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Política

‘MP da vacina’

Câmara vota MP que facilita compra de vacina depois do Carnaval

Proposta já tem 147 emendas apresentadas que flexibilizam ainda mais exigências da Anvisa

por Juliana Braga em 14/02/21 17:36

O presidente da Câmara, Arthur Lira, pautou para a próxima quinta-feira (18) a medida provisória (MP) 1026/21, também chamada de MP da vacina, que facilita a compra de vacinas e de insumos necessários à imunização contra a covid-19. 

O texto tira a exigência de licitação e flexibiliza regras contratuais. O governo brasileiro fica autorizado, por exemplo, a fazer pagamentos antecipados para garantir acesso ao imunizante, mesmo que corra o risco de perder os valores.

Câmara vota MP que facilita compra de vacina depois do Carnaval. Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados
Câmara vota MP que facilita compra de vacina depois do Carnaval. Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

Em outro ponto, a MP retoma a autorização para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aplique apenas um rito sumário para aprovar vacinas já autorizadas nos Estados Unidos, Japão, China, Reino Unido e União Europeia.

A análise da proposta acontece no momento em que a Anvisa, órgão responsável pela regulamentação das vacinas, está sob ataque do líder do governo, Ricardo Barros. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo há duas semanas, Barros disse que iria enquadrar a Anvisa para tornar o processo mais célere. O presidente da agência reagiu e exigiu uma retratação, o que não ocorreu.

A proposta já conta com 156 emendas, que flexibilizam ainda mais as regras da agência. Uma delas estabelece o prazo de 72h para a Anvisa autorizar o uso de determinado imunizante. Outra, apresentada pelo deputado Felipe Rigoni (PSB-ES), determina cinco dias úteis como período limite para a análise, desde que já tenha sido autorizado em outras agências.

Em outra frente, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) propõe a autorização para o governo assumir os riscos com eventuais efeitos adversos da vacina, com a possibilidade de contratação de seguro. A medida abriria espaço para o Brasil adquirir a vacina da Pfizer, cujo contrato a exclui de qualquer responsabilidade.

A análise será feita na quinta-feira por meio de sessão remota. A votação está marcada para às 10h.

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