Engajamento de Marçal nas redes não é convertido em votos, diz jornalista

O forte engajamento digital do candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal, que tem 12 milhões de seguidores no Instagram, não é necessariamente convertido em votos. Foi o que afirmou a repórter da Jovem Pan Beatriz Manfredini, que andou conversando com as equipes de campanha dos candidatos, durante participação no Segunda Chamada de quinta-feira (15). Segundo a apuração dela, as campanhas estimam que Marçal tenha atingido um “teto” de popularidade política e, portanto, deve se manter estagnado nas próximas pesquisas.

Beatriz relembra que, nas primeiras sondagens de intenção de voto, os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) apareciam empatados em primeiro lugar, com uma ampla margem de distância em relação à adversária Tabata Amaral (PSB), que vinha logo na sequência. O cenário eleitoral mudou com a entrada de Marçal na disputa, e também do candidato José Luiz Datena (PSDB), que mostraram desempenho expressivo em um curto período de tempo.

Leia mais: ‘Tabata desestabilizou Pablo Marçal’, diz Mara Luquet ao comentar debate

De acordo com o último Datafolha, Nunes e Boulos se mantêm empatados em primeiro lugar, com 23% e 22% das intenções de voto, respectivamente, mas agora Datena e Marçal, ambos com 14%, é que ocupam o terceiro lugar na corrida eleitoral. Para Beatriz, essa mudança de cenário foi um fator de estresse no início, mas agora já não é visto como uma grande ameaça pelas campanhas.

“O que as equipes me dizem é que, por mais que Marçal tenha um número muito maior de seguidores do que seus adversários, ele não é necessariamente conhecido em São Paulo. O engajamento dele também não é necessariamente convertido em votos”, diz a jornalista. “Essa estratégia de viralizar nas redes, em que ele está totalmente inserido, já foi colocada em eleições anteriores. Padre Kelmon e até mesmo Soraya Thronicke tentaram fazer isso em 2022.”

Assista abaixo ao Segunda Chamada de quinta-feira (15):