Há quatro candidatos que possuem uma liderança muito tranquila, todos governadores que encerraram seus mandatos esse ano e se descompatibilizaram para disputar as eleições.
por Felipe de Farias em 31/08/22 08:00
Ainda antes de se completar uma semana do início da campanha eleitoral nas rádios e TVs, o cenário para as eleições do Senado já começam a se alterar. Ainda é cedo, é verdade, em duas (DF e PE) das 27 Unidades Federativas, a liderança da pesquisa está com os indecisos e não com nenhuma candidatura, em outra delas (MG), os indecisos pontuam atrás do voto nulo, mas ainda na frente de qualquer candidato. Nessas e outras eleições, o cenário ainda está muito aberto e, evidentemente, tudo que se falar sobre resultado, é especulação.
Em contraposição, há quatro candidatos que possuem uma liderança muito tranquila, todos governadores que encerraram seus mandatos esse ano e se descompatibilizaram para disputar as eleições: Flávio Dino (PSB/MA), Camilo Santana (PT/CE), Renan Filho (MDB/AL) e Wllignton Dias (PT/PI) gozam de um imenso prestígio vindo de duas eleições para os governos locais.
Dos catorze senadores que tentam a reeleição, apenas cinco lideram suas respectivas disputas: Alvado Dias (Podemos/PR), que assumiu a dianteira contra seu quase pupilo Sergio Moro (União Brasil); Davi Alcolumbre (União/AP), com vantagem apertada sobre Rayssa Furlan do MDB (32,3% x 27,3%, repsectivamente segundo o levantado por Paraná Pesquisas em 26.08); Otto Alencar (PSD/BA), que será o primeiro senador eleito desde 1990 que se põe como oposição ao candidato a ser eleito ao governo do estado (ACM Neto, do DEM, tem potencial de ganhar já em primeiro turno), Omar Aziz (PSD/AM), que disputa conta Arthur Virgílio Neto (PSDB) em pé de 29% x 25% segundo o IPEC em 26.08 e Romário (PL/RJ) que vê a diferença para Molon do PSB cada vez mais apertada.
Se pensarmos na configuração do futuro Senado, desprezando o que pode acontecer nas eleições presidencial e estaduais, a esquerda, e seu maior expoente, o PT, parece ser a mais beneficiada, caso as eleições acabem como as pesquisas de hoje.
Os partidos de esquerda hoje somam 13 senadores, sendo 7 do PT, 3 do PDT, 2 do PSB e 1 da REDE, porém, segundo as últimas pesquisas em cada estado, é possível que esse número suba a 19 cadeiras, sendo o PT o que mais pode eleger candidaturas nessa eleição que renova 1/3 da casa. A Rede, que em 2018 surpreendeu e elegeu 5 senadores, tem apenas Randolfe Rodrigues (AP) e não repetirá o “bom” desempenho da vez passada, mas PSB é líder em 3 pesquisas /, o que aumentaria sua bancada em 2 senadores o PDT elegeria mais um senador, substituindo o que sairá do Senado.
O PT e o PL seriam os que elegeriam mais senadores, respectivamente 6 e 5, o que os fariam a chegar ao número de 11 parlamentares na casa, assim como o PSD, pode eleger 3 senadores, se somando aos 8 que estão em meio de mandato. Fechando os 4 da frente, o MDB, que também terá a permanência de 8 mandatos, tem chances de eleger mais duas candidaturas e chegar ao número de 10 senadores.
Em relação às alianças nacionais, o mapa das eleições, segundo as pesquisas ficaria assim:
A coligação de Lula, tem a chance de eleger 9 cadeiras, contando com mais 3 que a apoia localmente teriam 12 das 27 cadeiras eleitas nessa eleição. A coligação bolsonarista renovaria 8 cadeiras mais uma aliada, o que colocaria 9 senadores em seu apoio no Senado Federal. O partido de Soraya elegeria duas candidaturas, com apoio estadual de mais 1, enquanto Simone Tebet fortaleceria sua base em dois senadores e Ciro Gomes em apenas um, que curiosamente, conta com apoio local do PT em chapa pela reeleição da governadora Fátima Bezerra.
*Felipe de Farias é professor de História e de Educação Especial.
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