Trégua foi intensamente comemorada pela população de Gaza e por manifestantes em Israel, mas acordo foi abalado por supostas exigências de última hora
por Agência Brasil em 16/01/25 13:01
Membro do braço armado do Hamas (à esquerda) e soldados israelenses em tanque de guerra (à direita) | Foto: Majdi Fathi/NurPhoto/Getty Images/Atef Safadi/Epa/Efe
As brigadas Al-Qassam informaram, nesta quinta-feira (16), que, após o anúncio de cessar-fogo, os bombardeiros de Israel atingiram um dos locais onde se encontra uma das reféns que devem ser libertadas na primeira fase do acordo. Segundo autoridades locais, pelo menos 71 palestinos foram assassinados e outros 200 ficaram feridos por causa do ataque.
“Após anunciar o acordo, o exército inimigo atacou o local onde estava uma das prisioneiras da primeira etapa do acordo esperado. Qualquer agressão e bombardeio nesta fase pelo inimigo pode transformar a liberdade de um prisioneiro em uma tragédia”, informou Abu Ubeida, porta-voz da organização militar.
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Enquanto isso, o Hamas negou comunicado de Israel e reafirmou, nesta quinta-feira (16), que o grupo está comprometido com o acordo de cessar-fogo anunciado pelos mediadores, segundo Izzat al-Rishq, representante político da organização palestina.
O acordo do cessar-fogo foi colocado em xeque ontem pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que alegou que o Hamas teria feito exigências de última hora. De acordo com a agência Associated Press, a votação do acordo prevista para hoje pelo governo de Israel teria sido suspensa por “crise de última hora” provocada pelo Hamas, segundo informou o gabinete de Netanyahu.
O anúncio do cessar-fogo pelas autoridades do Catar, país que participou como mediador ao lado do Egito e dos Estados Unidos, foi intensamente comemorado pela população de Gaza e por manifestante em Israel, que esperam ver de volta os reféns ainda mantidos em cativeiro.
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O acordo determina uma fase inicial de seis semanas de trégua com a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a libertação de 33 reféns mantidos pelo Hamas em troca de palestinos presos por Israel. A última fase do acordo prevê a discussão de um governo alternativo em Gaza e planos para reconstruir a região sem a participação do Hamas.
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