Haroldo Rodrigues explica como práticas socioambientais e de governança e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) se complementam
por Luciana Tortorello em 18/08/21 19:22
As práticas ESG têm se mostrado cada vez mais presentes no dia a dia das empresas que querem se mostrar mais responsáveis. Muitas vezes, essas práticas são confundidas com os ODS, sigla para Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Eles não são sinônimos, mas são complementares. Em entrevista ao MyNews Investe, Haroldo Rodrigues, sócio-fundador da in3 New B Capital S.A, fala sobre como ESG e ODS podem e devem andar juntos.
Os ODS fazem parte da agenda 2030 da ONU, são 17 objetivos que refletem de forma equilibrada, as três dimensões do desenvolvimento sustentável: social, econômica e ambiental. Dentre os objetivos estão a erradicação da fome e da pobreza, a redução das desigualdades sociais e o aumento do uso de energia limpa. “É óbvio que há uma conexão e uma integração entre essas boas práticas socioambientais e de governança dos negócios e de investimentos com o atingimento das metas ODS”, avalia Rodrigues.
Para o sócio-fundador da in3 New B Capital, as empresas que já incorporaram as práticas ESG – Meio Ambiente (Environment), Social e Governança (Governance), na tradução livre para do inglês para o português – em suas diretrizes, terão mais facilidade em incorporar as práticas ODS e vice-versa.
“O ideal é que haja uma complementaridade. É muito mais fácil uma empresa que já tem o seu DNA o ESG, buscar metas de ODS, do que as empresas que não têm as metas de ESG como objetivos incorporados. A empresa vai ter que passar por uma repaginação, uma repactuação da cultura ética, para alcançar esses objetivos”, analisa Rodrigues.
O executivo cita ainda duas empresas que podem ser vistas como modelo quando o assunto são as práticas ambientais, sustentáveis e de governança e objetivos de desenvolvimento social: a Natura e a multinacional Danone.
“Vou falar de uma nacional de capital aberto. A Natura tem um impacto social e de investimentos ambientais de relevo para o Brasil; Tem um compromisso, um DNA ESG e ODS na veia e é um grande orgulho. A Danone é uma empresa de saudabilidade que se reposicionou completamente e hoje é a maior empresa do mundo de capital aberto que tem uma certificação sistema B – que são empresas líderes com o compromisso de gerar benefícios socioambientais e econômicos positivos a partir do ESG. A Danone coloca, se não me parece, 14 ou 15 dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável que ela tem investido em tecnologia e usa know how para atingimento”.
No caso dessas duas empresas, rentabilidade e responsabilidade andam juntas. Em cinco anos, enquanto o Ibovespa subiu 98%, as ações da Natura subiram 220%. No caso da Danone, que tem seu capital aberto na bolsa do Continente Europeu, a Euro Stoxx 50, o acumulado do índice para 2021 é de 17% e das ações da empresa é de 18%.
1 – Erradicação da pobreza
2 – Fome zero e agricultura sustentável
3 – Saúde e bem-estar
4 – Educação de qualidade
5 – Igualdade de gênero
6 – Água potável e saneamento
7 – Energia limpa e acessível
8 – Trabalho decente e crescimento econômico
9 – Indústria, inovação e infraestrutura
10 – Redução das desigualdades
11 – Cidades e comunidades sustentáveis
12 – Consumo e produção responsáveis
13 – Ação contra a mudança global do clima
14 – Vida na água
15 – Vida terrestre
16 – Paz, justiça, e instituições eficazes
17 – Parcerias e meios de implementação
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