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EFEITO LULA

Alex Manente: o que muda com Lula liberado a concorrer em 2022?

Apenas um candidato que se afaste dos extremismos é capaz de tirar o Brasil do atoleiro em que se encontra

por Alex Manente em 15/03/21 00:29

É o momento de repensar as forças políticas do país e analisar a fotografia do momento. O impacto das anulações geram uma indignação nas pessoas que querem acreditar que o país e as instituições podem combater a impunidade e a corrupção. E que ricos e poderosos podem sim ser presos se cometerem crimes, sejam eles de sangue ou crimes de colarinho branco. 

Alex Manente: O que muda com Lula liberado a concorrer em 2022? Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Alex Manente: O que muda com Lula liberado a concorrer em 2022? Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

As pesquisas demonstram que o brasileiro quer um governante honesto, transparente, capaz e com um projeto de crescimento e bem -estar para o povo. Neste momento, isso não está refletido em nenhum dos dois polos do que deveria ser uma miríade política com muitas opções.  

Lula com sua fala messiânica e um discurso vitimista representa o populismo em estado puro que afronta a sociedade. Sua volta ao jogo político desanima aqueles que querem novas alternativas. Lula não sairá do palanque e confunde falta de memória com consciência limpa. A sua volta mostra um Brasil sem segurança jurídica, onde a lei é interpretada de acordo com o humor dos tribunais. O que acaba por provocar um efeito cascata para o cidadão, o mercado e os investidores. Essa provocação não terá eco no parlamento. 

A intenção do centro que abarca tanto os de direita e de esquerda moderados, é se unir também contra o presidente que aí está. O devoto da cloroquina, com um comportamento que beira a irracionalidade e que fala, fala e nada tem a dizer que acrescente ao debate político civilizado. O Brasil, além de se tonar um pária mundial, ainda virou uma ameaça global com sua vacinação a conta gotas.  

Acredito que durante todo este processo de amadurecimento de candidaturas até 2022, esse anseio por novas opções será ainda mais ampliado. O que vai possibilitar o crescimento de forças alternativas a esta polarização que só tem dado prejuízo ao país. Este caminho tem de ganhar força para que o cidadão pare de ser obrigado a votar no candidato que menos discorda, e sim em quem tem um projeto com o qual se identifica. O povo exaurido e desanimado com a política é o que temos de evitar. 

2022 será o ano que temos de demonstrar o nosso ímpeto de combater o extremismo, dentro do Estado de Direito e fortalecimento das instituições. Nosso papel é demonstrar que o país não aceita o retrocesso. Não seremos o país que aceita provas ilegais como provas de um processo, o país que aceita a negação de uma pandemia, muito menos que aceita o achaque contra a maior operação de combate à corrupção da nossa história. Ambos os extremos apostaram na negação de uma sociedade ativa. Nós seremos a ponta de lança dessa sociedade. 

Apenas um candidato que se afaste dos extremismos é capaz de tirar o Brasil do atoleiro em que se encontra. Extremos da corda são como fundamentalistas que diante da luz só são capazes de fechar os olhos porque a verdade incomoda a sua visão. Queremos um país do qual todos continuem se orgulhando de dizer: sou Brasileiro.


Quem é Alex Manente

Alex Manente é advogado e atualmente exerce seu segundo mandato como deputado federal por São Paulo. É líder do Cidadania na Câmara.

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