Arquivos Vitor Hugo Gonçalves - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/post_autor/vitor-hugo-goncalves/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Tue, 11 Feb 2025 13:05:51 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Inflação tem alta de 1,62% em março, maior alta para o mês em 28 anos https://canalmynews.com.br/economia/inflacao-tem-alta-de-162-em-marco-maior-alta-para-o-mes-em-28-anos/ Fri, 08 Apr 2022 21:49:12 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=27456 Transporte e Alimentação são os segmentos que mais puxam o aumento – diesel subiu 13,65% e cenoura 31,47%. No acumulado dos últimos 12 meses, índice atinge 11,30%.

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Considerado o medidor oficial da inflação no Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) anotou um aumento de 1,62% em março, após alta de 1,01% em fevereiro, conforme divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa é a maior para um mês de março em 28 anos. Ou seja, é a mais alta desde 1994, antes da implementação do Plano Real. Verifica-se também que é a maior inflação mensal desde janeiro de 2003 (2,25%).

De acordo com o IBGE, “no ano, o indicador acumula alta de 3,20% e, nos últimos 12 meses, de 11,30%, acima dos 10,54% observados nos 12 meses imediatamente anteriores”.

Já no acumulado de 12 meses, o índice é apontado como o desde outubro de 2003 (quando a alta generalizada dos preços era de 13,98%). Com o resultado de março, a inflação fica sete meses consecutivos acima dos dois dígitos.

Inflação acumulada nos últimos 12 meses (comparação mensal).

Inflação acumulada nos últimos 12 meses (comparação mensal). Foto: Reprodução (MyNews)

Aumento generalizado

A pesquisa mostra que dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram altas em março. Os principais impactos, como esperado, vieram dos Transportes (3,02%) e de Alimentação e bebidas (2,42%) – dois segmentos de maior peso no IPCA. Juntos, a dupla representa 43% da inflação do mês.

Constatou-se ainda que o aumento dos preços foi mais disseminado no terceiro mês de 2022: o índice de difusão passou de 75% em fevereiro para 76% em março, número que demonstra o espalhamento da inflação entre os setores analisados pelo IBGE.

Já a inflação de serviços ficou em 0,45% em março ante 1,36 em fevereiro.

Oito dos nove grupos pesquisados apresentaram alta.

Oito dos nove grupos pesquisados apresentaram alta. Foto: Reprodução (MyNews)

Vilões

O grupo Transportes foi o grande responsável por puxar o aumento deste mês. A razão continua sendo o acréscimo do preço dos combustíveis mediante à alta do petróleo no mercado internacional, inflado pela com a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Dentro dos Transportes, verificaram-se as seguintes altas: Óleo diesel (13,65%); Transporte por aplicativo (7,98%); Gasolina (6,95%); Gás veicular (5,29%); Etanol (3,02%); e Passagem do ônibus urbano (1,27%).

Já no segmento de alimentação, que anotou a maior alta desde novembro de 2020, os principais vilões foram: Cenoura (31,47%); Tomate (27,22%); Leite (9,34%); Óleo de soja (8,99%); Frutas (6,39%); e Pão francês (2,97%).

Também houve aumento forte no gás de botijão (6,57%).

 

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No MyNews Investe desta sexta, a alta da inflação, seus impactos no mercado, análise da conjuntura macro e a possibilidade de estagflação foram pauta. Confira:

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EUA planeja redução do balanço patrimonial e considera acelerar alta dos juros https://canalmynews.com.br/economia/eua-planeja-reducao-do-balanco-patrimonial-e-considera-acelerar-alta-dos-juros/ Wed, 06 Apr 2022 22:53:46 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=27321 Movimentações para mitigar os efeitos da inflação foram divulgadas nesta quarta-feira pelo Banco Central estadunidense. Alta generalizada dos preços é a maior dos últimos 40 anos no país.

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Os membros do Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos, concordaram em diminuir em US$ 60 bilhões a participação da autoridade monetária em Treasuries (títulos públicos), além de retirar US$ 35 bilhões em títulos lastreados em hipotecas (MBS). O planejamento inicial de redução do balanço patrimonial é para um período de três meses “ou ligeiramente maior”, de acordo com a ata da reunião do Comitê de Mercado Aberto do Banco Central americano (Fomc) de 15 a 16 de março divulgada nesta quarta-feira (6) – os participantes também “concordaram no geral” que, estando a redução “bem encaminhada”, será apropriado considerar as vendas diretas de MBS.

A decisão acontece para evitar o encolhimento passivo, que ocorreria apenas quando os pagamentos das hipotecas fossem feitos, fator que levaria ao declínio mensal no estoque desses títulos “sob o teto mensal proposto”, permanecendo como “uma parcela considerável dos ativos do Federal Reserve por muitos anos”.

Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA.

Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA. Foto: AgnosticPreachersKid (Commons)

O Fed instaurou um programa de compra de títulos em 2020, visando mitigar o impacto econômico decorrente da pandemia, fenômeno que aumentou seu balanço. Atualmente, o Banco Central detém cerca de US$ 8,5 trilhões em Treasuries e MBS.

Fora essa operação, nenhuma decisão final foi tomada. No entanto, as autoridades relataram que fizeram “progressos substanciais” e poderiam “começar o processo de redução do tamanho do balanço patrimonial logo após a conclusão da reunião de política de 3 a 4 de maio”.

Alta dos juros

A ata indicou que grande parte dos dirigentes consideram uma possível alta de 0,5 ponto percentual nos juros já nas próximas reuniões, “principalmente se as pressões inflacionárias permanecerem elevadas ou intensificadas”.

Após a alta de 0,25 ponto na reunião de março, uma eventual aceleração da taxa básica vem ganhando força no mercado em meio à persistência da inflação (a maior dos últimos 40 anos).

“Muitos participantes observaram que – com a inflação bem acima do objetivo do Comitê, riscos inflacionários para cima e a taxa básica bem abaixo das estimativas de seu nível de longo prazo – eles teriam preferido um aumento de 50 pontos base (ou 0,5 ponto) no intervalo da meta”, informou o texto.

“Todos os participantes indicaram seu forte compromisso e determinação em tomar as medidas necessárias para restaurar a estabilidade de preços. […] Os integrantes do comitê julgaram que seria apropriado mudar rapidamente a postura da política monetária para uma postura neutra. Eles também observaram que, dependendo dos desenvolvimentos econômicos e financeiros, uma mudança para uma postura mais rígida poderia ser justificada”, complementou.

Além disso, os integrantes do Fed reconhecem que o conflito no Leste Europeu está causando dificuldades humanas e financeiras, e apontam que as implicações da guerra para a economia dos EUA ainda são muito incertas. Assim, no curto prazo, a melhor decisão é esperar os desdobramentos e compreender que o evento criou uma pressão adicional sobre a inflação.

Na última terça-feira (5), Lael Brainard, indicada pelo presidente dos EUA Joe Biden para ocupar a vice-presidência do Banco Central, disse em entrevista que “é fundamental baixar a inflação”, e que o Fed vai apertar “metodicamente” a política monetária.

“[A inflação] é tão prejudicial para as pessoas quanto estarem desempregadas. Aumentar os juros é necessário para garantir que as pessoas possam ir dormir à noite sem temerem que os preços estejam muito mais altos quando acordarem no dia seguinte”, finalizou Brainard.

 

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As operações adotadas pelo Fed e seus impactos no mercado brasileiro foram pautas do MyNews Investe desta quarta-feira. Confira:

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Adriano Pires desiste de assumir presidência da Petrobras https://canalmynews.com.br/economia/adriano-pires-desiste-de-assumir-presidencia-da-petrobras/ Mon, 04 Apr 2022 23:09:27 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=27228 Economista foi indicado após anúncio de demissão do general Joaquim Silva e Luna. Pires recebeu informações de que não passaria em teste administrativo da petrolífera.

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Adriano Pires, principal indicado para assumir a presidência da Petrobras, desistiu da possibilidade de ocupar o mais alto cargo administrativo da companhia. A motivação veio após o governo Bolsonaro constatar que o nome do economista possivelmente não passaria no “teste” de governança da empresa, conforme apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

A desistência foi comunicada ao Palácio do Planalto depois que o Estadão revelou que o Ministério Público, junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), solicitou que Pires fosse impedido de assumir o cargo enquanto não houvesse uma investigação formal por parte do governo (Controladoria-Geral da União e Comissão de Ética) e da Petrobras acerca da atuação dele no setor privado.

Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires em pronunciamento no Senado.

Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires em pronunciamento no Senado. Foto: Pedro França (Agência Senado)

Sendo sócio fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), Pires possui contratos de longo prazo com petroleiras e companhias de gás, fator que o impossibilita de ser presidente da Petrobras (tendo em vista sua participação societária em organizações de fora da petrolífera, que tem ações na Bolsa) – ele teria que desistir desses negócios para se firmar na cadeira.

De acordo com fontes credenciadas, uma vez que ele não poderia passar os acordos para o filho como havia imaginado, o indicado optou por abdicar do cargo.

Aprovada pelo ministro das Minas e Energia Bento Albuquerque, a indicação do economista era vista com moderações pelos integrantes do Ministério da Economia que participaram das negociações da lei do gás – Paulo Guedes, chefe da pasta econômica, recebeu a indicação de Pires com perplexidade.

Em reuniões com representantes do Ministério da Economia, Pires defendeu os interesses das empresas ao patrocinar os “jabutis” (medidas estranhas ao projeto, como a exigência na contratação de térmicas) que foram colocados na nova legislação, o que irritou os negociadores do Ministério da Economia.

Após o anúncio oficial de desistência, funcionários da Petrobras comemoram a reviravolta, destacando as movimentações que impedem nomeações que possam complicar os rumos da empresa.

Outra renúncia

O empresário e presidente do Clube de Regatas do Flamengo Rodolfo Landim já havia comunicado o governo, na madrugada de sábado para domingo, sua recusa à indicação para presidir o Conselho de Administração da Petrobras.

A justificativa também está atrelada ao teste de governança, o qual Landim recebeu informações de que não passaria.

O empresário foi indicado para o cargo em 28 de março, junto com a recomendação do nome de Pires. Em carta endereçada ao governo, Landim afirmou que, “apesar do tamanho e da importância da Petrobras para o nosso país, e da enorme honra para mim em exercer este cargo”, ele estaria renunciando à nomeação para se concentrar na administração do time.

 

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A desistência de Adriano Pires foi uma das pauta do MyNews Investe desta segunda-feira (4):

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Desemprego apresenta ligeira queda e atinge 12 milhões de brasileiros https://canalmynews.com.br/economia/desemprego-apresenta-ligeira-queda-e-atinge-12-milhoes-de-brasileiros/ Thu, 31 Mar 2022 22:27:41 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=27149 Falta de trabalho afeta 11,2% da população. Rendimento real é o mais baixo para um trimestre encerrado em fevereiro.

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A taxa de desemprego no Brasil apresentou leve queda no trimestre encerrado em fevereiro e ficou em 11,2% (baixa de 0,4% em relação ao trimestre anterior), com a falta de trabalho atingindo 12 milhões de brasileiros, conforme divulgou nesta quinta-feira (31) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – os dados compõem a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).

O resultado é brevemente melhor do que o esperado por analistas, que projetavam um índice de 11,4% em fevereiro, variando entre 11,3% e 11,8%.

Segundo avaliação da coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, “no trimestre encerrado em fevereiro, houve retração da população que buscava trabalho, o que já vinha acontecendo em trimestres anteriores. A diferença é que nesse trimestre não se observou um crescimento significativo da população ocupada”.

Taxa de desemprego no Brasil.

Taxa de desemprego no Brasil. Foto: Reprodução (MyNews)

Taxa de ocupados e renda mensal

O número de ocupados foi estimado em 95,2 milhões, permanecendo estável frente ao trimestre anterior. Desse modo, o nível de ocupação no Brasil se mantém em 55,2% da população, 3,3 pontos percentuais abaixo da máxima histórica verificada em 2013 (58,5%).

De acordo com o IBGE, a desaceleração no aumento do índice de ocupados pode estar amplamente relacionada ao encerramento de contratos de trabalhadores que, no final do ano anterior, foram admitidos de maneira temporária, evidenciando os padrões de sazonalidade.

Outro resultado aferido mostra que a renda média real está em R$ 2.511, configurando o menor rendimento já registrado em um trimestre encerrado em fevereiro desde o início da série histórica em 2012.

Renda média mensal brasileira

Renda média mensal brasileira. Foto: Reprodução (MyNews)

Destaques Pnad

Oito pontos da pesquisa demonstram a atual conjuntura brasileira frente ao mercado de trabalho. São eles:

 

  • A taxa de informalidade caiu para 40,2% da população ocupada, compreendendo 38,3 milhões de trabalhadores – queda de 0,4% em comparação com o trimestre anterior;
  • 12 milhões de desempregados – recuou de 3,1% em 3 meses e 19,5% em relação ao mesmo período do ano passado;
  • 4,7 milhões de desalentados (que desistiram de procurar trabalho);
  • População subutilizada estimada em 27,3 milhões de pessoas – queda de 6,3% frente ao trimestre anterior;
  • Subocupados por insuficiência de horas trabalhadas somam 6,6 milhões de pessoas – recuo de 12,5% em 3 meses;
  • Empregados com carteira de trabalho somam 34,6 milhões de pessoas – alta de 1,1% em comparação com o trimestre anterior;
  • Trabalhadores sem carteira assinada são 12,3 milhões de pessoas – número estável em 3 meses;
  • Trabalhadores por conta somam própria caiu somam 25,4 milhões de pessoas – baixa de 1,9% na comparação com o trimestre anterior.

 

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Os resultados da Pnad foram pauta do MyNews Investe desta quinta-feira (31). Confira:

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Tesla fecha acordo secreto com Vale, segundo agência https://canalmynews.com.br/economia/tesla-fecha-acordo-secreto-com-vale-segundo-agencia/ Wed, 30 Mar 2022 22:10:51 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=27098 O empreendedor e filantropo Elon Musk teria firmado contrato com a mineradora brasileira visando aumentar os esforços para atravessar a crise inflacionária e a alta generalizada dos preços

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Recentemente, a companhia de carros elétricos Tesla firmou um acordo em segredo com a mineradora multinacional brasileira Vale. Segundo a agência de notícias Bloomberg, as duas empresas fecharam um contrato de fornecimento de uma commodity, em um acerto que visa o longo prazo.

Até o momento, Vale e Tesla ainda não se manifestaram diretamente sobre o assunto, mas o que se sabe é que a empresa norte-americana de Elon Musk estaria interessada em um item específico da mineradora brasileira: o níquel proveniente do Canadá.

Em nota oficial, a mineradora esclarece que, “como líder mundial na produção e fornecimento de níquel classe 1”, está realizando diálogos com “partes interessadas em todos os pontos da cadeia de fornecimento de veículos elétricos, incluindo grandes fabricantes de automóveis, produtores de cátodos e de baterias para explorar possibilidade de parcerias”.

A Vale já declarou anteriormente que vende cerca de 5% de toda a sua produção para o mercado de veículos elétricos e que planeja aumentar esse percentual para a faixa entre 30% e 40%.

Mas por que o Elon Musk deseja o níquel da Vale? Em primeiro lugar, porque a commodity é essencial para a fabricação das baterias utilizadas em veículos elétricos – item crucial para o segmento. Em segundo, porque a Tesla possuía a ambiciosa meta de elevar sua produção em 50% este ano, fenômeno que demanda um aumento na compra do metal.

Produção da Tesla em 2021 e projeção para o atual ano.

Produção da Tesla em 2021 e projeção para o atual ano. Foto: Reprodução (MyNews)

Aumento no preço

Para atingir essa meta produtiva, Elon Musk terá que desembolsar uma quantia maior do que a constatada nos orçamentos passados, uma vez que o preço, que já acompanhava uma tendência de alta, disparou com o conflito entre Rússia e Ucrânia.

No início de março, a commodity teve uma alta de 73%, responsável por renovar as máximas históricas – a cotação atingiu a ordem dos US$ 86.700 por tonelada.

Cotação do níquel no acumulado dos últimos 12 meses.

Cotação do níquel no acumulado dos últimos 12 meses. Foto: Reprodução (MyNews)

Nos últimos dias, tanto a Tesla como a Vale apresentaram boa performance no mercado financeiro. No pregão desta quarta-feira (30), a companhia de veículos elétricos (TSLA34) apresentou alta de 0,50% (+0,81), sendo negociada a R$ 163,80, enquanto a Vale S.A. (VALE3) cresceu 1,43% (+1,35), com os papeis valendo R$ 95,87.

No acumulado dos últimos seis meses, Tesla comporta alta de 26,29% e Vale de 25,81%.

 

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Shopee sai da Índia e deve concentrar operação no Brasil https://canalmynews.com.br/economia/shopee-sai-da-india-e-deve-concentrar-operacao-no-brasil/ Mon, 28 Mar 2022 22:33:56 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26972 Encerramento das atividades no mercado indiano abre oportunidades internacionais fora do Sudeste Asiático e Taiwan. Ao lado do México, centro comercial brasileiro é um dos mais relevantes para a Shopee.

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A Sea Group (antiga Garena), companhia dona da Shopee, comunicou formalmente que está fechando a principal operação de comércio eletrônico na Índia, ressaltando como justificativa a incerteza do mercado – as atividades serão encerradas na terça-feira (29). De acordo com levantamento realizado em dezembro do último ano, a plataforma de comércio eletrônico singapurense possui cerca de 300 funcionários e 20 mil vendedores locais no território indiano.

A hesitação sobre o mercado decorre da decisão de Nova Délhi de banir, em fevereiro, o Free Fire, jogo digital mobile de ação-aventura mais popular da Sea. Desde 2020, a Índia vem banindo centenas de aplicativos chineses, mas a expansão dessa política para a proprietária da Shopee ocasionou certo espanto entre a administração e os investidores.

Analistas apontam que a Índia foi um centro comercial relevante para a Sea, juntamente com México e Brasil. Com as portas indianas fechadas, compreende-se que os outros dois mercados podem se tornar ainda mais importantes para o crescimento da empresa.

Prédio comercial da Shopee no parque científico de Singapura.

Prédio comercial da Shopee no parque científico de Singapura. Foto: Karl Walter Schneider (Commons)

O banco suíço UBS pondera que, do ponto de vista da Shopee, a movimentação demonstra um maior foco na disciplina de capital, fator que estimula a aproximação de novas aplicações. Ainda de acordo com a instituição, a saída deve ser interpretada positivamente pelo mercado, uma vez que:

  • Reforça o posicionamento que indica uma abordagem mais calibrada para investimentos, especialmente em oportunidades internacionais fora do Sudeste Asiático e Taiwan (tendo o Brasil como prioridade);
  • Elimina o potencial de alta queima de caixa em um mercado de e-commerce competitivo (na Índia, há uma forte presença de gigantes globais e locais do segmento, como Amazon, Flipkart e JioMart).

MP do “camelódromo virtual”

Na contramão desse possível crescimento, a Receita Federal brasileira prepara uma Medida Provisória (MP) sobre o que agentes do órgão denominaram “camelódromo virtual”.

Durante um almoço organizado pela Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, organização de agentes políticos, governos, iniciativa privada e sociedade civil, que discute a competitividade brasileira no mercado internacional, o secretário especial da Receita Julio Cesar Vieira falou sobre a necessidade reagir à sonegação.

“A Receita Federal está trabalhando em uma Medida Provisória para combater o camelô virtual, o camelódromo virtual. Essa prática consiste na introdução de produtos no país sem o correspondente pagamento de tributos. Nessa MP, a gente procura trabalhar tanto o fluxo financeiro, quanto o que é declarado na mercadoria, que muitas vezes não corresponde. São produtos importados. O controle é feito exclusivamente no País e a gente tem dificuldade de olhar apenas para aquilo que é declarado”, declarou o secretário.

A pressão para a criação da MP é proveniente de uma parcela de empresários do setor varejista, tendo como um dos líderes Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan.

 

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A saída da Shopee do mercado indiano e sua expansão no Brasil foram pautas do MyNews Investe desta segunda-feira (28). Confira:

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Bolsonaro assina MP que altera regras do trabalho remoto https://canalmynews.com.br/economia/bolsonaro-assina-mp-que-altera-regras-do-trabalho-remoto/ Fri, 25 Mar 2022 23:09:57 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26930 Entre as novas regras do trabalho remoto estão a possibilidade de adoção do modelo híbrido, prioridade de vagas para portadores de deficiências ou com filhos de até 4 anos e contrato por jornada ou por produção.

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O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta sexta-feira (25) uma medida provisória que prevê alterações nas diretrizes do trabalho remoto – a MP será publicada na próxima edição do Diário Oficial da União e deve ser aprovada no Congresso.

De acordo com o Ministério do Trabalho, a MP assinada nesta sexta-feira prevê:

  • possibilidade de adoção do modelo híbrido;
  • presença do trabalhador em ambiente físico para tarefas específicas não descaracteriza o trabalho remoto;
  • trabalhadores com deficiência ou com filhos de até quatro anos possuem prioridade para as vagas em teletrabalho;
  • regime poderá ser contratado por jornada ou por produção / tarefa;
  • contrato por produção não se aplica a lei que trata da duração do trabalho (controle de jornada);
  • trabalhador terá liberdade para produzir na hora que desejar quando o controle da jornada não for essencial
  • controle remoto da jornada é feita pelo empregador;
  • viabilização do pagamento de horas-extras caso ultrapassada a jornada regular;
  • modalidade poderá ser aplicado a aprendizes e estagiários.

Bruno Dalcomo, secretário-executivo do Ministério do Trabalho, explica que a MP assegura ao teletrabalho a impossibilidade de redução salarial por acordo individual ou sindicato sem anuência. Além disso, não se alteram as regras previdenciárias, ou seja, quem optar pela modalidade remota continuará com as mesmas normas do INSS que valem para o presencial.

Jair Bolsonaro ao lado de Onyx Lorenzoni e Paulo Guedes durante cerimônia de assinatura da MP do teletrabalho.

Jair Bolsonaro ao lado de Onyx Lorenzoni e Paulo Guedes durante cerimônia de assinatura da MP do teletrabalho. Foto: Reprodução (TV Brasil)

Já no caso do auxílio-alimentação e refeição, o governo informou que está alterando as regras para garantir que os recursos sejam efetivamente utilizados para adquirir gêneros alimentícios – a pasta alegou que o benefício estava sendo utilizado para outras finalidades, como por exemplo o pagamento de TV a cabo, serviços de streaming e academias de ginástica.

Com as novas normas, passa a ser proibida a concessão de descontos na contratação de empresas fornecedoras de auxílio-alimentação, uma vez que, para cobrir os abatimentos, essas empresas aumentam as porcentagens cobradas aos restaurantes e mercados; esses estabelecimentos, por suas vezes, elevam os preços dos alimentos para também realizar o abono. Por fim, o trabalhador acaba pagando a mais, não fazendo valer, de fato, o benefício.

Calamidade

Bolsonaro também assinou uma MP com medidas para trabalhadores e famílias em regiões que decretam estado de calamidade, como, por exemplo, áreas afetadas por enchentes.

Essa medida visa favorecer as seguintes condições:

  • facilitação do teletrabalho;
  • antecipação de férias;
  • aproveitamento e antecipação de feriados;
  • saque adiantado de benefícios.

O ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, presente na cerimônia de assinatura da MP, comentou sobre a necessidade de regulamentar o home office, tendo em vista obsolescência das leis trabalhistas brasileiras.

Já Bolsonaro voltou a criticar as medidas de restrições que objetivaram o combate à pandemia, citando os impactos econômicos da ação: “As consequências do ‘fique em casa, a economia a gente vê depois’ estão aí. E só não são mais danosas graças à equipe do Paulo Guedes, que várias medidas foram tomadas. […] Gastamos em 2020 o equivalente a 15 anos de Bolsa Família. Alguns falam que o Paulo Guedes não tem coração”.

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BC eleva projeção da inflação para 7,1%. Crescimento do PIB é mantido em 1% https://canalmynews.com.br/economia/bc-eleva-projecao-da-inflacao-para-71-crescimento-do-pib-e-mantido-em-1/ Thu, 24 Mar 2022 22:29:10 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26906 Autoridade monetária divulgou os resultados do Relatório Trimestral da Inflação. Guerra entre Rússia e Ucrânia e alta das commodities são os principais fatores para a alta generalizada dos preços no país

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O Banco Central elevou de 4,7% para 7,1% a projeção de inflação para este ano – o cálculo tem como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Nesse cenário, em 2022, a meta inflacionária deve ser rompida pelo segundo ano consecutivo.

Definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o objetivo é manter a inflação na ordem dos 3,5%, sendo considerado formalmente cumprido caso oscile entre 2% e 5%. No entanto, a probabilidade de “estouro” da meta, de acordo com o BC, é de 88% a 97%.

No Relatório Trimestral da Inflação, divulgado nesta quinta-feira (24), o Bacen justificou que o cenário de alta “decorre dos preços de combustíveis, refletindo a recente elevação do preço de petróleo. Os reajustes dos preços de produtos farmacêuticos, que sofrem grande influência da inflação passada, também devem ter importante contribuição”.

Destaques do primeiro Relatório Trimestral da Inflação de 2022.

Destaques do primeiro Relatório Trimestral da Inflação de 2022. Foto: Reprodução (MyNews)

Segundo a autoridade monetária, os preços das commodities também interferem nessa conjuntura, uma vez que voltaram a subir com força neste ano devido à guerra entre Rússia e Ucrânia – o conflito deve gerar ainda uma “alta importante” no valor dos alimentos, acrescida pela continuidade dos efeitos do clima extremo.

Sobre o aumento contínuo do petróleo, os impactos no ciclo produtivo global devem ser sentidos com mais intensidade nos próximos meses, quando a alta será amplamente refletiva nos produtos.

“Espera-se que os preços de bens industrializados continuem apresentado alta relevante, apesar da redução das alíquotas de IPI, considerando a persistência das pressões sobre as cadeias de suprimentos e os preços de commodities, que foram inclusive agravadas pelo conflito”, afirma parte do relatório.

Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), a previsão de crescimento para esse ano ficou estável, sendo mantida em 1% de crescimento: acima da projeção de 0,5% do mercado financeiro, mas abaixo da estimativa oficial de 1,5% do governo.

O BC afirma que “com a melhora rápida da pandemia desde então [janeiro], espera-se que a queda seja revertida em fevereiro e março e que o nível de atividade no primeiro trimestre se situe acima do que era esperado [em dezembro de 2021]. O risco fiscal elevado e o processo de aperto monetário em curso continuam impactando as condições financeiras atuais e, consequentemente, a atividade econômica corrente e futura”.

 

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A análise completa do relatório você confere no MyNews Investe destra quinta-feira (24):

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Governo Federal abre edital para financiar projetos de Inteligência Artificial https://canalmynews.com.br/economia/governo-federal-abre-edital-para-financiar-projetos-de-inteligencia-artificial-em-empresas/ Wed, 23 Mar 2022 22:38:29 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26856 Seleção deve distribuir R$ 80 milhões em recursos de subvenção econômica, divididos em cinco áreas. Objetivo é promover parceria entre o setor empresarial e as demais instituições para desenvolvimento tecnológico

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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) lançou nesta quarta-feira (23) um edital para selecionar projetos com foco no uso de Inteligência Artificial em startups. Ao todo serão financiados R$ 80 milhões em recursos de subvenção econômica, ou seja, que não precisam ser devolvidos ao Governo Federal.

A verba, proveniente do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), será concedida por intermédio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP/MCTI), empresa pública vinculada ao ministério. O montante será distribuído igualmente (R$ 20 milhões para cada) em cinco áreas do edital: Agro, Saúde, Indústria, Cidades Inteligentes e Turismo.

Estão regularizadas a participar da seleção empresas brasileiras, de maneira individual ou em conjunto com outras companhias nacionais. O principal objetivo da ação é promover a parceria entre o setor empresarial e as demais instituições para desenvolvimento tecnológico em Inteligência Artificial.

Ministro Marcos Pontes fala durante lançamento do edital que financiará projetos empresariais focados na implementação de IA.

Ministro Marcos Pontes fala durante lançamento do edital que financiará projetos empresariais focados na implementação de IA. Foto: Divulgação (MCTI)

O prazo de execução da proposta deverá ser de até três anos, podendo ser prorrogado mediante justificativa aprovada pela pasta. As inscrições seguem até junho na plataforma oficial da financiadora.

O lançamento aconteceu na sede da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), interior de São Paulo, com a presença do ministro chefe do MCTI, Marcos Pontes; do presidente da FINEP/MCTI, Waldemar Barroso; do mandatário da Associação, Dorival Balbino; do presidente do Supera Parque, Sandro Scarpelini; e demais autoridades.

Marcos Pontes falou sobre a necessidade do projeto, tendo em vista que “o Brasil tem muitas empresas, startups, trabalhando em Inteligência Artificial. Nós temos no ministério uma série de incentivos a essas empresas, editais como este e encomendas para o desenvolvimento dessas tecnologias com segurança para a população e com a missão de criar conhecimento, gerar riquezas e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros”.

Mercado de IA

De acordo com uma pesquisa conduzida pela IDC, consultoria especializada em inteligência de mercado, a Inteligência Artificial poderá gerar investimentos de US$ 464 milhões para o Brasil somente no ano de 2022.

O estudo revelou que esse montante deve ser aplicado, principalmente, em contratação de softwares, aquisição de hardwares e admissão de serviços de suporte à IA. Outra importante finalidade compreende a fusões de empresas e aquisições comerciais dentro do setor.

Na perspectiva mundial, o investimento em tecnologias referentes à Inteligência Artificial apresenta crescimento contínuo desde 2013. O auge ocorreu durante os dois primeiros anos da pandemia (2020 e 2021), período em que a necessidade e implementação de sistemas digitais de intensificaram.

Esse avanço é concretizado pelos números: a soma dos investimentos privados em IA realizados globalmente em 2021 foi de US$ 93,5 bilhões, valor que corresponde a mais que o dobro das aplicações concretizadas em 2020 (US$ 43 bilhões).

Investimento global em IA desde 2013.

Investimento global em IA desde 2013. Foto: Reprodução (MyNews)

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Em queda, dólar é cotado em R$ 4,84, menor valor em quase dois anos https://canalmynews.com.br/economia/em-tendencia-de-queda-dolar-e-cotado-em-r-484-menor-valor-em-quase-dois-anos/ Wed, 23 Mar 2022 20:56:09 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26853 Dólar registrou recuo de 1,45% nesta quarta-feira (23). Aumento do fluxo estrangeiro no mercado doméstico e altas na taxa de juros e commodities são as principais razões para o fenômeno.

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Seguido a tendência de queda, o dólar abriu e fechou o pregão desta quarta-feira (23) em baixa. A moeda estadunidense anotou um recuo de 1,45%, sendo cotada a R$ 4,84, menor valor desde abril de 2020.

A principal razão para esse cenário continua sendo a entrada de fluxo estrangeiro no mercado brasileiro, tendo em vista o aumento no valor das commodities, as ações domésticas mais baratas e o aumento da taxa básica de juros.

A dimensão desse fluxo é tradicionalmente divulgada às quartas-feiras. No entanto, devido ao movimento de reivindicação de reajuste salarial e reestruturação de carreira feito pelos funcionários do Banco Central, esse número deve ser divulgado somente na sexta-feira (25).

Outro fator que contribuiu para a queda do dólar foi o anúncio do presidente russo Vladimir Putin sobre sua pretensão de não aceitar as moedas norte-americana e europeia como forma de pagamento para o gás produzido em território russo.

Dólar fecha em R$ 4,84 nesta terça-feira, 23.

Dólar fecha em R$ 4,84 nesta terça-feira, 23. Foto: Reprodução

Dólar e aumento na Selic

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, durante participação em um seminário sobre regras fiscais organizado pelo TCU e pela Fiesp, afirmou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medidor oficial da inflação no Brasil, atingirá seu pico no acumulado de 12 meses em abril, e disse ainda que espera um aumento generalizado dos preços mais forte do que o inicialmente previsto.

Apesar da conjuntura adversa, Campos Neto ressaltou que o país tem se diferenciado de outros Banco Centrais ao realizar um aperto monetário mais agressivo.

 

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Governo federal zera imposto de importação do etanol https://canalmynews.com.br/economia/governo-federal-zera-imposto-de-importacao-do-etanol/ Tue, 22 Mar 2022 22:09:39 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26833 Medida deve permanecer até o final do ano. Além do etanol, outros seis produtos que compõem a cesta básica terão corte na alíquota de importação.

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A Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão associado ao Ministério da Economia, anunciou a retirada integral do imposto de importação do etanol até o dia 31 de dezembro deste ano. A medida entrará em vigor assim que for publicada no Diário Oficial da União (DOU) da quarta-feira (23).

Apesar da resolução compreender o etanol puro, a gasolina também pode ficar mais barata nas bombas de combustível, uma vez que, por lei, deve haver uma porcentagem de álcool na composição do produto.

Marcelo Guaranys, secretário-executivo da pasta econômica, afirma que a retirada da alíquota e o consequente barateamento dos combustíveis “é uma análise estática”, já que os preços “eventualmente podem continuar subindo”.

“Na prática, essa medida estaria diminuindo ou arrefecendo a dinâmica de crescimento numa magnitude da ordem de R$ 0,20”, explica Guaranys. De acordo com o governo, atualmente o imposto sobre o etanol é de 18% (cobrado somente nas transições com países que não integram o Mercosul).

Preço médio do etanol nas bombas desde janeiro de 2019 até janeiro de 2022.

Preço médio do etanol nas bombas desde janeiro de 2019 até janeiro de 2022. Foto: Reprodução (MyNews)

Combate à inflação

Atrelado ao ciclo de alta da taxa básica de juros, o Governo Federal vem inserindo algumas medidas para tentar arrefecer a escalada do preço dos combustíveis. O aumento nos valores vem se agravando desde que a Rússia invadiu o território ucraniano no final de fevereiro e as sanções internacionais sobre os produtos russos começaram.

Após o embargo ao petróleo produzido e exportado pela Rússia, o barril tipo brent, referência para o comércio global da commodity, anotou uma série de altas significativas – a média móvel dos últimos cinco dias é de US$ 115/barril. Consequentemente, mundo a fora, os produtos derivados da fonte energética, como a gasolina e o diesel, também dispararam.

Dessa maneira, os motoristas tendem a, cada vez mais, abastecerem seus veículos com o etanol puro. Repezza explica que “o preço dos combustíveis apresentou alta muito acelerada nas últimas semanas, em função do conflito no Leste Europeu. O objetivo dessa redução do imposto é permitir que um preço mais baixo no etanol, diluído ao combustível, ao petróleo, possa apresentar preço ainda mais baixo para população”.

Além da redução completa da alíquota de compra do etanol, a Camex anunciou o abatimento do imposto de importação sobre seis itens que compõem a cesta básica (selecionados por maior representação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC). São eles: açúcar cristal, café, macarrão, margarina e óleo de soja.

O governo optou ainda por cortar, a partir do dia 1º de abril, 10% da alíquota de importação sobre eletroeletrônicos, máquinas e equipamentos.

De acordo com a Economia, os cortes dos impostos devem gerar uma renúncia fiscal de aproximadamente R$ 1 bilhão em 2022.

 

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Redução do imposto de importação do etanol, mercado do petróleo, inflação e investimentos foram pauta do MyNews Investe desta terça-feira (22):

 

 

 

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Rússia bloqueia Facebook e Instagram por ‘extremismo’ https://canalmynews.com.br/internacional/russia-bloqueia-facebook-e-instagram-por-extremismo/ Mon, 21 Mar 2022 22:27:24 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26812 Após determinação do governo, Facebook e Instagram ficaram indisponíveis. A decisão se baseia na possibilidade de realizar publicações nas plataformas contra a Rússia e suas Forças Armadas.

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Sob o pretexto de “extremismo” acerca de uma repressão reforçada desde o início do conflito no Leste Europeu, as redes sociais estadunidenses Facebook e Instagram foram proibidas na Rússia nesta segunda-feira (21) – a determinação, caracterizada como exigência “imediata”, partiu da do Tribunal Distrital de Tverskoy, em Moscou, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral, órgão que teve auxílio dos Serviços de Segurança russos (FSB).

Após a imposição, as plataformas da companhia Meta ficaram indisponíveis em todo território russo. Há alguns dias, os habitantes já necessitavam de redes privadas (Virtual Private Network ou VPN) para conseguirem acessar as aplicações, tendo em vista que o Facebook havia sido bloqueado no dia 4 de março e o Instagram no dia 14.

A decisão é compreendida como uma resposta do governo de Vladimir Putin à moderação de discursos de ódio, uma vez que, até que a Meta realizasse uma checagem mais incisiva, usuários das redes podiam fazer publicações defendendo atos de violência contra a Rússia e suas Forças Armadas.

Facebook e Instagram são bloqueados na Rússia.

Facebook e Instagram são bloqueados na Rússia. Foto: Solen Feyissa (Flickr)

Igor Kovalevski, porta-voz do FSB, declarou em uma audiência pública que “as atividades da Meta, empresa matriz do Facebook e do Instagram, se dirigem contra a Rússia e suas Forças Armadas. Exigimos sua proibição e a obrigação de aplicar esta medida imediatamente”.

A Procuradoria-Geral considera que a Meta justifica “ações terroristas” e deseja incitar o “ódio e a animosidade” contra os russos.

Com esse banimento, o país administrado por Putin não possui acesso a três das principais redes sociais (Twitter, Instagram e Facebook) e a diversos sites de mídias internacionais ou russas críticas ao governo.

O Kremlin reforçou amplamente o controle sobre informações veiculadas na internet desde o dia 24 de fevereiro, quando a invasão teve início. Na sexta-feira (18), a agência reguladora russa Roskomnadzor acusou o Google e o YouTube de praticarem atividades “terroristas” e de ameaçarem “a vida e a saúde dos cidadãos russos”, firmando, assim, o primeiro passo para um possível bloqueio.

Como primeira reação, as ações da Meta recuaram nos mercados internacionais. Na Bolsa brasileira (B3), os papéis finalizaram o pregão com uma queda de 3,19%, sendo negociados a R$37,36 (recuo de R$ 1,23).

 

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No MyNews Investe desta segunda-feira, o bloqueio das redes sociais foi pauta:

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Aumento de casos de Covid-19 na China paralisam produção https://canalmynews.com.br/economia/aumento-de-casos-de-covid-na-china-paralisam-parte-do-ciclo-produtivo/ Fri, 18 Mar 2022 23:04:47 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26762 Cidades importantes para a economia chinesa como Xangai e Shenzhen já impuseram medidas restritivas para conter aumento de casos. Analista diz que impactos imediatos nos mercados globais é 'improvável'.

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China está enfrentando novas restrições em decorrência do aumento de casos de covid no país – na terça-feira (15), a Comissão Nacional de Saúde confirmou mais de 5 mil testes positivos, frente a cerca de 1.300 no dia anterior. Desde então, a situação tem influenciado nas expectativas e no desempenho dos mercados globais.

No cenário doméstico, movimentações para conter a disseminação, como escolas fechadas, a volta para o home office e paralisação de pontos comerciais, voltaram a ser cenas corriqueiras em grandes cidades.

Entre as áreas afetadas pelas medidas restritivas estão alguns dos principais centros econômicos do país, como Shenzhen e Xangai. Empresas multinacionais como uma representante da Apple paralisaram suas operações à medida que o governo chinês expandiu as áreas em confinamento – ao sul, na província de Jilin, por exemplo, os habitantes foram obrigados a permanecer em quarentena.

Fila para testagem em Xangai.

Fila para testagem em Xangai. Foto: Reprodução (Redes)

Em Shenzhen, conhecida como a Vale do Silício chinesa, o governo impôs um lockdown de cinco dias aos mais de 12,5 milhões de habitantes, e todos os serviços de ônibus e metrô foram encerrados. Yantian, que tem um dos maiores portos do mundo, por onde transitam 10,5% dos contêineres usados no comércio exterior chinês, também está sob ordens restritivas.

Liu He, vice primeiro-ministro chinês, em pronunciamento à imprensa local, afirmou que o país introduzirá “cautelosamente” medidas capazes de assistir a economia nacional: “Todas as políticas que tenham impacto significativo sobre os mercados de capital devem ser coordenadas com departamentos de gestão financeira para manter a estabilidade e consistência das expectativas”, alertou.

Impactos na economia

Nesta sexta-feira (18), visando priorizar a economia, as restrições foram parcialmente suspensas nas regiões de maior importância financeira, sobretudo em Shenzen – no último domingo (13), a cidade, que abriga milhares de fábricas do setor tecnológico, havia decretado confinamento total.

O presidente Xi Jinping ordenou na quinta-feira (17) a manutenção da política denominada “Zero Covid”, a fim de frear a propagação dos contágios. No entanto, foi incisivo ao destacar também a necessidade de “minimizar o impacto da epidemia no desenvolvimento econômico e social”. A sinalização do mandatário de que a China injetará dinheiro na economia para enfrentar essa nova onda fez com que os mercados respirarem um pouco mais aliviados.

Analistas do mercado, entretanto, descartam a possibilidade dessas medidas impactarem de maneira abrupta o ciclo produtivo chinês e mundial. Rodrigo Barros, analista e cofundador da Âmago Capital, afirma que consequências diretas configuram “um cenário improvável”.

“No entanto, caso o ciclo de produção chinês seja comprometido, o ciclo do mundo inteiro também será, uma vez que a manufatura chinesa corresponde a 28% de tudo que é produzido no mundo. Então, achar que é possível impactar a indústria chinesa e não contaminar o restante do planeta é totalmente fora de cogitação”, complementou Barros.

O gestor pontua ainda fatores políticos que podem influenciar no combate: “É importante ressaltar que a China não é uma democracia, fator que fornece algumas ferramentas para o controle da covid que as democracias não têm, por exemplo: até recentemente, se uma pessoa testasse positivo no país ela era compulsoriamente internada em um hospital, algo que não é aceitável no Brasil, nos EUA ou na Europa; a política de testes também é bem rigorosa. […] Com todos esses artifícios, será fácil conter essa onda. Até porque, caso eles falhem, haverá um impacto muito forte na economia nacional, na economia mundial via inflação, como também seria uma derrota política para o Xi Jinping”.

 

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No MyNews Investe desta sexta-feira, o atual cenário chinês e seus possíveis desdobramentos econômicos foram pautas do programa:

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FED aumenta juros para combater inflação mais alta dos últimos 40 anos https://canalmynews.com.br/economia/fed-aumenta-juros-para-combater-inflacao-mais-alta-dos-ultimos-40-anos/ Thu, 17 Mar 2022 23:39:46 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26689 Autoridade monetária aumenta juros em 0,25 ponto percentual. Economia norte-americana está fortalecida e opera em patamares pré-pandemia.

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O Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos, decidiu elevar os juros nacionais em 0,25 ponto percentual, para um intervalo entre 0,25% e 0,50% ao ano, finalizando a política monetária de enfrentamento à desaceleração econômica ocasionada pela pandemia.

A autoridade compreende, agora, as incertezas ocasionadas pelo conflito no Leste Europeu, fator de “pressão ascendente adicional sobre a inflação”, e se volta à necessidade de apertar o acesso ao crédito, visando o combate à alta generalizada dos preços (a mais alta dos últimos 40 anos).

O Fed projetou que, até o final do ano, a taxa básica deva se estabelecer no intervalo entre 1,75% e 2,00%, encarecendo os custos de empréstimos no país.

Histórico da oscilação dos juros nos EUA com indicadores de recessão.

Histórico da oscilação dos juros nos EUA com indicadores de recessão. Foto: Reprodução (MyNews)

O mercado financeiro reagiu positivamente à alta, avaliando que o Comitê Monetário mantém a cautela de evitar movimentações inesperados durante o processo de retirada dos estímulos financeiros (empregados a fim de reduzir os impactos causados pela crise sanitária).

Apesar da pressão, os EUA mostraram ter confiança em sua economia domésticas, apesar da conjuntura de incertezas. Jerome Powell, presidente do Banco Central norte-americano, afirmou não ver um risco elevado do país entrará em recessão “com a previsão de aumento da taxa de juros apresentada”. “A economia norte-americana é forte o suficiente para suportar esse aperto”, complementou.

Segundo o dirigente, três fenômenos aferidos na economia ianque garantem esse parecer: mercado de trabalho sólido; nível de poupança elevado; e um Banco Central com balanço forte.

Quanto à guerra entre Rússia e Ucrânia, Powell explicou que “deve haver algum efeito disso no PIB [Produto Interno Bruto] e também na inflação, que já está muito alta nos Estados Unidos, mas nada capaz de frear nosso plano de aumentar a taxa de juros neste ano”.

Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA.

Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA. Foto: AgnosticPreachersKid (Commons)

Luciano Costa, economista-chefe da Kilima Asset, explica que o Banco Central estadunidense acertou em mexer nos juros, tendo em vista que a esfera econômica doméstica está bem-organizada: “O Fed está inserido em cenário muito claro de uma economia que já atingiu o pleno emprego – a taxa de desemprego está abaixo dos 4%. Todos os indicadores sinalizam o quão aquecido está o mercado de trabalho, os próprios salários estão subindo em um ritmo de 5% a 6% ao ano, que vão virar os aumentos de custo. […] Fica muito claro que o Fed não precisa mais estimular a economia, que já retornou a patamares pré-pandemia”.

Quanto à possibilidade de os juros norte-americanos tirarem a liquidez do mercado de ações brasileiro e elevar as taxas de câmbio, Leo Kalim, Co-fundador e CFO da plataforma de gestão de investimentos Gorila, elucida que “quando olhamos para fluxos de moedas, o diferencial de juros é um fator muito importante. Hoje em dia o Brasil está tão descolado, com um spread de juros tão importante, que essas altas que vão acontecer nos EUA não vão ser muito relevantes para que esse diferencial de juros seja muito comprimido – ainda mais quando o Fed deixa tudo muito bem-sinalizado. Assim, acredito que essa movimentação não tende a ser uma detratora muito grande para o fluxo de investimento no Brasil”.

 

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A alta dos juros nos EUA e os impactos nos mercados financeiros foi pauta do programa MyNews Investe desta quinta-feira (17):

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Taxa Selic sobe para 11,75% ao ano, maior patamar desde 2017 https://canalmynews.com.br/economia/taxa-selic-sobe-para-1175-ao-ano-maior-patamar-desde-2017/ Wed, 16 Mar 2022 23:27:00 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26648 BC aumenta taxa Selic, a taxa básica de juros pela 9ª vez consecutiva. Altas são tentativas de frear a inflação

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Em meio ao conflito no Leste Europeu e à disparada nos preços do petróleo, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu nesta quarta-feira (16), por unanimidade, aumentar a taxa Selic da economia em um ponto percentual, elevando de 10,75% para 11,75% ao ano (maior patamar desde abril de 2017).

A elevação já era esperada pelo mercado financeiro, que, em partes, projetava até mesmo um aumento maior. Esse é o nono registro consecutivo de elevação na taxa Selic e representa um ano do atual ciclo de subida dos juros, uma vez que o processo teve início em março do ano passado – em agosto de 2020 aferia-se a mínima histórica da taxa (2,00%), mantida até o início de 2021.

Para a próxima reunião (daqui a 45 dias), o comitê prevê um novo reajuste de um p.p. Como a alta e a sinalização estão de acordo com as previsões, analistas mantêm as estimativas de que a taxa básica encerre 2022 em 12,75% ao ano, maior nível em quase cinco anos.

Variação da taxa Selic desde 2017, em %.

Variação da taxa Selic desde 2017, em %. Foto: Reprodução (MyNews)

O Copom justificou o acréscimo com base em fatores externos e internos:

Na esfera internacional, houve uma deterioração “substancial” com a guerra entre Rússia e Ucrânia, levando a “um aperto significativo das condições financeiras e aumento da incerteza em torno do cenário econômico mundial”.

Já no âmbito doméstico, a inflação “seguiu surpreendendo negativamente. Essa surpresa ocorreu tanto nos componentes mais voláteis como nos itens associados à inflação subjacente”.

Em nota oficial, o Banco Central afirmou que “diante da volatilidade recente e do impacto sobre as projeções de inflação de sua hipótese usual para o preço do petróleo em dólar, o Comitê decidiu adotar também, neste momento, um cenário alternativo. Nesse cenário, considerado de maior probabilidade, adota-se a premissa na qual o preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura de mercado até o fim de 2022, terminando o ano em US$100/barril e passando a aumentar dois por cento ao ano a partir de janeiro de 2023. Nesse cenário, as projeções de inflação do Copom situam-se em 6,3% para 2022 e 3,1% para 2023.”

Mercado de ações

Na atual conjuntura, os ativos de renda fixa são os mais beneficiados, em especial os indexados à taxa básica e ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o índice oficial de inflação.

Uma opção de investimento interessante concentra-se, então, na gama de fundos DI (Fundos de Renda Fixa Referenciados DI), que têm como objetivo acompanhar a taxa CDI (Certificado de Depósito Interbancário), instrumento empregado para realizar empréstimos de curto prazo entre bancos.

Outra classe de ativos que deve apresentar bom desempenho com o aumento dos juros compreende os Certificados de Depósito Bancário (CDB) pós-fixados, que possuem rentabilidade atrelada à taxa de juros ou ao IPCA. Nessa modalidade, o investidor empresta dinheiro para determinado banco que, por sua vez, utiliza os recursos para conceder empréstimos aos seus clientes. Como recompensa, o aplicador recebe parte dos juros cobrados do tomador do crédito.

Por fim, há os títulos públicos. Essa opção possibilita investir nos papéis disponíveis para compra Tesouro Direto, principalmente os vinculados à Selic e à inflação (Tesouro Selic e Tesouro IPCA+, respectivamente).

 

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No MyNews Investe desta quarta-feira, a alta da Selic e as opção de investimentos no atual cenário foram pauta do programa:

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Conflito impulsiona vulnerabilidade alimentar e escassez energética https://canalmynews.com.br/economia/conflito-impulsiona-vulnerabilidade-alimentar-e-temor-por-escassez-energetica/ Wed, 16 Mar 2022 01:26:33 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26581 Tendo a interdependência econômica como arma de batalha, guerra no Leste Europeu afeta países dependentes de insumos alimentícios e fontes de energia provenientes da Rússia e Ucrânia.

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O encarecimento do petróleo e de insumos, reforçando a inflação ao redor do mundo, já são consequências econômicas do conflito provocado pela invasão russa ao território ucraniano. No entanto, o impacto dessa guerra ameaça de forma mais direta dois grupos de países: os africanos e os europeus, tendo em vista, respectivamente, a vulnerabilidade alimentar e a dependência de fontes de energia provenientes da Rússia.

Há uma outra nuance macro presente na movimentação militar, caracterizada por uma singularidade: pela primeira vez, a interdependência econômica está sendo empregada como arma de combate. A Rússia joga forte com esse cenário, apostando na necessidade existente sobre sua oferta de gás e petróleo para a Europa, nos investimentos que bilionários russos fazem em alguns dos principais centros financeiros mundiais e na relação comercial com os chineses.

Dados financeiros explanam a tática: por exemplo, a Rússia, em oposição a sua extensão territorial, representa apenas 8% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, 3% do PIB global (Ucrânia responde por apenas 0,14%) e não apresenta diversificação de mercado, sendo muito subordinada ao segmento de gás natural e commodities. Dessa maneira, o impacto direto sobre a economia mundial e a cadeia internacional de produção é restrito, mas potente sobre os setores de energia e alimentos.

Usina de carvão e rede de energia russas em terras convertidas para cultivo de grãos.

Usina de carvão e rede de energia russas em terras convertidas para cultivo de grãos. Foto: Peretz Partensky (Flickr)

Crise alimentícia

Russos e ucranianos possuem parcelas relevantes em dois mercados que servem de base, basicamente, para diversas atividades essenciais. A Rússia é o principal exportador e segundo maior produtor mundial de gás natural, além de ser o segundo maior exportador e terceiro maior produtor de petróleo no mundo, com 12% da oferta global. Já a Ucrânia responde por 12% das exportações internacionais de trigo e 15% das de milho – insumos relevantes para a indústria de alimentos e para o sistema de criação de aves e porcos.

Juntas, Rússia e Ucrânia detêm 30% de todo o comércio mundial de trigo, 17% da oferta de milho, 32% do mercado da cevada e 50% do segmento de óleo, sementes e farelo de girassol.

Assim, a ameaça de escassez e, principalmente, de fome preocupa países que dependem dos envolvidos no conflito para alimentar a própria população, tendo em vista que algumas das nações que mais compram insumos alimentícios da Ucrânia e da Rússia não têm e não terão poder financeiro para acompanhar o encarecimento generalizado dos produtos.

Ao analisar a lista das cinco economias mais impactadas pela guerra no quesito exportação de trigo é possível ter noção da crise humanitária que esse cenário pode ocasionar (fonte: ONU):

  1. Líbano: De US$ 148,49 milhões importados, 80% vêm da Ucrânia e 15% da Rússia.
  2. Palestina: De US$ 11 milhões importados, 51% vêm de Israel (que compra da Ucrânia e da Rússia) e 33% diretamente da Rússia
  3. Egito: De US$ 3 bilhões importados, metade vem da Rússia e 26% da Ucrânia.
  4. Etiópia: De US$ 458,4 milhões importados, 30% vêm da Ucrânia e 14% da Rússia.
  5. Iêmen: De US$ 549,9 milhões importados, 26% vêm da Rússia e 15% da Ucrânia.

Dependência energética

Quando a pauta é dependência de fontes energéticas, os países europeus que importam gás natural são, sem dúvidas, os primeiros a sentirem o choque.

Primeiramente, é preciso compreender que algumas dessas nações que são dependentes da importação de gás russo investiram amplamente em infraestrutura, a fim de receber e comportar a commodity – outra parte relevante dos parques industriais dessas economias depende diretamente dessa fonte de energia. Dessa maneira, a redução ou mesmo o encarecimento do produto já vão atingir o PIB desses países.

Gasodutos ao sul da Rússia

Gasodutos ao sul da Rússia. Foto: Reprodução (Redes)

Estados como Macedônia do Norte, Bósnia Herzegovina e Moldávia possuem um consumo de gás natural 100% dependente da Rússia – Letônia e Finlândia mais de 90%; na Alemanha, por exemplo, o consumo interno do gás russo é de 49%.

Vendo a participação do gás proveniente da Rússia na matriz energética de cada país fica compreensível o temor europeu frente às sanções impostas à economia russa (fonte: Eurostat):

  1. Itália: 38,6%
  2. Holanda: 36,7%
  3. Alemanha: 24,4%
  4. Letônia: 22,3%
  5. Polônia: 15,3%
  6. França: 14,8%
  7. Polônia: 15,3%
  8. Bulgária: 12,9%
  9. Finlândia: 6%

Quanto ao petróleo, incluindo cru e derivados, a Rússia fornece 30% das importações da Alemanha, 35% das compras da Estônia, 40% das transações húngaras e 60% das importações polonesas, chegando a 75% das compras da Eslováquia e 85% das importações da Lituânia.

Momento decisivo

Após 20 dias de conflito no Leste Europeu, Rússia e Ucrânia ainda divergem sobre a possibilidade efetiva de encerrar a guerra. Oleksy Arestovich, assessor do chefe de gabinete do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, estimou que o embate se encerre em maio, enquanto o governo russo prefere não fazer quaisquer previsões.

De acordo a agência de notícias Reuters, em um vídeo veiculado por diversos meios de comunicação ucranianos, Arestovich afirmou que a conjuntura necessária para o fim dependeria de quantos recursos os russos estão dispostos a empreender na movimentação militar.

“Estamos em uma bifurcação na estrada agora: ou haverá um acordo de paz muito rapidamente, dentro de uma ou duas semanas, com retirada de tropas e tudo, ou haverá uma tentativa de juntar alguns, digamos, sírios para uma segunda rodada e, quando os triturarmos também, um acordo em meados de abril ou final de abril”, declarou o assessor.

Entre os ucranianos há também a hipótese de que a Rússia pode enviar novos recrutas do serviço militar apenas após um mês de treinamento, e que, mesmo após um acordo de paz, pequenos confrontos podem acontecer ao longo do ano.

Explosão em prédio ucraniano ocasionado por um tanque de guerra russo.

Explosão em prédio ucraniano ocasionado por um tanque de guerra russo. Foto: Manhhai (Flickr)

Em contrapartida, o governo russo ressalta que as negociações são um trabalho difícil e que ainda é muito cedo para fazer projeções. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, elucidou esse posicionamento em uma coletiva nesta terça-feira (15): “O trabalho é difícil e, na situação atual, o próprio fato de que eles estão continuando [a negociar] é provavelmente positivo. Não queremos fazer previsões. Aguardamos resultados”.

Ainda nesta terça, o presidente da Ucrânia sinalizou que seu país deve realmente ficar de fora da Otan, uma vez que o momento não possibilita dar continuidade ao acordo de admissão – é importante frisar que a renuncia à Organização é uma das condições centrais de Moscou para encerrar os ataques

Em pronunciamento, Zelensky disse que “a Ucrânia não é um membro da Otan. Entendemos isso. Durante anos, escutamos que as portas estavam abertas, mas também escutamos que não podíamos nos unir. Esta é a verdade e temos de reconhecê-la”.

 

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Os programas MyNews Investe de segunda-feira (14) e terça-feira (15) são complementares e explicam os impactos e consequências macroeconômicos do conflito no Leste Europeu. Confira:

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Os reajustes e a política de preços da Petrobras https://canalmynews.com.br/economia/os-reajustes-e-a-politica-de-precos-da-petrobras/ Thu, 10 Mar 2022 23:07:10 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26406 Após operar com preços abaixo da flutuação mundial do petróleo, estatal apresenta novos reajustes. Analista vê política de preços sensata.

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Política de Preços: A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (10) novos reajustes nos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha (GLP). O aumento é direcionado para as distribuidoras e entrará em vigor nesta sexta-feira (11). O repasse para o consumidor final, afetando diretamente os preços nos postos e do botijão de gás, dependerá dos revendedores.

Reajustes anunciados pela Petrobras.

Reajustes anunciados pela Petrobras. Foto: Reprodução (MyNews)

O mercado agora estima que o preço médio nacional da gasolina nas bombas passe de R$ 6,57 o litro para R$ 7,02. Para o diesel, a expectativa é que o litro chegue a R$ 6,48.

A estatal justificou a alteração afirmando que os reajustes são necessários para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, “sem riscos de desabastecimento”. Em nota oficial, a petrolífera explicou que os novos valores “refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia. Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade”.

Política de preços

Nos últimos dias, devido ao conflito no Leste Europeu, o barril de petróleo Brent, referência para o comércio mundial da commodity, ultrapassou a marca de US$ 130 (R$ 656, na cotação de hoje). Quando a Petrobras anunciou o último aumento, em 11 de janeiro, o valor do barril era cotado em US$ 83 (R$ 419).

Apesar da volatilidade, a estatal vinha segurando os valores (cerca de 30%) abaixo do preço de paridade de importação (PPI), uma defasagem não vista há cerca de 10 anos. Havia uma expectativa entre os analistas sobre quanto tempo o caixa da companhia aguentaria pressionando os preços abaixo da flutuação internacional; a resposta foi dada nesta quinta.

Para Rafael Chacur, sócio da SFA Investimentos, a política de preços praticada pela Petrobras segue um padrão internacional, dependendo do abastecimento global. “A Petrobras é uma empresa de commodities. Apesar de ela ser autossuficiente na produção de petróleo bruto, ela não é autossuficiente na produção de combustíveis; há uma necessidade de importação de 15% a 20% do consumo de combustível doméstico”, explica.

Chacur concorda com o posicionamento da petrolífera, uma vez que “a companhia vem fazendo de forma correta essa política, não passando de imediato essa volatilidade para os mercados, com períodos de reajustes longos”. E complementa: “Acredito que a solução que estão buscando hoje está vindo de fora da Petro, uma vez que os agentes entenderam que não é correto mexer na empresa, mas sim em políticas de governo”.

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No MyNews Investe desta quinta-feira, a pauta foi o reajuste anunciado pela Petrobras, seus desdobramentos macroeconômicos e os impactos no mercado doméstico e de ações. Confira:

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Operando em queda, dólar rompe a barreira dos R$ 5,00 https://canalmynews.com.br/economia/operando-em-queda-dolar-rompe-a-barreira-dos-r-500/ Wed, 09 Mar 2022 23:08:16 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26326 Cenário macroeconômico deve fazer com que Banco Central norte-americano suba os juros acima das expectativas. Valorização das commodities impulsiona mercado brasileiro.

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A conflito no Leste Europeu já traz desdobramentos concretos à economia global. O maior deles diz respeito à principal matriz energética: nesta terça-feira (8), o barril do petróleo Brent, referência para o comércio mundial da commodity, chegou a romper os US$ 130, indo às máximas desde 2008.

As consequências, no entanto, não param por aí: a guerra entre Rússia e Ucrânia deve provocar uma inesperada revisão nos planos do Federal Reserve (Fed, o BC dos Estados Unidos) para os juros e desvalorizar ainda mais o dólar ante o real.

Diversos bancos e casas de análise já falam que o Fed, além de subir os juros norte-americanos na próxima reunião, em março, como já era esperado, irá impor cinco ou mais altas ao longo de 2022. E quanto ao câmbio, há projeções em que a moeda estadunidense, à vista, poderá cair ainda mais, atingido o patamar de R$ 4,80.

Variação do dólar em 2022.

Variação do dólar em 2022. Foto: Reprodução (MyNews)

Nesta quarta-feira (9), por um breve momento no pregão, os investidores brasileiros presenciaram um fato que não era visto desde julho de 2021: o dólar furou a bolha dos R$ 5,00 e atingiu a mínima do dia, registrando R$ 4,98 por volta das 11h – por fim, a variação foi de -0,84%, com a moeda cotada em R$ 5,01.

A operação em queda aconteceu em um dia marcado pela recuperação nos mercados externos após o tombo de terça, dia em que os EUA e o Reino Unido confirmaram a proibição da importação de petróleo e derivados provenientes da Rússia.

Mercado doméstico

De fevereiro para cá, o cenário não sofreu grandes alterações. A entrada de fluxo estrangeiros no mercado brasileiro e o panorama macroeconômico permanecem praticamente os mesmos, ainda favorecendo a queda do dólar.

A escalada do conflito, entretanto, beneficiou moedas de países exportadores de petróleo, metais, milho e trigo – entre outras commodities –, uma vez que os temores de interrupção das ofertas desses itens capitais impulsionaram os preços a máximas em vários anos.

Assim, apesar das oscilações provocadas pela guerra, desde dezembro do ano passado há um movimento de valorização da moeda brasileira, caracterizado por:

  • Ações baratas na Bolsa;
  • Real desvalorizado em relação ao dólar;
  • Taxa de juros alta (que vem atraindo investidores estrangeiros ao mercado financeiro doméstico).

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Começa o prazo para declaração do Imposto de Renda 2022 https://canalmynews.com.br/economia/com-mudancas-comeca-o-prazo-para-declaracao-do-imposto-de-renda-2022/ Mon, 07 Mar 2022 22:30:59 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=25511 Período para entrega é menor nesse ano. Expansão da funcionalidade de pré-preenchimento e pagamento de imposto e restituição via Pix são novidades no sistema.

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Iniciado nesta segunda-feira (7), o prazo para declarar o Imposto de Renda 2022 vai até 29 de abril. De acordo com a Receita Federal, estima-se que cerca de 34,1 milhões de declarações serão recebidas durante o período.

Ao longo do dia, o site da Receita necessário para baixar o programa de declaração do IR apresentou diversas instabilidades. No entanto, segundo informe do órgão federal, as incorreções já foram resolvidas.

A metodologia segue conforme o padrão já conhecido pelo contribuinte, contando agora com duas novidades: a possibilidade de pagar imposto e receber a restituição via Pix e a expansão da funcionalidade de pré-preenchimento, liberada em todas as plataformas disponíveis (até ano passado essa particularidade só ocorria no portal e-Cac).

Quanto ao cronograma, vale ressaltar que o prazo para acertar as contas com leão ficou mais curto, sendo menor do que dois meses – nos últimos dois anos, o tempo havia sido estendido devido à pandemia. Assim, quem não fizer a declaração dentro do período receberá a multa mínima de R$ 165,74, que pode variar de 1% a 20% do imposto devido por cada mês de atraso.

Restituição do Imposto de Renda 2022

A restituição será efetuada em cinco lotes, entre maio e setembro de 2022. No primeiro lote vão receber as pessoas que têm prioridade legal: contribuintes idosos acima de 60 anos; contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave; e pessoas cuja maior fonte de renda seja o magistério.

Na sequência, as restituições são pagas de acordo com a data de envio da declaração, ou seja, quanto mais cedo entregar, mais rapidamente o contribuinte irá receber.

Cronograma de restituição do IR 2022.

Cronograma de restituição do IR 2022. Foto: Reprodução (MyNews)

Já a tabela que determina quem deve declarar o IR segue a mesma, sem correção desde 2015:

Salário Alíquota do IRPF Parcela dedutível
Até R$1.903,98 Isento 0
De R$1.903,99 até R$2.826,65 7,5% 142,8
De R$2.826,66 até R$3.751,05 15% 354,8
De R$3.751,06 até R$4.664,68 22,5% 636,13
Acima de R$ 4.664,68 27,5% 869,36

Quem deve declarar?

Os cidadãos (pessoas físicas), residentes no Brasil, que no ano anterior ao da entrega da declaração se enquadraram em uma das situações a seguir, são obrigados a enviar a declaração à Receita Federal – aqueles que não encaminharem o assertos das tributações ao órgão até o fim do prazo legal, além da multa, ficam com o CPF travado em situação “pendente de regularização”.

Deve declarar quem:

  • Recebeu rendimentos tributáveis acima do limite (R$ 28.559,70);
  • Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima do limite (R$ 40.000,00);
  • Obteve receita bruta anual decorrente de atividade rural em valor acima do limite (R$ 142.798,50);
  • Pretenda compensar prejuízos da atividade rural deste ou de anos anteriores com as receitas deste ou de anos futuros;
  • Teve a posse ou a propriedade, em 31 de dezembro do ano-calendário, de bens ou direitos, inclusive terra nua, acima do limite (R$ 300.000,00);
  • Obteve ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto;
  • Optou pela isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro, no prazo de 180 dias;
  • Realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;
  • Passou à condição de residente no Brasil, em qualquer mês, e nessa condição se encontrava em 31 de dezembro do ano-calendário.

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No programa MyNews Investe desta segunda-feira, a advogada especializada em Direito Tributário Beatriz Finochio explicou os procedimentos legais referentes à declaração (documentação e inclusão do Auxílio Emergencial, por exemplo) e deu dicas para os contribuintes não caírem na chamada ‘malha fina’. Confira:

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PIB cresce 4,6% em 2021 e Brasil sai da recessão técnica https://canalmynews.com.br/economia/pib-cresce-46-em-2021-e-brasil-sai-da-recessao-tecnica/ Fri, 04 Mar 2022 21:59:21 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=25440 Após fortes perdas devido a pandemia em 2020, economia nacional melhora e avança no final do ano passado. Mesmo com o resultado positivo, o país ainda apresenta dificuldades na retomada de determinados setores.

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O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 4,6% em 2021, fazendo com que o país saísse da recessão técnica (caracterizada por dois trimestres seguidos de retração) no 4º trimestre, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (4) – em valores correntes, o PIB atingiu a ordem dos R$ 8,7 trilhões no ano passado, maior taxa desde 2010, quando houve expansão de 7,5%.

Positivo, o resultado está em confluência com as projeções do mercado, que previa uma melhora considerável do índice após o tombo histórico de 3,9% em 2020 ocasionado pela crise sanitária. Em nota, o IBGE ressalta que “esse avanço recuperou as perdas de 2020, quando a economia brasileira encolheu 3,9% devido à pandemia”.

Retomada comercial reaquece economia brasileira.

Retomada comercial reaquece economia brasileira. Foto: Reprodução (Prefeitura de Campinas)

Já o PIB per capita alcançou R$ 40.688,1 em 2021, registrando um avanço real de 3,9% frente ao ano anterior. No entanto, apesar da melhora, o padrão pré-pandemia ainda não foi retomado.

A evolução econômica foi puxada, em especial, pela recuperação do setor de serviços, tendo em vista o avanço nacional da vacinação e a flexibilização das medidas restritivas que visam conter disseminação do coronavírus.

Recessão técnica é quando a economia de um país encolhe por seis meses seguidos. Quer dizer, quando o PIB é negativo em dois trimestres, consecutivos.

Fatores para o fim da recessão técnica

O crescimento foi puxado pelas altas nos serviços (4,7%) e na indústria (4,5%), que somados representam 90% do PIB nacional – ressalta-se que a agropecuária foi a única atividade que apresentou queda, justificada por problemas climáticos e o embargo chinês à carne bovina brasileira.

Quanto à demanda, o consumo das famílias escalou 3,6% enquanto o do governo subiu 2%. Já os investimentos avançaram fortes 17,2%, carregados pelos segmentos de máquinas e equipamentos e construção.

A balança de bens e serviços anotou alta de 12,4% nas importações e de 5,8% nas exportações. Como o país comprou mais do que vendeu, houve um déficit comercial nesse segmento. O setor externo por sua vez também impactou negativamente o resultado (-1%).

Em suma, os destaques do PIB em 2021 foram:

  • Investimentos: 17,2%
  • Importação: 12,4%
  • Construção civil: 9,7%
  • Exportação: 5,8%
  • Comércio: 5,5%
  • Serviços: 4,7%
  • Indústria: 4,5%
  • Consumo das famílias: 3,6%
  • Consumo do governo: 2%
  • Agropecuária: -0,2%

Recuperação incompleta

Mesmo com o crescimento do PIB em 2021, a tão aclamada retomada econômica ainda se mostra incompleta no Brasil, uma vez que apenas determinadas partes dos segmentos retornaram ao patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020).

De acordo com o IBGE, o patamar de consumo das famílias no final de 2021 ainda ficou 1,3% abaixo do padrão pré-pandemia e o consumo do governo, 0,7% abaixo, por exemplo. As atividades de serviços com caráter mais presencial (dependentes da circulação de pessoas) e segmentos da indústria afetados pela desarticulação das cadeias produtivas e pela falta de insumos durante a pandemia também são casos concretos dessa objeção.

Além disso, o Brasil perdeu uma posição no ranking das maiores economias do mundo, caindo do 12º para o 13º lugar, conforme mostra levantamento publicado pela agência de classificação de risco Austin Rating. A instituição informou a desvalorização do real frente ao dólar pesou para que o país perdesse essa posição, mesmo com o crescimento da economia no ano passado.

Maiores economias do mundo (comparação entre 2020 e 2021)

Posição 2020 2021
Estados Unidos Estados Unidos
China China
Japão Japão
Alemanha Alemanha
Índia Reino Unido
França Índia
Reino Unido França
Itália Itália
Canadá Canadá
10º Coreia Coreia
11º Rússia Rússia
12º Brasil Austrália
13º Espanha Brasil
14º Austrália Espanha
15º México México

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Apesar da crise petrolífera, Petrobras não deve aumentar preços https://canalmynews.com.br/economia/crise-petrolifera-petrobras-nao-deve-aumentar-preco-dos-combustiveis/ Fri, 04 Mar 2022 00:53:47 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=25387 Analistas do mercado compreendem que mesmo com a delicada conjuntura mundial, estatal brasileira acompanha volatilidade internacional e deve optar por evitar perturbações no ambiente político doméstico.

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Crise petrolífera: Após os Estados Unidos imporem restrições às exportações de tecnologia no setor de refino de petróleo russo, o mercado da commodity vivenciou um dia agitado. Na manhã desta quinta-feira (3), o barril tipo Brent (referência para o comércio mundial) renovou sua máxima em mais de uma década, chegando a ser negociado por US$ 119,84 – ao longo do dia, no entanto, o movimento perdeu força, cedeu 2,18%, e passou a ser comercializado a US$ 110,46.

Em meio às incertezas, aversão à riscos e uma crescente aderência à denominada “velha economia”, o banco de investimentos UBS BB divulgou um relatório compreendendo a atual conjuntura petrolífera, com destaque para a companhia brasileira Petrobras.

Plataforma petrolífera da Petrobras

Plataforma petrolífera da Petrobras. Foto: Reprodução (Agência Brasil)

A instituição financeira elencou pontos de atenção para os investidores da estatal, ressaltando o mercado doméstico e a famigerada política de preços da empresa. Para o banco, o investidor deve se atentar a quatro principais pontos:

  • Ajuste de preços: novos reajustes não devem ocorrer de imediato, tendo em vista o ambiente político e a volatilidade dos preços internacionais;
  • Risco de escassez: por ora limitado, uma vez que, em parte, os volumes exportados geralmente são definidos com 30 a 45 dias de antecedência e estão a caminho de março;
  • Paridade: na paridade abaixo dos 20% negativos, espera-se que os players privados aguardem a estratégia da Petrobras antes de tomar decisões (se a estatal importará para abastecer o mercado ou se serão os distribuidores que importarão);
  • Preços domésticos: é preciso manter temporariamente os preços domésticos abaixo da paridade de importação (flutuação internacional), pois seria menos negativo do que uma possível queda de um aumento.

Quanto aos combustíveis, então, o UBS não espera aumentos no mercado nacional, uma vez que novas altas podem desencadear reações negativas do governo e da população, agravando ainda mais a atual conjuntura de incertezas. Além disso, a instituição estima que a gasolina já esteja cerca de 25% abaixo da paridade de importação e o diesel 20%.

Impactos do conflito no Leste Europeu

A forte participação da Rússia no mercado global de energia tem sido pauta para analistas econômicos, que tentam explicar os impactos diretos e indiretos das sanções impostas sobre a nação comandada por Vladimir Putin.

Para Hector Trabucco, CEO LATAM da Dover Fueling Solutions, o cenário agora é de total atenção, para que haja a compreensão acerca das próximas movimentações russas: “Estamos vivendo um momento complexo, com situações que não ocorriam em muitas décadas, e o mundo está em cautela, observando como isso vai evoluir. A questão da guerra na Ucrânia tem um impacto muito grande na energia como um todo, não só nos combustíveis, tendo em vista que a Rússia é um player relevante, detentora de 10% da produção de petróleo”, explica Trabucco.

Quanto à possibilidade de escassez da principal commodity energética, o gestor esclarece que há um o acordo generalizado entre as nações exportadoras e importadoras, que diz respeito ao abastecimento populacional e às necessidades primordiais da cadeia de produção.

Trabucco comenta que “esses contratos globais de fornecimento de petróleo têm um grau de cobertura de várias semanas, e os compromissos têm tido uma tendência histórica de serem cumpridos, mesmo em cenários de bastante dificuldade. A situação agora é nova, o mercado ainda procura compreender os impactos da evolução desse conflito, mas a expectativa é que esses compromissos de fornecimento sejam cumpridos… Particularmente, eu não vejo riscos quanto à falta de produtos; essa volatilidade será mais sentida no preço, na inflação, do que no fornecimento”.

Quanto a alta no preço dos combustíveis, o CEO coloca em contraponto lucro e necessidade, exemplificando a política de defasagem empregada atualmente pela Petrobras: “A última vez que a Petrobras operou com uma defasagem tão grande foi no período de 2011 a 2013, em que a diferença também estava na faixa dos 20% – essa foi uma época em que a Petrobras teve prejuízos financeiros muito grandes. Agora, a companhia está agindo com muita cautela, até porque ninguém sabe quanto tempo essa situação pode demorar… Caso seja resolvida rapidamente, a flutuação pode ser absorvida pelas empresas de uma maneira relativamente tranquila. Mas caso a situação demore para ser resolvida e o preço do petróleo se mantenha no médio/longo prazo, a Petrobras terá grandes dificuldades para manter essa política de absorção do gap”.

No fim, entende-se que a perspectiva econômica ainda busca compreender o grande objetivo dos russos, tentando ao máximo precificar as ações do conflito. No entanto, em confluência com governantes e civis, o mercado ainda vê a guerra no Leste Europeu com cautela e cercada de interrogações.

 

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A entrevista completa com Hector Trabucco e mais impactos macroeconômicos e na carteira de investimentos, você confere no MyNews Investe desta quinta-feira:

 

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Sanções à Rússia podem impulsionar movimentações com criptomoedas https://canalmynews.com.br/economia/sancoes-internacionais-a-russia-podem-impulsionar-movimentacoes-com-criptomoedas/ Sat, 26 Feb 2022 18:51:52 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=24794 Para escapar dos embargos comerciais, russos podem optar por realizar transações com ativos digitais, que operam fora da jurisdição das instituições financeiras tradicionais.

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Desde que a invasão russa à Ucrânia foi efetivada, governos de todo o mundo – ao menos as principais potências econômicas, com exceção da China – se posicionaram contrários à movimentação coordenada pelo presidente Vladimir Putin. Como medida de retaliação imediata, uma série de sanções internacionais foram impostas sobre a Rússia, organizadas principalmente pelos Estados Unidos.

Na quinta-feira (24), o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, defendeu a exclusão da Rússia do Swift, sociedade que representa o sistema bancário global, utilizada por mais de 11 mil instituições financeiras para enviar ordens de pagamentos. Em seu perfil no Twitter, Kuleba afirmou que não seria diplomático quanto a essa questão, tendo em vista que “todos os que agora duvidam se a Rússia deve ser banida da SWIFT precisam entender que o sangue de homens, mulheres e crianças ucranianos inocentes também estará em suas mãos”.

Ao passo que a interdição russa ao sistema bancário vinha à tona no xadrez geopolítico, analistas do mercado financeiro passaram a questionar a necessidade da punição monetária, uma vez que a Rússia é um dos principais agentes, em escala global, do segmento de criptomoedas.

Moedas digitais como o Bitcoin se tornaram realidade no mundo globalizado que vivemos.

Moedas digitais como o Bitcoin se tornaram realidade no mundo globalizado. Foto: Reprodução (Pixabay)

As sanções provenientes dos EUA e da UE são estritamente dependentes das instituições financeiras tradicionais para que possam ser cumpridas – se uma companhia ou pessoa física, por exemplo, desejar realizar uma transação denominada em moedas tradicionais, como dólares ou euros, é responsabilidade do banco sinalizar e bloquear essas transferências. No entanto, como as moedas digitais operam fora do domínio do Swift e de bancos padrões, com transações registradas em um livro público conhecido como blockchain, as operações estão amplamente liberadas.

O Tesouro dos EUA já está bem inteirado desse impasse. Em um relatório publicado de outubro, as autoridades estadunidenses alertaram que os criptoativos “reduzem potencialmente a eficácia das sanções americanas” ao permitir que maus atores mantenham e transfiram fundos fora do sistema financeiro tradicional. “Estamos atentos ao risco de que, se não forem controlados, esses ativos digitais e sistemas de pagamentos possam prejudicar a eficácia de nossas sanções”, declarou parte do documento.

Em contrapartida, é preciso ressaltar que driblar as sanções internacionais utilizando moedas digitais é um empreendimento extremamente dificultoso. É difícil adquirir bens e produtos com criptomoedas, especialmente itens maiores, com grandes volumes. A título de exemplo: um exportador de alimentos no Mato Grosso aceitará criptomoedas que operam diariamente sob forte volatilidade ou optará pelo dólar estadunidense, considerado a moeda de reserva mundial?

Recurso de reserva

Guilherme Assis, co-founder e CEO da plataforma de gestão de investimentos Gorila, explica que a Rússia é, de fato, um player importante no segmento cripto, mas que isso não significa que a economia russa irá operar com base nesses ativos.

“A gente viu, depois da invasão, o Bitcoin caindo, as criptomoedas sofrendo, mas já tendo melhoras ao longo do dia… Podemos sim ver algum impacto, uma vez que a Rússia é um player relevante, mas tudo vai depender de como o conflito irá evoluir. Não acredito que a guerra irá derrubar o Bitcoin ou torná-lo um grande refúgio de curto prazo para o mundo; a tese toda de cripto vai seguir com um pouco mais de volatilidade do que vimos na quinta [dia da invasão]”, elucidou Assis.

A distância do comércio mais popular (afastado dos meios estritamente online) e a alta volatilidade são apenas alguns dos pontos que pesam na balança geopolítica da Rússia. Para Assis as criptomoedas não são um safe heaven, “como o ouro e os títulos do tesouro norte-americano”. “Logo depois da invasão, o ouro amanheceu subindo muito e as criptos, na contramão, caindo muito; e conforme os mercados foram se acalmando, o ouro foi voltando ao padrão. Então, não é uma corrida… Para o setor de criptos não há o denominado ‘flight to quality’. Na hora do aperto, os investidores vão para dólar e para ‘treasure’”, complementou.

Sob perspectivas de consolidação, o momento, no entanto, não deixa de ser crítico para os ativos digitais. O economista do TC Matrix Fabrício Silveira explica que muitos analistas e agentes do mercado projetam as criptos (sobretudo o Bitcoin) como um recurso de reserva: “Há uma expectativa sobre o Bitcoin de que ele seja uma reserva de valor. Mas, sobretudo pelo comportamento da cotação, as criptomoedas mostram uma volatilidade elevada… Esse momento vai ser um verdadeiro teste para provar o desempenho desse mercado. Dependendo de como esse conflito avançar – caso seja mais longo – precisaremos ficar atentos a como essas criptos vão se comportar, para justamente ver se elas vão servir como um substituto ao ouro, por exemplo”.

 

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No MyNews Investe você encontra dicas de onde investir na atual conjuntura global e informações sobre macroeconomia:

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Invasão russa à Ucrânia provoca queda nos mercados globais https://canalmynews.com.br/economia/invasao-russa-a-ucrania-provoca-queda-nos-mercados-globais/ Thu, 24 Feb 2022 16:14:49 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=24595 Bolsas mundo afora operaram em baixa na manhã desta quinta (24), refletindo as apreensões frente ao conflito no Leste Europeu. Produção e fornecimento de gás natural e petróleo também foram afetadas.

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Horas após o início da invasão russa ao território ucraniano na madrugada desta quinta-feira (24), os mercados globais já refletem a apreensão proveniente do conflito armado. Quedas expressivas nas Bolsas de Valores, alta generalizada do dólar e escassez de produtos capitais como petróleo e grãos são alguns dos efeitos primários.

Como esperado, os mercados globais amanheceram em baixa nesta quinta. Nos Estados Unidos, o índice Nasdaq Composite já cai mais de 20% em relação a seu pico recorde de fechamento de novembro passado – pela manhã o indicador econômico registrava baixa de 104,7 pontos, indo a 12.932,80. O Dow Jones, na abertura, recuou 0,91%, ficando em 32.830,33 pontos, caindo mais de 10% ante pico de fechamento recorde de 4 de janeiro. Já o S&P 500 abriu em baixa de 1,65%, a 4.155,77 pontos.

Bolsas globais operam em queda após ataque russo à Ucrânia.

Resultado entre meio-dia e uma hora (pm) – Bolsas globais operam em queda após ataque russo à Ucrânia. Foto: Reprodução

Na Europa o cenário segue a tendência baixista: na Alemanha, Frankfurt perdeu mais de 5%, seguida por Milão e Paris (-4%) e Madrid e Londres, com perda de mais de 3%. O mercado de ações de Moscou caiu mais de 25%, e a moeda russa, o rublo, atingiu seu mínimo histórico em relação à moeda estadunidense (89,98 por dólar), antes da intervenção do Banco Central russo.

A movimentação russa também mexeu com os ânimos do mercado brasileiro, que amarga queda de cerca de 2% – meio-dia, o Ibovespa marcava 109.943 pontos, com perda de mais de 2.000.

Gás e Petróleo

Na Europa, a guerra também influencia diretamente o preço do gás natural. O produto com entrega marcada para março, no início desta manhã de quinta-feira, chegou a 113 euros por MWh, o que representa um aumento de 29,14% em relação à cotação do dia anterior. Desde o dia 7 de janeiro o preço não passava de 100 euros, mas a cotação chegou a 180 euros no fim do ano passado com o aumento da demanda chinesa e seguiu com o início da tensão na Ucrânia.

Isso acontece porque a Rússia é a principal fornecedora de gás natural para a Europa e, segundo a gigante francesa do setor, TotalEnergias, não existe alternativa para importação. “Se o gás russo não chegar à Europa, temos um problema real com os preços do gás na Europa”, disse o presidente do grupo, Patrick Pouyannée, em Paris. Ele participou nesta quinta do fórum da Federação Nacional de Obras Públicas (FNTP) e ressaltou que o gás russo representa 40% do mercado europeu.

Os preços do petróleo, que já vinham de altas mediante a escalada de tensões no Leste Europeu, também dispararam. O brent, referência comercial para o mundo, subiu acima de US$ 105 o barril pela primeira vez desde 2014.

A Rússia é o terceiro maior produtor da commodity energética e o segundo maior exportador. Devido aos baixos estoques e à diminuição da capacidade ociosa, o mercado de petróleo não pode arcar com grandes interrupções no fornecimento.

Giovanni Staunovo, analista do UBS, afirma que “as preocupações com a oferta também podem estimular a atividade de estocagem de petróleo, o que sustenta os preços.”

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Melhor dos dois mundos: COE mescla renda fixa e renda variável https://canalmynews.com.br/economia/melhor-dos-dois-mundos-coe-mescla-renda-fixa-e-renda-variavel/ Wed, 23 Feb 2022 22:22:08 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=24440 Certificado de Operações Estruturadas permite que investidor acesse diferentes mercados e tipos de investimentos, aproveitando a alta da Selic e as variações da Bolsa

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O COE, Certificado de Operações Estruturadas, permite que o investidor acesse diferentes mercados e tipos de investimentos. Esse produto é conhecido, principalmente, por mesclar a renda fixa e a renda variável. Desse modo, essa aplicação se torna uma opção interessante para diversificar a carteira.

Os Certificados são uma opção bastante conhecida nos Estados Unidos. No entanto, no Brasil, a alternativa ainda passa despercebida por muitos investidores, uma vez que este produto passou a ser oferecido somente em 2016.

Tecnicamente, a principal característica do COE está  dualidade de modalidades. O Certificado de Operações Estruturadas pode ser de:

  • Valor Nominal Protegido: garantia da quantia principal investida. Essa modalidade tem maior indicação para quem não quer arriscar o capital – o investidor tem garantia de receber, pelo menos, 100% do valor principal que investiu.
  • Valor Nominal em Risco: possibilidade de perda até o limite do capital investido. Ou seja, é possível perder toda a quantia investida, mas sem ficar com o saldo negativo.


O que é, de fato, o COE?

O COE, de modo geral, tem semelhança com o CDB (o famoso Certificado de Depósito Bancário). Isso porque quando alguém compra um COE está emprestando esse dinheiro para alguma instituição financeira.

Esse produto distribui uma parte considerável do capital em operações de renda fixa, como CDB, LCA ou LCI. Já o restante é aplicado em derivativos, como ações, índices, taxas de juros, commodities e moedas — em especial o dólar. Devido a exposição às modalidades de renda fixa e variável, há a possibilidade de diversificar a carteira e controlar os riscos.

Simulação de aplicação em COE

Simulação de aplicação em COE. Foto: Reprodução (MyNews)

Simulação de investimento em COE:

Aplicação: R$100mil.

Modalidade: Valor Nominal Protegido.

Banco emissor aplica R$ 70 mil em Operação prefixada.

Com os R$30 mil compra, por exemplo, uma operação estruturada com viés de alta em um ativo.

Vencimento: Cliente receberá R$100 mil + rendimento da operação.


Luciano Diaferia, Superintendente de Produtos Global Markets & Treasury do Itaú BBA explica que “o interessante do COE é que ele permite que nós de dentro do banco, responsáveis por estruturar a aplicação, façamos essa combinação da renda fixa com os derivativos, apresentando para o investidor o que chamamos de ‘pacote único’, simplificando muito a vida do aplicador. O fato de você ter um instrumento único é o primeiro benefício; a segunda vantagem é que ele é um instrumento bastante flexível, dando para o investidor acesso a diferentes mercados. Duas palavras importantes que definem o COI são flexibilidade e acessibilidade”.

Quanto à estruturação, ela deve ser baseada na conjuntura econômica em que o investidor está inserido. No começo da disposição, existe a possibilidade de compreender os cenários de ganho e perda máxima. “Nessa condição que a gente vê aqui no Brasil, de capital protegido, o COI é uma ferramenta no qual a sua perda máxima está limitada, uma vez que você sabe qual é o seu pior cenário – o que, para alguns perfis de investidores, se torna uma opção bastante interessante, já que permite a procura por um produto que te dê uma maior rentabilidade, mas com um tipo de segurança a mais”, complementa Diaferia

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A entrevista completa você acompanha no MyNews Investe desta quarta-feira (23):

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Mercado de carros elétricos tem forte crescimento e atrai investidores https://canalmynews.com.br/tecnologia/mercado-de-carros-eletricos-tem-forte-crescimento-e-atrai-investidores/ Tue, 22 Feb 2022 22:17:21 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=24304 Apesar das crises econômica e de semicondutores, segmento teve o melhor desempenho na história em 2021. No Brasil, startups de energia sustentável são a grande aposta para o longo prazo

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O mercado de carros elétricos não para de crescer mundo afora. Prova concreta disso está nos números de 2021: o ano passado foi o período de melhor desempenho desse segmento na história. De acordo com um levantamento realizado pela Agência Internacional de Energia (IEA na sigla em inglês), a participação dos automóveis zero emissão em 2021 foi de 8,57%, mais que o dobro registrado em 2020 (4,11%).

Nem mesmo a queda produtiva anotada no início da pandemia e a consequente crise dos semicondutores – que afeta não apenas a indústria automotiva, mas também outros setores – foram capazes de impedir o abrupto acréscimo dos carros elétricos no mercado. Na Europa, por exemplo, eles já superam os modelos a diesel.

Em seu último relatório, a IEA ratificou essa disposição e afirmou que “em 2020, o mercado geral de carros contraiu, mas as vendas de carros elétricos contrariaram a tendência, subindo para 3 milhões e representando 4,1% das vendas totais de carros. Em 2021, as vendas de carros mais que dobraram e foram para 6,6 milhões, representando cerca de 9% do mercado global de carros e mais do que triplicando sua participação de mercado em relação a dois anos antes”.

A agência estima que podem existir cerca de 16 milhões de carros elétricos em atividade no mundo. Desse total, 16% estão concentrados na Europa, seguida pela China (14%). Os Estados Unidos, por sua vez, ainda estão atrás nessa disputa, dispondo de apenas 4,5% dos exemplares em uso. A expectativa é de que esses veículos dividam o mercado com modelos a combustão e híbridos até 2030.

Distribuição e participação do mercado de carros elétricos.

Distribuição e participação do mercado de carros elétricos. Foto: Reprodução (MyNews)

Quando olhamos restritamente para o mercado brasileiro, os números também são animadores, apesar de menores: em 2021, os carros elétricos bateram recorde de vendas por aqui. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o ano passado foi o melhor desse segmento, ao registrar 2.860 emplacamentos – ao todo, entre elétricos e híbridos, o Brasil teve 34.990 emplacamentos, número expressivo para o setor.

Já em 2022, os veículos totalmente elétricos registraram vendas de 368 unidades (em janeiro) e os híbridos 2.190, ante emplacamentos de 140 e 1.181 unidades no mesmo mês em 2021.

Vendas de carros elétricos no Brasil por ano.

Vendas de carros elétricos no Brasil por ano. Foto: Reprodução (MyNews)

E como todo setor em constante crescimento, o de mobilidade elétrica vem atraindo cada vez mais a atenção de investidores e empresas especializadas. Companhias como Raízen e Vibra Energia realizaram aportes em startups com foco em energia sustentável, as denominadas Energy Techs.

No caso da Raízen, junto com a Plataforma Capital, em janeiro foi feito um investimento de R$ 10 milhões na Tupinambá Energia, startup criada em 2019 especializada no desenvolvimento de soluções de recarga elétrica veicular no Brasil.

Davi Bertoncello, sócio-diretor da Tupinambá Energia e diretor da Associação Brasileira do Veículo Elétrico, explicou sobre a funcionalidade desse mercado, que é composto por uma série de vertentes empresariais. “Por trás de cada carro elétrico existe um mercado gigantesco, seja o de energia ou seja o que a Tupinambá promove – a agenda da mobilidade a partir da ideia de infraestrutura de recarga. É o dilema do ovo e da galinha: que vem primeiro, os carros elétricos ou a infraestrutura de recarga veicular? Nós sabemos que é um conjunto de fatores, mas, efetivamente, sabemos também que há a necessidade de uma malha mínima viável para que o consumidor tenha a convicção de que ele já pode fazer essa mudança [para o veículo elétrico]”, falou.

 

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A entrevista completa sobre o mercado de energia sustentável e o setor de carros elétricos você confere no MyNews Investe desta terça-feira (22):

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Startups de tecnologia em saúde surpreendem o mercado https://canalmynews.com.br/economia/startups-de-tecnologia-em-saude-surpreendem-o-mercado/ Mon, 21 Feb 2022 23:33:35 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=24159 Após a pandemia, investidores compreenderam quais são os gargalos do setor de saúde e passaram a aplicar em empresas do segmento sanitário

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É natural que, com a pandemia e o aumento dos cuidados sanitários por parte da população, o setor de saúde atraísse mais capital de investidores no mundo inteiro. No Brasil não foi diferente: as oportunidades de crescimento por aqui são ainda maiores e fizeram com que os números de startups de tecnologia em saúde (as healthtechs)  em 2021 surpreendessem o mercado.

De acordo com um levantamento realizado pela plataforma Sling Hub, que mapeia dados de startups na América Latina, no ano passado o segmento captou mais de US$ 350 milhões em investimentos, valor correspondente a um aumento de 330% em relação 2020.

Em terras brasileiras, o número de empresas nesse setor mais que dobrou, saltando de 542 no ano retrasado para 1,158 em 2021. Além disso, o total captado por rodada de investimentos também cresceu no mesmo período, indo de US$ 1,6 milhão para US$ 8,3 milhões (acréscimo de 423%).

Healthtechs unem tecnologia e saúde em prol do consumidor.

Healthtechs unem tecnologia e saúde em prol do consumidor. Foto: Reprodução (PixaBay)

As startups de tecnologia em saúde funcionam de maneira parecida às Fintechs, empresas que desenvolvem produtos financeiros totalmente digitais, nas quais o uso da tecnologia é o principal diferencial em relação às empresas tradicionais do setor. No caso das Healthtechs, e tratando-se de Brasil, há um plus: no país, grande parte da população (160 mil pessoas) não possui acesso à plano de saúde, o que torna este mercado bastante promissor por aqui.

O diferencial do setor encontra-se justamente nessa deficiência, uma vez que utiliza a tecnologia e cruzamento de dados para identificar, da maneira mais precisa possível, as necessidades de atendimento de saúde dos clientes, oferecendo planos e produtos com uma menor oferta de serviços e, consequentemente, mais baratos.

Essa oportunidade pode ser percebida no balanço da empresa Suprevida, healthtech que conecta pacientes de todo o Brasil a fornecedores de produtos, serviços e informações de saúde: a companhia fechou 2021 crescendo mais do que o dobro e o GMV (valor transacionado) foi 175% maior em 2021 do que o registrado em 2020. Para arrematar o crescimento, a startup recebeu de investidores um aporte de R$ 4 milhões para acelerar o negócio e passou a configurar no ranking das 10 startups que são apostas para 2022, conduzido pela plataforma de inovação Distrito.

Rodrigo Correia, CEO da Suprevida, explica que o segmento se sustenta na falta de eficácia existente no mercado da saúde, composto por uma série de vertentes, as quais, individualmente, protegem seus próprios produtos e dividendos.

“O ‘health’ vem na frente do ‘tech’, por isso estamos sempre olhando quais são as ineficiências do segmento. Na saúde você tem uma cadeia produtiva complexa, com conflitos de interesses – entre hospitais, clínicas de diagnósticos, médicos, fornecedoras de produtos, drogarias etc. –, que funciona de maneira desordenada, uma vez que, infelizmente, não é centrada no paciente. Isso geral desperdício e ineficiência em várias etapas desse fornecimento. E é justamente esse desperdício e ineficiência nos elos dessa cadeia que geram oportunidades”, pontua Correia.

Quando ao mercado, o gestor esclarece que “desde 2019, há um processo de aproximação dos investidores. Quando começamos, há três anos, ainda havia muito a questão de uma demanda de crescimento rápido, derivado das fintechs, e o investidor olhava o setor da saúde – no qual muitos aplicadores não possuem conhecimento e vivência – e viu um crescimento não tão acelerado, uma vez que a troca e a regulamentação são mais complexas… É um setor mais de camelos do que de unicórnios. No entanto, esgotaram-se as oportunidades grandes em outros setores e começaram a perceber que há imensas oportunidades da saúde; […] e a pandemia fez com que todo o mundo discutisse mais o setor, entendesse mais os gargalos. São os mesmos investidores da fintechs, que perceberam a importância de ter em suas carteiras investimentos em healthtechs”.

 

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A entrevista completa você confere no MyNews Investe desta segunda-feira (21):

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Aumento no fluxo estrangeiro mantém bolsa brasileira em alta https://canalmynews.com.br/economia/aumento-no-fluxo-estrangeiro-mantem-bolsa-brasileira-em-alta/ Fri, 18 Feb 2022 00:30:11 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=24119 No início de 2022, aportes internacionais cravam a segunda melhor marca mensal da categoria nos últimos 10 anos. Movimentação impulsionou Ibovespa e ocasionou queda do dólar

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Em janeiro, o mercado financeiro brasileiro se surpreendeu positivamente: os investidores estrangeiros gastaram R$ 32,5 bilhões em compras de ações na nossa Bolsa, a B3, ocasionando o maior saldo mensal de capital externo dos últimos 12 meses. Tamanho fluxo impulsionou o Ibovespa a fechar o período no azul, anotando uma alta de 6,9%.

Neste ano, o superávit dos aportes internacionais feitos por investidores estrangeiros já ultrapassa a casa dos R$ 47,3 bilhões, segundo dados fornecidos pela B3. O resultado é 74% maior do que o volume acumulado de janeiro e fevereiro do ano passado, e representa a segunda melhor marca mensal da categoria nos últimos 10 anos. Além disso, o grupo completou 4 meses consecutivos de saldos positivos.

Fluxo estrangeiro mensal na B3.

Fluxo estrangeiro mensal na B3. Foto: Reprodução (MyNews)

Pode-se afirmar, então, que o fluxo estrangeiro tem sido o principal impulsionador dos ativos brasileiros em 2022, contribuindo até mesmo para um movimento expressivo de queda no dólar.

Esse movimento é explicado pelo fenômeno de alta na procura, por parte do investidor estrangeiro, por ações de “valor” (como é o caso das commodities e instituições financeiras), ao passo em que há uma desvalorização dos papéis de “crescimento” nos Estados Unidos (exemplificado pelas companhias de tecnologia), devido à iminente alteração na política taxa básica de juros estadunidense.

Frederico Padilha, economista e CPO da plataforma de gestão de investimento Gorila, explica que a conjuntura favoreceu o mercado doméstico do brasil, uma vez que, enquanto bancos centrais em todo o mundo ajustam suas taxas de juros para enfrentar uma inflação global gerada pela desorganização das cadeias de suprimentos durante a pandemia, investidores trocam ativos em suas carteiras numa tentativa de amenizar prejuízos e lucrar com oportunidades.

“Os investidores, procurando balancear a carteira para o ano, enxergaram nos países emergentes oportunidades em ativos fora do dólar, e o Brasil, com os juros subindo e o ‘Cap & Trade’ voltando, estava bem atrativo”, elucidou Padilha.

Contudo, o Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) já sinalizou que irá mexer na política monetária, fazendo com que os títulos prefixados do país se tornem mais lucrativos. “Caso haja um surto inflacionário muito alto, que obrigue o Federal Reserve a “agir de forma muito mais enérgica, aí certamente todos os mercados emergentes – e o Brasil é um deles – vão acabar sofrendo bastante”, complementou o economista.

 

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A entrevista completa com Frederico Padilha você assiste no MyNews Investe desta quinta-feira (17):

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O lado econômico da viagem de Bolsonaro à Rússia https://canalmynews.com.br/economia/o-lado-economico-da-viagem-de-bolsonaro-a-russia/ Wed, 16 Feb 2022 23:14:41 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=24081 Após reunião, presidentes do Brasil e da Rússia fazem menções à relação comercial entre as duas nações. Especialista explica como a importação de fertilizantes russos é fundamental para a economia brasileira.

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Os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e da Rússia, Vladimir Putin, fizeram discursos com foco na economia após realizarem uma reunião de cerca de duas horas em Moscou nesta quarta-feira (16). Não houve abertura para perguntas da imprensa e nenhum dos mandatários citaram a crise na fronteira ucraniana.

Putin começou seu discurso agradecendo a visita brasileira, aproveitando a oportunidade, inclusive, para enviar condolências em referência à tragédia provocada pelas chuvas na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro.

No discorrer da fala, o russo afirmou que “Brasil e Rússia têm amizade e entendimento, além de laços humanitários e econômicos, e cooperamos nas áreas internacionais nos maiores fóruns, como a ONU e o BRICS. Manifestamos a vontade de aprofundar a ligação econômica dos dois países, […] pois o Brasil é o maior parceiro da Rússia na América do Sul e Caribe”.

O presidente russo ressaltou, ainda, a reativação da comissão empresarial Rússia-Brasil, abordando os investimentos, correntes e futuros, das empresas russas no país em diversas áreas, sobretudo nos setores tecnológicos, aeroespacial e de energia nuclear. Putin enfatizou que busca mais cooperação com o Brasil no âmbito do agrupamento denominado BRICS (composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que desempenha um papel importante na economia mundial.

bolsonaro na rússia

Presidente da República Jair Bolsonaro (PL) durante declaração à Imprensa.
Foto: Alan Santos (PR)

Já Bolsonaro agradeceu a Putin pelo convite e reiterou a pauta de costume e valores: “Conversamos por quase duas horas, uma agenda bastante profícua e de amplo interesse para os nossos países. Compartilhamos valores comuns, como a crença em Deus e a defesa da família tradicional. Também somos solidários com quem quer se empenhar pela paz”.

Assim como o russo, o chefe do Executivo brasileiro ressaltou a colaboração intensa nos principais foros internacionais. No entanto, Bolsonaro aproveitou a ocasião para dar uma alfinetada nos Estados Unidos e nos países da União Europeia.

Após agradecer o convite, Bolsonaro disse ser grato pelo apoio russo à soberania nacional do Brasil, enquanto, por outro lado, “alguns países quiseram transformar a Amazônia em patrimônio mundial da humanidade”.

Os presidentes da República do Brasil, Jair Bolsonaro, e da Federação Russa, Vladmir Putin, durante declaração à Imprensa. Foto: Alan Santos (PR)

Necessidade comercial

O advogado Emanuel Pessoa, que atua na área de Direito Econômico Internacional, explicou que, por trás da viagem de Bolsonaro e desse encontro entre líderes, a principal pauta em jogo diz respeito ao comércio internacional de fertilizantes.

“Os principais itens de exportação brasileiro são produtos primários, com grande destaque para produtos agrícolas e commodities minerais… Dentro do ponto de vista das commodities agrícolas, o Brasil importa 80% dos fertilizantes que utiliza; e desse percentual, a Rússia é responsável por 24% – outros 6% é proveniente da Bielorrússia, que é extremamente alinhada ao Kremlin”, elucida Pessoa. “Na prática, dependemos desse eixo Moscou – Minsk importarmos 30% dos fertilizantes que utilizamos”, declarou.

Segundo o advogado, sem essa parceria comercial saudável, o Brasil sofreria um enorme impacto econômico. “Haveria uma queda violentíssima na nossa produtividade agrícola, que impactaria o custo de vida de todos os brasileiros e consequentemente do mundo todo, uma vez que o Brasil é o principal exportador de gêneros alimentícios do planeta. Faria com que o preço da comida disparasse”, afirmou.

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A entrevista completa com o advogado Emanuel Pessoa e mais detalhes sobre o encontro entre Bolsonaro e Putin, você confere no MyNews Investe desta quarta-feira (16):

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Operando há um ano no Brasil, Open Banking é o futuro do mercado de dados https://canalmynews.com.br/economia/open-banking-e-o-futuro-do-mercado-de-dados/ Tue, 15 Feb 2022 22:50:50 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=24034 Sistema Financeiro Aberto pode ser a chave para a criação de um projeto padrão de integração de informações, capaz até mesmo de unir o tráfego de dados de instituições financeiras e videogames

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Neste mês de fevereiro, o sistema Open Banking completou um ano no Brasil. Atualmente, a implementação está na quarta fase, na qual as instituições financeiras passaram a compartilhar dados referente a operações de câmbio, serviços de credenciamento, contas de depósito a prazo e outros produtos com natureza de investimento, previdência e capitalização.

Há exato um ano, o Banco Central iniciou o primeiro estágio de execução e, de lá para cá, muito se tem discutido sobre as mudanças práticas e inovadoras que o novo sistema financeiro pode trazer.

Contudo, o que realmente mudou em um ano de Open Banking no Brasil? Desde o início da efetivação, o sistema levantou algumas dúvidas sobre o seu funcionamento. Em suma, o conceito de Open Banking — ou Sistema Financeiro Aberto — é focado em proporcionar um leque de opções para o consumidor, capaz de possibilitar ao usuário o acesso às mais variadas propostas, concedendo-o mais liberdade para levar informações para onde achar melhor.

Próximas fases de implementação do Open Banking

Próximas fases de implementação do Open Banking. Foto: Reprodução (MyNews)

Juan Ferrés, fundador da Teros, empresa que desenvolve soluções tecnológicas para Open Banking, explica que o sistema, para além dos processos bancários, “é um padrão tecnológico de dados abertos e de transações entre empresas”. Para o gestor, a metodologia pode transportar desde informações referentes às instituições financeiras até dados de um videogame.

“De uma forma direta ou indireta, isso significa que praticamente 100% das empresas e da população estarão integradas a um único padrão; e isso tem um poder imenso, uma vez que não é necessário desenvolver novas estruturas, padrões. O Open Banking será o padrão de comunicação indireta entre empresas… É por isso que investimos no Open Banking como meio para o Open Data [dados abertos]”, elucida Ferrés.

O Sistema Financeiro Aberto pode ser definido como um novo ecossistema tecnológico e financeiro, baseado na construção de Interfaces de Programação de Aplicativos (APIs em inglês), códigos que funcionam como verdadeiros “dutos” de comunicação que facilitam o compartilhamento e troca de informações.

Uma curiosa cifra expressa o fomento e usabilidade do projeto: em novembro de 2021, no Brasil, havia 12,7 milhões de APIs. Em dezembro do mesmo ano, o número já era de 84,4 milhões, com expectativa de crescimento segundo o dashboard do Open Banking Brasil.

No MyNews Investe desta terça-feira (15), Ferrés falou sobre o primeiro ano do sistema no Brasil e sobre os produtos possíveis, além de dar um panorama do que está por vir:

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Privatização da Petrobras: o que pensam os candidatos à presidência? https://canalmynews.com.br/economia/privatizacao-da-petrobras-o-que-pensam-os-candidatos-a-presidencia/ Mon, 14 Feb 2022 23:52:12 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23862 Em ano de eleição, o debate acerca da possibilidade de repassar a petrolífera para o setor privado é reanimado. Da venda imediata à interferência na política de preços, os presidenciáveis se dividem quanto à privatização

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Ano eleitoral que se preze tem os principais candidatos à presidência manifestando suas posições em relação à privatização da Petrobras. Desde 1989, ano que marcou o retorno democrático brasileiro, não se passou nenhum pleito presidencial sem que o assunto entrasse na pauta de campanhas e debates.

Fundada pelo então presidente Getúlio Vargas em 1953, a Petrobras atravessou décadas sendo configurada como uma empresa exclusivamente estatal. Com o lançamento do IPO de PETR3 no ano 2000, chegou à Bolsa de Valores e se transformou, então, em uma companhia de economia mista.

Getúlio Vargas mostra a mão suja de petróleo

Getúlio Vargas mostra a mão suja de petróleo. Foto: Reprodução (Alesp)

No entanto, o fator que mais se modificou com o passar dos anos é a parcela de representantes públicos em posição de destaque defendendo que a petrolífera seja totalmente alienada à iniciativa privada.

Atualmente, o preço dos combustíveis, por exemplo, tem gerado fortes cobranças ao presidente Jair Bolsonaro (PL), devido ao impacto direto no bolso dos consumidores. A Petrobras – e não poderia ser diferente – é parte significativa desse cenário, tendo em vista que uma generosa fatia do preço dos derivados do petróleo, como a gasolina e o diesel, é destinada à companhia. Em meio a uma conjuntura mundial de elevação do barril de petróleo (que já ultrapassa a casa dos US$ 95 dólares, tanto o Brent como o WTI) e de caça ao dragão da inflação – e no Brasil acresce-se as eleições –, como é que se posicionam os principais nomes da política nacional que objetivam o mais alto cargo do Executivo quando o assunto é privatizar a Petrobras?

 

Jair Bolsonaro

Começamos pelo atual mandatário: Jair Bolsonaro (PL). O presidente já fez diversas afirmações diversas em relação à privatização da Petrobras, algumas um tanto quanto polêmicas…

Em 2018, ainda como pré-candidato, Bolsonaro confirmou a possibilidade de privatização da petrolífera, mas deixava claro que era “pessoalmente contra”. Na ocasião, disse entender a presença estratégica da empresa, o que fazia com que o então candidato não tivesse a intenção de privatizá-la: “esse é o sentimento meu”.

Ao longo do mandato, no entanto, o discurso tomou outra direção, e o desejo de repassar a Petrobras para a esfera privada ficou cada vez mais evidente – inclusive por intermédio da pasta econômica, chefiada por Paulo Guedes.

Em 2021, o presidente confirmou diversas vezes o objetivo, falando até mesmo sobre sua pretensão em revisar a política de preços da estatal.

Após os últimos aumentos no preço dos combustíveis, Bolsonaro afirmou que, “se pudesse, ficaria livre da Petrobras”.

 

Lula

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já afirmou e reafirmou que, caso eleito, pretende intervir na política de preços da Petrobras. Vale ressaltar que o denominado Preço de Paridade de Importação (PPI) foi instituído pela companhia em 2016, e prevê que os preços cobrados pela petroleira no mercado interno acompanhem as variações do mercado internacional, em dólar – inclusive, essa é uma das principais razões para o aumento dos combustíveis, já que a moeda estadunidense, assim como o barril de petróleo, está em alta.

Lula recentemente afirmou que, como promessa eleitoral, não manterá os preços vinculados ao mercado internacional.

“Nós não vamos manter o preço dolarizado. Eu acho que os acionistas de Nova York, os acionistas do Brasil, têm direito de receber dividendos quando a Petrobras der lucro, mas é importante que a gente saiba que a Petrobras tem que cuidar do povo brasileiro”, afirmou.

 

Ciro Gomes

Ciro Gomes (PDT) já criticou os lucros da Petrobras dizendo que os números positivos da estatal, devido seu passado cercado por escândalos de corrupção, eram como “um tapa na cara de cada brasileiro e uma apunhalada profunda no coração dos mais pobres”.

O pré-candidato, contudo, é contra uma possível privatização da estatal: “Temos, sim, que tomá-la de volta e colocá-la no seu verdadeiro rumo, que é o de gerar riqueza e bem-estar ao povo brasileiro”, confirmou à imprensa.

Em uma entrevista em 2018, quando questionado sobre uma possível privatização da Petrobras por parte do governo Bolsonaro, Ciro foi categórico ao dizer que a tomaria de volta “com as devidas indenizações”.

 

Sergio Moro

Na sequência temos Sergio Moro (Podemos). O ex-juiz já defendeu privatizar não só a Petrobras como de “todas as estatais”.

De acordo com uma reportagem veiculada pelo jornal ‘Folha de S.Paulo’, Moro considera a petrolífera “uma empresa atrasada”, pois ainda vive da exploração de petróleo — segundo o candidato, a exploração deve ser abandonado em prol de fontes de energia limpa.

No ano passado, Moro havia dito à imprensa que não era possível “fazer uma afirmação categórica” a respeito dessa pauta, mas que não enxergava “nenhum problema” na possibilidade de privatização.

“Se do ponto de vista econômico fizer sentido a privatização da Petrobras, se isso gerar eficiência para a economia, a decisão tem que ser tomada”, avaliou.

 

João Doria

João Doria (PSDB), atual governador do estado de São Paulo, afirmou que, uma vez eleito, pretende privatizar a companhia “para que ela seja mais competitiva”.

Segundo ele, a ideia é dividir a empresa em três ou quatro partes para a privatização ocorrer de maneira mais fluida. Ao jornal ‘O Estado de S. Paulo’, Doria disse que o planejamento incluiria, ainda, a criação de um fundo de estabilização para o preço dos combustíveis.

“Haverá uma modelagem benfeita e profunda para garantir que a Petrobras possa cumprir um novo papel em sua história nas mãos da economia privada. Ela não terá o mesmo tamanho que tem hoje. Será fatiada”, explicou. Na oportunidade, o governador elucidou também o método: “As empresas que vencerem o leilão terão que mensalmente aportar recursos a um fundo de compensação que será um colchão a cada vez que tivermos aumentos mais expressivos no barril de petróleo no plano internacional”.

 

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No MyNews Investe desta segunda-feira (14), o jornalista Vitor Hugo Gonçalves abordou a pauta:

 

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Setor tech entra em queda nos EUA após ‘boom’ na pandemia https://canalmynews.com.br/economia/setor-tech-entra-em-queda-nos-eua-apos-boom-na-pandemia/ Thu, 10 Feb 2022 23:23:54 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23655 Ações de companhias de tecnologia foram as mais negociadas durante o auge da crise sanitária. No entanto, em janeiro de 2022 esses papéis foram os mais evitados pelos investidores

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Setor tech: Aclamadas durante o auge da pandemia, as ações de tecnologia foram as mais evitadas no início de 2022. A principal razão está na percepção dos investidores quanto ao fluxo de aumento de juros imposto por boa parte dos Banco Centrais ao redor do mundo, movimentação entendida como um dos principais riscos para os mercados.

Uma pesquisa realizada pelo Bank of America em janeiro mostrou que os mais robustos gestores de fundos reduziram suas posições overweight (aquelas com visão acima da média do mercado) para os níveis mais baixos desde dezembro de 2008, ano da crise econômica global.

Já um estudo conduzido pelo Deutsche Bank, o maior banco da Alemanha, apontou que a imensa maioria dos entrevistados acredita que os papéis de tecnologia dos Estados Unidos estão em “território de bolha”, uma vez que os investidores permaneceram mais pessimistas frente aos movimentos agressivos de política monetária e rendimentos mais altos.

“A inflação acima do esperado continua a ser o motor predominante desses temores baixistas, mas sua contraparte, um Federal Reserve mais agressivo, atraiu muito mais preocupação dos entrevistados”, justificou a instituição alemã.

Setor tech tem queda nos EUA após boom na pandemia

Setor tech tem queda nos EUA após boom na pandemia. Foto: Reprodução (bfishadow/Flickr)

As empresas de tecnologia têm como característica necessitarem de níveis elevados de investimentos, para ganharem escala e participação de mercado. No entanto, em resposta à probabilidade de mais aumentos de juros neste ano, os investidores aumentaram suas posições em ações de bancos, commodities e indústrias, setores cíclicos que tendem a se beneficiar de taxas mais altas.

No acumulado de 2022, até o dia 27 de janeiro, a Bolsa americana Nasdaq, conhecida pela alta concentração de ações de tecnologia, recuava quase 15%. Só na terceira semana do mês a desvalorização foi de 7,5%, a maior para o intervalo desde o início da pandemia, em março de 2020.

Ulysses Reis, professor na Strong Business School, explica que o aceno para o aumento dos juros nos EUA é apenas uma das razões para o tombo. “O Fed estava com juros baixos, estava muito fácil para as empresas de tecnologia pegarem investimentos. […] Com o aumento da taxa de juros, essa tomada de crédito já não se torna tão interessante, e a economia começa a se reequilibrar”, falou.

“A pandemia fez com que toda a estrutura econômica de trabalho mudasse, as pessoas foram para o home office e houve muito investimento nessa área – tanto que ainda hoje temos a falta de chips e semicondutores, por exemplo, que foram desviados para a produção de computadores, notebooks, smartphones etc. Houve uma demanda muito forte sobre o setor tech, era muito fácil ganhar dinheiro nessa área… Hoje, a situação já começou a inverter”, complementou Reis.

Dessa maneira, a atual conjuntura do setor pode ser compreendida também como um regresso à normalidade, como era verificado no mercado pré-pandemia.

 

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Projeções para o setor tech, orientações de investimentos e a entrevista completa com o professor Ulysses Reis você confere no MyNews Investe desta quinta-feira:

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Após ata do Copom, dólar opera em alta https://canalmynews.com.br/economia/apos-ata-do-copom-dolar-opera-em-alta/ Tue, 08 Feb 2022 23:15:47 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23591 Mercado brasileiro compreende que Banco Central pode continuar com política de ajustes mais agressiva

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Ata do Copom: O dólar avançou contra o real nesta terça-feira (8), enquanto os investidores ainda digeriam a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que elevou a taxa básica de juros a 10,75%, optando, apesar da sinalização discreta para uma diminuição dos ajustes, por não mencionar a magnitude de suas próximos correções na Selic.

Além de monitorar a movimentação doméstica, os players do mercado também acompanhavam a alta global do dólar, cujo índice avançava 0,3% já pela manhã, acelerando os ganhos em relação ao início do pregão.

Dólar avança após ata do Copom.

Dólar avança após ata do Copom. Foto: Reprodução

Às 10:30, após o lançamento da ata, o dólar à vista avançava 0,49%, a R$ 5,28 na venda. A moeda oscilou entre R$ 5,29 no pico do pregão (+0,63%) e R$ 5,25 na mínima (-0,04%). Na B3, às 10:30, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,34%, a R$ 5,30.

Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, afirmou que a ata do Copom reforça a perspectiva de altas nos juros “nas próximas reuniões”. Analistas dizem que o documento também sugere um viés da taxa básica inclinado para cima, fazendo com que os principais riscos sejam os custos dos empréstimos acabarem em um patamar mais alto do que o atualmente projetado.

Vale ressaltar que boa parcela do mercado brasileiro compreende os juros mais altos como positivos para a moeda nacional, uma vez que elevam o retorno oferecido nos ativos da Renda Fixa. No entanto, o Banco Central coloca um alerta para os riscos fiscais, fator responsável por manter a cautela entre investidores.

Questão fiscal

Yihao Lin, analista macro da Genial Investimentos, ressaltou que a ata do Copom reforça que políticas fiscais com impulso adicional na demanda podem elevar prêmios de risco”. E complementou: “Nesse contexto a aprovação da PEC [Proposta de Emenda Constitucional] dos combustíveis impõe uma pressão adicional para que a Selic avance ainda mais além do cenário base de 12% do BC.”

Rumores sobre a PEC que prevê a redução de alíquotas que incidem sobre os combustíveis (com possível capacidade de arrecadar entre R$ 54 bilhões e R$ 100 bilhões anualmente) têm ligado os alertas do mercado nos últimos dias.

Investidores apontam para os impactos do projeto sobre a credibilidade fiscal do país, que já foi abalada em 2021 com a aprovação da PEC dos Precatórios.

O senador Carlos Fávaro (PSD), autor da PEC dos Combustíveis, justifica a proposta: “Por se tratar de medida extraordinária, com duração até dezembro de 2023, financiada com fonte própria que nunca foi utilizada para realização de nenhuma despesa primária, não faz nenhum sentido estar subordinada ao teto de gastos, nem a qualquer outra medida de limitação de realização de despesas, seguindo o mesmo princípio adotado para o Auxílio Emergencial”.

 

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Íntegra do programa MyNews Investe desta terça-feira (8):

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Brasil é o país com maior taxa de juros reais no mundo https://canalmynews.com.br/economia/brasil-e-o-pais-com-maior-taxa-mundial-de-juros-reais/ Fri, 04 Feb 2022 00:14:13 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23534 Banco Central sinaliza que a última elevação da Selic foi a mais agressiva. No ranking de juros nominais, Brasil tem o terceiro maior índice do mundo

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Após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevar a taxa Selic para 10,75% ao ano, o Brasil passou a ser, novamente, o país com a maior taxa de juros reais no mundo, segundo ranking compilado pela plataforma MoneYou.

Com o aumento de 1,5 ponto percentual na taxa básica, os juros reais (descontada a inflação) atingiram 6,41% ao ano. A taxa real é calculada com abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses, sendo considerada uma medida melhor para comparação com outros países.

Ranking dos juros reais

Ranking dos juros reais. Foto: Reprodução (MyNews)

No entanto, ao considerar os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira firmou-se na terceira posição. A classificação mundial para a categoria está atualmente composta por:

  1. Argentina – 40,00%
  2. Turquia – 14,00%
  3. Brasil – 10,50%
  4. Rússia – 8,50%
  5. México – 5,50%
  6. Chile – 5,50%
  7. Índia – 5,40%
  8. China – 4,35%
  9. África do Sul – 4,00%
  10. Colômbia – 4,00%

Redução do ritmo

Apesar do Banco Central ter consolidado a oitava alta consecutiva na Selic – aumentos considerados mais agressivos –, a instituição sinalizou uma redução no ritmo dos ajustes já na próxima reunião, que será realizada em março.

Em relatório divulgado na noite desta quarta-feira (3), o banco europeu Credit Suisse afirmou que tanto a elevação de 1,50 ponto da taxa básica quanto a indicação de aperto de menor magnitude em março vieram em linha com suas projeções. Segundo o documento, a expectativa agora é de que a Selic seja elevada em 1 ponto percentual em março e 0,50 ponto em maio, chegando então a 12,25% ao ano.

O nova-iorquino Goldman Sachs também publicou um relatório condizente com o atual cenário, e que, a partir do próximo mês, espera elevações mais brandas.

“[Altas mais leves] dependem da evolução da inflação e dos respectivos balanços de risco, [fatores que] podem proclamar o fim do ciclo de alta de juros. […] [A desaceleração é justificada por] um perfil de crescimento real do PIB abaixo da tendência, pano de fundo incerto da covid, efeitos defasados do aperto monetário recente e uma taxa de câmbio mais bem ancorada”, afirmou Alberto Ramos, diretor de pesquisas econômicas para a América Latina da instituição norte-americana.

 

Impacto nos investimentos

O mercado acionário já havia precificado a mais recente alta na Selic, e vinha operando, desde o início do ano, sob a projeção desse cenário. O reflexo disso pode ser compreendido após o pregão desta quinta-feira (3): o Ibovespa se apoiou na boa recepção do mercado local à decisão do Banco Central e operou com certa estabilidade, apesar da queda de 0,18%.

Depois de o Copom confirmar quais serão suas próximas movimentações, a curva de juros passou por um forte ajuste de queda, principalmente na ponta mais curta, o que ajudou o principal índice da Bolsa brasileira a tentar seguir na contramão da aversão ao risco global.

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No MyNews Investe desta quinta, a economista da XP Tatiana Nogueira, a jornalista Mara Luquet, o co-founder e CFO da plataforma Gorila Leo Kalim e o jornalista Vitor Hugo Gonçalves falaram sobre a projeção de alta da Selic e os impactos do aumento da taxa básica de juros sobre o mercado de ações. Confira:

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Análise gráfica auxilia na rentabilidade do investidor https://canalmynews.com.br/economia/analise-grafica-auxilia-na-rentabilidade-do-investidor/ Mon, 31 Jan 2022 23:51:45 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23338 Estrategista explica que a metodologia não é “oráculo para o futuro”, mas é fundamental para aferir o humor do mercado e saber onde investir

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Como identificar ações com bom potencial de valorização? Essa, certamente, é uma das maiores questões enfrentadas pelos operadores do mercado acionário, podendo até mesmo ser considerada a “pergunta do milhão”. Ainda que não exista um método plenamente assertivo de prever o desempenho de uma companhia listada na Bolsa, há algumas estratégias que podem ser usadas a favor dos investidores. Dentre elas, está a análise técnica.

A metodologia em questão é alicerçada no estudo do mercado, com foco em renda variável, que busca antecipar a tendência de oferta e demanda por intermédio da análise de gráficos, instrumentos capazes de retratar a variação dos preços no passado. Considerando a histórica tendência de repetição observada no “sobe e desce” das Bolsas, pode-se compreender a relevância de uma acertada análise técnica (também denominada como análise gráfica de ações).

Análise gráfica é fundamental para compreender os rumos do mercado de ações.

Análise gráfica é fundamental para compreender os rumos do mercado de ações. Foto: Reprodução

Fabio Perina, estrategista de investimentos do Itaú BBA, esclarece que a abordagem caiu no gosto dos traders, sendo considerada uma das principais estratégias empregadas pelos operadores que buscam lucrar com as oscilações verificadas no curto prazo. A explicação encontra-se na destreza da metodologia de conseguir prever a movimentação dos ativos com agilidade, além da possibilidade de aplicá-la em diferentes mercados – diferentemente da análise fundamentalista, que implica um estudo aprofundado do balanço e dos resultados de cada empresa antes de operar.

“O principal conceito da análise gráfica é estudar o comportamento dos preços, e isso todos falam. Mas por trás desse estudo, você acaba descobrindo que, no fundo, está identificando o que o mercado está pensando. O estudo do movimento implica numa mensagem”, explicou Perina.

O estudo em questão pode ser entendido como um termômetro acerca do otimismo e pessimismo econômico, auxiliando nas projeções a curto e longo prazo. No entanto, é preciso atentar-se aos fatores externos, como questões políticas e macroeconômicas, uma vez que os gráficos, apesar da proveitosa utilidade, não oferecem um prognóstico 100% certo.

“O movimento do preço não é simplesmente um oráculo para o futuro, mas sim uma percepção da forma como os investidores estão enxergando o mercado. Quando o investidor parte para o estudo da análise gráfica e a utiliza para remunerar e rentabilizar seus investimentos, ele está não somente estudando os preços, mas tendo também a percepção de como está o mercado naquele momento, […] conseguindo ter uma conclusão, ou ao menos uma sensibilidade, de onde investir”, afirmou o estrategista.

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A entrevista na íntegra com Fabio Perina você confere no MyNews Investe desta segunda-feira (31):

 

 

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Brasil confirma convite para ingressar na OCDE https://canalmynews.com.br/economia/brasil-confirma-convite-para-ingressar-na-ocde/ Wed, 26 Jan 2022 23:19:42 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23286 Aproximação com o “clube dos países ricos” começou no governo Temer. Para assegurar a vaga, governo brasileiro deve se adequar a diversas diretrizes administrativas

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Após o governo federal confirmar nesta terça-feira (25) o recebimento de uma carta-convite da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil deu início definitivo ao processo de ingressão no bloco econômico popularmente denominado como o “clube dos países ricos”. Apesar da solicitação ter chegado formalmente à administração brasileira, a tramitação do processo, que não tem um período de conclusão estipulado, pode levar anos.

No governo Jair Bolsonaro (PL), a adesão foi colocada como prioridade pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e o país passou a iniciar seu processo de adequação às normas da organização. O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, o ministro da Economia e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, destacaram que o Brasil já aderiu a 103 diretrizes da organização, de um total de 253.

Conferência da OCDE em Paris, França

Conferência da OCDE em Paris, França. Foto: Victor Tonelli (OECD)

Em resposta ao convite, Bolsonaro enviou uma carta de três páginas endereçada ao secretário-geral da entidade, Mathias Cormann. No documento, o chefe do Executivo fez questão de ressaltar o compromisso do governo brasileiro com as metas climáticas, além da estima pelos pilares democráticos.

“Sem qualquer hesitação, posso assegurar ao senhor [Cormann] que o Brasil está pronto para iniciar o processo de acessão à OCDE, requisitado em abril de 2017. […] O Brasil tem uma história de respeito aos valores básicos, como a preservação da liberdade individual, os valores da democracia, da lei e da defesa dos direitos humanos”, salientou o presidente. E complementou: “Na área ambiental, especificamente, temos constantemente mostrado nosso compromisso com as metas do Acordo de Paris”.

Na última página, o mandatário também comentou sobre a participação do Brasil em outras organizações multilaterais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC).

 

Histórico

O Brasil negocia sua admissão desde abril de 2017, quando o país ainda era dirigido por Michel Temer (MDB). O ex-presidente introduziu o interesse brasileiro, empreendendo uma aproximação com o grupo, inclusive com a decisão de instaurar uma embaixada na sede da OCDE, em Paris.

Em março de 2019, durante visita oficial do presidente Bolsonaro a Washington, o então presidente norte-americano Donald Trump assegurou o apoio dos EUA à entrada brasileira na organização. Contudo, em outubro, o secretário de Estado estadunidense, Mike Pompeo, encaminhou um documento ao secretário-geral da entidade, à época Angel Gurría, salvaguardando apenas o ingresso imediato de Argentina e Romênia.

No ano seguinte, no entanto, os norte-americanos protocolizaram o apoio ao Brasil, mas a mudança de governo acabou atrasando as tratativas. Somente no fim de 2021, a gestão de Joe Biden se manifestou favorável à entrada brasileiro, fazendo com que o processo finalmente deslanchasse.

Em setembro do ano passado, o novo secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, começou a negociar um modelo para iniciar a adesão não só do Brasil como também da Argentina, Peru, Bulgária, Croácia e Romênia.

 

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Conflito entre Rússia e Ucrânia pode impactar cadeia produtiva mundial https://canalmynews.com.br/economia/conflito-no-leste-europeu-pode-impactar-cadeia-produtiva-mundial/ Tue, 25 Jan 2022 22:21:59 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23211 A escalada de tensão no Leste Europeu projeta uma conjuntura de impacto direto na economia europeia, com futuros reflexos até mesmo no setor agro brasileiro

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O Exército russo está se preparando um conflito no Leste Europeu? Essa é a pergunta que está mexendo com o ânimo dos mercados internacionais nos últimos dias. Caso o embate venha à tona, a Europa seria a primeira a ser fortemente impactada, uma vez que é do território russo, e passando pelo ucraniano, que sai uma das principais fontes de abastecimento de gás do continente – vale ressaltar que esse cenário está se desenrolando em pleno inverno europeu, quando a demanda pelo gás é muito maior.

Como a Rússia é um dos maiores produtores de petróleo e gás do mundo, pode-se esperar uma disparada generalizada dos combustíveis. O barril do petróleo, hoje negociado próximo a US$ 90, deve ultrapassar US$ 100 na medida em que as tensões vão subindo. Por consequência, o frete, os alimentos e praticamente todos os produtos – industrializados ou não – serão afetados. Além da inflação, a já desorganizada cadeia de suprimentos também será impactada.

Últimas atualizações das movimentações no Leste Europeu.

Últimas atualizações das movimentações no Leste Europeu. Foto: Reprodução (MyNews)

Quanto ao Brasil, o reflexo de uma provável disparada dos preços não seria motivo de tanta preocupação caso o real não estivesse tão depreciado frente à moeda estadunidense. Como a inflação ultrapassa os dois dígitos e os juros estão em trajetória de alta, há pouca margem de manobra para amortecer o aumento repentino dos preços.

Fomentando essa crítica conjuntura, há também o fato de que a Rússia é uma das principais fabricantes mundiais de fertilizantes fosfatados, produtos amplamente utilizados pelos setores agrícolas brasileiros. Para se ter uma ideia, as importações de produtos e insumos russos totalizaram, em 2021, US$ 5,7 bilhões, dos quais a compra de adubos ou fertilizantes químicos representaram 62% das importações, segundo dados do Ministério da Economia.

Por outro lado, no acumulado do ano passado, as vendas de produtos brasileiros à Rússia totalizaram US$ 1,6 bilhão (dos quais a soja brasileira representa 22% do valor exportado).

Certamente, um conflito armado no Leste Europeu provocará uma enorme perturbação nas cadeias produtivas mundiais, fazendo com que a recuperação econômica no pós-pandemia seja ainda mais complexa.

 

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Com vetos, Bolsonaro aprova Orçamento de 2022 https://canalmynews.com.br/economia/com-vetos-bolsonaro-aprova-orcamento-de-2022/ Mon, 24 Jan 2022 22:44:31 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23189 A previsão é de quase R$ 5 trilhões em receitas. Cortes ultrapassam R$ 3 bilhões

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou nesta segunda-feira (24) a lei do Orçamento para 2022, com previsão de R$ 4,7 trilhões em receitas da União. O chefe do Executivo vetou cerca de R$ 3,2 bilhões em gastos, dos quais os maiores cortes ocorreram no Ministério do Trabalho e da Educação.

Bolsonaro manteve os R$ 4,96 bilhões para o fundo eleitoral e preservou o montante de R$ 16,5 bilhões em verbas do “orçamento secreto” (emendas parlamentares distribuídas sem transparência). Preservou também outras despesas mais populistas, de interesse eleitoral do Planalto, como o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família que terá à disposição uma reserva de R$ 89 bilhões.

O presidente outorgou ainda a previsão de R$ 1,74 bilhão para reajuste a servidores públicos, mas não definiu quais categorias serão beneficiadas – a verba será destinada a atender projetos de lei referentes à reestruturação de carreiras e ao aumento do salário de cargos e funções ligados ao Poder Executivo.

Principais pontos do Orçamento 2022.

Principais pontos do Orçamento 2022. Foto: Reprodução (MyNews)

 

Cortes Aprovados no orçamento de 2022

Entre os vetos, há um corte de R$ 1,8 bilhão em emendas de comissão e R$ 1,8 bilhão em despesas discricionárias, ou seja, aquelas que não são obrigatórias. O valor suspenso (R$ 3,6 bilhões na somatória) é inferior àquele recomendado pelo Ministério da Economia, que apontou a necessidade de vetos e alterações que somassem R$ 9 bilhões, valor necessário para bancar as despesas obrigatórias.

A maior tesourada ocorreu no Ministério do Trabalho e Previdência, que perdeu R$ 1 bilhão (um terço de sua verba). O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi a autarquia mais afetada, com corte de R$ 988 milhões.

Já O Ministério da Educação teve R$ 739,9 milhões em gastos descontinuados. Mais da metade, cerca R$ 499 milhões, foi retirado do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O governo Bolsonaro decidiu também suprimir R$ 11 milhões destinados a atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), além de tirar R$ 9,4 milhões do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e outros R$ 859 mil para o fomento de projetos de pesquisa e desenvolvimento científico.

Houve mais cortes em atividades dentro do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações: foram R$ 61 milhões vetados para gastos com projetos de tecnologias aplicadas, tecnologias sociais e extensão tecnológica e R$ 1,7 milhão em fomento à pesquisa e desenvolvimento voltado à inovação, a tecnologias digitais e ao processo produtivo.

O presidente suspendeu, ainda, o R$ 1,6 milhão repassado à Fundação Nacional do Índio (Funai) destinado à regularização, demarcação e fiscalização de terras indígenas e a programas de proteção a povos indígenas.

Bolsonaro justificou os vetos de R$ 3,184 bilhões alegando “inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público”.

Principais vetos no Orçamento 2022.

Principais vetos no Orçamento 2022. Foto: Reprodução (MyNews)

 

Reajuste dos servidores

A lei do Orçamento não especifica quais categorias de servidores terão reajustes salariais. No entanto, o próprio presidente já afirmou, publicamente e mais de uma vez, que a intenção é fornecer o acréscimo apenas aos policiais federais, policiais rodoviários federais e funcionários do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) – durante a tramitação do texto orçamentário no Congresso, Bolsonaro atuou diretamente na articulação para que o valor referente ao aumento dos agentes fosse incluído.

A tendência é de que o mandatário aguarde mais tempo para efetivar a medida, buscando maior apoio da categoria beneficiada. Como esperado, a decisão de contemplar apenas policiais ocasionou insatisfação entre outras classes de servidores públicos. Desde o final do ano passado, diversos setores do funcionalismo estão se mobilizando para pedir a reposição do salário.

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP), sugeriu a suspensão de reajuste para todas as categorias em 2022, mas a alternativa gerou novas pressões sobre o presidente. Representantes das policiais afirmaram que caso Bolsonaro desistisse da medida ele estaria cometendo uma traição.

 

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Mercado eleva projeção da inflação para 2022 e 2023 https://canalmynews.com.br/economia/mercado-eleva-projecao-da-inflacao-para-2022-e-2023/ Mon, 17 Jan 2022 23:39:14 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23022 Relatório do Banco Central aponta alta do IPCA nos próximos 24 meses, com resultados acima do centro da meta. Expectativa para o PIB também é revisada para cima

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Projeção da Inflação: Economistas e analistas do mercado elevaram a expectativa para a inflação em 2022 e 2023, conforme aponta o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central. O levantamento mostra que a estimativa para a alta do IPCA é de 5,09% neste ano e de 3,40% para o ano seguinte.

Ambos os resultados ficam acima do centro da meta, fixado em 3,5% (2022) e 3,25% (2023), com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

LEIA TAMBÉM: Como é calculada a inflação?

Já para o Produto Interno Bruto (PIB), a projeção de crescimento teve um reajuste de 0,01% para cima, fator que encerra a soma de todos os bens e serviços em 2022 na ordem de 0,29%. Em 2023, a expectativa é de um acréscimo maior, chegando a 1,75%.

Outro dado aferido na pesquisa é relativo à taxa básica de juros: a Selic deve encerrar o ano corrente em 11,75%, caindo para 8,0% no ano subsequente – atualmente, a alíquota está em 9,25%.

Inflação e desemprego

Na manhã desta segunda, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que, após fechar 2021 em alta de 10,06%, maior nível desde 2015, a inflação sofrerá uma redução neste ano.

“Passamos ainda momentos difíceis pós-pandemia no tocante à economia, em especial. Mas o Brasil é o país que menos está sofrendo nessa questão perante o mundo, apesar de reconhecer a inflação, o aumento de muitos preços. Temos que lutar. Mas vamos continuar lutando contra o desemprego, pode ter certeza de que a inflação vai baixar este ano”, ponderou.

Durante a conferência, o chefe do Executivo voltou a responsabilizar governadores e prefeitos pelo aumento contínuo dos preços, uma vez que houve a adoção de medidas restritivas contra o avanço da covid-19.

“Como consequência da pandemia e da política do ‘fica em casa, a economia a gente vê depois’, tivemos inflação bastante alta nos alimentos e nos combustíveis. Isso aconteceu no mundo todo, mas no Brasil sofremos menos. […] A inflação no ano passado bateu 10%. 2014, 2015 também bateu 10%, sem qualquer coisa anormal, como, por exemplo, tivemos a pandemia. Peço a Deus que, realmente, o Brasil esteja caminhando para o fim da pandemia para nós voltarmos à nossa normalidade”, finalizou.

 

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Mercado reduz estimativa de inflação em 2021. PIB também tem previsão de queda https://canalmynews.com.br/economia/mercado-reduz-estimativa-de-inflacao-em-2021-pib-tambem-tem-previsao-de-queda/ Mon, 27 Dec 2021 20:04:55 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/mercado-reduz-estimativa-de-inflacao-em-2021-pib-tambem-tem-previsao-de-queda/ Banco Central indica queda na inflação pela terceira semana consecutiva. Analistas projetam alta menor para o Produto Interno Bruto

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A estimativa de inflação para 2021 foi mais uma vez reduzida, registrando queda pela terceira semana consecutiva, conforme mostra o último boletim “Focus” do ano, divulgado nesta segunda-feira (27) pelo Banco Central (BC). Economistas e analistas do mercado também realizaram um reajuste para o Produto Interno Bruto (PIB), que passou a ter uma projeção de alta menor.

Retomada comercial é impactada pela alta da inflação.
Retomada comercial é impactada pela alta da inflação. Foto: Reprodução (Redes)

Segundo dados do BC, a expectativa é que o acumulado da inflação em 2021 tenha um recuo de 0,02 ponto percentual, encerrando o ano em 10,02%. Caso esse cenário se confirme, será a primeira vez desde 2015 que a alta generalizada dos preços ultrapassa a casa dos dois dígitos – há seis anos, o índice ficou em 10,67%.

No início do ano, o Conselho Monetário Nacional (CMN) havia instaurado a meta inflacionária para 2021 em 3,75%; pelo sistema vigente, o objetivo seria considerado cumprido se ficasse entre 2,25% e 5,25%.

Para 2022, o relatório manteve as informações da última publicação, sustentando a estimativa de inflação em 5,03%. Apesar da queda em comparação com os números correntes, a taxa segue acima do teto para o próximo ano, fixado em 5% – a meta para 2022 está fixada em 3,50%, e será oficialmente efetivada se oscilar entre 2% e 5%.

Redução no PIB

Quanto ao Produto Interno Bruto, o mercado  também reduziu suas previsões de crescimento: de 4,58% para 4,51%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve como parâmetro para aferir o progresso econômico doméstico.

Para 2022, os analistas reduziram a previsão de alta do indicador de 0,50% para 0,42%. No primeiro trimestre deste ano, a projeção era de uma alta de 2,5% para a economia no ano que vem.

Taxa Selic

O relatório manteve a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 11,50% ao ano para o fim de 2022, fator que pressupõe alta do juro básico da economia no próximo ano.

Após sete altas consecutivas, a taxa Selic, atualmente, está em 9,25% ao ano, o maior patamar em mais de quatro anos.

Sobe e desce

O BC trouxe outras projeções relevantes, como:

Dólar

A estimativa para a taxa de câmbio no fim de 2021 subiu de R$ 5,60 para R$ 5,63. Para o fim de 2022, um aumento de R$ 5,57 para R$ 5,60 por dólar.

Investimento estrangeiro

A previsão do boletim para a chegada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2021 subiu de US$ 51,25 bilhões para US$ 52 bilhões. Para 2022, a projeção passou de US$ 57,55 bilhões para US$ 58 bilhões.

Balança comercial

Para o superávit da balança comercial (total de exportações menos as importações), a projeção em 2021 subiu de US$ 59,09 bilhões para US$ 59,15 bilhões, em resultado positivo. Para o próximo ano, a estimativa caiu de US$ 55,25 bilhões para US$ 55 bilhões de saldo.

Investimento estrangeiro: a previsão do boletim para a chegada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2021 subiu de US$ 51,25 bilhões para US$ 52 bilhões. Para 2022, a projeção passou de US$ 57,55 bilhões para US$ 58 bilhões.

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Parcial de 2021 registra arrecadação recorde de impostos no Brasil https://canalmynews.com.br/economia/parcial-de-2021-registra-arrecadacao-recorde-de-impostos-no-brasil/ Tue, 21 Dec 2021 23:01:21 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/parcial-de-2021-registra-arrecadacao-recorde-de-impostos-no-brasil/ Recolhimento federal atinge R$ 157 bilhões em novembro, a maior em sete anos. No acumulado dos 11 primeiros meses, montante pago é o mais alto desde o início da série histórica

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A arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais atingiu R$ 157,3 bilhões em novembro, informou nesta terça-feira (21) a Secretaria da Receita Federal. Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o montante recolhido foi de R$ 155,1 bilhões (valor já corrigido pela inflação), é verificado um aumento real de 1,41%.

De acordo com a Receita, o resultado aferido em 2021 é o maior para um mês de novembro desde 2014 (R$ 157,6 bilhões).

Arrecadação federal em novembro.
Arrecadação federal em novembro. Foto: Reprodução (MyNews)

A alta arrecadação neste ano reflete, sobretudo, a retomada e a melhora na atividade econômica doméstica. Com a ampliação das vendas de produtos e serviços, o governo é capaz de aumentar sua receita com tributos – a previsão do mercado é de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça próximo de 5% em 2021, ante um tombo de 4,1% em 2020.

Além disso, o resultado transparece também o aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). Em agosto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou um decreto para elevar, até dezembro, a alíquota do IOF, englobando operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários.

“Fatores não recorrentes”, como recolhimentos extraordinários, são também justificativas para o acréscimo. Na parcial de 2021, os valores atípicos somaram R$ 39 bilhões do Imposto de Renda – Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Em grau de comparação, de janeiro a novembro de 2020 esse importe foi R$ 6,5 bilhões.

Arrecadação recorde

Quando analisamos o acumulado de 2021, números da Receita Federal também mostram que a arrecadação desacelerou em novembro. O aumento de pagamento de impostos registrado no mês passado foi o mais baixo desde janeiro, quando foi registrada uma queda de 1,50%.

Nos 11 primeiros meses, o arrecadamento federal somou R$ 1,684 trilhão. Em valores corrigidos pela inflação, o montante totaliza R$ 1,764 trilhão, valor que representa alta real de 18,13% na comparação com o mesmo período de 2020.

Os números apresentados pela Receita mostram que essa foi a maior arrecadação, no acumulado de janeiro a novembro de um ano, desde o início da série histórica, em 1995.

Íntegra do programa “MyNews Investe” desta terça-feira (21), que abordou a arrecadação recorde em 2021

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Petrobras reduz preço médio de venda da gasolina https://canalmynews.com.br/economia/petrobras-reduz-preco-medio-de-venda-da-gasolina/ Tue, 14 Dec 2021 22:29:07 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/petrobras-reduz-preco-medio-de-venda-da-gasolina/ Na primeira redução desde junho, estatal diminui valor comercial do combustível em 3,13%

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Petrobras anunciou que o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,19 para R$ 3,09 por litro a partir desta quarta-feira (15). O novo valor representa uma redução média de 3,13% (R$ 0,10 a cada litro).

De acordo com a estatal, o ajuste reflete, em parte, a evolução dos preços internacionais e da taxa de câmbio, “que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina”. O último reajuste nos preços dos combustíveis realizado pela Petrobras havia sido concretizado no dia 25 de outubro, quando houve um aumentou de 7% para gasolina.

Com a deliberação desta quarta, a medida passou a ser a primeira redução nos preços da gasolina desde 12 de junho – após a data foram feitos quatro aumentos.

Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de ‘gasolina A’, composto que constitui a gasolina vendida nos postos, a margem de lucro da companhia sobre o valor cobrado nas bombas passará a ser de R$ 2,26 por litro, uma redução de R$ 0,07 em relação ao último reajuste.

No entanto, as alterações feitas pela Petrobras não impactam imediatamente os consumidores finais, uma vez que o preço de venda depende também de impostos e percentuais de distribuidores e revendedores.

Na semana passada, o preço da gasolina praticado nos postos do país registrou leve queda, segundo levantamento divulgado na sexta-feira (10) pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

O estudo mostra que o preço médio do litro da gasolina passou de R$ 6,74 para R$ 6,71, baixa de 0,50% – o valor máximo aferido foi de R$ 7,96. No acumulado em 12 meses, a inflação da gasolina passa de 50%, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Política de preços da Petrobras

Até o final da segunda semana de dezembro, um novo reajuste não estava nos planos da Petrobras. No dia 6 de dezembro, inclusive, a estatal lançou uma nota informando que não havia tomado nenhuma decisão sobre o assunto.

Esse comunicado foi uma resposta às expectativas de mudanças nos preços após o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmar em entrevista ao site Poder360 que a Petrobras começaria a anunciar reduções no preço dos combustíveis.

Desde 2016, a estatal brasileira pratica uma política de preços que tem como diretriz as flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e o câmbio.

O barril de petróleo do tipo Brent, referência para as negociações envolvendo a commodity, acumula uma queda da ordem de 14% desde o último reajuste anunciado.

Íntegra do programa MyNews Investe desta terça-feira (14), que abordou o reajuste de preço da Petrobras para a gasolina

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2022 pode ser ainda mais desafiador para a Bolsa brasileira, diz Goldman Sachs https://canalmynews.com.br/economia/2022-pode-ser-ainda-mais-desafiador-para-a-bolsa-brasileira-diz-goldman-sachs/ Mon, 13 Dec 2021 22:31:08 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/2022-pode-ser-ainda-mais-desafiador-para-a-bolsa-brasileira-diz-goldman-sachs/ Ação da B3 acumula queda de quase 40% em 2021. Analistas compreendem que piora da economia doméstica prejudica negociações dos papéis

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A ação da Bolsa de Valores brasileira, a B3, entrou em dezembro com uma queda acumulada de quase 40% no ano. E se 2021 está sendo um ano turbulento para a companhia, 2022 pode ser ainda mais desafiador, conforme afirmou o grupo financeiro multinacional Goldman Sachs em um relatório enviado nesta segunda-feira (13) aos seus clientes.

Segundo os analistas que assinaram o documento, a piora da economia doméstica prejudicou – e assim continuará – os volumes de negociação da ação da B3, a B3SA3. Somado à conturbação interna, há também o fantasma das ações judiciais, que possui capacidade de impactar as projeções em até 11%.

Dessa forma, o Goldman cortou o preço-alvo da ação de R$ 18 para R$ 15,50, e o potencial de alta passou a ser de 25% – com isso, a recomendação agora é neutra. A justificativa da companhia foi que, no momento, eles compreendem “uma vantagem maior para outras empresas”.

Na última semana, a B3 realizou o ‘Dia do Investidor’. Segundo o banco europeu de investimento Credit Suisse, a entidade brasileira foi amplamente capaz de abordar com sucesso várias preocupações dos principais investidores, em especial a sustentabilidade do ADTV (volume médio diário negociado), a concorrência e a capacidade de inovação.

Os principais destaques apontados pelos suíços foram: o nível atual de negociações diárias, considerado sustentável; a potencial concorrência, vista mais uma oportunidade do que uma ameaça devido às receitas adicionais de arbitragem, serviço e dados para um potencial recém-chegado; concentração em fundos de índices (ETFs), derivativos e futuros de ativos digitais.

“Na nossa percepção, B3 acabou sendo um dos nomes que ficou mais esquecido dentro do setor, mas que devido ao valuation [avaliação de mercado] bastante descontado começamos a ver cada vez mais clientes acompanhando a história mais de perto”, afirmou o Credit Suisse à imprensa.

A recomendação da instituição financeira para a companhia gestora da Bolsa brasileira é outperform, ou desempenho acima do mercado, tendo em vista o potencial de alta atrativo e múltiplos baixos ante níveis históricos.

Recomendações

O banco de investimento brasileiro BTG Pactual divulgou no domingo (12) sua carteira semanal de ações. Em relação à primeira semana de dezembro, quando acumulou uma perda de 0,08% ante a alta de 2,56% do Ibovespa, o portfólio traz duas mudanças.

Os papéis da Light (LIGT3) e da Randon (RAPT4) cederam seus lugares para os da Aliansce Sonae (ALSO3), empresa que atua no ramo de administração de shopping centers, e Banco do Brasil (BBAS3).

No acumulado do ano, as escolhas do BTG acumulam ganhos de 5,8%, ante o tombo de 10,2% do principal índice da Bolsa.

Íntegra do programa “MyNews Investe” desta segunda-feira (13), no qual a instabilidade da B3 e as recomendações de investimentos foram abordadas.

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Inflação chega a 10,74% no acumulado dos últimos 12 meses, a maior desde 2003 https://canalmynews.com.br/economia/inflacao-chega-a-1074-no-acumulado-dos-ultimos-12-meses-a-maior-desde-2003/ Fri, 10 Dec 2021 20:38:41 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/inflacao-chega-a-1074-no-acumulado-dos-ultimos-12-meses-a-maior-desde-2003/ Segundo IBGE, mês de novembro registra aumento de 0,95%, mais alta variação para o período desde 2015. Setor de transportes ainda é o grande responsável pelo acréscimo nos preços

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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medidor oficial da inflação no Brasil, ficou em 0,95% em novembro, 0,30 ponto percentual menor do que o verificado em outubro (1,25%). Apesar da queda, essa é a maior variação para o mês desde 2015, quando a alta contínuo dos preços foi de 1,01% – para efeito de comparação, em novembro do ano passado a variação mensal foi de 0,89%.

No acumulado de 12 meses, a inflação atinge o patamar de 10,74%, valor muito acima dos 3,75% estabelecidos como meta para o ano pelo Banco Central (BC) – a atual porcentagem é a maior para o período desde 2003. Já no acumulado de 2021, o IPCA concentra uma alta de 9,26%.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e possuem como referência as famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

A vilã da inflação: gasolina

Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE apresentaram alta nos preços durante o mês de novembro. A maior variação (3,35%) e o maior impacto (0,72 ponto percentual) vieram dos “Transportes”, puxados principalmente pelos preços dos combustíveis, em especial da gasolina (7,38%).

Altas também foram registradas nos preços do etanol (10,53%), do óleo diesel (7,48%) e do gás veicular (4,30%).

Os resultados aferidos em cada um dos setores foram:

  • Transportes: 3,35%
  • Habitação: 1,03%
  • Artigos de residência: 1,03%
  • Vestuário: 0,95%
  • Despesas pessoais: 0,57%
  • Comunicação: 0,09%
  • Educação: 0,02%
  • Alimentação e bebidas: -0,04%
  • Saúde e cuidados pessoais: -0,57%

Somado o resultado de novembro, a gasolina passou a acumular, em 12 meses, um aumento de 50,78%, o etanol de 69,40% e o diesel, 49,56%.

Energia elétrica

Dentro do conjunto “Habitação”, a maior contribuição, com 0,06 ponto percentual, veio da energia elétrica (1,24%). Desde setembro, a bandeira tarifária de escassez hídrica está em vigor, fator que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.

No gás de botijão nova alta, dessa vez na ordem de 2,12% — nos últimos 12 meses o item já subiu 38,88%.

Sobe e desce nos alimentos

O instituto de pesquisa destacou que no grupo de alimentação e bebidas houve queda no leite longa vida (-4,83%), no arroz (-3,58%) e nas carnes (-1,38%).

No entanto, foram verificadas altas nos preços da cebola (16,34%) e do café moído (6,87%). O açúcar refinado (3,23%), o frango em pedaços (2,24%) e o queijo (1,39%) continuam a subir.

Controle da inflação

Para tentar conter o aumento contínuo dos preços, o Banco Central já realizou sucessivos aumentos na taxa básica de juros (Selic), e sinalizou que irá manter a tendência.

Na última reunião de 2021, ocorrida na quarta-feira (8), a taxa subiu de 7,75% para 9,25% ao ano, maior patamar desde julho de 2017.

A intenção ao subir os juros é de encarecer o crédito e desestimular a produção e o consumo, fazendo com que, de maneira forçada, os preços caiam. O efeito colateral negativo, contudo, é que essa tática segura o crescimento econômico do país.

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Ernesto Araújo usou Itamaraty para conseguir cloroquina https://canalmynews.com.br/politica/sob-a-gestao-de-ernesto-araujo-itamaraty-foi-usado-para-a-obtencao-de-cloroquina/ Thu, 04 Nov 2021 13:26:04 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/sob-a-gestao-de-ernesto-araujo-itamaraty-foi-usado-para-a-obtencao-de-cloroquina/ Telegramas revelam mobilização do corpo diplomático brasileiro para conseguir importar o medicamento. Para embaixador, Ernesto “é um fiel capacho de seus chefes”

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Mesmo após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter interrompido testes clínicos com a cloroquina, e depois de associações médicas terem alertado para a ineficácia e o risco de efeitos colaterais provenientes do uso contínuo do medicamento, Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil, direcionou os esforços da máquina diplomática brasileira para garantir o fornecimento do fármaco ao país.

Ernesto Araújo, ex-chanceler brasileiro, mobilizou os esforços do Itamaraty para importar cloroquina ao país.
Ernesto Araújo, ex-chanceler brasileiro, mobilizou os esforços do Itamaraty para importar cloroquina ao país. Foto: Marcos Corrêa (PR).

Esse planejamento foi descoberto por intermédio de telegramas obtidos pela Folha de S. Paulo, além de dados e informações fornecidos por pessoas envolvidas nas negociações.

Exonerado no final de março, Ernesto Araújo, que será ouvido na CPI da Covid na próxima quinta-feira (13), deverá prestar esclarecimentos sobre possíveis prejuízos na aquisição de insumos e vacinas devido à política externa praticada em sua gestão.

A busca do Itamaraty pela cloroquina começou em março de 2020, dias depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mencionar uma “possível cura para a doença” nas redes sociais: “Hospital Albert Einstein e a possível cura dos pacientes com Covid-19. Agora há pouco os profissionais do hospital Albert Einstein me informaram que iniciaram um protocolo de pesquisa para avaliar a eficácia da cloroquina nos pacientes com Covid-19”, escreveu ele.

Em pronunciamento durante reunião do G-20, em 26 de março, relatada em telegrama, o presidente falo em “testes bem-sucedidos, em hospitais brasileiros, com a utilização de hidroxicloroquina no tratamento de pacientes infectados pela Covid-19, com a possibilidade de cooperação sobre a experiência brasileira”. No mesmo dia, o Ministério das Relações Exteriores pediu, também via telegrama, que os diplomatas tentassem “sensibilizar o governo indiano para a urgência da liberação da exportação dos bens encomendados pelas empresas antes referidas e outras que se encontrem em igual condição, cujo desabastecimento no Brasil teria impactos muito negativos no sistema nacional de saúde”. Na época, o governo indiano havia limitado a exportação da cloroquina.

Em outra comunicação, no dia 15 de abril, o ministério pede que a embaixada na Índia faça gestões junto ao governo indiano para liberar uma carga de hidroxicloroquina comprada pela empresa Apsen antes de a exportação ser vetada por Déli e para que a venda da droga seja normalizada.

Assegurando “resultados animadores”, a chancelaria brasileira promoveu inúmeros pedidos do para obtenção do remédio. Um dos telegramas, por exemplo, afirma que o Itamaraty teria solicitado à Organização Pan-Americana de Saúde um contato com o governo indiano para conseguir a liberação de um lote contendo milhões de doses de hidroxicloroquina.

Mesmo depois de a Sociedade Brasileira de Infectologia, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e a Associação de Medicina Intensiva Brasileira desaconselharem o uso do medicamento, o Itamaraty continuou acionando a estrutura diplomática para garantir o fornecimento de hidroxicloroquina.

Efeito Ernesto Araújo

Para o diplomata brasileiro Paulo Roberto de Almeida, “o Itamaraty é um pouco como o Exército, pois a base do trabalho é a hierarquia e a disciplina, fazendo com que os diplomatas cumpram funções”. O embaixador explica que o funcionamento das relações internacionais do Brasil é, em parte, exercido por orientações estruturais.

“Há uma grande diferença entre telegramas puramente de informações, de envio de notícias e boletins, e telegramas que dão instruções… Quando chega um telegrama com instruções, os diplomatas têm que cumprir imediatamente”, elucida Almeida.

Embaixador Paulo Roberto de Almeida em entrevista ao canal MyNews.
Embaixador Paulo Roberto de Almeida em entrevista ao canal MyNews. Foto: Reprodução (MyNews).

“Chegou um telegrama em Nova Deli, como pode ter chegado em outros lugares, para outras vacinas, com instruções para contatar o governo e auxiliar na exportação de medicamentos junto a empresas privadas, numa época em que já havia tido um primeiro estresse, em janeiro, quando se tentou importar vacinas da fábrica autorizada pela AstraZeneca, mas depois verificou-se que se tratava de importar cloroquina, devido a demanda do Bolsonaro”, remonta o diplomata. “Acredito que Nova Deli fez os contatos, mas que o governo indiano já devia estar estressado com as demandas brasileiras, porque elas se anteciparam, inclusive, à vacinação na própria Índia”.

De acordo com Paulo, o relacionamento de Ernesto Araújo com a família do presidente da República explica a corrida pelo medicamento ineficaz estimulada pelo Itamaraty: “A divulgação pela Folha desses telegramas não causa surpresa a nós, pois confirma o que já sabíamos – não só os diplomatas como os observadores externos, a exemplo de vocês, jornalistas: o Ernesto Araújo é um capacho da família Bolsonaro, submisso total. […] Ele faz tudo, até mais do que é pedido, para provar que é um fiel capacho de seus chefes”.

Questionado sobre a participação do ex-chanceler na CPI da Covid, o embaixador afirma que Araújo “será ridicularizado mais uma vez”, tendo em vista a compreensão pública e científica da inutilidade da hidroxicloroquina no tratamento da covid-19.

“Como já há um embate entre o atual ministro da Saúde e a CPI da Pandemia, o Ernesto deve estar muito preocupado, porque ele será obrigado a mentir ou a dizer a verdade, falar que ele cumpriu funções do Bolsonaro mesmo tendo evidências de todas as partes, não só do Brasil, de que não era adequado [o uso da cloroquina]. Ele estará em maus lençóis, e é muito possível que ele invente uma desculpa para se ausentar”, completou Almeida.

Posicionamento da Apsen

Em nota enviada ao MyNews, a Apsen afirma que entrou em contato com o Ministério da Saúde e o consulado na Índia para garantir o seu fornecimento de medicamentos. Confira a íntegra da nota.

“A APSEN Farmacêutica produz hidroxicloroquina no Brasil há 18 anos, com indicação no tratamento de pacientes crônicos com lúpus e artrite reumatoide. Em abril de 2020, com as dificuldades de importação impostas pela pandemia, os esforços da companhia foram concentrados na manutenção do tratamento sem prejuízos à saúde dos mais de 100 mil pacientes crônicos em uso contínuo do medicamento; e em segundo momento, na contribuição com os estudos em andamento na época para análise da possível eficácia para o tratamento da COVID-19. Reforçamos que, os pedidos de compras de insumos são realizados a cada final de ano para atendimento do ano seguinte, portanto os pedidos referentes ao ano de 2020 haviam sido feitos em novembro de 2019 junto aos fornecedores indianos. Com a proibição das importações por parte do governo indiano em abril de 2020, a Apsen trabalhou com estoque reduzido e comercialização racionalizada durante os meses de abril, maio, junho e julho. Diante do cenário de possível desabastecimento, contatamos o Ministério da Saúde e o consulado da Índia para auxiliar com importação dos insumos adquiridos em novembro de 2019, assegurando assim o tratamento dos pacientes que fazem uso contínuo dessa medicação, conforme indicação em bula e prescrição médica.”

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Série especial ‘Política no Oriente Médio’ exclusiva para membros do MyNews https://canalmynews.com.br/mais/serie-especial-politica-no-oriente-medio-exclusiva-para-membros-do-mynews/ Thu, 04 Nov 2021 13:25:38 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/serie-especial-politica-no-oriente-medio-exclusiva-para-membros-do-mynews/ Com a explicação de profissionais, especial dividido em cinco capítulos desvenda detalhes e nuances de uma das regiões mais complexas do mundo

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O programa MyNews Traduz, popular por sua abordagem esclarecedora e didática dos temas abordados, apresenta uma série exclusiva para quem é membro do canal no YouTube.

Composto por cinco capítulos, o especial “Política do Oriente Médio” destrincha toda a complexa geopolítica da região, trazendo detalhes e nuances das culturas, histórias, crises, sistemas administrativos, conflitos, economias e muito mais dos principais países que integram leste e sul do mar Mediterrâneo.

 

Teaser da série “Política no Oriente Médio”, exclusiva para membros do canal MyNews.

Os vídeos são apresentados pelos jornalistas Hermínio Bernardo, Juliana Causin e Gabriela Lisbôa, e cada capítulo conta com a presença de um especialista na pauta, que explica os principais acontecimentos (bem como seus desdobramentos) que marcaram cada região e a sucessão de contextos histórico-sociais.

Quem é membro, é claro, participa ao vivo dos programas, tendo a oportunidade de interagir com o convidado enviando questionamentos, considerações e opiniões sobre o assunto. Além de rever a série na íntegra.

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Série exclusiva “Política no Oriente Médio”

EP 1 – Tudo sobre a Arábia Saudita: história, religião, petróleo e Estados Unidos (convidada: Silvia Ferabolli, professora de Relações Internacionais da UFRGS)

 

EP 2 – Tudo sobre o Irã: Revolução de 79, aiatolás, sistema político e história (convidado: Gunther Rudzit, coordenador do Núcleo de Estudos e Negócios do Oriente Médio ESPM)

 

EP 3 – Tudo sobre o Líbano: história, sistema político, crise e explosão de Beirute (convidado: Murilo Melhy, professor de História Contemporânea da UFRJ)

 

EP 4 – Tudo sobre a Turquia: história, política, golpes, curdos e refugiados (convidado: Heitor Loureiro, professor de História e Relações Internacionais)

 

EP 5 – Tudo sobre a Israel e Palestina (convidado: Arturo Hartmann, jornalista)

 

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Após acordo, França devolverá artefatos saqueados durante colonização africana https://canalmynews.com.br/mais/franca-devolvera-artefatos-saqueados-durante-colonizacao-africana/ Wed, 27 Oct 2021 17:29:59 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/franca-devolvera-artefatos-saqueados-durante-colonizacao-africana/ Será a primeira vez que a França reconduzirá objetos artísticos à África. Dos 5 mil artigos solicitados pela Nigéria, o governo francês retornará 26

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Autoridades do Benin, país da África Ocidental, firmaram um acordo com o governo da França para que a nação europeia devolva 26 artefatos históricos saqueados pelo exército francês durante os anos de colonização do continente africano, no século XIX.

Conhecidas como “Os Tesouros de Abomey”, as peças compostas por altares, ícones e estátuas foram roubadas em 1892, e estavam em exibição no museu parisiense Quai Branly há 18 anos. Com a decisão, a exibição da coleção será prontamente encerrada, e os itens seguirão para Benin, onde um museu está sendo construído na cidade de Abomey com auxílio do governo francês.

'Bronzes de Benin' em exibição no Museu Britânico de Londres.
‘Bronzes de Benin’ em exibição no Museu Britânico de Londres. Foto: Reprodução (Redes)

A universidade Jesus College, de Cambridge, também anunciou que devolverá uma escultura de um galo, retirada do Reino de Benin por tropas britânicas em 1897 – a obra faz parte do acervo de peças comemorativas criadas pelos povos Edo, grupo étnico da Nigéria descendente dos fundadores do Império Benin.

“Esta é a coisa certa a fazer por respeito à herança e história única deste artefato”, disse Sonita Alleyne, professora da instituição à Reuters. O governo nigeriano agradeceu o ato “pioneiro” e afirmou que está aguardando ansiosamente o retorno de outros artigos por parte de novas entidades.

Historiadores e especialistas em arte concluem que cerca de 90% do patrimônio cultural da África está na Europa. Como parâmetro, apenas o Museu do Quai Branly, abriga cerca de 70.000 objetos provenientes de terras africanas.

A entrega dos itens será realizada nesta quarta-feira (27) em uma cerimônia especial dirigida pela presidente da França Emmanuel Macron. As 26 peças fazem parte de uma lista composta por outras 5.000 solicitadas pela Nigéria.

Será a primeira vez que o país europeu devolverá objetos artísticos à África. Macron indicou que a iniciativa de devolução temporária ou permanente da herança africana teve início em 2017.

  • Peça do acervo ‘Os Tesouros de Abomey’. Foto: Reprodução (Domínio Público)

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Petrobras anuncia novo reajuste nos preços do diesel e da gasolina https://canalmynews.com.br/economia/petrobras-anuncia-novo-reajuste-nos-precos-do-diesel-e-da-gasolina/ Mon, 25 Oct 2021 20:42:17 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/petrobras-anuncia-novo-reajuste-nos-precos-do-diesel-e-da-gasolina/ Nas refinarias, litro da gasolina terá alta de 7,04%, enquanto diesel sobe 9,15%

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A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (25) que subirá, mais uma vez, o preço dos combustíveis nas refinarias. O aumento será da ordem de 7% e do diesel de 9,15%. Com isso, o preço de média de venda do litro de gasolina na distribuidora passará de R$ 2,98 para R$ 3,19, ou seja, um reajuste médio de R$ 0,21. É o segundo aumento só em outubro, quando a gasolina subiu 7,2%, no dia 8.

Em nota oficial, a estatal afirmou que o reajuste entrará em vigor já nesta terça-feira (26). De acordo com a companhia, a correção nos preços é importante para assegurar que “o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento”. Como justificativa, a empresa assegura que e o fenômeno é “parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, e da taxa de câmbio”.

Gráfico "Preço dos combustíveis nas refinarias".
Gráfico “Preço dos combustíveis nas refinarias”. Foto: Reprodução (MyNews).

Para as distribuidoras, o valor a ser pago diretamente às refinarias será de R$ 3,19 (alta de R$ 0,21 por litro) na gasolina e R$ 3,34 (reajuste de R$ 0,28 por litro) no diesel.

Já para o consumidor, o valor praticado, no caso da gasolina, é acrescido por 27% de etanol anidro e 73% de gasolina mais impostos. Para o diesel, soma-se ao valor final a mistura de 12% de biodiesel e 88% de diesel – nos dois casos, há ainda a margem de lucro imposta pelas distribuidoras.

A alta já havia sido antecipada extraoficialmente pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No domingo (24), durante um evento em Brasília, o chefe do Executivo informou que “infelizmente, pelos números do preço do petróleo lá fora e do dólar aqui dentro, nos próximos dias, a partir de amanhã, infelizmente teremos reajuste do combustível”.

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MTST faz manifestação em frente à mansão de Flávio Bolsonaro https://canalmynews.com.br/politica/mtst-faz-manifestacao-em-frente-a-mansao-de-flavio-bolsonaro/ Sat, 23 Oct 2021 17:29:15 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/mtst-faz-manifestacao-em-frente-a-mansao-de-flavio-bolsonaro/ Objetivo do MTST é chamar atenção para as crescentes taxas de fome, desemprego e inflação no país. Protesto acontece em área nobre de Brasília

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O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) realiza uma manifestação, na manhã desta quinta-feira (30), em frente ao imóvel do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), no Lago Sul, região nobre de Brasília. Segundo representantes do ato, o objetivo é chamar a atenção para o aumento das taxas de fome, inflação e desemprego no Brasil.

Há cerca de 300 sem-teto no local. Munidos de cartazes e faixas, os militantes gritam palavras de ordem. “Enquanto o filho do [Jair] Bolsonaro está comprando, de forma no mínimo duvidosa, uma mansão de mais de R$ 6 milhões, o povo brasileiro está na fila do osso, está voltando a cozinhar à lenha por causa do preço do botijão de gás”, afirmou Guilherme Boulos, coordenador nacional do movimento.

Manifestantes do MTST fazem ato em frente ao imóvel de Flávio Bolsonaro.
Manifestantes do MTST fazem ato em frente ao imóvel de Flávio Bolsonaro. Foto: Reprodução (Redes Sociais)

A ação faz parte da campanha “Tá tudo caro, a culpa é do Bolsonaro!”, que teve início no dia 23 de setembro, quando o coletivo invadiu a Bolsa de Valores em São Paulo.

“É por isso que o MTST está fazendo essa manifestação, que dá sequência ao ato que o movimento já havia feito na Bolsa de Valores. A família Bolsonaro não pode ficar assistindo impune o povo morrer de fome enquanto se esconde em suas mansões. Nós não vamos parar”, complementou Boulos.

De acordo com a mais recente pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), estima-se que cerca de 23,5% da população brasileira tenha vivenciado situações de insegurança alimentar moderada ou severa entre 2018 e 2020, percentual que representa um crescimento de 5,2% em relação ao último período aferido (2014 a 2016). O número aponta que 49,6 milhões de pessoas, incluindo crianças e adolescentes, deixaram de comer ou tiveram significativa redução na alimentação por falta de dinheiro.

Em estudo realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan), notificou-se que mais da metade dos brasileiros (116,8 milhões) já vivia com algum nível de risco alimentício em 2020.

Mansão de Flávio Bolsonaro fica em área nobre de Brasília

Adquirida por R$ 5,97 milhões, a mansão de Flávio Bolsonaro fica localizada no Setor de Mansões Dom Bosco, Lago Sul, área nobre da cidade, mais especificamente no Condomínio Ouro Branco, local sitiado por imóveis de luxo. Conforme consta na escritura, a residência possui 1.000 m² de área construída e 2.400 m² no total.

A construção tem piscina e paisagismo irrigado artificialmente. Os dois andares são revestidos por pisos de mármore carrara e crema marfil. Com quatro suítes amplas, uma delas com hidromassagem, a casa dispõe ainda de academia, spa com aquecimento solar, espaço gourmet e brinquedoteca.

O filho do presidente alega que os recursos para a compra da mansão vieram da venda de um imóvel e de recursos adquiridos comercialmente em uma loja chocolates. “Eu vendi um imóvel que eu tinha no Rio de Janeiro, eu vendi uma franquia que eu possuía também no Rio e dei entrada em uma casa aqui em Brasília. A maior parte está sendo financiada no banco”, afirmou o parlamentar na época. “Está tudo redondinho, dentro da lei”, finalizou.

Mansão de Flávio Bolsonaro, avaliada em cerca de R$ 6 milhões.
Mansão de Flávio Bolsonaro, avaliada em cerca de R$ 6 milhões. Foto: Reprodução (Redes Sociais)

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Tecnologia e cibersegurança são importantes para empresas de previdência privada https://canalmynews.com.br/tecnologia/tecnologia-ciberseguranca-importantes-previdencia-privada/ Thu, 21 Oct 2021 19:55:38 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/tecnologia-ciberseguranca-importantes-previdencia-privada/ Conferência online visa discutir novas estratégias organizacionais alinhadas à realidade tecnológica e à cultura sustentável. Empresas de previdência privada precisam dialogar com essas ferramentas

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Um dos temas debatidos no 42º Brasileiro de Previdência Privada, organizado pela Associação Brasileira de Previdência Privada (Abrapp), a cibersegurança tem sido um gargalo das organizações e que implica em introduzir uma cultura de segurança nas empresas. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a aplicação efetiva de medidas de proteção de informações em ambientes digitais vieram para colocar o tema ainda mais em destaque, ressaltando a necessidade de preservar não apenas os dados e informações sensíveis das empresas, mas também dos seus clientes e potenciais usuários.

Mediado pela jornalista Myrian Clark, o painel que debateu o tema teve a participação de André Miceli, CEO e editor-chefe do MIT Technology Review Brasil; Marcos Nêmi, especialista em segurança online; e Waldemar Gonçalves Ortunho Junior, diretor-presidente da Autoridade Nacional de Proteção de Dados.

Painel falou sobre cibersegurança
Cibersegurança e a necessidade de mudar a cultura empresarial para proteger os dados da empresa e dos clientes foi assunto de conferência do 42º Congresso Brasileiro de Previdência Privada/Imagem: Reprodução/Internet

Um dos assuntos abordados pela mesa foi a eficiência real das aplicações de proteção digital praticadas no meio empresarial. Conforme foi debatido, muitas vezes as companhias investem grandes valores para possuir os melhores sistemas, mas às vezes um pequeno detalhe, como o compartilhamento de documentos via redes sociais, ou até mesmo o acesso remoto por parte de um colaborador, pode abrir brechas significativas para a invasão desses sistemas operacionais.

” A gestão na era de dados deve levar em consideração tecnologias, processos e pessoas. Apesar do crescimento no volume de dados, apenas 48% das pessoas com acesso às informações dizem que usam os dados na tomada de decisão. Essa é a diferença entre empresas geridas através do feeling, empresas conectadas para iniciativas pontuais e empresas ágeis que já sabem usar as ferramentas”, analisou André Miceli.

Miceli acrescentou que a cultura da segurança deve ser seguida por todos os colaboradores das empresas. “Não adianta ter uma baita estrutura de cibersegurança e procedimentos e acessar a rede da empresa do computador de casa, instalar um aplicativo, um software, mallware, achando que está fazendo o recadastramento do banco. Desconfiar de tudo é uma técnica muito eficiente”, pontuou Miceli, acrescentando que a sociedade costuma romantizar a figura do hacker como alguém que está nos porões, lidando com programação e fazendo códigos incríveis.

“Na maioria das vezes o que acontece de fato é que são enviados milhões de e-mails com um assunto que chama atenção das pessoas e as pessoas acabam caindo. Através dessa estratégia, algumas empresas são fortemente afetadas, como temos visto casos de sequestro de máquinas e pedidos de resgates multimilionários para retomar o controle do sistema da empresa. A cultura de defesa é muito importante e vai ser ainda mais. Não voltaremos para os escritórios como antes”, atestou o CEO.

A interferência política no setor tecnológico também foi uma das pautas trabalhadas pelos integrantes do debate. Ortunho Junior ressaltou a aprovação no Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que inclui a proteção de dados pessoais na gama de direitos e garantias fundamentais do cidadão – o plenário da Casa aprovou por unanimidade nesta quarta (20) o projeto em questão.

Em outro painel, Pedro Waengartner e Sandro Magaldi, fundadores da plataforma de empreendedorismo ‘meuSucesso.com’, afirmaram que, pensando da prosperidade institucional, os dirigentes devem permitir que o cliente sente na cabeceira do negócio, uma vez que ele é o elemento vital para o progresso da companhia. A dupla ressaltou ainda que as empresas devem alterar suas estruturas tradicionais, remodelando-se às concepções contemporâneas do mercado, tendo como foco os novos interesses sociais dos clientes.

Waengartner resumiu o congresso dizendo que “nunca foi tão barato sonhar grande”.

Congresso da Abrapp segue debatendo previdência privada até a próxima sexta (22)

Iniciado na última terça-feira (19), o 42º Congresso Brasileiro de Previdência Privada, inciativa promovida pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), expõe os principais temas sobre o universo dos investimentos por intermédio da tecnologia e da informação.

Página inicial do 42º CBPP
Página inicial do 42º CBPP. Foto: Reprodução

Os idealizadores visam proporcionar, durante os quatro dias de evento, uma experiência imersiva ao usuário, que poderá navegar em um ambiente virtual cuidadosamente preparado para que a prática seja, além de rica, agradável – as interações e transmissões ao vivo da programação, realizadas em estúdios modernamente equipados, são conduzidas por especialistas, influenciadores e lideranças renomadas, entre elas as jornalistas Mara Luquet e Myrian Clark, representantes do Canal MyNews na conferência.

Tendo o impulso compulsório pelo progresso social e empresarial como diretriz, o congresso demonstra a necessidade organizacional de estabelecer táticas seguras para a construção de um novo modelo de negócios setorial alinhado à nova realidade, estruturas tecnológicas, gestão empreendedora e uma cultura sustentável.

As sessões proporcionam debates sobre movimentos transformadores, capazes de compartilhar ideias, de maneira disruptiva e fluida, que irão inspirar novas posições e diferentes maneiras de se pensar o setor de investimentos.


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Sem apoio de partidos, deputados correm por fora na disputa pela presidência da Câmara https://canalmynews.com.br/politica/sem-apoio-de-partidos-deputados-correm-por-fora-na-disputa-pela-presidencia-da-camara/ Tue, 19 Oct 2021 20:10:44 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/sem-apoio-de-partidos-deputados-correm-por-fora-na-disputa-pela-presidencia-da-camara/ Além de Arthur Lira e Baleia Rossi, veja quem são os demais candidatos a disputar a Presidência da Câmara

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Dois nomes estão cotados para protagonizar a eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados, que acontecerá na primeira semana de fevereiro: Arthur Lira (PP-AL), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e Baleia Rossi (MDB-SP), nome firmado pelo atual dirigente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O confronto, contudo, não configura uma disputa dicotômica na Câmara. Insatisfeitos com o denominado alto clero – parcela de parlamentares que interferem diretamente na rotina da Casa –, ao menos quatro deputados federais também ingressaram na corrida presidencial.

Alexandre Frota (PSDB-SP), André Janones (Avante-MG), Capitão Augusto (PL-SP) e Fábio Ramalho (MDB-MG) compõem o grupo dos concorrentes “órfãos”. Eles se lançaram sem o suporte formal dos próprios partidos, com o intuito de viabilizar novas alternativas ao pleito.

Plenário da Câmara funcionou virtualmente durante boa parte de 2020
Plenário da Câmara (Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados)

Com a palavra, os ‘independentes’

O PSDB de Frota oficialmente faz parte da frente de partidos que, ao menos em teoria, estão com Baleia Rossi. Eleito deputado pelo PSL, o agora tucano diz que candidatos que se lançam por conta própria, sem receber auxílio partidário e grandes investimentos, “jogam com o coração e a sorte”.

Frota afirma ter o voto, para além do próprio, de outros 5 correligionários, e que não está aficionado pelo resultado e escolha de outros colegas: “Quem quiser vota. Quem não quiser não vota”, explicou.

Já o Avante e o PL, partidos respectivamente dos candidatos Janones e Capitão Augusto, declararam votos a Arthur Lira.

Coordenador da Frente Parlamentar de Segurança Pública, Capitão Augusto declarou que, estimulado por parlamentares da bancada temática armamentista, vem articulando sua candidatura há mais de um ano, visando a instituição de uma gestão que dê prioridade às pautas de sua frente política.  Ele estima obter por volta de 70 votos, provenientes das alas militares, bolsonaristas, do PL e de São Paulo, e assim chegar a um segundo turno.

Janones, por sua vez, diz que o “deslocamento da classe política com a sociedade” foi sua principal motivação para se candidatar ao cargo superior da Câmara. O “clamor popular não tem qualquer peso em tomadas de decisões no Parlamento”, justifica.

Deputado federal desde 2007, Ramalho diz trabalhar “há muitos anos” na campanha pessoal e conversar com 30 deputados por dia – entre os concorrentes autônomos, o mineiro é o mais otimista, calculando cerca de 190 votos, distribuídos por componentes de todos os partidos, exceto Novo, PSOL e PCdoB.

Ele nega diferenças com o correligionário Baleia Rossi, mas crê que a seção parlamentar é pouco democrática quanto a diluição de poder e discussão de pautas: “Vejo hoje uma Casa de poucos em que mais de 490 deputados [dos 513] não participam de nada, das decisões. Ficam alijados de tudo, do poder que os eleitores deram”. Ele promete rever esse cenário caso eleito para dirigir a Casa.

Novo e PSOL

Além destes, outros dois deputados entram na disputa representando partidos que optaram, ao menos oficialmente, em não fechar com nenhuma das candidaturas consideradas favoritas ao pleito.

O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), aopiado oficialmente pela legenda, também concorre à ocupação presidencial, caracterizando-se como uma terceira via entre os 2 principais aspirantes.

Na tentativa de atrair parlamentares da esquerda que não admitem ficar ao lado de Baleia, o PSOL lançou Luiza Erundina (SP) como candidata. No entanto, parlamentares da legenda também cogitavam apoiar Baleia Rossi, o que indica uma cisão.

A grande quantidade de nomes colocados na disputa pode ocasionar um efeito de pulverização dos votos, resultando, assim, na possibilidade de um segundo turno – provavelmente entre Arthur Lira e Baleia Rossi.

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