Coroanvac feita no Instituto Butantan recebeu nova autorização emergencial, enquanto doses da Oxford enfim chegaram da Índia
por Rodrigo Borges Delfim em 23/01/21 13:29
A sexta-feira (22) terminou com duas boas notícias para o programa de imunização contra a Covid-19 no Brasil. Além da aprovação para uso emergencial de um novo lote de vacinas Coronavac, produzidas pelo Instituto Butantan, chegaram ao país também 2 milhões de doses do imunizante Oxford/AstraZeneca, previstas do acordo com a Índia.
Com isso, a imunização no Brasil ganha um novo fôlego, ainda que curto e que dependa da vinda de insumos médicos da China para permitir uma maior produção das vacinas em território nacional.
Segundo o governo de São Paulo, cerca de 900 mil doses da Coronavac foram imediatamente liberadas para o Ministério da Saúde após a nova autorização da Anvisa para uso emergencial do imunizante. Ao todo, o Instituto Butantan recebeu aval para a produção de 4,1 milhões de novas doses.
Desse total, de acordo com as autoridades paulistas, 200 mil doses foram levadas ao Centro de Distribuição e Logística da Secretaria da Saúde de São Paulo. Outras 700 mil vão para a central de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP).
Já as vacinas produzidas na Índia, desenvolvidas pela Oxford, foram levadas para a Fiocruz, no Rio de Janeiro, responsável pelas doses em solo brasileiro. A expectativa é que ainda neste sábado (23) elas sejam encaminhadas para outros Estados, tendo o Amazonas como destino prioritário.
“A prioridade nesse momento é para o estado do Amazonas, que vive hoje a situação mais crítica no nosso país. Após um acordo com governadores, 5% dessa carga irá para Manaus”, disse o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, após a chegada das doses ao Brasil.
O Amazonas vive colapso na saúde pública em razão do aumento de casos de Covid-19 no Estado. A gravidade da situação leva especialistas a defenderem até ajuda internacional para tentar frear o avanço do vírus.
“É uma atitude de desespero, um pedido de socorro internacional, literalmente. Temos uma gestão municipal, estadual e federal que atuam conjuntamente e nos deram provas, não só ao amazonense, mas ao brasileiro e à humanidade, que se mostraram incapazes de conter a circulação do novo coronavírus em Manaus”, desabafou o epidemiologista Jesem Orellana, da Fiocruz Amazônia, durante entrevista ao Almoço do MyNews na última sexta.
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