Denúncia de fraude na Venezuela por parte do Brasil não mudaria nada, diz Kotscho

A eleição na Venezuela, que ocorreu no último dia 28 de julho e deu vitória ao presidente Nicolás Maduro, foi evidentemente fraudada. Apesar disso, a essa altura do campeonato, uma denúncia de fraude por parte do governo brasileiro não mudaria em nada a situação. Foi o que afirmou o jornalista Ricardo Kotscho durante o programa Pergunte ao Kotscho desta segunda-feira (5), ao responder à pergunta de um internauta do Canal MyNews.

“Maduro vai continuar no poder, e o povo venezuelano vai continuar sofrendo. Então não vejo outra saída que não seja a diplomática. Seria ótimo que tivesse democracia na Venezuela, mas não vai ser no grito”, disse Kotscho, acrescentando que, embora tenha criticado as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acredita que o posicionamento do Ministério das Relações Exteriores esteja correto.

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“Não podemos simplesmente romper relações com a Venezuela. Temos interesses comuns. Não só econômicos, mas também humanitários”, acrescentou ele, ressaltando que o Brasil acolheu centenas de milhares de refugiados venezuelanos nos últimos anos.

Para Kotscho, a posição do Itamaraty em relação à falta de transparência da eleição na Venezuela foi diplomática. Em nota conjunta com a Colômbia e o México, o Brasil não coloca em dúvida a vitória de Maduro, mas pede ao governo venezuelano que divulgue as atas eleitorais e garanta o cumprimento de uma eleição limpa. A postura foi elogiada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, que falou com Lula ao telefone, e até mesmo pela líder da oposição venezuelana María Corina Machado. Apesar disso, o jornalista acredita que o governo venezuelano não deve divulgar as atas, mesmo com o apelo de toda a comunidade internacional.

Assista abaixo ao Pergunte ao Kotscho desta segunda-feira (5):