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AUXÍLIO EMERGENCIAL

Guedes considera voltar auxílio emergencial para metade dos beneficiários

Após encontros com os novos presidentes do Congresso, o ministro afirmou que a extensão do benefício ‘cláusulas necessárias’. Presidente do Senado fala em ‘responsabilidade fiscal’

por Vitor Hugo Gonçalves em 05/02/21 15:48

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (4) que o Governo Federal considera a volta do auxílio emergencial, mas somente para metade dos beneficiários que receberam o pagamento em 2020.

Em pronunciamento ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Guedes ressaltou que a extensão da contribuição fiscal depende de “cláusulas necessárias”.

Ministro da Economia, Paulo Guedes.
Ministro da Economia, Paulo Guedes. Foto: Wilson Dias (Agência Brasil).

No ano passado, em razão da pandemia de Covid-19, o subsídio foi pago a trabalhadores informais (inclusive intermitentes inativos), desempregados, microempreendedores e contribuintes individuais da Previdência – só receberam o auxílio os solicitantes que possuíam renda familiar mensal de até três salários-mínimos. As parcelas foram de, inicialmente, R$ 600 e, depois, R$ 300.

Já Rodrigo Pacheco afirmou: “A pandemia continua e agora eu vim ao ministro da Economia, Paulo Guedes, externar o que é a preocupação do Congresso Nacional, que é uma preocupação em relação à assistência social, a um socorro que seja urgente, emergencial, para poder ajudar a camada mais vulnerável.”

Mesmo alegando sentir segurança na agenda econômica, Pacheco recorreu à responsabilidade fiscal para que não haja uma piora no já fragilizado cenário financeiro nacional.

“Fazer isso com cautela, com prudência, com observância de critérios para evitar que as coisas piorem. Mas, obviamente, nós temos que ter a sensibilidade humana e eu vim como senador e presidente do Congresso Nacional externar essa sensibilidade política de que nós temos que socorrer essas pessoas”, declarou o parlamentar.

Guedes ainda declarou: “o auxílio emergencial, se nós dispararmos as cláusulas necessárias, dentro de um ambiente fiscal robusto, já mais focalizado – em vez de 64 milhões, pode ser a metade disso, porque a outra metade retorna para os programas sociais já existentes –, isso nós vamos nos entender rapidamente porque a situação do Brasil exige essa rapidez.”

Agenda de reformas

Antes de se reunir com Pacheco, Paulo Guedes recebeu no Ministério da Economia o novo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Após o encontro, o ministro disse que já sabe como enfrentar os desdobramentos fiscais da pandemia e solicitou ao Congresso a retomada das discussões acerca das reformas econômicas.  

Fachada do Ministério da Economia, em Brasília, DF.
Fachada do Ministério da Economia, em Brasília, DF. Foto: Marcello Casal Jr. (Agência Brasil).

“Temos o protocolo da crise. Se a pandemia nos ameaçar, nós sabemos como reagir”, afirmou Guedes. E acrescentou: “Vamos retomar as reformas ao mesmo tempo [em que ocorre a vacinação], porque a saúde e a economia andam juntas”.

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