Relógios, sistemas e serviços inteligentes que levam este segmento para outro patamar
por Natália Fernandes em 19/02/21 13:38
Quando tive apendicite, minha primeira atitude foi pesquisar no Google sobre a dor que sentia no abdômen. Eu e boa parte dos brasileiros, em algum momento já acessamos o “Dr. Google” para pesquisar algo sobre saúde. Se você acha que isso é a digitalização desta área, prepare-se para entender este conceito com outro aspecto e impacto na sociedade.
Talvez o que mais venha à memória dos brasileiros, quanto aos avanços digitais desta área, é a implementação da telemedicina em grande escala com o avanço da pandemia do Covid, mas este não é o único exemplo.
Ainda há um vasto caminho para avançar em diferentes frentes. Tomemos os prontuários médicos de papel, com letras nem sempre legíveis e informações que podem ser perdidas com facilidade. Multiplique isso por milhares de hospitais e pacientes e o resultado é um sistema confuso e suscetível a falhas. De acordo com o McKinsey Global Institute, nos EUA cerca de 70% dos hospitais americanos ainda usam fax ou correio para prontuários de seus pacientes.
Por isso, empresas como Google (Alphabet), Amazon, Microsoft e Apple enxergam neste setor uma grande oportunidade de negócio. Tecnologias vestíveis que monitoram a saúde (relógios inteligentes), diagnóstico de doenças com inteligência artificial, plataformas de prescrição digital e até e-commerce de medicamentos são caminhos para abocanhar um mercado que movimenta US$ 3.8 trilhões só nos Estados Unidos.
Atenção à privacidade
A sensibilidade dos dados e privacidade são os grandes pontos de atenção nesta indústria. As empresas declaram que as informações extraídas são encriptadas e que não possuem acesso aos dados pessoais dos indivíduos. Sabemos da fragilidade dos sistemas de segurança e que nenhum é perfeito, ou seja, caso estas informações sejam acessíveis por seguradoras ou empresas, pessoas podem ser penalizadas por suas condições de saúde prévias, ainda que isso seja ilegal, acarretando em danos inimagináveis.
Algumas novidades do setor
Amazon
Com o Amazon Care, a gigante quer fornecer assistência médica aos trabalhadores de grandes empresas. Está em andamento um projeto piloto para funcionários da própria Amazon que permite agendar consultas médicas presenciais e online por meio de um aplicativo.
Apple
A partir do Apple Watch e iPhone a empresa quer continuar estabelecendo parcerias com sistemas de saúde e tornar seus equipamentos fontes de informações portáteis para pacientes e ferramentas para pesquisas clínicas.
Microsoft
Com soluções na nuvem que otimizem o armazenamento de dados, a empresa quer oferecer à indústria melhores insights e eficiência nas operações da área da saúde.
A digitalização da saúde é um caminho sem volta. Computação na nuvem ou análise de dados tornam o ecossistema digital de saúde um prato cheio de oportunidades para tornar mais eficiente este ambiente.
A conexão de pessoas, dados e serviços no segmento foi impulsionado com a pandemia, mas não deve voltar ao seu tamanho inicial. Muito pelo contrário, será a fonte para um caminho mais ágil e acessível para milhares de pessoas.
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