Bolsa inicia a semana com alta, depois de fechamento com forte queda na semana anterior. Filipe Villegas, da Genial Investimentos, analisa o cenário
por Luciana Tortorello em 27/09/21 11:00
A semana passada não foi muito boa para a Bolsa de Valores brasileira, a Ibovespa. Na última sexta-feira (10), a queda acumulada de uma semana mais curta e politicamente turbulenta, foi de 2,26%, chegando aos 114.285,93 pontos. Já nesta segunda-feira (13), a bolsa brasileira abriu com forte alta, puxada pelo bom momento em bolsas do exterior mantendo alta de quase 2%.
O MyNews Investe conversou com Filipe Villegas, estrategista da Genial Investimentos, que comentou sobre o momento que passamos na Ibovespa, se esse pode ser considerado um bom momento para investir e se é possível fazer uma previsão de como a bolsa pode se comportar neste mês de setembro.
“O que pressionou em muito a bolsa e que vem pressionando desde meados de julho é a dificuldade de mercado de enxergar possibilidades sobre o andamento da agenda de reformas e um compromisso fiscal, e se espera que essa semana algumas destas respostas surjam para o mercado e que isso possa sem sombra de dúvida trazer um pouquinho de alívio. Nessa semana, olhando para Brasília, a gente tem uma agenda super importante com as discussões sobre a PEC dos precatórios, e novamente a discussão sobre a reforma administrativa”, argumenta Villegas.
Mesmo com essa situação considerada difícil para a economia do país, muitos investidores ainda acham oportunidades na dificuldade. Investidores estrangeiros que tinham saído da bolsa brasileira estão voltando e em setembro já somam R$ 500 milhões no ano, com saldo positivo de 47 milhões.
O estrategista da Genial avalia esse retorno do investidor estrangeiro com certo receio, já que o mercado ainda está oscilando muito. “Acho que o investidor estrangeiro tem comprado bolsa brasileira nesses atuais níveis, entre mais ou menos ali 120 a 115 mil pontos. Não tem jeito, se algum investidor está saindo, outro está entrando. Nas últimas semanas, a gente viu uma saída muito forte do investidor institucional, que são os fundos de investimento. Esse investidor estrangeiro que fez a alocação em bolsa brasileira, a princípio é um pouco mais especulativo, de estar enxergando ali oportunidades de uma valorização, alguma correção dos mercados frente a essas quedas que nós tivemos recentemente. Mas eu acho que ainda é muito cedo para a gente afirmar que realmente esse investidor veio para uma alocação de mais longo prazo”.
Quanto ao cenário para setembro e para uma previsão para o final do ano e para 2022, Villegas analisa que as oscilações devem continuar, por conta do cenário político que o país tem atualmente.
“A dificuldade que a gente tem hoje em precificar cenário político em 2021 é porque ano que vem é ano eleitoral, então as eleições no Brasil são realmente um tema que deixa de trazer investidores. Enfim, um cenário ainda de bastante volatilidade. Mas, vamos ver o que nos aguarda. Acho que os IPOs que vimos recentemente mostram a capacidade e as oportunidades que o Brasil oferece tanto para investidor local, quanto para o investidor internacional. O que a gente precisa é simples na teoria, talvez difícil de colocar em prática, que é previsibilidade”.
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