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Economia

Aprovado pelo Congresso

Guedes diz que não há atritos sobre Orçamento, mas sim “muito barulho”

Apesar da aprovação do Congresso, texto ainda não foi sancionado por Bolsonaro. O ministro defende a rejeição parcial ou completa do conteúdo

por Vitor Hugo Gonçalves em 08/04/21 15:27

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (8) que não há atritos diretos com o Congresso, mas sim “muito barulho” em torno das discussões sobre o Orçamento. O pronunciamento ocorreu durante o encontro ‘2021 Brazil Summit’, evento de inovação e tecnologia organizado pelas empresas HSBC, Itaú, Grupo Safra e Mattos Filho.

“Tem muito barulho hoje sobre crise política no Brasil e problemas do Orçamento, mas eu espero que seja só barulho. O sinal é de que a coalisão política vai, pela primeira vez, aprovar o Orçamento junto. É normal que tenha erros aqui, excessos ali, mas achamos que tudo vai terminar bem”, afirmou Guedes.

Ministro da Economia, Paulo Guedes, durante pronunciamento no '2021 Brazil Summit'.
Ministro da Economia, Paulo Guedes, durante pronunciamento no ‘2021 Brazil Summit’. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

O representante econômico do Brasil disse ainda que o grupo “centro-direita” foi o vencedor das eleições presidenciais em 2018 e das municipais em 2020, além de assegurar que os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), fazem parte dessa aliança, e são responsáveis por suavizar os atritos nos debates acerca do Orçamento de 2021.

Na tarde desta quarta-feira (7), Arthur Lira havia dito que não há problemas técnicos com o Orçamento aprovado pelo Congresso. Entretanto, a equipe do ministro orienta o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a não sancionar a medida – a aprovação do texto ocorreu no dia 25 de março, mas até o momento não houve sanção.

Em um jantar com empresários, na noite de quarta, Bolsonaro disse que respeitará o teto de gastos, juntamente da responsabilidade fiscal, quando for outorgar o Orçamento. Ao lado do ministro, o presidente declarou: “Não vou colocar o meu na reta”.

A atual disposição do texto orçamentário subestima o volume de despesas obrigatórias, como a aposentadoria, fator que inviabiliza o cumprimento do teto, previsto na legislação. Guedes defende a rejeição parcial ou até mesmo integral do conteúdo.

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