Rover Perseverance desceu no planeta vermelho e já está trabalhando. Imagens coloridas e em alta definição são inéditas
por Myrian Clark em 21/02/21 16:05
A Nasa conseguiu pousar em Marte o veículo mais sofisticado da história espacial, uma espécie de robozinho chamado Perseverance, na quinta-feira, dia 18 de fevereiro. O Rover, como também é conhecido o veículo, possui 19 câmeras acopladas ao seu corpo e começou a enviar imagens coloridas e em alta definição da superfície do planeta no dia seguinte. Confira acima as fotos compartilhadas pela Agência Espacial Americana, a Nasa.
O geofísico, doutor em geociências e pesquisador da Unicamp Sérgio Sacani conversou com o My News sobre as tarefas do Perseverence. “Primeiro a Nasa enviou dois robôs para descobrir evidências da existência de água em Marte. Com o Spirit e o Opportunity (2004), tivemos a certeza de que existe água em Marte. Mas nem toda água permite a possibilidade de vida. Então a agência mandou o Curiosity (2012), para investigar se a água encontrada garantiria condições para desenvolver vida. E confirmou-se que sim. Agora, com o Perseverence, a Nasa está procurando os resquícios dessa vida”, explica Sacani, que também pilota o canal Space Today no Youtube.
A missão Mars 2020, que enviou o robozinho fotógrafo, busca sinais fósseis de que o planeta tenha sido habitado na época em que era mais azul, como a Terra, entre 4 a 3 bilhões de anos atrás. A ideia é entender melhor o passado e o ambiente de Marte antes de tentar encontrar vida no presente. Segundo Sacani, tudo indica que a rocha da cratera onde o robô pousou é a mesma rocha encontrada no pré-sal brasileiro, formada por microorganismos que vão morrendo, se empilhando, cobrindo e sedimentando.
Perguntado se acredita em marcianos, Sacani riu e explicou: “Não, mas se provarmos que a rocha de lá é a mesma que existe aqui, então fica provado que houve vida em Marte.” Na terça-feira, dia 23 de fevereiro, Sergio Sacani vai participar do Almoço do My News e contar histórias saborosas das viagens que fez pelo mundo para observar fenômenos no céu ou acompanhar lançamentos de foguetes. “Me apaixonei por astronomia por causa do cometa Halley, em 1986, e não parei mais”, conta.
Assista à simulação computadorizada feita pela Nasa de como seria o pouso do robozinho em Marte.
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