“Quero ser o contraponto ao fundamentalismo e defender uma agenda de democracia”, diz o Pastor Henrique Vieira Evangélicos

“Quero ser o contraponto ao fundamentalismo e defender uma agenda de democracia”, diz o Pastor Henrique Vieira


Fé, religião e política sempre andaram juntas por mais que as boas práticas sempre recomendem que estejam apartadas. Mas nos últimos anos essa proximidade atingiu patamares perigosos que nos faz lembrar tempos sombrios de séculos distantes. Por que esta volta mais incisiva e obscura da fé nos palanques eleitorais brasileiros?

Quem responde é o pastor Henrique Vieira, pré-candidato à Câmara Federal pelo PSol do Rio. “Usam a fé como trampolim eleitoral de maneira a ganhar poder”, diz ele. “Não é essência, experiência de servir ao povo”, acrescenta.

O avanço do fundamentalismo religioso tem sustentado as bases bolsonaristas. Por isso, diz o pastor, ele decidiu tentar uma vaga na Câmara Federal. Se eleito, será um pastor, com todas as credenciais cristãs para contrapor religiosos que usam da fé para propagar ódio e preconceito e alimentar seus projetos pessoais de poder.

O avanço armamentista preocupa Henrique. Assim, sua prioridade se eleito, é apresentar projetos que não apenas freiem a expansão das armas, como também desfaçam a liberação que foi permitida nos últimos três anos. “Quero pautar o processo de desarmamento”. Ele explica que o crescimento do armamento é na verdade um processo de milicialização da sociedade. Por isso é importante a revogação de todos esses decretos que facilitaram o acesso às armas.

Ele diz que há um movimento em curso e crescente de reparação ao povo negro que desembocará em maior representatividade política. “Vejo as mulheres negras a frente como ponta, liderando e isso é histórico, maravilhoso e revolucionário”, diz ele. “E nós povo negro ao lado, ocupando esses espaços”.

Outra pauta que pretende se engajar se for eleito é a demarcação de terras indígenas, como criar estruturas de fato para que as demarcações sejam respeitadas. “Temos que falar sobre a carnificina operada sobre os povos indígenas no Brasil”.

A íntegra da entrevista está no vídeo abaixo.

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