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Internacional

SEGUNDA CHAMADA

‘Não podemos normalizar isso’, diz jornalista sobre conduta de Milei em relação a Lula

Para Marcos Magalhães, líderes mundiais de extrema direita, como o presidente da Argentina e Donald Trump, não têm jogo de cintura, educação e cortesia

por Sofia Pilagallo em 04/07/24 12:57

Afonso Marangoni recebe Juan Pablo Lohlé, Marcos Magalhães e James Onnig no Segunda Chamada de quarta-feira (3) | Foto: Reprodução/MyNews

Não podemos normalizar esse tipo de comportamento, afirmou ao Segunda Chamada de quarta-feira (3) o jornalista Marcos Magalhães, ao comentar a conduta que teve nesta semana o presidente da Argentina Javier Milei em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em meio à tensão crescente entre os dois líderes, Milei decidiu não participar da próxima Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, que acontece em 8 de julho, no Paraguai. Em vez disso, confirmou presença na reunião da Conferência Política de Ação Conservadora (CPAC), a ser realizada neste fim de semana, dias 6 e 7 de julho, em Balneário Camboriú (SC). O ex-presidente Jair Bolsonaro deve estar presente.

“Estamos normalizando hoje muitos comportamentos políticos, e isso se explica por esse movimento da extrema direita em vários países, como na Argentina, com Milei, nos Estados Unidos, com Trump, e como já houve no Brasil, com Bolsonaro. São pessoas que não têm muito jogo de cintura, jogo diplomático, ou mesmo educação, e o mínimo de cortesia. Eles simplesmente vão e chutam a canela”, diz.

O ex-embaixador da Argentina no Brasil Juan Pablo Lohlé, que também participou do programa, acrescenta que Milei não se importa com as críticas que fazem a ele. Na realidade, tanto não se importa que faz delas uma estratégia de marketing político. Para ele, Brasil e Argentina terão que trabalhar muito para restabelecer essa cultura democrática que se construiu a tanto custo, em termos de vocabulário, protocolo e tantos outros aspectos.

Leia mais: Eleição de Trump seria péssima para o Brasil e para o mundo, analisa jornalista

O professor de Relações Internacionais James Onnig, da Facamp (Faculdades de Campinas), que também participou da conversa, concorda. Ele lembra que Brasil e Argentina têm um histórico de aproximações e afastamentos que acabaram fortalecendo a democracia no final dos anos 1980.

Onnig avalia que, neste momento, Lula fez bem em desistir de uma viagem que faria a ao Porto de Itajaí (SC), a cerca de 20 quilômetros de distância de Balneário Camboriú, neste fim de semana. Para ele, é preciso ter muito cuidado nessa hora para não elevar o nível de tensão. Ao mesmo tempo, é importante que a situação evolua futuramente para um entendimento pela via diplomática.

“Brasil e Argentina construíram pontes que não podem ser destruídas por comportamentos partidários de forma unilateral. Estamos falando aqui de valores civilizacionais que, mal ou bem, nos trouxeram até aqui”, pontua.

Assista abaixo ao Segunda Chamada de quarta-feira (3):

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