Você acha que o preço dos combustíveis já está causando efeitos no cenário político, com a queda do presidente da Petrobras e mais recentemente do próprio ministro de Minas e Energia? Dê uma olhada neste gráfico para ter uma ideia do que poderá vir nos próximos meses que antecedem o início da campanha eleitoral.
O reajuste de passagens tem um poder de fazer tremer governos aqui e além.
Ou você já esqueceu os protestos “Não é por 20 centavos” em 2013 no Brasil, reflexo do aumento nas passagens de ônibus?
Só mais um exemplo? Os protestos de 2019 em Santiago, no Chile, quando o governo anunciou um aumento na passagem do metrô equivalente também a 20 centavos de real.
Segundo o economista Luis Eduardo Assis, por enquanto as prefeituras estão bancando o subsídio maior para os ônibus. “E acho que há menos ônibus nas ruas também”, diz Assis. Mas as prefeituras não conseguirão segurar o reajuste das passagens por muito tempo.
“Os caminhoneiros também podem tumultuar, mas o custo do frete subiu, 26% nos últimos 12 meses. É menos do que o diesel, mas dá um alívio”.