Ato de filiação do PP deve atrair dissidentes do DEM e do PSL – que juntos formarão a maior bancada da Câmara dos Deputados. Janela partidária deve acontecer em março de 2022
por Juliana Braga em 23/09/21 18:32
O PP planeja um grande ato de filiação em outubro para se contrapor à fusão entre PSL e DEM. A operação criará um super partido, com a maior bancada na Câmara dos Deputados – quase o dobro do PT, que ficará em segundo lugar. Isso significa mais poder nas votações no Congresso e, claro, mais recursos dos fundos eleitoral e partidário para disputar as eleições em 2022.
O evento planejado pelo PP deverá marcar a recepção de dissidentes do DEM, onde ainda estão quadros como os ministros da Agricultura, Tereza Cristina, e Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni. No início do governo do presidente Jair Bolsonaro, houve uma forte aproximação entre alguns de seus integrantes, o que acabou gerando discussões e um racha na legenda.
Agora, com a fusão, abre-se a janela para que possam deixar o partido, sem perder os seus mandatos. Neste grande ato, o presidente do PP, Ciro Nogueira, ainda tenta filiar também Jair Bolsonaro que, até hoje, ainda não tem legenda para disputar as eleições no ano que vem.
O Patriota, no qual o senador Flávio Bolsonaro chegou a se filiar, destituiu o presidente, Adilson Barroso, o fiador dessa aliança. Sem um nanico que possa controlar, Bolsonaro deve apostar em um partido com mais estrutura e recursos para disputar as eleições contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), hoje, favorito nas pesquisas.
Uma reunião da Executiva Nacional do DEM na última terça (21) foi o primeiro passo para a concretização da aliança do partido com o PSL. A decisão foi aprovada por unanimidade pelos participantes do encontro, que incluiu o presidente nacional do DEM, ACM Neto, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG).
A fusão deve acontecer até o mês de outubro e a oficialização da união deve acontecer até fevereiro de 2022. A união de DEM e PSL formará a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 81 parlamentares. A nova configuração iniciará também com três governadores e sete senadores. Os presidentes do PSL, Luciano Bivar (PE), e ACM Neto vão liderar a nova legenda – que ainda não tem sigla, nem número definidos. Os partidos esperam aumentar o percentual no fundo partidário e a penetração nas várias regiões do país.
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