Arquivos Juliana Causin - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/post_autor/juliana-causin/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Tue, 08 Mar 2022 15:14:23 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Alta da energia e preço dos combustíveis pressionam prévia da inflação https://canalmynews.com.br/mynews-investe/energia-combustiveis-pressionam-inflacao/ Mon, 18 Oct 2021 13:44:06 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/energia-combustiveis-pressionam-inflacao/ IPCA-15 tem maior alta para o mês de julho desde 2004, com pressão dos preços da energia elétrica e dos combustíveis

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Considerado a prévia da inflação oficial do país, o IPCA-15 teve alta de 0,72% em julho, segundo divulgou nesta sexta-feira (23) o IBGE. O resultado veio acima da expectativa dos analistas, que apostavam em uma alta de 0,64%, de acordo com sondagem da Reuters.

O indicador foi puxado principalmente pelo aumento de 4,79% da energia. O custo adicional para os brasileiros veio com a mudança da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que está em vigor. Em junho, o governo reajustou em 52% o valor adicional da bandeira tarifária, que passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh.

Conta de energia pesou na prévia da inflação no mês de julho, com a bandeira vermelha patamar 2 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Pesou nas contas das famílias neste início do mês também o preço dos combustíveis. Apesar de uma desaceleração no ritmo de alta, o aumento da  da gasolina de 0,50% acabou pesando no resultado do IPCA-15. Em 12 meses, o combustível já subiu 40,32%.

Além da energia e da gasolina, o resultado da prévia da inflação foi pressionado também pela alta nos preços do gás de botijão (3,69%) e do gás encanado (2,79%). O combo fez com que a inflação do grupo Habitação subisse 2,14%. 

Outro destaque na pesquisa foi o grupo de Transportes. A alta foi de 1,07%, com a disparada dos preços das passagens aéreas em 35,64%, diante do início de recuperação do movimento aéreo no país.

Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, apenas dois tiveram queda: saúde e cuidados pessoais (-0,24%) e comunicação (-0,04%). O grupo de alimentação e bebidas teve alta de 0,49%, com destaque para as altas do leite longa vida (4,09%), do frango em pedaços (3,09%), das carnes (1,74%) e do pão francês (1,81%).

Impacto nos mais pobres 

Em entrevista ao MyNews Investe, a professora de finanças da FAAP, Virginia Prestes, destaca que a inflação afeta em especial a população mais pobre. “Principalmente porque a gente está falando da inflação de alimentos, no ano passado, e agora de custos de Habitação, que afeta todo mundo, mas em especial as pessoas de menor renda porque basicamente toda a renda é destinada aos custos de subsistência”, avalia.

MyNews Investe é um programa diário do Canal MyNews. O programa começa ao meio-dia, com apresentação de Juliana Causin e convidados

Com o resultado de julho, o IPCA-15 acumula alta de 8,59% em 12 meses. O nível de inflação eleva a pressão para a subida de juros pelo Banco Central, que trabalha com o teto da meta da inflação a 5,25%. “Se a inflação continuar acelerando a gente deve ver inclusive aumento das taxas de juros, inclusive além do que o mercado está esperando, que é em torno de 7% no fim do ano”, diz.


Leia também – Brasileiros vivem com saúde financeira ‘no limite’, aponta índice do Banco Central

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Dólar pode cair mais? Entenda porque risco Brasil deve segurar queda do câmbio https://canalmynews.com.br/mynews-investe/dolar-pode-cair-mais-entenda-porque-risco-brasil-deve-segurar-cambio/ Sat, 04 Sep 2021 00:17:21 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/dolar-pode-cair-mais-entenda-porque-risco-brasil-deve-segurar-cambio/ Depois de atingir os R$5,80 em março deste ano, o dólar encerrou agosto aos R$5,17. Para gestor, incerteza política deve segurar baixa maior da moeda

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O cenário externo e as incertezas locais têm gerado um efeito de montanha-russa no dólar. A moeda americana, que em março deste ano encostou nos R$ 5,80, chegou meses depois, em junho, perto dos R$ 4,90. Em agosto, a volatilidade continuou. O dólar comercial – medida para as trocas econômicas – foi aos R$ 5,42. No fechamento do mês, passou a acumular queda mensal de 0,34%, valendo R$ 5,17.

Em entrevista ao MyNews Investe, Vanei Nagem, responsável pela Mesa de Câmbio da Terra Investimentos, explica que a queda recente do dólar foi influenciada principalmente por fatores externos. “Essa melhora nos países em relação a pandemia, com a vacinação e a evolução das economias, fez com que no mundo a moeda desse algum refresco”, explica ele.

Apesar da queda do dólar no mundo, Nagem explica que o movimento no Brasil de baixa poderia ter sido maior. Não foi, segundo ele, pelos riscos políticos e incertezas fiscais, que seguram o valor do câmbio. “Ele vem caindo aliado ao pacote de moedas emergentes, que é o nosso comparativo mais direto. No Brasil, só não caiu mais pelo nosso momento político, com incertezas”, acrescenta.

Para ele, a perspectiva é que o dólar continue pressionado no Brasil nos próximos meses. “Eu acho que a virada de 2021 para 2022, principalmente no decorrer do ano de 2022, vai ser um ano muito difícil para a moeda. Você tem ano de eleição com uma instabilidade muito grande do que pode acontecer, principalmente no mercado externo sobre o Brasil”, diz ele.

Nagem explica que mesmo a alta dos juros, com a taxa básica de juros no país podendo fechar o ano acima dos 7,5%, pode ser insuficiente para levar a uma desvalorização significativa do dólar.

“Quando a gente fala de juros, você fala que aumentar juros costuma diminuir um pouco a pressão no câmbio, mas não tem sido assim aqui por causa do risco do Brasil. Os investidores têm avaliado muito risco no momento, nossa inflação, um pouco de instabilidade, o governo que não tem passado para o mercado externo uma segurança muito grande e essa incerteza política de eleição”, explica.

Sobre a imagem externa do Brasil nesse momento, ele destaca que o cenário é de desconfiança. “A gente faz reuniões diárias [com investidores estrangeiros] e a pergunta que sempre fazem é se existe alguma chance disso [golpe]. Por mais que a gente tente passar uma certeza de que não vai acontecer, o investidor estrangeiro tem muita dúvida sobre o mercado brasileiro hoje”, acrescenta.


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PIB cai 0,1% no 2º trimestre: por que a economia perdeu o fôlego? https://canalmynews.com.br/economia/pib-cai-2o-trimestre-por-que-economia-perdeu-folego/ Wed, 01 Sep 2021 23:24:11 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pib-cai-2o-trimestre-por-que-economia-perdeu-folego/ Resultado do PIB ficou abaixo das expectativas. Consumo das famílias estagnado e queda da indústria e do agronegócio pesaram

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O IBGE divulgou nesta terça-feira (1º) o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do país para o 2º trimestre de 2021. A queda foi 0,1% em relação aos três meses anteriores, interrompendo a sequência de três trimestres de recuperação da economia brasileira. O resultado mostra também a perda de fôlego da economia, que no primeiro trimestre do ano cresceu 1,2%.

Segundo o IBGE, a queda de 0,1% é considerada de estabilidade. Entre o mercado financeiro, os analistas projetam um resultado melhor para o período, de alta de 0,2%. A retração entre os meses de abril e junho veio como resultado principalmente da queda da agropecuária, de 2,8%. A indústria apresentou recuo de 0,2% e o setor de serviços teve leve recuperação, com avanço 0,7%.

O ministro da Economia, Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, atribuiu queda do PIB aos efeitos da pandemia do novo coronavírus (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o resultado foi reflexo do período mais “trágico” da pandemia, o que fez com que o desempenho econômico andasse de lado. “Foi o trimestre mais trágico, quando a pandemia abateu mais brasileiros, foi abril, maio e junho deste ano, com a segunda onda. Foi justamente quando entrou de novo o auxílio emergencial, a expansão dos programas de assistência”, disse o ministro.

“Nós mantivemos a responsabilidade fiscal de um lado e o compromisso da saúde dos brasileiros de outro lado”, acrescentou o ministro, em um almoço nesta terça-feira. Apesar do resultado, Guedes defendeu que a economia brasileira “voltou em V” e que o país “está crescendo novamente”.

Crise hídrica prejudica PIB, pois afeta setor agropecuário

Em entrevista ao MyNews Investe, o economista-chefe da Órama, Alexandre Espírito Santo, explica que a perda no setor agropecuário, que vinha apresentando resultados positivos nos trimestres anteriores, já é demonstrativa dos efeitos da crise hídrica no setor produtivo.

“O agronegócio infelizmente é muito sensível. O grande problema dessa falta de chuva é você ter, além do preço de energia e do efeito sob atividade, o impacto sobre o agronegócio, que precisa da água para irrigação”, acrescenta ele.

Do ponto de vista da demanda, o resultado do PIB mostrou também uma estagnação no consumo das famílias no período, apesar da melhora nas atividades de serviços, com o avanço da vacinação contra a covid-19. Segundo Espírito Santo, o consumo zero das famílias é reflexo principalmente do desemprego.

Essa é a avaliação feita também pela coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, na divulgação dos resultados. “Apesar dos programas de auxílio do governo, do aumento do crédito a pessoas físicas e da melhora no mercado de trabalho, a massa salarial real vem caindo, afetada negativamente pelo aumento da inflação. Os juros também começaram a subir. Isso impacta o consumo das famílias”, diz ela.

Outro ponto negativo para o resultado é o de investimentos, medido pela Formação Bruta de Capital Fixo, que teve queda de 3,6%. Para o economista da Órama, o movimento é resultado de um aperto das empresas em um cenário em que os custos inflacionários estão altos.

“O índice de preços ao atacado e ao produtor estão muito acima da inflação para o consumidor. O que isso mostra: os empresários estão tendo um aumento de custos, mas não estão conseguindo repassar esse aumento para o consumidor, então acabam achatando suas margens. Isso reflete nos investimentos porque se ele diminui sua margem, ele corta investimentos”, diz o economista.

Os custos também explicam a baixa da indústria, que tem sofrido também com a falta de insumos na cadeia produtiva. “A indústria de transformação é influenciada pelos efeitos da falta de insumos nas cadeias produtivas, como é o caso da indústria automotiva, que lida com a falta de componentes eletrônicos. É uma atividade que não está conseguindo atender a demanda. Já na atividade de energia elétrica houve aumento no custo de produção por conta da crise hídrica que fez aumentar o uso das termelétricas”, avaliou Rebeca Palis.

Diante do cenário, agravado pela crise hídrica, os economistas já têm piorado suas expectativas para o PIB em 2021 e 2022. “Nós estávamos trabalhando até ontem com previsão de PIB de 5,2% de para o ano de 2021. Nós revisamos para 5% de projeção de alta. Para 2022, nós já tínhamos revisado para baixo a projeção, para 1,8%, e infelizmente vamos precisar alterar também”, diz Espírito Santo.

Assista ao MyNews Investe, de segunda a sexta, a partir do meio-dia, no Canal MyNews

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Pandemia e infância: “Brasil não respondeu à altura das nossas crianças” https://canalmynews.com.br/mais/pandemia-infancia-brasil-nao-respondeu-a-altura-das-criancas/ Wed, 01 Sep 2021 21:42:47 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pandemia-infancia-brasil-nao-respondeu-a-altura-das-criancas/ Estado falhou em assegurar direitos fundamentais de crianças e adolescentes durante a pandemia, avalia representante da fundação Bernard Van Leer no Brasil

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A infância não foi olhada com atenção durante a pandemia e o Estado falhou em assegurar direitos básicos das crianças e adolescentes durante o período da Covid-19. Esse é o balanço que faz Claudia Vidigal, representante no Brasil da fundação holandesa Bernard Van Leer, sobre o último um ano e meio de crise sanitária no país.

“A falta de uma coordenação nacional foi gravíssima. Ela influenciou todas as políticas no âmbito estadual e municipal. Quem conseguiu criar boas políticas para a primeira infância foi realmente herói nesse momento”, diz Vidigal, que há 20 anos trabalha em organizações da sociedade civil para defesa e promoção dos direitos da infância.

Claudia Vidigal diz que Brasil não respondeu às necessidades das crianças na pandemia
Claudia Vidigal diz que Brasil não respondeu às necessidades das crianças na pandemia/Foto: Cristiano Fukuyama

Apesar dos atos heroicos individuais de gestores municipais, ela lembra que uma promoção de política pública eficiente depende de colaboração entre todos os entes federativos. No fim das contas, o Estado brasileiro falhou em relação às crianças na pandemia, diz ela. “Infelizmente o Brasil não respondeu bem, não respondeu à altura das nossas crianças”.

“Não se pode fazer política pública a partir de atos heroicos. A gente precisa fazer política pública a partir de muito dado, de muita eficiência, de muita competência e muita colaboração. Nós falhamos”, acrescenta a psicóloga, que já foi presidente do Conselho Nacional dos Direitos das Crianças.

Em entrevista ao “Geração Covid – O impacto da pandemia na primeira infância”, ela destaca algumas políticas nacionais que poderiam ter amenizado os efeitos da crise na infância, principalmente para as famílias mais vulneráveis. Uma campanha de vacinação domiciliar infantil, a criação de um auxílio creche para famílias mais pobres e a coordenação de um programa de creches ou escolas emergenciais são algumas das iniciativas que ela destaca para o momento.

Sobre a vacinação infantil, por exemplo, ela lembra que a pandemia levou à queda nos índices de vacinação. “Muitas famílias acharam melhor não levar seus filhos para serem vacinados neste momento. A gente ainda não tem um estudo aprofundado de qual foi o impacto disso, mas a gente já sabe que diminuíram os índices de vacinação no país inteiro”, alerta.

Em julho, dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) e do Unicef mostraram que a pandemia havia feito com que 23 milhões de crianças deixassem de receber as vacinas básicas no mundo em 2020. No Brasil, 29% das famílias atrasaram alguma vacinação dos filhos, segundo pesquisa do Ibope Inteligência, feita a pedido da Pfizer.  Em regiões como Norte e Centro-Oeste, essa média sobe para 40%.

No caso das creches emergenciais, ela explica que o modelo poderia ter sido implementado para atender às crianças de mães e pais que mantiveram o trabalho presencial durante a pandemia. Vidigal também defende que faltou ao Estado a articulação de uma volta ao ensino presencial em alguns momentos de melhora da crise sanitária.

“Houve momentos, de um pouco mais de tranquilidade, ou estabilidade, da pandemia que as crianças pequenininhas, principalmente, precisariam ter voltado às creches, precisariam ter voltado à escola. A gente não fez isso. A gente não fez estudos, a gente não se preparou pra isso. Estamos vivendo as consequências de então, agora, estar em um desespero para a retomada, às vezes até em momentos de muita insegurança”, defende Vidigal.

Até junho deste ano, o Brasil figurava, segundo relatório da Unesco, entre os países que há mais tempo estavam com as escolas parcial ou totalmente fechadas. O país, segundo o documento, estava há 65 semanas com escolas fechadas – mais que os Estados Unidos (58 semanas), a China (27 semanas) e a Rússia (13 semanas), entre outros.

Ao criticar a falta de prioridade de políticas nacionais voltadas para a infância desde março do ano passado, ela lembra do Art. 227 da Constituição Federal, O trecho diz que o “Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida”.

Assista ao documentário Geração Covid – O impacto da pandemia na primeira infância, no Canal MyNews

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Pandemia aumentou carga emocional e de responsabilidades para mães da periferia https://canalmynews.com.br/mais/pandemia-aumentou-carga-emocional-e-de-responsabilidades-para-maes/ Tue, 31 Aug 2021 20:52:59 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pandemia-aumentou-carga-emocional-e-de-responsabilidades-para-maes/ Geovana Borges explica que a crise econômica continua agravando situação nas favelas, enquanto ajuda para esses territórios diminui. Mulheres são as mais impactadas pela pandemia

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Enquanto a crise econômica se agrava, o volume de doações perde fôlego e os efeitos da pandemia recaem com mais peso para as mães que vivem na periferia . Esse é o diagnóstico que traça Geovana Borges, diretora executiva da CUFA (Central Única das Favelas) sobre a situação das favelas brasileiras em um momento em que as consequências sociais da pandemia continuam.

“O que a gente vê é que muitas pessoas perderam seus empregos. Muitos comércios vêm fechando, muitas mães estão perdendo seus trabalhos. O número de pessoas se cadastrando e pedindo doações aumentou muito, muito mesmo”, diz ela, em relação aos cadastros da CUFA para auxílio das famílias na pandemia.

A organização, que atua em 5 mil favelas de todo o país, tem se mobilizado desde o início da pandemia para enfrentar as consequências da crise sanitária e econômica nesses territórios. Em 2020, só com o projeto Mães da Favela, com foco em auxílio a mulheres chefes de famílias, a organização atendeu 1,3 milhão de lares e 5,5 milhões de pessoas com a entrega de alimentos. O projeto foi reeditado em 2021. “A pandemia continua e a CUFA continua no front do combate à fome”, afirma Geovana,  que é também uma das coordenadores do Mães da Favela no estado de São Paulo.

Ela explica que os efeitos maiores da crise nas comunidades têm recaído sobre as mães. “A carga para as mães da favela é mais pesada porque é a mãe que está ali no dia a dia, pensando como colocar a comida na mesa, como manter a sua casa, como manter em dia as suas contas, que é o grande desafio agora”, afirma a diretora executiva da CUFA.

De acordo com o Data Favela, pesquisa publicada pelo Instituto Locomotiva com a Central Única das Favelas, 72% das mães das favelas são chefes de família e 82% das mulheres desses territórios são responsáveis pela compra dos alimentos da casa. O levantamento do Instituto, divulgado em maio, mostrava que, dessas, 84% declararam que a família perdeu grande parte da renda com a pandemia do novo coronavírus.

Em maio deste ano, o IBGE mostrou que a taxa de desemprego entre as mulheres atingiu o recorde de 17,9%, enquanto o desemprego entre os homens era 12,2%. “Essas mães da favela que são atendidas pela CUFA continuam suas questões de como elas alimentam os seus filhos, como elas se mantêm. O auxílio emergencial tem um valor muito baixo para essa mãe que tem várias questões dentro de casa – entre aluguel, luz e alimentos”, afirma ela. 

Depois da interrupção do pagamento do auxílio emergencial no início de 2021, o benefício voltou a ser pago pelo governo federal em abril, com valor mais baixo que o de 2020, entre R$ 150 e R$ 375. A previsão é que o auxílio continue até o mês de outubro. “As empresas e pessoas precisam continuar doando, mesmo com o avanço da vacinação. Essas pessoas vão precisar muito ainda”, acrescenta.

Documentário Geração Covid-19 mostra efeitos da pandemia na sociedade brasileira

O documentário “Geração Covid – Impacto da pandemia na primeira infância”, obra dirigida pela jornalista Juliana Causin, está disponível no Canal MyNews. Em formato de reportagem especial, expõe os impactos da crise sanitária sobre a estrutura social brasileira, evidenciando as principais adversidades que influenciam no desenvolvimento das crianças. Com apoio do Dart Center for Journalism and Trauma, centro de estudos para jornalistas da Columbia University, Juliana Causin traçou um roteiro que demonstra como, em pouco mais de um ano, a pandemia afetou a primeira infância, investigando ainda as possíveis consequências socioeconômicas desse crítico cenário nacional.

Assista ao documentário Geração Covid – O impacto da pandemia na primeira infância, no Canal MyNews

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Fome na pandemia atinge fundamentalmente as crianças, alerta pesquisador https://canalmynews.com.br/mais/fome-pandemia-atinge-criancas-alerta-pesquisador/ Fri, 27 Aug 2021 02:24:12 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/fome-pandemia-atinge-criancas-alerta-pesquisador/ Aumento da pobreza e do desemprego, com alimentos mais caros, agravam a fome no país. Economista alerta para consequências mais graves entre as crianças

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O ano de 2020 terminou com 19 milhões de brasileiros passando fome, enquanto mais da metade das casas do país vivia com algum grau de insegurança alimentar – situação que acontece quando não há possibilidade de alimentação em qualidade ou quantidade suficientes. O quadro, agravado pela pandemia do Covid-19, foi revelado por pesquisa nacional da Rede Penssan, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar.

O fenômeno atinge fundamentalmente as crianças, alerta Nilson de Paula, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pesquisador da Penssan. “O efeito da fome para uma criança é muito mais preocupante do que para um adulto. Porque a criança está em processo de formação. Então, as consequências disso vão se perpetuar, vão comprometer a própria estrutura física, a estrutura emocional e mental”, explica o economista.

No caso das crianças, o panorama da fome foi agravado no período em que as escolas permaneceram fechadas. Esse é o caso de Juliana Alves, mãe e dona de casa, de 32 anos. Em entrevista ao “Geração Covid – O impacto da pandemia na primeira infância”, ela contou que, sem as escolas, onde os filhos realizavam as principais refeições do dia, ela passou a ter dificuldades para alimentá-los.

Juliana Alves se preocupa com os filhos durante a pandemia
Vivendo do Bolsa Família e do Auxílio Emergencial, Juliana Alves se angustia pela situação de insegurança alimentar da família. Com a pandemia e o fechamento das escolas, a situação se agravou/Foto: Cristiano Fukuyama

“Quando eles estão em casa o dia inteiro, eu faço dois quilos de arroz por dia e um de feijão. A mistura, quando tem, é um pedaço para cada um. Não tem esse negócio de dizer ‘posso repetir a mistura?’ Porque quando eles passam o dia fora de casa, na escola, a gente consegue oferecer um pouco melhor na última refeição, que no caso vem pra casa. Mas quando eles estão em casa, eles comem o que a gente pode proporcionar”, explica.

Com seis filhos e desempregada, Juliana vive desde o início da pandemia com os recursos do auxílio emergencial e do Bolsa Família, que são insuficientes para todas as despesas. “Se não fosse as pessoas de bom coração a gente não tinha sobrevivido”, conta ela.

Ela conta que o preço inflacionado durante a pandemia também agravou a situação. “Sabe o que é você falar pro seu filho não sair de casa? Você pegar dez reais e escolher o pão ou o leite? Ou a mistura ou um álcool?”, diz. Em 12 meses, a inflação no país acumula alta de 8,99%, segundo o IPCA, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Alguns alimentos, no entanto, encareceram bem mais. Esse é o caso do arroz (39%), do tomate (42%) e das carnes (34%).

Enquanto os preços sobem, os dados de desemprego permanecem altos. Segundo a última pesquisa Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE, o país tinha 14,8 milhões de desempregados, patamar ligeiramente menor que o recorde de desemprego no país atingido nos trimestres encerrados em março e abril.

Nilson Maciel destaca que o fenômeno da fome anda de mãos dadas com a pobreza. O empobrecimento da população tem como uma das suas consequências mais imediatas o agravamento insegurança alimentar”, afirma.

Documentário Geração Covid-19

O documentário “Geração Covid – Impacto da pandemia na primeira infância”, obra dirigida pela jornalista Juliana Causin, está disponível no Canal MyNews. Em formato de reportagem especial, expõe os impactos da crise sanitária sobre a estrutura social brasileira, evidenciando as principais adversidades que influenciam no desenvolvimento das crianças. Com apoio do Dart Center for Journalism and Trauma, centro de estudos para jornalistas da Columbia University, Juliana Causin traçou um roteiro que demonstra como, em pouco mais de um ano, a pandemia afetou a primeira infância, investigando ainda as possíveis consequências socioeconômicas desse crítico cenário nacional.

Assista ao documentário Geração Covid – O impacto da pandemia na primeira infância, no Canal MyNews

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Pandemia deixou 21% das famílias de classe D sem orientação escolar para crianças https://canalmynews.com.br/mais/pandemia-deixou-21-das-familias-de-classe-d-sem-orientacao-escolar-para-criancas/ Thu, 26 Aug 2021 23:55:26 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pandemia-deixou-21-das-familias-de-classe-d-sem-orientacao-escolar-para-criancas/ Pesquisa mostra que entre pais e mães da classe A, 56% tiveram “várias vezes” orientação sobre atividades para crianças de até 3 anos

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A pandemia de covid-19 afetou negativamente mais as famílias da classe D em relação aos cuidados com crianças de até 3 anos, fase chamada de primeiríssima infância. O  grupo de renda média mensal de R$ 720 se sentiu mais triste, ansioso e sobrecarregado, além de receber menos orientação para atividades escolares para as crianças durante o período de fechamento das creches.

Essas informações fazem parte da pesquisa Primeiríssima Infância – Interações na Pandemia: Comportamentos de pais e cuidadores de crianças de 0 a 3 anos em tempos de covid-19, realizada pela Kantar Ibope Media, a pedido da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.

Segundo o estudo, 21% das famílias de classe D relatam que não receberam nenhuma orientação durante a pandemia para atividades escolares com crianças. Nas classes ABI, de famílias com renda familiar média acima de R$ 11,3 mil, esse percentual cai para 5%, enquanto 56% afirmam ter recebido “várias vezes” orientações. A diferença aparece também no percentual de famílias que recebeu alguma orientação sobre prevenção do contágio do novo coronavírus: 29% das famílias mais pobres não tiveram nenhuma orientação, número que cai para 6% entre as famílias mais abastadas.

Especial Geração Covid mostra como a pandemia afetou a vida das crianças
Pesquisa mostra que a pandemia do novo coronavírus teve mais impacto nas famílias com menos recursos financeiros, afetando fortemente a vida das crianças/Foto: Reprodução do Youtube Canal MyNews

O tempo de convivência dos pais, mães, avós, avôs ou outros cuidadores com as crianças também mudou na pandemia e evidenciou as diferenças sociais. Entre a classe ABI, 51% relatam que tiveram mais tempo com os filhos e boas oportunidades de convivência. Na classe D, esse número cai para 33%.

Entre as famílias mais pobres, 52% dizem também que a pandemia não alterou o tempo de convivência com os filhos. Os pesquisadores indicam que essa diferença acontece porque, de maneira geral, as famílias mais vulneráveis continuaram com trabalhos informais, ou que não possibilitam o home office, como acontece entre os mais ricos.

Mariana Luz lembra que a qualidade do vínculo nessa fase da infância é determinante para o desenvolvimento das crianças. “Essa é uma fase importante, onde a gente desenvolve as nossas habilidades, nossos aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais. Então, toda essa base intelectual, psicológica, é constituída na primeira infância”, explica. Ela ressalta que os ambientes de estresse e vulnerabilidade econômica podem prejudicar as interações com as crianças nessa fase.

A pesquisa ouviu 1.036 pessoas das classes A, B, C e D durante março de 2021. Os entrevistados têm renda de R$ 720 a acima de R$ 11,3 mil e são responsáveis pelo cuidado de crianças de 0 a 3 anos. Os participantes responderam a questões que envolviam quatro esferas: o espaço familiar, o trabalho de pais e mães e o acesso a serviços básicos de educação, saúde e assistência social.

A pesquisa mostra ainda que a forma de brincar também foi alterada na pandemia. No geral, entre todas as classes, aumentou o número de crianças que passaram a diariamente assistir a programas de TV ou vídeos. Segundo o estudo, 44% das crianças assistiram com frequência diária à televisão ou usaram dispositivos eletrônicos. No caso da classe D, esse número sobe para 60%.

Assista ao documentário Geração Covid – O Impacto da Pandemia na Primeira Infância, no Canal MyNews

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Bastidores do documentário Geração Covid https://canalmynews.com.br/mais-vip/bastidores-do-documentario-geracao-covid/ Thu, 26 Aug 2021 22:42:33 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/bastidores-do-documentario-geracao-covid/ Como a pandemia da Covid-19 marca a história das crianças dessa geração? O documentário especial Geração Covid mostra um pouco dessa realidade que afetou todas as pessoas de alguma forma

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Escolas fechadas, famílias em isolamento, e trabalho remoto. Como a pandemia da Covid-19 marca a história das crianças dessa geração? Das mães que têm lutado para conseguir cuidar de seus filhos em casa, sem o suporte da escola, até as famílias que aproveitaram o tempo maior de convivência com as crianças, documentário Geração Covid – O impacto da pandemia na primeira infância, dirigido por Juliana Causin mostra o que a pandemia representou para as crianças e quais as marcas desse período para o futuro.

Com apoio do Dart Center for Journalism and Trauma, da Columbia University, o MyNews.doc mostra como o um ano de pandemia no Brasil impactou o início da vida no país e como a desigualdade gerou realidades diferentes para a primeira infância nesse momento.

  • Paulo Bueno - Especial Geração Covid
    Paulo Bueno doutor em Psicologia Social (PUC-SP) explica como o trauma deixa marcas nas crianças/Foto: Cristiano Fukuyama

Assista ao documentário Geração Covid no Canal MyNews. A obra mostra como a pandemia do novo coronavírus impactou a vida de crianças em idade escolar e suas famílias

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“Sofrimento psíquico é primeiro e maior problema”, diz Renato Janine Ribeiro sobre efeito da pandemia na infância https://canalmynews.com.br/mais/sofrimento-psiquico-e-primeiro-e-maior-problema-diz-renato-janine-ribeiro-sobre-efeito-da-pandemia-na-infancia/ Wed, 25 Aug 2021 01:28:05 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/sofrimento-psiquico-e-primeiro-e-maior-problema-diz-renato-janine-ribeiro-sobre-efeito-da-pandemia-na-infancia/ Ex-ministro da Educação avalia que lidar com o emocional de crianças e adolescentes deveria ser prioridade no retorno às aulas presenciais num contexto de pandemia

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É preciso haver um espaço catártico para que as crianças possam expor, nas escolas, as dores e as experiências que tiveram durante a pandemia, com risco de termos uma geração frustrada. Essa é a avaliação que o filósofo e ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, traz sobre os próximos passos para reduzir os efeitos negativos da pandemia do Covid-19 na infância. “É um pouco uma coisa de colocar para fora sentimentos negativos, de modo que eles deixem de nos obcecar, de nos assombrar dentro da gente”, afirma Janine, que é presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Sobre o trabalho do Ministério da Educação (MEC) durante a pandemia, ele diz que faltou e falta ao Ministério da Educação o trabalho de liderança, de uma coordenação nacional de enfrentamento aos efeitos negativos da pandemia na educação. “Não houve fornecimento de tablet, de smartphone, menos ainda de laptop. Pior ainda, muitas vezes as crianças moram em lugares que não têm banda larga, pacote de dados. Faltou iniciativa, faltou generosidade. Faltou noção por parte do Governo”, critica.

Renato Janine Ribeiro
Ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro fala dos efeitos da pandemia do novo coronavírus na infância/Foto: Lula Marques/Agência PT

“Nem o MEC está fazendo liderança na educação e nem o Ministério da Saúde está fazendo o de liderança na saúde”, diz ele. Apesar da inaptidão da resposta federal, Janine elogia o trabalho de alguns gestores municipais e federais, como João Doria (PSDB), governador de São Paulo, e Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara, município do interior de São Paulo.

Em entrevista ao Canal MyNews, no documentário Especial Geração Covid, sobre a pandemia e a primeira infância, o ex-ministro revela também que tem procurado o Congresso Nacional para pressionar os parlamentares para que derrubem a Medida Provisória (MP) do presidente Jair Bolsonaro que altera a Lei de Conectividade. Na prática, a MP retira o prazo para que o governo federal forneça internet a alunos de escolas públicas, como determinava a lei aprovada pelo Congresso.

Confira a entrevista com Renato Janine Ribeiro sobre os efeitos da pandemia na infância

Juliana Causin: Qual o impacto que a pandemia e o descontrole dela no Brasil têm na primeira infância?
Renato Janine Ribeiro: Nós temos que distinguir os acontecimentos ruins que eram previsíveis e os que não eram previsíveis. A pandemia é o tipo de acontecimento que não era previsível. Partindo do fato de que nenhum governo tinha antevisto isso e tinha se preparado para isso, o que nos cabe avaliar é o que os governos fizeram diante dessa surpresa terrível. Infelizmente, o Brasil foi um dos países que se conduziu pior. Enquanto você tem países que foram exemplares, no caso do Brasil foi negado o peso da pandemia, o impacto dela. No caso das crianças, nós temos um sofrimento psíquico que me parece que é o primeiro e maior problema. Você está numa fase de socialização de descobrir o mundo, de encontrar outras pessoas, de ver o mundo rico de possibilidade e de coisas bonitas e, de repente, você está presa, o mundo se torna um lugar perigoso. Essa passagem da promessa para o perigo mexe tremendamente com a psique das nossas crianças. A gente sabe, há estudos a esse respeito, que a fase decisiva de formação das sinapses é entre zero e três anos. Sinapses, para falar em linguagem bem simples, são as conexões que se fazem dentro do cérebro. Nosso cérebro se desenvolve mais e mais e você consegue fazer mais e mais sinapses. Então, nessa fase de zero a 3 anos, há uma diferença muito grande entre você ter a criança numa creche em que ela vai aprender coisas brincando e você ter a criança dentro de casa, controlada pelo que antigamente chamava-se de babá eletrônica, que era a televisão. Por isso que o Plano Nacional de Educação aprovado em 2014 previa a expansão das creches, previa que elas fossem expandidas, de modo a cobrir metade da população infantil de até 2024. 

Juliana Causin: O que deveria ser feito a partir de agora para reduzir os impactos que a pandemia no Brasil teve na infância?
Renato Janine Ribeiro: Cuidar delas. Então, primeiro lugar, uma vez se voltando ao presencial, como parte já voltou, eu acho que a primeira coisa a ser feita nas escolas seria ainda abrir a palavra pras crianças ou para os adolescentes contarem o que viveram. Colocar um grande ‘colocar para fora’, sabe? Dizer todo sentimento, os medos, eventualmente o que que foi bom. Pode ter sido ver uma borboleta, ver um filme, brincar à distância. Mas também colocar espaço para todo sofrimento ser posto para fora. Senão nós vamos ter uma geração de pessoas frustradas. Eu tenho muito receio de que o resultado psicológico da pandemia seja muita gente sofrendo, muita gente com uma dor armazenada no peito que vai acabar explodindo de forma negativa nos relacionamentos das pessoas, amorosos, de amizade, profissionais, políticos, tudo mais. Então, a primeira coisa a fazer agora, e já estamos muito atrasados nisso — eu digo isso desde março do ano passado, desde quando pensávamos que a pandemia ia nos levar a um confinamento de semanas — é uma grande catarse, pra usar o termo técnico que vem da filosofia grega. É um pouco uma coisa de colocar para fora sentimentos negativos, de modo que eles deixem de nos obcecar, de nos assombrar dentro da gente. Um segundo ponto são as políticas públicas que deveriam ter sido adotadas.

“Eu tenho muito receio de que o resultado psicológico da pandemia seja muita gente sofrendo, muita gente com uma dor armazenada no peito que vai acabar explodindo de forma negativa nos relacionamentos das pessoas, amorosos, de amizade, profissionais, políticos, tudo mais”

Renato Janine Ribeiro

Juliana Causin: Qual a sua avaliação sobre o trabalho do Ministério da Educação para a primeira infância durante a pandemia?
Renato Janine Ribeiro: Nós ficamos nessa situação muito difícil. Ou nós temos crianças que estão absolutamente presas e sofrendo psicologicamente, ou temos crianças que estão soltas na rua sem cuidados, com risco de morrerem, de levarem a morte aos entes queridos. E, nisso tudo, fez e faz muita falta uma liderança do governo federal. O governo tem o papel de liderança, reunindo os secretários de educação de estados e municípios. Uma sala de tamanho médio com uma mesa comprida cabem todos [os secretários estaduais]. São 27 pessoas, um grupo de WhatsApp. É muito difícil você fazer um Plano Municipal de Educação, fazer uma política de educação, adquirir material escolar, sem o apoio do Estado e o apoio da União. Então faltou e falta [apoio nacional]. Sempre é necessário que a União tenha um papel de liderança; não é o papel de dizer: ‘Nós mandamos, vocês obedecem’. Porque é uma estrutura federativa, uma estrutura na qual estados e municípios têm autonomia. Mas se a União, por exemplo, não fornecer o material escolar, o material didático vai ser muito difícil. Nem o MEC está fazendo liderança na educação e nem o Ministério da Saúde está fazendo o de liderança na saúde. Esses dois ministérios nasceram juntos e eles têm que trabalhar juntos para liderar o enfrentamento das questões de saúde das crianças e adolescentes, ainda mais na faixa de zero a 6 anos.

Juliana Causin: O processo de reabertura das escolas e volta às aulas tem sido bem coordenado?
Renato Janine Ribeiro:
Bom, a volta às aulas é algo que obviamente é necessário ter. Tem havido muita polêmica a respeito, com vários secretários de Educação e alguns pais de família e donos de empresas educacionais insistindo na volta o mais rápido possível. Isso é um certo problema. Meu filho mais novo, que tem 15 anos, está no Ensino Médio em uma escola particular de São Paulo. Eles voltaram às aulas no começo de agosto e no final da primeira semana já constatou-se que algumas alunas da sala dele e da sala ao lado estavam com suspeita de covid-19. A escola restabeleceu o remoto emergencial por dez dias. Por que eu dou esse exemplo? Por que eu estou falando de uma escola particular em que os alunos e suas famílias têm condições econômicas maiores e mesmo assim houve [infecções pela] covid-19. Mesmo assim tivemos que voltar ao ensino remoto. Então imagine onde você não tem essas condições; onde as condições são mais precárias. Porque as crianças das escolas públicas não se beneficiaram de um apoio governamental. Não houve fornecimento de tablet, de smartphone, menos ainda de laptop. Pior ainda, muitas vezes as crianças moram em lugares que não têm banda larga, pacote de dados. Faltou iniciativa, faltou generosidade. Faltou noção por parte do Governo.

Juliana Causin: O que poderia ter sido feito na prática pelo MEC?
Renato Janine Ribeiro: Era uma lei extremamente humana, extremamente importante, que ajudaria a vida de milhões de crianças. Ele vetou e o Congresso derrubou o veto. O governo esperou chegar a hora que, pela lei, ele deveria repassar o dinheiro e baixou uma Medida Provisória suspendendo os prazos [a MP foi publicada no dia 5 de agosto e suspende repasse da União para conexão]. Ou seja, ele tentou uma espécie de segundo veto que deve ser totalmente inconstitucional. Eu tenho tentado, como presidente da SBPC, falar com o presidente do Senado e pleitear que ele devolva essa Medida Provisória. Não consegui, até agora, uma audiência. Estamos tentando também com o apoio de parlamentares esse contato, não estamos conseguindo, e isso tudo mostra como a questão do retorno às aulas é uma questão delicada. Quer dizer, se nem uma forma de reduzir os danos foi pensada e na hora em que virou lei demorou um ano para virar a lei, projeto, na hora que virar lei o Governo sabota esse essa lei; então a nossa situação é crítica, é delicada.

O Brasil infelizmente está na contramão do mundo, com exceção de alguns governadores e de alguns prefeitos que agiram bem“.

Renato Janine Ribeiro

Juliana Causin: E em relação às medidas de saúde?
Renato Janine Ribeiro: No fundo essas medidas que a gente tomou e ainda toma, como máscara, álcool gel, distanciamento, visam evitar que todo mundo se contagie ao mesmo tempo e que os hospitais sejam transbordados. Tudo isso faltou e falta [por parte do governo federal]. O Brasil infelizmente está na contramão do mundo, com exceção de alguns governadores e de alguns prefeitos que agiram bem. Até pra ver pessoas que de lados bem opostos na política, o governador de São Paulo, que é do PSDB, fez uma boa atuação na defesa das vacinas, o prefeito de Araraquara, que é do PT, fez uma ação decisiva no lockdown da cidade, na hora em que a saúde de Araraquara estava em colapso, e com isso conseguiu salvar muitas vidas. Então, acho que houve condutas exemplares, mas minoritárias no Brasil.

Assista ao documentário Geração Covid – O impacto da pandemia na primeira infância, no Canal MyNews

Leia também – Documentário “Geração Covid – Impacto da pandemia na primeira infância” estreia no Canal MyNews

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CVM libera oferta de títulos que financiam cooperativas ligadas ao MST https://canalmynews.com.br/mynews-investe/cvm-libera-oferta-de-titulos-que-financiam-cooperativas-ligadas-ao-mst/ Tue, 24 Aug 2021 21:17:32 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/cvm-libera-oferta-de-titulos-que-financiam-cooperativas-ligadas-ao-mst/ Em entrevista ao MyNews, o ex-banqueiro Eduardo Moreira defende que o investimento é alternativa para quem quer apoiar o financiamento da produção agrícola familiar

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Depois de quase um mês de suspensão, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) voltou a autorizar a oferta pública de sete cooperativas ligadas ao MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra. O grupo busca financiamento de R$ 17,5 milhões para suas produções via CRAs, os Certificados de Recebíveis Agrícolas, título de renda fixa que financia a produção no campo.

A revogação da suspensão pela CVM aconteceu depois que a Gaia, responsável pela emissão dos títulos, atualizou o prospecto da oferta, que é o documento que contém as informações sobre a operação. A companhia esclareceu que apesar dos cooperados serem simpatizantes do MST, o movimento não tem personalidade jurídica e não participa diretamente da captação. 

Ao suspender temporariamente a emissão dos títulos, em 30 de julho, a CVM questionava a falta de informações sobre a ligação das cooperativas com o Movimento. Em nota divulgada pela autarquia nesta segunda-feira (23), a Comissão de Valores Mobiliários informou que “a irregularidade identificada foi sanada”, o que permitiu a revogação da decisão anterior.

O prospecto atualizado informa que que o MST “não é um grupo econômico e não se enquadra tecnicamente em categorias jurídicas, sendo apenas definido como um movimento social”. O documento esclarece que a captação de recursos não tem como objetivo financiamento do Movimento, mas, sim, de grupos de agricultura familiar.

Em entrevista ao MyNews Investe, o ex-banqueiro Eduardo Moreira, que tem apoiado a operação, explica que o título do CRA é um investimento em renda fixa que terá o aporte destinado à produção de alimentos orgânicos. “Pessoas que queiram com o seu dinheiro financiar a agricultura familiar, financiar a produção de alimentos orgânicos, financiar pessoas do campo, têm essa alternativa”. acrescenta ele, que é criador do Finapop, plataforma de captação para agricultura familiar.

Sobre a taxa de retorno do investimento, de 5,5% ao ano, mais baixa que a de títulos públicos com mesmo prazo, Eduardo defende que a proposta o CRA é também que apoiadores da iniciativa possam financiá-las. “A ideia é que essa taxa de retorno seja similar ao retorno da caderneta de poupança. O atrativo desse investimento não é você ganhar muito dinheiro. Aliás, ele é um convite para as pessoas deixarem de investir simplesmente escolhendo aquilo que rende mais”. defende Moreira. 

Confira a íntegra da nota ao mercado da CVM

A Superintendência de Registro de Valores Mobiliários (SRE) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) revogou a suspensão oferta pública de distribuição de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) de classe sênior da 1ª série da 31ª emissão de Gaia Impacto Securitizadora S.A., pois a irregularidade identificada foi sanada.

Entenda a oferta pública das cooperativas ligadas ao MST

A área técnica havia determinado, em 30/7/2021, a suspensão dessa oferta por ter entendido que a oferta não apresentava informações consideradas essenciais para que investidores tomassem as suas decisões.

De acordo com a SRE, os ofertantes deveriam incluir, nos documentos da oferta, informações completas sobre as características homogêneas em relação aos devedores do lastro dos valores mobiliários a serem emitidos, como previsto pela Instrução CVM 400.

Irregularidade sanada

A Gaia Impacto Securitizadora S.A. corrigiu a irregularidade. Em virtude da modificação, a SRE determinou que a Gaia Impacto Securitizadora S.A. comunique aos investidores que já tiverem aderido à oferta, para que confirmem, no prazo de cinco dias úteis do recebimento da comunicação, o interesse em manter o investimento, sendo presumida a manutenção em caso de silêncio.


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Futuro da arte? Uma das maiores feiras de arte da América Latina terá NFTs pela 1ª vez https://canalmynews.com.br/mynews-investe/futuro-da-arte-uma-das-maiores-feiras-de-arte-da-america-latina-tera-nfts-pela-1a-vez/ Sun, 22 Aug 2021 14:29:58 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/futuro-da-arte-uma-das-maiores-feiras-de-arte-da-america-latina-tera-nfts-pela-1a-vez/ ArtRio, que acontece em setembro no Rio de Janeiro, terá espaço dedicado à arte digital, com NFTs, tokens não-fungíveis

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Um dos principais eventos de arte da América Latina, o ArtRio terá pela primeira vez em 11 anos um espaço dedicado à arte digital, com obras validadas por NFTs. O estande dedicado à criptoarte é organizado pela Metaverse Agency, primeira galeria brasileira focada em arte digital.

O NFT é a sigla em inglês para token não-fungível. A tecnologia permite a compra e validação da propriedade de arquivos digitais, a partir de um código. Na prática, o NFT funciona como uma chave, um token, que garante a autenticidade e a validade de arquivo virtual. Para isso, o ativo usa a tecnologia blockchain, a mesma que permitiu o nascimento do bitcoin e outras criptomoedas. Este ano, memes que há anos são sucessos na internet foram leiloados por milhões de dólares a partir dos NFTs.

No caso do ArtRio, as obras digitais serão expostas em monitores no evento, com o artistas pioneiros da criptoarte brasileira, como Vamoss, Monica Rizzolli e Rejane Cantoni, referência no trabalho com arte e tecnologia e primeira artista do país a criar uma instalação em NFT.

Artistas internacionais também participam do estande. É o caso de Javier Arrez, criptoartista espanhol ganhador da Bienal de Arte de Londres, e também o alemão Mario Klingemann, com trabalhos que incluem o uso de redes neurais, códigos e algoritmos, entre outros. A feira acontece em setembro, de maneira híbrida na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.

Apollo, da Série Tekhne, do artista Vamoss

Obras de arte do futuro?

“Mais do que obras de artes do futuro, o NFT é na verdade o registro de propriedade do futuro. Quando você pensa em uma arte digital ou em um meme, o NFT não é exatamente o asset em si, ele é uma porta, uma chave, que dá acesso àquele asset. Ele é um certificado de posse. O que tem acontecido é que cada vez mais diversas indústrias – de arte, música, meme – tem adotado o NFT como justamente esse protocolo de posse”, explica Daniel Peres, CEO da Tropix, marketplace de obras digitais.

Segundo Peres, o mercado dos NFTs movimentou este ano US$ 2,5 bilhões. No ano passado inteiro, a quantia foi de US$ 250 milhões. Dessa movimentação, 43% foram de negócios envolvendo arte. “O NFT é uma escritura possível para diversas indústrias, produzindo benefícios específicos para cada uma delas”, diz ele.

MyNews Investe é um programa sobre economia, finanças e investimentos. De segunda a sexta, a partir do meio-dia, no Canal MyNews, com apresentação de Mara Luquet e Juliana Causin

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Fan Token: como clubes de futebol têm lucrado com criptomoedas https://canalmynews.com.br/mynews-investe/fan-token-como-futebol-tem-lucrado-criptomoedas/ Thu, 19 Aug 2021 23:25:00 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/fan-token-como-futebol-tem-lucrado-criptomoedas/ Ativo digital foi usado para pagar parte do salário de Lionel Messi no PSG e tem versões de clubes brasileiros e de seleções

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Além da façanha de contratar a estrela do futebol argentino Lionel Messi, o clube de futebol francês PSG (Paris Saint-Germain) concretizou a primeira contratação de um jogador com uma parte do pagamento em criptomoedas. A informação foi divulgada pelo próprio clube na última quinta-feira (12).

Segundo comunicado do PSG, “a inclusão dos $PSG Fan Tokens no pacote de boas-vindas do jogador o liga instantaneamente a milhões de fãs do Paris Saint-Germain em todo o mundo”. A novidade fez com o que o valor da moeda do time francês chegasse a triplicar, de US$ 20 para US$ 60.

O clube não informou qual o valor total será pago em criptomoedas. Os tokens complementam um salário que será de 35 milhões de euros por temporada, o que equivale a cerca de R$ 214 milhões.

Além do PSG, grandes clubes do futebol europeu utilizam os fans tokens para engordar as receitas e trazer mais engajamento das torcidas – caso do Manchester City, Milan e Barcelona. No Brasil, a novidade já chegou a clubes como o Corinthians e o Atlético-MG. 

No início de agosto, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) arrecadou cerca de R$ 91 milhões com a pré-venda de seus criptoativos para 13.658 pessoas. Na última terça-feira (17), a novidade para os entusiastas do esporte chegou também para a Fórmula 1, com negociação feita pelo Mercado Bitcoin a partir da Chiliz, especializada nos tokens esportivos.

O que é o fan token e como as criptomoedas têm sido usadas pelo esporte?

Os fan tokens, ou tokens de fãs, são um tipo de criptomoeda que permite o engajamento dos torcedores em determinadas ações dentro dos clubes. No PSG, por exemplo, os compradores podem ter acesso a recompensas, além de conteúdos ou experiências exclusivas. Em entrevista ao MyNews Investe, Fabio Alves Moura, sócio-fundador da AMX Law, explica os tokens, além de ajudar no financiamento dos clubes, foram criados para aumentar o engajamento dos torcedores. 

“Os clubes dão alguns direitos aos torcedores via fan tokens. Alguns permitem que eles assistam a um conteúdo exclusivo, possa comprar ingressos antecipadamente”, diz. Ele explica que alguns clubes usam os ativos para incluir os torcedores em decisões internas. “Então os clubes permitem que quem tem o fan token possa votar em decisões. Por exemplo: o técnico saiu. Quem vai ser o novo técnico? O clube coloca essa questão para os torcedores”, explica ele.

Como outras moedas digitais, os tokens têm seu valor determinado pela variação no mercado e podem sofrer com variações. Em geral, o bom momento dos clubes dentro de campo ou grandes negociações como a de Messi impulsionam o valor dos tokens.

Veja a íntegra do MyNews Investe, no Canal MyNews. Com apresentação de Mara Luquet e Juiana Causin

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Dólar salta 2% e fecha em R$5,37, enquanto Bolsa tem terceiro dia de queda https://canalmynews.com.br/mynews-investe/dolar-salta-2-e-fecha-aos-r537-enquanto-bolsa-tem-terceiro-dia-de-queda-entenda-por-que/ Thu, 19 Aug 2021 00:23:48 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/dolar-salta-2-e-fecha-aos-r537-enquanto-bolsa-tem-terceiro-dia-de-queda-entenda-por-que/ Riscos fiscais e sinalização do FED influenciam câmbio. Entenda por que o movimento acontece e como proteger seus investimentos

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Com incertezas fiscais no Brasil e a sinalização de aperto na política de estímulos nos Estados Unidos, o dólar disparou 1,99% nesta quarta-feira (18) e encerrou o dia cotado a R$5,37 – o maior patamar desde 4 de maio. Com o resultado, a moeda americana já acumula alta de 3,17% no mês. No acumulado do ano, o avanço é de 3,62%.

O resultado de hoje acabou pressionado – além dos temores envolvendo as contas públicas – pela divulgação da ata do Federal Reserve, o Banco Central americano.

O FED confirmou nesta quarta que deve iniciar ainda este ano a redução de estímulos monetários, que vêm injetando liquidez no mercado americano. A política da autoridade monetária de compra de títulos públicos teve início na pandemia, como forma de responder à crise, e vinha impulsionando também os mercados globais.

“Olhando para o futuro, a maioria dos participantes observou que, desde que a economia evolua amplamente como eles anteciparam, eles julgaram que pode ser apropriado começar a reduzir o ritmo de compras de ativos neste ano”, diz o documento. A sinalização levou os principais índices da bolsa de Nova York às mínimas, pressionado para baixo o desempenho do Ibovespa e piorando a inclinação do preço do dólar.

O que pesa para o mercado?

No noticiário doméstico, as incertezas fiscais são o principal fator de insegurança para os investidores. O mau-humor acabou abastecido nesta quarta com a aprovação, na Câmara dos Deputados, da retirada de pauta do projeto que modifica as regras para o Imposto de Renda. Esse foi o segundo adiamento do texto, em meio a pressão de Estados e municípios por modificações no texto, o que pode levar a perdas na arrecadação.

O temor sobre as contas do governo é influenciado ainda pelo debate sobre adiamento do pagamento das dívidas da União reconhecidas na Justiça, os precatórios. A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) enviada ao Congresso prevê o parcelamento em 10 anos de dívidas acima de R$ 66 milhões. A ideia é que o adiamento das despesas possa abrir espaço no Orçamento para a criação do Auxílio Brasil, versão repaginada do Bolsa Família.

“O que a gente sabe claramente é que os riscos associados à moeda brasileira estão subindo, e não caindo”, avalia em entrevista ao MyNews Investe, o gestor da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira. Ele afirma que a percepção de fiscal no Brasil tem se deteriorado.

Na terça-feira (17), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que os “ruídos” em relação ao cenário fiscal têm afetado as previsões de inflação e o desempenho do dólar. Segundo Campos Neto, o “barulho fiscal” contribui também para aumentar uma volatilidade já alta do mercado de câmbio.

Como proteger seus investimentos da volatilidade do dólar?

Uma das maneiras de proteger recursos da oscilação da moeda americana é o investimento em fundos cambiais. “Essa é a maneira mais prática e a mais indicada para quem não tem tempo de ficar acompanhando e operando nas plataformas de investimento”, explica Pedro Paulo.

O fundo cambial tem como principal característica o investimento em moedas estrangeiras, como dólar ou euro. Como outros tipos de fundo, os ativos são administrados por gestores. “O gestor é o cara que está ali, é o profissional do assunto que está 48 horas com a obrigação de entregar o retorno do fundo exatamente na obrigação que você assinou com ele”, afirma.

Um levantamento da SmartBrain exclusivo para o MyNews Investe mostra quais os fundos cambiais que têm o melhor desempenho no acumulado do ano:

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FGTS define distribuição de R$ 8,12 bilhões de lucro aos trabalhadores https://canalmynews.com.br/mynews-investe/fgts-define-distribuicao-de-r-812-bilhoes-de-lucro-aos-trabalhadores/ Tue, 17 Aug 2021 22:25:21 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/fgts-define-distribuicao-de-r-812-bilhoes-de-lucro-aos-trabalhadores/ Segundo a Caixa, o depósito será feito nas contas até o dia 31 de agosto. Distribuição de recursos não altera regras atuais para resgate do Fundo

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O conselho curador do FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço) aprovou nesta terça-feira (17) a distribuição de R$ 8,12 bilhões do lucro de rendimentos do fundo para os trabalhadores. O valor é referente ao lucro do ano passado e representa 96% do saldo positivo registrado em 2020, que foi de R$8,5 bilhões.

O dinheiro não vai diretamente para a conta corrente, mas sim para a conta no FGTS. Segundo o Ministério da Economia, a distribuição vai alcançar 191,2 milhões de contas, que acumulavam no fim do ano passado um saldo acumulado de R$ 436,2 bilhões.

Apesar da queda de 25% do lucro do FGTS em 2020, em relação a 2019 (quando o rendimento foi de R$ 11,32 bilhões), o repasse aos trabalhadores vai ser maior este ano. Isso porque a decisão do conselho foi de repartir uma fatia maior dos resultados. No ano anterior, foram repassados R$ 7,5 bilhões, equivalentes a 66,2% dos lucros. Em 2021, o percentual subiu para 96%.

Segundo a Caixa Econômica Federal, os depósitos nas contas vão acontecer até o dia 31 de agosto. “Após a distribuição do resultado, o valor passa a compor o saldo para fins de saque, de acordo com as regras estabelecidas, como nos casos de demissão sem justa causa, aposentadoria e término de contrato por prazo determinado, entre outras modalidades de saque”, informou o órgão em nota.

Desde 2017 os trabalhadores brasileiros recebem parte dos lucros do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. O dinheiro é resultado dos juros cobrados pelos empréstimos de recursos do FGTS, em geral usados para projetos de infraestrutura e crédito para a casa própria, como o Minha Casa Minha Vida. O processo faz, justamente, com que haja uma melhora no rendimento dos recursos depositados.

Quanto será depositado e como sacar os recursos do FGTS?

O repasse para as contas vai acontecer de forma proporcional ao saldo – quanto maior o saldo da conta, maior o valor depositado. Cada pessoa receberá R$ 18,63 a cada R$ 1.000 de saldo, com registro até o fim de 2020. Se o saldo for de R$ 10 mil, por exemplo, o depósito é de R$ 186.

O advogado ​​Marcel Zangiácomo, sócio do escritório Galvão Villani, Navarro e Zangiácomo Advogados, lembra que a retirada dos recursos do FGTS, mesmo com o depósito da repartição do lucro, seguem as regras para saques. “Os valores relacionados à distribuição de lucros só podem ser sacados nas mesmas hipóteses previstas na lei para os resgates regulares do FGTS”, lembra.

“Por exemplo, podem sacar com a demissão do trabalhador sem justa causa, o término do contrato de trabalho com tempo determinado, a aposentadoria, o diagnóstico de doenças graves, a compra de imóvel, o saque-aniversário ou quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos fora do regime do FGTS”, explica o advogado.

Assista ao MyNews Investe de segunda a sexta, a partir do meio-dia, com apresentação de Juliana Causin e Mara Luquet, no Canal MyNews

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Ransomware: como funciona o ataque de hackers que tentou sequestrar dados do Tesouro Nacional https://canalmynews.com.br/mynews-investe/ransomware-como-funciona-ataque-hackers-dados-tesouro-nacional/ Mon, 16 Aug 2021 23:01:30 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ransomware-como-funciona-ataque-hackers-dados-tesouro-nacional/ Ataque como o que aconteceu ao Tesouro Nacional já atingiu grandes empresas como JBS e Grupo Fleury. Nele, invasores pedem recompensa para liberar dados bloqueados

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O Ministério da Economia informou na última sexta-feira (13) que um ataque hacker tentou invadir a rede interna da Secretaria do Tesouro Nacional para o sequestro de dados. A pasta informou que a Polícia Federal foi acionada e medidas internas de contenção ao ataque foram tomadas para conter os dados.

Segundo a nota do Ministério, até agora, “avaliou-se que a ação não gerou danos aos sistemas estruturantes da Secretaria do Tesouro Nacional”. A pasta informou ainda que “os efeitos da ação criminosa estão sendo avaliados, neste primeiro momento, pelos especialistas em segurança da Secretaria do Tesouro Nacional e da Secretaria de Governo Digital”. 

Em comunicado conjunto, a Secretaria do Tesouro Nacional e a B3 afirmam também que o ataque “não afetou de forma alguma a plataforma do Tesouro Direto”. As compras e vendas dos títulos públicos continuaram sendo realizadas normalmente, segundo o órgão e  a Bolsa de Valores.

O ataque foi do tipo ransomware, em que os hackers “sequestram” dados de um sistema em troca de uma recompensa para liberá-los.  Nesses casos, em geral há um bloqueio dessas informações aos usuários, que precisam pagar o resgate em troca da liberação do sistema.

Sobre a segurança do sistema financeiro brasileiro, Luiz Faro,diretor de Engenharia de sistemas da Forcepoint na América Latina afirma que nenhum sistema é 100% imune, mas que as instituições bancárias e de capitais do país em geral têm um grau de segurança elevado. “Há muito tempo o dinheiro deixou de estar no cofre para ficar em um Data Center. As empresas do setor financeiro passaram a proteger esses data centers como protegiam os cofres”, diz.

Esta não é a primeira vez que hackers atacam um sistema do governo federal. Em novembro de 2020, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi alvo de uma invasão que bloqueou a base de dados dos processos do tribunal. Grandes empresas como JBS e Grupo Fleury também já foram alvo de ataques do tipo ransomware. 

Em junho deste ano, as operações da JBS na Austrália, Canadá e EUA foram paralisadas depois de uma ação do grupo REvil, que já protagonizou ataques de “sequestro” de dados contra companhias  globais.  No caso do Grupo Fleury, os sistemas da empresas ficaram indisponíveis e os pacientes do laboratório, sem acesso aos exames.

Como você pode se proteger de hackers?

“Todo mundo pode ser alvo. Basta um clique errado que os dados podem ser roubados”, alerta Luiz Faro,diretor de Engenharia de sistemas da Forcepoint na América Latina. Ele explica que pessoas físicas também precisam tomar cuidados para evitar uma abertura a esse tipo de ataque. “Para o usuário, a mensagem é sempre a mesma: pense duas, três, dez vezes antes de clicar em um link que veio em um anexo que você não tem certeza que é o que parece”, diz.

Ele explica que em muitos casos o ataque a grandes sistemas acontecem a partir de uma falha de um usuário. “Normalmente esses ataques começam nas redes dos usuários. Essas redes são estruturadas como cebolas, em que os hackers vão entrando nas camadas mais internas”, explica.

Íntegra da nota do Ministério da Economia sobre o ataque de hackers ao sistema do Tesouro Nacional

Foi identificado na noite de sexta-feira (13/8) um ataque de ransomware à rede interna da Secretaria do Tesouro Nacional. As medidas de contenção foram imediatamente aplicadas e a Polícia Federal, acionada.

Os efeitos da ação criminosa estão sendo avaliados, neste primeiro momento, pelos especialistas em segurança da Secretaria do Tesouro Nacional e da Secretaria de Governo Digital.

Nesta primeira etapa, avaliou-se que a ação não gerou danos aos sistemas estruturantes da Secretaria do Tesouro Nacional, como o Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI) e os relacionados à Dívida Pública. As medidas saneadoras estão sendo tomadas.

Novas informações sobre o assunto serão divulgadas tempestivamente e com a devida transparência.

Veja a íntegra do MyNews Investe, no Canal MyNews, com apresentação de Juliana Causin e Mara Luquet

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Segunda fase do open banking começa a valer: entenda o que muda https://canalmynews.com.br/mynews-investe/segunda-fase-open-banking-comeca/ Fri, 13 Aug 2021 23:20:30 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/segunda-fase-open-banking-comeca/ Com nova fase, clientes de bancos já podem compartilhar suas informações com outras instituições financeiras

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Com a promessa de abrir o sistema bancário e gerar mais competição entre os bancos, o open banking entrou nesta sexta-feira (13) na segunda fase de implementação. Prevista para começar inicialmente em julho, a nova etapa foi adiada, segundo o Banco Central (BC), para trazer mais proteção e segurança ao processo.

Ao todo, o BC planeja implementar o open banking em quatro fases. A que começa a valer a partir desta sexta (13) permite que os clientes possam compartilhar seus dados cadastrais financeiros com outras instituições bancárias. O processo começa de forma escalonada. Até dia 12 de setembro, 0,1% dos consumidores poderão compartilhar seus dados – o que equivale a 50 mil pessoas. Até o dia 24 de outubro, o percentual sobe para 10%, segundo o calendário do BC.

Em evento virtual, José André Pereira, chefe do departamento de regulação do BC, classificou o open banking como o maior projeto de abertura do sistema financeiro do mundo. “Estamos criando o maior open banking do mundo, tanto pelo tempo de implementação, pela quantidade de chamadas e pela quantidade de participantes”, afirmou.

Além dos 11 bancos obrigados a participar desta fase do processo de implementação, outras 100 instituições optaram por entrar na fase 2 do open banking de forma voluntária, segundo o chefe de regulação do Banco Central.

Assista ao MyNews Investe, de segunda à sexta, a partir do meio-dia, no Canal MyNews. A apresentação é de Juliana Causin

“O Open Banking é como se o sistema financeiro construísse trilhas de conexão entre todos os entes deste mercado e o consumidor tem o poder de decisão e o poder de enviar de uma instituição para outra os dados que ela possui naquele determinado banco ou estabelecimento financeiro”, afirma Max Gutierrez, líder de produtos e pessoa física do C6 Bank, em entrevista ao MyNews Investe.

O compartilhamento das informações acontece a partir de uma solicitação do cliente. Na prática, os consumidores poderão negociar melhores condições de taxas, juros e crédito com instituições concorrentes. “Como as informações vão estar entre os entes, ele [o cliente] consegue baixar uma taxa, reduzir um spread ou até tarifas. Esse é o principal ponto. O consumidor vai decidir para onde levar essas informações”, explica Gutierrez.

“Você pode ter a conta num banco A, você entra em uma instituição B e nessa instituição você fala: ‘Eu autorizo que a instituição B colete as informações do meu limite, da minha fatura, e dê uma oferta melhor’”, complementa ele.


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Golpes financeiros: “Se é bom demais para ser verdade, provavelmente não é verdade” https://canalmynews.com.br/mynews-investe/golpes-financeiros-se-e-bom-demais-para-ser-verdade-provavelmente-nao-e-verdade/ Fri, 13 Aug 2021 15:07:54 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/golpes-financeiros-se-e-bom-demais-para-ser-verdade-provavelmente-nao-e-verdade/ Superintendente da CVM explica que maioria das vítimas de golpes financeiros buscam mais rentabilidade e apostam em produtos aparentemente inovadores

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Busca por maior rentabilidade, procura por produtos financeiros inovadores e apetite por oportunidades melhores que o padrão. Esses são os ingredientes que levam a maior parte das vítimas de golpes financeiros a caírem em fraudes que, cada vez mais, usam criptomoedas para atrair investidores. A avaliação é de José Alexandre Vasco, superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores da CVM, em entrevista do MyNews Investe.

“Essas pessoas que estão atraídas por novidades e inovações naturalmente são mais influenciadas por temas novos e muitas vezes difíceis de compreender, porque enxergam ali uma oportunidade de sair na frente, de conseguir ter uma rentabilidade maior do que um produto tradicional”, explica ele.

Segundo pesquisa feita pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), órgão responsável pela regulação do mercado de capitais, 91% das vítimas de golpes financeiros são homens. Entre os participantes do estudo, a maior parte cita as criptomoedas (43%) como o investimento que levou à fraude. Na sequência, estão produtos mais complexos como Forex (29,8%) e opções binárias (16,9%).

De maneira geral, as fraudes chegam até a vítima por meios conhecidos. Segundo a pesquisa, metade das vítimas conhecia o golpista de alguma forma – 28,1% a conheciam pessoalmente e 21,9%, indiretamente. Os meios de divulgação dos golpes também costumam ser mais direcionados:  27,5% das vítimas receberam a proposta por meio do WhatsApp e 19,7% a partir da divulgação do boca-boca.

Vasco destaca que a propagação mais direcionada dos golpes acabam contribuindo para uma aparência de confiabilidade. “Há a aparência de regularidade quando vem de uma fonte confiável, conhecida. Muita gente não consegue entender direito no que está investindo e também fica um pouco atraído por essa novidade”, afirma ele.

Sobre o crescimento das fraudes envolvendo a oferta de moedas digitais, ele lembra que esse é um movimento que tem acontecido no mundo, mas tomado maiores proporções no Brasil. “É um fenômeno mundial e que no Brasil adquiriu uma intensidade maior. Nós sabemos disso porque integramos uma força-tarefa junto da IOSCO (Organização Internacional de Valores Mobiliários ) para proteção de investidores”, explica Vasco.

Assista à integra do MyNews Investe, com apresentação de Juliana Causin. De segunda à sexta, no Canal MyNews

Segundo o superintendente da CVM, o momento de pandemia acabou favorecendo a oferta de fraudes envolvendo produtos digitais. “No mundo inteiro durante a pandemia houve um crescimento das ofertas irregulares, seja esquemas ponzi, sejam pirâmide. No Brasil a gente já vinha percebendo essa essa tendência desde 2014”, acrescenta.

Para Vasco, alguns sinais importantes podem ajudar os investidores a identificarem ofertas que sejam fraudulentas. A promessa de ganhos exorbitantes e pressão dos golpistas para uma decisão são elementos comuns nos golpes. “É melhor buscar investir naquilo que você consiga entender minimamente. Não precisa ser um especialista, mas você precisa ter uma compreensão de como aqueles recursos que você está entregando ao ofertante vão gerar o retorno que promete”, diz.“Se é bom demais para ser verdade, provavelmente não é verdade”, lembra ele.


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Como investir em criptomoedas na Bolsa de Valores https://canalmynews.com.br/mynews-investe/como-investir-criptomoedas-bolsa/ Fri, 13 Aug 2021 13:38:24 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/como-investir-criptomoedas-bolsa/ Com chancela de grandes investidores como Luiz Stuhlberger, ETF de criptomoedas é opção para aplicar em moedas digitais na bolsa

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Desde abril de 2021, os investidores contam com uma nova possibilidade para investir em criptomoedas, dentro do mercado regulado da Bolsa de Valores: os ETFs de moedas digitais. A novidade chegou na B3 a partir da Hashdex, a maior gestora de criptoativos da América Latina e é uma opção segura para quem tem desconfianças sobre esse mercado.

Os ETFs são fundos de investimentos que reproduzem o desempenho de um determinado índice do mercado financeiro. No caso das criptomoedas, o ETF pioneiro no Brasil foi o HASH11, que replica o Nasdaq Crypto Index (NCI), índice desenvolvido pela bolsa tecnológica de Nova York que opera o movimento global dos criptoativos.

Desde que foi lançado, o HASH11 chamou a atenção de uma das gestoras mais importantes do país: a Verde Asset, de Luis Stuhlberger, que chegou a comprar R$ 126 milhões em cotas do ETF. Além dele, a gestora 03 Capital, de Abílio Diniz, também adquiriu cotas do fundo.

“Tem sido uma surpresa bastante positiva a aceitação que a gente teve de uma gama bastante grande de investidores. Desde pessoas físicas, que estão fazendo um pequeno aporte, até grandes gestores, entre os maiores do país”, diz João Marco Cunha, gestor de portfólio da Hashdex, em entrevista ao MyNews Investe. Ele avalia que a “chancela” de grandes investidores como Stuhlberger ajuda a levar mais interessados aos ETFs.

Cunha lembra ainda que o ETF lançado por eles tem frequentemente ficado entre os mais negociados do dia na Bolsa de Valores. “A gente acreditava que haveria uma demanda pelo produto e isso de fato se confirmou. O nosso lema é que sempre queremos trazer as criptos de forma simples, segura e regulada”, acrescenta.

Desde o nascimento da HASH11, outros ETFs de moedas digitais passaram a ser negociados na Bolsa. É o caso do BITH11, totalmente focado nas bitcoins, e do  QETH11, da QR Capital, que investe em ethereum, outra classe de criptomoedas. O preço inicial para cada cota das ETFs costuma ser acessível, a partir de R$ 50.

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Vantagem dos ETFs é a regulação da Bolsa de Valores

A vantagem de acessar o mercado de ativos digitais por meio dos ETFs é a possibilidade de investir no mercado de criptomoedas com a proteção regulatória da Bolsa de Valores. Diferente da compra desses ativos de forma direta, nesse caso os investidores têm as garantias típicas dos demais produtos da B3, com regulação feita pela CVM, a Comissão da Valores Mobiliários.

“A gente passa por todo o escrutínio da CVM aqui no Brasil e nos Estados Unidos, com a SEC [Comissão de Valores Mobiliários americana]. Então por tudo isso, a gente oferece um ambiente de muito mais conforto para o investidor e não é à toa que tem sido esse sucesso todo”, como Cunha.

O interesse tem levado, aliás, à expansão dos fundos da Hashdex na Bolsa brasileira. Na próxima quarta-feira (18), a gestora passa a negociar um novo ETF com 100% de exposição à criptomoeda ethereum, a segunda maior moeda digital do mundo, atrás apenas do bitcoin. O ETHE11 será o terceiro lançado pela gestora no Brasil.

Ao exemplo do modelo do HASH11, o novo ETF vai espelhar um fundo chamado Hashdez Nasdaq Ethereum ETF. A oferta do ativo tem sido coordenada pela XP, Itaú BBA e Banco Genial. Com ela, o número de ETFs desse tipo na B3 chegará a cinco.


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Investimento externo no Brasil cai ao menor nível em 20 anos, mostra relatório da ONU https://canalmynews.com.br/economia/investimento-externo-no-brasil-cai-ao-menor-nivel-em-20-anos-mostra-relatorio-da-onu/ Wed, 11 Aug 2021 23:27:04 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/investimento-externo-no-brasil-cai-ao-menor-nivel-em-20-anos-mostra-relatorio-da-onu/ Com pandemia em 2020, país recuou da 6ª posição para 11º lugar em ranking de atração de investimento externo

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Em meio ao descontrole da pandemia e incertezas político-econômicas, o investimento estrangeiro no Brasil desabou 62% em 2020, em relação ao ano anterior. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (22) pelo relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

A soma de investimento estrangeiro no país foi de US$ 65 bilhões, em 2019, para US$ 25 bilhões em 2020, o que representa um recuo aos patamares de duas décadas atrás. Os dados do Monitor de Tendências de Investimentos Globais da UNCTAD mostram ainda que o desempenho brasileiro foi pior que o da média dos países da América Latina e Caribe. 

Segundo o documento, a crise gerada pela pandemia da Covid-19 fez com que o fluxo de investimento externo global tivesse queda de 35%, retornando ao patamar de 2005. Na América Latina e Caribe, o recuo do IED (Investimento Externo Direto) foi 55%. No mesmo período, países vizinhos como Argentina (-38%), Chile (-33%) e Colômbia (46%), acabaram menos prejudicados que o Brasil.

O resultado fez com que o país caísse também no ranking de atração de investimento da organização, indo da 6ª posição em 2019 para o 11º lugar em 2020. Pela primeira vez em 14 anos o Brasil acabou superado pelo México, que tomou a liderança na região em relação a atração de investimento de fora.

Diferente do investimento estrangeiro no mercado de capitais ou em títulos da dívida, o IED (Investimento Externo Direto) representa decisões para fluxos de mais longo prazo, que costumam ter efeitos na economia real. É o que explica Cláudio Frischtak, sócio da Inter.B Consultoria.

“O Investimento Externo Direto tende a ser de médio e longo prazo. Em alguns setores, como infraestrutura, são investimentos de 15, 20, até 30 anos”, diz ele. Frischtak lembra que, em um cenário de incertezas, os investidores estrangeiros costumam adiar as decisões sobre aporte financeiro para um país. 

“A tendência dos que não estão aqui é tipicamente esperar para ver como é que fica. Essa é a tendência, o que é muito ruim. Porque o investimento direto estrangeiro tem, de modo geral, um papel transformador na nossa economia. Junto com os recursos vêm tecnologia, inovação, novas formas de organizar a produção, de bens ou serviços. Seria uma forma de integrar o nosso país no mundo”, acrescenta o economista. 

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Taxar mais ricos e transferir renda elevariam PIB em 2,4%, aponta estudo da USP https://canalmynews.com.br/economia/taxar-mais-ricos-e-transferir-renda-elevariam-pib-em-24-aponta-estudo-da-usp/ Wed, 11 Aug 2021 23:15:28 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/taxar-mais-ricos-e-transferir-renda-elevariam-pib-em-24-aponta-estudo-da-usp/ Aumento da tributação do 1% mais rico do país e programa de transferência de renda aos mais pobres impulsionariam crescimento econômico

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Aumentar a tributação da parcela 1% mais rica da população brasileira, com um programa de transferência de renda para os 30% mais pobres, pode não só diminuir a desigualdade no país, como também impulsionar o desempenho econômico. Essa é a conclusão de um estudo divulgado pelo Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da Universidade de São Paulo (Made-USP).

Em nota técnica, os economistas Laura Carvalho, Rodrigo Toneto e Theo Ribas mostram que uma política de proteção social para os mais pobres, que garanta transferência de R$ 125 mensais per capita, pode ter um impacto positivo de 2,4% no PIB do país.

“A distribuição de renda do topo para base não tem só um valor civilizatório, de atenuar a desigualdade, mas também é capaz de produzir crescimento econômico”, afirmou o economista Rodrigo Toneto, em entrevista do Dinheiro Na Conta.

Ele explica que os mais ricos consomem, proporcionalmente, uma parte menor de suas rendas que os mais pobres. “A cada R$ 100 que o 1% mais rico ganha no Brasil, pelas nossas estimativas, são consumidos cerca R$23. A gente está falando de quem ganha mais de R$ 24 mil por mês per capta”, explica ele. No caso dos mais pobres, a cada R$ 100, o valor consumido fica entre R$ 75 e R$ 89, segundo Toneto.

“Quando você tributa os mais ricos e transfere para os mais pobres, esse valor que era poupado vira consumo. A partir do momento que vira consumo, isso gera emprego e gera mais demanda”, disse o economista, um dos autores da pesquisa. 

O estudo não especifica qual seria a melhor forma de aumentar a tributação dos mais ricos, mas sugere um modelo de transferência de renda aos moldes do Bolsa Família, com ampliação do alcance das famílias beneficiadas.

“O auxílio emergencial mostrou o tamanho da pobreza do Brasil e como essa transferência foi importante para sustentar a renda das pessoas. O objetivo do estudo é abrir um debate para a sociedade de que uma versão desse auxílio teria que ser incorporada de forma permanente”, concluiu. 

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Países que controlaram a pandemia salvaram mais empregos, aponta economista do Ipea https://canalmynews.com.br/economia/menos-vidas-menos-empregos-paises-que-controlaram-a-pandemia-salvaram-mais-empregos/ Wed, 11 Aug 2021 23:03:21 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/menos-vidas-menos-empregos-paises-que-controlaram-a-pandemia-salvaram-mais-empregos/ Estudo mostra que descontrole da pandemia no Brasil prejudicou o mercado de trabalho

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Fila de pessoas procurando emprego em São Paulo. Desemprego é um dos reflexos da baixa atividade econômicaação
Fila de pessoas procurando emprego em São Paulo. Desemprego é um dos reflexos da baixa atividade econômica, e ficou ainda pior com a pandemia.
(Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas)

O descontrole na pandemia do novo coronavírus no país pode agravou a perda de vagas no mercado de trabalho. Um estudo feito pelo economista Marcos Hecksher, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que o programa Dinheiro Na Conta teve acesso, mostra que o Brasil ficou entre os países que mais sofreram com fechamento de postos de trabalho na crise. 

Segundo Hecksher, o choque no mercado de trabalho foi mais intenso no Brasil porque o risco relacionado a Covid-19 também foi maior. “Por isso foi também maior a queda do nível de ocupação no Brasil do que na maioria dos países do mundo”, afirma. 

“Aqui a gente teve um duplo fracasso. Em relação à pandemia, em si, e no combate à destruição de empregos. Não houve dilema entre salvar vidas e salvar empregos. Nós erramos nas duas coisas”, acrescenta. 

O economista realizou o cruzamento de dados entre a mortalidade, por habitante, pelo coronavírus em cada país e o fechamento de postos de trabalho. “Pegamos os dados de nível de ocupação em vários países e vimos qual foi a queda no terceiro trimestre de 2020, comparado ao ano anterior. O que a gente observa é que o Brasil está pior que a grande maioria”, explica. 

De 22 países analisados, que têm informações monitoradas pela OCDE, o Brasil está na frente apenas do Chile e da Colômbia em relação ao nível de preservação de empregos. Governos que tiveram menos mortes por habitantes relacionadas à Covid-19, como Japão, Austrália, Coreia do Sul e Nova Zelândia, apresentaram as menores perdas de postos de trabalho.

 “Países que salvaram mais vidas, salvaram mais empregos”, analisa Hecksher. “Quanto menos saúde, menos emprego. Pelos dois lados. Porque as pessoas estão menos dispostas a trabalhar e as empresas estão menos dispostas a contratar. A economia se movimenta menos”. 

O estudo levou em consideração as informações  sobre o emprego do IBGE, divulgadas na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. No terceiro trimestre encerrado em outubro do ano passado, a taxa de desocupação no país ficou em 14,3%, com 14,1 milhões de pessoas em busca de emprego. A pandemia também elevou os índices de desalentados e subocupados e reduziu a população de trabalhadores com carteira assinada.

Para 2021, o economista do Ipea enxerga ainda um ano de desafios para a recuperação do mercado de trabalho do Brasil. Ele cita, entre as incertezas, o avanço da pandemia em algumas regiões do país e também as dificuldades do governo para a vacinação nacional.

“É esperado que o mercado de trabalho se recupere, mas a retirada do auxílio emergencial e outros benefícios não ajuda”, diz. “Há um caminho longo pela frente e a gente precisa ajustar as políticas públicas para ajudar na retomada”. 

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Você sabe quanto seu banco ou corretora ganham de comissão ao vender um investimento? https://canalmynews.com.br/mynews-investe/quanto-banco-corretora-ganham-comissao-investimento/ Tue, 10 Aug 2021 23:56:02 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/quanto-banco-corretora-ganham-comissao-investimento/ Regulação da Abima determina que instituições financeiras divulguem suas remunerações, mas processo para mais transparência no mercado ainda é longo

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Desde julho, uma regulação da Anbima, a Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, exige que as instituições financeiras divulguem a seus clientes como se remuneram ao comercializar investimentos. O processo para mais transparência no mercado financeiro, no entanto, ainda precisa de avanços. Essa é a avaliação de Leandro Corrêa, sócio e diretor de Relacionamento da Warren.  

“Ainda é cedo para dizer que essas instituições estão se adaptando. Elas estão se adequando, mas ainda não está claro para o consumidor”, avalia Corrêa, em entrevista ao MyNews Investe. Para ele, esse é um movimento global que deve avançar no mercado brasileiro.

 “Os Estados Unidos, a Inglaterra e a Austrália são países que proíbem, por exemplo, profissionais de investimento que fazem recomendação de receberem comissão. Eles podem cobrar uma taxa pela recomendação e só isso, o que limita boa parte dos conflitos de interesse”, afirma. 

Segundo a Anbima, as instituições financeiras devem apresentar em um documento a forma como se financiam – a partir da taxa de administração de fundos, por corretagem ou pela taxa de performance, por exemplo.

Apesar do avanço, as mudanças mais audaciosas na regulação acabaram adiadas pela entidade, como a exigência de que as distribuidoras divulgassem o percentual de ganho de cada produto. Por ora, a instrução é de que seja divulgado um documento que explique de maneira mais ampla a forma de remuneração da instituição ao vender investimentos.

Assista à íntegra do MyNews Investe, no Canal MyNews. De segunda a sexta, com temas interessantes sobre economia e mercado financeiro

Assinatura do serviço de corretagem é uma tendência

“Cobrar taxa de corretagem eu acho que não faz mais sentido no mundo digital de hoje. É como cobrar um TED num banco”, avalia Leandro. Ele explica que um dos modelos possíveis, e estudados na Warren, é o de assinatura. “É uma coisa mais simples, um modelo muito mais escalável. É como hoje a gente paga o serviço de streaming, os serviços de música”, diz. 

Ele explica que, ao invés de um percentual de ganho da empresa para cada investimento dos clientes, os investidores pagariam uma taxa única para acesso aos serviços. “O custo de fazer uma ordem hoje é marginal. A evolução do mercado é essa”, defende. 

Uma das vantagens do modelo, segundo o sócio da Warren, seria justamente evitar o conflito de interesse na venda de produtos financeiros. “Tem produtos financeiros que muitas vezes não interessam para o cliente, mas são recomendados porque pagam a comissão mais alta”, explica Corrêa. 

“A Warren talvez seja a única corretora no país que não recebe comissão. Todas as comissões de todos os produtos que porventura a gente venha a receber, a gente devolve para o cliente”, afirma. O modelo, no entanto, é exceção entre as corretoras. Em geral, a taxa é zero, mas o custo de cada investimento fica embutido no produto.

Isso aconteceu porque agentes e plataformas costumam receber um percentual de comissão ao negociar determinados investimentos. O processo é comum, por exemplo, com fundos de investimento, em que os gestores responsáveis pelo produto pagam uma comissão à corretora pela venda.  “O mercado financeiro hoje ainda está muito calcado no modelo de comissão. Essa é uma evolução que a gente ainda vai ver daqui para frente e o investidor está cada vez mais vendo isso”, explica ele.


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Dia dos Pais: quatro carteiras de ações para o futuro do seu pai https://canalmynews.com.br/mynews-investe/dia-dos-pais-quatro-carteiras-de-acoes-futuro-pai/ Fri, 06 Aug 2021 22:42:23 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/dia-dos-pais-quatro-carteiras-de-acoes-futuro-pai/ Analistas da Guide, Toro, Ativa e Genial indicam as melhores ações, pensando na aposentadoria e no Dia dos Pais

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É possível pensar em investimentos em ações com foco na aposentadoria? Nesta véspera dos Dias dos Pais, o MyNews Investe convidou analistas de cinco grandes corretoras para trazerem indicações de ações voltadas para o longo prazo e com foco no futuro. De maneira geral, são ações de empresas que têm estruturas sólidas, são boas pagadoras de dividendos e têm perspectivas interessantes para o crescimento de seus negócios.

Analistas da Guide, Toro, Genial e Ativa Investimentos destacam que, apesar das empresas indicadas terem bons históricos e projeções positivas, é preciso sempre acompanhar o desempenho das ações, além de fazer adequações em seus investimentos, caso necessário. As carteiras trazem, entre outras, indicações para Rede D’Or (RDOR3), Natura (NTCO3), Taesa (TAEE11), Itaú Unibanco (ITUB4) e Weg (WEGE3).

1. Genial Investimentos

  • Aeris (AERI3) – A Aeris é uma empresa brasileira fabricante de pás para geradores de turbinas de energia eólica. Segundo Villegas, ela tem fundamentos de crescimento que permanecem sólidos, com um número consistentemente maior de países buscando direcionar sua matriz energética para fontes renováveis, visando metas de descarbonização. Ele destaca também que os baixos níveis de competição no mercado local trazem boas perspectivas para empresa, apoiada por sólidas expectativas de crescimento, à medida que energia eólica ganha relevância na matriz energética global.
  • Rede D’Or São Luiz (RDOR3) –A Rede D’or São Luiz é a maior rede integrada de cuidados em saúde do Brasil, com presença em estados do Sudeste, Sul e Nordeste do país. Filipe Villegas, estrategista da Genial Investimentos, a empresa tem boas perspectivas para o futuro, pensando no envelhecimento da população e na maior demanda por medicina privada no país. Ele ressalta também que a companhia tem tido uma forte agenda de aquisições visando aumento do número de leitos oferecidos na rede. Tem também apresentado melhora operacional com ganhos de margem de lucro.
  • ETF de Criptoativos (HASH11) – O ETF é, na realidade, um fundo de investimento atrelado a um índice. Nesse caso, o HASH 11 é um ETF de criptomoedas negociado na Bolsa de Valores. O objetivo do fundo é permitir que os investidores possam aproveitar as oportunidades no mercado de criptomoedas. Filipe Villegas destaca que esse é um momento de curva de aprendizagem da sociedade em relação à utilização desses ativos digitais. Ele ressalta ainda que essa é uma possibilidade de dolarização da carteira de investimentos. Villegas lembra também o ETF tem tido cada vez mais a entrada de instituições financeiras e mega investidores.

2. Toro Investimentos

  • Itaú Unibanco (ITUB4) – Segundo Paloma Brum, analista de Investimentos da Toro, o Itaú Unibanco vem mostrando boa adaptabilidade à digitalização do mercado financeiro, o que o torna competitivo frente aos bancos digitais e às fintechs. Apesar das incertezas no curto prazo, ela ressalta que as perspectivas futuras para o Itaú são positivas, em função dos bons fundamentos de gestão e da disciplina no controle dos custos. Paloma também destaca que as ações do banco são atrativas pela taxa de dividendos. Para ela, as ações ITUB4 também têm estado descontadas e podem apresentar boa performance diante de da recuperação econômica.
  • ISA CTEEP (TRPL4) – A ISA CTEEP é a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista. Dentro do setor elétrico, Paloma explica que o segmento de transmissão, que é o da ISA CTEEP, é pouco impactado pelos riscos hidrológicos e pelas variações de preço. Esse fato leva à companhia uma vantagem comparativa frente às demais empresas. Ela destaca que os resultados da ISA CTEEP têm se mostrado resilientes e que a companhia tem alta geração de caixa, bastante previsível. Os ativos da Companhia estão distribuídos em várias regiões do País, têm retorno bem atrativo e a ISA CTEEP continua se expandindo. A empresa também segue uma linha de distribuição de dividendos consideravelmente alta e apresenta uma boa governança corporativa, explica a analista de Investimentos da Toro. Por fim, Brum entende também que o preço das ações está descontado, ou seja, pode ser uma boa oportunidade de compra.
  • Weg (WEGE3) – Com clientes ao redor do mundo, a Weg tende a continuar se beneficiando do aquecimento da atividade industrial na China, do avanço da sua participação de mercado nos EUA e no México, da resiliência de equipamentos de ciclo longo e da recuperação da demanda por equipamentos de ciclo curto, explica Paloma Brum. A Weg, além desses fatores, tem o atrativo de investir em soluções de energia renovável, veículos elétricos, automação e eficiência energética, segmentos que têm crescido de forma expressiva no mundo. Para ela, esse fatores devem levar ao bom desempenho da empresa.

3. Ativa Investimentos

  • Bradesco (BBDC4) – Segundo Pedro Serra, gerente de Research da Ativa Investimentos, o ideal em uma carteira de ações voltadas para aposentadoria é que ela tenha como foco o pagamento de dividendos. Para isso, é preciso também evitar grandes sustos. Além de olhar os dividendos, ele destaca também a importância de se observar também a constância de pagamento desses dividendos. Ele também ressalta que o melhor é investir em empresas que tragam previsibilidade, com lucro mais certo. Segundo Serra, com esses fundamentos, o Bradesco é uma empresa interessante para investir, como um banco que é bom pagador de dividendos e que já tem seu mercado bem estabelecido. Ele destaca que a instituição também tem tido um bom desempenho na recuperação do lucro.
  • Taesa (TAEE11) – A Taesa é uma empresa do setor de energia elétrica, com foco em serviços de transmissão de energia. Para Serra, companhias de transmissão de energia têm a vantagem de terem um fluxo de caixa previsível e fora de riscos em geral ligados ao setor, como o de crises hídricas. Isso acontece porque o essas empresas funcionam como a ligação entre as companhias que geram a energia e aqueles que distribuem, o que as fazem ter um baixo risco da cadeia de energia. Essas, segundo Pedro Serra, são empresas que também costumam ser boas pagadoras de dividendos.
  • Vivo Telefônica (VIVT3) A Vivo é outra empresa que se destaca, segundo o gerente de Research da Ativa, por ser uma boa pagadora de dividendos, com a vantagem de estar em um setor bem estabelecido e maduro, com uma boa previsibilidade. Ele lembra que é sempre importante acompanhar o que tem acontecido com as companhias. Essas, segundo ele, são conhecidas por serem empresas seguras e com bom fluxo de pagamento de dividendos.

4. Guide Investimentos

  • Weg (WEGE3) – A Weg é uma empresa multinacional brasileira e uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo. Luis Sales, estrategista-chefe da Guide Investimentos, ressalta a importância de escolher empresas que tenham foco em constante inovação e que estão conseguindo trazer valor para seus acionistas. Para ele, a Weg é um exemplo dessas empresas que têm conseguido cresce e agregar valor, com retorno elevado.
  • Natura (NTCO3) – Outra empresa recomendada por Sales é a Natura, do setor de cosméticos. Ele acredita que essa é uma empresa que bom potencial de crescimento e destaca que a companhia tem se tornado referência com foco na sustentabilidade. O analista lembra ainda que a Natura tem se tornado cada vez mais uma empresa global, com capacidade para crescimento para além do mercado local.
  • Itaú Unibanco (ITUB4) – No caso do Itaú, o estrategista-chefe da Guide avalia que, apesar de todos os movimentos do setor com a chegada de fintechs, o banco tem mantido a relevância e conseguido se manter em patamares elevados o ROI, sigla em inglês para Retorno Sobre Investimento. Essa é uma métrica para a relação entre o quanto uma empresa investe e o quanto ela tem de retorno sobre o montante investido. Sobre o Itaú, Luis Sales avalia também que o pagamento de dividendos é outro ponto importante para a empresa, enquanto Weg e Natura apresentam bons potenciais de crescimento

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Regulador americano quer mais poder sobre mercado de criptomoedas https://canalmynews.com.br/mynews-investe/regulador-americano-criptomoedas/ Fri, 06 Aug 2021 22:22:42 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/regulador-americano-criptomoedas/ Para chefe de órgão regulador americano, mercado de criptomoedas é “Velho Oeste” de fraudes e riscos para investidores

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Um “Velho Oeste” repleto de fraudes e riscos para investidores. Foi assim que o presidente da SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, Gary Gensler, definiu o mercado de criptomoedas, ao pedir que a agência tenha mais autoridade sobre o setor. Segundo ele, é preciso haver mais proteção para os investidores desse mercado “repleto de fraudes, golpes e abusos”.

Durante um fórum de segurança nos Estados Unidos, Gensler defendeu que o setor possa ser controlado ou regulamentado e pediu ajuda do Congresso Americano. “No momento, simplesmente não temos proteção suficiente para o investidor em criptomoeda”, disse ele, que é chefe do órgão de regulação dos mercados americanos. “Francamente, neste momento, é mais como o Velho Oeste”, acrescentou.

O chefe da SEC fez um apelo para que o Congresso dê ao órgão o poder de supervisão nas trocas de criptomoedas. Segundo ele “os tokens de ações, um token de valor estável lastreado em títulos, ou qualquer outro produto virtual” devem estar “sujeitos às leis de títulos”.

Quando criadas, as criptomoedas nasceram justamente com o intuito de serem moedas descentralizadas, sem o controle de um governo ou banco central, como acontece com as moedas tradicionais – dólar, real ou euro, por exemplo. O projeto, que começou o Bitcoin, indicava para um sistema que não se submetesse às regras de um país, mas sim dependesse de sua rede de pessoas investidoras.

Regulação de criptomoedas é vista como positiva para o mercado

Para o chefe da Comissão de Valores Mobiliários, a regulamentação é um caminho positivo para o mercado, além de necessário. “Se alguém quiser especular, essa é sua escolha, mas temos o papel de nação de proteger esses investidores contra fraudes ”, afirmou em entrevista recente à Bloomberg.

Em entrevista ao MyNews Investe, Rodrigo Batista, CEO da Digital.com, explica que o debate sobre a regulação do mercado de criptomoedas vem avançando nos últimos anos. “É uma discussão que já existe há alguns anos. Cada vez ela está mais aberta e mais pública. Antes era um debate que só as empresas eram convidadas a participar, em conversas a portas fechadas”, afirma ele, que foi fundador e é ex-socio do Mercado Bitcoin.

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Segundo  Batista, a questão tem avançado à medida que o mercado das criptomoedas cresce e se torna mais conhecido – tanto do público e investidores, quanto dos reguladores. Para ele, a regulação é um passo inevitável. “É um passo natural esse [da regulação]. Já existem conversas não só nos EUA, mas também no BIS [Banco de Compensações Internacionais], que a gente costuma falar que é o ‘Banco Central dos bancos centrais’”, diz.

Ele pondera que, para funcionar, essa regulação deve ser feita de forma que não impeça a inovação no setor. “A gente tem hoje a internet no formato dela justamente porque tivemos uma regulação tranquila no ambiente da internet, com incentivo à inovação. A gente espera que seja alguma coisa nessa linha”, avalia ele.


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O que muda com a alta da taxa básica de juros para 5,25% pelo Banco Central? https://canalmynews.com.br/economia/alta-taxa-juros-banco-central/ Wed, 04 Aug 2021 23:41:50 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/alta-taxa-juros-banco-central/ Para conter inflação, Copom eleva Selic ao maior nível desde outubro de 2019. Até o fim do ano, taxa básica de juros pode chegar a 7%.

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Pela quarta vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic. A alta veio dentro do esperado pelos analistas do mercado financeiro: de 4,25% para 5,25% ao ano – o maior nível desde outubro de 2019. Até o fim do ano, as projeções apontam para uma taxa Selic de ao menos 7%, em meio ao processo de subida de juros que começou em março deste ano.

A decisão do Banco Central (BC) vem na esteira das preocupações com a inflação, pressionada pelo aumento nos preços da energia elétrica e dos combustíveis. Em 12 meses, o IPCA, índice considerado a inflação oficial do país, registra alta de 8,35%. As projeções do mercado financeiro reunidas no relatório Focus, do BC, apontam para o IPCA em 6,79% até o fim do ano – acima do teto da meta do Banco Central, de 5,25%.

O objetivo principal do BC ao subir os juros é justamente conter a alta da inflação. No comunicado sobre a decisão, o Copom alerta que a inflação ao consumidor “continua se revelando persistente”. Essa é a primeira vez em 18 anos que o Comitê decide em uma reunião aumentar o patamar dos juros em 1 ponto percentual.

“Esse ajuste também reflete a percepção do Comitê de que a piora recente em componentes inerciais dos índices de preços, em meio à reabertura do setor de serviços, poderia provocar uma deterioração adicional das expectativas de inflação”, diz o Comitê. O documento destaca ainda a preocupação com novas pressões nos preços, como uma nova elevação da bandeira de energia e novos aumentos nos preços dos alimentos, “ambos decorrentes de condições climáticas adversas”, informa o texto.

Para Fábio Passos, CIO da CA Indosuez, o momento atual é de normalização da taxa de juros, depois da pandemia fazer com a Selic atingisse a mínima histórica de 2%. “A redução que a gente teve que fazer [dos juros] para contrapor os efeitos negativos da pandemia foi muito forte. O que a gente está vendo agora é de certa forma uma normalização da taxa de juros”, avalia ele, em entrevista ao MyNews Investe.

O MyNews Investe é transmitido de segunda a sexta, a partir do meio-dia, no Canal MyNews

Como ficam os investimentos com a alta da Selic?

Para Passos, diferente dos anos em que a taxa básica de juros girava em torno de 12% e 13%, o cenário ainda não é de uma migração dos investidores e gestores da renda variável (como ações) para o mercado de renda fixa (como CDBs e Títulos do Tesouro). “Porque mesmo com a taxa de juros a 5% ou 7%, você ainda tem uma expectativa de inflação muito alta. O investidor não deveria olhar apenas para a expectativa de alta da Selic mas também para a alta da inflação”, explica ele.

“Pensando para frente, mesmo os investidores que estão vendo essa alta como uma oportunidade de voltar para renda fixa, evitar a volatilidade do mercado, precisam ver isso com cuidado”, diz ele.

Ele destaca, no entanto, que títulos de renda fixa atrelados à inflação – como o Tesouro IPCA – são boas opções no momento é interessante para quem busca diversificação. Esse papéis, ao terem a rentabilidade atrelada ao IPCA, têm a vantagem de serem uma proteção da pressão inflacionária. “Eu acho que faz parte ou deveriam fazer parte do investidor comum, como todos nós”, afirma.


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Bluefit, Raízen e as estreantes na Bolsa: quais são as oportunidades nos IPOs? https://canalmynews.com.br/mynews-investe/estreantes-bolsa-oportunidades-ipos/ Tue, 03 Aug 2021 23:54:38 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/estreantes-bolsa-oportunidades-ipos/ Gestor de Renda Variável da Eleven fala sobre cuidados e oportunidades nas estreias de empresas na Bolsa de Valores

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O primeiro semestre de 2021 começou movimentado com a chegada de empresas estreantes na Bolsa de Valores brasileira. Até julho, a B3 tinha contabilizado 39 IPOs, sigla em inglês para oferta pública de ações, quando uma empresa abre seu capital e emite ações. O número já supera todas as operações realizadas em 2020 e deve continuar avançando ao longo dos próximos meses.

No radar, as estreantes na Bolsa têm um universo de quase 4 milhões de investidores pessoas físicas. A expectativa é que o ano de 2021 termine com 80 a 100 ofertas públicas iniciais de ações, segundo Carlos Daltozo, co-head de Renda Variável da Eleven. “O Ibovespa [principal índice da Bolsa] ainda tem uma variedade limitada de opções. Até para acomodar os recursos das pessoas que estão entrando na Bolsa é interessante que novas companhias venham ao mercado para buscar financiar seu ciclo de crescimento”, avalia ele, em entrevista ao MyNews Investe.

“A gente vê algumas oportunidades interessantes: a Multilaser, a SmartFit e a própria Bluefit, que protocolou o seu IPO, uma concorrente [da SmartFit]”, diz ele. No caso da Multilaser, a oferta inicial de ações da empresa de produtos eletrônicos movimentou R$ 2,2 bilhões, com estreia no dia 20 de julho.

No caso da SmarFit, maior rede de academias da América Latina, a operação levantou R$ 2,3 bilhões, com estreia no mercado que aconteceu em julho. Quase um mês depois, a rival Bluefit – segunda maior rede de academias de baixo custo do país, anunciou a realização de sua oferta pública de ações, coordenada pela XP Investimentos. O IPO da rede deve acontecer entre outubro e novembro.

Daltozo destaca ainda o peso do setor de tecnologia entre as novas na Bolsa de Valores, além da Multilaser. Desde o início de 2020, 13 ofertas iniciais de companhias do setor foram feitas. Entre elas estão Locaweb, TC, Clear Sales e, mais recentemente, a GetNinjas.

Veja a íntegra do MyNews Investe no Canal MyNews. O programa tem apresentação de Juliana Causin e vai ao ar de segunda à sexta, a partir do meio-dia

“Nós tivemos um boom de empresas de tecnologia entrando na Bolsa no início do ano, com algumas subindo 100% no primeiro dia de negociação”, afirma ele. Daltozo alerta, no entanto, que é preciso ter cautela com os movimentos de euforia. “Às vezes muita gente fala de um IPO porque uma empresa do mesmo setor teve uma valorização expressiva no primeiro dia. Mas isso não significa que a outra vai ter também”, diz.

Para agosto, o mercado acompanha de perto aquele que deve ser um dos maiores IPOs da bolsa no ano, o da Raízen, gigante dos combustíveis e uma das maiores produtoras de cana-de-açúcar e etanol do mundo. “É uma empresa integrada de energia, que foca num futuro verde”, diz Daltozo.  A empresa encerrou na segunda-feira (2) o período de reserva de ações, quando os investidores compram os papéis da companhia a partir da oferta mínima estabelecida pela empresa – no caso da Ráizen (RAIZ4), de R$ 3 mil.


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Ibovespa cai 4% em julho e dólar sobe 4,7%. O que esperar de agosto? https://canalmynews.com.br/mynews-investe/ibovespa-que-esperar-agosto/ Mon, 02 Aug 2021 21:13:37 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ibovespa-que-esperar-agosto/ Bolsa encerra o mês com o pior resultado mensal desde fevereiro, enquanto dólar subiu para R$5,20. Para analista, riscos permanecem em agosto mas mês deve ser melhor

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Principal índice da Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa encerrou o mês de julho com queda de 3,94%, no patamar dos 121 mil pontos – o pior resultado mensal desde fevereiro deste ano. Enquanto a bolsa caiu, o dólar disparou 2,57% na última sexta-feira (30) e encerrou o mês cotado a R$5,20, com valorização acumulada de 4,76% em relação ao real – a maior alta desde janeiro.

O último mês foi marcado ainda pela saída de R$ 7,1 bilhões de capital estrangeiro na bolsa, interrompendo três meses de fluxo externo positivo. Em entrevista ao MyNews Investe, Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos, destaca que o desempenho do Ibovespa em julho interrompeu um movimento de quatro meses de alta na bolsa.

Segundo ele, a pressão negativa no mercado aconteceu principalmente na segunda metade do mês de julho por fatores externos sobrepostos a riscos locais. “O mercado externo influencia muito o Brasil. Começamos a semana passada com informações sobre as intervenções chinesas no mercado acionário”, diz Franchini.

Somadas às pressões da China sobre o mercado ações, principalmente em empresas de educação e de tecnologia, o mês chegou ao fim também sob expectativa dos investidores para a decisão do Banco Central americano sobre juros e estímulos monetários. A semana passada foi marcada ainda pela divulgação do PIB americano, resultados sobre emprego no Brasil e balanço financeiro de empresas importantes do S&P500, índice que reúne as 500 maiores empresas americanas.

“Todos esses fatores em cinco dias somados. Estava na cara que isso traria instabilidade. Pela incerteza e pela insegurança do que poderia vir. Aí você olha para o Brasil, os resultados corporativos não incentivaram o investidor”, afirma ele.

Franchini destaca ainda o temor da variante Delta e as incertezas domésticas no Brasil como fatores que pesaram no desempenho negativo do mercado. “Você teve saída de capital. Dólar sobe e bolsa cai. Infelizmente, a última semana do mês fez com que a Bolsa tivesse perdido todo o ganho que tinha sido acumulado nas três primeiras semanas de julho”, diz.

Qual é a previsão do Ibovespa para o mês de agosto?

Para Franchini, o mês de agosto começa ainda com incertezas no radar para o mercado, mas tende a ter um desempenho melhor que o mês passado. No radar, além de mais uma semana de divulgação de balanços financeiros de empresas, os investidores acompanham de perto a reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, que define nesta quarta-feira (4) a Selic, taxa básica de juros, hoje em 4,25%.

“Vamos começar o mês com esse resultado de ajuste na Selic. Será um foward guidance, ou seja, um movimento que vai mostrar quais serão os próximos passos do Banco Central. Será um recado forte para o mercado”, afirma o sócio da Monte Bravo.

Entre os fatores de risco, ele destaca ainda as informações envolvendo novos gastos do governo Bolsonaro, o que traz um alerta para saúde fiscal do país. Na última sexta (30), o presidente Jair Bolsonaro prometeu aumentar em ao menos 50% o valor do Bolsa Família e disse que estuda prorrogar o auxílio emergencial.

“Agosto começa com incertezas globais em relação à variante Delta do coronavírus, interferências chinesas no mercado e também o resultado das bolsas de primeira linha”, diz ele. A avaliação de Franchini, no entanto, é que o mercado deve ter um mês melhor. “O mês de agosto tende a ser melhor, mas é preciso ter esses pontos de atenção”, completa.


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Financiamento imobiliário dispara: como escolher melhor linha de crédito? https://canalmynews.com.br/mynews-investe/financiamento-imobiliario-como-escolher/ Fri, 30 Jul 2021 23:22:43 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/financiamento-imobiliario-como-escolher/ Em 12 meses, número de imóveis financiados saltou 329%, com cenário impulsionado pelos juros mais baixos.

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Mesmo com a pandemia e a crise econômica, mais pessoas têm procurado financiamento de imóveis. Nos últimos 12 meses, 684 mil imóveis foram financiados – uma alta de 329,46% em relação ao período anterior. Os dados são da Abecip, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Em junho, segundo a entidade, os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas de poupança somaram R$ 19,66 bilhões, o maior volume nominal mensal da série histórica, que teve início em 1994. O resultado representa um salto  de 112,1% em relação a junho do ano passado.

O cenário mais atrativo para financiamento de imóveis vem com os juros mais baixos. Em 2020, a taxa básica de juros da economia, a Selic, foi ao menor nível da história: 2%. Mesmo com os juros subindo – a Selic hoje está em 4,25% – o momento continua mais atrativo para o crédito imobiliário do que no passado. Essa é a avaliação de Bruno Gama, CEO da CrediHome, plataforma de crédito imobiliário.

“Há cinco anos, uma família com renda de 5 mil reais não conseguia financiar um imóvel de R$ 200 mil, por exemplo. Hoje, essa mesma família, com essa mesma renda, tem acesso a financiamento”, afirma ele, em entrevista ao MyNews Investe.

Quais são as linhas de financiamento hoje?

Gama explica que o Brasil teve, no geral, o crescimento do crédito imobiliário a partir da linha de financiamento com juros prefixados, disponíveis nos principais bancos e instituições financeiras. “Ela ainda responde pela maior parte do financiamento no país. Como o próprio nome diz, ela é prefixada. Se você contratar um crédito para financiar seu imóvel em 30 anos, por exemplo, a mesma taxa de juros  do momento da contratação se mantém”, explica ele.

Nos últimos anos, novas linhas de financiamento foram criadas. Em 2019, a Caixa Econômica Federal lançou uma nova linha indexada ao IPCA, a inflação oficial. “Hoje você tem até uma taxa de juros um pouco menor do que a linha prefixada dos principais bancos, mas você tem a indexação ao IPCA, ou seja, toma o risco da inflação no Brasil ter alguma alteração mais significativa”, diz o CEO.

A última e mais recente linha foi lançada pela Caixa no fim de 2020: o financiamento corrigido pela caderneta de poupança. “Você paga uma taxa de juros um pouco menor que a do prefixado mais a poupança. A poupança hoje está relacionada à taxa Selic, ela é 70% da taxa Selic. Isso significa que se a Selic sobe, a taxa da poupança também sobe”, completa.

Segundo Gama, apesar do risco de alta da Selic e alta da inflação, a duas opções mais recentes podem ser interessantes para aqueles com capacidade para quitar o imóvel em um prazo menor. “Se você tem como quitar um contrato em dois ou três anos, você até pode tomar um financiamento atrelado à inflação ou à poupança”, diz. Bruno alerta que, para quem pretende pagar o financiamento a longo prazo, é preciso ter atenção com os riscos atrelados  às linhas IPCA e Selic.

Assista ao MyNews Investe de segunda a sexta, a partir do meio-dia. A apresentação é de Juliana Causin, sempre com convidados especiais

E além da linha, o que olhar?

Além dos juros e tipo de linha de financiamento, Bruno lembra também que é preciso prestar atenção ao Custo Efetivo Total do financiamento – o valor engloba as tarifas bancárias e o custo do seguro. Segundo ele, a melhor forma de comparar as condições de crédito imobiliário entre as instituições financeiras é fazer uma comparação do CET.

“É super importante o cliente entender que uma coisa é taxa de juros na propaganda do banco e outra coisa é o custo que ele vai pagar. Ele vai pagar um valor superior àquele da taxa porque além dos juros, o banco adiciona também tarifas e o seguro, que é o obrigatório de ser incorporado e tem valor diferente em cada banco”, diz ele.


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“Desemprego subiu de elevador e vai descer de escada”, diz pesquisador sobre situação do Brasil https://canalmynews.com.br/economia/desemprego-subiu-elevador-vai-descer-escada/ Fri, 30 Jul 2021 21:36:36 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/desemprego-subiu-elevador-vai-descer-escada/ País tem 14,8 milhões de desempregados, segundo IBGE. Para especialistas, recuperação deve ser lenta e crise pode gerar anos de efeitos negativos para mercado de trabalho

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O trimestre encerrado em maio fechou 14,6% da população desempregada no Brasil, segundo divulgou nesta sexta-feira (30) o IBGE. São 14,8 milhões de pessoas em busca de uma oportunidade de trabalho no país, de acordo com o Instituto. O resultado representa a segunda maior taxa de desemprego da série histórica, que começou em 2012. O recorde, de 14,7%, aconteceu nos trimestre encerrados em março e abril, refletindo os efeitos da pandemia.

O economista sênior da LCA Consultores e pesquisador do Ibre-FGV, Bráulio Borges, lembra que a situação de desemprego no país pré-pandemia já era preocupante, com taxa em torno de 11,5%. A avaliação dele é que, até o fim de 2021, a taxa esteja em cerca de 13% – ainda longe de um cenário de equilíbrio. “O desemprego subiu de elevador e vai subir de escada no caso brasileiro”, diz o economista. 

Ele explica que o cenário “estável” em relação ao desemprego no Brasil é de uma taxa de cerca de 9,5%, chamada taxa de desemprego de equilíbrio. Ele avalia que a recuperação desse cenário passa pelo estímulo a criação de vagas formais.

“É interessante você trabalhar, por meio de políticas públicas, para a geração de bons empregos, empregos que tenham certa estabilidade, previsibilidade e que tenham por trás uma rede de proteção social em caso de oscilações macroeconômicas”, avalia o pesquisador, em entrevista ao MyNews Investe.

Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE, o Brasil perdeu 1,3 milhão de vagas com carteiras assinadas em um ano. A recuperação do trabalho desde então, de maneira geral, tem sido puxada pela informalidade, que encerrou o trimestre de maio em 40% – acima dos 39,6% da pesquisa anterior.

O nível de ocupação, de acordo com o instituto, ficou em 48,9%. O IBGE destaca que o nível está abaixo dos 50% há um ano, o que significa que menos da metade da população apta ao mercado de trabalho está ocupada.

Salários e emprego devem ser afetados por 9 anos

Mesmo com um cenário de controle da pandemia, a recuperação do emprego e dos salários no Brasil ainda pode levar quase uma década. Essa é a avaliação de um relatório divulgado na última terça-feira (20) pelo Banco Mundial. Segundo o documento, a crise econômica gerada pela pandemia deve provocar efeitos negativos nos empregos e salários por nove anos.

A avaliação do órgão é que “grandes sequelas” devem permanecer no países da América Latina, como efeito de redução dos índices de emprego formal. As cicatrizes desse período, segundo o relatório, devem ser mais intensas nos trabalhadores menos qualificados, sem ensino superior.

Joana Silva, economista sênior do Banco Mundial, explica que a capacidade de geração de emprego no país no pós-pandemia depende, além de programas sociais e de geração de emprego, da recuperação econômica.

“É muito importante endereçar fatores estruturais para que a economia e as empresas que são fortes e produtivas possam criar empregos”, diz ela, em entrevista do MyNews Investe. “O emprego é criado nas empresas portanto boas empresas é o que nós precisamos para que elas sejam fortes e vigorosas na América Latina e no Brasil”, completa.

A íntegra da mesa-redonda está disponível para os membros do Canal MyNews

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Pandemia faz 8 em cada 10 brasileiros buscarem crédito, mostra pesquisa da Serasa https://canalmynews.com.br/mynews-investe/pandemia-brasileiros-credito-serasa/ Wed, 28 Jul 2021 22:02:49 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pandemia-brasileiros-credito-serasa/ Serasa mostra que 79% dos brasileiros recorreram a uma fonte de crédito. Classes CDE tiveram maior dificuldade de acessar recursos

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A crise gerada pela pandemia de covid-19 fez com que 79% dos brasileiros recorressem a alguma fonte de crédito para solucionar um problema financeiro. O resultado foi divulgado em pesquisa da Serasa em parceria com Opinion Box.

O levantamento mostra que o principal meio procurado pelos brasileiros foi o cartão de crédito (62%), principalmente para compras de itens gerais, como alimentos e produtos de higiene pessoal. Junto com o cartão, o cheque especial (12%) aparece como a segunda opção de recursos buscados para as compras em geral. Os empréstimos – consignado, pessoal e com pessoas próximas – foram utilizados mais para o pagamento de dívidas.

O levantamento mostrou ainda que 37% dos brasileiros tiveram crédito recusado durante a crise. A dificuldade maior para acesso a crédito aconteceu entre as classes CDE. Entre aqueles que ganham até 5 salários mínimos, 55% dizem que enfrentaram barreiras para ter acesso a recursos financeiros. No caso das classes AB, o percentual cai para 41%.

“A renda familiar de uma forma geral diminuiu. Se a renda diminui, a consequência disso é que diminui a capacidade de pagamento desse consumidor”, explica a gerente da Serasa, Amanda Rapouzo, em entrevista ao MyNews Investe. Amanda avalia que o cenário de incerteza gerado pela pandemia foi o principal motivador das barreiras de crédito pelas instituições financeiras.

“O mercado financeiro tem dúvida se o consumidor vai conseguir arcar com aquela pendência ou não. A tendência do mercado é se retrair, é restringir as suas políticas de crédito, especialmente no começo da pandemia”, diz ela.

Cartão de crédito é saída para fechar as contas do mês

Sobre a procura intensa por cartão de crédito, ela explica que o recurso acabou sendo a saída daqueles que não conseguiriam fechar as contas no mês. “É um fato que os juros do rotativo do cartão são os mais caros que a gente tem hoje. É muito caro. Mas obviamente a expectativa é que o consumidor não precise cair no rotativo do cartão”, afirma. “Vira uma bola de neve muito perigosa [cair no rotativo]”, completa.

Mara Luquet e Juliana Causin apresentaram o MyNews Investe desta quarta-feira (27). Assista ao programa na íntegra no Canal MyNews

A pesquisa mostra que depois da negativa ao crédito, 37% buscaram alternativas em bancos digitais, enquanto 28% desistiram de procurar. Outros  27% pegaram dinheiro emprestado com amigos. A negativa aconteceu principalmente entre as classes CDE: 41% tiveram crédito negado, enquanto entre as classes classes AB, o percentual foi de 18%.

De maneira geral, o motivo maior relatado para a negativa do crédito foi a baixa renda (40%). Outros 35% alegaram não ter acesso a recursos financeiros por estarem inadimplentes. Segundo a pesquisa, a busca por crédito deve continuar na retomada pós-pandemia: 62% ainda pretendem buscar alguma fonte de recurso.


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Como o mercado internacional ficou mais acessível aos investidores brasileiros https://canalmynews.com.br/mynews-investe/mercado-internacional-acessivel-brasileiros/ Wed, 28 Jul 2021 19:01:09 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/mercado-internacional-acessivel-brasileiros/ Negociados desde junho na Bolsa, os BDRs de ETFs tornam os principais índices estrangeiros mais próximos dos investidores brasileiros

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Desde junho, a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, tornou mais simples aos brasileiros investir em índices do mercado internacional. A partir dos BDRs de ETFs, com R$100, os investidores podem comprar cotas de índices de ações que vão dos Estados Unidos à Ásia, passando por setores mais específicos como os de tecnologia.

Em parceria com a BlackRock, a maior gestora de recursos do mundo, a B3 oferece mais de 60 opções desse segmento. Em resumo, quem investe em um BDR de ETF acessa um conjunto de empresas internacionais, compostas em um índice, com a compra de um único ativo.

“As BDRs são notas negociadas na Bolsa de Valores que têm como ativo subjacente uma ação ou um ETF listado no exterior. Quando o investidor compra um BDR de ETF, ele tem acesso a um ETF da BlackRock que é listado nos Estados Unidos ou em outro lugar do mundo”, explica Daniel Lobo, vice-presidente da BlackRock Brasil, em entrevista ao MyNews Investe.

O BDR (Brazilian Depositary Receipts) é a sigla para os recibos de ações ou fundos estrangeiros. Já o ETF (​​Exchange Traded Fund) é o fundo de investimento que tem como referência um índice – por exemplo, S&P500, principal índice da Bolsa de Nova York.

Qual a vantagem de investir no exterior?

Lobo explica que essa é uma opção mais acessível para quem busca investir em um setor ou mercado específico no mundo. “É muito mais simples ter uma exposição diversificada a um mercado internacional a partir de um ETF do que comprar cada uma das ações que compõem um índice. A partir de um trade (negociação), o investidor tem acesso a uma carteira de dezenas de ativos do mercado”, acrescenta ele.

Outra vantagem dos BDRs de ETFs está no valor de entrada do investimento. “Os ETFs são fundos que servem a todos os investimentos. O preço que o investidor pessoa física vai pagar é o mesmo preço que o fundo de pensão ou o grande investidor está pagando. Essa estrutura de BDRs de ETFs faz com que o investidor tenha acesso de forma muito fácil aos mesmos instrumentos de investidores profissionais”, avalia Daniel.

Quais índices internacionais estão acessíveis? 

O vice-presidente da BlackRock explica ainda que a oferta desses ativos têm crescido no Brasil à medida que avança também a regulação no país e a procura de brasileiros por investimentos lá fora.

O primeiro ETF ofertado pela BlackRock no Brasil foi o IVVB11, que segue o S&P500, índice que reúne as 500 maiores empresas negociadas no mercado americano. O IVBB11 é o código para iShares S&P 500 Fundo de Investimento, negociado na B3.

Desde então, a gestora já lançou 65 BDRs de ETFs. Entre eles, estão, BDRs de ETFs – que seguem índices ESG (com padrões sociais, ambientais e de governança), de tecnologia, de dividendos e até de REITs, os fundos imobiliários americanos, entre outros.

O BIYW39, por exemplo, replica o Dow Jones US Technology Capped, índice de empresas da indústria americana de tecnologia. O BFXI39 segue o FTSE China 50 ticker (FXI), índice com as 50 principais ações listadas em Hong Kong. A lista completa de BDRs de ETFs está na plataforma da B3, a Bolsa de Valores.

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Fundos de renda fixa: o que são e como investir? https://canalmynews.com.br/mynews-investe/fundos-renda-fixa-como-investir/ Tue, 27 Jul 2021 20:51:01 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/fundos-renda-fixa-como-investir/ Opções de diversificação, fundos de renda fixa trazem vantagens em relação a títulos convencionais como Tesouro Direto e CDB

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Querida dos investidores que buscam maior segurança, a renda fixa é aquele investimento que traz uma remuneração já definida previamente no momento da aplicação. Os títulos de renda fixa podem ser emitidos por um banco (caso do Tesouro), por bancos (CDBs e CDIs) ou por empresas (debêntures).

Em suma, ao comprar um desses títulos, o investidor “empresta” aquela quantia para o emissor do título que, em troca, retorna o valor aplicado com os juros do “empréstimo”. Para quem busca maior diversificação (e por vezes maior retorno), uma boa opção de renda fixa são os fundos.

O que são os fundos de renda fixa?

Para ser classificado como de renda fixa, o fundo deve ter ao menos 80% de seus ativos relacionados a essa classe – ou seja, títulos públicos, títulos bancários ou títulos privados.

“Qual é a diferença de você investir em um fundo ou investir diretamente em um título de renda fixa? A diversificação”, explica Carlos Heitor Campani, professor pesquisador do Coppead/UFRJ, em entrevista ao MyNews Investe. Ele destaca ainda, a gestão profissional e o acesso  a ativos em geral mais restritos como vantagens para os fundos de renda fixa. 

 “O fundo tem um gestor, um profissional que estudou e tem a competência para gerir aquela carteira de investimentos. Outra vantagem é que muitos instrumentos não costumam ser acessíveis”, acrescenta Campani. “Muitos instrumentos de renda fixa não são encontrados facilmente. Existem canais específicos para você encontrá-los que, na maioria das vezes, os investidores podem não ter acesso”, diz ele.

Como escolher um fundo de renda fixa?

Primeiro, segundo Campani, é preciso analisar qual a estratégia do fundo e no que ele investe. O próximo passo é analisar a rentabilidade. O professor destaca que, para checar se vale a pena investir no fundo, uma opção é compará-lo com ativos de renda fixa convencionais. 

 “Veja a rentabilidade do fundo e compare com o CDI. Se aquele fundo estiver em linha com o CDI, é melhor você investir em outra opção, como Tesouro Direto”, afirma ele. Outros dois aspectos para se observar, segundo Campani, são a liquidez e a cotização. 

“A liquidez é o prazo para o dinheiro, depois de retirado do fundo, cair na sua conta”, diz. Já o período de cotização é o tempo entre a solicitação do dinheiro investido (o resgate) e a conversão do seu investimento em dinheiro. Em suma, é o tempo que leva para a aplicação no fundo ser convertida no dinheiro do retorno.

“Vamos supor que o fundo tenha cotização D+3. Se eu pedir o resgate, isso quer dizer que o dinheiro vai sair do fundo somente em três dias. Isso quer dizer que você fica exposto ao mercado durante três dias, quer você queira, quer não. O ideal é que a cotização seja em D+0, ou seja, o dinheiro sai do fundo no mesmo dia”, explica o professor.

Veja a íntegra do MyNews Investe. O programa é transmitido ao vivo, diariamente, a partir do meio-dia, no Canal MyNews

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Brasileiros vivem com saúde financeira ‘no limite’, aponta índice do Banco Central https://canalmynews.com.br/mynews-investe/brasileiros-saude-financeira-no-limite/ Thu, 22 Jul 2021 23:33:44 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/brasileiros-saude-financeira-no-limite/ Pesquisa mostrou que 69,4% dos brasileiros gastam mais ou o equivalente ao que ganham

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Em uma escala de 0 a 100, a média da saúde financeira dos brasileiros está em 57 pontos, segundo apontou o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB), lançado nesta semana pelo Banco Central e pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Quanto mais alto o número, melhor o resultado. Com pontuação um pouco acima do patamar intermediário, a situação média da população brasileira é de equilíbrio de contas no limite, sem espaço para o erro.

Indicador do Banco Central aponta que maioria dos brasileiros gasta mais ou o equivalente ao que ganha

O indicador foi elaborado com base em pesquisa feita com 5.220 pessoas de diferentes regiões do país, classes econômicas e faixas etárias. Ao todo, segundo a pesquisa, 48,3% da população está abaixo da faixa média de pontuação – ou seja, tem saúde financeira “baixa”, “muito baixa” ou “ruim”. Outros 41,6% tem a situação “boa”, “muito boa” ou “ótima”, enquanto 10,1% tem a saúde financeira “ok”.

A pesquisa mostra ainda que 69,4% dos brasileiros gastam mais ou o equivalente ao que ganham. Para 58,4% da população,  as despesas e compromissos financeiros são, de alguma forma, motivo de estresse em casa. Mais da metade da população (62%) também considera que a maneira como cuida do dinheiro não permite aproveitar a vida.

Desenvolvido pelo Banco Central, Febraban e especialistas, o I-SFB foi criado com base em ferramentas já aplicadas em outros países como Estados Unidos, Escócia e Cingapura. O índice é composto por um questionário com 15 perguntas obrigatórias e três opcionais. Entre as questões avaliadas, estão: a capacidade de cumprir as obrigações financeiras correntes, a disciplina e o autocontrole para cumprir os objetivos e a sensação de segurança em relação ao futuro financeiro, entre outras.

Como reorganizar as finanças? 

Em entrevista ao MyNews Investe, Igor Rongel, chefe de investimentos do C6 Bank,  diz que a pandemia trouxe complicações adicionais à saúde financeira dos brasileiros, mas o cenário, antes, já era preocupante. “A gente tem um percentual alto da população com dificuldade de fechar o mês ou que fecham no limite”, diz.

Assista à integra do MyNews Investe, com apresentação de Juliana Causin e participação Igor Rongel, chefe de investimentos do C6Bank. O programa vai ao ar diariamente no Canal MyNews no Youtube

Para Rongel, o primeiro passo para organização das finanças é a disciplina. “O melhor é você guardar um pouco todo o mês e tentar eventualmente guardar uma quantia de dinheiro mais relevante. Isso faz muita diferença no médio prazo”, diz ele. “Você ter um recurso guardado, reservado para uma emergência, é extremamente importante para fazer frente a períodos instáveis. A gente deveria ter essa disciplina de ter um recurso que você possa acessar em uma eventualidade”, completa.

Em relação à formação de uma reserva de emergência, ele explica que o ideal é que esse dinheiro seja alocado em recursos com instabilidade, sem riscos. “Carteira de ações, ações e mercado de renda variável são indicados para pessoas que já têm uma reserva de emergência”, diz.

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Poupança com captação recorde no ano: como investir melhor e sair da caderneta? https://canalmynews.com.br/mynews-investe/poupanca-captacao-recorde/ Thu, 22 Jul 2021 20:59:58 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/poupanca-captacao-recorde/ Segundo BC, poupança teve captação recorde em 2021 no mês de junho. Clara Sodré, da Xpeed, explica quais as alternativas para quem quer deixar a caderneta

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A caderneta de poupança teve em junho o terceiro mês positivo de captação, segundo dados do Banco Central (BC), e o melhor resultado mensal desde o início de 2021. De acordo com o BC, os depósitos superaram os saques em R$ 7,09 bilhões no último mês. O saldo é resultado da diferença entre R$ 296,3 bilhões em depósitos e R$289,29 bilhões em retirada.

Depois de um início do ano com três meses de saldo negativo – com mais saques do que depósitos – a caderneta voltou a fechar com saldo positivo a partir de abril. O volume maior de retirada de janeiro a março coincidiu com o período de pagamento das contas do início do ano, como IPTU e  IPVA. 

Já a volta do saldo positivo, em abril, veio no período de retorno do pagamento do auxílio emergencial pelo governo. Em 2020, o benefício foi justamente um dos responsáveis pela captação recorde na poupança: R$ 166,3 bilhões, o maior valor anual da série histórica do BC, que começou em 1995. 

Resultado mensal do saldo de captação da caderneta de poupança nos últimos 12 meses, segundo Banco Central (Imagem: Arte/MyNews Investe)

Poupança vale a pena?

Com cenário de queda de juros e alta da inflação, a caderneta de poupança há algum tempo deixou de ser um investimento rentável. Um levantamento da Economática, plataforma de informações financeiras, mostra que a rentabilidade real da poupança (que desconta a inflação) ficou negativa em 6,26% em 12 meses até junho. Esse foi o décimo resultado negativo mensal de rentabilidade da poupança.

O retorno baixo é resultado da inflação no país, que acumula alta de 8,35% em 12 meses, enquanto o rendimento da poupança, de acordo com a pesquisa, é de 0,16% no mês. Em 12 meses, o retorno foi de 1,56%, ainda insuficiente para superar a inflação.

Como deixar a caderneta de lado sem correr risco?

Em entrevista ao MyNews Investe, Clara Sodré, professora da Xpeed e assessora de investimentos, explica que uma das alternativas para a poupança é a compra de títulos públicos, o Tesouro Direto. “É um investimento que tem a garantia soberana do governo. Qual seria o investimento? O Tesouro Selic, um investimento que tem garantia do governo e liquidez diária, ou seja, se você precisar do dinheiro, pode retirá-lo diariamente”, diz ela.

Uma opção entre as do Tesouro Direto, o Tesouro Selic é o título público com a rentabilidade atrelada à taxa básica de juros. É um dos títulos mais simples do Tesouro para quem quer começar a investir.

“De início, a alternativa é tirar da poupança e começar a migrar para ativos mais seguros”, afirma Sodré. Outras opções com baixo risco são os títulos de renda fixa emitidos por bancos, como CDB, LCI e LCA, que têm a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

“Quer sair da poupança e não sabe por onde começar? Vai para o Tesouro Selic. Se você já tem o Tesouro Selic e você pode ir para outros ativos, comece buscando ativos emitidos por bancos – CDB, LCI, LCA e letras de crédito. É a mesma garantia da poupança e tem um potencial de rentabilidade maior”, explica Clara. Ela lembra que essas opções mais seguras estão disponíveis em inúmeras corretoras, plataformas de investimento e bancos.

Assista à integra do MyNews Investe desta quinta-feira. O programa contou com apresentação de Juliana Causin e participação de Clara Sodré, professora da Xpeed e assessora de investimentos, e Vinicius Chagas, analista educacional da Blockchain Academy

O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título emitido por bancos com o objetivo de captação de recursos pelas instituições financeiras. A LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e a LCA (Letra de Crédito Agronegócio) são semelhantes, mas tem o objetivo de financiarem setores específicos.

Os três investimentos contam com a cobertura do FGC, que garante a cobertura de até R$250 mil por CPF e por instituição financeira.

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Por que o dólar saltou dos R$4,90 para R$5,25 em algumas semanas? https://canalmynews.com.br/mynews-investe/por-que-dolar-saltou/ Tue, 20 Jul 2021 21:08:52 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/por-que-dolar-saltou/ Temor sobre variante delta, risco político no Brasil e inflação nos EUA fizeram dólar voltar para o patamar dos R$5,20

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Depois de chegar ao menor valor em um ano, no dia 24 de junho, aos R$4,90, o dólar voltou a ter alta intensa no início desta semana. Os temores do mercado financeiro envolvendo a variante delta do novo coronavírus fizeram a moeda disparar 2,63% na segunda-feira (19), cotada a R$5,25 no fim do dia — o maior valor para fechamento desde 8 de julho.

O salto do câmbio aconteceu em menos de quatro semanas. Fernanda Consorte, economista-chefe do Banco Ourinvest, explica que o momento de baixa do dólar no fim de junho veio em meio a dados positivos sobre a economia americana e também com a queda de juros no Brasil.

“Aquele momento era de euforia. O mercado se animou com uma recuperação vinda dos Estados Unidos, um aumento da taxa de juros aqui  no Brasil e também a possibilidade da vacinação ser mais rápida no Brasil”, explica ela. Em junho, o Copom elevou para 4,25% a Selic, taxa básica de juros, e indicou a intenção de nova alta de juros nas próximas reuniões.

Fernanda explica que o tom nos mercados mudou com a incerteza em relação a uma alta de juros nos Estados Unidos para conter o avanço da inflação no país. “Com o aumento da taxa de juros nos EUA, a tendência é de uma redução da liquidez nos mercados emergentes”, diz ela.

Disparada do dólar

Além da mudança no cenário externo, a alta da moeda americana no início de julho veio também na esteira do risco político. No dia 6 de julho, o cenário negativo levou o dólar a subir 2,39%, aos R$5,20. O movimento fez o câmbio recuperar a perda acumulada de 4,81% em junho, no momento em que se intensificaram as denúncias contra o governo Bolsonaro sobre a compra de vacinas.

“Especificamente nos últimos dias surgiu também a variante delta, que tem um contágio muito mais rápido e que deixou o tom de cautela nos mercados. Um novo problema em relação ao coronavírus, com uma nova variante, exige novas medidas de restrição e por tanto há uma perspectiva de recuo da atividade econômica. Houve um estado de alerta geral e por tanto as taxas de câmbio de todos os países emergentes subiram”, explica Consorte.

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O que são debêntures e como investir em energia limpa? https://canalmynews.com.br/mynews-investe/o-que-sao-debentures-e-como-investir-em-energia-limpa/ Mon, 19 Jul 2021 23:18:07 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/o-que-sao-debentures-e-como-investir-em-energia-limpa/ Analista do BTG Pactual explica como funciona o investimento e quais as oportunidades no setor de energia limpa

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Dentro da renda fixa, além dos populares CDBs e Títulos do Tesouro, é possível investir também em títulos emitidos por empresas, as debêntures. Em entrevista ao MyNews Investe,  Odilon Costa, analista de renda fixa e crédito privado do BTG Pactual, falou sobre quais os setores promissores dentro das debêntures, quais as oportunidades, riscos e que fazer para começar a investir:

Quem pode investir em debêntures
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Esse é um investimento recomendado para quem tem interesse em obter mais retorno na renda fixa, explica Odilon. “Como são títulos emitidos por empresas, normalmente elas pagam um prêmio [retorno] mais elevado que os títulos públicos com condições comparáveis. Para aquele investidor que visa ter um pouco mais de retorno na carteira e não quer ter exposição ao mercado de renda variável, sa debêntures preenchem esse espaço como meio do caminho entre um investimento mais conservador, que seriam os títulos públicos, e os ativos de renda variável – como ações e fundos imobiliários”, explica ele.

Como investir em debêntures
É possível investir em debêntures a partir das plataformas e corretoras de investimento ou também com um assessor de investimentos. “O ideal é o investidor olhar para quanto os investimentos de títulos públicos estão pagando e depois entender a natureza de risco de crédito da empresa”, afirma o analista. 

O que levar em consideração
Antes de tudo, é sempre bom entender, assim como no mercado de ações, o risco de crédito da empresa. “A gente faz também tem que fazer uma análise das companhias. Em geral as debêntures, em especial as mais disponíveis para o investidor, são as debêntures incentivadas, atreladas ao IPCA, inflação oficial do governo, e que pagam um prêmio pré-fixado, uma taxa já dada, por exemplo o IPCA + 4% de juros. O ideal é o investidor entender um pouco o que está  composto naquela taxa antes de tomar a decisão de investimento”, diz ele.
Ao analisar uma debênture de dez anos, por exemplo, o ideal é que o investidor a compare com um título público com condições similares de prazo e indexador e aí  ver o quanto que aquela debênture paga em relação ao título público. “Ai sim você olha para essa relação risco retorno e entende se aquele risco adicional que vai correr por investir naquela empresa é recompensado por aquele prêmio de crédito adicional”, afirma Odilon.

Quais os riscos?
O governo ele tem menos risco do que as empresas porque em última instância ele tem capacidade de imprimir dinheiro para pagar o investidor, no caso de Títulos do Tesouro, por exemplo. ”No caso das debêntures, com títulos emitidos pelas empresas,  elas têm que gerar caixa para poder honrar os seus compromissos financeiros. “E aí o tamanho desse prêmio vai em função do risco de crédito daquela companhia”, completa ele.

Como investir em energia limpa com debêntures?
“Um dos setores que a gente tem olhado bastante aqui no BTG é o setor de geração eólica. O Brasil tem diversificado a matriz energética e justamente para reduzir essa dependência da geração hídrica. Esse é um setor que tem um pouco mais de risco, obviamente, já existem fatores climáticos que influenciam a performance dos papéis no mercado secundário, mas é um setor que a gente entende que que ganhou bastante maturidade nos últimos anos”, afirma o analista do BTG. Segundo Odilon, o setor de energia eólica é defensivo e pode ser interessante para os investidores que estão montando  uma carteira de debêntures.

Outros setores promissores: 

1.  Transmissão de Energia
“Para quem está começando, a gente sempre gosta de indicar o setor de transmissão de energia. É um setor que não depende de diversos fatores como outros da economia. No caso da linha de transmissão, ela basicamente depende da disponibilidade, ou seja, da linha estar disponível para passar energia. Basta ela estar entregue, ou seja, a linha de pé que ela já começa a gerar receita. Esse é um tipo de companhia que gera um caixa bastante estável e pode ser bastante atrativo para os investidores”, diz Odilon. Entre exemplos de empresas desse setor, o analista destaca a Taesa e a CTEEP.

2. Concessão rodoviárias
“O principal risco é o fluxo de passageiros que, aí sim, depende da atividade econômica. É um setor que sofreu muito na pandemia, então as empresas estão se recuperando”, avalia Odilon. Ele explica que esse é um setor que tem pago prêmios mais altos, o que pode mudar no médio prazo, com a reabertura. Segundo ele, esse é um setor que, no momento, traz boas oportunidades.

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PIB chinês, Open Banking e a compra do KaBuM! pela Magalu https://canalmynews.com.br/mynews-investe/pib-chines-open-banking-e-a-compra-do-kabum-pela-magalu/ Mon, 19 Jul 2021 17:38:29 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pib-chines-open-banking-e-a-compra-do-kabum-pela-magalu/ Este é o quadro do MyNews Investe que apresenta um compilado diário com as principais novidades do mercado financeiro

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PIB da China
A economia chinesa registrou crescimento anual de 7,9% no segundo trimestre de 2021, segundo dados divulgados hoje.O resultado veio em linha com o esperado por parte dos analistas, enquanto alguns apostavam em um resultado um pouco maior, de 8,1%. Na comparação trimestral, o avanço foi de 1,2%. A avaliação de Pequim é a de que a economia continua com uma recuperação estável, apesar de desigual. Outro elemento de preocupação são os fatores externos, como a expansão de variantes do coronavírus no mundo. Os analistas acompanham de perto a possibilidade do governo chinês deve reforçar medidas de estímulo diante do cenários.  

Magalu compra KaBuM!

O gigante do varejo Magazine Luiza continua indo às compras. A empresa anunciou hoje o acordo para compra integral da plataforma de e-commerce de games e tecnologia KaBuM!, em uma aquisição que vai acontecer em etapas. A primeira delas envolve o pagamento a vista de R$1 bilhão de reais. A aquisição ainda precisa  passar pelo aval do CADE. Com a notícia,  as ações da empresa chegaram a saltar mais de 5%. A compra vai de encontro a  da rede de expandir suas operações digitais com a compra de empresas. Em pouco mais de um ano já fora quase 20 aquisições – CanalTech, Jovem Nerd e Estante Virtual estão entre elas.

Guedes e siderúrgicas 

Além das ações da Magalu, o dia começou com valorização também dos papéis de empresas siderúrgicas, que se recuperam do tombo de ontem. Gerdau, Usiminas e CSN avançavam hoje no Ibovespa no início do pregão entre 1% e 3% depois de despencarem na quarta-feira (14). A queda aconteceu depois de declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou em uma live sobre uma potencial redução das tarifas de importação de aço no Brasil, o que significaria maior concorrência de empresas do exterior.CSN e Usiminas chegaram a fechar o pregão com queda de mais de 3%.

Open Banking adiado

O Banco Central decidiu adiar para o dia 13 de agosto a segunda fase do Open Banking (ou Open Finance) que começaria nesta quinta-feira (15). O processo de abertura do sistema financeiro permite o compartilhamento, pelos clientes, de suas informações bancárias com outras instituições, com o objetivo de gerar maior concorrência no setor. A segunda fase, que entraria em vigor nesta quinta, vai permitir que os dados cadastrais e de transações sejam compartilhados. Segundo nota do BC, o adiamento aconteceu a pedido das instituições financeiras, que ainda finalizam a implementação da tecnologia do Open Banking

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Mudanças na reforma do IR, Boletim Focus e Ibovespa na volta de feriado https://canalmynews.com.br/mynews-investe/projeto-da-reforma-tributaria-inclui-uma-taxacao-de-20/ Wed, 14 Jul 2021 21:57:01 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/projeto-da-reforma-tributaria-inclui-uma-taxacao-de-20/ Este é o quadro do MyNews Investe que apresenta um compilado diário com as principais novidades do mercado financeiro

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Mudanças na reforma?

Segundo o jornal Valor Econômico, o governo tem reavaliado a proposta de taxar os lucros e dividendos enviada à Câmara dos Deputados. O projeto da reforma tributária inclui uma taxação de 20% em lucros e dividendos, que hoje são isentos. Alvo de críticas por parte do mercado e empresários, o trecho do texto deve sofrer ajustes ou até ser excluído da proposta, segundo o jornal.

O ministro da Economia, Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O que acompanhar…

Além de acabar com a proposta de tributar dividendos, o governo já negocia também mudanças para diminuir a tributação do Imposto de Renda para empresas. A reforma foi enviada há duas semanas pelo ministro Paulo Guedes e tem sido alvo de críticas do meio empresarial e financeiro.

Inflação mais alta

Os analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central no Boletim Focus elevaram de 06,07% para 6,11% a previsão de inflação em 2021. A projeção para Selic, a taxa básica de juros, foi 6,63% ao fim do ano, enquanto o PIB esperado é de 5,26%.

Por que é importante?

O Boletim Focus traz o termômetro dos analistas do mercado para as perspectivas da economia brasileira, como juros, inflação e PIB. Essa é a décima quarta semana consecutiva em que os analistas elevam a projeção de inflação em 2021.

Volta do feriado

Depois de uma semana passada de alta volatilidade, o Ibovespa operou em alta nesta segunda-feira (12). No fim do dia, o Ibovespa tinha alta de 1,73%, aos 127.593 pontos. O dólar teve forte queda de mais 1%, em um dia positivo para os mercados no Brasil e no exterior. Depois de chegar perto dos R$5,30 na semana passada, a moeda era cotada a R$5,18 na sessão de hoje.

Íntegra do programa MyNews Investe desta segunda-feira (12), que abordou o que mais rendeu em 2021

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Investimento ESG é uma onda? Carlos Takahashi, da BlackRock, explica por que não https://canalmynews.com.br/mynews-investe/investimento-esg-e-uma-onda-carlos-takahashi-da-blackrock-explica-por-que-nao/ Wed, 14 Jul 2021 21:54:43 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/investimento-esg-e-uma-onda-carlos-takahashi-da-blackrock-explica-por-que-nao/ Presidente no Brasil da BlackRock, maior gestora de fundos do mundo, fala sobre os elementos que fazem do ESG um tema fundamental para o presente

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Com mais de 9 trilhões de dólares em ativos sob administração, a BlackRock é a maior gestora de fundos do mundo. Desde 2020, a decisão para alocação desses investimentos – dos quais R$102 bilhões estão na América Latina –  considera a sustentabilidade como ponto central. 

A mudança foi sublinhada em 2020 na carta de Larry Fink, CEO da BlackRock, aos presidentes de empresas no mundo. Há oito anos, a carta funciona como uma espécie de termômetro para o grande capital – ela dá o tom sobre os assuntos fundamentais para a economia e o sistema financeiro a curto, médio e longo prazo. Há pelo menos cinco anos, o tema meio ambiente aparece nos comunicados. 

Ao MyNews Investe, Carlos Takahashi, presidente-executivo da BlackRock Brasil, explicou por que os fatores ESG – ambientais, sociais e de governança – são fundamentais para as decisões sobre investimentos e por que essa é uma mudança estruturante para o setor financeiro.

“Cada vez mais é também um risco. Você precisa olhar como um risco na medida que você tem problemas decorrentes das mudanças climáticas, que  você não consegue fazer a redução de emissão de gases [poluente], que você tem impacto nas economias, por exemplo, impacto nos negócios e, portanto, riscos”, afirma Takahashi. 

Em 2020, quando o CEO global da BlackRock anunciou a sustentabilidade como central para decisões da gestora, a questão de risco teve destaque. Fink dizia, no documento, que “as evidências sobre risco climático estão forçando investidores a reavaliar os pressupostos básicos sobre as finanças modernas”.

Takahashi, além do risco, destaca também outro elemento: a mudança geracional. “A nova geração tem outra cabeça. Ela quer ter bons produtos, quer pagar o preço justo pelos bons produtos e quer retorno nos seus investimentos, mas antes de mais nada, ela quer saber como isso está sendo feito”, diz ele. 

“[A nova geração que saber] como a empresa está gerando os bons produtos e como quem faz as gestão dos investimentos está obtendo resultados – ou seja, se está, efetivamente, seguindo boas práticas ambientais, cuidando do social do jeito que tem cuidar e, no caso das empresas, como governança”, completa. 

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Setor de serviços, MP da Eletrobras, inflação nos EUA e SmartFit https://canalmynews.com.br/mynews-investe/setor-de-servicos-mp-da-eletrobras-inflacao-nos-eua-e-smartfit/ Tue, 13 Jul 2021 21:02:37 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/setor-de-servicos-mp-da-eletrobras-inflacao-nos-eua-e-smartfit/ Este é o quadro do MyNews Investe que apresenta um resumo diário com as principais informações do mercado financeiro

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Serviços se recuperam 

O IBGE divulgou hoje o resultado para o setor de serviços no mês de maio. O crescimento foi de 1,2% na comparação com abril. Com o resultado, os serviços voltaram ao nível pré-pandemia, em patamar 2% acima de fevereiro de 2020. Esse é setor que tem mais peso no resultado do PIB brasileira, representa pouco mais de 70% da atividade econômica no país e é o maior responsável pela geração de empregos. 

MP da Eletrobras sancionada  

Medida provisória autoriza privatização da Eletrobras
Medida provisória autoriza privatização da Eletrobras. Foto: Jeso Carneiro (Eletrobras).

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, a medida provisória que abre caminho para a privatização da Eletrobras. O texto aprovado na Câmara foi visto como uma vitória para a agenda liberal do ministro Paulo Guedes. Daqui para frente, o governo deve enfrentar na Justiça ações de partidos opositores que contestam a privatização da empresa. 

SmartFit na Bolsa 

A SmartFit, maior rede de academias do país, levantou R$2,3 bilhões de reais em seu IPO, oferta inicial de ações. As ações da rede vão estrear na bolsa brasileira a R$23 e passam a ser negociadas nesta quarta-feira (14). O valor levantado segundo, a empresa, será usada para expansão da rede. 

Inflação nos EUA 

A inflação ao consumidor nos Estados Unidos subiu 0,9% em junho em relação ao mês anterior. Na comparação anual, a alta foi de 5,4% – a maior alta desde 2008. Os números vieram acima do esperado pelos analistas do mercado. As informações sobre inflação nos EUA tem estado no radar dos investidores, com temor de que o FED (Banco Central Americano) antecipe a alta dos juros. Por enquanto, as autoridades do Federal Reserve indicam que o salto na inflação é temporário.

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Análise: “Governo Bolsonaro está morto? Não necessariamente” https://canalmynews.com.br/politica/analise-governo-bolsonaro-esta-morto-nao-necessariamente/ Fri, 09 Jul 2021 23:35:53 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/analise-governo-bolsonaro-esta-morto-nao-necessariamente/ Sociólogo explica porque Bolsonaro ainda pode reverter rejeição eleitoral

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Apesar de desgastes políticos levarem a escalada da rejeição eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro não está morto eleitoralmente. Essa é a avaliação do sociólogo e pesquisador eleitoral, Maurício Garcia. Ele falou ao Dinheiro Na Conta, no MyNews, sobre a pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (9), que mostra Bolsonaro como líder em rejeição eleitoral para a corrida de 2022.

Segundo a pesquisa, 59% dos eleitores dizem que não votariam de jeito nenhum no atual presidente. No levantamento anterior, feito nos dias 11 e 12 de maio, a porcentagem era de 54%. “Mas há uma possibilidade [de Bolsonaro reverter o quadro]. É pequena, muito pequena, vale ressaltar. Mas nada é impossível na política”, diz ele, que lembra que o pagamento do auxílio emergencial teve efeitos positivos para a popularidade de Bolsoanro.

 “Quem está na cadeira de presidente, prefeito ou governador sempre larga em uma posição favorável porque tem a máquina na mão, tem a estrutura pública na mão e tem condições de entregas para a população”, diz Garcia. Ele lembra que nenhum presidente brasileiro que se candidatou à reeleição perdeu a disputa. 

Maurício destaca que a inflação e o empobrecimento da população, aliados aos desgastes políticos com a CPI e denúncias de corrupção, têm enfraquecido o nome de Bolsonaro para 2022. “O governo Bolsonaro está perdido”, diz Maurício.

Um governo perdido, segundo o pesquisador, mas que continua vivo na disputa eleitoral. “O governo Bolsonaro está morto? Não necessariamente ainda. Quem está com a caneta na mão e com a chave do cofre  pode se recuperar. A gente viu isso durante todo o ano de 2020 justamente com o auxílio emergencial”, lembra o sociólogo.

“Ficou muito claro que durante a distribuição do auxílio emergencial a avaliação positiva do governo Bolsonaro se elevou justamente nas camadas mais baixas da população. Ele conseguiu fazer isso. Precisa ver se o governo terá dinheiro, cacife e possibilidades políticas agora”, diz.

O levantamento do Datafolha foi realizado na quarta (7) e quinta-feira (8).Foram ouvidos 2.074 eleitores no Brasil de forma presencial. Atrás de Bolsonaro, em níveis de rejeição, aparecem: o ex-presidente Lula (59%), o governo João Doria (37%), os ex-ministros Ciro Gomes (31%) e Henrique Mandetta (23%), além de Eduardo Leite (21%). 

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André Mendonça ao STF é “muito ruim”, avalia procurador https://canalmynews.com.br/politica/indicacao-de-andre-mendonca-ao-stf-e-muito-ruim-avalia-procurador/ Wed, 07 Jul 2021 00:58:12 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/indicacao-de-andre-mendonca-ao-stf-e-muito-ruim-avalia-procurador/ Indicação deixa claro que presidente Bolsonaro quer no STF “alguém que cumpra suas vontades”, analisa presidente do Movimento Ministério Público Democrático

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A indicação do advogado-geral da União, André Mendonça, para vaga do Supremo Tribunal Federal (STF) deixa claro que o presidente Jair Bolsonaro busca um nome na Corte que responda a seus interesses. Essa é a avaliação de Ricardo Prado, presidente do Movimento do Ministério Público Democrático. 

“O que fica claro é que você tem um presidente que quer alguém que cumpra as suas vontades. E não é isso que se espera de um ministro da Suprema Corte. Você precisa de uma pessoa que tenha independência para poder julgar de acordo com a legislação e de acordo com o que é o melhor para o país, não de acordo com o interesse de uma pessoa por mais relevante que seja seu cargo”, avalia Prado, que é procurador da Justiça e professor-convidado de Direito Penal da Escola Superior do Ministério Público. 

Em reunião nesta terça-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro afirmou a ministros que vai indicar o advogado-geral da União, André Mendonça, para o Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi revelada mais cedo pelo jornalista Lauro Jardim, do “O Globo”.

Em entrevista ao Dinheiro Na Conta, Prado avalia a indicação como “muito ruim”. Ele lembra que a Constituição estabelece os requisitos para indicação ao Supremo Tribunal Federal: notável saber jurídico e reputação ilibada. “Não existe nada sobre a questão da opção religiosa. Nós temos há muitos anos essa separação da religião e Estado. É necessário preservar isso”, afirma ele.

Para Ricardo Prado, a indicação de Mendonça ao Supremo demonstra também a necessidade de serem buscadas outras soluções que garantam a independência do judiciário. “Isso é fundamental para qualquer sistema de justiça. Você precisa do juiz independente e imparcial. Sem isso, você não terá uma justiça de qualidade, minimamente eficiente”, diz ele. 

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“Não teremos aumento de carga tributária”, diz Lira sobre reforma https://canalmynews.com.br/economia/nao-teremos-aumento-de-carga-tributaria-diz-lira-sobre-reforma/ Wed, 07 Jul 2021 00:16:40 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/nao-teremos-aumento-de-carga-tributaria-diz-lira-sobre-reforma/ Presidente da Câmara defende tributação de dividendos e diz que vai trabalhar para aprovação de reforma sem “sanha arrecadatória”

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu nesta terça-feira (6) a aprovação do texto da reforma tributária enviada pelo governo sem o que chamou de “sanha arrecadatória”. A segunda parte do texto, com mudanças no Imposto de Renda, foi entregue pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, no último dia 28.

Em entrevista à rádio Jovem Pan, Lira disse que irá trabalhar para aprovação de uma reforma que seja “neutra”. Ele negou que o texto leve a um aumento da carga tributária no país.

“Não teremos aumento de carga tributária. Pelo contrário, vamos trabalhar para que a reforma seja neutra, sem a sanha arrecadatória da Receita. Às vezes, um Projeto de Lei é feito pelo governo a várias mãos e, nesse aspecto, ele pode chegar aqui com algumas disparidades”, afirmou.

O deputado defendeu  ainda a proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de tributar lucros e dividendos em 20%. A ideia teve recepção negativa entre o mercado financeiro e investidores. Para o presidente da Câmara, “os empresários não podem aproveitar a disparidade de alguma alíquota que venha, de alguma dosagem de imposto, para não pagar dividendos”.

Na segunda (13), diante da reação negativa à reforma, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que pode corrigir eventuais excessos no projeto. Tanto o governo quanto Lira esperam votar o texto antes do recesso parlamentar de julho, que começa no próximo dia 18. 

“Não parece ser uma reforma”

Para o CIO do CA Indosuez no Brasil, Fábio Passos, o texto apresentado pelo governo acaba, no fim, levando a um aumento da carga tributária.
“Não parece ser uma reforma, mas sim uma forma de tributar de maneira diferente a produção local”, afirma.

Ele explica que a reação negativa entre o mercado financeiro e investidores vem da percepção de que o texto aumentar a carga de impostos no país e não traz desonerações.“No final do dia parece mais um arremedo de reforma do que reforma de fato. Você tem um discurso de tributar dividendos, tributar o grande capital, quando parece que na verdade o governo está tentando aumentar mais a arrecadação do que qualquer outra coisa”, diz ele. 

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Venda de carros elétricos dispara no mundo: e o Brasil? https://canalmynews.com.br/economia/venda-de-carros-eletricos-dispara-no-mundo-e-o-brasil/ Fri, 02 Jul 2021 23:02:11 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/venda-de-carros-eletricos-dispara-no-mundo-e-o-brasil/ Vendas crescem na Europa e já reduzem emissões de C02. Nos EUA, plano de infraestrutura verde de Biden prevê US$ 164 bilhões para mobilidade elétrica.

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Um relatório da Agência Europeia do Meio Ambiente (AEE) divulgado nesta semana mostra que um em cada nove carros novos vendidos na Europa é elétrico ou híbrido. A tendência crescente no continente europeu já teve efeitos na derrubada de 12% nas emissões de CO2 de novos veículos. 

Nos Estados Unidos, o plano de investimentos apresentado pelo presidente Joe Biden com foco na descarbonização da economia americana prevê estímulos para o crescimento do setor. Do pacote de US$ 2 trilhões, US$ 164 bilhões são destinados à mobilidade elétrica. 

No Brasil, apesar de avanços recentes, os consumidores enfrentam desafios para a compra do modelo, como os preços elevados e a falta de infraestrutura para os veículos. Em abril, em relação a todo o mercado de automóveis, os elétricos representaram apenas 1,6% das vendas no país.De janeiro a abril de 2021, segundo a Associação de Veículos Elétricos, foram emplacados 7.290 veículos eletrificados, melhor quadrimestre da história para o setor e uma alta de 29,4% em relação ao mesmo período do ano passado.  O cálculo leva em consideração os modelos leves híbridos, os híbridos tipo plug-in e os elétricos a bateria.

“O Brasil está bem atrás na infraestrutura para atender sua frota, que hoje é pequena, em torno de 50 mil veículos. Seria necessária uma infraestrutura seis vezes maior, quando a gente olha para os mercados mais maduros”, avalia Pedro de Conti, sócio da Tupinambá Energia, empresa operadora de Infraestrutura de Eletroabastecimento. “É papel das empresas e do governo apoiar essa estrutura”, afirma.

Sobre os preços altos para os consumidores, em torno de R$ 130 mil, ele acredita que a tendência é de barateamento do modelo. “A gente acredita bastante que a mobilidade elétrica não é algo que é para ser um luxo, para poucos. Vai ser algo que com certeza vai alcançar as diferentes classes”, diz ele.

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Criação de imposto global tem apoio de 130 países, anuncia OCDE https://canalmynews.com.br/economia/criacao-de-imposto-global-tem-apoio-de-130-paises-anuncia-ocde/ Fri, 02 Jul 2021 22:33:16 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/criacao-de-imposto-global-tem-apoio-de-130-paises-anuncia-ocde/ Avanço das negociações para criação tributação mundial deve acontecer em reunião do G20 na próxima semana

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A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) anunciou nesta quinta-feira (1) um acordo histórico entre 130 países para uma reforma tributária em âmbito global com foco nas empresas multinacionais. Com apoio do Brasil, o pacto inclui a adoção de um imposto mínimo de ao menos 15% sobre os lucros de empresas multinacionais, incluindo as big techs, gigantes da tecnologia. O acordo entre as nações abrange 90% do PIB mundial, de acordo com a OCDE.

Segundo a Organização, o pacto é um passo inicial para trazer mais estabilidade para o sistema tributário internacional em relação às grandes empresas, incluindo as digitais. Países hoje considerados paraísos fiscais para as multinacionais, como Irlanda e Hungria, se opõem à proposta.

A expectativa é que o encontro de ministros das Finanças do G20, que acontece na próxima semana, traga novos avanços nas negociações. 

Para Christian Perrone, coordenador da área de Direitos e Tecnologia do ITS Rio, o tema vai definir as próximas décadas para as empresas de atuação global. “A ideia principal é tentar enquadrar principalmente as empresas de tecnologia que tendem a direcionar sua renda para países com menos imposto. Essa é a tendência. Se os países vão conseguir ou não, é outra história”, afirma, em entrevista ao Dinheiro Na Conta.

Sobre as dúvidas que ainda estão em aberto sobre o novo imposto, ele destaca a incidência dele ou não sobre empresas do setor financeiro e também a aplicabilidade da proposta internamente para os países que apoiam o imposto. “Não seria a primeira vez que os Estados Unidos vai a frente em uma negociação, puxa o restante dos países do mundo, e depois tem uma negativa do Congresso”, diz.

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Guedes comemora resultado do Caged e diz que recuperação “é abrangente” https://canalmynews.com.br/economia/guedes-comemora-resultado-do-caged-e-diz-que-recuperacao-e-abrangente/ Thu, 01 Jul 2021 22:53:16 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/guedes-comemora-resultado-do-caged-e-diz-que-recuperacao-e-abrangente/ País abriu 280 mil vagas com carteira assinada em maio, enquanto desemprego medido pelo IBGE é recorde

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou nesta quinta-feira (1) a divulgação de dados de maio sobre criação de vagas formais de emprego no país. O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) teve um saldo positivo de 280.666 novas vagas com carteira assinada, resultado da diferença entre 1.548.175 admissões e 1.268.049 desligamentos no período.

Segundo o ministro, o dado representa uma “excelente notícia”, que demonstra uma recuperação da atividade econômica. “Está confirmada que a recuperação da economia brasileira é bastante abrangente e o ritmo está bastante rápido”, afirmou o ministro na divulgação das informações.

De acordo com o Caged, o Brasil tem um saldo de 1.233.372 empregos com carteira no ano de 2021. Os melhores resultados para maio se concentram em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Segundo o balanço, as cinco atividades pesquisadas fecharam o mês com saldo positivo. O destaque ficou com o setor de Serviços, em que foram criadas 110.956 novas vagas.

Desemprego pelo IBGE é recorde

Na véspera, o IBGE divulgou o resultado da Pnad Contínua para o trimestre encerrado em abril. A pesquisa indica que o Brasil manteve o nível recorde do desemprego, com taxa de 14,7% – a maior desde o início da pesquisa, em 2012. São 14,8 milhões de pessoas em busca de trabalho no país. Diferente do Caged, a pesquisa do IBGE leva em conta vagas formais e informais.

“A verdade é que a recuperação do mercado de trabalho tem sido bastante lenta. Os dados do Caged mostram uma recuperação muito mais vigorosa, mas eu tenho uma certa desconfiança, é uma pesquisa nova”, avalia o economista Alexandre Schwartsman, em entrevista ao Dinheiro Na Conta.

O ex-diretor do Banco Central destaca que as mudanças na metodologia da pesquisa do Caged realizadas no início de ano geram dúvidas sobre o balanço. Ele lembra que a recuperação do mercado de trabalho depende da retomada do setor de Serviços, que responde pelo maior parte dos empregos no país.

“Serviço é o setor mais intensivo em trabalho, mas é o mais afetado pela necessidade de distanciamento social. Mesmo com a vacinação, é um segmento que ficou para trás, o que acaba prejudicando a questão da criação do emprego, embora o PIB tenha ido bem”, diz o ex-diretor do Banco Central. 

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Bitcoin volta aos US$ 36 mil e recupera parte das perdas https://canalmynews.com.br/economia/bitcoin-volta-aos-us-36-mil-e-recupera-parte-das-perdas/ Wed, 30 Jun 2021 00:26:45 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/bitcoin-volta-aos-us-36-mil-e-recupera-parte-das-perdas/ O ativo voltou aos US$ 36 mil nesta terça-feira (29) em meio a incertezas vindas da China

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Depois de chegar ao preço mais baixo desde janeiro, o bitcoin voltou nesta terça-feira (29) ao patamar dos US$ 36 mil e chegou a ter alta superior a 5% durante o dia. O ativo, que é referência entre as criptomoedas, afundou na última semana depois da China anunciar novas restrições à negociação de ativos no país.

Na última segunda-feira (21), o banco central chinês proibiu bancos e plataformas de pagamento como a Alipay, do gigante Ant Group, de fornecer serviços de comércio ligados às criptomoedas. Os preços da moeda caíam para menos de US$ 30 mil com a pressão do país para reprimir a compra e venda das moedas digitais.

“A principal preocupação da China é a realização de operações financeiras realizadas fora do controle do Banco Central Chinês, o que acaba sendo facilitado pelo bitcoin, visto que não é possível que o governo de Pequim tenha qualquer influência sobre esse mercado”, explica João Paulo Oliveira, fundador do NOX Bitcoin, em entrevista ao Dinheiro na Conta

Ele explica que depois do ativo atingir o valor histórico em 2021 de US$64 mil, as notícias negativas no setor afetaram a confiança dos consumidores.
“O mercado de bitcoin é muito volátil, baseado nas expectativas e muito influenciado pelos sentimentos das pessoas”, lembra. 

Além da China, Oliveira lembra também das declarações de Elon Musk sobre o bitcoin que ajudaram a empurrar o preço da moeda para baixo. “Alguns analistas ainda apostam que o bitcoin pode chegar aos US$100 mil. Vale sempre lembrar, no entanto, que esse é um mercado de muito risco”, ressalta.

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Inflação medida pelo IGP-M sobe menos em junho, mas passa dos 35% em 12 meses https://canalmynews.com.br/economia/inflacao-medida-pelo-igp-m-sobe-menos-em-junho-mas-passa-dos-35-em-12-meses/ Tue, 29 Jun 2021 23:30:09 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/inflacao-medida-pelo-igp-m-sobe-menos-em-junho-mas-passa-dos-35-em-12-meses/ Índice medido pela FGV teve alta de 0,60% em junho, depois de avançar mais de 4% em maio. Queda do dólar e recuo no preço das commodities ajudaram a reduzir ritmo de alta do Índice.

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O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado)  encerrou o mês de junho com alta de 0,60%, segundo informou nesta terça-feira (29) a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o menor resultado desde junho de 2020. O resultado representa ainda uma desaceleração do Índice que encerrou junho com avanço de 4,10%. 

Apesar da redução no ritmo de alta, o IGP-M acumula alta de 35,75% em 12 meses e de 15,08% desde o início de 2021.  O Índice costuma ser usado para a correção dos preços dos contratos de aluguel. Entre os fatores que influenciaram o ritmo menor de alta em junho, estão a queda do dólar frente ao real e o recuo nos preços das commodities como milho, soja e minério de ferro. 

Segundo André Braz, Coordenador dos Índices de Preços da FGV, o dólar mais baixo e as commodities mais baratas acabam trazendo alívio para os Índice de  Preços aos Produtores (IPA), que representa 60% do IGP-M. De 5,23%, o IPA passou para 0,42%. “Com os preços das commodities recuando em dólares e o câmbio valorizando, o IGP-M tende a devolver um pouco as altas dos últimos meses. Mas, mesmo que caia, precisaria de uma sucessão grande de taxas negativas para que ele de fato antecipasse algum efeito que o consumidor vai perceber no produto final”, explica o economista.

Apesar do alívio em junho, ele lembra que o preço elevado das matérias-primas, que acumulam alta de mais de 70% – ainda deve pressionar os produtores nos próximos meses, cenário que pode ser intensificado pela crise hídrica e a retomada econômica. Segundo Braz, “a desaceleração do IPA não antecipa a desaceleração da inflação para o consumidor”. 

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Guedes entrega segunda etapa da reforma tributária, com mudanças no IR https://canalmynews.com.br/economia/guedes-entrega-segunda-etapa-da-reforma-tributaria-com-mudancas-no-ir/ Fri, 25 Jun 2021 23:49:42 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/guedes-entrega-segunda-etapa-da-reforma-tributaria-com-mudancas-no-ir/ Proposta que aumenta faixa de isenção do Imposto de Renda de pessoa física para R$ 2,5 mil pode beneficiar mais de 5,6 milhões de pessoas, segunda Receita Federal

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, entregou nesta sexta-feira (25) ao Congresso a nova etapa da Reforma Tributária. O texto corrige em 31% a faixa de isenção do Imposto de Renda de pessoa física, que passa de R$ 1.903,98 para R$ 2,5 mil. 

Segundo a Receita Federal, mais de 5,6 milhões de atuais contribuintes seriam considerados isentos com a mudança. A correção da tabela do Imposto de Renda atinge também as demais faixas, que tiveram correção de uma proporção menor, cerca de 13%. Isso significa que, caso aprovadas, as alterações terão efeitos para todos os contribuintes.

O projeto responde parcialmente às promessas de campanha do então candidato Jair Bolsonaro. O presidente fala em isentar aqueles que ganham até cinco salários mínimos (cerca de R$ 5.500). A proposta de Guedes fica abaixo da metade do valor (R$2.500).

Além do IR das pessoas físicas, o texto propõe ainda a redução da tributação incidente sobre as empresas, o retorno da taxação de lucros e dividendos e a redução da alíquota do Imposto de Renda para as empresas, que hoje é de 15%. Segundo a Receita, a proposta é que a alíquota caia para 12,% em 2022, chegando a 10% em 2023. Para as empresas de maior parte, a tributação atual é de cerca de 34%.

Para o advogado tributarista e professor da FGV Direito SP, Carlos Eduardo Navarro, as mudanças são positivas, mas tímidas.“Algumas mudanças são importantes, são necessárias, mas ainda tímidas para acabar com esse modelo tão regressivo no Brasil, em que as pessoas pobres pagam proporcionalmente muito mais tributos do que as pessoas ricas. Nós não atingimos isso na primeira fase e agora nesta segunda fase, sobre tributação da renda, também não encontramos tantos mecanismos assim”, avalia ele, em entrevista Dinheiro na Conta. “Mesmo a atualização da tabela do Imposto de Renda foi feita de uma forma bastante tímida”, acrescenta.

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Guedes promete aumentar faixa de isenção do IR e tributar lucros e dividendos https://canalmynews.com.br/economia/guedes-promete-aumentar-faixa-de-isencao-do-ir-e-tributar-de-lucros-e-dividendos/ Thu, 24 Jun 2021 21:13:09 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/guedes-promete-aumentar-faixa-de-isencao-do-ir-e-tributar-de-lucros-e-dividendos/ Ministro entrega segunda fase da Reforma Tributária à Câmara dos Deputados nesta sexta-feira (25)

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O Ministério da Economia marcou para esta sexta-feira (25) a entrega à Câmara dos Deputados da segunda fase da Reforma Tributária, que vai tratar de ajustes no Imposto de Renda para pessoas físicas e jurídicas. Em nota, a pasta informa que o texto será entregue pessoalmente pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Nesta quarta-feira (23), em videoconferência com empresários, o ministro afirmou que a equipe econômica pretende ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física e retomar a tributação de lucros e dividendos.

Estão isentos atualmente do IR aqueles que recebem salário de até R$ 1.903,98. Segundo Guedes, esse patamar pode subir para R$ 2,3 mil. “Na pessoa física, vamos pegar os impostos – seja esse aumento de arrecadação, seja o imposto sobre dividendos –, vamos pegar isso e transformar em desoneração lá em baixo, em aumento da faixa de isenção. Uma pessoa que ganha R$ 1.900, R$ 2.000, R$ 2.100, R$ 2.300 de salário, tem de estar isento”, afirmou o ministro. 

Para compensar o aumento da isenção, a proposta de Guedes é retomar a tributação sobre lucros e dividendos de empresas a pessoas físicas, imposto que existiu até 1996. “Vamos pegar 8 milhões de brasileiros e de repente quase duplicar essa faixa de isenção dos mais frágeis, porque nós estamos tributando lá em cima”, explicou o ministro, em referência à tributação dos dividendos.

Para o advogado André Mendes Moreira, professor de Direito Tributário da UFMG, e sócio do escritório Sacha Calmon, Misabel Derzi (SCMD), a faixa de isenção proposta pelo ministro ainda é baixa. “O salário mínimo calculado pelo DIEESE para uma família subsistir com dignidade hoje é de mais de R$ 5 mil”, lembra ele, em entrevista ao Dinheiro Na Conta.

Sobre a tributação de lucros e dividendos, Moreira explica que o objetivo da isenção era incentivar o empreendedorismo, retirando o ônus de serem duplamente tributados.“A dupla tributação da renda das empresas foi eliminada em 1996 com a isenção de Imposto de Renda sobre lucros e dividendos distribuídos. Isso veio num movimento de incentivo a formalização de empresas no Brasil”, diz ele.

“O ministro quer voltar ao cenário anterior, com a tributação de 15% a 20% do lucro distribuído às empresas. A contrapartida que se coloca seria uma redução em 5% da alíquota cobrada pelas empresas. Em troca de uma redução de 5% no IR das empresas, haveria uma nova tributação, sobre essa mesma renda, quando distribuída aos sócios, de 15% a 20%”, avalia.

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