Arquivos China - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/china/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Wed, 29 Jan 2025 20:28:16 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 O que é DeepSeek, a nova IA chinesa que causou prejuízo a bigtechs ocidentais? https://canalmynews.com.br/noticias/o-que-e-deepseek-a-nova-ia-chinesa-que-causou-prejuizo-a-bigtechs-ocidentais/ Wed, 29 Jan 2025 20:28:16 +0000 https://localhost:8000/?p=50453 Chatbot lançado no último final de semana superou concorrentes e se tornou o aplicativo gratuito mais baixado nos Estados Unidos e na China

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DeepSeek é um aplicativo de inteligência artificial “generativa” – tecnologia popularmente conhecida como chatbot – desenvolvido pelo engenheiro eletrônico Liang Wenfeng em Hangzhou, cidade no sudeste da China. A IA, lançada no final de semana, se tornou o aplicativo gratuito mais baixado nos Estados Unidos (EUA) e na China e levou as ações das principais empresas de tecnologia norte-americanas a despencar.

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A startup chinesa DeepSeek, responsável pelo modelo de IA de mesmo nome, afirmou que o novo chatbot foi criado com bem menos recursos, usando menos dados e custando apenas uma fração do que foi investido em seus concorrentes, como o ChatGPT e o Gemini. Além disso, os modelos batizados de DeepSeek R1 e V3 também são mais acessíveis e utilizam um código aberto, o que permite que outras pessoas e empresas possam testar e aprimorar os sistemas livremente.

Impacto no mercado internacional

Toda a movimentação ao redor do DeepSeek começou na segunda-feira (27), primeiro dia útil após seu lançamento. A ascensão do aplicativo fez com que os investidores vendessem rapidamente as ações das grandes empresas de tecnologia norte-americanas. Ao final do dia, Nvidia, Alphabet (dona do Google), Microsoft e Tesla fecharam em queda com uma perda acumulada de US$ 643 bilhões (aproximadamente R$ 3,7 trilhões) em valor de mercado.

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A mais prejudicada foi a fabricante de chips de IA Nvidia, que deixou o posto de empresa mais valiosa do mundo, ao perder US$ 589 bilhões (aproximadamente R$ 3,4 trilhões) e encerrar a segunda-feira em forte queda de 17%. Microsoft, principal investidora da OpenAI (responsável pelo ChatGPT), e Alphabet, dona do Gemini, também registraram queda de 2,14% e 4,17%, respectivamente.

O novo presidente dos EUA, Donald Trump, também se pronunciou sobre a tecnologia chinesa, avaliando com positiva a criação de um modelo mais rápido de inteligência artificial, mas afirmou que isso deve servir de alerta para as bigtechs ocidentais.

Quem é Liang Wenfeng?

Liang Wenfeng, fundador da DeepSeek, nasceu em 1985 em Zhanjiang, cidade pobre na província de Guangdong, no sul da China. Filho de um professor de escola primária, Wenfeng se formou como engenheiro eletrônico pela Universidade de Zhejiang, onde também fez mestrado em engenharia de informação e comunicação.

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Em entrevista a CCTV, veículo estatal chinês, Wenfeng afirmou que o sucesso internacional ocorreu por acidente, pois “estávamos simplesmente seguindo nosso próprio ritmo, calculando custos e definindo preços de acordo”. O engenheiro eletrônico também informou que seu objetivo principal não é capturar novos usuários, mas tornar acessíveis para todos os serviços de inteligência artificial.

De acordo com informações apuradas pela Reuters, Wenfeng recrutou os talentos da DeepSeek quase que exclusivamente na China, contratando recém-formados de universidades de prestígio, estagiários em fase final de doutorado e medalhistas das Olimpíadas de Matemática.

Polêmica

As empresas parceiras Microsoft e OpenAI anunciaram, nesta quarta-feira (29), que deram início a uma investigação sobre possível vazamento de informações que teria permitido que a startup chinesa utilizasse ilegalmente os dados do ChatGPT.

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Na terça-feira (28), o CEO da OpenAI, Sam Altman, chegou a elogiar o DeepSeek. Mas, menos de 24 horas depois da declaração, a empresa norte-americana afirmou ao jornal Financial Times que possui evidências de que o concorrente oriental usou uma técnica conhecida como “destilação” para extrair dados do ChatGPT para treinar o chatbot chinês.

Segundo o portal de tecnologia The Verge, a prática de “destilação” viola seus termos de serviço. Assim, as supostas informações extraídas teriam sido obtidas de forma não autorizada.

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Assista abaixo ao Segunda Chamada de terça-feira (28):

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Trump pede tempo antes de decisão sobre banir Tik Tok nos Estados Unidos https://canalmynews.com.br/internacional/trump-pede-tempo-antes-de-decisao-sobre-banir-tik-tok-nos-estados-unidos/ Fri, 17 Jan 2025 17:41:48 +0000 https://localhost:8000/?p=50206 Presidente eleito tomará posse na próxima segunda-feira (20) e convidou Xi Jinping, da China

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Nesta sexta-feira (17), a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu banir o TikTok a partir de domingo (19). A medida, já aprovada pelo Congresso no ano passado, recebeu o aval final para entrar em vigor. Aliás, uma lei sancionada por Joe Biden, no início de 2024, estipulou um prazo até domingo para o aplicativo chinês encontrar um comprador nos EUA. Sem um acordo, a rede social será proibida de operar no país. No entanto, o presidente eleito Trump promete ver a situação.

Trump promete avaliar situação

Donald Trump, presidente eleito em novembro de 2024, comentou o caso. “Minha decisão sobre o TikTok será tomada em breve, mas preciso de tempo para analisar a situação. Fiquem ligados”, afirmou. Karine Jean-Pierre, porta-voz da Casa Branca, disse que a implementação da lei ficará para a próxima gestão, que assume na segunda-feira (20).

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Conversas com Xi Jinping

Trump revelou ter conversado por telefone com Xi Jinping, presidente da China, sobre o TikTok, mas não forneceu detalhes. Segundo fontes, o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, foi convidado para a posse de Trump e deve comparecer.

Defesa do TikTok

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A empresa afirma ter 170 milhões de usuários nos EUA e nega representar uma ameaça à segurança nacional. O TikTok também pediu o adiamento da lei para que a Suprema Corte e o governo de Trump analisem sua legalidade.

Suspensão temporária em estudo

Todavia, fontes internacionais afirmam que Trump pode assinar uma ordem executiva no início de seu governo para suspender o banimento por 60 a 90 dias.

Histórico de tensões

Por fim, Trump tentou bloquear, portanto, o TikTok durante seu primeiro mandato (2016-2020). Porém, mudou de postura na campanha para voltar à Casa Branca. “Tenho um lugar especial no coração para o TikTok. Ganhei a juventude por 34 pontos, e há quem diga que o TikTok ajudou nisso”, declarou.

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Entenda como a volta de Trump transforma o Brasil e o mundo:

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Na China, O primeiro Hospital operado por inteligência Artificial! https://canalmynews.com.br/noticias/hospital-inteligencia-artificial/ Sat, 08 Jun 2024 20:56:00 +0000 https://localhost:8000/?p=43762 Desenvolvido por pesquisadores da Universidade Tsinghua, em Pequim, o Agent Hospital representa um marco revolucionário na medicina moderna.

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Previsto para iniciar suas operações no segundo semestre de 2024, este hospital virtual integra inteligência artificial (IA) de ponta para transformar a forma como doenças são diagnosticadas e tratadas. Utilizando modelos de linguagem de grande porte (LLMs) como o GPT-4, o Agent Hospital não apenas simula, mas também evolui autonomamente, proporcionando um novo patamar de eficiência e precisão nos cuidados médicos.

A Inovação do Agent Hospital

O Agent Hospital é composto por agentes médicos virtuais que são capazes de realizar todo o processo de atendimento, desde a consulta inicial até o acompanhamento pós-tratamento. Esses agentes foram treinados com o conjunto de dados MedQA, utilizado no Exame de Licenciamento Médico dos EUA, onde alcançaram uma taxa de precisão de 93,06% em diagnósticos de doenças respiratórias. Este nível de precisão supera significativamente a média de muitos profissionais humanos, destacando o potencial da IA em complementar e, em certos casos, superar o desempenho humano em áreas específicas da medicina.
A estrutura do hospital inclui 14 médicos e quatro enfermeiras virtuais, cada um com funções bem definidas. Os médicos são responsáveis pelo diagnóstico e elaboração de planos de tratamento detalhados, enquanto as enfermeiras oferecem suporte diário aos pacientes. Esse arranjo permite um fluxo de trabalho eficiente e integrado, onde cada agente desempenha um papel crucial no cuidado ao paciente.
Capacidade e Eficiência Sem Precedentes
Uma das maiores vantagens do Agent Hospital é sua capacidade de atender a um grande número de pacientes em um curto período. Testes indicaram que os agentes médicos do hospital podem tratar até 100 vezes mais pacientes, algo que levaria anos para médicos humanos alcançarem. Isso se deve à capacidade dos agentes de IA de processar e analisar dados em uma velocidade incomparável, além de aprender e evoluir continuamente a partir de cada interação e tratamento realizado.

Além disso, os agentes médicos utilizam um sistema de feedback contínuo para melhorar suas habilidades. Eles armazenam tratamentos bem-sucedidos em uma biblioteca de registros médicos e aprendem com diagnósticos errados, utilizando esses dados para otimizar futuras decisões. Esse ciclo de aprendizagem contínua garante que os agentes estejam sempre melhorando e aprimorando suas competências.

Benefícios para o Treinamento Médico

O impacto do Agent Hospital vai além do atendimento direto aos pacientes. Ele também oferece um ambiente seguro e controlado para o treinamento de estudantes de medicina. Os estudantes podem interagir com pacientes virtuais e propor planos de tratamento sem o risco de causar danos a pacientes reais devido a erros de julgamento. Este tipo de treinamento prático e seguro é crucial para a formação de médicos altamente qualificados.
O ambiente simulado do hospital permite que os estudantes pratiquem em uma variedade de cenários médicos, enfrentando diferentes tipos de doenças e condições. Essa experiência prática é valiosa para a construção de confiança e competência, preparando os futuros médicos para situações do mundo real.

Desafios e Considerações Éticas

Apesar dos avanços promissores, a implementação do Agent Hospital enfrenta vários desafios. A adesão rigorosa às regulamentações médicas nacionais e a validação completa da maturidade tecnológica são essenciais para garantir que a IA não apresente riscos à saúde pública. Além disso, questões éticas sobre a responsabilidade legal e a personalização do atendimento precisam ser abordadas.
Dr. Dong Jiahong, da Academia Chinesa de Engenharia, enfatiza que, embora a IA possa superar limites fisiológicos e intelectuais humanos em certos aspectos, a medicina é uma ciência de amor e uma arte de calor humano, algo que a IA ainda não pode replicar completamente. A responsabilidade legal em tratamentos médicos deve sempre recair sobre médicos humanos, e a IA deve ser vista como uma ferramenta complementar, não substitutiva.

O Futuro da Medicina com Inteligência Artificial

O Agent Hospital representa uma visão do futuro onde a IA desempenha um papel central na medicina, oferecendo cuidados de alta qualidade de maneira acessível e eficiente. À medida que a tecnologia avança, é provável que vejamos uma integração cada vez maior entre IA e cuidados médicos, com a IA assumindo tarefas repetitivas e analíticas, permitindo que os médicos humanos se concentrem em aspectos mais complexos e emocionais do atendimento ao paciente.
A perspectiva de hospitais totalmente automatizados que salvam milhões de vidas está se tornando cada vez mais realista. No entanto, é crucial que o desenvolvimento e a implementação dessa tecnologia sejam conduzidos de maneira responsável e ética, garantindo que a IA complemente, e não substitua, a expertise humana na medicina.
O Agent Hospital da Universidade Tsinghua é um exemplo poderoso de como a tecnologia pode transformar a medicina, trazendo benefícios significativos tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes. À medida que nos aproximamos do lançamento oficial, o mundo estará observando atentamente para ver como essa inovação impactará a prática médica e moldará o futuro dos cuidados de saúde.

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Brasil e China assinam memorandos para nova industrialização https://canalmynews.com.br/politica/brasil-e-china-assinam-memorandos-para-nova-industrializacao/ Fri, 14 Apr 2023 21:40:32 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37065 Documentos tratam de economia digital e facilitação do comércio

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Brasil e China estão assinando uma série de memorandos visando uma “nova industrialização” no Brasil, que tenha “bases sustentáveis, com inovação tecnológica e investimentos em setores estratégicos”. Caberá ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a responsabilidade por três deles, focados em investimentos industriais, economia digital e facilitação do comércio.

“As conversas em torno de cada área serão pautadas também por questão ambiental, dada a importância do tema para os chineses e para o governo brasileiro. Entre os assuntos de interesse ambiental está a atração de investimentos em energia renovável, infraestrutura verde, manejo sustentável de florestas, tecnologia e inovação”, informou o MDIC.

Em nota, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, disse que, além de ser importante parceiro comercial, a China pode ajudar o Brasil a ocupar um lugar de destaque na indústria 4.0 – termo adotado para a chamada quarta revolução industrial, caracterizada por abranger sistemas tecnológicos como inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem.

“Há uma sinergia entre o projeto chinês Made In China 2025 e o pensamento do MDIC, recriado pelo presidente Lula. As duas nações querem desenvolver produtos inovadores e modernizar sua produção industrial. A troca de conhecimentos entre os países é muito importante neste momento”, afirmou Alckmin, que também comanda a pasta.

Ao destacar a convergência entre os destinos dos dois países, Alckmin disse que o futuro passa por política industrial, neoindustrialização, bem como pela “busca de novas tecnologias, preservação do meio ambiente e diminuição dos entraves comerciais no mundo da economia digital”.

Cooperação industrial
Segundo o ministério, o memorando de cooperação industrial tem como ator principal o setor privado. Ele prevê tratativas para investimentos e trocas tecnológicas nos setores de mineração, energia, infraestrutura e logística (estradas, ferrovias, portos, gasodutos), indústria de transformação (carros, máquinas, construção, eletrodomésticos), alta tecnologia (medicamentos, equipamentos médicos, tecnologia da informação, biotecnologia, nanotecnologia, setor aeroespacial) e agroindústria.

Economia digital
No caso da economia digital, as conversas devem evoluir para a “construção de uma infraestrutura econômica capaz de integrar tecnologias interativas inteligentes a atividades como manufatura avançada, circulação de mercadorias, transportes, negócios, finanças, educação e saúde”. Abrange, segundo o MDIC, redes de banda larga, navegação por satélite, centros de processamentos de dados, computação em nuvem, inteligência artificial, tecnologia 5G e cidades inteligentes.

O memorando aborda também questões relativas a novos modelos de negócio, regulação, pesquisa, treinamento e capacitação.

Comércio
O memorando sobre facilitação de comércio apresenta diretrizes no âmbito do Grupo de Trabalho de Facilitação do Comércio, que prevê conversações para eliminação de barreiras e adoção de boas práticas comerciais e regulatórias em temas de interesse bilateral, além de prever o estabelecimento de canais de comunicação eficientes, apoio à participação em feiras e dar agilidade à circulação, à liberação e ao despacho aduaneiro.

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Lula e Xi Jinping assinam 15 acordos de parceria em Pequim https://canalmynews.com.br/politica/lula-e-xi-jiping-assinam-15-acordos-de-parceria-em-pequim/ Fri, 14 Apr 2023 14:16:12 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37040 China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da China, Xi Jinping, assinaram, nesta sexta-feira (14), em Pequim, 15 acordos comerciais e de parceria. Lula está em viagem ao país asiático e foi recepcionado no Grande Palácio do Povo, sede do governo chinês.

Os mandatários participaram de reunião ampliada com os ministros e assessores de ambos os países e tiveram encontro privado. Nessa conversa, além de temas bilaterais, eles trataram do diálogo e negociação para encerrar a invasão da Ucrânia pela Rússia. Um jantar em homenagem a Lula também foi oferecido por Xi Jinping.

Os termos assinados entre os dois países incluem acordos de cooperação espacial, em pesquisa e inovação, economia digital e combate à fome, intercâmbio de conteúdos de comunicação entre os dois países e facilitação de comércio.

Um dos acordos prevê o desenvolvimento do CBERS-6, o sexto de uma linha de satélites construídos na parceria bilateral. De acordo com o governo brasileiro, o diferencial do novo modelo é uma tecnologia que permite o monitoramento de biomas como a Floresta Amazônica, mesmo com nuvens.

Certificação
Outros documentos assinados tratam de certificação eletrônica para produtos de origem animal e dos requisitos sanitários e de quarentena que devem ser seguidos por frigoríficos para exportação de carne do Brasil para a China. O Brasil é o maior fornecedor de carne bovina para o país asiático e 60% da produção brasileira são vendidos para a China.

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No contexto da visita do presidente brasileiro, o setor empresarial também anunciou 20 novos acordos entre os dois países em áreas como energias renováveis, indústria automotiva, agronegócio, linhas de crédito verde, tecnologia da informação, saúde e infraestrutura.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, esses acordos somam-se àqueles anunciados durante o Seminário Econômico Brasil-China, realizado em 29 de março, totalizando mais de 40 novas parcerias. Lula deveria ter feito essa viagem no fim do mês passado, ocasião do seminário, mas um quadro de pneumonia o obrigou a adiar o compromisso.

“No setor turístico, destaca-se a inclusão do Brasil na lista de destinos autorizados para viagens de grupos de turistas chineses, o que representa grande oportunidade para o crescimento do fluxo de visitantes entre os dois países”, destacou o Itamaraty.

Antes da assinatura dos atos, Lula e a comitiva brasileira participaram de cerimônia de deposição de flores no monumento aos Heróis do Povo, na Praça da Paz Celestial.

Outros encontros
Mais cedo, também no Grande Palácio do Povo, Lula teve encontro com presidente da Assembleia Popular Nacional da China, Zhao Leji. Segundo a Presidência da República, eles trataram da parceria estratégica entre Brasil e China, da ampliação de fluxos de comércio entre os países e do equilíbrio da geopolítica mundial.

“Lula ressaltou que o Brasil foi o primeiro país a reconhecer a China como economia de mercado. Reforçou que o país asiático foi parceiro essencial para a criação dos Brics [bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] e que a relação bilateral entre as nações tem o potencial de consolidar uma nova relação sul-sul no âmbito global”, informou o Palácio do Planalto.

Os dois líderes também ressaltaram a intenção de ampliar investimentos e reforçar a cooperação em setores como educacional e espacial.

Já o primeiro compromisso do dia de Lula e integrantes da comitiva foi a reunião com o presidente da State Grid, Zhang Zhigang. A empresa é líder do setor elétrico na China e tem investimentos no Brasil, com 19 concessionárias e linhas de transmissão em 14 estados.

De acordo com o Planalto, Lula reforçou a importância dos investimentos chineses no Brasil, a confiança na economia nacional e o foco do governo federal em investimentos em energias renováveis e na ampliação da rede de transmissão integrando projetos de geração eólica e solar com a rede convencional.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009 . O volume comercializado entre os dois países em 2022 foi de US$ 150,4 bilhões. O ano de 2023 marca o cinquentenário do início das relações comerciais entre Brasil e China. A primeira venda entre os dois países aconteceu em 1973, um ano antes do estabelecimento das relações diplomáticas sino-brasileiras.

Essa viagem é a quarta visita internacional de Lula após a posse neste terceiro mandato. O presidente já foi à Argentina, ao Uruguai e aos Estados Unidos. Ele também recebeu, em Brasília, o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, no fim de janeiro.

Nessa quinta-feira (13), Lula cumpriu agenda em Xangai, onde participou da posse da ex-presidenta Dilma Rousseff no comando do Novo Banco de Desenvolvimento, o banco de fomento dos Brics, teve encontro com empresários e visitou o centro de pesquisa e desenvolvimento da empresa de tecnologia Huawei.

A comitiva do presidente Lula deixa a China amanhã (15). No retorno ao Brasil, o avião presidencial pousará em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, para uma visita oficial.

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Fiocruz e instituto chinês assinam acordo de cooperação científica https://canalmynews.com.br/brasil/fiocruz-e-instituto-chines-assinam-acordo-de-cooperacao-cientifica/ Thu, 13 Apr 2023 15:21:18 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37023 Rio e Pequim terão centro de pesquisas de doenças Infecciosas

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou nesta quarta-feira (12), em Pequim, um acordo de cooperação na área de ciência e tecnologia com a instituição chinesa CAS-TWAS Centro de Excelência para Doenças Infecciosas Emergentes (CEEID, na sigla em inglês). Entre as medidas, está prevista a criação do Centro Sino-Brasileiro de Pesquisa e Prevenção de Doenças Infecciosas (IDRPC). Uma sede vai ser em Pequim e a outra no Rio de Janeiro, no Campus Manguinhos.

A parceria é voltada especialmente para prevenção e controle de pandemias e epidemias, e de doenças infecciosas. Entre elas, covid-19, influenza, chikungunya, zika, dengue, febre amarela, oropouche e tuberculose. Também existe o compromisso de desenvolver bens públicos de saúde global, como testes de diagnósticos rápidos, terapias, vacinas e fármacos.

Segundo a Fiocruz, as conversas para assinar o acordo começaram antes de 2019, mas houve atraso por causa da pandemia e de questões políticas. O órgão atribui à mudança no governo federal a razão pela qual foi possível firmar a parceria agora e reaproximar os interesses de Brasil e China.

“Além da cooperação já em curso no campo da genômica, nós também queremos dar um caráter mais tecnológico a essa parceria e desenvolver produtos para a saúde. Também estamos considerando fazer editais conjuntos relacionados a projetos específicos e aumentar o fluxo de pesquisadores entre a China e o Brasil. E um dos pontos de destaque é a realização de um seminário até o último trimestre desse ano ou primeiro trimestre do ano que vem, para que identifiquemos pontos de conexão e potenciais contratos”, disse o presidente da Fiocruz, Mario Moreira.

“Este acordo reforça a cooperação em saúde pública”, comentou Shi Yi, diretor executivo do CEEID.

Tanto a sede em Pequim como a no Rio de Janeiro vão ter pesquisadores dos dois países. Além da troca de conhecimentos e tecnologias, estão previstos projetos conjuntos, como o desenvolvimento de novas vacinas, anticorpos terapêuticos e medicamentos para doenças infecciosas agudas e crônicas, além de colaborações em medicina tropical. Em Pequim, o centro funcionará no Instituto de Microbiologia. No Brasil, ficará no prédio do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS), ainda em construção, com previsão de entrega no fim de 2024.

“Pela primeira vez vamos estabelecer dois centros físicos, que serão usados por pesquisadores brasileiros e chineses. Estamos transformando eventos que eram de curta duração, como as visitas de pesquisadores, em atividades permanentes. A ideia é ter aqui cientistas chineses por longos períodos, um mês, um ano, dois anos”, disse Carlos Morel, coordenador do CDTS.

Intercâmbio de conhecimento
Dentre as trocas de conhecimento, a China tem interesse especial na produção da vacina contra a febre amarela, tecnologia que a Fiocruz já domina há um tempo. As obras chinesas de infraestrutura na África aumentaram e trabalhadores do país asiático têm contraído a doença. Para o Brasil, é interessante ter acesso ao processo de produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), usado em vacinas como a da covid-19.

Histórico científico
Brasil e China começaram a se aproximar mais no campo científico com a visita de uma delegação liderada pelo cientista George Fu Gao, então diretor do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças (CDC/China), em junho de 2017. No mesmo ano, Gao e Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz à época, assinaram um Memorando de Entendimento para o desenvolvimento de projetos de pesquisa e tecnologia. Participaram também o ministro da Saúde no Brasil, Ricardo Barros, e o vice-ministro chinês, Guoqiang Wang. Desde então, comunicações entre os cientistas dos dois países têm aumentado, com realização de seminários, artigos e intercâmbios acadêmicos.

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Lula adia viagem à China por orientações médicas https://canalmynews.com.br/politica/lula-adia-viagem-a-china-por-orientacoes-medicas/ Sat, 25 Mar 2023 17:16:38 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36619 Presidente foi diagnosticado com broncopneumonia por influenza A

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Por orientações médicas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou neste sábado (25) que não vai mais viajar para a China neste fim de semana. O adiamento já foi comunicado às autoridades chinesas “com a reiteração do desejo de marcar a visita em nova data”.

Lula fez exames nesta quinta-feira (23) no Hospital Sírio Libanes, em Brasília, onde teve diagnóstico de broncopneumonia bacteriana e viral por influenza A e iniciou tratamento.

Segundo nota assinada pela médica Ana Helena Germoglio, apesar da melhora clínica, o serviço médico da Presidência da República recomenda o adiamento da viagem para China até que se encerre o ciclo de transmissão viral. A viagem já havia sido adiada deste sábado para o domingo, mas agora, não tem data para ocorrer.

O presidente Lula viajaria neste domingo (26) para a China em busca da ampliação das relações comerciais entre os dois países. Na comitiva, estariam centenas de empresários, além de governadores, senadores, deputados e ministros.

Com o cancelamento da ida de Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também não irá ao país asiático neste momento.

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Quatro países retiram embargo à carne brasileira após China https://canalmynews.com.br/economia/quatro-paises-retiram-embargo-a-carne-brasileira-apos-china/ Fri, 24 Mar 2023 17:26:42 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36614 Segundo Itamaraty, seis países continuam a bloquear produto

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Mais quatro países seguiram o exemplo da China e voltaram a permitir a importação de carne bovina brasileira, informou o Ministério das Relações Exteriores nesta quinta-feira (23) à noite. O Itamaraty não relatou quais foram os países. Apenas informou, em nota, que seis países continuam a bloquear o produto: Bahrein, Cazaquistão, Catar, Irã, Rússia e Tailândia.

Após um mês de embargo por causa de um caso de mal da vaca louca atípico (não transmissível) no Pará, a China, principal comprador de carne bovina brasileira, anunciou a reabertura das importações. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, que se reuniu nesta quinta com o ministro da Administração Geral da Aduana Chinesa (GACC), Yu Jianhua.

Fávaro chegou à China antes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desembarca no país asiático na segunda-feira (26) e passará uma semana em viagem oficial com uma comitiva de ministros, parlamentares e empresários.

“O Ministério das Relações Exteriores, por meio de sua rede de embaixadas, vem atuando desde o anúncio do caso de EEB [encefalopatia espongiforme bovina] para evitar fechamentos indevidos de mercados. Por meio de monitoramento ativo, o MRE detectou riscos de fechamento em 15 países”, destacou a nota. “Em quatro casos foi possível evitar o fechamento do mercado e em outros cinco, contando a China, os mercados foram momentaneamente fechados, mas já reabertos. Os esforços continuam com vistas à reabertura dos 6 mercados remanescentes – Bahrein, Cazaquistão, Catar, Irã, Rússia e Tailândia”, completou o comunicado.

O Itamaraty informou ainda que o governo brasileiro “recebeu com satisfação” a notícia da reabertura da China à carne bovina brasileira. Segundo o comunicado, o fim do bloqueio resultou de “intensas gestões diplomáticas”, seguidas da visita do ministro Carlos Fávaro ao país asiático. Ele participa de reuniões com autoridades chinesas, seminários e encontros com o setor produtivo antes da chegada do presidente Lula.

Sem casos transmissíveis
Essa foi a segunda vez em um ano e meio que o Brasil interrompe a exportação de carne bovina à China. De setembro a dezembro de 2021, o país asiático, maior comprador de carne do Brasil, suspendeu as compras após dois casos atípicos, em Minas Gerais e no Mato Grosso.

Até hoje, o Brasil não registrou casos clássicos de vaca louca, provocado pela ingestão de carnes e pedaços de ossos contaminados. Causado por um príon, molécula de proteína sem código genético, o mal da vaca louca é uma doença degenerativa também chamada de encefalite espongiforme bovina. As proteínas modificadas consomem o cérebro do animal, tornando-o comparável a uma esponja.

Além de bois e vacas, a doença acomete búfalos, ovelhas e cabras. A ingestão de carne e de subprodutos dos animais contaminados com os príons provoca, nos seres humanos, a encefalopatia espongiforme transmissível. No fim dos anos 1990, houve um surto de casos de mal da vaca louca em humanos na Grã-Bretanha, que provocou a suspensão do consumo de carne bovina no país por vários meses. Na ocasião, a doença foi transmitida aos seres humanos por meio de bois alimentados com ração animal contaminada.

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Lula adia embarque à China após apresentar pneumonia leve https://canalmynews.com.br/politica/lula-adia-embarque-a-china-apos-apresentar-pneumonia-leve/ Fri, 24 Mar 2023 13:35:38 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36585 Presidente passou por exames em Brasília

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adiou o embarque à China após ser diagnosticado com pneumonia leve. Ontem (23) à noite, Lula passou por exames no Hospital Sírio Libanês, em Brasília, após retornar de viagens que fez à Paraíba, Pernambuco e Rio de Janeiro.

Nesta sexta-feira (24), Lula permanece na residência oficial do Palácio da Alvorada e as reuniões com ministros que estavam previstas, no Palácio do Planalto, foram canceladas.

O embarque para a China estava previsto para este sábado (25) e, em publicação nas redes sociais, a Presidência confirmou que ele foi adiado para domingo (26).

“O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está no Alvorada após exames no hospital Sírio Libanês ontem à noite. O presidente está com pneumonia leve e irá, por conta disso, adiar para domingo o início da sua viagem para a China”, escreveu.

Agenda
O primeiro compromisso de Lula na China seria um encontro com empresários e agentes públicos sobre desenvolvimento sustentável, na segunda-feira (27), em Pequim. Já os principais eventos diplomáticos da viagem estão previstos para terça-feira (28), quando Lula terá reuniões com o presidente da China, Xi Jinping, com o primeiro-ministro da China, Li Qiang, e com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji.

O dia 29 será dedicado a um evento empresarial promovido pela Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível e pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, com a participação de mais de 240 empresários brasileiros.

No dia 30, o presidente Lula irá a Xangai, onde visitará a sede do Novo Banco de Desenvolvimento, entidade criada pelos Brics (grupo formado por Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul). Na ocasião, a ex-presidenta Dilma Rousseff tomará posse no comando do banco.

Será a primeira viagem de Lula a um país asiático após assumir seu terceiro mandato. Mas a viagem à China é a terceira internacional de Lula depois da posse no cargo: o presidente já foi à Argentina e aos Estados Unidos. A previsão do Ministério das Relações Exteriores é que pelo menos 20 acordos comerciais serão assinados durante a visita.

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Ministro descarta aumento no preço da carne após caso de vaca louca https://canalmynews.com.br/economia/ministro-descarta-aumento-de-preco-da-carne-apos-caso-de-vaca-louca/ Fri, 24 Feb 2023 12:34:40 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36093 Fávaro informou que o resultado do teste das amostras enviadas ao exterior sairá até a metade da próxima semana

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Os preços da carne não serão alterados por causa da descoberta do caso de vaca louca no Pará, garantiu nesta quinta-feira (23) o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, ele desmentiu boatos propagados pelas redes sociais de que a doença ajudaria o governo a manipular o mercado do alimento.

“Em hipótese alguma, faríamos qualquer tipo de manipulação de mercado para afetar nossas relações internacionais com a China, em detrimento de querer abaixar por alguns dias o preço da nossa carne [por meio do aumento da oferta interna]. O Brasil é um país de princípios, que respeita o mercado, que garante credibilidade nas suas relações e nunca participaria de nenhum tipo de ação como essa”, declarou o ministro.

Dizendo que fake news devem ser combatidas, o ministro atribuiu os boatos à oposição e reiterou que o governo está conduzindo o processo com transparência e credibilidade. “Esse é um discurso, uma retórica bolsonarista, de quem não quer o bem do Brasil, de quem gosta de plantar fake news. Peço à população. O Brasil é um país eficiente, moderno, transparente, com regras claras. Não acreditem em mentiras. Não acreditem em fake news”, pediu Fávaro.

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O ministro também descartou qualquer risco para o consumidor brasileiro. Embora o consumo de carne de animais idosos seja permitido no mercado interno, Fávaro ressaltou que a Vigilância Sanitária do Ministério da Agricultura é eficaz e monitora a qualidade da carne consumida no país. “O consumidor brasileiro pode ter certeza. Nosso sistema [de vigilância sanitária] é eficiente. Temos segurança de que não há risco nenhum de contaminação”, declarou.

Resultados do teste
Fávaro informou que o resultado do teste das amostras enviadas ao exterior sairá até metade da próxima semana. O ministro admitiu que haverá um pequeno atraso porque ontem (22), dia em que o material chegou ao Canadá, também era feriado no país da América do Norte. Segundo ele, o governo está num procedimento final de desembaraçar (liberar) a amostra na alfândega canadense, para que ela possa chegar ao laboratório até domingo (26).

“Estamos trabalhando nossa diplomacia, nossos contatos para que o laboratório [canadense] dê atenção especial e agilidade, o que deve acontecer em dois ou três dias a partir do momento em que a amostra está lá. Aí nós teremos o resultado. Imediatamente, a informação será disponibilizada ao mercado”, disse.

Embora a doença tenha sido confirmada pelos laboratórios brasileiros, o exame no Canadá, mais sofisticado, informará se o caso era atípico (gerado espontaneamente na natureza, sem transmissão) ou clássico (transmitido entre animais por ingestão de ração contaminada). Fávaro explicou que a propriedade em Marabá (PA), onde foi detectada a doença, poderá voltar a comercializar o gado bovino assim que sair a confirmação do caso atípico, e reiterou que a carcaça do animal foi incinerada, sem contato com o restante do rebanho.

“É importante ressaltar que o Brasil até hoje só teve casos atípicos da doença. O animal não comia ração, só foi criado em pasto numa pequena propriedade e já era considerado idoso, com 9 anos. Não há sintomas em nenhum outro animal de rebanho que conviveu com ele. Tudo isso indica que [o caso de vaca louca] é uma evolução natural da degeneração de células [do sistema nervoso] que alguns indivíduos apresentam. Por isso, a expectativa é que deva ser considerado mais um caso atípico”, declarou.

China
Na última vez em que foram confirmados casos da vaca louca no Brasil, em 2021, as exportações para a China ficaram suspensas por cerca de 100 dias, de setembro a dezembro daquele ano. Apesar de reconhecer que a suspensão trará prejuízos para a balança comercial brasileira, o ministro disse esperar que o processo seja breve.

“Já houve casos em que a exportação [à China] ficou suspensa por 13 dias. A palavra de ordem do presidente Lula, que não seria diferente por parte do ministério, é transparência total na informação, agilidade, cumprir os protocolos. Isso é fundamental para ter credibilidade, e estamos fazendo isso imediatamente a partir da suspeita”, disse. O protocolo de suspensão das exportações à China está em vigor desde 2015.

Hoje pela manhã, Fávaro reuniu-se com o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, para prestar todos os esclarecimentos. O ministro disse ter tido boa receptividade da parte do governo chinês.

“Estive conversando hoje com o embaixador chinês. Comunicamos o tema e coloquei à disposição os nossos secretários de Relações Internacionais e de Defesa para irem pessoalmente à China. Obtivemos como resposta do governo chinês que não há necessidade. Que eles estão satisfeitos com a forma com que o processo está sendo conduzido. Isso é um indício muito claro que essa suspensão não deve durar muitos dias”, comentou Fávaro.

A confirmação do caso de vaca louca ocorreu num momento em que as exportações de carne bovina para a China estavam em alta. Em janeiro, as exportações cresceram 7% na receita e 17% no volume em relação ao mesmo mês de 2022, totalizando US$ 851,2 milhões e 183.817 toneladas, tanto em carne in natura como congelada. As vendas para a China corresponderam a 57% do total, com receita US$ 485,3 milhões e 100.164 toneladas exportadas.

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Vendas de carne bovina à China são suspensas após caso de vaca louca https://canalmynews.com.br/economia/vendas-de-carne-bovina-a-china-sao-suspensas-apos-caso-de-vaca-louca/ Thu, 23 Feb 2023 14:22:04 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36073 Ministério da Agricultura diz que não existe risco para consumo

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As exportações de carne bovina à China estão suspensas a partir desta quinta-feira (23) por causa da confirmação de um caso de mal da vaca louca no Pará, conforme informado pelo Ministério da Agricultura na noite dessa quarta (22). Em nota, a pasta explicou que a suspensão segue o protocolo sanitário entre os dois países e descartou a existência de risco para o consumidor.

“O diálogo com as autoridades está sendo intensificado para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da carne brasileira”, informou o ministério em nota oficial.

O ministério também forneceu mais detalhes sobre o caso. Segundo a pasta, a doença atingiu um animal macho de nove anos, idade considerada avançada para bovinos, numa pequena propriedade em Marabá (PA). O animal era criado em pasto, sem ração, e teve a carcaça incinerada na fazenda, que foi interditada pelo governo do Pará em caráter preventivo.

Segundo o Ministério da Agricultura, o caso foi comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). As amostras foram enviadas para o laboratório referência da instituição em Alberta, no Canadá. Após análise o laboratório poderá confirmar se o caso é atípico, ou seja, sem risco de transmissão para outros bovinos e para humanos.

“Todas as providências estão sendo adotadas imediatamente em cada etapa da investigação e o assunto está sendo tratado com total transparência para garantir aos consumidores brasileiros e mundiais a qualidade reconhecida da nossa carne”, ressaltou o ministro Carlos Fávaro, em nota.

Sem casos transmissíveis
Esta será a segunda vez em um ano e meio que o Brasil suspende a exportação de carne bovina à China. De setembro a dezembro de 2021, o país asiático, maior comprador de carne do Brasil, suspendeu as compras após dois casos atípicos, em Minas Gerais e em Mato Grosso.

Até hoje, o Brasil não registrou casos clássicos de vaca louca, provocados pela ingestão de carnes e pedaços de ossos contaminados. Causado por um príon, molécula de proteína sem código genético, o mal da vaca louca é uma doença degenerativa também chamada de encefalite espongiforme bovina. As proteínas modificadas consomem o cérebro do animal, tornando-o comparável a uma esponja.

Além de bois e vacas, a doença acomete búfalos, ovelhas e cabras. A ingestão de carne e de subprodutos dos animais contaminados com os príons provoca nos seres humanos a encefalopatia espongiforme transmissível. No fim dos anos 1990, houve um surto de casos de mal da vaca louca em humanos na Grã-Bretanha, que provocou a suspensão do consumo de carne bovina no país por vários meses. Na ocasião, a doença foi transmitida aos seres humanos por meio de bois alimentados com ração animal contaminada.

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Visita de Pelosi a Taiwan e morte do líder da Al Qaeda são destaques no noticiário internacional https://canalmynews.com.br/internacional/nancy-pelosi-a-taiwan-e-a-morte-do-lider-da-al-qaeda/ Wed, 03 Aug 2022 18:50:37 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=32459 Alexandre Uehara, professor de Relações Internacionais, comenta no Almoço do MyNews os prinicipais fatos geopolíticos desta primeira semana de agosto

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Dois fatos importantes marcaram a geopolítica nesta primeira semana de agosto: a visita de Nancy Pelosi a Taiwan e a morte do líder da Al Qaeda. O professor de Relações Internacionais Alexandre Uehara esteve no Almoço do MyNews e conversou com a jornalista Myriam Clark sobre esses dois episódios.

A morte do líder da AlQaeda, ele diz, mostra que o tema do terrorismo e da segurança norte-americana ainda é importante, apesar de ter ficado em segundo plano no noticiário devido à Pandemia. “O atentado de 11 de setembro de 2001 marcou de fato não só os Estados Unidos, mas as relações internacionais como um todo”, diz o professor. E essa perseguição à Al Qaeda e seus líderes mostra o temor que ainda existe em relação ao terrorismo, segundo ele.

Sobre a visita de Nancy Pelosi a Taiwan, Uehara, diz que tem algumas questões importantes a ser considerada. “Ela é do partido Democrata e tem uma postura contra a China por tudo o que o país representa”, diz ele. A falta de democracia na China é uma constante no discurso político de Pelosi. Outra questão, diz o professor , é que Taiwan tem sofrido ameaças há algum tempo em relação à China de uma anexação. “Na verdade a China já considera que Taiwan é território chinês então para a China não há nenhuma discussão em relação a isso”, diz ele. Do lado norte-americano existe a percepção de que há um governo com autonomia em Taiwan, apesar de não ser reconhecido diplomaticamente. “A Nancy Pelosi então está buscando dar este suporte, registrar que os EUA continua aliado a Taiwan e que vai defender Taiwan, a democracia e a autonomia de Taiwan”, explica.

Uehara explica que a relação da China, Taiwan e EUA é uma relação bastante complexa. Logo depois do final da Segunda Guerra Mundial a China passou por um conflito interno, uma guerra civil entre comunistas e capitalistas. Nesse conflito, Mao Tsé-Tung acabou saindo vitorioso e Chiang Kai-Shek, que era o presidente do governo Nacional da República da China, fugiu da China continental e se exilou em Taiwan, juntamente com o governo.

Durante algum tempo até a década de 70, Taiwan era reconhecido, inclusive com assento na ONU, como o país que representava a China. Porém, os EUA já no período de Guerra Fria achou por bem se aproximar da China para tentar fragmentar o bloco comunista. Ao trazer a China para sua linha de influência, os EUA passaram a reconhecer Pequim como representante internacionalmente da China.  “Os EUA continuaram comprometidos com Taiwan em defesa da sua autonomia, mas reconhecendo Pequim como governo chinês”, explica Uehara.

 

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IBGE: termina hoje prazo de inscrição em concurso de recenseador https://canalmynews.com.br/brasil/ibge-termina-hoje-prazo-de-inscricao-em-concurso-de-recenseador/ Wed, 03 Aug 2022 15:28:00 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=32451 Inscrição presencial para 15 mil vagas vai até 17h

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As inscrições para o concurso complementar que selecionará 15 mil recenseadores se encerram hoje (3). O objetivo deste novo processo seletivo é contratar profissionais para vagas não preenchidas em vários municípios brasileiros.

inscrição está sendo feita presencialmente, até as 17h, nos postos do IBGE, listados no anexo I do edital do concurso. A seleção será feita por meio da análise de títulos acadêmicos, conforme previsto no edital.

Os recenseadores são os profissionais que estão visitando domicílios para as entrevistas do Censo 2022, que começou nesta segunda-feira (1º). O trabalho é temporário e tem duração prevista de três meses, prazo que pode ser prorrogado caso haja necessidade.

A carga horária mínima semanal é de 25 horas. A remuneração é variável, de acordo com a produção do profissional, calculada por setor censitário, de unidades recenseadas (domicílios urbanos e/ou rurais), tipo de questionário (básico ou amostra), pessoas recenseadas e registro no controle da coleta de dados.

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China, a parceira indispensável https://canalmynews.com.br/internacional/china-a-parceira-indispensavel/ Fri, 22 Jul 2022 12:05:53 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=31971 À medida que o Brasil aprofunda seu relacionamento com a China, o País deveria também estabelecer quais serão seus objetivos de longo prazo com o país asiático.

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Em 2019, a Comissão Europeia publicou o Relatório “União Europeia-China: Uma perspectiva estratégica”, no qual se detalhava como a União Europeia (UE) administraria o relacionamento bilateral. A China foi triplamente rotulada como: (i) parceira de negociação e cooperação na busca por um equilíbrio de interesses; (ii) concorrente econômica na disputa pela liderança tecnológica, e (iii) rival sistêmica quanto à promoção de modelos alternativos de governança global.

À medida que o Brasil aprofunda seu relacionamento com a China, o País deveria também estabelecer quais serão seus objetivos de longo prazo com o país asiático. Felizmente, o Brasil não precisa adotar nem imitar a postura europeia ou norte-americana. Os interesses nacionais são muito diferentes e o relacionamento bilateral deverá ser cada vez mais profícuo, uma vez que a China não é concorrente ou rival sistêmica, mas sim um parceiro indispensável para os rumos econômicos do Brasil nas próximas décadas. Apesar da distância geográfica, os interesses são altamente complementares. O maior desafio do Brasil, no entanto, é sobrepujar a subserviência política, econômica, ideológica e cultural que tem em relação aos Estados Unidos e Europa para buscar seus interesses assertivamente na parceria.

O ano de 2009 foi transformador nas relações comerciais do Brasil. O mundo ainda ressentia o forte impacto econômico das crises financeiras de 2007 e 2008 e o País, para sua sorte, encontrou na China uma parceria essencial. Desbancando a posição centenária dos Estados Unidos como principal parceiro comercial do Brasil, a China garantiu uma navegação mais tranquila naquele turbulento período da economia global. O Brasil encontrou na parceria oportunidades exponenciais, diante do crescimento pujante do gigante asiático.

O predomínio anglo-saxônico global, consolidado após o fim das guerras napoleônicas, no caso britânico, e da Segunda Guerra Mundial, no caso norte-americano, tem, paulatinamente, declinado nas últimas duas décadas, com o retorno da China à posição histórica de maior potência econômica global. Esta será a primeira vez que uma potência em desenvolvimento, advinda do Sul Global e não Ocidental, assumirá as rédeas da economia global. A atuação chinesa será diferente do Ocidente até porque o país repudia o conceito de hegemonia prevalecente na Realpolitik que orienta as chancelarias e governos ocidentais. O termo utilizado em chinês para representar o conceito de hegemonia – 霸权 (Bàquán) – retrata um conceito mais próximo à tirania e supremacia, o que a China repudia totalmente como forma de atuação global.

Assim, o rumo a ser trilhado pela China nos próximos anos e décadas já parece muito claro: (i) consolidar a unidade nacional e política; (ii) fortalecer a economia e o bem-estar doméstico, além de expandir as fronteiras comerciais e econômicas, avançando em setores de tecnologia de ponta, com a melhoria das condições ambientais locais e globais; e (iii) estabelecer e consolidar um relacionamento benigno em nível regional e global, enfrentando, quando necessário, eventuais concorrentes que lhe prejudiquem o desenvolvimento econômico.

Ao transformar-se no parceiro indispensável de vários países no mundo, a China assegura uma preponderância mundial sem a necessidade de uso de qualquer armamento, guerra ou derramamento de sangue. Trata-se de uma dinâmica distinta daquela praticada pelos países ocidentais, cujo histórico de ascensão foi muito mais violento, por meio da dominação e submissão dos povos conquistados. A China não pretende recorrer à guerra para assegurar sua preeminência, uma vez que o comércio é um instrumento muito mais efetivo.

A aproximação com o Brasil é importante na consolidação da China como potência global. Também é essencial ao Brasil para amealhar maior influência global, algo que o País – o famoso anão diplomático – tem sido incapaz de fazer. Fundamentados nas regras estabelecidas pelo Direito Internacional, o Brasil e China poderiam atuar mais intensamente nas organizações multilaterais com o intuito de aprimorar a governança global que, desde 1945, tem-se restringido a um punhado de países cuja relevância é cada vez menor. A reforma dessas instituições é essencial à sua própria existência. Caso não queiram reformar, Brasil e China deveriam, em conjunto, propor e implementar alternativas que reflitam a nova realidade global.

O Brasil deveria atuar intensamente para maximizar o engajamento econômico com a China. As possibilidades de acesso privilegiado a um mercado de 1.4 bilhão de pessoas, com renda per capita em ascensão, deveriam ser exploradas exaustivamente pelo Brasil até para sair da cesta básica de exportações brasileiras – soja, açúcar, carne e minério de ferro – para outros produtos agrícolas e fontes de proteína de maior valor agregado. A diversificação e agregação de valor podem contribuir a um efetivo incremento da renda per capita brasileira, estagnada há muito tempo e sem perspectiva de melhoria. Neste processo de diversificação e adição de valor, o Brasil deveria atrair mais empresas chinesas – particularmente as tecnológicas – para utilizar o País como plataforma de exportação.

Brasil e China têm muita sinergia. À China interessa um parceiro forte nas Américas em sua estratégia de ascensão global. Ao Brasil interessa dar um salto qualitativo em sua competitividade, produtividade e relevância global. Como bem afirmou Confúcio, “Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha”. É hora de Brasil e China trabalharem juntos para fazer várias montanhas.

 

*Marcus Vinícius De Freitas é professor visitante na China Foreign Affairs University, Senior Fellow, Policy Center for the New South.

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A Nova Ordem Mundial Policêntrica https://canalmynews.com.br/internacional/a-nova-ordem-mundial-policentrica/ Wed, 30 Mar 2022 20:54:02 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=27083 Uma Nova Ordem Mundial Policêntrica foi desenhada pela Rússia e China dias antes do início da guerra na Ucrânia. Cientista político e pesquisador comenta sobre motivações.

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A queda do muro de Berlim em 1989 e o desmantelamento da URSS em 1991 deram lugar ao fim da Ordem Mundial Bipolar que imperou sobre o mundo durante quase meio século. Como “Ordem Mundial”, podemos entender, a partir da literatura da História das Relações Internacionais, essencialmente, um determinado conjunto (em movimento) reunindo normas, instituições e estruturas de autoridade que modificam, limitam e dirigem o comportamento dos atores que compõem o Sistema-Mundo durante um determinado período.

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Há dois movimentos históricos inequívocos nas transições e estabelecimento de uma determinada Ordem Mundial: a caneta e a bomba, isto é, a guerra e a paz. Assim se deu na “Paz de Westfália”, em 1648, com o desfecho das nominadas Guerras Religiosas.

Em Viena, em 1815, após as Guerras Napoleônicas, e o chamado “Concerto Europeu”. Na denominada “Paz de Versalhes”, em 1919, no desenlace da I Guerra Mundial. Ou ainda em Yalta, Potsdam e São Francisco, em 1945, com o fim da II Grande Guerra. Após o colapso soviético, em 1991, o bombardeio dos EUA ao Iraque, na I Guerra do Golfo, estabeleceu através do poder das armas, os novos rumos no campo internacional.

Todavia, esta Ordem Mundial anglo-saxônica dos últimos trinta anos parece finalmente ter entrado em esgotamento. Nas últimas décadas assistimos ao renascimento russo e ascensão chinesa, respectivamente a segunda maior potência militar e a segunda economia do Sistema Mundial. Ambas com manifesta vontade de mudar o status quo da hierarquia do poder mundial, e agora, mais unidas do que em qualquer outro momento histórico.

No dia 4 de fevereiro deste ano, de 2022, estrategicamente na abertura das Olimpíadas de Inverno, Xi Jinping e Vladimir Putin, se reuniram em Pequim. Além de participarem da cerimônia de abertura dos jogos, os dois chefes de estado divulgaram uma “Declaração Conjunta” que chama a atenção tanto pela assertividade como pela amplitude.

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Mapa do leste europeu. Foto: MabelAmber (Pixabay)

Em essência, o conjunto do documento representa uma candente defesa do multilateralismo e de uma nova Ordem Mundial Policêntrica. Revela uma sólida intenção dos dois países em unidade, contestarem abertamente a Ordem Mundial Pós-Guerra-Fria, atlanticista e anglo-saxônica, assim como o fim da hegemonia norte-americana.

Diz o documento: “As partes opõem-se a um maior alargamento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e apelam à aliança para que abandone as suas abordagens ideologizadas da Guerra Fria, respeite a soberania, a segurança e os interesses de outros países, a diversidade das suas origens civilizacionais, culturais e históricas e tenha uma atitude objetiva em relação ao desenvolvimento pacífico de outros estados”.

Assinala para um inexorável deslocamento “euroasiático” do poder. A expressão de tal força, além da própria parceria e documento seria dentre outros, o projeto de desenvolvimento chinês das “Novas Rotas da Seda”, a maior integração euroasiática e Organizações Multilaterais como o G20, a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), os Brics e em especial, a Organização para Cooperação de Xangai (SCO).

Já no final, uma das conclusões do texto evidencia: “A Rússia e a China pretendem fortalecer de forma abrangente a Organização de Cooperação de Xangai (SCO) e aprimorar ainda mais seu papel na formação de uma Ordem Mundial Policêntrica baseada nos princípios universalmente reconhecidos do direito internacional, multilateralismo, segurança igualitária, conjunta, indivisível, abrangente e sustentável”.

A História das Relações Internacionais demonstra que toda quebra de uma Ordem Mundial estabelecida, implica necessariamente no uso da força. Vinte dias após a visita de Putin a Xi, em Pequim, e a divulgação deste documento sino-russo que contesta clara e inequivocamente a Ordem Internacional Pós-Guerra Fria, a Rússia invade a Ucrânia. E, pelo poder das armas, claro, suportado pelo seu grande aliado, a China, inaugura um novo tempo do mundo.

Uma Nova Ordem Mundial Policêntrica, dando fim ao expansionismo infinito da OTAN e da hegemonia do EUA, que se perpetuaram por trinta longos anos.


Quem é Pedro da Costa Júnior?

Cientista político, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e autor do livro “Colapso ou Mito do Colapso?” (Editora Appris, 2019).

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Avião com 132 pessoas cai no sul da China https://canalmynews.com.br/internacional/aviao-com-132-pessoas-cai-no-sul-da-china/ Mon, 21 Mar 2022 14:20:24 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26766 Rastreamento mostra acelerada queda vertical da aeronave em região montanhosa.

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Um avião com 132 pessoas a bordo caiu no sul da China nesta segunda-feira (21), por volta das 14h30 no horário da China, madrugada aqui no Brasil. Ainda não há registros oficiais sobre quantidade de mortos ou sobreviventes. O presidente chinês Xi Jinping pediu que os investigadores determinem  o mais rápido possível a causa da queda do avião e garantam a segurança absoluta da aviação chinesa.

A aeronave era um Boeing 737-800 da China Eastern Airlines e transportava 132 pessoas, entre elas, nove tripulantes. O voo partiu da cidade de Kunming até Guangzhou. Segundo o site FlightRadar24, que monitora o espaço aéreo de todo o mundo, o avião perdeu contato com as torres de controle quando sobrevoava Wuzhou que fica a cerca de 250 quilômetros do destino final. A queda aconteceu na região montanhosa de Guangxi, onde provocou incêndios, segundo a TV estatal chinesa. 

Voo saiu da cidade de Kunmig mas não chegou ao seu destino final, Guangzhou. Registro do FlightRadar24 mostra o sumiço do sinal da aeronave em Wuzhou. Foto: Reprodução Twitter (@Flightradar24)

O avião estava voando a 29.100 pés de altitude e cerca de dois minutos depois, estava a 9.075 pés. Nos 20 segundos seguintes, 3.225 pés, o que indica uma rápida descida vertical – uma queda de 31.000 pés por minuto. Isso equivale, aproximadamente, a despencar 9.400 metros a cada 60 segundos. 

A companhia aérea colocou o site em preto e branco, que é uma sinalização de quando acontecem acidentes. Mas a empresa ainda não se pronunciou sobre a queda da aeronave.

O Boeing 737-800 é visto como um modelo seguro e a aeronave que caiu tinha seis anos. A aviação da China é considerada uma das mais seguras do mundo. O último acidente envolvendo mortos aconteceu em 2010.

Modelo de aeronave da China Eastern Airlines Foto: Reprodução (Facebook)

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Aumento de casos de Covid-19 na China paralisam produção https://canalmynews.com.br/economia/aumento-de-casos-de-covid-na-china-paralisam-parte-do-ciclo-produtivo/ Fri, 18 Mar 2022 23:04:47 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26762 Cidades importantes para a economia chinesa como Xangai e Shenzhen já impuseram medidas restritivas para conter aumento de casos. Analista diz que impactos imediatos nos mercados globais é 'improvável'.

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China está enfrentando novas restrições em decorrência do aumento de casos de covid no país – na terça-feira (15), a Comissão Nacional de Saúde confirmou mais de 5 mil testes positivos, frente a cerca de 1.300 no dia anterior. Desde então, a situação tem influenciado nas expectativas e no desempenho dos mercados globais.

No cenário doméstico, movimentações para conter a disseminação, como escolas fechadas, a volta para o home office e paralisação de pontos comerciais, voltaram a ser cenas corriqueiras em grandes cidades.

Entre as áreas afetadas pelas medidas restritivas estão alguns dos principais centros econômicos do país, como Shenzhen e Xangai. Empresas multinacionais como uma representante da Apple paralisaram suas operações à medida que o governo chinês expandiu as áreas em confinamento – ao sul, na província de Jilin, por exemplo, os habitantes foram obrigados a permanecer em quarentena.

Fila para testagem em Xangai.

Fila para testagem em Xangai. Foto: Reprodução (Redes)

Em Shenzhen, conhecida como a Vale do Silício chinesa, o governo impôs um lockdown de cinco dias aos mais de 12,5 milhões de habitantes, e todos os serviços de ônibus e metrô foram encerrados. Yantian, que tem um dos maiores portos do mundo, por onde transitam 10,5% dos contêineres usados no comércio exterior chinês, também está sob ordens restritivas.

Liu He, vice primeiro-ministro chinês, em pronunciamento à imprensa local, afirmou que o país introduzirá “cautelosamente” medidas capazes de assistir a economia nacional: “Todas as políticas que tenham impacto significativo sobre os mercados de capital devem ser coordenadas com departamentos de gestão financeira para manter a estabilidade e consistência das expectativas”, alertou.

Impactos na economia

Nesta sexta-feira (18), visando priorizar a economia, as restrições foram parcialmente suspensas nas regiões de maior importância financeira, sobretudo em Shenzen – no último domingo (13), a cidade, que abriga milhares de fábricas do setor tecnológico, havia decretado confinamento total.

O presidente Xi Jinping ordenou na quinta-feira (17) a manutenção da política denominada “Zero Covid”, a fim de frear a propagação dos contágios. No entanto, foi incisivo ao destacar também a necessidade de “minimizar o impacto da epidemia no desenvolvimento econômico e social”. A sinalização do mandatário de que a China injetará dinheiro na economia para enfrentar essa nova onda fez com que os mercados respirarem um pouco mais aliviados.

Analistas do mercado, entretanto, descartam a possibilidade dessas medidas impactarem de maneira abrupta o ciclo produtivo chinês e mundial. Rodrigo Barros, analista e cofundador da Âmago Capital, afirma que consequências diretas configuram “um cenário improvável”.

“No entanto, caso o ciclo de produção chinês seja comprometido, o ciclo do mundo inteiro também será, uma vez que a manufatura chinesa corresponde a 28% de tudo que é produzido no mundo. Então, achar que é possível impactar a indústria chinesa e não contaminar o restante do planeta é totalmente fora de cogitação”, complementou Barros.

O gestor pontua ainda fatores políticos que podem influenciar no combate: “É importante ressaltar que a China não é uma democracia, fator que fornece algumas ferramentas para o controle da covid que as democracias não têm, por exemplo: até recentemente, se uma pessoa testasse positivo no país ela era compulsoriamente internada em um hospital, algo que não é aceitável no Brasil, nos EUA ou na Europa; a política de testes também é bem rigorosa. […] Com todos esses artifícios, será fácil conter essa onda. Até porque, caso eles falhem, haverá um impacto muito forte na economia nacional, na economia mundial via inflação, como também seria uma derrota política para o Xi Jinping”.

 

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No MyNews Investe desta sexta-feira, o atual cenário chinês e seus possíveis desdobramentos econômicos foram pautas do programa:

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Mudanças climáticas colocarão mundo em cenário de pobreza e fome https://canalmynews.com.br/meio-ambiente/mudancas-climaticas-colocarao-mundo-em-cenario-pobreza-fome/ Tue, 09 Nov 2021 01:00:03 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/mudancas-climaticas-colocarao-mundo-em-cenario-pobreza-fome/ Análises apontam para aumento da pobreza extrema e da fome. Mudanças climáticas também devem provocar queda do PIB, da produtividade agrícola, instabilidade política e social

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A Conferência do Clima da ONU (COP26) chegou nesta segunda (8) a um impasse sobre se os países conseguirão firmar um acordo para diminuir as emissões de gases de efeito estufa e assumir compromissos com metas firmes e factíveis até a próxima sexta (12) – quando o evento será encerrado. Uma posição inusitada adotada em conjunto por Brasil, China e Índia deu um recado aos países ricos: se não transferirem recursos financeiros aos países com economias emergentes, não haverá acordo firmado na conferência de Glasglow.

É o que destaca o jornalista Jamil Chade – que realiza uma cobertura especial do evento, diretamente da Escócia. Chade teve acesso a um rascunho confidencial do relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) – que será lançado apenas em fevereiro de 2022. O cenário mostrado pelo documento aponta para o aumento da pobreza, da fome e para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) em diversos países.

Marcha para o Clima (Glasglow Green) na COP26/Foto: Fotos Públicas/The Left in the European Parliament

“A crise na negociação é profunda e a COP26 entra na sua fase final numa situação delicada. Não existe nesse momento uma perspectiva de que esse acordo chegue até sexta. O relatório do IPCC vai apontar justamente o impacto social das mudanças climáticas. Os números são assustadores”, alerta Jamil Chade.

As análises dos especialistas apontam para o aumento da pobreza extrema para mais 132 milhões de pessoas até 2030 e o aumento da fome para mais 80 milhões de pessoas. Também devem ocorrer a queda do PIB e da produtividade agrícola em várias regiões do mundo, num cenário que aponta para instabilidade política e social.

COP26 - protesto contra mudanças climáticas
Pessoas protestam por medidas para conter as mudanças climáticas durante a COP26, em Glasglow, na Escócia/Foto: Fotos Públicas/The Left in the European Parliament

As mudanças climáticas terão impacto direto noutra agenda firmada por 192 países: a Agenda 2030 do desenvolvimento sustentável. Se os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) – negociados a partir da Rio+20 já pareciam distantes de serem alcançados no prazo, o aquecimento global pode distanciar o mundo ainda mais de compromissos como a erradicação da pobreza e da fome, saúde e bem-estar, educação de qualidade, igualdade de gênero, universalização do acesso a água limpa e saneamento, energia acessível e limpa, consumo e produção responsáveis, crescimento econômico sustentável, entre outras metas.

No caso do Brasil, desde 2016 o país vem se distanciando do alcance desses objetivos, especialmente com a adoção do teto de gastos, com o desmonte das políticas ambientais e das políticas públicas com foco na redução das desigualdades sociais. Os dados sobre desmatamentos e queimadas, violência contra povos originários, quilombolas e agricultores familiares e o aumento da pobreza, do desemprego e da fome no país apontam para uma imagem deteriorada que não vai se recuperar com promessas vazias.

* A cobertura da COP26 do Canal MyNews é realizada em parceria com a Vale

 

Acompanhe a cobertura da COP26 do Canal MyNews, com o jornalista Jamil Chade, diretamente de Glasglow, na Escócia

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Como aproveitar a volatilidade do mercado após a queda da Evergrande https://canalmynews.com.br/mynews-investe/como-aproveitar-volatilidade-mercado-evergrande/ Wed, 29 Sep 2021 18:41:10 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/como-aproveitar-volatilidade-mercado-evergrande/ Especialista explica quais setores estão atraentes para o investidor brasileiro depois do colapso da Evergrande

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O possível calote da gigante da construção civil Evergrande, incorporadora imobiliária chinesa, trouxe pânico para bolsas de valores do mundo inteiro na semana passada. Isso porque a empresa anunciou que não tinha liquidez para pagar uma dívida que ultrapassa os US$ 300 bilhões.

bolsa de valores índices
Situação da Evergrande pode favorecer investimentos em minério de ferro, apostando na recuperação do mercado/Imagem: Pixabay

A principal preocupação do mercado era que a quebra da gigante chinesa causasse um novo episódio do “Lehman Brothers”, banco americano que faliu e impulsionou a crise financeira de 2008. No entanto, a interferência do governo chinês acalmou os investidores.

“Não houve o calote oficial, que é deixar de pagar os juros. A dívida está sendo negociada, principalmente a interna, que deve ser paga, porque com a China é tirar de um bolso para colocar em outro. Os investidores estrangeiros vão perder, mas isso já aconteceu como um todo antes. E quando tiver de fato o calote ou a renegociação, vão descobrir que no dia seguinte vai acontecer nada demais”, explica Rodrigo Natali, diretor de estratégia da Inversa.

No entanto, Natali aponta que a volatilidade do mercado deve continuar e, por isso, investir em minério de ferro pode ser interessante. “O ativo que mais caiu, o minério de ferro, é o que mais deve subir quando tudo se normalizar. Nós temos a Vale (VALE3), que além de tudo é uma exportadora, ou seja, com o dólar positivo, já vale a pena”, complementa.

Assista ao MyNews Investe, no Canal MyNews, e saiba mais sobre o que está acontecendo com a incorporadora chinesa Evergrande

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Executiva da Huawei volta à China após acordo com EUA https://canalmynews.com.br/mais/executiva-da-huawei-volta-a-china-apos-acordo-com-eua/ Mon, 27 Sep 2021 18:13:09 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/executiva-da-huawei-volta-a-china-apos-acordo-com-eua/ A diretora da chinesa Huawei passou quase 3 anos em prisão domiciliar no Canadá por fraude financeira

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A diretora da empresa de tecnologia chinesa Huawei, Meng Wanzhou, voltou para a China neste sábado (25). Acusada de fraude financeira nos Estado Unidos, ela passou quase três anos em prisão domiciliar no Canadá.

Executiva da Huawei, Meng Wanzhou, em pronunciamento após deixar a prisão. Foto: reprodução/redes sociais

A defesa da executiva chegou a um acordo com promotores americanos e pode retornar à China. Na audiência realizada pelo tribunal de Vancouver, no Canadá, ela concordou em admitir que cometeu delitos e teve o pedido de extradição retirado.

Meng Wanzhou foi presa em dezembro de 2018, suspeita de ter violado sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao Irã. Ela foi presa no Canadá a pedido da justiça americana.

Meng é filha do fundador da Huawei, Ren Zhengfei, e acumula os cargos de diretora financeira e vice-presidente do conselho consultivo da empresa. A companhia chinesa é a maior fabricante de equipamentos de telecomunicações do mundo.

A prisão da executiva gerou uma crise diplomática envolvendo Estados Unidos, Canadá e China. Na época, a China também deteve deteve cidadãos canadenses. O governo chinês negou ser uma retaliação.

Os canadenses Michael Kovrig e Michael Spavor foram presos acusados de espionagem. Ambos também foram liberados nesta sexta-feira (24).

Acompanhe as principais notícias de economia e finanças no MyNews Investe, no Canal MyNews

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Evergrande dá respiro a mercados mundiais e diz que vai pagar juros que vencem nesta quinta (23) https://canalmynews.com.br/mynews-investe/evergrande-da-respiro-a-mercados-vai-pagar-juros/ Thu, 23 Sep 2021 01:00:46 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/evergrande-da-respiro-a-mercados-vai-pagar-juros/ Gigante chinesa Evergrande divulga que vai conseguir pagar juros com vencimento nesta quinta (23). Bolsa brasileira e Vale se beneficiam do anúncio e fecharam em o dia em alta

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Nesta quarta-feira (22), a gigante chinesa Evergrande divulgou que vai pagar os juros devidos que têm como data de vencimento esta quinta-feira (23). Isso fez com que os mercados mundiais se acalmassem um pouco e até a bolsa brasileira operou com uma leve alta.

A incorporadora imobiliária que tem uma dívida de mais de US$ 300 bilhões mexeu com os mercados mundiais, quando surgiu a possibilidade de calote por parte dela. Bolsas pelo mundo tiveram queda e o minério de ferro chegou a ficar com a cotação abaixo dos US$ 100 por tonelada.

A crise da Evergrande relembrou o que aconteceu na crise financeira de 2008, quando o banco de Wall Street Lehman Brothers faliu em decorrência de uma bolha imobiliária. Mas os economistas afastam a possibilidade de risco propagação para os mercados globais.

Outras duas notícias que estão ajudando a diminuir o risco da Evergrande é que o Banco Central chinês injetou US$ 18 bilhões no sistema financeiro da China. Como entre os credores estão alguns bancos estatais, isso deu um alívio imediato.

A outra é que o jornal Asia Market, especializado em mercado asiático, ouviu fontes do partido comunista chinês e publicou que há a possibilidade de o governo fazer uma reestruturação na empresa, a dividindo em três companhias.

As consequências dessas notícias envolvendo a incorporadora imobiliária trouxeram certo alívio ao mercado, depois de dias de tempestade. O minério de ferro, que estava com seu preço em grande queda, deu um salto e chegou a subir 16% em Qingdao, na China, voltando ao patamar de US$ 100 por tonelada.

A Bolsa brasileira também se beneficiou das notícias sobre a Evergrande e fechou nesta quarta-feira em alta de 1,84% e 112.282 pontos. E as ações da mineradora Vale também agradeceram ao dia de hoje. Em queda nos últimos dias, as ações da Vale fecharam o dia com alta de 3,55%, com o valor dos papeis a R$ 87,11.

Saiba mais sobre a crise da Evergrande no MyNews Investe, no Canal MyNews. Com apresentação de Mara Luquet e Gabriela Lisbôa

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Queda no valor do minério de ferro faz Vale perder posto de empresa mais valiosa da América Latina https://canalmynews.com.br/mynews-investe/queda-valor-minerio-de-ferro-faz-vale-perder-posto-empresa-mais-valiosa-america-latina/ Tue, 21 Sep 2021 21:50:53 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/queda-valor-minerio-de-ferro-faz-vale-perder-posto-empresa-mais-valiosa-america-latina/ Crise da Evergrande está influenciando no valor da tonelada do minério de ferro, que está abaixo dos US$ 100

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O caso Evergrande continua influenciando mais um dia no mercado brasileiro. Por conta da desvalorização do minério de ferro no mercado internacional, a Vale, que no final de julho tinha seus papéis a R$ 117,23, fechou hoje na cotação de R$ 82,74. Isso fez com que a empresa perdesse o posto de mais valiosa da América Latina para a empresa argentina de comércio eletrônico Mercado Livre.

O economista-chefe da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Laurence Boone, se pronunciou hoje sobre o caso e disse que o governo chinês tem capacidade monetária e fiscal de diminuir esse impacto e amortecer o choque causado por essa crise.

Mas, o preço do minério de ferro não começou a cair com a crise da gigante chinesa Evergrande. Há alguns meses, a commodity segue em ritmo de queda. Seu pico foi em maio deste ano, em que a tonelada chegou a custar US$ 233. Hoje, o valor da tonelada do minério de ferro está abaixo dos US$ 100. É uma desvalorização de cerca de 60% desde seu maior valor registrado.

Para explicar um pouco sobre como esse valor começou a baixar, o MyNews Investe conversou com o Victor Hasegawa, gestor da Infinity Asset. Ele falou sobre os motivos do valor dessa  commodity estar em queda, se pode estabilizar ou devem continuar caindo.

“Quando começou a pandemia a gente não tinha ideia de como o setor de construção civil responderia, não só aqui no Brasil, mas na China, principalmente, teve uma demanda muito forte e isso fez com que houvesse uma redução de oferta e uma demanda maior, com isso, os preços ficaram pressionados. Eles realmente subiram de maneira estelar, para a casa de US$ 233 por tonelada, isso mostra que essa alta foi muito especulativa”, avalia Hasegawa.

O gestor continua e diz que isso também está relacionado com a oferta e procura. O governo chinês vai controlar a produção de aço e as emissões de CO2 pelo menos até março de 2022 e isso faz com que o país compre menos minério de ferro, o que faz a demanda diminuir e os preços caem.

Em relação à Vale, Hasegawa considera que seus papéis deveriam se valorizar mais quando o valor do minério de ferro chegou ao seu pico, a mineradora deixou seus papéis com valor barato, fazendo com que caísse ainda mais agora, com a desvalorização da commodity. Mas ele pontua que os papéis da Vale devem se estabilizar.

“A gente sabe que ela (Vale) é uma geradora de caixa muito grande, divulgou um dividendo muito bom e também tem um programa de recompra agressiva das ações. Não acredito que a gente vá ver uma queda muito mais abrupta do que a gente já viu”, avalia o gestor.

Assista ao MyNews Investe, no Canal MyNews, e fique por dentro dos principais assuntos de economia e finanças

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Crise na Evergrande: entenda por que mercados globais estão em alerta https://canalmynews.com.br/mynews-investe/crise-evergrande-por-que-mercados-estao-em-alerta/ Tue, 21 Sep 2021 16:16:26 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/crise-evergrande-por-que-mercados-estao-em-alerta/ Dúvida sobre solidez da Evergrande faz alguns analistas preverem redução na expectativa de crescimento do mercado imobiliário e de construção na China de até 50%

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A semana não começou bem nos mercados pelo mundo e o motivo disso são as dívidas de uma gigante chinesa do mercado imobiliário, a Evergrande. A dívida da incorporadora e construtora chinesa é de mais de 300 bilhões de dólares, o que faz dela umas das empresas mais endividadas no mundo. 

Desde a semana passada, rumores dizem que será difícil a empresa pagar os juros dos empréstimos que vencem na semana que vem. A situação piorou quando, esta semana, a empresa passou a pagar seus credores com apartamentos. As ações da Evergrande caíram mais de 10%, impactando no mercado global e inclusive no mercado brasileiro.

Para comentar sobre o assunto, o MyNews Investe falou com o Rodrigo Franchini, sócio e chefe de Relações Institucionais da Monte Bravo Investimentos, que diz que primeiro é preciso entender como a empresa chegou a esse ponto. Entre as explicações, ele cita a questão das alavancagens que a empresa fez.

“A Evergrande já fez vários negócios, por exemplo, de venda de apartamento sem estar 100% entregue na sua carteira e isso alavancou a empresa a fazer outros tipos de investimentos nos últimos anos; ela vai crescer o seu portfólio, seu ramo de atuação. Alavancar a empresa o tempo todo, depende de vendas. Se você tem uma diminuição do cenário de venda, uma perspectiva dessa diminuição naturalmente do faturamento também vai diminuir, e é isso que está acontecendo”, argumenta Franchini.

Alguns analistas já diminuíram as perspectivas de crescimento para o mercado imobiliário e de construção na China para até 50% menos nos próximos anos. A pandemia também foi um ponto que impactou e ainda vai impactar nesse mercado pelo menos pelos próximos dois ou três anos, segundo o executivo da Monte Bravo. 

Franchini lembra ainda que muitos bancos globais também investem no papéis da Evergrande. “Tem toda uma série de problemas que giram uma roda gigante global e acaba tendo efeito cascata. Se você tem uma diminuição de crescimento, uma diminuição de novos negócios e novas incorporações e empreendimentos, consequentemente você tem uma menor demanda de todo o setor que importa principalmente matéria-prima, e naturalmente o que acontece com os emergentes que estão ligados muito a essa matéria exportadora de ferro, aço, concreto, de uma maneira geral, tudo que uma infraestrutura demanda. Isso tem menor demanda no médio prazo e você é afetado. O minério de ferro, só para a gente entender, nos últimos dois meses perdeu 55% do valor acumulado”.

A situação tem influenciado diretamente nas ações da Vale, que mesmo tendo pagado bons dividendos recentemente, teve o fluxo de compras reduzido. Essa influência acontece também para os países emergentes. As bolsas estão com receio da crise que a gigante chinesa pode causar.

“A China, antes da crise da Evergrande, já tinha uma meta de diminuir essa precificação do minério de ferro. A China é uma demandadora das principais commodities globais, seja a proteína, agro, até essa questão de infraestrutura, como estamos vendo com o minério de ferro. Ela já tinha essa questão ambiental, já estava se adaptando; então o minério de ferro já vinha sofrendo uma depreciação”, analisa o sócio da Monte Bravo.

Assista ao MyNews Investe de segunda a sexta, a partir do meio-dia, no Canal MyNews no Youtube

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Ascensão do Talibã revela fracasso de uma visão ocidental em relação ao Afeganistão https://canalmynews.com.br/mais/ascensao-taliba-fracasso-visao-ocidental-afeganistao/ Fri, 20 Aug 2021 01:08:42 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ascensao-taliba-fracasso-visao-ocidental-afeganistao/ A ascensão do Talibã no Afeganistão é resultado do fracasso da ocupação dos Estados Unidos e pode ser comparada à Guerra do Vietnã

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A ascensão do Talibã no Afeganistão – que culminou com a tomada do poder central do país esta semana e da saída definitiva das tropas norte-americanas do país – é resultado do fracasso da ocupação dos Estados Unidos nos últimos 20 anos e pode ser comparada à Guerra do Vietnã.

Essa é a avaliação do professor e pesquisador da área de Relações Internacionais Carlos Gustavo Poggio, em entrevista ao programa Quarta Chamada, no Canal MyNews. Ele avalia que, apesar do custo político da decisão de retirar definitivamente as tropas do Afeganistão, o presidente norte-americano Joe Biden já era esperada, mas foi tomada de maneira desastrosa neste momento.

“O que a gente está vendo não é uma derrota repentina dos Estados Unidos. É uma derrota em câmera lenta há 10 anos. Faz 10 anos que os Estados Unidos falam em se retirar do Afeganistão. É uma situação muito similar à da Guerra do Vietnã. Chegou um momento na Guerra do Vietnã que a questão era como sair do Vietnã? A campanha do Nixon para a eleição era “paz com honra”. O Joe Biden tomou a decisão política de sair, que já havia sido tomada por Obama, foi negociada por Trump e executada agora pelo Biden. O problema foi a execução dessa estratégia. Essa execução foi desastrosa”, refletiu o professor Poggio, durante participação no programa Quarta Chamada, do Canal MyNews.

Segundo Poggio, apesar de 50% dos norte-americanos apoiarem o fim da ocupação ao Afeganistão, esse percentual já foi de 70%, e a forma como foi executada já repercutiu na queda de popularidade do presidente Joe Biden.

Na avaliação do professor, o que aconteceu esta semana revela também como os norte-americanos tentaram impor uma lógica ocidental e de nação a uma sociedade que é organizada através de lealdades tribais e funciona com uma lógica diferente. Nesse cenário, países como o Paquistão e a China passam a ter maior relevância do que os Estados Unidos. “É uma situação mais complexa do que a gente pensa. O Afeganistão é uma ponte entre a Ásia e o Oriente Médio. A China tem um interesse concreto no Afeganistão.

Agricultura e pecuária são a base da economia do Afeganistão/Foto: UNAMA/Freshta Dunia (07/01/2020)

Questão humanitária se coloca como central neste momento no Afeganistão

Para o professor e advogado Davi Tangerino, a resposta mais imediata que os demais países podem dar nesse momento é de cunho humanitário, recebendo os cidadãos que estão fugindo. “Internacionalmente, o reconhecimento do governo tem um papel. A China já se colocou na frente, reconhecendo esse novo governo tem um papel. Mas já usando mais um papel de criminalista, eles não fabricam essas armas lá. Existe um abastecimento, um financiamento internacional, como sempre acontece nesses conflitos. Esse é um mapa possível: quem está possibilitando materialmente o exercício dessa violência. É um tema mais delicado e envolve interesses econômicos muito importantes”, pontuou Tangerino.

Entre os problemas enfrentados pela população que tenta sair do país está a falta de documentos e passaportes – o que as impede de imigrarem para outros países. Segundo o professor Carlos Gustavo Poggio, no campo do direito internacional elas podem ser consideradas apátridas – por não poderem comprovar sua nacionalidade.

“Quem vai sofrer esse fluxo de afegãos de fato são os países vizinhos, por exemplo o Paquistão. Em seguida, os países europeus – que estão muito preocupados com uma possível onda de imigração semelhante à da crise da Síria”, explicou, recordando a onda de imigração grande que provocou problemas políticos, econômicos e de fronteiras, numa Europa que se recuperava da crise de 2008 e que, em algum sentido, ajudou a fortalecer os movimentos de xenofobia e a ascensão da extrema direita e da direita radical populista na Europa. Poggio ressaltou ainda que o Talibã que tomou definitivamente o poder no Afeganistão esta semana não é um “Talibã moderado”, mas um grupo pragmático, preocupado com a questão de governança e não há indícios de moderação. “Se não houver moderação, a questão dos refugiados deve se agravar”, concluiu.

Tangerino lembrou que no caso da Síria, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel foi muito criticada por acolher os imigrantes sírios. Com a saída de Merkel, que não concorrerá a uma recondução ao cargo, a situação dos imigrantes afegãos fica indefinida em relação à Europa, num contexto de crescimento da xenofobia.

Carlos Gustavo Poggio complementou que do ponto de vista econômico a aceitação de imigrantes é positiva para o país – num cenário de longo prazo que deve consolidar a redução demográfica da população alemã. “Angela Merkel atuou olhando o comportamento demográfico da Alemanha, que daqui a 20 anos vai ter menos habitantes que agora. Economicamente, aceitar imigrantes é uma forma de renovar a força de trabalho. Do ponto de vista econômico é [uma iniciativa] positiva do país. Porém, existe a questão cultural, de um imigrante que tem a mesma religião, fala a minha língua; e do refugiado, que fala outra língua e tem outra religião. São questões difíceis de conciliar [nesse contexto]”, analisou.

O Quarta Chamada tem apresentação de Mariliz Pereira Jorge e participação de Mara Luquet e Juliana Braga. Todas as quartas, a partir das 20h30, no Canal MyNews

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O Brasil Entre Gigantes https://canalmynews.com.br/creomar-de-souza/o-brasil-entre-gigantes/ Thu, 22 Jul 2021 21:12:15 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/o-brasil-entre-gigantes/ O tempo presente reserva um grande desafio para a diplomacia brasileira, a retomada de uma inserção internacional pragmática e descomprometida com interesses ideológicos de ocasião. Somente isto permitirá a retirada de vantagens comparativas do crescente embate entre os Estados Unidos e a China

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A disputa hegemônica no século XXI tem se acirrado e o seu principal campo de batalha é a tecnologia. O governo Biden já declarou a China como a adversária mais formidável pela liderança mundial, constituindo-se, na visão norte-americana, na principal ameaça à segurança e à prosperidade dos Estados Unidos. Os chineses estão sendo acusados de promover ataques cibernéticos, inclusive o que afetou a empresa Microsoft e usuários de seus produtos. O atual governo americano também proibiu investimentos em 59 empresas chinesas de alta tecnologia, tais como as maiores fabricantes de equipamentos de telecomunicações e de semicondutores.

O tempo presente reserva um grande desafio para a diplomacia brasileira, a retomada de uma inserção internacional pragmática e descomprometida com interesses ideológicos.
O tempo presente reserva um grande desafio para a diplomacia brasileira, a retomada de uma inserção internacional pragmática e descomprometida com interesses ideológicos. Foto: Reprodução (Flickr).

Nesta semana, o embaixador da China no Brasil, em entrevista a um órgão de imprensa brasileiro, acusou os EUA de praticarem “bullying” tecnológico. No entender do diplomata chinês, o governo americano vem usando da desculpa da segurança nacional para pressionar pelos seus interesses econômicos na disputa tecnológica mundial. Astuto como é, o embaixador não perdeu a oportunidade de recordar episódios de espionagem praticadas pelas agências de inteligência dos EUA, em particular os que tiveram como alvos autoridades brasileiras e de outros países “aliados”.

O analista Gideon Rachman, do Financial Times, publicou artigo interessante em que pergunta se a China realmente quer se tornar uma superpotência. Ele nota que, para a administração Biden, não há dúvida de que os chineses querem esse status e pretendem deslocar os EUA, inclusive de maneira agressiva, da posição de líderes mundiais. Mas Rachman também observa que há custos imensos em assumir uma posição de superpotência e que a China tem sido relutante em assumir certos ônus relacionados a manter presença e bases militares mundo afora, intervir em assuntos que não afetam diretamente seus interesses, bancar o policial do mundo, entre outros quesitos.

De fato, a retórica oficial do Partido Comunista Chinês tem sido a ascensão pacífica da China. O embaixador, na citada entrevista, ressalta que seu país não pretende exportar seus sistema e ideologia, busca convivência harmônica com o Ocidente e respeita a soberania dos parceiros. Claro que isso tudo tem de ser tomado com grão de sal, mas o fato é que os chineses costumam reservar a demonstração de força para o seu entorno, em questões que tocam diretamente a questão territorial e atiçam o nacionalismo chinês, como Taiwan, Hong Kong e as disputas que mantêm no Mar do Sul da China, inclusive com o Japão, além da disputa na fronteira com a Índia.

A China já é a segunda economia mundial e em breve será a primeira. Apesar disso, os EUA seguem sendo a primeira potência, porém com a sensação de declínio relativo. Do padrão de interação e do grau de animosidade entre EUA e China dependerão, em grande medida, os contornos de ordem internacional nas próximas décadas. Em geral, grandes mudanças no sistema internacional derivam de redistribuição de poder na esteira de conflitos armados, mas talvez hoje a disputa, sem excluir a dimensão militar e estratégica, tenha adquirido facetas distintas, com o predomínio da alta tecnologia, em particular “big data”, inteligência artificial, pesquisa quântica, 5G e Internet das coisas. Em todas essas, a China tem capacidade de disputar liderança.

Interessa ao Brasil que a disputa entre titãs não saia do terreno administrável e nem gere rupturas que possam desestruturar cadeias de valor inteiras, produzir desorganização econômica e impactar negativamente o comércio e a economia mundial, já abalados pela epidemia da covid-19. Ainda que o conflito não degenere em algo mais grave, tampouco interessa ao país ser forçado a optar por um dos lados. Com o aumento da tensão, porém, a manutenção de boas relações com ambos os parceiros vai exigir boa dose de pragmatismo e habilidade negociadora. Nada mais urgente, portanto, do que recuperar a boa e velha tradição da diplomacia universalista, vilipendiada nos últimos dois anos pela política externa ideológica que vinha sendo implementada.

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PIB chinês, Open Banking e a compra do KaBuM! pela Magalu https://canalmynews.com.br/mynews-investe/pib-chines-open-banking-e-a-compra-do-kabum-pela-magalu/ Mon, 19 Jul 2021 17:38:29 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pib-chines-open-banking-e-a-compra-do-kabum-pela-magalu/ Este é o quadro do MyNews Investe que apresenta um compilado diário com as principais novidades do mercado financeiro

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PIB da China
A economia chinesa registrou crescimento anual de 7,9% no segundo trimestre de 2021, segundo dados divulgados hoje.O resultado veio em linha com o esperado por parte dos analistas, enquanto alguns apostavam em um resultado um pouco maior, de 8,1%. Na comparação trimestral, o avanço foi de 1,2%. A avaliação de Pequim é a de que a economia continua com uma recuperação estável, apesar de desigual. Outro elemento de preocupação são os fatores externos, como a expansão de variantes do coronavírus no mundo. Os analistas acompanham de perto a possibilidade do governo chinês deve reforçar medidas de estímulo diante do cenários.  

Magalu compra KaBuM!

O gigante do varejo Magazine Luiza continua indo às compras. A empresa anunciou hoje o acordo para compra integral da plataforma de e-commerce de games e tecnologia KaBuM!, em uma aquisição que vai acontecer em etapas. A primeira delas envolve o pagamento a vista de R$1 bilhão de reais. A aquisição ainda precisa  passar pelo aval do CADE. Com a notícia,  as ações da empresa chegaram a saltar mais de 5%. A compra vai de encontro a  da rede de expandir suas operações digitais com a compra de empresas. Em pouco mais de um ano já fora quase 20 aquisições – CanalTech, Jovem Nerd e Estante Virtual estão entre elas.

Guedes e siderúrgicas 

Além das ações da Magalu, o dia começou com valorização também dos papéis de empresas siderúrgicas, que se recuperam do tombo de ontem. Gerdau, Usiminas e CSN avançavam hoje no Ibovespa no início do pregão entre 1% e 3% depois de despencarem na quarta-feira (14). A queda aconteceu depois de declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou em uma live sobre uma potencial redução das tarifas de importação de aço no Brasil, o que significaria maior concorrência de empresas do exterior.CSN e Usiminas chegaram a fechar o pregão com queda de mais de 3%.

Open Banking adiado

O Banco Central decidiu adiar para o dia 13 de agosto a segunda fase do Open Banking (ou Open Finance) que começaria nesta quinta-feira (15). O processo de abertura do sistema financeiro permite o compartilhamento, pelos clientes, de suas informações bancárias com outras instituições, com o objetivo de gerar maior concorrência no setor. A segunda fase, que entraria em vigor nesta quinta, vai permitir que os dados cadastrais e de transações sejam compartilhados. Segundo nota do BC, o adiamento aconteceu a pedido das instituições financeiras, que ainda finalizam a implementação da tecnologia do Open Banking

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China já aplicou um bilhão de doses de vacinas contra a covid-19 https://canalmynews.com.br/mais/china-um-bilhao-de-doses-de-vacinas-aplicadas-contra-a-covid-19/ Sun, 20 Jun 2021 16:13:26 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/china-um-bilhao-de-doses-de-vacinas-aplicadas-contra-a-covid-19/ O Ministério da Saúde do país não especificou o número de pessoas que já receberam as doses completas

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Wuhan – Técnicos trabalham na nova zona de desenvolvimento tecnológico de Wuhan Donghu em Wuhan, capital da província de Hubei

A China anunciou neste domingo (20), que já aplicou mais de um bilhão de doses de vacinas contra a covid-19. No entanto, o Ministério da Saúde do país não especificou o número de pessoas que já receberam as doses completas. A China tem cerca de 1,4 bilhão de habitantes.

O número de doses injetadas representa mais de um terço do total mundial da população. Na sexta-feira, (18), o mundo superou a marca de 2,5 bilhões de doses, de acordo com base em informações de fontes oficiais levantadas pela Agence France-Presse (AFP). 

O vírus está quase erradicado no país há mais de um ano, graças às quarentenas obrigatórias, testes em massa e aplicativos de celular para controlar os deslocamentos da população.

Em um primeiro momento a falta de dados disponíveis inicialmente sobre as vacinas chinesas e os escândalos de doses adulteradas no passado contribuíram para desmotivar algumas pessoas. Assim, o governo e as empresas pediram aos moradores e funcionários para se vacinarem. Em alguns casos, as autoridades oferecem tíquetes de compra ou ovos para estimular a vacinação. No total, 1,10 bilhão de doses já foram injetadas, informou o Ministério da Saúde.

Neste domingo (20), as autoridades de saúde informaram 23 novos casos em 24 horas, todos do exterior e que foram colocados em isolamento. A China espera vacinar ao menos 70% da população antes do fim do ano, o que representa cerca de 1 bilhão de pessoas.

Atualmente, quatro vacinas estão aprovadas no país, todas chinesas: uma do laboratório privado Sinovac, duas do gigante estatal Sinopharm e uma da empresa farmacêutica CanSino Biologics. A vacina da empresa alemã BioNTech também poderia receber sinal verde nos próximos meses, graças em parte a um acordo com um sócio local.

Duas mortes por covid-19 foram registradas em 13 meses na China. Os comércios, restaurantes e bares voltaram a abrir na primavera de 2020 e a opinião pública está muito satisfeita com a gestão da crise por parte do governo.

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As transformações na China https://canalmynews.com.br/herminio-bernardo/as-transformacoes-na-china/ Sun, 06 Jun 2021 17:09:36 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/as-transformacoes-na-china/ País asiático revisa política de natalidade. Mudanças são marcas históricas da China

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O governo chinês anunciou uma revisão da política de natalidade do país. Cada casal terá a permissão para ter até três filhos. A medida foi aprovada em uma reunião com o presidente Xi Jinping. Ainda não há data para que a mudança entre em vigor.

Presidente Xi Jinping em reunião do G20. Foto: Gov Cn

Em 2016, a China aprovou uma flexibilização da política do filho único e os casais puderam ter dois filhos.

Apesar de ter a maior população mundial – com mais de 1 bilhão e 400 milhões habitantes -, dados do censo chinês mostram que a taxa de natalidade vem caindo no país desde 2017. Em 2020, houve a menor taxa desde a fundação da China comunista, em 1949.

As projeções indicam que a população da Índia vai superar a quantidade de habitantes da China em 2027, quando a população chinesa vai começar a diminuir.

Nas últimas décadas, a China passou por profundas mudanças estruturais em diferentes pontos como política, economia, cultura e outros. Essas transformações da sociedade chinesa são narradas e exemplificadas em “Cisnes selvagens”.

O livro de Jung Chang conta a história de três gerações de mulheres da mesma família. A biografia é da própria família da autora e mostra como se deu a política chinesa, o conflito entre China e Japão na Segunda Guerra Mundial, a revolução comunista em 49 e a revolução cultural na década de 60.

Um ótimo livro para conhecer melhor um país tão importante.

“Quando as crianças locais passavam por um japonês na rua, tinham de curvar-se e dar passagem, mesmo que o japonês fosse mais novo que elas. As crianças japonesas muitas vezes detinham crianças locais na rua e as esbofeteavam, sem motivo algum. Os alunos tinham de fazer uma elaborada mesura aos professores toda vez que os encontravam.”

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“Atritos diplomáticos não interferem nos negócios”, avalia empresária brasileira na China https://canalmynews.com.br/economia/atritos-diplomaticos-nao-interferem-nos-negocios-avalia-empresaria-brasileira-na-china/ Sat, 29 May 2021 00:04:53 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/atritos-diplomaticos-nao-interferem-nos-negocios-avalia-empresaria-brasileira-na-china/ Para conselheira do cônsul-geral do Brasil em Xangai, conflitos políticos não prejudicam ambiente de negócios “pragmático” dos chineses com o Brasil

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Apesar dos atritos diplomáticos do governo federal com a China, as relações comerciais e econômicas de brasileiros com Pequim continuam promissoras. Essa é a avaliação de Thais Moretz, gerente geral e representante legal da Comexport trading na China e conselheira do cônsul-geral do Brasil em Xangai.

“O Brasil é um país amigo do ponto de vista chinês e do ponto de vista das prioridades das relações diplomáticas da China isso também não é um atrito dos mais graves”, afirma a empresária, que também é CEO do canal de negócios e-FeitoNaChina. “Do ponto de vista do empresário, atritos diplomáticos não interferem nos negócios”, avalia.

 Em entrevista ao Dinheiro Na Conta, ela explica que os chineses ainda enxergam no Brasil uma oportunidade para construção de relações a longo prazo, a despeito de problemas recentes. “Um político de quatro anos não é muito para um país que tem uma história milenar. Fora que a China precisa do Brasil”, avalia a empresária que é mestre em Economia Política em Xangai pela ECNU (East China Normal University). “O chinês é pragmático nos negócios”, acrescenta. 

Impacto da diplomacia na pandemia

Se a inimizade de figuras do governo brasileiro não interfere nas relações econômicas, Thais acredita que os atritos têm, no entanto, efeitos para a aquisição de vacinas e insumos para a pandemia.

 “A gente chama de diplomacia da vacina porque é um assunto político. A China de fato controla os insumos e também projeta o seu soft power para os outros países não só no fornecimento de insumos, mas também mostrando toda a tecnologia que têm para fabricar os insumos”, diz.

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“Briga com a realidade” de Bolsonaro causa atraso no envio de insumos chineses, diz analista https://canalmynews.com.br/mais/briga-com-a-realidade-de-bolsonaro-causa-atraso-no-envio-de-insumos-chineses-diz-analista/ Fri, 21 May 2021 19:47:05 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/briga-com-a-realidade-de-bolsonaro-causa-atraso-no-envio-de-insumos-chineses-diz-analista/ Postura anti-China do presidente cria entraves na diplomacia e ignora “dependência fundamental”, diz professor da Unesp

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A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009 e fornecedor estratégico do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para a produção de vacinas contra covid-19. Ainda assim, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus aliados costumam atacar publicamente Pequim. Para Alexandre Fuccille, professor de relações internacionais da Unesp, este “descompasso” é causado por um desejo de Bolsonaro de ignorar a China. O problema, todavia, é a realidade.

“Há um descompasso entre o que Bolsonaro, o presidente gostaria que fosse, entre um desejo e o que é a realidade. O desejo seria, na verdade, dar de ombros à China e justamente denunciar como uma ditadura comunista, ateia e assim por adiante. A realidade é que nós estamos falando da segundo economia do planeta, do maior parceiro comercial da maior parte da América do Sul”, diz o analista ao MyNews.

Jair Bolsonaro recebe o Presidente da República Popular da China, Xi Pinping, durante a Cúpula dos Brics no Brasil, em 2019.Foto: Alan Santos/PR
Jair Bolsonaro recebe o Presidente da República Popular da China, Xi Pinping, durante a Cúpula dos Brics no Brasil, em 2019.Foto: Alan Santos/PR.

Nesta semana, o embaixador da China no Brasil, Yan Wanming, anunciou a liberação do envio de IFA da China ao Brasil para a produção de vacinas contra covid-19 pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz. De acordo com Yan, o IFA permitirá a produção de 16,6 milhões de doses de imunizantes.

O anúncio da remessa foi realizado após reunião do embaixador chinês com o governadores do Consórcio Nordeste e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O diretor do Butantan, Dimas Covas, já afirmou em entrevistas anteriores que a entrega do IFA chinês atrasou por entraves burocráticos.

Fuccille acredita que este cenário de “morde e assopra” no envio do ingrediente tem influência da postura anti-China de Bolsonaro. O fornecimento de IFA não é suspenso, mas posto em marcha lenta, o que cria uma reação do mundo político que consegue normalizar as exportações, até que uma “nova grosseria do Palácio do Planalto” faz repetir todo o ciclo.

“A China tem esta importância e quem quiser brigar com isso, na verdade, está brigando com a realidade”, diz o professor da Unesp.

O pesquisador também destaca que após a derrota eleitoral de Donald Trump nos Estados Unidos, o Brasil passou a ser o principal país governado pela extrema-direita no cenário global. O Brasil de Bolsonaro também é o principal país do discurso anti-China do mundo, avalia Fuccille.

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“Faltou ao ministro a dignidade de assumir seus erros”, diz cientista político sobre Ernesto Araújo https://canalmynews.com.br/economia/faltou-ao-ministro-a-dignidade-de-assumir-seus-erros-diz-cientista-politico-sobre-ernesto-araujo/ Wed, 19 May 2021 00:05:09 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/faltou-ao-ministro-a-dignidade-de-assumir-seus-erros-diz-cientista-politico-sobre-ernesto-araujo/ Para Maurício Santoro, ex-chanceler se eximiu das responsabilidades frente ao Itamaraty durante depoimento à CPI

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Em depoimento à CPI da Covid-19 nesta terça-feira (18), o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, se eximiu dos erros que cometeu à frente do Itamaraty durante a pandemia. Essa é a avaliação do cientista político e professor de Relações Internacionais da UERJ, Maurício Santoro. 

Em entrevista ao Dinheiro Na Conta, Santoro diz que, diante dos senadores, o ex-chanceler do governo de Jair Bolsonaro tentou se desvencilhar da responsabilidade pelo atraso na compra de vacinas pelo Brasil e também pela empreitada do Itamaraty na busca por cloroquina. 

“Foi uma tentativa dele de jogar essa responsabilidade para o Ministério da Saúde, até pensando, claro, na expectativa para o depoimento do general Pazuello amanhã”, afirma o pesquisador. 

Santoro avalia que, além de responsabilizar o Ministério da Saúde, o ex-ministro também decidiu não assumir as declarações críticas feitas à China durante sua condução do Itamaraty. Ele também negou sua postura tenha atrapalhado o envio de vacinas e insumos chineses ao Brasil. Para o cientista político, “faltou ao ministro a dignidade de assumir os seus erros”. 

Em depoimento à CPI, o ex-chanceler Ernesto Araújo disse que “jamais” promoveu um atrito com a China “seja antes, seja durante a pandemia”. O presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), chegou a acusar o ex-ministro de mentir no depoimento e disse que ele estava “faltando com a verdade”. 

“No mínimo, no mínimo, a gente pode responsabilizar o ex-ministro por ter fracassado em tornar o Brasil uma prioridade para Pequim, em colocar o Brasil como um aliado decisivo da China, que teria prioridade no recebimento dos insumos médicos na pandemia. Isso por si só já é muito grave e muito sério”, explica o professor. 

Para Roberto Dumas, professor de Economia Internacional e Economia Chinesa do Insper, o governo brasileiro não trabalhou com a diplomacia em relação à China para construir canais de diálogo. “Ele simplesmente governou para rupturas, com um manto de soberania. Na verdade, o problema era ideológico” afirma o economista.

Dumas destaca que apesar dos ruídos na relação entre os dois países, as trocas comerciais entre Brasil e China têm crescido em volume. Esse foi um dos argumentos de Ernesto Araújo à CPI para afirmar que seu trabalho não prejudicou a relação entre os dois países. 

Para Dumas, os negócios entre os dois países acontecem apesar da diplomacia brasileira, a partir do empenho do setor privado. “Os negócios com o Brasil e a China saem a despeito da diplomacia brasileira”, diz ele. 

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Desculpas de Araújo para termo “comunavírus” não são válidas, diz professor da USP https://canalmynews.com.br/mais/desculpas-de-araujo-para-termocomunavirus-nao-sao-validas-diz-professor-da-usp/ Tue, 18 May 2021 21:21:48 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/desculpas-de-araujo-para-termocomunavirus-nao-sao-validas-diz-professor-da-usp/ Felipe Loureiro acredita que o argumento apresentado pelo ex-ministro não o exime de ataque contra Pequim

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A tentativa de Ernesto Araújo de afirmar na CPI da Pandemia nesta terça-feira (18) que a expressão “comunavírus” não foi um ataque contra a China é inválida, acredita o professor da Universidade de São Paulo (USP) Felipe Loureiro.

O ex-ministro das Relações Exteriores disse que o termo foi usado para debater um argumento do filósofo Slavoj Žižek, e não para atacar o principal parceiro comercial do Brasil. Araújo também afirmou que nunca promoveu “nenhum atrito” com Pequim.

“Mesmo que ele tenha escapado dando essa desculpa de que ele está na verdade interpretando um texto de um autor de esquerda, que diz discutir a academia, a forma como ele faz referência à China e a forma como ele faz referência à OMS, isso é compreendido como críticas feitas a Pequim e a Organização Mundial da Saúde”, analisa Loureiro em entrevista ao MyNews.

Ainda de acordo com o professor do Instituto de Relações Internacionais da USP, Araújo também demonstrou que “se calou” e nada fez para garantir que insumos para enfrentar a pandemia de covid-19 viessem da China para o Brasil.

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O que sabemos sobre o foguete chinês que caíra na Terra https://canalmynews.com.br/vip/o-que-sabemos-sobre-o-foguete-chines-que-caira-na-terra/ Wed, 05 May 2021 18:57:06 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/o-que-sabemos-sobre-o-foguete-chines-que-caira-na-terra/ Partes do Longa Marcha 5B devem entrar na atmosfera terrestre nos próximos dias

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4 ataques do governo Bolsonaro contra parceiros comerciais do Brasil https://canalmynews.com.br/vip/4-ataques-do-governo-bolsonaro-contra-parceiros-comerciais-do-brasil/ Wed, 28 Apr 2021 17:54:24 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/4-ataques-do-governo-bolsonaro-contra-parceiros-comerciais-do-brasil/ Paulo Guedes, Eduardo Bolsonaro e o próprio presidente da República já investiram contra importantes economias

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Economia da China deve ultrapassar a dos EUA nesta década, aponta professor https://canalmynews.com.br/mais/economia-da-china-deve-ultrapassar-a-dos-eua-nesta-decada-aponta-professor/ Sat, 17 Apr 2021 14:58:19 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/economia-da-china-deve-ultrapassar-a-dos-eua-nesta-decada-aponta-professor/ No MyNews Traduz, o crescimento chinês foi o assunto e mostrou os motivos do avanço do país asiático

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Não se trata de uma questão de se, mas de quando a economia da China vai superar a dos Estados Unidos. A China era um país rural e em 40 anos se tornou a segunda maior economia do mundo.

O MyNews Traduz teve um programa especial para tratar do crescimento e aspectos culturais da China.

O cientista político e professor do Departamento de Relações Internacionais da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Maurício Santoro. O professor explica a história, a política e como se deu o crescimento chinês.

Santoro confirma as previsões e aponta que a economia chinesa deve superar a americana na atual década.

“A economia chinesa está crescendo muito rápido. Mesmo com a pandemia, no ano passado cresceu 2% enquanto a economia americana caiu. E essa diferença está diminuindo. É muito provável que na década atual, ainda na década de 2020, a economia chinesa ultrapasse a economia americana. Isso não significa que a China vai ser um país mais rico que os Estados Unidos. Para um país que era há 40 anos atrás uma nação de camponeses muito pobres, pouco acima do nível de subsistência, em que a dimensão do luxo era ter uma bicicleta ou uma máquina de costura, foi um salto muito impressionante e rápido”, explica o professor.

No programa, que é exclusivo para membros do MyNews, o professor também dá dicas culturais e fala de séries, filmes e livros sobre a China.

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China apresenta crescimento recorde de 18,3% no PIB trimestral https://canalmynews.com.br/economia/china-apresenta-crescimento-recorde-de-183-no-pib-trimestral/ Fri, 16 Apr 2021 18:26:35 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/china-apresenta-crescimento-recorde-de-183-no-pib-trimestral/ Além de impactar o mercado brasileiro, que tem o país asiático como principal parceiro econômico, o índice demonstra uma retomada do fluxo comercial mundial

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A China anunciou nesta sexta-feira (16) o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2021, apontando um crescimento econômico recorde de 18,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, época em que a disseminação mundial do coronavírus paralisou praticamente todas as atividades e serviços no país asiático.

Embora a alta tenha ficado abaixo das projeções de mercado (economistas avaliavam um salto de 19%), os índices oficiais mostraram que esse foi o crescimento mais forte desde o início das compilações trimestrais, instauradas em 1992.

China apresenta alta recorde no PIB trimestral.
China apresenta alta recorde no PIB trimestral. Foto: Reprodução com alterações (Flickr).

Nos três primeiros meses do ano passado, o PIB chinês havia caído 6,8%, registrando o pior resultado econômico em 44 anos. Ao longo de 2020, no entanto, o país foi um dos poucos a apresentar progressos econômicos, com alta de 2,3% na soma de todos os bens e serviços finais produzidos.

Guilherme Cadanhotto, analista da companhia Spiti, pontua que é necessário lembrarmos “que a China enfrentou o pior momento da crise sanitária e econômica, em 2020, no primeiro trimestre, diferentemente do que ocorreu aqui. De qualquer maneira, o indicativo hoje é muito positivo para o mercado, uma vez que um dos motores da economia global, e o principal parceiro comercial do Brasil, está dando fortes indicações de que está retomando um ritmo de crescimento pré-pandêmico”.

Recuperada, então, do impacto da pandemia, a China projeta um crescimento de pelo menos 6% este ano. Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um aumento de 8,4% para a segunda maior economia mundial.

Cadanhotto avalia também os impactos desse crescimento para o Brasil, que tem o país asiático como principal parceiro econômico: “O Brasil importa soja, minério de ferro, commodities, e, com a China crescendo bem, o número de importações deve crescer, impactando positivamente a nossa economia; pegamos essa esteira do crescimento chines”.

Em escala mundial, o índice demonstra um movimento de retomada gradativa dos fluxos comerciais, tendo em vista a força industrial chinesa. “Como a China é considerada a indústria do mundo, esse crescimento indica que a demanda mundial por produtos industriais está voltando”, pondera o analista.

Além do PIB, foram apresentados os números de desemprego (5,3% – os quase 300 milhões de trabalhadores de origem rural, no entanto, não entraram no levantamento), produção industrial (14,1%) e investimentos em capital fixo (25,6%).

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China faz planos para diminuir dependência de soja brasileira https://canalmynews.com.br/economia/china-diminuir-dependencia-de-soja-brasileira/ Tue, 06 Apr 2021 21:41:26 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/china-diminuir-dependencia-de-soja-brasileira/ Pequim investe em novos parceiros comerciais e analistas projetam cenário “menos otimista” para produtores brasileiros

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Enquanto tenta administrar rusgas diplomáticas e garantir o acesso a vacinas, o Brasil ganhou mais um motivo para se preocupar com a China. Durante as chamadas Duas Sessões — o encontro legislativo anual do Congresso Nacional do Povo — Pequim chancelou o novo Plano Quinquenal, que vai guiar os próximos passos do país até 2025. No extenso documento, a amarga novidade para o agronegócio brasileiro: o estabelecimento de metas mínimas para a produção de soja nacional.

Maior importadora do grão no mundo, a China passará a obrigar que suas províncias produzam anualmente pelo menos 650 milhões de toneladas de grãos e mantenham 6,6 milhões de hectares de terras aráveis de alta qualidade, mesmo com possíveis desastres naturais. As medidas também preveem cinturões dedicados à agricultura de grande escala e o desembolso de volumosos subsídios para produtores de grãos. A decisão vai ao encontro das tentativas de Pequim em reduzir a dependência de Estados Unidos e Brasil para garantir a segurança alimentar do país.

A soja é indispensável para a China. O produto é usado na produção de temperos, molhos e do tradicional tofu. Sua principal função, porém, é a alimentação do enorme plantel de suínos do país, animal considerado essencial na culinária chinesa. 

Doutor em Desenvolvimento Rural com pós-doutorado na Universidade Agrícola da China, o professor Fabiano Escher destaca que o boom econômico dos últimos 40 anos pressionou a demanda por proteína em um país com poucas terras aráveis disponíveis para manter a criação de animais para corte.

“Está em curso um processo de mudança significativa na dieta nacional. Antes imperava o chamado padrão 8-1-1: oito partes de grãos, uma de carne e uma de frutas. Esta proporção atualmente é de 4-3-3. Em 1990, o consumo per capita de carne era de 16 quilos, hoje são 49, 31 quilos destes apenas de suínos”, explica o professor.

Escher explica que a entrada da base da pirâmide econômica no mercado consumidor alimentar trouxe transformações profundas na pecuária nacional. “Se na década de 1970 o normal era o camponês criar dois porcos no fundo de casa alimentado com restos, [atualmente] 36% do abastecimento de carne suína vem de grandes empresas administrando porcos industriais, que comem ração à base de milho e principalmente soja”, detalha.

Se em 2000, a China importava cerca de 13 milhões de toneladas da commodity, em 2020 este número saltou para mais de 100 milhões de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Brasil e Estados Unidos sustentaram praticamente sozinhos o volume demandado pelos chineses durante décadas. As flutuações no mercado causadas pela pandemia e, sobretudo, as rusgas diplomáticas mostraram aos chineses a necessidade de um plano B.

Ainda no ano passado, Pequim fechou acordos inéditos para compra de soja em países sem grande tradição no cultivo do grão. Apostando no aparecimento de novas áreas de plantio com as mudanças climáticas, o Ministério do Comércio assinou um acordo para combinar as áreas de produção de soja e construir uma aliança industrial com a Rússia. Até 2024, a China espera importar pelo menos 3,4 milhões de toneladas dos russos. Compromissos semelhantes também foram assumidos com Etiópia e Tanzânia. As quantidades ainda são irrisórias e nem de longe atingem a demanda nacional. Porém, quando somadas às novas diretrizes para plantio doméstico, devem servir de alerta para o governo brasileiro.

Quem avisa é a professora da Universidade Politécnica de Hong Kong, Hairong Yan. Considerada uma das maiores pesquisadoras chinesas nas áreas de mudança agrária e soberania alimentar na China, Yan diz que a Rússia e os países do Leste Europeu têm terras agrícolas prontas para o cultivo de soja. Ela também acredita que os acordos fechados com nações africanas visam o longo prazo e haverá tempo para que cada um deles desenvolva as capacidades agrícolas. 

Há ainda uma preocupação adicional até agora ignorada pelo governo brasileiro: o custo ambiental. “A América do Sul tem sido um grande fornecedor, mas o preço da expansão da soja é o desmatamento”, pontua a professora. 

Domesticamente, a decisão de apoiar produtores chineses também têm motivações sustentáveis. “Tradicionalmente, os agricultores chineses no Nordeste da China, que é a principal região produtora de soja, alternam entre soja e milho. A crescente importação de soja pressionou os agricultores domésticos a desistir de sua produção de soja e passar a cultivar apenas milho, mas isso não é bom para a sustentabilidade do solo. Encorajar agricultores domésticos também cumpre essa função ecológica”, ressalta Yan.

Imagem de contêineres no porto de Paranaguá. Foto: Claudio Neves / Fotos Públicas
Imagem de contêineres no porto de Paranaguá. Foto: Claudio Neves / Fotos Públicas

A opinião é compartilhada por Escher. “No curto prazo, a China vai continuar comprando muito. Mas eles não planejam para dois anos e sim para décadas, meio século. A questão ambiental vai ser cada vez mais importante. A China busca liderar as iniciativas de combate às mudanças climáticas e já fala em exigir que pelo menos 50% da soja brasileira seja rastreada [sustentável e livre de desmatamento] até 2023”. 

O professor diz ainda que o governo federal erra ao ignorar a destruição dos biomas nacionais por agropecuaristas e prevê que, se as iniciativas chinesas apontadas pelo novo Plano Quinquenal vingarem, o cenário tende a ser “menos otimista do que as elites agropecuaristas brasileiras imaginam. Ainda não é nada catastrófico, mas os chineses estão mexendo os pauzinhos para reduzir essa dependência no futuro”, prevê.

Mudanças podem transformar comércio bilateral, diz diplomata chinês

Ao menos oficialmente, a China minimiza o impacto que as mudanças podem ter para o Brasil. Em entrevista ao MyNews, o ministro-conselheiro para o comércio da embaixada da China no Brasil, Qu Yuhui, diz que “diversificar vendedores não implica em diminuir a importância do Brasil”.

“Estamos garantindo outras fontes porque não sabemos se só [a produção do] Brasil vai ser o suficiente. No curto prazo, as medidas não vão afetar nossa parceria e ainda há muito potencial a ser explorado no mercado brasileiro”, garante o chinês, apontando ainda que há pouco espaço para a expansão da soja chinesa e que ainda vai demorar algum tempo para entender o impacto das novas diretrizes do governo nas cadeias produtivas da China.

Qu, porém, não descarta a possibilidade da demanda pela soja brasileira ser menor. “A pandemia colocou muitas dúvidas sobre a segurança alimentar, algo que o governo chinês quer garantir. Além disso, temos trabalhado para implementar um novo modelo de desenvolvimento baseado na dupla circulação, tornando o mercado e o consumo doméstico as forças motrizes do crescimento econômico chinês”.

Otimista, ele diz que o novo cenário talvez sirva como incentivo para maior diversificação do comércio bilateral com o Brasil, já que “autoridades brasileiras sempre reclamaram que compramos muitas commodities, sem grande valor agregado” e incentiva os dois lados a aprofundarem o diálogo, buscando caminhos de complementaridade entre as cadeias produtivas “amortizando inseguranças e flutuações de preço”.

Comentando os ataques promovidos pelo clã de Jair Bolsonaro (sem partido) à China, o ministro avalia que “os últimos dois anos mostraram maturidade nas relações sino-brasileiras, que contam com o apoio majoritário das populações de ambos os países”. Ele destacou que o diálogo da China com Brasília hoje é “direto e muito pragmático” e atribuiu ataques à desinformação.

“O nosso maior desafio segue sendo a falta de conhecimento sobre a China por parte da população brasileira. Notamos que, nas redes sociais, ainda há certo preconceito contra chineses”, lamenta.

No ano passado, a China seguiu como o maior parceiro comercial do Brasil, respondendo por 32,3% de todas as exportações brasileiras e por um superávit de US$ 33,6 bilhões. A demanda da soja também cresceu 5% no comparativo com 2019, atingindo as 60,6 milhões de toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

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Guerra comercial entre EUA e China continuará com Biden https://canalmynews.com.br/vip/guerra-comercial-entre-eua-e-china-continuara-com-biden/ Thu, 25 Mar 2021 21:01:45 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/guerra-comercial-entre-eua-e-china-continuara-com-biden/ No MyNews Traduz desta semana, o tema é as relações internacionais da China com o mundo

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China e EUA: quem cai e quem sobe na balança comercial brasileira de 2021 https://canalmynews.com.br/economia/china-e-eua-quem-cai-e-quem-sobe-na-balanca-comercial-brasileira-de-2021/ Wed, 24 Mar 2021 17:56:43 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/china-e-eua-quem-cai-e-quem-sobe-na-balanca-comercial-brasileira-de-2021/ Pequim segue como maior destino das exportações brasileiras, com quase três vezes a participação dos Estados Unidos

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Estamos diante do fim das lojas físicas? https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/estamos-diante-do-fim-das-lojas-fisicas/ Fri, 19 Mar 2021 00:11:51 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/estamos-diante-do-fim-das-lojas-fisicas/ E-commerce deve superar as transações presenciais no varejo da China neste ano

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Você já sabe como funcionam as lojas físicas do varejo: produtos à mostra, possibilidade de testar e compra imediata. Será que com a revolução digital e crescimento do ecommerce isso dura para sempre?

Com a chegada da internet, o varejo passou por sua mudança mais profunda desde a Revolução Industrial. Naquela época houve um aumento expressivo da produção de mercadorias e, consequentemente, do volume de compras e vendas no comércio.

Desta vez, o fator por trás da ressignificação do varejo está no uso de dados e na possibilidade de realizar compras com apenas um clique. Enquanto os consumidores podem facilmente adquirir produtos por meio dos celulares, a indústria tem o potencial de usar estes dados para relacionamentos futuros ainda mais produtivos com seus clientes.

A pandemia deu poder exponencial para esta mistura e a China provavelmente será o primeiro país em que o volume de compras online deve superar o volume das lojas físicas. Popularização dos smartphones e frete barato, somados aos efeitos da pandemia, fizeram com que neste país 52% das compras aconteçam por e-commerce até o final deste ano.

E no comércio, vai tudo para o digital?

Não! O e-commerce não significa a morte das lojas físicas, mas muita coisa deve mudar. Assim como a TV não substituiu o rádio, o varejo online não deve substituir o presencial. 

O pensamento “ou um ou outro” está longe de captar a complexidade da sociedade que exige personalização ao invés das boas e velhas “fórmulas padronizadas” em que tudo dá certo. Além disso, quem disse que nas experiências presenciais não é possível capturar dados que sejam utilizados no ambiente digital? 

Por isso, presencial e digital, ou “on” e “off”, não são como água e óleo. Muito pelo contrário, se combinados, não há conflito de canal, e sim, convergência para uma ótima experiência. Vamos com um exemplo.

Existem lojas físicas em que é possível acompanhar as interações dos clientes com os produtos de forma digital para determinar quais devem estar ali. Assim, se um cliente toca em um produto, é possível captar isso de forma automática, organizar em um sistema e otimizar o espaço da loja com produtos semelhantes para que mais clientes possam ter uma ótima experiência. 

Isso busca tornar a experiência na loja ainda melhor para aquele nicho, ressignificando o papel deste canal. Assim como é feito no digital, por meio dos anúncios personalizados que aparecem para você.

O alicerce deste “futuro já presente” é o uso de dados proprietários como estratégia central. Quando empresas combinam isso a uma equipe especializada, cultura empresarial aberta à mudança e respeito à privacidade dos usuários, passos largos são dados nesta direção que tem o cliente como centro da tomada de decisão.

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Salim Mattar não garante voto em Bolsonaro em 2022: “Podem surgir outros nomes” https://canalmynews.com.br/politica/salim-mattar-nao-garante-voto-em-bolsonaro-em-2022-podem-surgir-outros-nomes/ Wed, 17 Mar 2021 14:21:32 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/salim-mattar-nao-garante-voto-em-bolsonaro-em-2022-podem-surgir-outros-nomes/ Ex-membro do time econômico do presidente, o empresário afirma não se arrepender de ter participado do governo

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Ex-secretário de Desestatização do Ministério da Economia, o empresário Salim Mattar acredita que é cedo para falar sobre seu voto nas eleições de 2022, mas não garante que repetirá sua escolha do último pleito, quando votou em Jair Bolsonaro (sem partido) em dois turnos.

“Eu diria que é cedo, dois meses antes das eleições eu posso responder”, diz o fundador da Localiza, ressaltando que outras opções eleitorais podem aparecer. “Bolsonaro naquele momento [2018] era a melhor opção, porque outros partidos já estiveram no poder muito tempo e fizeram o que você viu, mensalão, petrolão, corrupção nas empreiteras”.

Integrante da equipe econômica de Bolsonaro de janeiro de 2019 até agosto de 2020, Mattar saiu por insatisfação com o ritmo de privatização das estatais. O então secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, deixou o cargo junto com Mattar, e as baixas foram classificadas à época pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como uma “debandada”.

Apesar de não ter conseguido alcançar as metas de privatizações que havia planejado, Mattar afirma que não se arrepende de ter participado do Governo Federal e de ter acreditado nas promessas de estado mínimo de um candidato que fez carreira defendendo a participação estatal na economia. Mattar destaca que, apesar do passado de Bolsonaro, sua campanha prometeu reduzir o tamanho do Estado.

“Ter ido para o governo foi um dos fatos mais importantes da minha vida, não tenho arrependimento. Foi uma experiência única, impagável”, diz o empresário ao MyNews.

“Modelo chinês, em um certo momento, vai desabar”

Defensor da iniciativa privada, Mattar afirma que o Estado não deve ser “empresário” e garantir privilégios. Obras de infraestrutura como aeroportos e estradas não devem ser construídas pelo poder público, crê o empresário.

Na contramão da agenda de Mattar, a China foi um dos poucos países a registrar crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Em plena pandemia de covid-19, o país asiático cresceu 2,3% em 2020. No mesmo período, o PIB brasileiro encolheu 4,1%.

Mattar avalia que apesar do resultado econômico positivo, a China não tem liberdade e a decisão estatal é a última, “como era na época de [Josef] Stálin e [Adolf] Hitler”.

“Eles [chineses] aderiram ao mercado, mas não às liberdades individuais. O modelo chinês, em um certo momento, vai desabar porque a sociedade não tolera não ter liberdade”, diz o empresário.

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Parlamento da China aprova lei que restringe democracia em Hong Kong https://canalmynews.com.br/mais/parlamento-da-china-aprova-lei-que-restringe-democracia-em-hong-kong/ Fri, 12 Mar 2021 15:33:19 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/parlamento-da-china-aprova-lei-que-restringe-democracia-em-hong-kong/ Lei determina que comitê avalie se candidatos são patriotas, o que deve acabar com oposição

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O Parlamento chinês aprovou uma lei que altera o sistema eleitoral de Hong Kong. Com isso, os candidatos ao Parlamento de Hong Kong precisarão passar por um comitê que vai aprovar as candidaturas consideradas patrióticas. O comitê também vai selecionar parte dos parlamentares.

Presidente chinês, Xi Jinping, na reunião de cúpula do G20 Foto: Gov Cn

Na prática, a medida praticamente acaba com a oposição política em Hong Kong, já que apenas políticos leais ao governo de Pequim poderão ser eleitos.

Hong Kong é um território autônomo, foi colonizado pelo Reino Unido e devolvido à China em 1997. Desde então, a relação é instável.

A líder de Hong Kong, Carrie Lam, é aliada do governo chinês e apoiou a medida. Ela disse que essa lei vai colocar Hong Kong no “rumo certo”.

A última lei controversa envolvendo Hong Kong foi aprovada pelo Parlamento chinês em 2019 e gerou uma onda de protestos. A lei na época permitia a extradição de presos de Hong Kong para a China continental. A medida foi suspensa depois de manifestações, greves e até mortes.

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5G: Anatel espera realizar leilão entre final de maio e início de junho https://canalmynews.com.br/economia/5g-anatel-espera-realizar-leilao-entre-final-de-maio-e-inicio-de-junho/ Wed, 10 Mar 2021 23:56:26 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/5g-anatel-espera-realizar-leilao-entre-final-de-maio-e-inicio-de-junho/ Leilão deve acontecer no primeiro semestre e sem limitação para participação de chineses. “Nunca houve qualquer restrição a fornecedores”, afirma superintendente

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Depois do edital aprovado pelo Conselho da Anatel no final de fevereiro, a expectativa é que o leilão para instalação da rede 5G no Brasil possa acontecer entre o “final de maio e o início de junho”, segundo Nilo Pasquali,  superintendente de regulamentação da Anatel.  Em entrevista ao Dinheiro Na Conta, Pasquali confirmou que a agência espera realizar o leilão ainda neste primeiro semestre do ano. 

A empresa que vencer o leilão precisa garantir o fornecimento do 5G até julho de 2021 nas capitais do país e Distrito Federal. Até julho de 2029, segundo cronograma do edital, todos os municípios com mais de 30 mil residentes deverão ter a cobertura do 5G. 

Sobre a participação de empresas chinesas no certame, o superintendente esclarece que o edital trata da radiofrequência para prestadores de serviço de telecomunicações e que não traz nenhum tipo de limitação sobre tipo de fornecedores.  “No caso da Huawei, por exemplo, eles são fabricantes de equipamentos, contratados pelas prestadoras para a construção da rede. Eles não participam diretamente do leilão”, explica.

Nesta terça-feira (9), o ministro de Comunicações, Fábio Faria, afirmou que a empresa chinesa Huawei não preenchia os requisitos para participar da rede privativa do 5G do governo brasileiro. Neste caso, a rede será construída e gerida por uma operadora privada e servirá ao Poder Executivo, Legislativo e Judiciário.

No caso do edital da Anatel para a rede no país, Pasquali explica que a construção das redes é uma livre escolha das empresas que vencerem o leilão. “Desde o primeiro edital da Anatel, em 1998, nunca houve qualquer restrição a fornecedores. O único requisito técnico no Brasil é que a construção das redes seja feita com equipamentos certificados pela Agência”, diz.

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Três países chegam a Marte juntos https://canalmynews.com.br/mais/tres-paises-chegam-a-marte/ Fri, 12 Feb 2021 12:50:32 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/tres-paises-chegam-a-marte/ Missões espaciais de China, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos chegam ao planeta nesse mês para estudos

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Três países estão chegando em Marte praticamente ao mesmo tempo: China, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos.

Na terça-feira (9), a missão ‘Hope’ (esperança, em inglês) entrou na órbita do planeta vermelho. É uma sonda enviada pelos Emirados Árabes Unidos, a primeira de um país do Oriente Médio. Essa missão árabe vai estudar a atmosfera de Marte, uma pesquisa inédita.

Na quarta-feira (10), uma missão chinesa também entrou na órbita de Marte. A sonda asiática se chama ‘Tianwen-1’, que significa ‘busca pela verdade celestial’.

Por uma questão técnica, a sonda chinesa vai ficar na órbita por alguns meses antes de pousar um robô movido a painéis solares. A previsão é de que isso aconteça em setembro deste ano. O objetivo dessa pesquisa é estudar a geologia da superfície de Marte.

Lançamento da missão ‘Perseverance’ para Marte. Foto: (NASA / Joel Kowsky)

A terceira missão, estadunidense, está prevista para chegar em Marte nos próximos dias. A sonda da Nasa se chama ‘Perseverance’, que é significa perseverança, e procura evidências de vida no planeta.

O estudo procura por vida microbiana e vai coletar amostras que serão analisadas na Terra quando a missão terminar, o que deve acontecer daqui a dois anos.

Lançamento da missão ‘Perseverance’ para Marte. Foto: (NASA / Joel Kowsky)

As missões acontecem juntas por causa da distância entre os planetas. Como Terra e Marte se movem em velocidades diferentes, a cada 26 meses os planetas ficam mais próximos. Assim, as espaçonaves precisam de menos combustível.

Esse período de proximidade da Terra e de Marte aconteceu em julho do ano passado, quando as agências espaciais lançaram as missões que agora chegam em Marte.

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Os resultados que precisamos e aqueles que temos da Política Externa Brasileira https://canalmynews.com.br/creomar-de-souza/os-resultados-que-precisamos-e-aqueles-que-temos-da-politica-externa-brasileira/ Thu, 11 Feb 2021 11:01:27 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/os-resultados-que-precisamos-e-aqueles-que-temos-da-politica-externa-brasileira/ Uma política externa descolada do eixo tradicional das políticas públicas, é incapaz de gerar resultados e corresponder aos desafios impostos pelas dinâmicas da geopolítica das vacinas globalmente

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Um dos primeiros textos desta coluna discutiu o que é Política Pública e a sua utilidade. Longe de esgotar o assunto, aquela reflexão ressurge com força no atual momento. Seja pelas discussões bizantinas que envolvem a vacinação, seja pelos limites geopolíticos impostos ao governo brasileiro. O fato é que políticas públicas devem buscar resultados e soluções para a coletividade e que Política Externa, ao ser Política Pública, está enquadrada neste axioma.  

Se no passado tal concepção de realidade era um truísmo, hoje, é preciso reafirmar essa noção já que o domínio diplomático parece ter sido colonizado pela ideologia. A principal resultante deste fenômeno é a expulsão do cálculo tradicional de ganhos e benefícios e a exclusão do pragmatismo saudável da projeção de interesses nacionais no contexto de um cenário internacional cada vez mais competitivo.

Obviamente, este dilema não é exclusividade do Brasil. Ao contrário, o avanço do populismo mundo afora teve o condão de usar a Política Externa como um de seus alvos prediletos na busca de bodes expiatórios, numa manobra daninha para uma ordem internacional baseada no direito e na solução negociada para problemas comuns. No caso da Europa, a política de integração seria a culpada pelo desemprego, pela imposição de valores democráticos contra a vontade de regimes “iliberais”, pela suposta invasão de imigrantes, mesmo em países com números irrelevantes de imigrantes.

Nos EUA, Trump representou fenômeno semelhante. Manipulou a situação difícil de parcelas da população e seus temores mais recônditos em relação ao outro e ao diferente. Atribuiu a imigrantes os males sociais, culpou a China pela decadência da manufatura tradicional no país, acusou ambientalistas de inventar uma conspiração global para matar a indústria do carvão e retirar o poder do setor de hidrocarbonetos.

Em suma, o populismo tem como subproduto uma visão maniqueísta, que reduz o mundo a um roteiro cinematográfico de uma batalha as forças do bem – não coincidentemente ocidentais, conservadoras, nacionalistas – contra as forças do mal – o comunismo, o globalismo, a ONU, a OMS. Esse amálgama simplista distorce a realidade para fabricar soluções imaginárias. E como resultante, realiza-se um processo de fuga das Políticas Públicas baseadas em evidência e aposta-se em soluções baseadas em sectarismo.

Como exemplo deste processo, percebe-se a ideologização de Políticas Públicas, que se tornam um campo de embate desproporcional diante da gravidade das situações a serem enfrentadas. Neste país, vimos isso na questão da vacina, no relacionamento subserviente em relação aos EUA de Trump e na prática de pisar no calo da China, ignorando a relevância deste país para a economia nacional. Desta maneira, o populismo que hoje dá as cartas na nossa Diplomacia tornou-se um estudo de caso na busca de ganhar pontos com uma base eleitoral radicalizada em detrimento dos interesses concretos da população.

O fato é que se anteriormente, a lógica de ideologização não possuía resultados concretos, na atual conjuntura os danos são inescapáveis. A realidade se impõe e se vinga, em momento que o país precisa manter mercados abertos às exportações – nos EUA, na Europa, na América do Sul e na Ásia – e na hora de navegar no mar revolto da geopolítica das vacinas. Nesse caso, a vergonha e o constrangimento moral de uma Diplomacia sectária é um problema menor diante da perda de influência, poder e por consequência, capacidade de garantir a prosperidade, a saúde e o futuro de nossos cidadãos.

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Coronavírus já circulava na China antes de Wuhan, diz OMS https://canalmynews.com.br/mais/circulacao-coronavirus-wuhan-china/ Tue, 09 Feb 2021 15:28:14 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/circulacao-coronavirus-wuhan-china/ Pesquisadores identificaram o vírus em outros pontos do país. Hipótese de origem em laboratório é “extremamente improvável”

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Uma missão com pesquisadores da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que o coronavírus já estava em circulação pela China antes de Wuhan. Um mercado de frutos do mar da cidade é o primeiro local conhecido de infecções com o vírus.

O chefe da equipe de investigação da OMS, Ben Embarek, declarou que foi registrada a presença do vírus Sars-Cov-2 em outros mercados e em pessoas sem qualquer relação com Wuhan. O primeiro caso em Wuhan foi registrado no dia 12 de dezembro de 2019, mas estudos mostraram que casos foram comprovados no dia 8 de dezembro em outras localidades da China. Portanto, o mercado de Wuhan não foi o epicentro da pandemia.

Wuhan

Peng Zhiyong, chefe do departamento de medicina intensiva do Hospital Zhongnan, em Wuhan, China.
Peng Zhiyong, chefe do departamento de medicina intensiva do Hospital Zhongnan, em Wuhan, China. Foto: Governo da China (Domínio Público).

Os pesquisadores também declararam que não há evidências de circulação do vírus antes de dezembro de 2019, quando houve o registro dos primeiros casos de covid-19 no mundo.

A equipe da OMS chegou à China no dia 14 de janeiro. O grupo ficou duas semanas em quarentena e, depois, visitaram e estudaram locais como o próprio mercado de Wuhan e o Instituto de Virologia da cidade que estuda a pandemia.

O chefe da equipe rechaçou a hipótese de que o vírus foi criado em laboratório e teria vazado. Embarek disse que a possibilidade é “extremamente improvável”, já que o vírus Sars-Cov-2 não estava sendo estudado na cidade.

Investigação

A equipe da OMS afirmou que investiga três hipóteses para a origem da pandemia:

  • Transmissão direta entre espécies: em que algum animal teria transmitido o vírus para humanos
  • Introdução por hospedeiro intermediário: depois de transmitido de um animal, o vírus teria se adaptado e sofrido mutações. Com as mudanças, passou a circular e infectou humanos
  • Contaminação no transporte e armazenamento de alimentos congelados

Esta foi a primeira declaração da equipe da OMS que investiga a origem do coronavírus. Um dos integrantes do grupo disse que provavelmente levará anos para entender completamente as origens do Sars-CoV-2.

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Anatel adia aprovação de edital do leilão do 5G https://canalmynews.com.br/economia/anatel-adia-aprovacao-de-edital-do-leilao-do-5g/ Tue, 02 Feb 2021 14:20:48 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/anatel-adia-aprovacao-de-edital-do-leilao-do-5g/ As regras do leilão foram publicadas na semana passada. Governo quer rede privada e não restringiu Huawei

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A Agência Nacional de Telecomunicações adiou a votação do edital para o leilão do 5G (a quinta geração da telefonia móvel). A aprovação estava prevista para esta segunda-feira (1º), mas houve um pedido de vista do processo durante a análise.

Apesar do adiamento, há maioria para a aprovação. O relator do processo, Carlos Baigorri votou a favor e foi acompanhado por dois conselheiros. O presidente da Anatel, Leonardo Euler de Morais, pediu vista do processo. Os votos podem ser alterados até o fim do processo.

Tecnologia 5G, cujo leilão no Brasil virou novo capítulo da relação turbulenta do governo com a China
Tecnologia 5G, cujo leilão no Brasil virou novo capítulo da relação turbulenta do governo com a China.
(Foto: Unsplash)

Regras

A reunião aconteceu depois de o governo publicar uma portaria com as regras do edital.

O texto elaborado pelo Ministério das Comunicações não prevê qualquer restrição à gigante chinesa Huawei. As normas também determinam a criação de uma rede exclusiva para órgãos do governo federal.

As regras devem ser seguidas pela Agência Nacional de Telecomunicações para o edital do leilão.

Disputa com China

O governo brasileiro estava sendo pressionado pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump para não permitir que a Huawei seja a empresa fornecedora do 5G brasileiro. A disputa pelo 5G é um dos principais pontos da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

O Ministério das Relações Exteriores declarou, em novembro do ano passado, que o Brasil havia se juntado aos Estados Unidos em uma aliança para impedir o acesso das empresas chinesas ao mercado mundial de 5G. De acordo com o Itamaraty, a iniciativa se chama “Clean Network” e conta com a participação de nações europeias e da Otan.

Integrantes da Anatel já haviam informado que o leilão não poderia ter restrições de empresas específicas. Apesar disso, o governo poderia alegar “segurança nacional” para impor restrições à Huawei, empresa líder na tecnologia 5G. 

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Leilão do 5G brasileiro não restringe Huawei https://canalmynews.com.br/economia/leilao-do-5g-brasileiro-nao-restringe-huawei/ Sat, 30 Jan 2021 15:30:42 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/leilao-do-5g-brasileiro-nao-restringe-huawei/ Portaria publicada pelo governo federal ainda prevê rede privada para governo. Edital deve ser votado nesta segunda-feira

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A portaria com as regras para a realização do leilão do 5G (a quinta geração da telefonia móvel) foi publicada no Diário Oficial da União. O texto elaborado pelo Ministério das Comunicações não prevê qualquer restrição à gigante chinesa Huawei. 

As normas também determinam a criação de uma rede exclusiva para órgãos do governo federal. As regras devem ser seguidas pela Agência Nacional de Telecomunicações para o edital do leilão, que deve ser votado nesta segunda-feira (1º) em uma reunião da agência. 

Tecnologia 5G, cujo leilão no Brasil virou novo capítulo da relação turbulenta do governo com a China
Tecnologia 5G, cujo leilão no Brasil virou novo capítulo da relação turbulenta do governo com a China.
(Foto: Unsplash)

Disputa com China

O governo brasileiro estava sendo pressionado pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump para não permitir que a Huawei seja a empresa fornecedora do 5G brasileiro. A disputa pelo 5G é um dos principais pontos da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

O Ministério das Relações Exteriores declarou, em novembro do ano passado, que o Brasil havia se juntado aos Estados Unidos em uma aliança para impedir o acesso das empresas chinesas ao mercado mundial de 5G. De acordo com o Itamaraty, a iniciativa se chama “Clean Network” e conta com a participação de nações europeias e da Otan.

Integrantes da Anatel já haviam informado que o leilão não poderia ter restrições de empresas específicas. Apesar disso, o governo poderia alegar “segurança nacional” para impor restrições à Huawei, empresa líder na tecnologia 5G. 

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Instituto Butantan confirma eficácia global de 50,38% da vacina Coronavac https://canalmynews.com.br/mais/instituto-butantan-confirma-eficacia-global-de-5038-da-vacina-coronavac/ Fri, 29 Jan 2021 19:26:38 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/instituto-butantan-confirma-eficacia-global-de-5038-da-vacina-coronavac/ Inferior ao número apresentado na última semana, dado inclui pacientes assintomáticos no estudo

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Em pronunciamento oficial na tarde desta terça-feira (12), o diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan, Ricardo Palácios, confirmou que a vacina Coronavac possui eficácia geral de 50,38% contra a Covid-19.

O índice está levemente acima dos 50% requeridos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para considerar um imunizante efetivo. O dado recente foi encaminhando ao instituto regulador brasileiro junto do pedido de registro emergencial da vacina.

Em um primeiro momento, foram informados que os números da Coronavac apontavam eficiência preventiva de 78% para casos leves e 100% para pacientes moderados ou graves. Apesar de inferior, a percentagem atual atende às demandas dos principais órgãos regulamentadores nacionais e internacionais.

Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan
Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. (Foto: Governo do Estado de São Paulo)

Queda no percentual

A queda registrada nos dados de eficácia da Coronavac se deve à inclusão de paciente infectados, porém assintomáticos, ao estudo de fase 3 administrado pelo Butantan no Brasil. No total, a vacina desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac foi testada em 13.060 voluntários, todos profissionais da saúde.

​A discrepância entre o resultado atual e o divulgado no último dia 8 é consequência, também, de ambições comerciais. O laboratório Sinovac averiguou divergências entre os estudos indonésio (65% de eficácia geral), turco (91%) e o brasileiro (50,38%), cenário comum dado que não foram executados na mesma população.

O interesse chinês, contudo, é obter um número unificado e comerciante, o que esclarece o embate entre o Butantan e a empresa biofarmacêutica asiática, que proibiu a divulgação de dados apenas do estudo brasileiro.   

A solicitação da Anvisa pelos números oficiais, somada às críticas por parte da comunidade científica acerca da transparência do processo, levaram o Butantan a negociar internamente a pauta, evidenciando as divergências.

Outro elemento de influência partiu de políticas do governador João Doria (PSDB-SP), que pressionou o instituto a elucidar toda a situação. O imunizante chinês é alvo da disputa política entre o tucano e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), fomentada pelo ativismo estadual e o negacionismo federal durante a administração pública da pandemia.

Uso emergencial

Na primeira semana de janeiro, mesmo com árduas críticas por parte de Bolsonaro, a pasta da Saúde incluiu a Coronavac no plano nacional de imunização. Horas depois da realização do pedido emergencial para aplicação da vacina asiática, o imunizante britânico fabricado pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford também foi requerido, concebendo, assim, uma corrida dentro da Anvisa.

De acordo com a atualização de hoje, o Butantan possui 40,7% de sua solicitação considerada concluída, ante 27,35% da Fiocruz, que produzirá o antiviral europeu. A agência considerou um prazo de 10 dias para completar a avaliação.

Doria espera a autorização do uso emergencial para dar início ao programa de vacinação paulista, projetado para 25 de janeiro. Entretanto, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou que o processo de imunização está sujeito ao planejamento federal.

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Governo de SP anuncia chegada de insumos para vacinas para 3 de fevereiro https://canalmynews.com.br/mais/governo-de-sp-anuncia-chegada-de-insumos-para-vacinas-para-3-de-fevereiro/ Tue, 26 Jan 2021 17:42:03 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/governo-de-sp-anuncia-chegada-de-insumos-para-vacinas-para-3-de-fevereiro/ Expectativa é de receber, até abril, insumos para produção das 40 milhões de doses contratadas

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Doses da Coronavac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac
Doses da Coronavac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac.
(Foto: Governo do Estado de São Paulo)

Uma primeira leva de insumos da China para produção de vacinas contra a Covid-19 deve chegar ao Brasil no dia 3 de fevereiro. A informação é do governo de São Paulo, divulgada durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (26).

“Nós tivemos essa sinalização, de que a liberação desses lotes será feita de uma maneira muito rápida começando por esses 5,4 mil litros que foram anunciados no dia de ontem [segunda-feira, 25] e chegarão aqui na próxima semana, com previsão do dia 3 de fevereiro”, afirmou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, durante a coletiva.

A partir da chegada dos insumos, o Butantan prevê produzir 8,6 milhões de doses da Coronavac, imunizante desenvolvido em conjunto com o laboratório chinês Sinovac. Foi com ele que teve início a vacinação no Brasil, após o aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), no último dia 17. Na ocasião, também foi dado o aval para outra vacina, a da Oxford/AstraZeneca.

Outros 5,6 mil litros estão em processo avançado de liberação pelo governo chinês, segundo Dimas. A expectativa do Instituto Butantan é a de receber, até abril, o total de insumos para produção das 40 milhões de doses contratadas. Esse demanda futura também já conta com autorização da Anvisa para uso emergencial no Brasil.

Relação Brasil-China

O evento contou com a participação do embaixador da China no Brasil, Yang Wanming. Por meio de vídeo transmitido durante a coletiva, ele negou que os insumos não tenham chegado por questões diplomáticas.

“O Brasil é um país importante e um parceiro de grande significado para a China. Mantemos uma relação amistosa tradicional entre os dois países, incluindo o estado de São Paulo. Os avanços significativos da cooperação da Sinovac e o Instituto Butantan evidencia atitude científica e rigorosa dos pesquisadores de ambos os países, neste momento em que a Coronavac está sendo aplicada em todo o Brasil. Isso demonstra que a nossa cooperação beneficia não só os paulista como o povo brasileiro”, declarou durante a coletiva.

O Brasil vive uma relação conturbada com Pequim, alimentada pela chamada “ala ideológica” do governo, que culpa a China pelo novo coronavírus e chega a questionar a eficácia da vacina desenvolvida com a Sinovac, entre outros atritos. O atraso na vinda dos insumos foi visto como uma retaliação dos chineses a esses fatos.

Durante a coletiva, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), rebateu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que disse em rede social na segunda-feira (25) que os insumos tinha sido liberados pela China após ação do governo federal.

“Todas as demandas foram conduzidas pelo Instituto Butantan e pelo governo de São Paulo”, disse Doria. “Nesses dois anos, nós ampliamos as relações econômicas, comerciais, institucionais, culturais, de cooperação e de solidariedade com a China”, completou o governador.

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