Para Tânia Fusco, a candidata do PSB, que aparece em quinto lugar nas pesquisas, faz bem em entrar em embate direto com o influenciador digital
por Camilla Lucena* em 30/08/24 17:25
O jornalista Afonso Marangoni, a jornalista Tânia Fusco, o cientista político e advogado Nauê Bernardo e Rodrigo Prando, professor de ciência política da Universidade Presbiteriana Mackenzie, participam do Segunda Chamada de quinta-feira (29) | Foto: Reprodução/MyNews
É impossível falar sobre a campanha eleitoral de Pablo Marçal (PRTB) sem mencionar Tabata Amaral (PSB), sobretudo porque ela é a única adversária que o ataca diretamente, afirmou a jornalista Tânia Fusco durante participação no Segunda Chamada de quinta-feira (29). Para ela, é “absolutamente compreensível” que a candidata pelo PSB se posicione firmemente para tentar tirar votos do rival. Ela aparece em quinto lugar nas pesquisas de intenção de voto e ainda tem um longo caminho a percorrer para angariar apoio e obter melhor destaque.
Na quarta-feira (28), a última pesquisa Quaest mostrou Guilherme Boulos (PSOL) liderando a disputa com 22% das intenções de voto, seguido de Ricardo Nunes (MDB) e Marçal, ambos com 19%. Tabata teve um crescimento de dois pontos percentuais em relação à última sondagem, saltando de 6% para 8%. Para Tânia, a mudança na estratégia de divulgação da deputada federal trouxe resultados.
“Finalmente tem ‘punch'”, disse a jornalista. “Esse material que saiu hoje é muito bom, é muito agressivo, é de boa qualidade, e ela [Tabata] fala muito bem”, acrescentou ela, se referindo a uma série de vídeos produzidos pela campanha de Tabata, em que ela traz denúncias contra Marçal e expõe suposta ligação do adversário com o crime organizado.
Na visão de Tânia, o material de campanha produzido pela equipe de Tabata mudou muito em comparação com o início do período eleitoral. Hoje, a candidata está mais ativa nas redes sociais e os vídeos, mais bem produzidos, apresentando narrativas de storytelling — a habilidade de contar histórias a partir de enredo elaborado.
Para o cientista político Rodrigo Prando, que também participou do Segunda Chamada, ao dedicar seus esforços para combater o avanço de Marçal, Tabata demonstra que é a única que entendeu que a corrida eleitoral já não é mais sobre a Prefeitura de São Paulo, mas sim sobre o influenciador. “É ela quem traz um conjunto de fatos assentados em dados e em documentos, só que, infelizmente, isso pouco importa […] o que importa é a construção da narrativa, e muita gente se sente muito próximo dessa narrativa [criada por Marçal]”.
*Sob supervisão de Sofia Pilagallo
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