Arquivos juros - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/juros/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Tue, 19 Nov 2024 21:20:07 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Cappelli rebate argumento de que Brasil tem ‘alto risco fiscal’: ‘Não existe isso’ https://canalmynews.com.br/politica/ricardo-cappelli-rebate-argumento-de-que-brasil-tem-alto-risco-fiscal-nao-existe-isso/ Mon, 18 Nov 2024 20:35:13 +0000 https://localhost:8000/?p=48606 Presidente da ABDI afirmou que agentes do mercado financeiro alegam essa preocupação para que os juros subam e eles ganhem mais dinheiro

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O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, rebateu o argumento do mercado financeiro de que há um “alto risco fiscal” no Brasil e que, portanto, os juros no país precisam ser altos. Em entrevista ao MyNews, nesta segunda-feira (18), ele afirmou que o Brasil tem uma relação dívida/PIB muito menor do que países que aplicam taxas de juros inferiores às brasileiras.

A relação dívida/PIB indica o quanto um governo deve em relação ao tamanho de sua economia. Quando o índice tem percentual baixo, é um sinal de que a economia está gerando ganhos suficientes para pagar por seus empréstimos.

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“Eu desafio qualquer economista a apresentar por que o risco [fiscal] no Brasil é tão alto. Não existe isso. Nós temos uma relação dívida/PIB muito menor em comparação com países que tem taxas de juros inferiores. O Brasil tem mais de R$ 370 bilhões em reservas. Que risco é esse?”, afirmou Cappelli.

“[Esses argumentos] são profecias autorrealizáveis. Eles [os agentes do mercado financeiro] vão falando, vão especulando e, com isso, vão pressionando para que os juros subam e eles ganhem mais dinheiro”, acrescentou.

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Para Cappelli, o “pessimismo” do mercado, que espalha o que ele chamou de “terror econômico”, destoa da situação econômica do Brasil, avaliada pelo presidente da ABDI como muito favorável. Ele ressalta que, em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu acima do esperado, aumentou a produção industrial e bateu taxas recordes de pessoas empregadas — no trimestre encerrado em setembro, o índice de desemprego ficou em 7,7%, o menor desde 2015.

Outra crítica contundente feita ao governo pelo mercado diz respeito às contas públicas, que estão em desequilíbrio. Agentes financeiros têm pressionado o governo a fazer um corte de R$ 50 bilhões do orçamento. Alcançar o equilíbrio fiscal é do interesse de todos, mas a discussão não é simples, porque é preciso saber da onde cortar.

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No domingo (17), o MyNews divulgou que, pela primeira vez na história, o Ministério da Fazenda deu transparência aos R$ 546 bilhões concedidos às empresas em benefícios fiscais. O valor que o mercado exige que seja cortado do orçamento — R$ 50 bilhões — corresponde a menos de 10% dos benefícios que os mais ricos recebem. Depois da divulgação dos dados inéditos, Cappelli se pronunciou sobre o assunto nas redes sociais, afirmando que estava “fácil” identificar os cortes necessários.

“546 BILHÕES em benefícios fiscais para os mais ricos. O ‘mercado’ pede um corte de 50 BI. Tá fácil”, escreveu o presidente da ABDI no X (antigo Twitter). “É menos de 10% dos benefícios que os mais ricos recebem. Dá pra cortar fácil, ou melhor, tenho certeza que, comprometidos com o equilíbrio fiscal, eles mesmos irão se apresentar.”

Assista abaixo à entrevista com Ricardo Cappelli:

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Teto de gastos ajudou a reduzir a Selic https://canalmynews.com.br/outras-vozes/teto-de-gastos-ajudou-a-reduzir-a-selic/ Mon, 04 Nov 2024 21:09:26 +0000 https://localhost:8000/?p=48204 Taxa básica de juros mais baixa tende a reduzir o custo do crédito para empresas e famílias e pode levar à queda do endividamento público

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Eu sei, esse é um tema que pode parecer um tanto quanto empoeirado. Afinal, desde agosto de 2023, quando o governo aprovou o chamado “regime fiscal sustentável“, o antigo teto de gastos foi oficialmente revogado.

Como já discutimos neste espaço, o novo regime se propôs a romper com o anterior e, de fato, trouxe mudanças importantes. No entanto, ele ainda se apoia em duas regras principais para o controle das contas públicas: uma meta para o resultado primário e um limite específico para o crescimento das despesas primárias. O desenho desse novo limite para as despesas lembra o teto de gastos, com a diferença de que agora a despesa total pode crescer acima da inflação, respeitados alguns parâmetros.

Assim, é possível dizer que a essência do teto – limitar os gastos primários – foi preservado, ainda que sob outro epíteto.

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A decisão de manter um limite para o crescimento das despesas tem respaldo na experiência internacional. Em 2021, 55 países adotavam pelo menos uma regra para o controle direto da despesa. Esse número cresceu especialmente na última década, evidenciando uma certa predileção por esse tipo de regra fiscal. E não é por acaso: entre os grandes agregados fiscais, o gasto público é o que oferece maior margem de controle à política fiscal.

A experiência com regras de controle da despesa também tem encontrado respaldo acadêmico. No caso brasileiro, um estudo recente de Vinícius Ferreira e Geovana Bertussi mostrou que a implementação do teto de gastos, em 2016, contribuiu para a redução da Selic, a taxa de juros de curto prazo da economia.

Uma Selic mais baixa tende, por exemplo, a reduzir o custo do crédito para empresas e famílias. Além disso, pode levar à queda do endividamento público, já que uma parcela significativa dessa dívida está atrelada à Selic.

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Mas a dinâmica das taxas de juros reflete muitos fatores, não apenas a adoção de uma nova regra fiscal. Então como isolar o efeito do teto de gastos sobre a Selic? Para isso, Ferreira e Bertussi utilizam a metodologia dos “controles sintéticos”, que permite comparar a evolução do Brasil com a de um “país sintético” — uma média ponderada de países emergentes com características semelhantes e que não sofreram a mesma intervenção (ou seja, a adoção do teto). Esse contrafactual possibilita estimar como essas variáveis teriam evoluído na ausência da regra fiscal.

Para os autores, a redução da Selic frente ao contrafactual pode ser atribuída à melhora da confiança e das expectativas trazida pela regra, embora não se devam desconsiderar os efeitos da desinflação e do desaquecimento da economia brasileira no período.

Os achados dos autores para a taxa Selic se alinham a trabalhos anteriores que já haviam identificado uma queda nos juros de longo prazo e na taxa neutra em decorrência da implementação do teto de gastos.

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Os autores também olharam para o comportamento do investimento público com a chegada do teto de gastos. Mas, nesse caso, o estudo não foi capaz de isolar o efeito do teto devido aos impactos da recessão de 2015-2016, que antes mesmo da nova regra fiscal já havia provocado uma queda significativa nos investimentos.

Como sempre, nem tudo são flores. A literatura também aponta que regras como o teto de gastos podem levar a ajustes que comprometem o crescimento do país e agravam um cenário já existente de desigualdade.

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O teto de gastos despertou muitos sentimentos. Em geral, o debate acabou suscetível ao maniqueísmo de sempre: de um lado, era visto como uma tábua de salvação fiscal; de outro, como um freio aos gastos sociais.

Há uma certa beleza nesse embate. O teto movimentou paixões por ser uma regra transparente e de fácil compreensão, e essa clareza é valiosa.

Mas é essencial estar atento aos reais efeitos da regra. O estudo de Ferreira e Bertussi é mais uma contribuição para “colocar a bola no chão” e organizar o debate, ajudando a separar os impactos concretos dos mitos que cercam o tema. Deveria servir de lição ao se avaliar o novo – e já ameaçado – arcabouço fiscal.

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A Nova Política Econômica (sqn) https://canalmynews.com.br/economia/a-nova-politica-economica-sqn/ Sat, 12 Oct 2024 17:26:18 +0000 https://localhost:8000/?p=47559 Relembrando as palavras dos formuladores da política econômica

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O Secretário de Política Econômica disse que “a dívida pública está na mão da Faria Lima”. Tive um frio na coluna, e a porque já ouvimos isto da Ministra Zélia Cardoso de Melo quando confiscou toda a poupança sendo que desta vez errei, pois como vemos abaixo a saída é outra.

Já o Secretário do Tesouro manda investirem em renda fixa, nos papéis do Tesouro, deixando todos sem saber o que queria dizer…
Logo está ficando cada vez mais claro a “paulada” nos portadores de títulos públicos !!!

Como não conseguiram atingir o déficit ZERO, tentaram mudar a meta já que o Banco Central também não aceitava baixar a Selic por decreto. Descobriram então uma maneira de diminuir a dívida pública e melhorar o déficit.

Agora o Presidente do IBGE veio com a solução :
“70% da dívida pública está indexada por IPCA, então vamos mudar os índices que compõem o IPCA, baixando a dívida por decreto.” Esta alteração resolve o crescimento da dívida pública e obriga o Banco Central a baixar a SELIC, matando dois coelhos com uma cajadada só.

Como todos sabemos, os que não concordarem com isso, não farão passeatas (Faria Lima).

Ledo engano, os agentes econômicos em geral já estão se mobilizando, o dólar ensaia disparar e provocará na economia uma desorganização igual a da Presidenta Dilma , junto com outras variáveis que ninguém controla (clima) , como a produção agrícola afetada por eventos climáticos e baixos preços das comodities, deixando indústria com a cadeia de produção desorganizada .

PARA ONDE VAMOS ?

*Luiz Cezar Fernandes é um dos fundadores do Banco Pactual

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Teto de juros do consignado do INSS cairá para 1,8% ao mês https://canalmynews.com.br/brasil/teto-de-juros-do-consignado-do-inss-caira-para-18-ao-mes/ Tue, 05 Dec 2023 09:41:08 +0000 https://localhost:8000/?p=41605 Novo teto é 0,04 ponto percentual menor que o antigo limite, de 1,84% ao mês, nível que vigorava desde outubro

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Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pagarão menos nas futuras operações de crédito consignado. Por 14 votos a 1, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) aprovou nesta segunda-feira (4) o novo limite de juros de 1,8% ao mês para essas operações.

O novo teto é 0,04 ponto percentual menor que o antigo limite, de 1,84% ao mês, nível que vigorava desde outubro. O teto dos juros para o cartão de crédito consignado caiu de 2,73% para 2,67% ao mês. Propostas pelo próprio governo, as medidas entram em vigor cinco dias após a instrução normativa ser publicada no Diário Oficial da União, o que ocorrerá nos próximos dias.

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A saga de um idoso em busca da aposentadoria que o INSS mandou para outro banco

A justificativa para a redução foi o corte de 0,5 ponto percentual na Taxa Selic (juros básicos da economia). No fim de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu os juros básicos de 12,75% para 12,25% ao ano. Desde agosto, quando começaram os cortes na Selic, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse que a pasta deve acompanhar o movimento e propor reduções no teto do consignado à medida que os juros baixarem. As mudanças têm de ser aprovadas pelo CNPS.

Os novos tetos são um pouco mais altos do que queria o Ministério da Previdência Social. Na semana passada, a pasta havia proposto que o teto caísse para 1,77%, com desconto em folha, e para 2,62% no cartão de crédito consignado. Os representantes das instituições financeiras defenderam a manutenção das taxas atuais.

Sem definição no debate, o ministro Carlos Lupi, propôs que a reunião fosse suspensa e retornasse para votação nesta segunda-feira. O único voto contrário na reunião de hoje foi o do representante dos bancos.

Com o novo teto, alguns bancos oficiais terão de reduzir as taxas para o consignado do INSS. Segundo os dados mais recentes do Banco Central (BC), o Banco do Nordeste cobra 1,88% ao mês, e o Banco da Amazônia cobra 1,86%.

Como as taxas estão acima do teto atual nestes, na prática, as duas instituições suspenderam a oferta desse tipo de crédito. Entre os bancos federais, o Banco do Brasil cobra 1,8%, exatamente o valor do futuro teto, e apenas a Caixa cobra menos, com taxa de 1,73% ao mês.

Impasse
O limite dos juros do crédito consignado do INSS foi objeto de embates no início do ano. Em março, o CNPS reduziu o teto para 1,7% ao ano. A decisão opôs os Ministérios da Previdência Social e da Fazenda.

Os bancos suspenderam a oferta, alegando que a medida provocava desequilíbrios nas instituições financeiras. Sob protesto das centrais sindicais, o Banco do Brasil e a Caixa também deixaram de conceder os empréstimos porque o teto de 1,7% ao mês era inferior ao cobrado pelas instituições.

A decisão coube ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que arbitrou o impasse e, no fim de março, decidiu pelo teto de 1,97% ao mês. O Ministério da Previdência defendia teto de 1,87% ao mês, equivalente ao cobrado pela Caixa Econômica Federal antes da suspensão do crédito consignado para os aposentados e pensionistas. A Fazenda defendia um limite de 1,99% ao mês, que permitia ao Banco do Brasil, que cobrava taxa de 1,95% ao mês, retomar a concessão de empréstimos.

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Mercado reduz previsão da inflação de 4,63% para 4,59% este ano https://canalmynews.com.br/brasil/mercado-reduz-previsao-da-inflacao-de-463-para-459-este-ano/ Mon, 13 Nov 2023 12:13:04 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=41209 Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,92%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos

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A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – caiu de 4,63% para 4,59% neste ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (13), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,92%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

A estimativa para 2023 está acima do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é de 67%. A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda situa-se dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em outubro, o aumento de preços das passagens aéreas pressionou o resultado da inflação. O IPCA ficou em 0,24%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual foi abaixo da taxa de setembro, que teve alta de 0,26%.

A inflação acumulada este ano atingiu 3,75%. Nos últimos 12 meses, o índice está em 4,82%.

Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 12,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.

O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela terceira vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Ainda assim, em comunicado divulgado na semana passada, o Copom indicou que poderá mudar o tempo do período de cortes, caso as condições tornem mais difícil reduzir juros.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,25% ao ano. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,75% ao ano e 8,5% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano ficou em 2,89%. Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,93% e 2%, respectivamente. A previsão para a cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,08.

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Juros médios dos bancos seguem em queda para 43,5% ao ano https://canalmynews.com.br/economia/juros-medios-dos-bancos-seguem-em-queda-para-435-ao-ano/ Wed, 27 Sep 2023 17:52:53 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40068 Nas novas contratações para empresas, a taxa média do crédito livre ficou em 22,6% ao ano, redução de 0,4 pp no mês

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Pelo terceiro mês seguido, a taxa média de juros das concessões de crédito livre teve queda e passou de 43,8% para 43,5% ao ano em agosto, redução de 0,3 ponto percentual (pp) no mês. Em 12 meses, entretanto, a alta nos juros médios é de três pontos percentuais, segundo a publicação Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgada nesta quarta-feira (27) pelo Banco Central (BC), em Brasília.

Nas novas contratações para empresas, a taxa média do crédito livre ficou em 22,6% ao ano, redução de 0,4 pp no mês. De acordo com o BC, o recuo é resultado das reduções disseminadas pelas principais modalidades de crédito. Em 12 meses, o recuo é de 0,1 pp.

Nas contratações com as famílias, a taxa média de juros livres atingiu 57,7% ao ano, redução de 0,6 pp no mês e alta de 3,7 pp em 12 meses.

Diferentemente do observado no crédito às empresas, a diminuição da taxa média para pessoas físicas foi influenciada tanto pela alteração da composição da carteira (efeito saldo) como pela efetiva redução dos juros praticados nas principais modalidades (efeito taxa).

O destaque é para as reduções das taxas nas modalidades de crédito consignado para beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS – (queda de 0,8 pp), crédito pessoal para trabalhadores do setor público (queda de 0,4 pp) e crédito pessoal não consignado vinculado à composição de dívidas (queda de 1,8 pp).

No crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado – com regras definidas pelo governo – é destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

No caso do crédito direcionado, a taxa para pessoas físicas ficou em 11,5% ao ano em agosto, com redução de 0,5 pp em relação ao mês anterior e alta de 0,7 pp em 12 meses. Para empresas, a taxa subiu 0,4 pp no mês e 1,6 pp em 12 meses, indo para 10,7% ao ano. Assim, a taxa média no crédito direcionado ficou em 11,3% ao ano, redução de 0,3 pp no mês e alta de 0,9 pp em 12 meses.

O comportamento dos juros bancários médios ocorre em um momento que a expectativa do mercado financeiro é de queda da taxa básica de juros da economia, a Selic, definida em 12,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação.

O comportamento dos preços fez o BC cortar os juros pela segunda vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões do comitê. Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano – de agosto do ano passado a agosto deste ano – a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Até o fim do ano, a previsão dos analistas é que a Selic caia para 11,75%. Com isso, a taxa de captação de recursos livres dos bancos (o quanto é pago pelo crédito) vem recuando. Desde abril, ela está em queda e ficou em 11,2% em agosto.

Considerando o conjunto dos recursos livres e direcionados a pessoas físicas, o pico dos juros aconteceu em maio: 38,2% ao ano. Para empresa, o pico foi em janeiro: juros a 22%. Desde então, há redução nas taxas mês a mês, com flutuações e desaceleração no crescimento em 12 meses.

A elevação da taxa básica ajuda a controlar a inflação porque causa de reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, contendo a demanda aquecida. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Cartão de crédito
Para pessoas físicas, as taxas do cartão de crédito tiveram redução média de 0,4 pp no mês, mas com alta de 13,8 pp em 12 meses, alcançando 101,5% ao ano.

O crédito rotativo continua em alta e subiu 4,4 pontos percentuais em agosto e de 46,1 pp em 12 meses, indo para 445,7% ao ano. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias.

A modalidade é uma das mais altas do mercado e o Banco Central já estuda o fim do crédito rotativo do cartão de crédito.

A Câmara dos Deputados também aprovou um projeto limita os juros do crédito rotativo. O texto prevê que – depois de aprovada e publicada a lei – as empresas emissoras de cartão terão 90 dias para encaminhar ao Conselho Monetário Nacional uma proposta de regulamentação com definição desse teto.

Caso contrário, ficou decidido que os juros não poderão ser maiores que o valor original da dívida. Ou seja, juros de 100% e não de mais de 400% ao ano como é cobrado hoje. O texto está, agora, em tramitação no Senado Federal.

Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida. Nesse caso do cartão parcelado, os juros caíram 3,7 pp no mês e registraram alta de 7,7 pp em 12 meses, indo para 194,5% ao ano.

Novas contratações
A manutenção prolongada dos juros em alta – resultado do aperto monetário – e a própria desaceleração da economia levaram também a uma desaceleração do crédito bancário, em especial, para as famílias. No mês passado, entretanto, as concessões de crédito subiram 8% para as pessoas físicas e 11,2% para empresas.

Em agosto, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em R$ 5,523 trilhões, um crescimento de 1,1% em relação a julho. O resultado refletiu o aumento de 0,9% no saldo das operações de crédito pactuadas com pessoas jurídicas (R$ 2,163 trilhões) e o incremento de 1,3% no de pessoas físicas (R$ 3,360 trilhões).

Na comparação interanual, o crédito total cresceu 8,9% em agosto, mantendo a tendência de desaceleração observada desde meados de 2022. Em julho, esse crescimento havia sido de 9,3%. Nas mesmas bases de comparação, os estoques de crédito para pessoas jurídicas e pessoas físicas registraram expansões de 5,1% e 11,5%, respectivamente, com estabilidade no ritmo de crescimento nas operações com pessoas jurídicas (5% em julho) e arrefecimento nas operações com pessoas físicas (12,2% em julho).

Em ata divulgada pelo Copom, ontem (26), em Brasília, o colegiado avaliou que a desaceleração na concessão de crédito está em linha com a postura da política monetária de definição dos juros. “Observou-se uma desaceleração mais acentuada na concessão de crédito à pessoa jurídica, ao passo que a concessão à pessoa física exibiu menor desaceleração, sendo menos acentuada nas modalidades de baixo custo”, diz o documento.

“Em que pese as condições monetárias restritivas, enfatizou-se que já se observa a transmissão do ciclo de política monetária esperado pelo mercado para as taxas correntes de novas concessões, levando também a um maior dinamismo dos mercados de capitais”, acrescentou o Copom.

Já o crédito ampliado ao setor não financeiro, que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos independentemente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa) alcançou R$ 15,258 trilhões, com aumento de 2% no mês. Os principais fatores para essa evolução foram os títulos da dívida pública, que cresceram 1,9% e os empréstimos da dívida externa, com expansão de 5,9%, para a qual contribuiu a depreciação cambial de 3,8% no mês.

Em 12 meses, o crédito ampliado cresceu 8,9%, ante 7,3% em julho deste ano.

Endividamento
Segundo o Banco Central, a inadimplência – considerados atrasos acima de 90 dias – tem se mantido estável há bastante tempo, com pequenas oscilações e registrou 3,6% em agosto. Nas operações para pessoas físicas, ela está em 4,1% e para pessoas jurídicas em 2,7%.

O endividamento das famílias – relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses – ficou em 47,8% em julho, queda de 0,4 pp no mês e de 2,3% em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, o endividamento ficou em 30,2% no oitavo mês do ano.

Já o comprometimento da renda – relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período – ficou em 27,6% em julho, redução de 0,7 pp na passagem do mês e com alta de 0,3 pp em 12 meses.

Esses dois últimos indicadores são apresentados com uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o Banco Central usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Previsão de inflação do mercado financeiro cai para 6,02% em 2023 https://canalmynews.com.br/economia/previsao-de-inflacao-do-mercado-financeiro-cai-para-602-em-2023/ Mon, 08 May 2023 13:59:43 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37496 Informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central

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Após o Banco Central optar por manter os juros básicos da economia em 13,75%, a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, caiu de 6,05% para 6,02% este ano. A estimativa consta do Boletim Focus desta segunda-feira (8), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 4,16%. Para 2025 e 2026, as previsões são de inflação de 4% para os dois anos.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior, 4,75%. Segundo o BC, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 83%.

A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em março, a inflação desacelerou para todas as faixas de renda. Ainda assim, puxado pelo aumento dos preços dos combustíveis, o IPCA ficou em 0,71%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é inferior à taxa de fevereiro: 0,84%. Em 12 meses, o indicador acumula 4,65%, abaixo de 5% pela primeira vez em dois anos.

Para abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – que mede a prévia da inflação oficial – ficou em 0,57% deste ano. A taxa é inferior na comparação com as de março de 2023 (0,69%) e de abril de 2022 (1,73%). O IPCA de abril será divulgado pelo IBGE na próxima sexta-feira (12).

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado e é o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Na semana passada, mesmo com as pressões do governo federal pela redução da Selic, o Copom manteve a taxa em 13,75% pela sexta vez seguida. Os efeitos do aperto monetário são sentidos no encarecimento do crédito e na desaceleração da economia.

A decisão de manutenção da Selic era esperada pelo mercado financeiro, com a previsão que ela se mantenha nesse patamar até, pelo menos, a reunião do Copom de agosto. De acordo com a pesquisa do Boletim Focus de hoje, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 12,5% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Para o fim de 2024, a estimativa do mercado é que a taxa básica caia para 10% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano, para os dois anos.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano se mantém em 1%, mesma da semana passada.

Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,4%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,8%, para ambos os anos.

A estimativa para a cotação do dólar está em R$ 5,20 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,25.

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Arcabouço fiscal estancará sangria nas contas públicas, diz Haddad https://canalmynews.com.br/economia/arcabouco-fiscal-estancara-sangria-nas-contas-publicas-diz-haddad/ Wed, 19 Apr 2023 12:15:00 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37153 Ministro da Fazenda admite que tramitação no Congresso não será fácil

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A construção do novo arcabouço fiscal que substituirá o teto de gastos ocorreu com diálogo e com razoabilidade, disse nesta terça-feira (18) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele falou a jornalistas no Palácio do Planalto, após o envio da proposta ao Congresso, e disse que as novas regras e as medidas provisórias encaminhadas ao longo do ano estancarão a sangria nas contas públicas.

Segundo o ministro, a nova regra fiscal só funcionará se o Congresso aprovar toda a agenda de mudanças propostas pelo governo. “Não estamos entregando para a Câmara e o Senado só uma nova lei de responsabilidade [fiscal]. Estamos trabalhando junto às Casas as medidas provisórias e os projetos de lei em tramitação e os que vão ser encaminhados ao longo das próximas semanas. São contas bilionárias que precisam ser ajustadas definitivamente. O Brasil não aguenta mais tanta sangria. É muita sangria”.

Ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ministro da Fazenda disse desejar a aprovação do novo arcabouço fiscal ainda no primeiro semestre. Segundo Haddad, isso facilitaria a elaboração do Orçamento de 2024, a ser enviado até o fim de agosto.

“A Câmara tem o seu rito. Tenho uma relação respeitosa com a Casa. Sempre me coloquei à disposição dos líderes, inclusive de oposição. Quanto aos temas de que alguns discordam, é o jogo democrático que vai definir o placar”, disse Haddad.

O ministro admitiu que o projeto de lei complementar, que requer aprovação por maioria absoluta no Congresso, não terá tramitação fácil. No entanto, lembrou que temas complexos, como a Emenda Constitucional da Transição, foram aprovados e pediu articulação do Congresso para também aprovar a reforma tributária.

“Não são coisas fáceis de votar. A PEC [Proposta de Emenda à Constituição] da Transição não foi fácil. O arcabouço tem uma construção complexa, é uma mudança de regra que na minha opinião vem para melhorar a gestão pública. Temos, além da regra em si, um conjunto de medidas para garantir o equilíbrio fiscal o ano que vem. E depois a reforma tributária que vem para garantir a sustentabilidade de longo prazo da base fiscal do Estado brasileiro”, detalhou.

Sustentabilidade
Na avaliação de Haddad, o novo arcabouço, que limita o crescimento real (acima da inflação) dos gastos a 70% do crescimento real da receita líquida em 12 meses, num intervalo de crescimento de 0,6% a 2,5% ao ano, levará o país em direção ao crescimento sustentável.

“Temos que ter um Orçamento em que seja fixada a despesa como proporção do PIB [Produto Interno Bruto] e que tenha estabilidade no tempo. Estamos atuando com os tribunais superiores, com o próprio Executivo para garantir essa nova etapa da economia brasileira. Com orçamento equilibrado, finanças robustas, a margem que já está para lá de dada de redução da taxa de juros, o país voltar a crescer de maneira socialmente sustentável e fiscalmente sustentável”, destacou Haddad.

Para garantir a meta de zerar o déficit primário (resultado das contas do governo sem os juros da dívida pública) em 2024, o governo precisará arrecadar R$ 155 bilhões a mais no próximo ano. Como meio de melhorar o caixa do governo no próximo ano e garantir o cumprimento do arcabouço fiscal, o ministro defendeu a revisão de parte dos incentivos fiscais.

“Há quase R$ 600 bilhões em renúncia fiscal [em que o governo deixa de arrecadar] no Orçamento Federal, e o Brasil quer rever apenas um quarto dessa renúncia para garantir a sustentabilidade fiscal do país”, comentou o ministro.

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Após reunião com Haddad, bancos vão entregar estudo sobre causas dos juros altos no cartão https://canalmynews.com.br/economia/apos-reuniao-com-haddad-bancos-vao-entregar-estudo-sobre-causas-dos-juros-altos-no-cartao/ Tue, 18 Apr 2023 12:07:29 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37121 Segundo Febraban, governo, bancos e BC buscarão solução conjunta

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Os bancos entregarão um cronograma de estudos ao governo e ao Banco Central (BC) sobre as causas dos juros altos no rotativo do cartão de crédito, disse na noite desta segunda-feira (17) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele reuniu-se com representantes de instituições financeiras para discutir uma solução para as taxas dessa modalidade, que estão em 417,4% ao ano, segundo o BC.

Segundo Haddad, o primeiro encontro, que durou cerca de uma hora, serviu apenas para traçar um diagnóstico do setor. O ministro prometeu apresentar um estudo em breve e o envolvimento do BC nas discussões.

“Estávamos com quatro ou cinco CEOs [presidentes-executivos] de bancos aqui, não só a Febraban [Federação Brasileira de Bancos]. Vamos envolver o Banco Central nas discussões. Eles vão entregar um cronograma de apresentação de um estudo [para os juros do rotativo]. Eu pedi celeridade, eles pediram para envolver o BC porque tem a regulamentação do produto”, afirmou Haddad após a reunião no Ministério da Fazenda.

Estiveram presentes no encontro, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, e o ex-deputado federal Rodrigo Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF). Eles estavam acompanhados de presidentes de quatro bancos: Octavio de Lazari (Bradesco), Milton Maluhy (Itaú-Unibanco), Mario Leão (Santander Brasil) e Cristina Junqueira (Nubank).

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De acordo com Haddad, a discussão não é simples porque a indústria de cartões de crédito tem muitos atores envolvidos: “são muitos interlocutores: bandeira, maquininha, bancos e lojistas”.

Logo após a reunião com as instituições financeiras, Haddad seguiu para o Palácio da Alvorada, acompanhado do secretário-executivo da Fazenda, Gustavo Galípolo; e do secretário da Receita Federal, Robson Barreirinhas, para uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Questionado se o encontro seria sobre a entrega do texto do novo arcabouço fiscal ao Congresso, o ministro respondeu apenas: “vamos saber agora.”

Disposição
Do lado das instituições financeiras, apenas o presidente da Febraban falou com os jornalistas. Ele disse que a entidade está disposta a construir, com o governo federal e o Banco Central, soluções para diminuir os juros no rotativo do cartão de crédito. Ele disse que um grupo de trabalho será constituído, sem prazo para a conclusão da análise.

“É importante que a gente ataque não só as causas do spread bancário elevado, mas compreenda as causas do custo de crédito elevado. Não é o momento para apontar caminhos ou discutir propostas. Os caminhos precisam ser discutidos após um diagnóstico correto”, declarou.

Mais cedo, Haddad tinha afirmado que o governo pretende soltar, nesta semana, 14 medidas para estimular o mercado de crédito no Brasil. Com a previsão de que o grupo de trabalho só comece as atividades nos próximos dias, uma medida para o rotativo do cartão de crédito deve ficar para depois.

Segundo o presidente da Febraban, uma das sugestões a serem apresentadas pelas instituições financeiras será um novo marco legal de garantias (bens e ativos que cubram eventuais calotes), cujo projeto tramita no Congresso Nacional. “Uma das razões a juros bancários elevados é pouca efetividade de garantias. Se o país tiver o Marco Legal de Garantias, vamos dar um passo importante para reduzir o custo de crédito”, declarou Isaac Sidney.

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Inflação oficial desacelera e atinge 0,71% em março, diz IBGE https://canalmynews.com.br/economia/inflacao-oficial-desacelera-e-atinge-071-em-marco-diz-ibge/ Wed, 12 Apr 2023 15:04:55 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36989 IPCA chegou ao menor patamar desde janeiro de 2021

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que apura a inflação oficial do país, atingiu 0,71% em março, desacelerando em relação a fevereiro, quando ficou em 0,84%, e atingindo o menor patamar desde janeiro de 2021. Em março de 2022, o IPCA chegou a 1,62%. No ano, o índice acumula elevação de 2,09% e, nos últimos 12 meses, de 4,65%, percentual menor do que os 5,60% registrados no período imediatamente anterior.

O maior impacto (0,43 ponto percentual – pp) e maior variação (2,11%) no índice no mês passado partiram do grupo Transportes.

Com alta nos preços de 8,33%, a gasolina representou o maior impacto individual no índice de março (0,39 pp) e teve grande peso no comportamento do grupo. O etanol avançou 3,20%. Os dados foram divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o analista da pesquisa, André Almeida, a volta da cobrança dos impostos federais no início daquele mês foi o motivo da elevação da gasolina e do etanol. “Os resultados da gasolina e do etanol foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais no início do mês, estabelecido pela Medida Provisória nº 1157/2023. Havia, portanto, a previsão do retorno da cobrança de PIS/Cofins sobre esses combustíveis a partir de 1º de março”, disse.

Ainda no grupo transportes, o gás veicular registrou queda de 2,61% e óleo diesel, de 3,71%. As passagens aéreas, que haviam recuado 9,38% em fevereiro, caíram 5,32% desta vez. Reajustes em tarifas de táxi em Belo Horizonte, em ônibus intermunicipal na região metropolitana do Rio de Janeiro, além de ônibus urbano em quatro áreas de abrangência do índice, também influenciaram em Transportes.

Outros grupos
Na sequência de altas, ficaram saúde e cuidados pessoais (0,82%) e habitação (0,57%). Nos dois casos foram observadas desacelerações em relação a fevereiro, contribuindo com 0,11 pp e 0,09 pp, respectivamente. O grupo saúde e cuidados pessoais foi pressionado, especialmente, pelo avanço de 1,20% do plano de saúde, que permanece incorporando as frações mensais dos planos novos e antigos referentes ao ciclo de 2022-2023. Já no grupo habitação, o maior impacto (0,09 pp) partiu da energia elétrica residencial, que subiu 2,23%.

A queda da alimentação no domicílio, que saiu da alta de 0,04% em fevereiro para o recuo de 0,14% em março, foi a causa do aumento de 0,05% em alimentação e bebidas. Outro grupo que teve aumento (0,50%) foi o de comunicação. Em movimento contrário, o grupo artigos de residência, que caiu 0,27% depois de alta de 0,11% em fevereiro, foi o único pesquisado a registrar queda neste mês.

As variações negativas em março, nos itens de televisão, som e informática (-1,77%) foram as principais responsáveis pelo comportamento do grupo. “As promoções realizadas durante a semana do consumidor, ocorrida em março, podem ter influenciado”, relatou o analista.

Regiões
Nos índices regionais, todas as áreas avançaram em março, sendo que a maior variação foi registrada em Porto Alegre (1,25%). A causa foram as altas da gasolina (10,63%) e da energia elétrica residencial (9,79%). Fortaleza, com alta de 0,35%, foi a menor variação no mês, com quedas de 17,94% no preço do tomate e de 2,91% no frango inteiro.

Pesquisa
De acordo com o IBGE, o IPCA é calculado com base nas famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

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Decisão do BC sobre juros gera críticas da base do governo e aplausos da oposição https://canalmynews.com.br/politica/decisao-do-bc-sobre-juros-gera-criticas-da-base-do-governo-e-aplausos-da-oposicao/ Wed, 29 Mar 2023 12:44:16 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36693 Deputados da base governista cobram juros mais baixos, enquanto oposicionistas ressaltam combate à inflação

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A taxa básica de juros definida pelo Banco Central (BC) continua a gerar discussões no Plenário da Câmara dos Deputados, com críticas da base governista e discursos favoráveis de parlamentares da oposição.

Nesta terça-feira (28), dia em que o Banco Central divulgou a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano, o líder do governo na Câmara questionou os critérios e o desempenho do órgão.

O Copom justificou a manutenção da taxa de juros com o argumento de que ainda existem riscos de crescimento da inflação, não só no Brasil como no mundo. Na ata, o comitê também menciona a incerteza sobre o arcabouço fiscal, regra ainda não anunciada pelo governo que vai substituir o teto de gastos.

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), criticou os juros altos e disse que o Banco Central não cumpre o que determina a lei que garantiu autonomia ao órgão. Ele também fez críticas diretas ao presidente do BC, Roberto Campos Neto.

“A lei que concedeu autonomia ao Banco Central diz: caberá à autoridade monetária zelar pela estabilidade e pela eficiência do sistema financeiro, suavizar as flutuações do nível da atividade econômica e fomentar o pleno emprego. O presidente do Banco Central não é maior do que o Brasil. Independente dos esforços que estão sendo feitos pelo governo, pelo ministro Haddad [Fazenda] para dar estabilidade fiscal e social ao País, ele [Campos Neto] mantém-se indiferente a tudo isso”, disse Guimarães.

A lei que garante a autonomia do Banco Central foi aprovada pelo Congresso e entrou em vigor há dois anos. A partir de então, presidentes e diretores do órgão têm mandato de quatro anos, não coincidente com o mandato do presidente da República, que não pode demiti-los.

Desde que a taxa Selic foi mantida no atual patamar, deputados da base do governo sobem à tribuna da Câmara para criticar a medida e cobram juros mais baixos, com o argumento de que os juros altos impedem o crescimento da economia e a redução do desemprego.

Já os deputados da oposição consideram a decisão do Banco Central técnica e defendem Roberto Campos Neto de críticas do governo, como disse o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).

“Eles insistem em continuar batendo na taxa Selic como se isso fosse ajudar, como se fosse alguma vingança do presidente Roberto Campos Neto contra o governo. Roberto Campos Neto foi eleito um dos melhores presidentes de Banco Central do mundo. É uma pessoa qualificada, que sabe que a taxa de juros não se modifica ao bel prazer de um governante qualquer, que na verdade busca um culpado para o seu fracasso”, disse Jordy.

O Copom se reúne a cada 45 dias para definir a taxa básica de juros da economia.

 

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Haddad considera ‘muito preocupante’ comunicado do Copom https://canalmynews.com.br/economia/haddad-considera-muito-preocupante-comunicado-do-copom/ Thu, 23 Mar 2023 13:07:52 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36575 Ministro da Fazenda comentou manutenção dos juros em 13,75% ao ano

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O comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) é “muito preocupante”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na noite desta quarta-feira (22). Ele comentou a decisão do BC de manter a taxa Selic, juros básicos da economia, em 13,75% ao ano e o tom do comunicado. Ao anunciar a manutenção da taxa, o Copom apontou a possibilidade de novas altas dos juros, se necessário.

“No momento em que economia está retraindo, o Copom chega a sinalizar uma subida da taxa de juros. Lemos com muita atenção, mas achamos que realmente o comunicado preocupa bastante”, declarou Haddad ao deixar o Ministério da Fazenda.

O ministro se disse surpreendido com o comunicado do BC, justamente em um dia em que o governo divulgou novas estimativas que apontam aumento nas receitas e redução do déficit primário em relação ao valor sancionado no Orçamento.

Para Haddad, a divulgação do relatório demonstra o compromisso do governo em reequilibrar as contas públicas. Segundo ele, essa seria uma razão para o BC começar a flexibilizar a política monetária, em vez de endurecer o tom no comunicado.

“Eu considerei o comunicado preocupante, muito preocupante, porque hoje divulgamos relatório bimestral mostrando que nossas projeções de janeiro estão se confirmando sobre as contas públicas”, comentou Haddad.

Harmonia
O ministro disse que repassará as constatações sobre o tom do comunicado do Copom nas próximas reuniões institucionais com o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Apesar das divergências com a autoridade monetária, Haddad disse que a relação entre o Ministério da Fazenda o BC deve ser de harmonia e que continuará a ser pautada pela institucionalidade.

“Falei em harmonia desde a primeira entrevista e vou continuar perseverando com esse objetivo. Nunca faltei com respeito com diretor ou com presidente do Banco Central”, afirmou Haddad. “Nós temos relação institucional [com o Banco Central]. Somos órgãos de Estado. Temos satisfação a dar para a população. O BC tem mandato. A lei é clara a respeito dos objetivos do BC”, completou.

Na avaliação de Haddad, os juros altos travam o crédito. O ministro reiterou que a pasta enviará, em abril, medidas para estimular a concessão de empréstimos. “Devemos mandar ainda em abril para a Casa Civil um conjunto de medidas para melhorar o ambiente de crédito”, declarou.

Incertezas
Em comunicado, o Copom informou que o ambiente internacional se deteriorou desde a última reunião do órgão, com bancos em problemas nos Estados Unidos e na Europa e com a inflação na maioria dos países não cedendo. Na economia doméstica, a desaceleração continua, com a inflação acima do teto da meta. O texto menciona incertezas em relação ao futuro arcabouço fiscal em elaboração pelo governo, mas elogia a recente reoneração parcial da gasolina e do etanol.

“Por um lado, a recente reoneração dos combustíveis reduziu a incerteza dos resultados fiscais de curto prazo. Por outro lado, a conjuntura, marcada por alta volatilidade nos mercados financeiros e expectativas de inflação desancoradas em relação às metas em horizontes mais longos, demanda maior atenção na condução da política monetária”, destacou o comunicado.

“O comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”, encerrou o texto.

Segundo Haddad, o Brasil está numa situação diferente das principais economias internacionais, o que não justifica um aumento da taxa Selic neste momento, mesmo com o Federal Reserve (FED, Banco Central norte-americano) tendo elevado os juros básicos em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira (23).

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Copom mantém juros básicos da economia em 13,75% ao ano https://canalmynews.com.br/economia/copom-mantem-juros-basicos-da-economia-em-1375-ao-ano/ Thu, 23 Mar 2023 12:06:17 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36564 Pela quinta vez consecutiva taxa permanece inalterada

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Apesar da desaceleração da economia e das pressões de parte do governo, o Banco Central (BC) não mexeu nos juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic, juros básicos da economia, em 13,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

Em comunicado, o Copom informou que o ambiente internacional se deteriorou desde a última reunião do órgão, com bancos nos Estados Unidos e na Europa em problemas e com a inflação na maioria dos países não cedendo. Na economia doméstica, a desaceleração continua, com a inflação acima do teto da meta. O texto menciona incertezas em relação ao futuro arcabouço fiscal em elaboração pelo governo, mas elogia a recente reoneração parcial da gasolina e do etanol.

“Por um lado, a recente reoneração dos combustíveis reduziu a incerteza dos resultados fiscais de curto prazo. Por outro lado, a conjuntura, marcada por alta volatilidade nos mercados financeiros e expectativas de inflação desancoradas em relação às metas em horizontes mais longos, demanda maior atenção na condução da política monetária”, destacou o comunicado. “Nesse cenário, o Copom reafirma que conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas.”

A taxa continua no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. Essa foi a quinta vez seguida em que o BC não mexeu na taxa, que permanece nesse nível desde agosto do ano passado. Anteriormente, o Copom tinha elevado a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis.

De março a junho de 2021, o Copom elevou a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto do mesmo ano, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião. Com a alta da inflação e o agravamento das tensões no mercado financeiro, a Selic foi elevada em 1,5 ponto de outubro de 2021 até fevereiro de 2022. No ano passado, o Copom promoveu dois aumentos de 1 ponto, em março e maio, e dois aumentos de 0,5 ponto, em junho e agosto.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica, iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Inflação
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em fevereiro, o indicador fechou em 5,6% no acumulado de 12 meses. Desde o fim do ano passado, a inflação vem subindo por causa dos alimentos, da reversão parcial das desonerações sobre os combustíveis e de aumentos típicos de início de ano, como gastos com educação e saúde.

O índice fechou o ano passado acima do teto da meta de inflação. Para 2023, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,75% nem ficar abaixo de 1,75% neste ano.

No Relatório de Inflação divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que o IPCA fecharia 2023 em 5% no cenário base. A projeção, no entanto, pode ser revista na nova versão do relatório, que será divulgada no fim de março.

As previsões do mercado estão menos otimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras e divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,75%. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 5,89%.

Crédito mais caro
A elevação da taxa Selic ajuda a controlar a inflação. Isso porque juros maiores encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recuperação da economia. No último Relatório de Inflação, o Banco Central projetava crescimento de 1% para a economia em 2023.

O mercado projeta crescimento menor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 0,88% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) neste ano.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

 

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Haddad: mudança na meta de inflação não está na pauta do CMN https://canalmynews.com.br/economia/haddad-mudanca-na-meta-de-inflacao-nao-esta-na-pauta-do-cmn/ Wed, 15 Feb 2023 12:49:06 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=35922 Para 2023, a meta de inflação oficial está em 3,25%

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Uma eventual mudança na meta de inflação para 2023 ainda não está na pauta do Conselho Monetário Nacional (CMN), disse nesta terça (14) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na quinta-feira (16), o órgão fará a primeira reunião do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Existe uma coisa chamada Comoc [Comissão Técnica da Moeda e do Crédito], que define a pauta do CMN”, disse o ministro a jornalistas na portaria do Ministério da Fazenda. Ele deu a declaração antes de sair para encontro com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Por tradição, o Comoc reúne-se na véspera da reunião do CMN.

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Encarregado de decisões sobre crédito, meta de inflação e regulações sobre instituições financeiras, o CMN é formado pelo ministro da Fazenda; pela ministra do Planejamento, Simone Tebet; e pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Para 2023, a meta de inflação oficial está em 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.

Juros
O ministro repetiu declarações recentes de que os juros básicos atuais, de 13,75% ao ano, criam dificuldades para a economia crescer e ampliam o déficit nominal do governo. “Temos que buscar harmonizar o fiscal [as contas públicas] e o monetário [a política de juros do Banco Central]”, declarou.

Haddad comentou a entrevista de segunda-feira (13) do presidente do BC ao programa Roda Vida, da TV Cultura. O ministro disse que Campos Neto reconheceu que as medidas fiscais apresentadas até agora pelo Ministério da Fazenda “estão na direção correta” e podem reduzir as pressões sobre os juros, resultado em possíveis cortes antes do fim do ano.

“Nós obtivemos o reconhecimento ontem na entrevista do presidente do Banco Central de que as medidas que estão sendo tomadas estão na direção correta. Isso é muito importante para nós, obter esse reconhecimento”, declarou.

Na avaliação de Haddad, os resultados fiscais ajudarão o Banco Central a “recuperar a trajetória de queda” da taxa Selic (juros básicos da economia). No entanto, disse que os juros atuais, a partir do qual a taxa começará a cair, estão altos. “Como os resultados virão, e eu posso afirmar que virão, tenho certeza que isso vai ajudar a autoridade monetária a concluir que nós estamos talvez com uma taxa de juros neste momento que compromete os objetivos do país”, disse.

Sobre o possível aumento do salário mínimo para R$ 1.320 a partir de maio, Haddad não deu informações. Apenas disse que cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciar medidas sobre o salário mínimo.

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Saiba como funciona o Tesouro Direto https://canalmynews.com.br/economia/como-funciona-o-tesouro-direto/ Mon, 07 Nov 2022 14:25:39 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34561 Programa permite compra de títulos públicos por pessoas físicas

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Um investimento de baixo risco e que rende mais que a caderneta de poupança, acessível pelo celular ou pelo computador. Existente desde janeiro de 2002, o Tesouro Direto há mais de 20 anos vende títulos públicos a pessoas físicas pela internet e continua a bater recorde.

Apenas em setembro, conforme os dados mais recentes, o Tesouro Direto vendeu R$ 3,198 bilhões em títulos públicos. Atualmente, existem R$ 99,9 bilhões investidos no programa. O número de investidores atingiu 21.161.249, segundo as últimas estatísticas, com 495.350 novos participantes cadastrados apenas em setembro.

Como investir

Antes de janeiro de 2002, pessoas físicas não podiam comprar títulos da dívida pública. Elas precisavam comprar cotas de fundos de investimentos que operavam no mercado. O Tesouro Direto resolveu o problema e eliminou intermediários, ao permitir que o próprio cidadão aplique e administre os recursos.

Para aplicar no Tesouro Direto, a pessoa física precisa abrir conta numa corretora de valores ou num banco. A lista das instituições financeiras cadastradas no programa está disponível na página do Tesouro Direto na internet. Basta o correntista entrar no aplicativo ou no site da instituição financeira para fazer a aplicação.

Para transações realizadas no horário de negociação, das 9h30 às 18h dos dias úteis, os títulos públicos são compensados na conta do cliente no dia útil seguinte. Após esse horário, a compra leva até 48 horas para ser liquidada. Os prazos são os mesmos para o investidor que quiser se desfazer dos papéis e resgatar o dinheiro investido.

Taxas

Até alguns anos atrás, os bancos e as corretoras cobravam taxa de administração, mas atualmente poucas instituições cobram a taxa. Normalmente, a única taxa cobrada é a destinada à custódia dos títulos públicos pela B3, a bolsa de valores brasileira. Ela caiu de 0,25% para 0,2% ao ano do total investido, sendo cobrada em duas parcelas de 0,1%, uma no primeiro dia útil de janeiro e outra no primeiro dia útil de julho.

Além disso, em agosto de 2020, os investimentos de até R$ 10 mil no Tesouro Selic, título corrigido pelos juros básicos da economia, passaram a ser isentos da taxa de custódia. Somente saldos acima desse valor aplicados no Tesouro Selic são cobrados.

Além das cobranças semestrais, a taxa de custódia incide sobre o pagamento de juros, a venda do título para terceiros ou o encerramento da posição do investidor, com a forma de cobrança definida pelo evento que ocorrer primeiro.

Perfil

Para evitar surpresas e perdas, os investidores precisam seguir algumas recomendações. Quem quiser montar uma reserva de emergência, em que o dinheiro pode ser resgatado a qualquer momento sem prejuízo, e obter rendimentos maiores que a poupança deve investir no Tesouro Selic.

Nessa modalidade, os recursos rendem o equivalente à taxa Selic (juros básicos da economia), atualmente em 13,75% ao ano. A poupança rende 6,17% ao ano (0,5% ao mês) mais a Taxa Referencial (TR), tipo de juro pós-fixado. Nos últimos 12 meses, a poupança rendeu 7,46%, menos da metade do Tesouro Selic.

As demais modalidades exigem cuidado em relação ao prazo de resgate e ao objetivo do investidor. Isso porque o investidor que quiser resgatar os títulos antes do prazo receberá o valor do papel no mercado financeiro, geralmente mais baixo que o valor que o aplicador receberá do Tesouro Nacional no vencimento do papel.

O ideal é que o correntista carregue os títulos até o vencimento e saiba que não poderá mexer nos papéis em caso de emergência. Caso entre no extrato e veja que o título vale menos do que quando investiu, o investidor não precisa se preocupar. Basta manter o dinheiro até o vencimento e receberá o dinheiro corrigido pela taxa acertada com o Tesouro Nacional.

Médio e longo prazo

Quem quiser guardar o dinheiro no médio prazo – de dois a cinco anos – para fazer uma viagem ou comprar um carro, pode aplicar no Tesouro prefixado, que paga taxas definidas com antecedência e que não variam. Nesse caso, o cliente precisa ficar atento que esse papel só é vantajoso quando a taxa Selic parou de subir ou está perto de começar a cair. Se comprar esse tipo de título num momento em que a Selic sobe, não perderá dinheiro em valores nominais, mas verá o investimento render menos que o Tesouro Selic.

O investidor interessado em guardar dinheiro no longo prazo – de cinco até 30 anos – pode aplicar no Tesouro IPCA, que rende o equivalente à inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais juros prefixados. Esses papéis são mais adequados para quem pensa em poupar para a aposentadoria e quer proteger o dinheiro da inflação. Assim como nos títulos prefixados, o dinheiro não pode ser retirado antes do vencimento, sob o risco de o cliente receber o valor de mercado e ficar no prejuízo.

Em relação ao Tesouro IPCA, o cliente que quiser poupar deve evitar comprar papéis com cupom (rendimentos pagos a cada seis meses ao cliente). O pagamento de cupom só é válido para quem quiser viver de renda passiva e tenha muito dinheiro, pelo menos R$ 1 milhão, investido nesse tipo de papel. Caso contrário, é melhor comprar o Tesouro IPCA normal e deixar o valor que seria recebido como cupom rendendo juros compostos todo mês.

Impostos

Ao contrário da caderneta de poupança, os rendimentos do Tesouro Direto são tributados. As operações com menos de 30 dias pagam Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que começa em 96% do rendimento no primeiro dia e cai para 0% no 30º dia.

O Tesouro Direto também paga Imposto de Renda, por meio de uma tabela regressiva. Até o segundo ano de investimento, quanto maior o tempo em que o dinheiro fica aplicado, menor o imposto. As alíquotas começam em 22,5% para aplicações de até 180 dias, caem para 20% de 181 a 360 dias e para 17,5% de 361 a 720 dias. Após esse prazo, o Imposto de Renda fica em 15%.

A tributação, tanto no IOF quanto no Imposto de Renda, ocorre apenas sobre o rendimento, não sobre o valor aplicado. Dessa forma, quem resgata antes do prazo e tem prejuízo em relação ao total investido, pagará 0% de Imposto de Renda. Mais informações podem ser obtidas no site do programa .

A maior vantagem do Tesouro Direto é o baixo risco de calote. Isso porque o garantidor do investimento não é uma instituição financeira, mas o próprio Tesouro Nacional. Além disso, o fato de ser um investimento de renda fixa elimina os riscos normalmente associados a investimentos de renda variável, como a bolsa de valores.

Edição: Graça Adjuto

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Copom inicia sexta reunião do ano para definir juros básicos https://canalmynews.com.br/economia/copom-inicia-sexta-reuniao-do-ano-para-definir-juros-basicos/ Tue, 20 Sep 2022 11:54:16 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33836 Expectativa é que taxa Selic se mantenha em 13,75% ao ano

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa hoje (20), em Brasília, a sexta reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic, e pode manter o aperto monetário com mais um aumento na taxa, mas em menor nível do que nos últimos encontros, quando foi elevada em 0,5 ponto. Amanhã (21), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão.

Em comunicado após a última reunião, em agosto, o órgão informou que elevaria a taxa em 0,25 ponto nesse encontro de setembro, diante dos riscos de que a inflação fique acima da meta em prazos mais longos. A alta de juros dos bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa também pode forçar o BC a um novo aumento.

Entretanto, o colegiado está dividido entre uma elevação para 14% ao ano, ou a manutenção da taxa básica em 13,75% ao ano, como espera o mercado financeiro. De acordo com o boletim Focus, a expectativa é que a Selic termine o ano nesse patamar. Além da reunião desta terça e quarta-feira, o Copom tem mais dois encontros em 2022, em outubro e dezembro.

A queda da inflação nos últimos dois meses também reforçou a previsão das instituições financeiras pela manutenção da Selic. Em julho, houve deflação de 0,68% e, em agosto, de 0,36%. Com esse último resultado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) acumula alta de 4,39% no ano e de 8,73% em 12 meses.

Taxa Selic
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

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Entretanto, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, que é apenas uma parte do custo do crédito. Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Meta de inflação
Para 2022, a meta de inflação que deveria ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior é 5%. Para 2023 e 2024, as metas são 3,25% e 3%, respectivamente, com o mesmo intervalo de tolerância.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária admitiu, oficialmente, o estouro da meta de inflação em 2022. No documento, a estimativa é que o IPCA atingirá 8,8% em 2022. O próximo relatório, já com a contabilização das últimas deflações, será divulgado na semana que vem, dia 29.

A projeção do mercado é de uma inflação fechando o ano em 6%, de acordo com o boletim Focus de ontem (19). Há 12ª semanas consecutivas as instituições financeiras vêm reduzindo a previsão.

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Juros para famílias e empresas sobem em junho, diz Banco Central https://canalmynews.com.br/economia/juros-para-familias-e-empresas-sobem-em-junho-diz-banco-central/ Mon, 29 Aug 2022 17:12:12 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33390 Endividamento das famílias bate recorde de 52,8% em maio

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As famílias e as empresas pagaram taxas de juros mais altas em junho deste ano, segundo as Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas hoje (29) pelo Banco Central (BC). A taxa média de juros para pessoas físicas no crédito livre chegou a 51,5% ao ano, com aumento de 1,1 ponto percentual em relação a maio e de 11,7 pontos percentuais em 12 meses.

Nas contratações com empresas, a taxa livre cresceu 0,7 ponto percentual no mês e 8,1 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 22,6% ao ano.

Para pessoas físicas, o destaque foi o cartão, com alta de 2,1 pontos percentuais no mês, alcançando 78,7% ao ano. No crédito rotativo, que é aquele tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias, houve aumento de 1,6 ponto percentual no mês, para 370,4% ao ano. Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida. No caso do cartão parcelado, os juros subiram 0,5 ponto percentual, para 173,2% ao ano.

Também influenciaram o aumento dos juros para as famílias as taxas do cheque especial, com alta de 1,3 ponto percentual (129,2% ao ano). e o crédito pessoal não consignado, que subiu 1,2 ponto percentual (87,5% ao ano). Os juros do cheque especial subiram 1,3 ponto percentual no mês para 129,2% ao ano.

No crédito livre às empresas, houve incrementos na maioria das modalidades, especialmente em capital de giro, alta de 1,3 ponto percentual, para 23,3% ao ano; cheque especial, aumento de 2 pontos percentuais, chegando a 316,9% ao ano; e desconto de cheques, que subiu 1,5 ponto percentual, alcançando 36,8% ao ano. Já o financiamento a importações caiu 3,7 pontos percentuais, para 8,8% ao ano, assim como o cartão de crédito, que teve recuo de 1,9 ponto percentual nos juros, para 29,9% ao ano.

Crédito direcionado

Essas taxas são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado, que tem regras definidas pelo governo, é destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

No caso do crédito direcionado, a taxa média para pessoas físicas ficou em 10,4% ao ano em junho, alta de 0,1 ponto percentual no mês. Para as empresas, a taxa caiu 0,7 ponto percentual para 11,5% ao ano no mês passado.

No total, nas contratações de crédito livre e direcionado, a taxa média de juros do Sistema Financeiro Nacional (SFN) aumentou 0,5 ponto percentual no mês e 8,1 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 28,1% ao ano.

A alta dos juros bancários médios ocorre em um momento de aumento da taxa básica de juros da economia, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano.

Endividamento recorde

De acordo com o BC, a inadimplência (considerados atrasos acima de 90 dias) tem mantido-se estável há bastante tempo, com pequenas oscilações, e está em 2,7%. Nas operações de crédito para pessoas físicas, está em 3,5% e para pessoas jurídicas em 1,4%.

O endividamento das famílias, relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses, chegou ao recorde de 52,8% em maio, na série histórica iniciada em janeiro de 2005, refletindo o aumento das concessões de empréstimos. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, ficou em 33,5% no mês.

Já o comprometimento da renda, relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período, ficou em 27,6% naquele mês. Para esses últimos dados, há uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o Banco Central depende de dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a renda das famílias.

Saldo das contratações

Em junho, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional ficou em R$ 4,956 trilhões, com aumento de 1,6% em relação a maio. O crescimento em 12 meses da carteira chegou a 17,8% em junho. O saldo do crédito correspondeu a 53,9% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços que o país produz.

O crédito ampliado ao setor não financeiro, que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos independentemente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa) alcançou R$ 14,139 trilhões, crescendo 3% no mês e 12,7% em 12 meses.

O aumento foi devido sobretudo à dívida externa, que se elevou em 6,8%, afetada pela depreciação cambial de 10,8%. Na comparação trimestral, o crédito ampliado cresceu 5,4%, prevalecendo as elevações na carteira de empréstimos do Sistema Financeiro Nacional, 3,7%, e nos títulos públicos de dívida, 5,3%.

Edição: Nádia Franco

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O menor risco de crédito com a mais alta taxa de juro, nova alta na Selic https://canalmynews.com.br/economia/tradicao-de-juros-reais-positivos/ Wed, 03 Aug 2022 23:46:11 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=32488 Brasil é o paraído da renda fixa com uma longa tradição de juros reais fortemente positivos. Analistas acham que aperto monetário continua

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O Brasil tem uma longa tradição de juros reais fortemente positivos. A pandemia forçou a queda da Selic e rompeu esse hábito. Mas o Banco Central acelerou o passo e os juros certamente ficarão muito acima da inflação em 2023, diz o economista Luis Eduardo de Assis, autor do livro “O Poder das Ideias Erradas”, lançado pelo selo MyNews/Almedina. Nos gráficos abaixo é possível ver a forte queda da taxa Selic desde 1997 e sua volta ascendente a partir de 2021.

Nesta quarta-feira, 3,  o Comitê de Política Monetária (Copom) Banco Central (BC) continuou a apertar os cintos na política monetária. Por unanimidade elevou a taxa Selic, juros básicos da economia, de 13,25% para 13,75% ao ano. Foi a 12ª elevação consecutiva da taxa Selic e já era esperada pelos analistas. A última vez em que a taxa ficou no patamar atual foi em dezembro de 2016 e início de janeiro de 2017

Esse foi o 12º reajuste consecutivo na taxa Selic. O BC manteve o ritmo do aperto monetário. Assim como na última reunião, a taxa foi elevada em 0,5 ponto.

Em comunicado, o Copom informou que os riscos de que a inflação fique acima das expectativas em prazos mais longos fez que o BC optasse por não encerrar o ciclo de alta da Selic na reunião desta quarta-feira. Mas o comunicado diz que o Copom deverá reduzir o ritmo de altas, elevando a taxa em 0,25 ponto no próximo encontro, no fim de setembro.

“O comitê avaliará a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude, em sua próxima reunião. Nota ainda que a incerteza da atual conjuntura, tanto doméstica quanto global, aliada ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional em sua atuação”, destacou.

O ciclo de aperto monetário voltou a colocar o Brasil como o paraíso das aplicações de renda fixa. No programa Tesouro Direto é possível garantir juros reais (acima da inflação) de mais de 5% o que é algo realmente bastante atraente quando se trata de uma aplicação tão conservadora como os Títulos do Tesouro Nacional.

 

 

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Dólar cai para R$ 5,34 na véspera de decisão sobre juros nos EUA https://canalmynews.com.br/economia/dolar-cai-para-r-534-na-vespera-de-decisao-sobre-juros-nos-eua/ Wed, 27 Jul 2022 11:06:50 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=32151 Bolsa de valores tem queda de 0,5% em dia de realização de lucros.

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Na véspera da decisão do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) sobre os juros nos Estados Unidos, o dólar caiu pelo segundo dia seguido. A bolsa de valores iniciou o dia em alta, mas terminou em baixa, motivada pela queda nas bolsas norte-americanas e pela realização de lucros, quando investidores vendem ações para embolsar lucros recentes.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (26) vendido a R$ 5,349, com recuo de R$ 0,021 (-0,38%). A cotação teve um dia volátil, alternando altas e baixas ao longo da sessão, mas firmou a tendência de queda perto do fim das negociações.

Com o desempenho desta terça, o dólar acumula alta de 2,18% em julho e queda de 4,07% em 2022.

O dia também foi de volatilidade no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 99.772 pontos, com recuo de 0,5%. Ontem (25), o indicador tinha fechado acima de 100 mil pontos pela primeira vez em três semanas, o que estimulou os investidores a venderem ações para embolsar ganhos após as altas dos últimos dias. Dos últimos oito pregões, a bolsa só caiu hoje e na última sexta-feira (24).

O mercado financeiro global está à espera da reunião do Fed, que começou hoje e acaba amanhã (27). O Banco Central dos Estados Unidos deverá aumentar os juros básicos em 0,75 ponto percentual para segurar a inflação, que está no maior nível nos últimos 41 anos no país.

A expectativa de que a economia norte-americana entre em recessão levou o dólar cair nos últimos dias. Isso porque os investidores passaram a acreditar que o Fed começará a reduzir os juros em 2023, o que empurraria para baixo a cotação da moeda norte-americana no mercado futuro. Em contrapartida, a expectativa de recessão nos Estados Unidos tem empurrado para baixo as bolsas norte-americanas, o que se reflete nas bolsas de todo o planeta.

*Com informações da Reuters

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Inflação tem alta de 1,62% em março, maior alta para o mês em 28 anos https://canalmynews.com.br/economia/inflacao-tem-alta-de-162-em-marco-maior-alta-para-o-mes-em-28-anos/ Fri, 08 Apr 2022 21:49:12 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=27456 Transporte e Alimentação são os segmentos que mais puxam o aumento – diesel subiu 13,65% e cenoura 31,47%. No acumulado dos últimos 12 meses, índice atinge 11,30%.

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Considerado o medidor oficial da inflação no Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) anotou um aumento de 1,62% em março, após alta de 1,01% em fevereiro, conforme divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa é a maior para um mês de março em 28 anos. Ou seja, é a mais alta desde 1994, antes da implementação do Plano Real. Verifica-se também que é a maior inflação mensal desde janeiro de 2003 (2,25%).

De acordo com o IBGE, “no ano, o indicador acumula alta de 3,20% e, nos últimos 12 meses, de 11,30%, acima dos 10,54% observados nos 12 meses imediatamente anteriores”.

Já no acumulado de 12 meses, o índice é apontado como o desde outubro de 2003 (quando a alta generalizada dos preços era de 13,98%). Com o resultado de março, a inflação fica sete meses consecutivos acima dos dois dígitos.

Inflação acumulada nos últimos 12 meses (comparação mensal).

Inflação acumulada nos últimos 12 meses (comparação mensal). Foto: Reprodução (MyNews)

Aumento generalizado

A pesquisa mostra que dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram altas em março. Os principais impactos, como esperado, vieram dos Transportes (3,02%) e de Alimentação e bebidas (2,42%) – dois segmentos de maior peso no IPCA. Juntos, a dupla representa 43% da inflação do mês.

Constatou-se ainda que o aumento dos preços foi mais disseminado no terceiro mês de 2022: o índice de difusão passou de 75% em fevereiro para 76% em março, número que demonstra o espalhamento da inflação entre os setores analisados pelo IBGE.

Já a inflação de serviços ficou em 0,45% em março ante 1,36 em fevereiro.

Oito dos nove grupos pesquisados apresentaram alta.

Oito dos nove grupos pesquisados apresentaram alta. Foto: Reprodução (MyNews)

Vilões

O grupo Transportes foi o grande responsável por puxar o aumento deste mês. A razão continua sendo o acréscimo do preço dos combustíveis mediante à alta do petróleo no mercado internacional, inflado pela com a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Dentro dos Transportes, verificaram-se as seguintes altas: Óleo diesel (13,65%); Transporte por aplicativo (7,98%); Gasolina (6,95%); Gás veicular (5,29%); Etanol (3,02%); e Passagem do ônibus urbano (1,27%).

Já no segmento de alimentação, que anotou a maior alta desde novembro de 2020, os principais vilões foram: Cenoura (31,47%); Tomate (27,22%); Leite (9,34%); Óleo de soja (8,99%); Frutas (6,39%); e Pão francês (2,97%).

Também houve aumento forte no gás de botijão (6,57%).

 

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No MyNews Investe desta sexta, a alta da inflação, seus impactos no mercado, análise da conjuntura macro e a possibilidade de estagflação foram pauta. Confira:

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EUA planeja redução do balanço patrimonial e considera acelerar alta dos juros https://canalmynews.com.br/economia/eua-planeja-reducao-do-balanco-patrimonial-e-considera-acelerar-alta-dos-juros/ Wed, 06 Apr 2022 22:53:46 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=27321 Movimentações para mitigar os efeitos da inflação foram divulgadas nesta quarta-feira pelo Banco Central estadunidense. Alta generalizada dos preços é a maior dos últimos 40 anos no país.

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Os membros do Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos, concordaram em diminuir em US$ 60 bilhões a participação da autoridade monetária em Treasuries (títulos públicos), além de retirar US$ 35 bilhões em títulos lastreados em hipotecas (MBS). O planejamento inicial de redução do balanço patrimonial é para um período de três meses “ou ligeiramente maior”, de acordo com a ata da reunião do Comitê de Mercado Aberto do Banco Central americano (Fomc) de 15 a 16 de março divulgada nesta quarta-feira (6) – os participantes também “concordaram no geral” que, estando a redução “bem encaminhada”, será apropriado considerar as vendas diretas de MBS.

A decisão acontece para evitar o encolhimento passivo, que ocorreria apenas quando os pagamentos das hipotecas fossem feitos, fator que levaria ao declínio mensal no estoque desses títulos “sob o teto mensal proposto”, permanecendo como “uma parcela considerável dos ativos do Federal Reserve por muitos anos”.

Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA.

Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA. Foto: AgnosticPreachersKid (Commons)

O Fed instaurou um programa de compra de títulos em 2020, visando mitigar o impacto econômico decorrente da pandemia, fenômeno que aumentou seu balanço. Atualmente, o Banco Central detém cerca de US$ 8,5 trilhões em Treasuries e MBS.

Fora essa operação, nenhuma decisão final foi tomada. No entanto, as autoridades relataram que fizeram “progressos substanciais” e poderiam “começar o processo de redução do tamanho do balanço patrimonial logo após a conclusão da reunião de política de 3 a 4 de maio”.

Alta dos juros

A ata indicou que grande parte dos dirigentes consideram uma possível alta de 0,5 ponto percentual nos juros já nas próximas reuniões, “principalmente se as pressões inflacionárias permanecerem elevadas ou intensificadas”.

Após a alta de 0,25 ponto na reunião de março, uma eventual aceleração da taxa básica vem ganhando força no mercado em meio à persistência da inflação (a maior dos últimos 40 anos).

“Muitos participantes observaram que – com a inflação bem acima do objetivo do Comitê, riscos inflacionários para cima e a taxa básica bem abaixo das estimativas de seu nível de longo prazo – eles teriam preferido um aumento de 50 pontos base (ou 0,5 ponto) no intervalo da meta”, informou o texto.

“Todos os participantes indicaram seu forte compromisso e determinação em tomar as medidas necessárias para restaurar a estabilidade de preços. […] Os integrantes do comitê julgaram que seria apropriado mudar rapidamente a postura da política monetária para uma postura neutra. Eles também observaram que, dependendo dos desenvolvimentos econômicos e financeiros, uma mudança para uma postura mais rígida poderia ser justificada”, complementou.

Além disso, os integrantes do Fed reconhecem que o conflito no Leste Europeu está causando dificuldades humanas e financeiras, e apontam que as implicações da guerra para a economia dos EUA ainda são muito incertas. Assim, no curto prazo, a melhor decisão é esperar os desdobramentos e compreender que o evento criou uma pressão adicional sobre a inflação.

Na última terça-feira (5), Lael Brainard, indicada pelo presidente dos EUA Joe Biden para ocupar a vice-presidência do Banco Central, disse em entrevista que “é fundamental baixar a inflação”, e que o Fed vai apertar “metodicamente” a política monetária.

“[A inflação] é tão prejudicial para as pessoas quanto estarem desempregadas. Aumentar os juros é necessário para garantir que as pessoas possam ir dormir à noite sem temerem que os preços estejam muito mais altos quando acordarem no dia seguinte”, finalizou Brainard.

 

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As operações adotadas pelo Fed e seus impactos no mercado brasileiro foram pautas do MyNews Investe desta quarta-feira. Confira:

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BC eleva projeção da inflação para 7,1%. Crescimento do PIB é mantido em 1% https://canalmynews.com.br/economia/bc-eleva-projecao-da-inflacao-para-71-crescimento-do-pib-e-mantido-em-1/ Thu, 24 Mar 2022 22:29:10 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26906 Autoridade monetária divulgou os resultados do Relatório Trimestral da Inflação. Guerra entre Rússia e Ucrânia e alta das commodities são os principais fatores para a alta generalizada dos preços no país

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O Banco Central elevou de 4,7% para 7,1% a projeção de inflação para este ano – o cálculo tem como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Nesse cenário, em 2022, a meta inflacionária deve ser rompida pelo segundo ano consecutivo.

Definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o objetivo é manter a inflação na ordem dos 3,5%, sendo considerado formalmente cumprido caso oscile entre 2% e 5%. No entanto, a probabilidade de “estouro” da meta, de acordo com o BC, é de 88% a 97%.

No Relatório Trimestral da Inflação, divulgado nesta quinta-feira (24), o Bacen justificou que o cenário de alta “decorre dos preços de combustíveis, refletindo a recente elevação do preço de petróleo. Os reajustes dos preços de produtos farmacêuticos, que sofrem grande influência da inflação passada, também devem ter importante contribuição”.

Destaques do primeiro Relatório Trimestral da Inflação de 2022.

Destaques do primeiro Relatório Trimestral da Inflação de 2022. Foto: Reprodução (MyNews)

Segundo a autoridade monetária, os preços das commodities também interferem nessa conjuntura, uma vez que voltaram a subir com força neste ano devido à guerra entre Rússia e Ucrânia – o conflito deve gerar ainda uma “alta importante” no valor dos alimentos, acrescida pela continuidade dos efeitos do clima extremo.

Sobre o aumento contínuo do petróleo, os impactos no ciclo produtivo global devem ser sentidos com mais intensidade nos próximos meses, quando a alta será amplamente refletiva nos produtos.

“Espera-se que os preços de bens industrializados continuem apresentado alta relevante, apesar da redução das alíquotas de IPI, considerando a persistência das pressões sobre as cadeias de suprimentos e os preços de commodities, que foram inclusive agravadas pelo conflito”, afirma parte do relatório.

Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), a previsão de crescimento para esse ano ficou estável, sendo mantida em 1% de crescimento: acima da projeção de 0,5% do mercado financeiro, mas abaixo da estimativa oficial de 1,5% do governo.

O BC afirma que “com a melhora rápida da pandemia desde então [janeiro], espera-se que a queda seja revertida em fevereiro e março e que o nível de atividade no primeiro trimestre se situe acima do que era esperado [em dezembro de 2021]. O risco fiscal elevado e o processo de aperto monetário em curso continuam impactando as condições financeiras atuais e, consequentemente, a atividade econômica corrente e futura”.

 

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A análise completa do relatório você confere no MyNews Investe destra quinta-feira (24):

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Em queda, dólar é cotado em R$ 4,84, menor valor em quase dois anos https://canalmynews.com.br/economia/em-tendencia-de-queda-dolar-e-cotado-em-r-484-menor-valor-em-quase-dois-anos/ Wed, 23 Mar 2022 20:56:09 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26853 Dólar registrou recuo de 1,45% nesta quarta-feira (23). Aumento do fluxo estrangeiro no mercado doméstico e altas na taxa de juros e commodities são as principais razões para o fenômeno.

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Seguido a tendência de queda, o dólar abriu e fechou o pregão desta quarta-feira (23) em baixa. A moeda estadunidense anotou um recuo de 1,45%, sendo cotada a R$ 4,84, menor valor desde abril de 2020.

A principal razão para esse cenário continua sendo a entrada de fluxo estrangeiro no mercado brasileiro, tendo em vista o aumento no valor das commodities, as ações domésticas mais baratas e o aumento da taxa básica de juros.

A dimensão desse fluxo é tradicionalmente divulgada às quartas-feiras. No entanto, devido ao movimento de reivindicação de reajuste salarial e reestruturação de carreira feito pelos funcionários do Banco Central, esse número deve ser divulgado somente na sexta-feira (25).

Outro fator que contribuiu para a queda do dólar foi o anúncio do presidente russo Vladimir Putin sobre sua pretensão de não aceitar as moedas norte-americana e europeia como forma de pagamento para o gás produzido em território russo.

Dólar fecha em R$ 4,84 nesta terça-feira, 23.

Dólar fecha em R$ 4,84 nesta terça-feira, 23. Foto: Reprodução

Dólar e aumento na Selic

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, durante participação em um seminário sobre regras fiscais organizado pelo TCU e pela Fiesp, afirmou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medidor oficial da inflação no Brasil, atingirá seu pico no acumulado de 12 meses em abril, e disse ainda que espera um aumento generalizado dos preços mais forte do que o inicialmente previsto.

Apesar da conjuntura adversa, Campos Neto ressaltou que o país tem se diferenciado de outros Banco Centrais ao realizar um aperto monetário mais agressivo.

 

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FED aumenta juros para combater inflação mais alta dos últimos 40 anos https://canalmynews.com.br/economia/fed-aumenta-juros-para-combater-inflacao-mais-alta-dos-ultimos-40-anos/ Thu, 17 Mar 2022 23:39:46 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26689 Autoridade monetária aumenta juros em 0,25 ponto percentual. Economia norte-americana está fortalecida e opera em patamares pré-pandemia.

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O Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos, decidiu elevar os juros nacionais em 0,25 ponto percentual, para um intervalo entre 0,25% e 0,50% ao ano, finalizando a política monetária de enfrentamento à desaceleração econômica ocasionada pela pandemia.

A autoridade compreende, agora, as incertezas ocasionadas pelo conflito no Leste Europeu, fator de “pressão ascendente adicional sobre a inflação”, e se volta à necessidade de apertar o acesso ao crédito, visando o combate à alta generalizada dos preços (a mais alta dos últimos 40 anos).

O Fed projetou que, até o final do ano, a taxa básica deva se estabelecer no intervalo entre 1,75% e 2,00%, encarecendo os custos de empréstimos no país.

Histórico da oscilação dos juros nos EUA com indicadores de recessão.

Histórico da oscilação dos juros nos EUA com indicadores de recessão. Foto: Reprodução (MyNews)

O mercado financeiro reagiu positivamente à alta, avaliando que o Comitê Monetário mantém a cautela de evitar movimentações inesperados durante o processo de retirada dos estímulos financeiros (empregados a fim de reduzir os impactos causados pela crise sanitária).

Apesar da pressão, os EUA mostraram ter confiança em sua economia domésticas, apesar da conjuntura de incertezas. Jerome Powell, presidente do Banco Central norte-americano, afirmou não ver um risco elevado do país entrará em recessão “com a previsão de aumento da taxa de juros apresentada”. “A economia norte-americana é forte o suficiente para suportar esse aperto”, complementou.

Segundo o dirigente, três fenômenos aferidos na economia ianque garantem esse parecer: mercado de trabalho sólido; nível de poupança elevado; e um Banco Central com balanço forte.

Quanto à guerra entre Rússia e Ucrânia, Powell explicou que “deve haver algum efeito disso no PIB [Produto Interno Bruto] e também na inflação, que já está muito alta nos Estados Unidos, mas nada capaz de frear nosso plano de aumentar a taxa de juros neste ano”.

Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA.

Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA. Foto: AgnosticPreachersKid (Commons)

Luciano Costa, economista-chefe da Kilima Asset, explica que o Banco Central estadunidense acertou em mexer nos juros, tendo em vista que a esfera econômica doméstica está bem-organizada: “O Fed está inserido em cenário muito claro de uma economia que já atingiu o pleno emprego – a taxa de desemprego está abaixo dos 4%. Todos os indicadores sinalizam o quão aquecido está o mercado de trabalho, os próprios salários estão subindo em um ritmo de 5% a 6% ao ano, que vão virar os aumentos de custo. […] Fica muito claro que o Fed não precisa mais estimular a economia, que já retornou a patamares pré-pandemia”.

Quanto à possibilidade de os juros norte-americanos tirarem a liquidez do mercado de ações brasileiro e elevar as taxas de câmbio, Leo Kalim, Co-fundador e CFO da plataforma de gestão de investimentos Gorila, elucida que “quando olhamos para fluxos de moedas, o diferencial de juros é um fator muito importante. Hoje em dia o Brasil está tão descolado, com um spread de juros tão importante, que essas altas que vão acontecer nos EUA não vão ser muito relevantes para que esse diferencial de juros seja muito comprimido – ainda mais quando o Fed deixa tudo muito bem-sinalizado. Assim, acredito que essa movimentação não tende a ser uma detratora muito grande para o fluxo de investimento no Brasil”.

 

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A alta dos juros nos EUA e os impactos nos mercados financeiros foi pauta do programa MyNews Investe desta quinta-feira (17):

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Brasil é o país com maior taxa de juros reais no mundo https://canalmynews.com.br/economia/brasil-e-o-pais-com-maior-taxa-mundial-de-juros-reais/ Fri, 04 Feb 2022 00:14:13 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23534 Banco Central sinaliza que a última elevação da Selic foi a mais agressiva. No ranking de juros nominais, Brasil tem o terceiro maior índice do mundo

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Após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevar a taxa Selic para 10,75% ao ano, o Brasil passou a ser, novamente, o país com a maior taxa de juros reais no mundo, segundo ranking compilado pela plataforma MoneYou.

Com o aumento de 1,5 ponto percentual na taxa básica, os juros reais (descontada a inflação) atingiram 6,41% ao ano. A taxa real é calculada com abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses, sendo considerada uma medida melhor para comparação com outros países.

Ranking dos juros reais

Ranking dos juros reais. Foto: Reprodução (MyNews)

No entanto, ao considerar os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira firmou-se na terceira posição. A classificação mundial para a categoria está atualmente composta por:

  1. Argentina – 40,00%
  2. Turquia – 14,00%
  3. Brasil – 10,50%
  4. Rússia – 8,50%
  5. México – 5,50%
  6. Chile – 5,50%
  7. Índia – 5,40%
  8. China – 4,35%
  9. África do Sul – 4,00%
  10. Colômbia – 4,00%

Redução do ritmo

Apesar do Banco Central ter consolidado a oitava alta consecutiva na Selic – aumentos considerados mais agressivos –, a instituição sinalizou uma redução no ritmo dos ajustes já na próxima reunião, que será realizada em março.

Em relatório divulgado na noite desta quarta-feira (3), o banco europeu Credit Suisse afirmou que tanto a elevação de 1,50 ponto da taxa básica quanto a indicação de aperto de menor magnitude em março vieram em linha com suas projeções. Segundo o documento, a expectativa agora é de que a Selic seja elevada em 1 ponto percentual em março e 0,50 ponto em maio, chegando então a 12,25% ao ano.

O nova-iorquino Goldman Sachs também publicou um relatório condizente com o atual cenário, e que, a partir do próximo mês, espera elevações mais brandas.

“[Altas mais leves] dependem da evolução da inflação e dos respectivos balanços de risco, [fatores que] podem proclamar o fim do ciclo de alta de juros. […] [A desaceleração é justificada por] um perfil de crescimento real do PIB abaixo da tendência, pano de fundo incerto da covid, efeitos defasados do aperto monetário recente e uma taxa de câmbio mais bem ancorada”, afirmou Alberto Ramos, diretor de pesquisas econômicas para a América Latina da instituição norte-americana.

 

Impacto nos investimentos

O mercado acionário já havia precificado a mais recente alta na Selic, e vinha operando, desde o início do ano, sob a projeção desse cenário. O reflexo disso pode ser compreendido após o pregão desta quinta-feira (3): o Ibovespa se apoiou na boa recepção do mercado local à decisão do Banco Central e operou com certa estabilidade, apesar da queda de 0,18%.

Depois de o Copom confirmar quais serão suas próximas movimentações, a curva de juros passou por um forte ajuste de queda, principalmente na ponta mais curta, o que ajudou o principal índice da Bolsa brasileira a tentar seguir na contramão da aversão ao risco global.

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No MyNews Investe desta quinta, a economista da XP Tatiana Nogueira, a jornalista Mara Luquet, o co-founder e CFO da plataforma Gorila Leo Kalim e o jornalista Vitor Hugo Gonçalves falaram sobre a projeção de alta da Selic e os impactos do aumento da taxa básica de juros sobre o mercado de ações. Confira:

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Copom aumenta taxa básica de juros para 7,75% ao ano https://canalmynews.com.br/economia/copom-aumenta-taxa-basica-juros-775-ano/ Wed, 27 Oct 2021 23:04:38 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/copom-aumenta-taxa-basica-juros-775-ano/ Esse foi o maior aumento da taxa básica de juros desde 2017. A previsão do Copom é que na próxima reunião, a Selic também seja reajustada em 1,5%

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira (27) aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 1,5 ponto percentual. Dessa forma, a Selic passa de 6,25% para 7,75% ao ano – o maior aumento numa reunião do Copom desde 2002 e a maior taxa básica de juros desde setembro de 2017. A decisão tem como meta controlar a inflação no país – que alcançou os 10,25% em 12 meses – bem acima da meta de 3,75% prevista pelo Banco Central.

A justificativa do Copom é de que a decisão de mudar o cálculo do teto de gastos provocou instabilidade no mercado financeiro, elevando o risco de a inflação subir mais que o previsto. No comunicado, o comitê também diz que deverá elevar a Selic em mais 1,5 ponto percentual na próxima reunião, marcada para 8 de dezembro.

Este foi o sexto reajuste consecutivo na taxa Selic. De março a junho, o Copom elevou a Selic em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto, o BC aumentou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual. Em setembro, o reajuste foi de 1,25 ponto e agora, de 1,5 ponto percentual.

Com a decisão desta quarta (27), a Selic continua num ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegou em 6,5% ao ano, em março de 2018. A Selic voltou a ser reduzida em agosto de 2019, até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020 – o menor nível da série histórica iniciada em 1986.

* Com informações da Agência Brasil


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Mudanças na economia e manobras orçamentárias geram cenário de incertezas https://canalmynews.com.br/mynews-investe/mudancas-economia-manobras-orcamentarias-incertezas/ Sat, 23 Oct 2021 00:42:57 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/mudancas-economia-manobras-orcamentarias-incertezas/ Apesar de negar saída de Paulo Guedes, cenário de incertezas na economia permanece e mercado questiona fragilização do arcabouço orçamentário

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Após uma semana conturbada para o cenário político e econômico do Brasil, a live do ministro da Economia Paulo Guedes e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não parece ter sido suficiente para acalmar o cenário de incertezas provocado pelo anúncio conturbado do Auxílio Brasil de R$ 400 – que foi possível após uma alteração da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Precatórios, que na prática adiou o pagamento de parte dos débitos de quem tem a receber do governo federal para criar um orçamento extra de até R$ 83 bilhões apenas durante o ano eleitoral de 2022.

A debandada do secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal; do secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt; da secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas; e do secretário adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araújo foi mais uma página da crônica político-econômica semanal brasileira. À saída dos gestores da cúpula do Ministério da Economia podem ser acrescentados os rumores de que o próprio ministro Paulo Guedes estaria por um triz no cargo.

Étore Sanchez analisa situação da economia brasileira
O economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, participou do MyNews Investe/Imagem: Reprodução/Canal MyNews

A Bolsa de Valores caiu, o dólar subiu e o cenário de incertezas permanece. “A coletiva de imprensa do ministro Paulo Guedes com o presidente Jair Bolsonaro teve o objetivo de afastar a hipótese de que Guedes estava saindo. Momentaneamente, a entrevista afasta os boatos sobre a substituição, mas o fim de semana vem aí com todas as posições travadas, ninguém consegue negociar nada e o político segue avançando”, pontuou o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, em entrevista ao MyNews Investe.

Ele acrescentou que para quem atua no mercado, apesar de o pronunciamento sinalizar de que não haverá mais instabilidade, negando a saída do ministro Paulo Guedes, na prática não houve uma mudança significativa “na insolvência da nação, no contorno do teto de gastos e em contornos na política de responsabilidade fiscal”. “A debandada de ministros e secretários sinaliza que o fundo do poço pode ainda não ter chegado”, disse, acrescentando que “o ambiente de incerteza foi criado”.

Para Étore Sanchez, a aprovação da PEC dos Precatórios esfacela o teto de gastos e gera um grau de incerteza sobre a política fiscal.

“Os precatórios são uma despesa obrigatória da qual o governo não tinha como fugir e estava sujeita ao teto de gastos. Limitar o pagamento ao orçamento e jogar isso numa fila, apesar de Paulo Guedes dizer que vai priorizar quem é mais pobre em detrimento de quem tem mais a receber, na verdade não é o caso. Quem tem precatório a receber e transitou isso até o final não tem nenhum pobre. Quem tem precatório é banco, empresários, os mesmos de sempre”, pontuou o economista, acrescentando que a manobra orçamentária coloca em xeque o arcabouço fiscal que estava estabelecido.

Ministro da Economia sugeriu aumento da taxa básica de juros

Na entrevista desta sexta (22), Paulo Guedes chegou a sugerir que o Banco Central aumente a taxa Selic para compensar o desequilíbrio fiscal provocado pela manobra orçamentária do governo. “Se o fiscal piorou um pouco… eu voltei [dos Estados Unidos] e o fiscal piorou um pouco; então tem que correr um pouquinho mais com o juro também”, disse o ministro.

Atualmente a taxa básica de juros (Selic) está em 6,25% ao ano. Em setembro, na última reunião do Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central houve uma sinalização de que o novo percentual deveria ser reajustado em um ponto percentual no mês de outubro. A próxima reunião para discutir a Selic está marcada para a próxima semana.

Étore Sanchez comentou a afirmação do ministro Paulo Guedes de que a economia brasileira vai bem, afirmando que no curto prazo os indicadores são bons, pois apesar de a Pesquisa Nacional de Emprego e Desemprego (Pnad) do IBGE mostrar alta na taxa de desemprego, o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostra um aumento de contratações de trabalhadores. Para Sanchez, a questão é se esse indicador é sustentável e de longo prazo. O economista defendeu que existem outras formas de melhorar o arcabouço de proteção social à população mais pobre através de reformas como a tributária.

Entrevista de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro não diminui cenário de incertezas econômicas no Brasil. Saiba mais no MyNews Investe, no Canal MyNews, com apresentação de Thais Skodowski

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Ações de empresas de tecnologia sofrem com quedas na Bolsa de Valores https://canalmynews.com.br/mynews-investe/acoes-empresas-tecnologia-sofrem-quedas-bolsa-de-valores/ Thu, 30 Sep 2021 18:02:03 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/acoes-empresas-tecnologia-sofrem-quedas-bolsa-de-valores/ Ações de empresas de tecnologia tiveram baixas entre 23% e 65%, influenciadas, entre outros fatores pela desaceleração econômica e pelo aumento da taxa de juros

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As ações de empresas de tecnologia estão em queda na Bolsa de Valores de São Paulo. Das dez empresas do setor que abriram capital em 2021, seis tiveram baixas significativas. Alguns papéis chegaram a cair mais de 60%, com um desempenho bem pior que o Ibovespa.

Um levantamento feito pelo jornal Valor Econômico mostra que os IPOs (ofertas públicas iniciais) de empresas de tecnologia captaram R$ 8,8 bilhões desde o começo do ano. Porém, enquanto o Ibovespa sofreu uma queda de 5,5% e 8,8%, seis empresas tiveram baixas entre 23% e 65%.

As maiores diferenças estão nas ações da Enjoei, plataforma de vendas on-line, e da Mobly, site de móveis e decoração.

As fraudes na tecnologia formam uma indústria bilionária que demanda atenção e atualização constantes
Desaceleração da economia e juros altos interferem no valor das ações das empresas de tecnologia/Foto: Unsplash

De acordo com uma análise feita pela Genial Investimentos, a desvalorização das ações de tecnologia está relacionada com vários fatores, sobretudo o aumento das taxas de juros. Isso porque, para estimar o valor justo de uma empresa hoje, desconta-se os fluxos de caixa futuros a uma taxa até o dia de hoje. Se há um aumento da taxa de juros, há um aumento da taxa de desconto dos fluxos. Com uma taxa de desconto maior, o valor justo da empresa fica menor.

Além disso, a alta de juros também impulsiona o investidor para a renda fixa, ou seja, as ações deixam de ser tão atraentes, afinal, o risco de perder dinheiro é maior.  

Desaceleração econômica interfere na valorização das ações das empresas

Outro ponto levantado pela Genial é que estamos em um cenário de desaceleração econômica, que interfere negativamente no resultado das empresas e gera uma expectativa de menor crescimento, que é precificada nos ativos.

Já o CIO (Chief Information Officer) da Indossuez, Fábio Passos, aponta outros dois motivos para a queda das ações de empresas de tecnologia. Um deles é que o setor teve um boom de demanda no ano passado, mas que não se garantiu no segundo semestre desse ano.

“É razoável imaginar que se você tem um momento tão positivo, você tem uma demanda mais alta e é mais fácil levantar dinheiro para essas empresas, por isso tanta empresa foi ao mercado. Mas algumas empresas que foram ao mercado não estavam tão estruturadas, com modelos de negócios tão sustentáveis a longo prazo. No primeiro momento, quando você tem um mood mais positivo está ok, mas em um cenário mais difícil, quando se tem um Ibovespa mais instável ou retomada da renda fixa, esses questionamentos ficam mais fortes”, disse.

Passos ainda destaca a baixa liquidez dos papéis dessas empresas. “Muitos investidores Pessoa Física entraram nesses IPOs, mas também teve muitos investidores institucionais que ancoraram essas emissões. Então, esses papéis não têm liquidez tão grande e essas empresas têm o seu passivo ou fluxo de caixa concentrado em poucos investidores. Em algum momento, se algum deles começa a sair, acaba pesando no preço”, complementa.

Veja a íntegra do MyNews Investe desta quinta (30) e fique por dentro das principais informações sobre investimentos e economia. No Canal MyNews

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URCA Prime Renda: 1º fundo imobiliário da Urca Capital Partners https://canalmynews.com.br/mynews-investe/urca-prime-renda-primeiro-fundo-imobiliario-da-urca-capital-partners/ Mon, 27 Sep 2021 18:53:52 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/urca-prime-renda-primeiro-fundo-imobiliario-da-urca-capital-partners/ O URCA Prime Renda Fundo de Investimento Imobiliário – FII (URPR11) é o primeiro fundo imobiliário da Urca Capital Partners, voltado ao público geral, listado pela B3

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A estratégia principal do fundo é investir em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) para loteamento e residencial vertical, em especial empreendimentos populares, sejam eles em construção ou já prontos. A tese do fundo é de carteiras pulverizadas. Como temos contatos no Brasil todo, sabemos os caminhos para fazer boas originações. Já conhecemos como determinadas regiões se comportam. O fundo possui investimentos nas cidades de Patos, Taperoá, Sousa e Bananeiras (Paraíba), Silviânia e Anápolis (Goiás), Bauru, Ubatuba e Itapetininga (São Paulo), Extrema (Minas Gerais) Aracaju (Sergipe) e Ariquemes (Rondônia). “Seguimos olhando para outras regiões do Nordeste e Centro-Oeste, além de Minas Gerais”, afirma.

URCA Prime Renda: o primeiro fundo imobiliário da Urca Capital Partners.
URCA Prime Renda: o primeiro fundo imobiliário da Urca Capital Partners. Foto: Reprodução (Pixabay)

Com pouco mais de um ano de IPO (28/08/2020), o URPR11 já distribuiu R$ 27.11 distribuídos em dividendos por cota, obteve liquidez diária média acima de R$ 2,7 milhões e rentabilidade total (variação da cota + dividendos) de 44%. Atualmente está entre os primeiro cinco distribuidores de dividendos do IFIX.

O produto oferece uma das melhores rentabilidades no mercado e a possibilidade de liquidez no secundário. Então, entendemos que deverá ainda ser atrativo investidores buscando opção de high yield em cenários de juros cada vez mais baixos. O benchmark utilizado no URPR11 é IPCA + 7,0% ao ano.

Possui Valor de Mercado de aproximadamente R$ 400.000.000,00. A taxa de administração é de 0,25% a.a. com mínimo de R$15.000,00/mês. A taxa de performance é de 20% do que exceder IPCA + 7% a.a. Atualmente conta com mais de 33 mil cotistas.

Em que pode investir?

O URPR11 pode investir em CRIs e qualquer ativo financeiro que tenha direitos sobre unidades imobiliárias, com os seguintes limites de concentração: Até 100% do seu patrimônio líquido em CRIs lastreados em carteiras de recebíveis imobiliários de vendas de unidades residenciais, comerciais ou de loteamento. Até 40% do seu patrimônio líquido em CRIs lastreados em carteiras de recebíveis imobiliários de um mesmo cedente.

Também o fundo pode aplicar até uma parcela máxima de 30% do seu patrimônio líquido em outros ativos financeiros não imobiliários. O fundo é administrado pelo Vórtx DTVM, sendo a Urca Capital Partners a responsável por sua gestão.

Assista ao MyNews Investe, de segunda a sexta, no Canal MyNews, e fique por dentro das principais informações sobre mercado financeiro e economia

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O que muda com a alta da taxa básica de juros para 5,25% pelo Banco Central? https://canalmynews.com.br/economia/alta-taxa-juros-banco-central/ Wed, 04 Aug 2021 23:41:50 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/alta-taxa-juros-banco-central/ Para conter inflação, Copom eleva Selic ao maior nível desde outubro de 2019. Até o fim do ano, taxa básica de juros pode chegar a 7%.

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Pela quarta vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic. A alta veio dentro do esperado pelos analistas do mercado financeiro: de 4,25% para 5,25% ao ano – o maior nível desde outubro de 2019. Até o fim do ano, as projeções apontam para uma taxa Selic de ao menos 7%, em meio ao processo de subida de juros que começou em março deste ano.

A decisão do Banco Central (BC) vem na esteira das preocupações com a inflação, pressionada pelo aumento nos preços da energia elétrica e dos combustíveis. Em 12 meses, o IPCA, índice considerado a inflação oficial do país, registra alta de 8,35%. As projeções do mercado financeiro reunidas no relatório Focus, do BC, apontam para o IPCA em 6,79% até o fim do ano – acima do teto da meta do Banco Central, de 5,25%.

O objetivo principal do BC ao subir os juros é justamente conter a alta da inflação. No comunicado sobre a decisão, o Copom alerta que a inflação ao consumidor “continua se revelando persistente”. Essa é a primeira vez em 18 anos que o Comitê decide em uma reunião aumentar o patamar dos juros em 1 ponto percentual.

“Esse ajuste também reflete a percepção do Comitê de que a piora recente em componentes inerciais dos índices de preços, em meio à reabertura do setor de serviços, poderia provocar uma deterioração adicional das expectativas de inflação”, diz o Comitê. O documento destaca ainda a preocupação com novas pressões nos preços, como uma nova elevação da bandeira de energia e novos aumentos nos preços dos alimentos, “ambos decorrentes de condições climáticas adversas”, informa o texto.

Para Fábio Passos, CIO da CA Indosuez, o momento atual é de normalização da taxa de juros, depois da pandemia fazer com a Selic atingisse a mínima histórica de 2%. “A redução que a gente teve que fazer [dos juros] para contrapor os efeitos negativos da pandemia foi muito forte. O que a gente está vendo agora é de certa forma uma normalização da taxa de juros”, avalia ele, em entrevista ao MyNews Investe.

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Como ficam os investimentos com a alta da Selic?

Para Passos, diferente dos anos em que a taxa básica de juros girava em torno de 12% e 13%, o cenário ainda não é de uma migração dos investidores e gestores da renda variável (como ações) para o mercado de renda fixa (como CDBs e Títulos do Tesouro). “Porque mesmo com a taxa de juros a 5% ou 7%, você ainda tem uma expectativa de inflação muito alta. O investidor não deveria olhar apenas para a expectativa de alta da Selic mas também para a alta da inflação”, explica ele.

“Pensando para frente, mesmo os investidores que estão vendo essa alta como uma oportunidade de voltar para renda fixa, evitar a volatilidade do mercado, precisam ver isso com cuidado”, diz ele.

Ele destaca, no entanto, que títulos de renda fixa atrelados à inflação – como o Tesouro IPCA – são boas opções no momento é interessante para quem busca diversificação. Esse papéis, ao terem a rentabilidade atrelada ao IPCA, têm a vantagem de serem uma proteção da pressão inflacionária. “Eu acho que faz parte ou deveriam fazer parte do investidor comum, como todos nós”, afirma.


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Financiamento imobiliário dispara: como escolher melhor linha de crédito? https://canalmynews.com.br/mynews-investe/financiamento-imobiliario-como-escolher/ Fri, 30 Jul 2021 23:22:43 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/financiamento-imobiliario-como-escolher/ Em 12 meses, número de imóveis financiados saltou 329%, com cenário impulsionado pelos juros mais baixos.

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Mesmo com a pandemia e a crise econômica, mais pessoas têm procurado financiamento de imóveis. Nos últimos 12 meses, 684 mil imóveis foram financiados – uma alta de 329,46% em relação ao período anterior. Os dados são da Abecip, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Em junho, segundo a entidade, os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas de poupança somaram R$ 19,66 bilhões, o maior volume nominal mensal da série histórica, que teve início em 1994. O resultado representa um salto  de 112,1% em relação a junho do ano passado.

O cenário mais atrativo para financiamento de imóveis vem com os juros mais baixos. Em 2020, a taxa básica de juros da economia, a Selic, foi ao menor nível da história: 2%. Mesmo com os juros subindo – a Selic hoje está em 4,25% – o momento continua mais atrativo para o crédito imobiliário do que no passado. Essa é a avaliação de Bruno Gama, CEO da CrediHome, plataforma de crédito imobiliário.

“Há cinco anos, uma família com renda de 5 mil reais não conseguia financiar um imóvel de R$ 200 mil, por exemplo. Hoje, essa mesma família, com essa mesma renda, tem acesso a financiamento”, afirma ele, em entrevista ao MyNews Investe.

Quais são as linhas de financiamento hoje?

Gama explica que o Brasil teve, no geral, o crescimento do crédito imobiliário a partir da linha de financiamento com juros prefixados, disponíveis nos principais bancos e instituições financeiras. “Ela ainda responde pela maior parte do financiamento no país. Como o próprio nome diz, ela é prefixada. Se você contratar um crédito para financiar seu imóvel em 30 anos, por exemplo, a mesma taxa de juros  do momento da contratação se mantém”, explica ele.

Nos últimos anos, novas linhas de financiamento foram criadas. Em 2019, a Caixa Econômica Federal lançou uma nova linha indexada ao IPCA, a inflação oficial. “Hoje você tem até uma taxa de juros um pouco menor do que a linha prefixada dos principais bancos, mas você tem a indexação ao IPCA, ou seja, toma o risco da inflação no Brasil ter alguma alteração mais significativa”, diz o CEO.

A última e mais recente linha foi lançada pela Caixa no fim de 2020: o financiamento corrigido pela caderneta de poupança. “Você paga uma taxa de juros um pouco menor que a do prefixado mais a poupança. A poupança hoje está relacionada à taxa Selic, ela é 70% da taxa Selic. Isso significa que se a Selic sobe, a taxa da poupança também sobe”, completa.

Segundo Gama, apesar do risco de alta da Selic e alta da inflação, a duas opções mais recentes podem ser interessantes para aqueles com capacidade para quitar o imóvel em um prazo menor. “Se você tem como quitar um contrato em dois ou três anos, você até pode tomar um financiamento atrelado à inflação ou à poupança”, diz. Bruno alerta que, para quem pretende pagar o financiamento a longo prazo, é preciso ter atenção com os riscos atrelados  às linhas IPCA e Selic.

Assista ao MyNews Investe de segunda a sexta, a partir do meio-dia. A apresentação é de Juliana Causin, sempre com convidados especiais

E além da linha, o que olhar?

Além dos juros e tipo de linha de financiamento, Bruno lembra também que é preciso prestar atenção ao Custo Efetivo Total do financiamento – o valor engloba as tarifas bancárias e o custo do seguro. Segundo ele, a melhor forma de comparar as condições de crédito imobiliário entre as instituições financeiras é fazer uma comparação do CET.

“É super importante o cliente entender que uma coisa é taxa de juros na propaganda do banco e outra coisa é o custo que ele vai pagar. Ele vai pagar um valor superior àquele da taxa porque além dos juros, o banco adiciona também tarifas e o seguro, que é o obrigatório de ser incorporado e tem valor diferente em cada banco”, diz ele.


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Por que o dólar saltou dos R$4,90 para R$5,25 em algumas semanas? https://canalmynews.com.br/mynews-investe/por-que-dolar-saltou/ Tue, 20 Jul 2021 21:08:52 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/por-que-dolar-saltou/ Temor sobre variante delta, risco político no Brasil e inflação nos EUA fizeram dólar voltar para o patamar dos R$5,20

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Depois de chegar ao menor valor em um ano, no dia 24 de junho, aos R$4,90, o dólar voltou a ter alta intensa no início desta semana. Os temores do mercado financeiro envolvendo a variante delta do novo coronavírus fizeram a moeda disparar 2,63% na segunda-feira (19), cotada a R$5,25 no fim do dia — o maior valor para fechamento desde 8 de julho.

O salto do câmbio aconteceu em menos de quatro semanas. Fernanda Consorte, economista-chefe do Banco Ourinvest, explica que o momento de baixa do dólar no fim de junho veio em meio a dados positivos sobre a economia americana e também com a queda de juros no Brasil.

“Aquele momento era de euforia. O mercado se animou com uma recuperação vinda dos Estados Unidos, um aumento da taxa de juros aqui  no Brasil e também a possibilidade da vacinação ser mais rápida no Brasil”, explica ela. Em junho, o Copom elevou para 4,25% a Selic, taxa básica de juros, e indicou a intenção de nova alta de juros nas próximas reuniões.

Fernanda explica que o tom nos mercados mudou com a incerteza em relação a uma alta de juros nos Estados Unidos para conter o avanço da inflação no país. “Com o aumento da taxa de juros nos EUA, a tendência é de uma redução da liquidez nos mercados emergentes”, diz ela.

Disparada do dólar

Além da mudança no cenário externo, a alta da moeda americana no início de julho veio também na esteira do risco político. No dia 6 de julho, o cenário negativo levou o dólar a subir 2,39%, aos R$5,20. O movimento fez o câmbio recuperar a perda acumulada de 4,81% em junho, no momento em que se intensificaram as denúncias contra o governo Bolsonaro sobre a compra de vacinas.

“Especificamente nos últimos dias surgiu também a variante delta, que tem um contágio muito mais rápido e que deixou o tom de cautela nos mercados. Um novo problema em relação ao coronavírus, com uma nova variante, exige novas medidas de restrição e por tanto há uma perspectiva de recuo da atividade econômica. Houve um estado de alerta geral e por tanto as taxas de câmbio de todos os países emergentes subiram”, explica Consorte.

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Copom sobe juros para 4,25% ao ano e indica nova alta para próxima reunião https://canalmynews.com.br/economia/copom-sobe-juros-para-425-ao-ano-e-indica-nova-alta-para-proxima-reuniao/ Thu, 17 Jun 2021 19:14:06 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/copom-sobe-juros-para-425-ao-ano-e-indica-nova-alta-para-proxima-reuniao/ Diante da pressão inflacionária, Banco Central repete a dose de aumento de 0,75 na Selic e sinaliza nível “neutro” para juros

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Como indicado na última reunião, o Copom subiu nesta quarta-feira (16) a Selic, taxa básica de juros, em 0,75 ponto, de 3,5% para 4,25%. Essa é a terceira alta consecutiva dos juros desde o início do ciclo de ajustes, iniciado em março, e eleva a Selic para o maior patamar desde o início de fevereiro do ano passado. 

Ao tomar a decisão, o Banco Central considerou a pressão inflacionária “maior que o esperado” e citou a piora no cenário hídrico, com aumento das tarifas de energia, que contribui para alta dos preços. Para a próxima reunião, que acontece em 45 dias, o Comitê de Política Monetária do BC indicou uma nova alta de ao menos 0,75 ponto. Com isso, os juros no país saltam para os 5%, patamar vigente em dezembro de 2019. 

No comunicado, o BC afirma que “antevê a continuação do processo de normalização monetária com outro ajuste da mesma magnitude”. A nota alerta, no entanto, que uma deterioração das expectativas de inflação “pode exigir uma redução mais tempestiva dos estímulos monetários” – ou seja, uma alta ainda maior que a de 0,75.

O Boletim Focus, que agrega as projeções do mercado financeiro, espera que a inflação feche o ano acima do teto da meta do Banco Central, de 5,25%.

“O que o Banco Central faz nesse momento é tentar, por meio do aumento da taxa de juros, fazer com que a recente apreciação cambial continue. Por meio dessa apreciação cambial, o valor para que a gente possa comprar commodities em dólar se reduz, mesmo com o preço da commodity aumentando”, explica o economista Fábio Terra, professor da Universidade Federal do ABC. 

Em resposta a pressão inflacionária, o BC também mudou a perspectiva de manter a Selic em grau “estimulativo” para a economia, ou seja, com juros mais baixos. O comitê afirma que julga “apropriada a normalização da taxa de juros para patamar considerado neutro”. No patamar “neutro”. os juros não estimulam, nem contém o avanço da atividade econômica. Com essa indicação, os analistas esperam a Selic encerre o ano aos 6,5%.

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Mercado prevê Selic em 5% em agosto https://canalmynews.com.br/economia/mercado-preve-selic-em-5-em-agosto/ Mon, 14 Jun 2021 14:15:42 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/mercado-preve-selic-em-5-em-agosto/ O Copom se reúne nesta terça-feira e analistas aguardam ata para entender como deve ser o ciclo da taxa de juros daqui para frente

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O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne na próxima terça-feira (15) e o mercado já espera um aumento de 0,75% na taxa básica de juros, a Selic. Com isso, a expectativa é de que ela saia dos atuais 3,5% para 4,25%. A grande expectativa, no entanto, é com a ata, que deve ser divulgada na quarta-feira (16), sinalizando como deve ser a política daqui para frente.

No âmbito do Banco Central, Copom deve anunciar aumento na taxa básica de juros.
No âmbito do Banco Central, Copom deve anunciar aumento na taxa básica de juros. Foto: Leonardo Sá (Agência Senado).

De acordo com o sócio da One Investimentos, Cássio Bambirra, a atenção está voltada para qual deve ser a Selic nos próximos meses, porque já há uma previsão de aumento de 0,75% em agosto também, elevando a taxa a próximo de 5%. “Então é muito importante ver qual vai ser o teor da ata. Se o Copom indicar que vai ter uma política mais estável, o mercado pode estressar porque está esperando mais aumento de juros”, explica.

A inflação vem pressionando a economia brasileira. O IPCA de maio, o último divulgado, veio em 0,83%, o maior para o período desde o início da série histórica.

Bambirra destaca também que algumas casas já projetam a Selic encerrando o ano de 2021 em 6,25%.

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Como pagar juros menores na hora do empréstimo? https://canalmynews.com.br/economia/como-pagar-juros-menores-na-hora-do-emprestimo/ Wed, 07 Apr 2021 14:12:57 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/como-pagar-juros-menores-na-hora-do-emprestimo/ Algumas dicas podem garantir que você tenha um custo menor na hora de conseguir dinheiro na praça

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Cedo ou tarde, você pode precisar de crédito. Seja para fazer uma compra ou simplesmente quitar as dívidas, tomar um empréstimo é uma decisão que é melhor tomar bem informado. Preparamos algumas dicas para levar em consideração.

O mais importante na discussão é que o melhor crédito é aquele que oferece um juros menor, assim você pode reduzir o seu gasto. Acontece que, na maioria das vezes, o crédito mais fácil, como o cheque especial e o cartão de crédito, não apresenta as taxas mais atrativas do mercado.

“Quanto mais fácil for pegar o crédito, geralmente a taxa é um pouco mais alta e é o que acontece hoje no cheque especial”, afirma o gerente de crédito e serviços do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) Renan Carneiro.

Ainda de acordo com Carneiro, o cheque especial pode ser usado em situações de curto prazo, quando o crédito é necessário por poucos dias ou semanas, mas, no longo prazo, o ideal é buscar um empréstimo pessoal.

“Quando você precisa de um crédito de mais longo prazo, de 12, 24, 36 vezes, o ideal é sempre que você vá atrás de um empréstimo pessoal. Os bancos concedem taxas de juros mais baixas para o crédito pessoal”, diz o membro do Sicoob.

Outro ponto importante para garantir juros menores é ter um bom relacionamento com a instituição financeira que irá fornecer os recursos. Com um histórico de bom pagador, é possível conseguir um negócio melhor.

Em um banco comercial comum, todo o lucro é revertido para os acionistas. Já nas cooperativas de crédito, os lucros voltam para os cooperados. É por isso, afirma Carneiro, que o Sicoob consegue oferecer melhores taxas de crédito.

“O cooperativismo de crédito trava uma grande disputa com os grandes bancos e um dos nossos grandes diferenciais é justamente preços mais baixos, mais justos”, diz Carneiro.

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Analista acredita que Selic vai subir gradativamente https://canalmynews.com.br/economia/analista-acredita-que-selic-vai-subir/ Thu, 18 Feb 2021 14:26:25 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/analista-acredita-que-selic-vai-subir/ Alta está relacionada aos últimos índices da inflação, e deve estar mais estável em 2022

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O relatório Focus revisou a projeção da taxa Selic de 2021: passou de 3,50% para 3,75%. Para o analista Bruno Musa, que é sócio da Acqua Investimentos, a alteração não causa surpresa por causa dos índices de inflação que vem sendo registrados. “Também dentro da Focus o IPCA subiu. E não só da Focus, os principais bancos revisaram sua projeção de inflação um pouquinho para cima. Então é natural que ao longo do tempo o Brasil recomece seu processo de alta de juros”, afirmou em entrevista ao Café do MyNews.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Para 2022, a projeção é 5,00% ao ano, e para 2023, 6,00%. O analista acredita que a Selic vai subir gradativamente até chegar num nível mais equilibrado.

“Subindo gradativamente por conta dessas projeções de inflação e conforme a economia for sendo reaberta. Eu acho que se a gente tivesse aí um juro real de zero a um por cento a gente estaria muito mais equilibrado do que hoje”, afirmou.

Sobre inflação, o índice projetado pelo relatório Focus passou de 3,60% para 3,62% neste ano. Para 2022, a expectativa é que o índice fique em 3,49%.

Assista a íntegra do Café aqui:

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Copom: o que significa a retirada do “forward guidance”? https://canalmynews.com.br/economia/copom-o-que-significa-a-retirada-do-forward-guidance/ Fri, 22 Jan 2021 12:42:33 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/copom-o-que-significa-a-retirada-do-forward-guidance/ Depois de quatro reuniões seguidas com taxa básica de juros mantidas a 2%, BC sinaliza para aumento da Selic na primeira reunião de 2021.

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A primeira reunião de 2021 do Copom, o Comitê de Política Monetária, teve o resultado que era amplamente esperado pelos analistas: a manutenção em 2% ao ano da Selic, a taxa básica de juros. O que muda, no entanto, é o recado do Banco Central para a trajetória dos juros daqui para frente. 

A reunião marca a retirada do “forward guidance”, que é a orientação futura do BC de não aumentar a taxa básica de juros no curto prazo. No comunicado, o Comitê cita que as expectativas para inflação estão mais próximas da meta estipulada pela autoridade monetária e estabelece que o “forward guidance” deixa de existir. 

Apesar da mudança na direção do Copom, o Banco Central deixa claro que a retirada do “forward guidance” não implica na elevação imediata da taxa de juros, que figura no patamar mais baixo da história.

Vista do edifício-sede do Banco Central, em Brasília
Vista do edifício-sede do Banco Central, em Brasília.
(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Mudança de tom

Daqui para frente, segundo o economista da Exame Research, Arthur Mota, o BC tem de volta o poder de surpreender o mercado nas próximas reuniões. “Enquanto no período de forward guidance o Copom dificilmente subiria os juros a solavanco e de surpresa, agora ele pode fazer alguma coisa diferente como estratégia de política monetária”, afirmou em entrevista ao Dinheiro Na Conta de quinta-feira (21).

Ele explica que se antes boa parte do mercado esperava uma alta na Selic para agosto, a mudança do comunicado desta quarta-feira (20) desloca essas expectativas para um período mais próximo. “A gente acredita agora que há chance de uma alta na Selic até antes de junho. Nossa projeção é que a taxa de juros encerre o ano aos 3,75%”.

Armando Castelar, coordenador de Economia Aplicada do IBRE/FGV, diz que o que mais marcou o comunicado foi a mudança de tom do Copom. “O comunicado certamente mudou a forma como os analistas estavam vendo e a expectativa agora é de uma subida mais rápida dos juros do que se falava antes”. A avaliação dele é que as projeções para alta da Selic sejam deslocadas para junho ou até maio, a depender da trajetória econômica.

 “Como o próprio comunicado deixou claro, isso vai depender dos dados e do que vai acontecer neste próximo um mês e meio. Não é uma coisa determinada, mas mostra que a preocupação com a inflação aparece no Comitê”, analisa. “Eu acho correto, até porque a inflação deve subir”, acrescenta Castelar. 

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Copom mantém taxa Selic em 2%, mas retira sinal de juro estável para o futuro https://canalmynews.com.br/economia/copom-mantem-taxa-selic-em-2-mas-retira-sinal-de-juro-estavel-para-o-futuro/ Wed, 20 Jan 2021 22:26:33 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/copom-mantem-taxa-selic-em-2-mas-retira-sinal-de-juro-estavel-para-o-futuro/ Comitê decidiu acabar com o chamado ‘forward guidance’ que manteve taxa em mínima histórica desde agosto

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Fachada da sede do Banco Central, em Brasília
Fachada da sede do Banco Central, em Brasília.
(Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasi)l

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (20) por unanimidade manter em 2% ao ano a taxa básica de juros da economia, a Selic.

É a terceira vez que o Copom mantém a taxa em sua mínima histórica, confirmando o que já era esperado pelo mercado.

Em comunicado, o Banco Central informa que  “o Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2021 e, principalmente, o de 2022”.

Quanto à economia nacional, o Copom avaliou que indicadores referentes ao final do ano passado “têm surpreendido positivamente”, mas não a ponto de compensar a recente alta no número de casos de Covid-19 no Brasil. De acordo com o comunicado permanece uma situação de incerteza na economia “acima do usual”, especialmente considerando o primeiro trimestre, em razão de fatores como o fim do auxílio emergencial.

Fim do forward guidance

Uma novidade do comunicado do Banco Central é a retirada da sinalização de forward guidance, instrumento implementado na reunião de agosto passado como uma sinalização de que manteria os juros baixos no futuro.

Em outras palavras, o fim do forward guidance deixa aberta a porta para um possível aumento dos juros na próxima reunião – que ocorre em 16 e 17 de março – , caso os movimentos da economia justifiquem esse ajuste.

Em vista das novas informações, o Copom avalia que “essas condições deixaram de ser satisfeitas já que as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, estão suficientemente próximas da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária. Como consequência, o forward guidance deixa de existir e a condução da política monetária seguirá, doravante, a análise usual do balanço de riscos para a inflação prospectiva”, escreveu o BC.

Desde outubro de 2012, quando a Selic estava em 14,25% ao ano, a taxa sofreu cortes sucessivos que a levaram a 6,5% em maio de 2018. Depois de outras dez reuniões sem mudanças na taxa, o Copom voltou a reduzir os juros até chega a mínima histórica de 2%, em vigência desde agosto passado.

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