Ex-ministro da Saúde, Pazuello ganhou o direito de ficar em silêncio no colegiado após pedido de habeas corpus apresentado pela AGU
por Redação em 16/05/21 19:41
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia entra em sua terceira semana de trabalho com o depoimento de dois ex-ministros de Jair Bolsonaro (sem partido) e de Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde. O foco deve continuar sendo a cloroquina e a vacinação no país.
Ex-ministro das Relações Exteriores, Araújo participará da CPI na terça-feira (18). Próximo do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e de Filipe Martins, assessor de Bolsonaro, Araújo atacou diversas vezes a China durante seu período como chanceler. Araújo já defendeu que a covid-19 seria o “comunavírus” e usou o Itamaraty para conseguir cloroquina.
Pazuello, por sua vez, foi o ministro da Saúde que mais tempo dirigiu a pasta durante a atual pandemia. O general assumiu interinamente o posto em 16 de maio de 2020, após a saída de Nelson Teich, foi efetivado no cargo em 16 de setembro e exonerado no dia 23 de março de 2021. De acordo com o presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, e o ex-secretário especial de Comunicação Social, Fabio Wajngarten, Pazuello era o ministro da Saúde quando ofertas de vacinas da Pfizer foram ignoradas.
O general e ex-ministro da Saúde tem um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para ficar em silêncio durante seu depoimento. A requisição foi feita pela Advocacia-Geral da União (AGU), que citou um possível “constrangimento ilegal”. O depoimento de Pazuello está agendado para a quarta-feira (19) após ser adiado.
Já na quinta-feira (20), o depoimento será de Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Cloroquina”, defensora de remédios sem eficácia comprovada contra covid-19. Também está previsto o depoimento da médica Nise Yamaguchi.
O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo no domingo (16) que o colegiado já provou “que não houve nenhum interesse na compra da vacina no primeiro momento, que se apostou muito na imunização de rebanho e kit cloroquina, ivermectina”.
“O governo errou desde o primeiro momento. Não apostou no isolamento, não apostou na máscara, no álcool em gel, na vacina, uma série de coisas que poderiam ter ajudado a salvar pessoas. E continuam apostando na cloroquina”, disse Aziz.
Comentários ( 0 )
ComentarMyNews é um canal de jornalismo independente. Nossa missão é levar informação bem apurada, análise de qualidade e diversidade de opiniões para você tomar a melhor decisão.
Copyright © 2022 – Canal MyNews – Todos os direitos reservados. Desenvolvido por Ideia74
Entre no grupo e fique por dentro das noticias!
Grupo do WhatsApp
Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo.
ACEITAR