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Política

Disputa no Congresso

Consultoria vê Arthur Lira como favorito para levar a presidência da Câmara

Representante do chamado ‘Centrão’, Lira conta com o apoio do presidente Jair Bolsonaro

por Rodrigo Borges Delfim em 14/01/21 09:19

O deputado federal Arthur Lira (PP-AL)
O deputado federal Arthur Lira (PP-AL), candidato à presidência da Câmara.
(Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados)

Um levantamento feito pela consultoria Eurasia aponta que o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) é franco favorito para levar a presidência da Câmara dos Deputados. A eleição ocorre em 1º de fevereiro, dia de retorno do Legislativo após o recesso parlamentar.

De acordo com a sondagem feita pelo grupo, Lira deverá ter entre 263 e 332 votos junto aos deputados, o que o colocaria em posição confortável contra seu principal adversário, Baleia Rossi (MDB-SP). A Casa é composta por 513 parlamentares e a vitória se dá por maioria absoluta (257 votos).

Lira está na disputa como candidato declarado do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e do chamado Centrão, grupo de partidos que costuma se posicionar junto ao governo no poder em troca de cargos. Rossi, por sua vez, conta com apoio do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tem feito fortes críticas ao Planalto.

Apoios e prováveis deserções

Em teoria, Lira conta com o apoio oficial de presidente Bolsonaro e dos partidos PSD, PP, PL, Avante, Solidariedade, Republicanos, Patriota, PROS e PSC.

Rossi, por sua vez, teria consigo MDB, Cidadania, DEM, PCdoB, PDT, PT, PSB, PSDB, PSL, PV e Rede. O PSOL, que chegou a sinalizar apoio a Rossi, agora tende a lançar uma candidatura avulsa

Como a votação para a presidência da Câmara é secreta, abre-se uma grande margem para traições de ambos os blocos. Na avaliação da Eurasia, a tendência é que a maioria dos deputados de legendas que declararam apoio a Rossi votem contra a orientação partidária e apoiem Lira.

Além de ter o governo a seu favor, também jogam a favor de Lira o fato de ter iniciado mais cedo a campanha para comandar a Câmara, na avaliação da Eurasia. Já Rodrigo Maia, que sonhava em tentar uma nova reeleição ao posto, acabou impedido pelo Supremo Tribunal Federal e demorou a anunciar quem seria o candidato que contaria com seu apoio.

Disputa no Senado

O cenário em torno da presidência do Senado, que será definido também em 1º de fevereiro, também vai ganhando contornos mais definidos.

Com apoio do atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), chega o correligionário Rodrigo Pacheco (DEM-MG), apontado como favorito. Ele deve ter como principal rival a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que pode se tornar a primeira mulher a alcançar a presidência da Casa.

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