderam e Paulo Marinho rompeu com o governo. Meses depois, filiou-se ao PSDB, a convite do governador de São Paulo, João Doria, desafeto declarado da família.

Íntegra do programa ‘Café do MyNews‘ desta sexta-feira (17), com o bastidor de Juliana Braga sobre o descontentamento de Flávio Bolsonaro acerca da postura de Michel Temer

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Na ONU, Bolsonaro defende tratamento precoce, família tradicional e atos pró-governo https://canalmynews.com.br/politica/na-onu-bolsonaro-defende-tratamento-precoce-familia-tradicional-e-atos-pro-governo/ Mon, 18 Oct 2021 14:02:00 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/na-onu-bolsonaro-defende-tratamento-precoce-familia-tradicional-e-atos-pro-governo/ Em pouco mais de 12 minutos, Bolsonaro promoveu atuação do governo federal nos últimos anos, disse que não há mais corrupção e sustentou o uso de remédios sem eficácia

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi o primeiro a discursar na sessão de abertura da 76ª edição da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira (21) em Nova York. Em seu pronunciamento, o chefe do Executivo ressaltou os impactos da pandemia, a postura ambiental federal e algumas das pautas enaltecidas por sua base ideológica, como o tratamento precoce contra a covid-19 e os valores da “família tradicional”.

“Venho aqui mostrar o Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televisões. O Brasil mudou, e muito, depois que assumimos o governo em janeiro de 2019”, iniciou. “O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo. Isso é muito, é uma sólida base, se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo”.

O texto foi elaborado pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França.

Presidente Jair Bolsonaro durante pronunciamento na Assembleia Geral da ONU de 2021.
Presidente Jair Bolsonaro durante pronunciamento na Assembleia Geral da ONU de 2021. Foto: Reprodução (MyNews)

Referindo-se aos projetos econômicos, o mandatário focou nas ações de privatização, modernização de infraestruturas e investimento de capitais. “Nossas estatais davam prejuízos de bilhões de dólares, hoje são lucrativas. Nosso Banco de Desenvolvimento era usado para financiar obras em países comunistas, sem garantias. Quem honra esses compromissos é o próprio povo brasileiro. Tudo isso mudou. Apresento agora um novo Brasil com sua credibilidade já recuperada”, alegou. “O Brasil possui o maior programa de parceria de investimentos com a iniciativa privada de sua história. […] Na área de infraestrutura, leiloamos, para a iniciativa privada, 34 aeroportos e 29 terminais portuários. Já são mais de US$ 6 bilhões em contratos privados para novas ferrovias. Introduzimos o sistema de autorizações ferroviárias, o que aproxima nosso modelo ao americano”.

Em seguida, Bolsonaro direcionou sua fala para a agenda ambiental, afirmando que “nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa”. Ignorando os dados de desmatamento dos últimos dois anos na região amazônica (os quais apontam para uma média anual de devastação de 10.490 km2, que representa um aumento de 56% frente aos cinco anos anteriores), o presidente disse que o Brasil possui 8,5 milhões de quilômetros2 de mata, dos quais “66% são vegetação nativa, a mesma desde o seu descobrimento, em 1500”. […] Na Amazônia, tivemos uma redução de 32% do desmatamento no mês de agosto, quando comparado a agosto do ano anterior”.

E fez um apelo: “Qual país do mundo tem uma política de preservação ambiental como a nossa? Os senhores estão convidados a visitar a nossa Amazônia!”.

Na sequência, Bolsonaro destacou seu compromisso com o combate às desigualdades sociais, mencionando as liberdades individuais e episódios internacionais que, segundo ele, corroboram com sua colocação.

“Temos a família tradicional como fundamento da civilização. E a liberdade do ser humano só se completa com a liberdade de culto e expressão. 14% do território nacional, ou seja, mais de 110 milhões de hectares, uma área equivalente a Alemanha e França juntas, é destinada às reservas indígenas. […] Nosso país sempre acolheu refugiados. Em nossa fronteira com a vizinha Venezuela, a Operação Acolhida, do Governo Federal, já recebeu 400 mil venezuelanos deslocados devido à grave crise político-econômica gerada pela ditadura bolivariana. O futuro do Afeganistão também nos causa profunda apreensão. Concederemos visto humanitário para cristãos, mulheres, crianças e juízes afegãos.

Quanto à pandemia, após fazer questão de dizer publicamente que ainda não se vacinou, o presidente citou o número de imunizados no Brasil, atrelado às ações governamentais para o desenvolvimento econômico e sustentável da nação. Entretanto, contrariando a comunidade científica mundial, Bolsonaro voltou a defender o tratamento precoce.

“Apoiamos a vacinação, contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina. Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina. […] Não entendemos por que muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial. A história e a ciência saberão responsabilizar a todos”.

Por fim, como que em um aceno direto aos seus eleitores, Bolsonaro foi enfático quanto às manifestações pró-governo, afirmando serem atos a favor do Estado de direito e das liberdades: “No último 7 de setembro, data de nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história, mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e de apoio ao nosso governo”.

Íntegra do discurso de Bolsonaro em Nova York

“Senhor Presidente da Assembleia-Geral, Abdulla Shahid,

Senhor Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, 

Senhores Chefes de Estado e de Governo e demais chefes de delegação,

Senhoras e senhores,

É uma honra abrir novamente a Assembleia-Geral das Nações Unidas. 

Venho aqui mostrar o Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televisões. 

O Brasil mudou, e muito, depois que assumimos o governo em janeiro de 2019. 

Estamos há 2 anos e 8 meses sem qualquer caso concreto de corrupção.

O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo.

Isso é muito, é uma sólida base, se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo.

Nossas estatais davam prejuízos de bilhões de dólares, hoje são lucrativas.

Nosso Banco de Desenvolvimento era usado para financiar obras em países comunistas, sem garantias. Quem honra esses compromissos é o próprio povo brasileiro. 

Tudo isso mudou. Apresento agora um novo Brasil com sua credibilidade já recuperada.

O Brasil possui o maior programa de parceria de investimentos com a iniciativa privada de sua história. Programa que já é uma realidade e está em franca execução.

Até aqui, foram contratados US$ 100 bilhões de novos investimentos e arrecadados US$ 23 bilhões em outorgas.

Na área de infraestrutura, leiloamos, para a iniciativa privada, 34 aeroportos e 29 terminais portuários. 

Já são mais de US$ 6 bilhões em contratos privados para novas ferrovias. Introduzimos o sistema de autorizações ferroviárias, o que aproxima nosso modelo ao americano. Em poucos dias, recebemos 14 requerimentos de autorizações para novas ferrovias com quase US$ 15 bilhões de investimentos privados.

EM NOSSO GOVERNO PROMOVEMOS O RESSURGIMENTO DO MODAL FERROVIÁRIO.

Como reflexo, menor consumo de combustíveis fósseis e redução do custo Brasil, em especial no barateamento da produção de alimentos. 

Grande avanço vem acontecendo na área do saneamento básico. O maior leilão da história no setor foi realizado em abril, com concessão ao setor privado dos serviços de distribuição de água e esgoto no Rio de Janeiro. 

Temos tudo o que investidor procura: um grande mercado consumidor, excelentes ativos, tradição de respeito a contratos e confiança no nosso governo. 

Também anuncio que nos próximos dias, realizaremos o leilão para implementação da tecnologia 5G no Brasil.

Nossa moderna e sustentável agricultura de baixo carbono alimenta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo e utiliza apenas 8% do território nacional.

Nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa. 

Nosso Código Florestal deve servir de exemplo para outros países. 

O Brasil é um país com dimensões continentais, com grandes desafios ambientais. 

São 8,5 milhões de quilômetros quadrados, dos quais 66% são vegetação nativa, a mesma desde o seu descobrimento, em 1500.

Somente no bioma amazônico, 84% da floresta está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta. Lembro que a região amazônica equivale à área de toda a Europa Ocidental.

Antecipamos, de 2060 para 2050, o objetivo de alcançar a neutralidade climática. Os recursos humanos e financeiros, destinados ao fortalecimento dos órgãos ambientais, foram dobrados, com vistas a zerar o desmatamento ilegal. 

E os resultados desta importante ação já começaram a aparecer! 

Na Amazônia, tivemos uma redução de 32% do desmatamento no mês de agosto, quando comparado a agosto do ano anterior. 

QUAL PAÍS DO MUNDO TEM UMA POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL COMO A NOSSA? 

Os senhores estão convidados a visitar a nossa Amazônia!

O Brasil já é um exemplo na geração de energia com 83% advinda de fontes renováveis.

Por ocasião da COP-26, buscaremos consenso sobre as regras do mercado de crédito de carbono global. Esperamos que os países industrializados cumpram efetivamente seus compromissos com o financiamento de clima em volumes relevantes.

O futuro do emprego verde está no Brasil: energia renovável, agricultura sustentável, indústria de baixa emissão, saneamento básico, tratamento de resíduos e turismo.

Ratificamos a Convenção Interamericana contra o Racismo e Formas Correlatas de Intolerância. 

Temos a família tradicional como fundamento da civilização. E a liberdade do ser humano só se completa com a liberdade de culto e expressão.

14% do território nacional, ou seja, mais de 110 milhões de hectares, uma área equivalente a Alemanha e França juntas, é destinada às reservas indígenas. Nessas regiões, 600.000 índios vivem em liberdade e cada vez mais desejam utilizar suas terras para a agricultura e outras atividades. 

O Brasil sempre participou em Missões de Paz da ONU. De Suez até o Congo, passando pelo Haiti e Líbano.

Nosso país sempre acolheu refugiados. Em nossa fronteira com a vizinha Venezuela, a Operação Acolhida, do Governo Federal, já recebeu 400 mil venezuelanos deslocados devido à grave crise político-econômica gerada pela ditadura bolivariana.  

O futuro do Afeganistão também nos causa profunda apreensão. Concederemos visto humanitário para cristãos, mulheres, crianças e juízes afegãos.

Nesses 20 anos dos atentados contra os Estados Unidos da América, em 11 de setembro de 2001, reitero nosso repúdio ao terrorismo em todas suas formas. 

Em 2022, voltaremos a ocupar uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU. Agradeço aos 181 países, em um universo de 190, que confiaram no Brasil. Reflexo de uma política externa séria e responsável promovida pelo nosso Ministério de Relações Exteriores.  

Apoiamos uma Reforma do Conselho de Segurança ONU, onde buscamos um assento permanente. 

A pandemia pegou a todos de surpresa em 2020. Lamentamos todas as mortes ocorridas no Brasil e no mundo. 

Sempre defendi combater o vírus e o desemprego de forma simultânea e com a mesma responsabilidade. As medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação, em especial, nos gêneros alimentícios no mundo todo. 

No Brasil, para atender aqueles mais humildes, obrigados a ficar em casa por decisão de governadores e prefeitos e que perderam sua renda, concedemos um auxílio emergencial de US$ 800 para 68 milhões de pessoas em 2020.

Lembro que terminamos 2020, ano da pandemia, com mais empregos formais do que em dezembro de 2019, graças às ações do nosso governo com programas de manutenção de emprego e renda que nos custaram cerca de US$ 40 bilhões. 

Somente nos primeiros 7 meses desse ano, criamos aproximadamente 1 milhão e 800 mil novos empregos. Lembro ainda que o nosso crescimento para 2021 está estimado em 5%.

Até o momento, o Governo Federal distribuiu mais de 260 milhões de doses de vacinas e mais de 140 milhões de brasileiros já receberam, pelo menos, a primeira dose, o que representa quase 90% da população adulta. 80% da população indígena também já foi totalmente vacinada. Até novembro, todos que escolheram ser vacinados no Brasil, serão atendidos.

Apoiamos a vacinação, contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina. 

Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina.

Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial. Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso off-label.

Não entendemos porque muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial.

A história e a ciência saberão responsabilizar a todos. 

No último 7 de setembro, data de nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história, mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e de apoio ao nosso governo.

Como demonstrado, o Brasil vive novos tempos. Na economia, temos um dos melhores desempenhos entre os emergentes. 

Meu governo recuperou a credibilidade externa e, hoje, se apresenta como um dos melhores destinos para investimentos.

É aqui, nesta Assembleia Geral, que, vislumbramos um mundo de mais liberdade, democracia, prosperidade e paz. 

Deus abençoe a todos.”

Íntegra do discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU de 2021, no Canal MyNews

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A aplicação da lei é fundamental para a democracia https://canalmynews.com.br/politica/a-aplicacao-da-lei-e-fundamental-para-a-democracia/ Tue, 05 Oct 2021 14:09:48 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/a-aplicacao-da-lei-e-fundamental-para-a-democracia/ “É importante que todos os que violem a lei respondam por seus atos. Todos, e não apenas alguns. Se isso não acontecer, vamos continuar nessa histeria política, nessa esquizofrenia social”

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Mais um mês se foi. No 7 de Setembro, a nossa história, os feitos heroicos e as nossas necessidades e esperanças não foram lembradas. Não se fez uma prece pelos quase 600 mil brasileiros mortos pela pandemia de covid-19 e nem se lançou uma palavra de esperança para os milhões de desempregados. Não se esboçou uma palavra sobre a inflação, o CRESCIMENTO DA POBREZA E DA FOME, a vergonhosa desigualdade social, e a necessidade de combater a corrupção e os privilégios. Nada disso mereceu atenção.

O 7 de Setembro não foi o dia de celebrar a nossa Independência, a luta pelos ideais, pelo desenvolvimento político, econômico e social. A data foi sequestrada politicamente.

As manifestações e reivindicações foram ordeiras por parcela da população e caminhoneiros. As Polícias Militares mostraram profissionalismo, acabando com aquela suspeita absurda de que alguns iriam transgredir a disciplina, a hierarquia, e não cumprir suas obrigações legais para seguir conselhos irresponsáveis e aventureiros.

Pessoas crédulas se manifestaram motivadas pela esperança de um país melhor. Os fanfarrões que dão as ideias ilegais desapareceram. Covardes, eles nunca estão na primeira linha.

Na avenida paulista, mais uma vez o extremismo, a fanfarronice de confrontação, de desrespeito à lei. O show!

Carlos Alberto Santos Cruz
Carlos Alberto dos Santos Cruz. Foto: Isac Nóbrega (PR)

Não se pode exigir 100% de acerto de um governo e de governantes. Voltar atrás em decisões equivocadas, em erros pessoais ou funcionais é até recomendável. Mas isso não pode ser parte de uma farsa, de comportamento de velhaco. Tem que ter coragem verdadeira de colocar a cara na frente da tela e do microfone (igual a fanfarronice da Av. Paulista dois dias antes). Chamar outro para fazê-lo é falta de coragem moral, é covardia, embuste, simulação e artimanha. O recuo falso, mentiroso, não convence ninguém. Conciliação e diálogo são atitudes sérias e nobres. Não é para usar como “jeitinho brasileiro” para garantir a impunidade.

É importante que todos os que violem a lei respondam por seus atos. Todos, e não apenas alguns. Se isso não acontecer, vamos continuar nessa histeria política, nessa esquizofrenia social de desrespeito, de “motociatas”, “tanqueciatas”, jet sky, desencanto de reversão de decisões sobre os problemas passados, demagogias e falta de seriedade com o dinheiro público e com os princípios da democracia.

E de quebra, Nova Iorque – trem da alegria, discurso de que acabou com a corrupção e até vacina (!). A CPI expondo os absurdos inimagináveis ocorridos na pandemia. Combustível, gás (faz pouco tempo do último show da Petrobrás!). O combate à corrupção em queda (Lei da Improbidade) e a reforma eleitoral salvando a todos. E falta um ano para as próximas eleições. Temporada para fanatismo, demagogia e bom tempo para os viciados em dinheiro público.

O Brasil tem que acordar desse pesadelo. O Brasil precisa de novas opções.

O Brasil vai assim até quando, de confusão em confusão? De show em show?

O Brasil, entre outras muitas coisas, precisa de PAZ SOCIAL e SERIEDADE. Atualmente não tem nenhuma das duas. O Brasil precisa desenvolver a responsabilização política e não deixar aventureiros manipularem a opinião pública. 

Ou o Brasil se leva a sério e começa a construir novos parâmetros de comportamento, de responsabilização e de negociação política, ou perpetua a farsa de “artistas” políticos.

A PAZ SOCIAL e a normalidade da vida política e econômica precisam retornar e ser desenvolvidas simultaneamente com a aplicação da lei na medida justa, rejeição ao fanatismo e diálogo verdadeiro.

Não é com impunidade e falta de responsabilização política que o Brasil vai resolver seus problemas. A impunidade alimenta fanfarrões, covardes e todo tipo de viciados em dinheiro público.

A aplicação da lei para todos é um dos fundamentos da democracia.

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PGR diz ao STF que Bolsonaro organizou ato de 7 de setembro https://canalmynews.com.br/politica/pgr-diz-ao-stf-bolsonaro-organizou-ato-7-de-setembro/ Fri, 01 Oct 2021 20:39:05 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pgr-diz-ao-stf-bolsonaro-organizou-ato-7-de-setembro/ Manifestação afirma que Bolsonaro incitou “contragolpe” a medidas vistas como contrárias ao governo

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) declarou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deu início à organização dos atos antidemocráticos do dia 7 de setembro.

Bolsonaro discursou em manifestação no 7 de setembro de 2021
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursou em manifestação realizada em Brasília no 7 de setembro, quando fez ameaças ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes/Foto: Foto: Marcos Corrêa/PR

A manifestação da PGR foi enviada ao Supremo no dia 4 de setembro, mas só veio a público nesta sexta-feira (1º) após ser revelada pelo jornal “O Globo”. A manifestação dada pelo presidente Bolsonaro a que a PGR se refere aconteceu no dia 15 de agosto, quando o presidente teria divulgado uma mensagem para seus contatos no WhatsApp defendendo a organização de um “contragolpe” às manifestações contrárias à gestão dele.

No documento enviado ao STF, a PGR cita essa divulgação como sendo uma entrevista dada por Bolsonaro.

Às vésperas dos atos, a PGR pediu e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o bloqueio de contas das entidades que são investigadas pela suposta organização de atos violentos contra as instituições no 7 de setembro. Em várias cidades houve registro de cartazes, faixas e gritos antidemocráticos e inconstitucionais que pediam o fechamento do STF, por exemplo.

Assista ao Jornal do MyNews, no Canal MyNews, e saiba mais sobre os principais acontecimentos do dia

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Código de Conduta https://canalmynews.com.br/creomar-de-souza/codigo-de-conduta/ Thu, 23 Sep 2021 13:14:12 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/codigo-de-conduta/ Uma análise do modus operandi de figuras-chave do governo Bolsonaro permite construir a premissa de que há um padrão de comportamento, que se transforma em código de conduta. A confrontação e a agressividade constantes são parte de um movimento permanente de defesa do governo e do seu líder contra todos os inimigos, sejam eles reais ou imaginários

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Expectativa é uma palavra marcante desde os eventos do último 7 de Setembro. De uma tentativa de captura do feriado da Independência, envelopada com um ensaio de putsch tupiniquim, passando por um rascunho de impeachment à construção de um acordo costurado por Michel Temer, a situação política do presidente da República é uma peça teatral digna de nota. Se de um lado o apaziguamento dos atores institucionais deu sobrevida ao chefe do Executivo, este, por sua vez, segue se considerando acima das regras do jogo democrático e não deixa de chamar atenção a repetição deste padrão de conduta cada dia mais agressivo entre seus auxiliares mais próximos.

A fácil identificação de um padrão de conduta agressivo por parte de um número considerável de ministros do Governo permite vislumbrar que, mais do que mera repetição, há uma espécie de competição estimulada pelo modelo de gestão de pessoas da Presidência. Isto significa dizer que há o estímulo pessoal do chefe de Governo no sentido de colocar seus ministros em posição de confronto com outros atores políticos ou opositores. Esta lógica de confrontação como um elemento de diversionismo tira dos atos agressivos perpetrados por distintos auxiliares o ar de coincidência e demonstra uma lógica de embate com fins de erosão do diálogo político em ambiente democrático.

Partindo desta premissa, alimentada com os acontecimentos observados em Nova York e em Brasília nesta semana, é possível, com o auxílio de autores que se propõem a construir análises cognitivas de processo decisório, compreender que a lógica de embate constante promovida discursivamente pelo presidente tem sido comprada entusiasticamente pelos seus ministros. Tal processo, que em momentos anteriores do governo estava restrito aos representantes daquilo que se convencionou chamar de ala ideológica, ganha tração à medida que dois fatores convergem: as limitações impostas ao presidente via processo de acomodação até aqui em curso e a necessidade de defender um governo com claras dificuldades de dar respostas eficazes a problemas concretos.

Estes dois elementos permitem retornar atenção para o último feriado da Independência. Em determinado sentido, é possível dizer que toda a comoção e mobilização gerada pelos apoiadores do presidente tinha como objetivos principais mostrar a viabilidade político-eleitoral de Bolsonaro, ao mesmo tempo que daria dimensão da capacidade de expansão da bolha de suporte ao presidente. Segundo esta premissa de interpretação da realidade, a maioria silenciosa que dá suporte ao chefe do Executivo invadiria as ruas e daria o combustível necessário ao nascimento de uma democracia direta em que o líder seria o único intérprete legítimo da realidade política.

Passado o momento apoteótico e sobrando apenas a ressaca de respostas institucionais e articulações até aqui não vistas contra si, restou ao governo recorrer a Michel Temer para ganhar tempo. E se esta prorrogação do período de jogo deu ao presidente a possibilidade de seguir sua ambição de desgaste dos outros atores institucionais, ela também tornou evidente o risco de que este assuma para si esta tarefa de maneira exclusiva. E como decorrência direta desta conclusão, em um processo que se assemelha à construção de uma confraria, os ministros parecem tomar para si a responsabilidade de serem mártires da causa do presidente.

Ao assumirem, portanto, um posicionamento que é visto de maneira perplexa por alguns, mas que é efetivamente louvado pelo núcleo duro do governo, é possível conjecturar que estes se colocam em posição de destaque diante da liderança. A questão que cabe, portanto, é saber se tal movimento é motivado por pura fidelidade personalista ou se há uma crença na ideia de que a confrontação tem um fim em si mesma. Caso a resposta esteja na primeira das hipóteses, a capacidade de aderência e liderança do presidente criou um núcleo de seguidores que possivelmente não irá esvanecer após o mandato. Porém, se a resposta se encontrar no segundo ponto, possivelmente se desenhará no horizonte um futuro permeado pelo crescimento de tumulto e desordem.

E, neste sentido, quaisquer que sejam os caminhos a serem tomados, de fato se requererá daqueles que desenham o fortalecimento da democracia nacional uma retomada de hábitos mais civilizados. Afinal, como a própria literatura de democratização demonstra, não há estabilidade política que sobreviva a um processo constante de desgaste e incivilidade.


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Irmãos Bolsonaro articulam estratégia digital para recuperar popularidade do presidente https://canalmynews.com.br/politica/irmaos-bolsonaro-articulam-estrategia-digital-para-recuperar-popularidade-do-presidente/ Mon, 20 Sep 2021 15:57:36 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/irmaos-bolsonaro-articulam-estrategia-digital-para-recuperar-popularidade-do-presidente/ Com queda do engajamento nas redes bolsonaristas desde o fim de 2020, filhos de Jair Bolsonaro buscam empresa estrangeira para promover disparos em massa

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De olho nas eleições de 2022, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos), e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), já articulam uma nova estratégia digital para recuperar a popularidade do chefe do Executivo, em queda contínua desde o início deste ano. Segundo reportagem publicada pelo portal ‘UOL’ neste domingo (19), o plano dos irmãos é contratar uma empresa estrangeira para promover disparos em massa nas redes sociais, e assim retomar o engajamento dos bolsonaristas em aplicativos como o Whatsapp e o Telegram.

A estratégia se assemelha à utilizada nas eleições de 2018, mas precisou ser readaptada para burlar a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que têm procurado combater a disseminação de notícias falsas, inclusive com a abertura de inquéritos de ofício – o das fake news, por exemplo.

Irmãos Carlos e Eduardo Bolsonaro
Irmãos Carlos e Eduardo Bolsonaro. Foto: Reprodução (Redes Sociais)

Na divisão das tarefas, o filho “zero três” do presidente, Eduardo Bolsonaro, está com a missão de encontrar esta empresa de disparos em massa; já Carlos, o filho “zero dois”, trabalha para “estancar a sangria” e impulsionar a produção de conteúdos no Brasil.

Steve Bannon, marqueteiro norte-americano que ajudou a eleger Donald Trump, estaria auxiliando a família Bolsonaro. Dias antes dos atos do 7 de setembro, Bannon esteve com Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. Lembrando que o marqueteiro foi pivô em um escândalo envolvendo a empresa de dados Cambridge Analytica, que fechou as portas em 2018 após ser acusada de obter, de forma irregular, informações pessoais de milhões de usuários do Facebook.

A retomada do modelo adotado em 2018 fará com que Carlos reinstale um “bunker” no Brasil, para a produção dos conteúdos a serem divulgados pelos bolsonaristas. O local funcionaria como um espaço de “presença digital” da nova campanha para as eleições de 2022, onde as notícias seriam criadas antes de irem para o exterior.

Ainda não há a informação de quem seria o responsável e qual meio seria utilizado para exportar o conteúdo produzido. Durante as últimas eleições, as reuniões e coordenação da comunicação da campanha aconteciam na casa do empresário Paulo Marinho, no Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro. Hoje, Marinho, que é ex-presidente do PSDB no Rio de Janeiro, virou desafeto da família, e outro espaço será encontrado.

Jair Bolsonaro insiste na alteração do Marco Civil da Internet

Enquanto os filhos trabalham na estratégia de recuperação da popularidade de Jair Bolsonaro, o presidente caminha ao lado, insistindo na alteração do Marco Civil da Internet. Após a devolução ao governo, pelo senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), da Medida Provisória (MP) que limitava a remoção de conteúdos de redes sociais no Brasil, Bolsonaro enviou neste domingo (19) ao Congresso um Projeto de Lei (PL) que regulamenta a remoção de conteúdos nas plataformas.

Segundo a Assessoria Especial de Comunicação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, o PL visa “explicitar os direitos e as garantias dos usuários de redes sociais e prever regras relacionadas à moderação de conteúdo pelos respectivos provedores de redes sociais”. E ainda: que “a medida vem ao encontro das regras para uso de internet no Brasil previstas no Marco Civil da Internet, especialmente quanto à observância dos princípios da liberdade de expressão, de comunicação e manifestação de pensamento, previstos na Constituição Federal, de forma a garantir que as relações entre usuários e provedores de redes sociais ocorram em um contexto marcado pela segurança jurídica e pelo respeito aos direitos fundamentais”. O texto agora será analisado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

Na MP que foi recusada pelo Congresso na semana passada, empresas como Twitter, Instagram e Facebook teriam obstáculos para tirar do ar ameaças ao regime democrático e notícias falsas sobre urnas eletrônicas e covid-19, constantemente difundidas por grupos bolsonaristas.

Íntegra do programa ‘Café do MyNews’ desta segunda-feira (20), que abordou a estratégia dos irmãos Bolsonaro visando a eleição de 2022

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Fundamento neopentecostal no bolsonarismo. Salomonismo de ocasião e antídoto. https://canalmynews.com.br/voce-colunista/fundamento-neopentecostal-bolsonarismo-salomonismo-de-ocasiao-e-antidoto/ Sat, 11 Sep 2021 16:10:09 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/fundamento-neopentecostal-bolsonarismo-salomonismo-de-ocasiao-e-antidoto/ Os evangélicos do tipo neopentecostal supostamente seguem por princípio os ensinamentos dos evangelistas. Mateus, Marcos, Lucas e João. Entre esses não há indicação qualquer acerca de prevalência da riqueza em relação à pobreza como distinção

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O neopentecostalismo brasileiro baseia-se na famosa teologia da prosperidade em que, na pressa pelo Paraíso, mundanizam a salvação pela riqueza. Vire-se o Sermão da Montanha (Mateus 5 – 7) ao avesso e teremos tal tipo de teologia.

Os evangélicos do tipo neopentecostal, dominante em nosso país, supostamente seguem por princípio os ensinamentos dos evangelistas. Mateus, Marcos, Lucas e João. Entre esses evangelhos não há indicação qualquer acerca de uma prevalência da riqueza em relação à pobreza como distinção moral ou de benesse divina aos seus escolhidos.

Jesus identifica a pobreza com a perfeição (Mateus 19:21) e afasta a riqueza da possibilidade de salvação (Lucas 18: 24 – 25). Esses são alguns dos trechos mais conhecidos da Bíblia e claro que os quatro superpastores do juízo final (Malafaia, Soares, Macedo e Santiago) o conhecem.

Mas por que o minimizam ou o ignoram? Por que Jesus pode até ser mais comentado, mas não é seguido. As falas de Jesus são pouco aproveitadas nos sermões desses superpastores e quando são utilizadas, são aquelas falas que se referem ao Antigo Testamento. Então… quem seguem?

Seguem O cara!

Não vou gastar nossos tempos com a teologia estrita – que nos importaria pouco – mas podemos identificar no texto bíblico outros livros em que o discurso da teologia da prosperidade é bastante defensável. O Velho Testamento. Old but Gold. Ali está o filé tribal, primitivista, grandiloquente em que a água não se torna vinho, coisa de comunistas bêbados, lá a água do Nilo vira sangue, mares se abrem, inundações mundiais, animais falantes, a criação do mundo, o pecado humano da ira é nada comparado à virtude divina da ira, Moisés, Jó, Davi, Salomão.

Pausa. Salomão, eis o homem!

O cara do neopentecostalismo é Salomão. Rei, poderoso, rico, devasso e abençoado. Escreveu poemas “gospel”, não elogiava a pobreza, fama de sábio, teve muitas, muitas, mulheres… Era o cara! Nada de jejum no deserto e o céu para os pobres. Apesar de não ser o mais referido dos personagens bíblicos é este o mais seguido.

A “imitação de Cristo” não é mais um imperativo, deve-se imitar Salomão. Assim um cristianismo pouco ou nada paulino, torna-se salomônico, quase um salomonismo. Cristo é convidado a ser um antimodelo, salvador num futuro incerto, mas não líder verdadeiro do presente. Seria então o neopentecostalismo um salomonismo de ocasião? Exagero meu. Não é.

Neopentecostalismo baseia-se em mais que Salomão e menos que no Cristianismo, por basear-se somente no Velho Testamento é no máximo um judaísmo degradado, sem os séculos de história dos judeus, sem o Talmude. Sem a reflexão e a profundidade dos protestantes históricos, o estudo e a hermenêutica dos rabinos ou o apego à pobreza dos franciscanos.

O estereótipo pré-cristão de rei é o modelo neopentecostal e não as pregações de Cristo. Assim ficamos menos perplexos ao constatar que parte aparentemente bem grande dos neopentecostais brasileiros consideram certas torturas justas, ditaduras democráticas, ditadores o grande líder tribal da pátria e que o sangue dos impuros pode ser derramado em favor da tribo dos escolhidos.

Quando o atual presidente, ao vencer as eleições do longínquo 2018, disse que o ideal seria que o Brasil voltasse a ser o que era 40 ou 50 anos atrás não foi necessário mais para identificar seu reacionarismo. O reacionarismo dos superpastores é mais radical, pois desejam muito mais.

O retorno do reacionarismo neopentecostal não é aos anos quarenta do século XX, mas talvez aos anos quarenta de algum século pré-Cristo em que Javé condenava populações por vingança (Gênesis 7). Não se pode entender o fenômeno Bolsonaro à luz pós-iluminista. É olhando pro deserto que ele fala, não como um messias, mas como um líder tosco de tribo fanática. Tanto faz o conteúdo estrito da fala, o que importa é que é ele quem fala.

Portanto, amigos, não gastemos nossos argumentos pós-modernos, contemporâneos, líquidos-baumanianos. Eles são inúteis. Os superpastores e seus rebanhos passaram a rosnar em eco à voz de Bolsonaro não por concordarem com seus argumentos, mas por amarem sua mística de líder tribal tosco, ganhando no grito, usando o patrimônio da tribo como seu, colocando os de sua família acima dos desígnios da tribo, amando a vingança e a violência como justiça, pregando castidade e escondendo a própria devassidão. Não haverá debate!

O que adianta então? Essa aura mística foi conquistada com falácias toscas e muito, mas muito ad hominem. O antídoto infelizmente é pré-iluminista, pré-cristão e até pré-escolar. Não vou prescrever o ad hominem de quinta série referindo-se à pouca virilidade que pode se supor de tão grandes compensações de gritaria e autoelogio.

O antídoto não requer grandes eloquências e complexidades de raciocínio. A solução é gritar mais alto! Nas ruas, nas redes sociais e na imprensa! Para que o presidente da Câmara nos leve a sério, para que os bozonaristas se assustem, para que o presidente recue frente e para que olhando ao nosso lado vejamos a multidão de democratas que há no Brasil.

Oitenta por cento de nós!

Outro 7 de setembro acontecerá novamente! Participaremos dele nas ruas ou mesmo sem agir e assim seremos todos culpados se nossa democracia ruir.


Quem é Valdinéli Ribeiro Martins?

Pai, graduado em Filosofia – UFPR, fotógrafo amador, aficionado por política, literatura e afins.

* As opiniões das colunas são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a visão do Canal MyNews


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Partidos de Oposição convidarão centro-direita para protestos unificados contra governo Bolsonaro https://canalmynews.com.br/politica/partidos-de-oposicao-convidarao-centro-direita-protestos-contra-governo-bolsonaro/ Thu, 09 Sep 2021 01:50:45 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/partidos-de-oposicao-convidarao-centro-direita-protestos-contra-governo-bolsonaro/ Manifestações multipartidárias contra o governo Bolsonaro devem acontecer em 3 de outubro e em 15 de novembro

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Os partidos que compõem a oposição ao governo Jair Bolsonaro (sem partido) organizarão dois atos unificados, nos meses de outubro e novembro, para protestar contra o governo Bolsonaro e as recorrentes ameaças de golpe que têm sido realizadas pelo presidente e por seus simpatizantes. PT, PSB, PSol, PDT, PCdoB e Rede irão convidar o MDB, o PSD, o PSDB e o DEM para se juntarem a duas manifestações. A primeira deve ser realizada em 3 de outubro, em referência à promulgação da Constituição de 1988 (5 de outubro), e o segundo será em 15 de novembro – quando se comemora a Proclamação da República.

“É preciso impedir o sequestro das datas e dos símbolos nacionais que os bolsonaristas estão empreendendo. Os bolsonaristas sequestraram o dia da Independência do Brasil”, afirmou o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), em entrevista ao Quarta Chamada, no Canal MyNews. Molon lembrou que no próximo dia 12 de setembro está marcada uma manifestação organizada pelo Movimento Brasil Livre (MBL), também contra o governo Bolsonaro.

Bolsonaro discursou em manifestação no 7 de setembro de 2021
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursou em manifestação realizada em Brasília no 7 de setembro, quando fez ameaças ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes/Foto: Foto: Marcos Corrêa/PR

Apesar de reconhecer que não há tempo hábil para articular a participação dos movimentos de esquerda para o ato do dia 12 – haja vista existirem divergências políticas com o MBL, que foi um dos maiores apoiadores do golpe contra a presidente Dilma Rousseff (PT), que culminou com o impeachment, em 31 de agosto de 2016 – Molon acredita na possibilidade de construir atos que reúnam todos os partidos e militantes contra o governo Bolsonaro, em datas futuras.

“Bolsonaro é o senhor do caos. Ele aposta no caos e no confronto. É preciso lembrar que pesquisas apontam que para cada brasileiro que apoia o governo, existem dois que são contra. Dá pra construir para outubro um anto que unifique todo mundo, porque vai dar conforto a todos [os grupos para participarem] já na convocação”, analisou o deputado federal.

“Congresso precisa ser um problema para quem quer dar um golpe”, considera Molon

Para Alessandro Molon o pronunciamento do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) sobre as ações e discursos de Bolsonaro no dia 7 de setembro foi muito “aquém do necessário”. “Era preciso que a Casa dissesse que basta dessa escalada autoritária. Afinal de contas, as ameaças foram feitas na frente do Congresso Nacional, para tentar intimidar o Judiciário e anunciar um golpe. Hoje era um dia para o presidente da Câmara ter dito ‘Basta! Não assistiremos inertes essa escalada’”, apontou o deputado, acrescentando que, acima de todos o partidos, na condição de presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira representa toda a Casa.

Molon também discordou da afirmação de Arthur Lira, quando afirmou que “uma democracia vibrante se faz com atos como os de ontem”. “Defender o fechamento do STF não é uma defesa válida na democracia. [o presidente da República] Não pode fazer o que fez. A pauta de quem defende o fechamento do Congresso Nacional é inaceitável. O congresso precisa ser um problema para quem quer dar um golpe”, finalizou.

Quarta Chamada conversou com o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) sobre reações ao dicurso antidemocrático de Jair Bolsonaro no 7 de setembro

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Fux: desprezo às decisões judiciais é crime de responsabilidade https://canalmynews.com.br/politica/fux-desprezo-as-decisoes-judiciais-e-crime-de-responsabilidade/ Wed, 08 Sep 2021 20:07:52 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/fux-desprezo-as-decisoes-judiciais-e-crime-de-responsabilidade/ O presidente do STF Luiz Fux fez pronunciamento após falas de Bolsonaro e disse que ninguém fechará a Corte. Mais cedo Arthur Lira também se pronunciou

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, afirmou que o desprezo a decisões judiciais configura crime de responsabilidade. Fux fez um pronunciamento nesta quarta (8), na abertura da sessão do STF, após os discursos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nos atos desta terça-feira (7).

“Se o desprezo às decisões judiciais ocorre por iniciativa do chefe de qualquer dos poderes, essa atitude, além de representar atentado à democracia, configura crime de responsabilidade, a ser analisado pelo Congresso Nacional”, disse Fux.

Sessão Solene de Posse dos ministros Luiz Fux e Rosa Weber nos cargos de Presidente e Vice-Presidente do STF.
Sessão Solene de Posse dos ministros Luiz Fux e Rosa Weber nos cargos de Presidente e Vice-Presidente do STF. Foto: Marcos Corrêa (PR).

No ato em São Paulo, Bolsonaro disse que não iria mais cumprir nenhuma decisão que viesse do ministro Alexandre de Moraes. Os atos ainda tiveram cartazes e palavras de ordem com conteúdo antidemocrático e inconstitucional, pedindo por exemplo o fechamento do STF.

Fux criticou as ofensas contra ministros do Supremo e declarou que ninguém fechará a Corte.

“Este Supremo Tribunal Federal jamais aceitará ameaças à sua independência nem intimidações ao exercício regular de suas funções. Ninguém fechará esta Corte. Nós a manteremos de pé, com suor e perseverança”, declarou.

Fux ainda pediu para que os líderes do país foquem em problemas reais do Brasil e citou a pandemia, o desemprego, a inflação e a crise hídrica.

Antes de Fux, presidente da Câmara disse não haver mais espaço para radicalismos e excessos

Um pouco antes do ministro Luiz Fux, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), fez um pronunciamento, quando afirmou que não existe mais espaço para “radicalismos e excessos” e que a Constituição “jamais será rasgada”.

Apesar do tom contundente, Arthur Lira evitou falar sobre a possibilidade de impeachment de Jair Bolsonaro. O presidente da Câmara tem mais de 130 pedidos de impeachment de Bolsonaro engavetados.

A participação de Bolsonaro nas manifestações promovidas no 7 de setembro e o discurso no qual afirmou que não cumprirá decisões do ministro Alexandre de Moraes, incitando os manifestantes contra o Supremo Tribunal Federal podem configurar crime de responsabilidade.


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Democracia tem relação com redução das desigualdades sociais, aponta Oxfam Brasil https://canalmynews.com.br/politica/relatorio-oxfam-brasil-mostra-como-democracia-tem-relacao-com-reducao-desigualdades-sociais/ Mon, 06 Sep 2021 17:04:49 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/relatorio-oxfam-brasil-mostra-como-democracia-tem-relacao-com-reducao-desigualdades-sociais/ O relatório analisa a relação entre desigualdades e democracia no Brasil, destacando como a adoção de políticas inclusivas e de participação social é importante para a redução dos diversos tipos de desigualdades

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Num período em que tanto se fala sobre a possibilidade de um golpe militar e na véspera de manifestações programadas por todo o país neste 7 de setembro, é importante pensar sobre a democracia e sua consolidação, ao longo de pouco mais de 30 anos da Constituição de 1988 – também chamada de Constituição Cidadã. Elaborada durante o processo de redemocratização, após 25 anos de ditadura militar (1964-1985), a Carta Magna de 1988 restabeleceu a democracia no país e instituiu diversos direitos à população (civis, sociais, trabalhistas, etc), com um compromisso universalidade de direitos e deveres que de fato nunca se completou totalmente. As desigualdades permanecem e a participação popular nas instâncias de decisão e nos mecanismos democráticos na maioria das vezes ainda está restrita a uma elite que mantém o controle do poder, utilizando os mecanismos da democracia para a manutenção do status quo. Apesar de ainda ser um país bastante desigual, relatório da Oxfam Brasil mostra que períodos de ditadura significaram agravamento nas situações de pobreza e desigualdade social.

O relatório “Democracia inacabada: um retrato das desigualdades brasileiras – 2021”, elaborado pela Oxfam Brasil, analisa a relação entre desigualdades e democracia no Brasil, destacando como a adoção de políticas inclusivas e de participação social é importante para a redução dos diversos tipos de desigualdades presentes na sociedade brasileira. Essa discrepância entre o tamanho de diversos segmentos da sociedade e sua participação nas instâncias de decisão é evidenciada por vários dados levantados para o relatório e mostra como mulheres, população negra, indígenas e população LGBTQIA+ têm um espaço restrito, enquanto homens brancos dominam as posições sociais de decisão.

Democracia tem relação com redução das desigualdades sociais
Segundo estudo da Oxfam Brasil, a democracia tem relação direta com a redução das desigualdades sociais/Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O sistema político-partidário é um dos exemplos. Segundo o relatório, em 2020, apenas 16% das pessoas eleitas vereadoras no Brasil eram mulheres. As mulheres negras – que totalizam 27,8% da população brasileira, ocupam apenas 2,53% das cadeiras na Câmara dos Deputados. “A Oxfam Brasil lança esse relatório anualmente, sempre com um olhar diferente sobre as desigualdades do país. Este ano, nosso foco foi a questão da participação política e o impacto na democracia e como o fato de a gente ter vários grupos subrrepresentados, principalmente os grupos mais impactados pelas desigualdades, pessoas negras e mulheres, por exemplo, a gente não consegue ter políticas públicas para diminuir essas desigualdades”, aponta Jefferson Nascimento, coordenador de Pesquisa e Incidência em Justiça Social e Econômica da Oxfam Brasil.

Debruçados sobre questões sobre condição de renda e períodos de limitação da participação social, os pesquisadores identificaram o aumento da concentração de renda e da desigualdade exatamente em dois períodos em que o Brasil viveu momentos de ditadura. “Olhando desde 1920, a ditadura do Estado Novo (1937-1946) e o Golpe Militar de 1964 foram dois períodos em que a desigualdade e a concentração de renda aumentaram. Foram governos que limitaram a participação social, a representação política (o Estado Novo aboliu o direito ao voto), restringiu a atuação de sindicatos e associações e tudo isso beneficiou uma política econômica para quem já tinha meios para atuar na sociedade”, complementa Jefferson Nacimento.

Com a redemocratização e a promulgação da Constituição de 1988, vários indicadores começaram a apontar para a redução das desigualdades no país, com a construção de políticas públicas que possibilitaram maior inclusão social. O processo de participação incluiu a criação de diversos conselhos consultivos da sociedade e também o fortalecimento de organizações da sociedade civil organizada, possibilitando um modelo de controle social, transparência e incentivando a participação das pessoas. O auge dessa política de participação social aconteceu entre os anos de 2001 e 2010, ressalta o coordenador da Oxfam Brasil, quando foram criados 17 conselhos de participação da sociedade. Outras instâncias consultivas, como conferências para definir políticas públicas e experiências de implementação de orçamento participativo são outros exemplos lembrados pela Oxfam Brasil com diretamente relacionados com a destinação de recursos e com influência na redução das desigualdades.

O relatório aponta que “embora a tradição de conferências nacionais remonte ao início dos anos 1940, sua realização se disseminou após a promulgação da Constituição Federal de 1988, impelida pelos mandatos constitucionais de participação da sociedade civil nas áreas de saúde e assistência social”. Segundo o levantamento, até o ano de 2016, foram realizadas 154 conferências nacionais – das quais 109, entre 1992 e 2016 (74 entre 2003-2010). “No período de 1992 a 2012, 21 foram na área da saúde, 20 sobre pautas de grupos minoritários; seis sobre meio ambiente; 22 sobre Estado, economia e desenvolvimento; 17 sobre educação, cultura, assistência social e esporte; e 11 sobre direitos humanos”, mostra o documento.

Instâncias de participação social foram restringidas com eleição de Bolsonaro

A ascensão de Jair Bolsonaro (sem partido) ao poder, eleito em 2018 e com o governo iniciado em 2019, fez o Brasil retroceder em diversos aspectos em relação à participação da sociedade nas instâncias de decisão do país. Em seu primeiro ano de governo, Bolsonaro pôs fim a todos os conselhos participativos da sociedade civil; entre os quais o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea) – criado no Governo Itamar Franco (PMDB), em 1993; encerrado em 1995, pelo Governo Fernando Henrique Cardoso (1995) – quando foi substituído pelo Programa Comunidade Solidária; e restaurado em 2004, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O relatório da Oxfam Brasil aponta que nada menos que 93% dos colegiados participativos ligados à administração federal brasileira foram extintos em 2019; reduzindo, dessa forma, a participação, o controle social e a transparência. O impacto da extinção do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), por exemplo, é visto como uma influência direta no aumento da fome no Brasil. O Consea teve papel determinante para combater a fome no Brasil e levou o país a sair do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014.

“Bolsonaro assume declarando ataque a sociedade civil e atuando por sua desmobilização. Com seu discurso de por fim a todo ativismo e o fato de ter encerrado todos os conselhos teve um impacto muito grande nas instâncias de participação da sociedade. A extinção do Consea teve grande impacto no sistema de combate à fome, pois era um ambiente de consulta e de elaboração de normativas sobre o assunto. Logo nos primeiros meses percebeu-se o aumento da fome e números recentes falam de 54% da população em situação de insegurança alimentar; 117 milhões de pessoas não se alimentam direito”, destaca Jefferson Nascimento.

Novo Código Eleitoral pode restringir participação de diversos grupos sociais no processo eleitoral
Novo Código Eleitoral pode restringir participação de diversos grupos sociais no processo eleitoral/Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Novo código eleitoral pode prejudicar atuação das minorias na democracia brasileira

O relatório da Oxfam Brasil destaca que o atual sistema político brasileiro privilegia a eleição de parlamentares homens e brancos. A situação pode se tornar mais crítica em relação à restrição participativa de diversos segmentos da sociedade na política brasileira, se o Novo Código Eleitoral – previsto para começar a ser votado na Câmara dos Deputados a partir desta quarta (08), for aprovado da forma como está proposto.

A professora de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (Nepem), Marlise Matos, ressalta como os debates de questões importantes para a participação política da sociedade têm sido debatidos de forma apressada e pouco democrática no Congresso Nacional. Depois da proposta de Reforma Política – que acabou sendo votada de forma inusitada e sem programação prévia, numa sessão confusa, em que os parlamentares acabaram aprovando a volta das coligações partidárias para os cargos legislativos, a discussão do Novo Código Eleitoral tornou-se uma preocupação urgente.

“É muito grave o que estamos vivendo. Existe um cenário de corrosão da democracia; concreto, não é teórico. No caso da votação da reforma política, o fato de a votação ser antecipada de forma repentina é grave. É um debate estrutural e as pessoas têm que se preparar para debater um assunto que pode promover uma uma mudança radical do sistema eleitoral brasileiro”, ressalta a cientista política.

Ela continua lembrando que a estratégia de antecipar votações e mudar a ordem do debate tem sido recorrente na gestão do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). “No caso do Novo Código Eleitoral, são 902 artigos com assuntos muito importantes, como a federação de partidos, proposta de que o controle e a fiscalização de contas dos partidos sejam feitos por empresas privadas e não pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fim da possibilidade de candidaturas coletivas, entre outras medidas que na prática pretendem tirar o poder do TSE e a autonomia do poder judiciário sobre o processo eleitoral do país”, destaca Marlise Matos.

Para ter validade para as eleições de 2022, as medidas precisam ser aprovadas na Câmara e no Senado até outubro deste ano – o que torna a velocidade para a aprovação mais um fator de restrição do debate sobre assuntos importantes e diretamente relacionados com a consolidação da democracia. “Os grupos diretamente afetados com essas medidas são as minorias. Levar adiante a votação de temas importantes sem debater com a sociedade acaba corroendo as instituições da democracia, desconstruindo a participação política como um projeto continuado. Tudo votado muito rápido para que a gente não consiga acompanhar”, complementa a professora da UFMG.

Jefferson Nascimento concorda com a cientista política Marlise Matos e destaca que entre os mais de 900 artigos do Novo Código Eleitoral constam desde propostas de mudança do nome da Câmara dos Deputados a alterações sobre a realização e divulgação de pesquisas eleitorais, passando por diversas propostas de redução do poder do TSE.

“Todo o pacote de propostas está avançando por meio de atalhos e tem sido acelerado sem debates para ser votado até outubro, num processo totalmente ‘torto’. Uma das propostas é reduzir as punições aos partidos que descumprirem a legislação. Trata desde questões como a realização de comícios no dia da eleição, sobre carros de som em frente às seções eleitorais e também sobre a questão do ‘Caixa 2’. Além disso, tem algumas ‘pegadinhas’ como uma nova divisão de recursos para candidaturas de pessoas negras e mulheres”, complementa o coordenador da Oxfam Brasil, destacando que essa redução no debate, agravado pela situação de pandemia do Covid-19, tem afetado diversas discussões atualmente e interferido diretamente na participação da sociedade no processo democrático brasileiro.


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Bolsonaro fala em enquadrar ministros em 7 de setembro https://canalmynews.com.br/politica/bolsonaro-enquadrar-ministros-7-de-setembro/ Mon, 06 Sep 2021 12:46:09 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/bolsonaro-enquadrar-ministros-7-de-setembro/ Em motociata, presidente diz que fotos do 7 de setembro servirão para mostrar que ministros serão colocados em seu “devido lugar”

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Às vésperas do 7 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro voltou a convocar a população para os atos em Brasília e em São Paulo. Sem citar nomes, afirmou que o povo, como poder moderador, não pode admitir “um ou dois” atuando fora das quatro linhas da Constituição e disse ser necessário enquadrá-los. Neste sábado (4), Bolsonaro participou de uma motociata em Pernambuco.

“Temos um ou outro saindo da normalidade. Temos, sim, um ou dois jogando fora das quatro linhas da Constituição. Dizer a vocês que nós jogamos dentro das quatro linhas, mas o povo, como poder moderador, não pode admitir que nenhum de nós jogue fora dessas quatro linhas”, defendeu.

Em função da pandemia, não haverá o tradicional desfile de 7 de setembro na Esplanada dos Ministérios. O presidente, no entanto, participará de uma manifestação em seu apoio em Brasília, pela manhã, e outra na Avenida Paulista, em São Paulo, à tarde.

Em outro trecho, o presidente deixa mais claro estar se referindo ao Judiciário. Ele afirma que se algum dos ministros deles agir fora da Constituição, ele chama a sua atenção e o demite, caso não mude de postura. O mesmo aconteceria na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal, onde os parlamentares são chamados a responder no Conselho de Ética.

O presidente Jair Bolsonaro convoca para atos de 7 de setembro. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro convoca para atos de 7 de setembro. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

“O nosso Supremo Tribunal Federal não pode ser diferente do poder Executivo ou do poder Legislativo. Se lá tem alguém que ousa a continuar agindo fora das quatro linhas da Constituição, aquele Poder tem que chamar essa pessoa e enquadrá-la e lembrá-la de que ela fez um juramento de respeitar a constituição”, sustentou. 

Segundo ele, caso isso não ocorra, em qualquer dos três Poderes, a “tendência” é acontecer uma ruptura. “Ruptura essa que eu não quero, nem defendo. Tenho certeza, nem o povo brasileiro assim o quer, mas a responsabilidade cabe a cada Poder e eu apelo a esse outro Poder que reveja a ação dessa pessoa que está prejudicando o destino do Brasil”, completou.

Bolsonaro tem empreendido uma cruzada contra dois ministros do STF: Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. Barroso é também presidente do Tribunal Superior Eleitoral e tem se manifestado abertamente contra o voto impresso, bandeira do chefe do Executivo. O ministro argumento que o voto impresso oneraria os cofres públicos e não serviria como forma de auditar a urna eletrônica justamente por ser mais suscetível à fraude humana.

Já Alexandre de Moraes preside inquéritos que investigam não só Bolsonaro como também seus aliados. O presidente subiu o tom após o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, ter sido alvo de uma operação e preso por suspeita de integrar uma milícia digital voltada a ataques à democracia. Em agosto, Bolsonaro apresentou um pedido de impeachment de Moraes ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que o arquivou por falta de embasamento jurídico.

A motociata começou às 9h da manhã no município de Santa Cruz do Capibaribe. O grupo percorreu cerca de 60 quilômetros, passando por Toritama e encerrando em Caruaru, onde Bolsonaro discursou em um estacionamento. Estava acompanhado de ministros e do pastor Silas Malafaia.

Atos no 7 de setembro

Em seu discurso, o presidente voltou a convocar seus apoiadores a participarem das manifestações previstas para a próxima terça-feira (7), referindo-se a data como “a nossa outra Independência”. “Todos ouvirão o clamor de vocês e não estaremos lá apenas para fazer figuração. Estaremos lá para mostrar a todos que não admitiremos mais quem quer que seja ignorar a nossa Constituição.”

O presidente ainda disse que os movimentos que o apoiam sempre foram pacíficos e nunca houve atos de vandalismo. “Tenho certeza que o retrato da imagem lá na Esplanada, onde estarei pela manhã, bem como o retrato, à tarde, quando estarei na Paulista, o retrato do povo servirá para mostrar para esses que ousam não respeitá-los, esses que ousam não mais se submeter à nossa Constituição, eles serão colocados no devido lugar”, ameaçou.

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7 de setembro: e o dia seguinte? https://canalmynews.com.br/politica/7-de-setembro-e-o-dia-seguinte/ Sun, 05 Sep 2021 13:41:03 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/7-de-setembro-e-o-dia-seguinte/ Presidente Bolsonaro tem ameaçado e até fala em ultimato. Para cientista político, se não for ultimato, se torna desmoralização

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) continua inflando a população para participar de atos a favor dele neste feriado de 7 de setembro. Sem citar nomes, o presidente tem falado que há “um ou dois jogando fora das quatro linhas da Constituição”.

Os alvos frequentes dos ataques de Bolsonaro são os ministros do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes (relator do inquérito que investiga atos antidemocráticos e do inquérito das Fake News) e Luis Roberto Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

“Eu não vejo nenhuma possibilidade dos ministros saírem do Supremo a não ser que a gente tenha realmente uma ruptura constitucional ocorrendo. Eu acho que, na verdade, ele não tem força institucional para isso”, afirma Cláudio Couto, cientista político da Fundação Getúlio Vargas. 

Neste sábado, Bolsonaro voltou a citar o risco de uma ruptura. 

“Ruptura essa que eu não quero, nem defendo. Tenho certeza, nem o povo brasileiro assim o quer, mas a responsabilidade cabe a cada Poder e eu apelo a esse outro Poder que reveja a ação dessa pessoa que está prejudicando o destino do Brasil”, declarou Bolsonaro.

Couto avalia os cenários a partir da adesão dos protestos e questiona o ultimato feito pelo presidente.

“Vai ter muita gente. A questão é: e o dia seguinte? Pelo que entendi ele está dando um ultimato aos ministros no dia 7 de Setembro. Bem, o ultimato é o último aviso se não for acatado. O que vem depois? Se não for de fato um ultimato acaba sendo uma desmoralização.O que pode vir é uma ação violenta de fato, se é que já não vamos ver atos violentos na manifestação uma vez que vamos ver uma participação muito grande de policiais”, avalia Couto.

Bolsonaro conta com apoio de parte de membros das Forças Armadas e da Polícia Militar. Na última quarta-feira (1º), em um evento em homenagem a atletas militares, disse que “ se você quer paz, prepare-se para a guerra”. Bolsonaro citou as Forças Armadas como um Poder moderador. Já neste sábado afirmou que o povo seria este Poder. 

Para o cientista político da FGV, Bolsonaro se posiciona como autocrata.

“Com a ideia do poder moderador, nada mais é que ele sendo o poder moderador dele mesmo. E que até, de alguma maneira, encontra correspondência no poder moderador das Forças Armadas que foi levantada até uns dias atrás por integrantes do governo. A gente sabe que o Presidente da República nomeia e demite os comandantes das Forças Armadas. Ele faz questão de se intitular e enfatizar que é o Chefe Supremo das Forças Armadas. Se ele é o Chefe Supremo das Forças Armadas e as Forças Armadas é um poder moderador, que ele muda, na verdade o poder moderador é ele. Consequentemente, ele diz que o poder moderador é o povo e o povo é dele, representado em seus apoiadores como sendo o povo inteiro, então, novamente cai sobre ele a figura de quem modera. Na verdade estamos vendo o Bolsonaro se posicionar como um autocrata, como aquele que está acima de todos os demais.”, explicou.

Para Cláudio Couto, todo o enredo foi fomentado para que a data possa se tornar um momento pontual no contexto político atual do presidente.

“Eu acho que o Bolsonaro vem percebendo que a eleição dele é inviável, como as pesquisas têm demonstrado. Entendo que o caminho que ele encontrou, não é uma surpresa se tratando de Bolsonaro, é apostar numa ruptura institucional. Para mim, Bolsonaro está armando uma armadilha para que haja esse tipo de confronto. Eles estão buscando esse tipo de confronto para justificar depois ações de força. As polícias sistematicamente vem demonstrado mais simpáticas a manifestações da direita do que na esquerda”, afirmou

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Por quem os sinos dobrarão no 07 de setembro? https://canalmynews.com.br/creomar-de-souza/por-quem-sinos-dobrarao-07-de-setembro/ Thu, 02 Sep 2021 13:52:01 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/por-quem-sinos-dobrarao-07-de-setembro/ Não há nada mais perigoso para um ambiente de liberdades individuais plenas que assunção de crenças políticas como uma verdade absoluta. O risco de transformar um posicionamento em profissão de fé é a banalização da ideia de que vale o uso de qualquer artifício para se derrotar o rival político, transformado em inimigo em um campo de batalha

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Qual o limite da crueldade humana em nome de uma causa? Que tipo de barbaridade pode ser justificada a partir de uma crença ferrenha em uma ideologia? Muitas são as tentativas de responder tais questionamentos, de Erich Fromm à Hannah Arendt, não foram poucos os pensadores que buscaram compreender a construção do arbítrio ideologicamente justificado. Entretanto, dentre os vários caminhos possíveis para compreender o peso da violência justificada e a imbecilidade que envolve instigar a guerra, ninguém parece ter sido tão feliz quando Ernest Hemingway em seu retrato literário da Guerra Civil Espanhola intitulado “Por Quem os Sinos Dobram”.

Ao narrar a trajetória de Robert Jordan como um voluntário nas brigadas republicanas durante o conflito espanhol, Hemingway se presta a dois serviços: o primeiro é o exercício autobiográfico de expiação dos demônios encarnados por ele visualizados durante seu tempo de engajamento na luta fratricida. O segundo, mais importante para este texto é o de tecer um retrato bastante cru dos impactos negativos que homens empoderados por causas podem causar na vida de cidadãos comuns.

Obra 'Por quem os sinos dobram?', de Ernest Hemingway.
Obra ‘Por quem os sinos dobram?’, de Ernest Hemingway. Foto: Reprodução (Divulgação)

Neste sentido, a descrição da crueldade e da violência perpetrada tanto por franquistas quanto por republicanos é um alerta importante àqueles que a espada é possível construir um cenário de paz sobre um exército de cadáveres. Esta reflexão em específico parece bastante importante para o Brasil atual. Sobretudo quando homens públicos que buscam se travestir de figuras míticas convocam seus fiéis para demonstrações de força que podem se transformar em verdadeiros abatedouros de vidas humanas.

O fato é que se a democracia permite a expressão de ideias e a concorrência destas em prol de angariação de preferências, é necessário também compreender que esta liberdade pode ser utilizada para destruir direitos. O país hoje se encontra diante de uma série de encruzilhadas e, tal qual a Espanha pré-guerra civil. A instabilidade política, a falta de confiança na capacidade das instituições em solucionar problemas e, sobretudo, a tentativa de lideranças autoritárias de se colocarem como focos exclusivos de solução de problemas criam um precedente perigoso que alimenta sentimentos negativos e banaliza a ideia do direito de existência do diferente.

A confusão que propositalmente se estabelece entre liberdade de expressão e irresponsabilidade de expressão tem um propósito, a ideia de incutir medo, instabilidade e banalização da violência como instrumento de pacificação. Neste sentido, Popper definiu de maneira bastante precisa a necessidade de que as sociedades democráticas têm de reconhecer com facilidade seus inimigos e criar mecanismos dentro da lei para que eles sejam cerceados na sua tarefa de destruir liberdades e provocar o caos social.

Aqui faz-se importante compreender que a questão não é de posicionamento progressista ou conservador. O cerne está no compromisso feito de respeitar as regras do jogo democrático e compreender que nenhum individuo é superior a elas. Porém, se os indivíduos investidos de funções institucionais, sobretudo aqueles em posição de deter o arbítrio e a erosão do prédio democrático se omitem, o risco de excessos justificados em salvacionismos de ocasião cresce na mesma velocidade que o exercício repetitivo de propagação da falácia e da transferência de ônus causados por omissões.

Diante do fato irremediável de que não haverá moderação ou bom senso dos indivíduos envolvidos na convocatória ao conflito, fica aqui o apelo àqueles que são indivíduos comuns e que, por consequência, serão os mais diretamente afetados pela violência das grandes causas libertadoras. Não se torne uma presa fácil daqueles que propagam o caos sob a justificativa de que será alcançado um paraíso na terra. Afinal, para aqueles que mandam os jovens e incautos à morte, a vida já é um elísio terrenal desde que seu poder seja mantido ao custo da vida e dos sacrifícios alheios.


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Apoio de policiais militares a manifestações contra a democracia gera preocupação https://canalmynews.com.br/politica/apoio-de-policiais-militares-a-manifestacoes-contra-democracia-gera-preocupacao/ Tue, 24 Aug 2021 02:06:15 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/apoio-de-policiais-militares-a-manifestacoes-contra-democracia-gera-preocupacao/ Para ex-ministro Gilberto Kassab, afastamento de coronel da PM de São Paulo por usar redes sociais para convocar para atos públicos foi atitude correta

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Com a proximidade do 7 de setembro e o chamamento para manifestações a favor e contra o governo Jair Bolsonaro, cresce o clima de tensão sobre a possibilidade de insurgência de forças militares contra as instituições democráticas do país. Nesta segunda (23), o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), afastou o coronel da Polícia Militar Aleksander Lacerda, chefe do Comando de Policiamento do Interior-7 (CPI-7), por utilizar as redes sociais para convocar para as manifestações do próximo dia 7.

A iniciativa do coronel fere o regimento da corporação, mas junta-se a outros fatos recentes que demonstraram aderência das polícias militares às ideias do presidente Jair Bolsonaro, como os tiros disparados contra o senador Cid Gomes (PDT) em Fortaleza, durante greve da PM-CE em fevereiro de 2020, e a ação da PM de Pernambuco ao atirar com balas de borracha e lançar bombas de gás lacrimogênio em manifestação contra Bolsonaro no Recife, em maio deste ano.

Para o ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), a situação atual do Brasil é preocupante, sendo necessária uma reação contundente dos governadores contra insubordinações das polícias militares. “O regimento impede qualquer participação em movimentos políticos. Foi correto o afastamento do coronel. No Brasil inteiro tivemos manifestações de redes sociais [de militares], que eu espero que sejam convencidas através do diálogo ou de medidas disciplinares. Precisamos de serenidade e paz para continuar nossa rota de consolidação da democracia”, considerou Kassab, durante participação no programa Segunda Chamada.

Segunda Chamada aborda posição de policiais militares sobre 7 de setembro
Programa Segunda Chamada aborda posicionamento de parte dos policiais militares sobre manifestações do 7 de setembro e em apoio a medidas contra a democracia/Imagem: Reprodução da Internet

O ex-ministro considera importante não “entrar na frequência” de instabilidade que tem sido estimulada pelo presidente Jair Bolsonaro. “A vida dele é esticar a corda. Ele foi expulso do Exército esticando a corda e tem sido assim como deputado federal e presidente da República. Não podemos entrar na frequência. (…) Todo militar sabe que o maior patrimônio é a vitaliciedade. Não conheço o regimento, mas é preciso aplicar as punições possíveis. Nesse caso específico, fugir à disciplina, fugir à hierarquia, é prejudicar o Brasil. Se não pune, o movimento espalha. Não é possível que um policial militar, independente de sua patente, faça um chamamento para uma mobilização que vai pregar exatamente o confronto, a não realização das eleições, e até um golpe. É inadmissível”, continuou Kassab.

O cientista político e major reformado Luiz Alexandre de Souza Costa pontuou que o bolsonarismo tem bastante influência entre os policiais militares do Brasil e que este governo alterou as formas de punição, enfraquecendo, por exemplo, possibilidade de cerceamento da “liberdade de expressão” dos militares. “Já tem alguns anos que os PMs apoiam o Bolsonaro e os filhos. São vistos como defensores dos policiais; muitas vezes não tão policiais, mais envolvidos com o crime do que qualquer outra coisa. (…). Só por Tribunal de Justiça Militar pode julgar e punir a conduta dele. A única coisa que o governador pode fazer é afastar o coronel”, explicou.

Reunião de governadores com Bolsonaro pode não ser suficiente para esfriar ânimos de parte dos policiais militares

A jornalista Juliana Braga pontuou que esta tensão já está posta há bastante tempo e que a reunião solicitada pelos governadores de 24 estados e o Distrito Federal com o presidente Jair Bolsonaro para abrandar o discurso pode não ter o resultado esperado. “O presidente não tem dado sinais de que está sensível a este tipo de mobilização. Os governadores têm, eles próprios, que tomarem o comando de suas tropas e evitarem que o problema aumente”, considerou Braga.

O jornalista Pedro Dória defendeu uma punição rígida ao coronel Aleksander Lacerda, pois a atitude do policial militar pode estimular outras ações de insubordinação. “Eu tendo a acreditar no que os generais falam de que não haverá golpe. Mas isso foi o que Salvador Allende ouviu e o que João Goulart ouviu. Esse coronel afastado por Dória hoje de manhã comanda 5 mil homens. É muita gente. Por ter assumido de forma tão escancarada atividade política em público, precisa ser expulso da corporação. Se em São Paulo uma ação dessas não acontece, o risco de levantes não é pequeno”, considerou.

Para Kassab, o fato de cinco ex-presidentes da República (Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Dilma Rousseff, José Sarney e Fernando Collor) terem consultado comandantes de alta patente das Forças Armadas sobre a possibilidade de golpe não deve ser menosprezado. “Quando a gente passa a supor que o governo federal, a pessoa do presidente, ou pessoas importantes na hierarquia do país, possam estar envolvidos na articulação, ou no simples pensamento de um golpe, já é um risco de instabilidade. Não menosprezo as ameaças porque é um presidente da República que tem vindo a público com ilações. Espero que as Forças Armadas continuem com essa posição de distanciamento do que eles pensam e do que pensa o presidente da República”, disse.


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