Arquivos Cultura - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/cultura/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Sat, 16 Nov 2024 19:59:33 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Marcelo Rubens Paiva: ‘Classe artística foi massacrada por Temer e Bolsonaro’ https://canalmynews.com.br/opiniao/classe-artistica-foi-massacrada-por-temer-e-bolsonaro-relembre-entrevista-de-marcelo-rubens-paiva/ Fri, 15 Nov 2024 20:51:19 +0000 https://localhost:8000/?p=48557 Para o escritor, dramaturgo e jornalista, lidar com a ameaça iminente que colocava em risco o futuro de sua profissão foi a parte mais difícil de atravessar os dois governos

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A classe artística foi massacrada durante os governos de Michel Temer (MDB-SP) e de Jair Bolsonaro (PL-RJ). Foi o que afirmou o escritor, dramaturgo e jornalista Marcelo Rubens Paiva, que conversou com o MyNews em fevereiro de 2022. Mais de dois anos depois da entrevista, as salas de cinema de todo Brasil estão lotadas para a exibição de Ainda estou aqui, filme baseado na autobiografia de mesmo nome escrita por ele.

À jornalista Myrian Clark, Rubens Paiva contou que, desde o fim do governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT-MG), recebeu diversos ataques nas redes sociais, mas que nunca deu muita importância para esse tipo de “cancelamento” digital. Para ele, lidar com a ameaça iminente que colocava em risco o futuro de sua profissão foi a parte mais difícil de atravessar esse período.

“A classe artística vem sendo massacrada desde o fim do governo Dilma e início do governo Temer, e agora com Bolsonaro”, disse o escritor, que trouxe à tona as “intervenções” da Agência Nacional do Cinema (Acine) e o repúdio dos bolsonaristas com relação às leis de incentivo à cultura, em especial a Lei Rouanet. “Esse tipo de lei é algo completamente normal em qualquer país, todos os países têm leis desse tipo. Inclusive, é até uma lei liberal, pois busca patrocinar a cultura por meio do empresariado.”

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Os governos Temer e Bolsonaro, especialmente a gestão do ex-presidente do PL, ficaram marcados pelo desmonte do setor cultural. A extinção do Ministério da Cultura, o desmonte da Ancine, além de acusações de censura e polêmicas envolvendo citações nazistas e alusões à ditadura militar, foram alguns dos episódios que mancharam a história da cultura brasileira entre os anos de 2018 e 2022.

Em janeiro de 2020, em um dos casos mais emblemáticos ocorridos no governo Bolsonaro, o então secretário de Cultura do Governo, Roberto Alvim, fez um discurso semelhante ao de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda do líder nazista Adolf Hitler. Em meados do século 20, Goebbels afirmou que a “arte alemã da próxima década será heroica” e “imperativa”. Alvim, por sua vez, disse que a “arte brasileira da próxima década será heroica” e “imperativa”. Após a repercussão negativa do caso, Bolsonaro decidiu exonerá-lo do cargo.

Ainda estou aqui

Dirigido por Walter Salles e protagonizado por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, Ainda estou aqui é ambientado na época da ditadura militar no Brasil. O filme gira em torno de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres), mãe de Marcelo Rubens Paiva, que se vê obrigada a assumir sozinha a criação dos cinco filhos e se reinventar como ativista depois de um evento traumático.

Em 1971, o marido de Eunice, Rubens Paiva (interpretado por Selton Mello), foi levado para interrogatório pelos militares e, sob a custódia dos agentes, desapareceu sem deixar rastros. A morte dele fora confirmada só 40 anos depois, graças às investigações da Comissão Nacional da Verdade (CNV). O órgão foi criado no governo Dilma com o intuito de apurar as graves violações de direitos humanos ocorridas no Brasil entre 1946 e 1988, em especial no período da repressão.

A estreia de Ainda estou aqui ocorreu no Festival de Veneza, em 1º de setembro de 2024 e, na ocasião, foi aplaudido por dez minutos consecutivos pelo público. Depois, foi exibido em diversos outros vários festivais renomados, como Cannes e Veneza, onde foi igualmente bem recebido. Após ganhar destaque global, o longa foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais (ABCAA) para representar o Brasil no Oscar em 2025 na categoria “Melhor filme internacional”.

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Beija-Flor recebeu R$ 8 milhões de Maceió e teve Arthur Lira no desfile https://canalmynews.com.br/noticias/beija-flor-recebeu-r-8-milhoes-de-maceio-e-teve-arthur-lira-no-desfile/ Thu, 15 Feb 2024 05:11:03 +0000 https://localhost:8000/?p=42390 A escola homenageou Benedito dos Santos e teve patrocínio de R$ 8 milhões da prefeitura de Maceió - capital do reduto eleitoral de Lira

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Neste ano, a Beija-Flor virou tema polêmico no carnaval, mas não foi pela homenagem a Maceió e a Benedito Santos. E sim pela presença do presidente da Câmara dos deputados, Arthur Lira (PP-AL), que desfilou pela diretoria da escola acompanhado do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, e do presidente de honra da Beija-flor e o conhecido ex-bicheiro do Rio de Janeiro, Anísio Abrão David. A folia contou também com um patrocínio de R$ 8 milhões da prefeitura da capital de Alagoas – reduto eleitoral de Lira – à agremiação, para “divulgar a cultura musical e artística popular e folclórica”

Ao comentar a homenagem em publicação feita nas redes sociais, o presidente da Câmara afirmou que o desfile foi histórico para o estado de Alagoas e que a ação “fortalece o incentivo ao turismo e gera renda para os alagoanos”. E não economizou em fotos e vídeos para marcar sua passagem pela Sapucaí:

Segundo dados do portal da transparência municipal, Maceió já empenhou para a agremiação quatro parcelas de R$ 1,6 milhão, somando R$ 6,4 milhões. Em nota, a prefeitura disse que não utilizou verba de emendas parlamentares e o governo municipal declarou que “o investimento da Secretaria teve por objetivo incentivar e fomentar a cultura local, bem como o turismo na capital alagoana”.

No programa Pergunte ao Kotscho, do Canal MyNews no YouTube, o jornalista Ricardo Kotscho declarou achar o movimento de Arthur Lira “um vexame”, considerando todo o contexto político. Confira:

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Livro “O Diabo” | Edin Sued Abumanssur https://canalmynews.com.br/lojinha-dos-membros/livro-o-diabo-edin-sued-abumanssur/ Sun, 21 Jan 2024 02:42:38 +0000 https://localhost:8000/?p=42086 Você precisa ler este livro para exorcizar seus próprios demônios

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Por que você deve ler este livro? Em primeiro lugar, para entender as suas próprias raízes culturais e espirituais. E não se iluda: mesmo que ateu, você tem dívidas a pagar com o cristianismo. O legado cristão, que conformou o ocidente, é marcado em extensão e profundidade pela presença do Tinhoso. Ele está presente nas raízes daquilo que entendemos por Justiça e por Direitos Humanos. Nossas lutas por equidade de raça, de gênero e por um desenvolvimento sustentável têm as digitais do diabo; aquilo que entendemos por liberdade e democracia, querendo ou não, gostando ou não, foi construído nos embates entre uma ordem cada vez mais secular e uma igreja que ameaçava a tudo e a todos com os tormentos do inferno. Em segundo lugar, ler para entender como o diabo continua presente em nosso cotidiano, às vezes de forma explícita como no catolicismo popular e nas falas de crentes e pastores das igrejas pentecostais. Às vezes de forma velada e sutil na banalidade do comportamento que destrói vidas e o meio ambiente. Tudo isso, fruto de pactos e acordos estabelecidos com o Capiroto. Finalmente, você precisa ler este livro para exorcizar seus próprios demônios.

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Saiba mais sobre o livro em conversa com o autor, o cientista social e professor da PUC de São Paulo, Edin Sued Abumanssur:

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Ainda não li, mas o novo livro de Mario Prata, “uma quase autobiografia”, promete ser o lançamento do ano https://canalmynews.com.br/balaio-do-kotscho/ainda-nao-li-mas-o-novo-livro-de-mario-prata-uma-quase-autobiografia-promete-ser-o-lancamento-do-ano/ Sat, 30 Sep 2023 16:13:34 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40155 Vem aí um livrão, com certeza.

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Vem aí um livrão, com certeza. Criador de 687 personagens em seus 23 livros, 10 peças de teatro, 6 telenovelas, 5 séries e mais de três mil crônicas, o jornalista, escritor e noveleiro Mario Prata é ele próprio o melhor personagem criado em sua já longeva carreira de contador de histórias.

“Pelo Buraco da Fechadura – Eu vi um Baile de Debutantes – Uma quase autobiografia” (Geração Editorial, 400 páginas) tem lançamento marcado para o dia 26 de outubro, com debate entre o autor e o escritor Fernando Morais, meus companheiros de divertidas temporadas no Spa São Pedro, em Sorocaba (SP). Como Pratinha é um gozador nato, melhor seria chamar o livro de “antibiografia”, pois ele é capaz de rir dele mesmo.

Tive o privilégio de conviver com os dois em algumas destas temporadas no Spa do doutor Chico, que ficou nosso velho amigo. Até fizemos lançamentos de livros lá. Eles eram como Gordo e o Magro, cada um levado para lá por razões diferentes. O Gordo, Morais, estava gordo mesmo e precisava emagrecer. Mas o que fazia lá o magérrimo Pratinha? Ia pra lá para… escrever e “fazer um detox”. Boêmio profissional, vrava um monge abstêmio. Parecia debochar dos outros pacientes com a simples presença naquele lugar, tamanho era o contraste de barrigas, que inspiraram dois livros seus de sucesso: “O Diário de um Magro I e II”. 

Faz muito tempo que Pratinha foi morar em Santa Catarina, na beira do mar de Florianópolis, um doce exílio para quem vive de escrever, mas nem sabia que ele trabalhava num novo livro que está chegando agora às livrarias, vendido a algo em torno de 80 reais, um preço módico para o que a mercadoria promete. 

“Com toques de incrível humor e comovente ternura, Mário Prata conta suas memórias de um jeito absolutamente extraordinário. Um resgate muito pessoal de um período rico da nossa vida cultural. É como se estivesse nos contando sua história e a do Brasil numa mesa de bar”, escreveu sobre o livro o editor Luiz Fernando Emediato, também jornalista e meu amigo. 

Fiquei sabendo da boa novidade pelo O Sol, o excelente jornal pessoal do Alberto Villas, outro amigo, uma newsletter político-cultural que nos traz os principais fatos do dia comentados logo cedo. Sou bom de amigos… Villas ficou encantado com o livro:  

“São historinhas, uma mais deliciosa que a outra. Ele conta suas aventuras de infancia, na rua, na mesa do jantar, nas redações por onde andou, nas escolas por onde passou, além dos 687 personagens, com detalhes preciosos e muito humor”.  

É um livro bem familiar, como show do Gilberto Gil, revela a filha Maria Prata, autora da orelha, também jornalista e consultora de moda da Globo, onde o irmão Antonio ficou com a vaga do pai nas novelas, depois de auxiliá-lo em “Bang-Bang”.

A orelha de Maria Prata:

“Com esta orelha aqui, somam-se nove na criação deste livro: um par do meu pai, o autor, outro do Pedro, meu irmão que assina a foto dele, mais um do Antonio, o irmão do prefácio, as minhas duas, claro, e essa, de papel mesmo, que você tem em mãos. Estou aqui contando orelhas porque é a primeira vez que meu pai junta os filhos para estarem com ele em um livro. E faz todo o sentido, uma vez que o livro são as memórias dele. E que memórias! Meu pai, assim como grande parte da família Prata é um exímio contador de histórias. Passei parte da vida, portanto, ouvindo muitas das que estão aqui – e outra parte vivendo algumas delas. Desde que me entendo por gente, quando estou com meu pai, uma cena se repete: ele sentado, falando, falando, e um tanto de gente em volta, atenta. E gargalhadas. Este livro é como ter meu pai nas mãos. Ele aqui comigo, com você, contando suas histórias. Mas agora, além de fazer você gargalhar, também vai surpreende-lo, relembrar, aprender, e até mesmo faze-lo chorar, quem sabe? O livro tem histórias incríveis, que falam com todo mundo – a da batalha da Maria Antonia e outros momentos da ditadura, por exemplo. Mas muitas outras, bastante pessoais, que não interessariam a ninguém, não fosse o faro fino que o autor tem para o que nasce para ser contado – se bem contado., claro. E isso ele faz como ninguém. Poder ter Mario Prata te contando histórias assim, ao pé da(ih, mais uma) orelha, é privilégio. Boa leitura!”.

É verdade, Maria. Sou testemunha disso. 

Vida que segue. 

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Sinônimo de coletividade, isso é o hip hop https://canalmynews.com.br/mais/sinonimo-de-coletividade-isso-e-o-hip-hop/ Fri, 01 Sep 2023 19:07:52 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=39279 Há 50 anos, acontecia a festa que mudaria a história da cultura

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Foi lá no Bronx, durante os anos 70, que o DJ Kool Herc resolveu dar uma festa e teve a brilhante ideia de mixar estilos e trazer ao mundo uma nova forma de  ver a música. Desde então, o som é a base do hip hop, é o resultado da combinação da voz dos MC’s com o beat dos DJ’s, mas além disso, é a peça-chave para a dança dos bboys e das bgirls, e ainda é a trilha sonora dos grafiteiros.

Se o som que representa o hip hop é o rap, o breaking pode ser interpretado como o “rap dançado” e o grafitti seria o “rap pintado”, cada um em sua forma, trazendo a leveza das letras que muitas vezes são um grito que estava guardado no coração do poeta, porque rap também é poesia.

O hip hop é a transformação de São Paulo, essa cidade cheia de sons diferentes, mas que respira a arte e a diversidade das cores em seus prédios e avenidas. E nessa metrópole, o legado da cultura que veio do Bronx é inestimável.

É impossível falar do hip hop sem mencionar a palavra coletividade, porque o pensar do hip hop é coletivo, os MC’s falam não só por eles, mas por meio da voz faz a tradução de  sentimentos e revoltas guardadas dentro de uma parte marginalizada dessa loucura que chamamos de mundo. Vemos coletividade nas batalhas de breaking onde, mesmo sem perceber, estão uns torcendo pelos outros de maneira sincera. Porque, afinal, batalha é só um termo, o nome desse rolê devia ser festa. 

E falando em festa, não tem como não lembrar do DJ quando pensamos em coletividade, é ele quem pensa em todos quando toca um som e fica feliz quando vê a galera reagindo a uma música “pesada”. E o grafitti, se mostra coletivo a todo momento, quando o artista faz seu desenho pensando em cada um que vai passar pela rua que vai receber aquela obra. O hip hop é coletivo, por isso as histórias precisam ser compartilhadas, para fortalecer todos aqueles que ainda estão começando essa luta.

O “beat” traça histórias de pessoas que contribuem e vivem para que o hip hop permaneça vivo e crescendo cada vez mais. São jovens e adultos de todos os gêneros, pessoas que, independentemente dos rumos que tomaram em suas vidas, tiveram o hip hop como ponto de partida para dar passos largos em busca de seus ideais. E o berço dessa cultura é o pátio da estação São Bento do Metrô de São Paulo, o coração do movimento, um ponto de encontro para os artistas. Muitas das histórias se cruzam e, em algum momento, se encontram neste local.

E não posso deixar de contar que foi por meio da dança que o hip hop me cativou. São nos estúdios de dança que os movimentos contam histórias e passam a fazer parte do que somos, mas é no palco que a gente consegue traduzir todas aquelas horas incansáveis de ensaios e ver a reação de cada um ao serem tocados pelas vivências que são movidas por esse amor, o amor pela arte. 

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Filmes para entender o golpe de Estado no Chile https://canalmynews.com.br/coluna-da-sylvia/filmes-para-entender-o-golpe-de-estado-no-chile/ Thu, 31 Aug 2023 12:14:31 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=39243 Para ajudar a refletir sobre a época, segue a recomendação de 5 filmes, entre clássicos e novidades, que reconstroem a época segundo distintos aspectos

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O golpe de Estado do Chile completa 50 anos no próximo dia 11 de setembro, num momento delicado do governo do esquerdista Gabriel Boric, que começou sua carreira política evocando a figura de Salvador Allende, o presidente socialista que foi derrotado e que se suicidou após o bombardeio do palácio de La Moneda. Este capítulo foi o início da sangrenta ditadura militar chilena (1973-1990), que deixou mais de 3 mil desaparecidos. Para ajudar a refletir sobre a época, segue a recomendação de 5 filmes, entre clássicos e novidades, que reconstroem a época segundo distintos aspectos.

A lista

“Missing” (Costa-Gravas, 1982) – Filme clássico com Jack Lemmon e Sissy Spacek, baseado numa história real, a do jornalista norte-americano Charles Horman, que desapareceu logo após o golpe de 1973. Seu pai e sua mulher o buscam por todas as partes, mas nunca o encontram. O filme, que ganhou a Palma de Ouro em Cannes, foi banido no Chile até o fim da ditadura, em 1990.

“Aranha” (Andrés Wood, 2019) – Protagonizada por Mercedes Morán, María Valverde e Marcelo Alonso, conta a história de um trio amoroso que compartilha, na juventude, a militância em um grupo de direita, o Frente Nacionalista Patria y Libertad, conhecido pelo símbolo de uma aranha. Nos anos 70, antes do golpe militar, a organização promoveu vários atentados contra apoiadores do governo do presidente socialista Salvador Allende.

“A Batalha do Chile” (Patricio Guzmán, 1975-1979) – A trilogia de documentários traz a visão privilegiada do cineasta que retratou os antecedentes da eleição de Salvador Allende, a tensão social e a polarização da sociedade até culminar no golpe de Estado. Há passagens históricas, como o momento em que o câmera argentino Leonardo Henrichsen é morto enquanto grava o próprio tiro que o alvejou. Guzmán também vai a encontros de trabalhadores, reuniões sindicais e paradas militares e mostra as primeiras aparições daquele que seria o protagonista do golpe, o general Augusto Pinochet.

“No” (Pablo Larraín, 2012) – O drama ficcionaliza a famosa “campanha do não”, que ocorreu em 1988, quando se deu um plebiscito que decidiria se os chilenos queriam que a ditadura de Pinochet continuasse ou não. Baseada em obra do escritor Antonio Skármeta, o filme é protagonizado pelo mexicano Gael García Bernal, que integra a equipe que faz a campanha publicitária para que o “não” vença. O filme mostra como ele conseguiu armar uma estratégia que transformou uma mensagem com uma palavra negativa em algo festivo, alegre, enquanto a campanha do “sim” era burocrática e baseada em números e balanços do regime. O “não” acabou vitorioso, colocando fim na ditadura.

“Machuca” (Andrés Wood, 2004) – Durante o governo socialista de Salvador Allende, encerrado pelo golpe de Estado de 1973, havia um programa do governo que trazia indígenas de comunidades para estudar em Santiago. O filme mostra a relação do menino branco e burguês Gonzalo Infante e o humilde Pedro Machuca, numa escola católica de Santiago. A amizade dos dois mostra a divisão da sociedade chilena. Enquanto a família de Infante apoiou o golpe, a de Machuca sofreu duramente suas consequências, A polarização da época está na origem da cisão política que existe até hoje no país.

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Morre o mestre da música Tony Bennett, aos 96 anos https://canalmynews.com.br/mais/morre-o-mestre-da-musica-tony-bennett-aos-96-anos/ Fri, 21 Jul 2023 15:43:05 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=38577 Agora, todos os corações estão em São Francisco.

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Cantar. Verbo do latim que toma forma através das cordas vocais dos que sabem se declarar à vida e às pessoas. Foi isso que Tony Bennett fez com maestria ao longo das mais de oito décadas em que escolheu o microfone como parceiro de luta. O artista estadunidense faleceu nesta sexta-feira (21) aos 96 anos de idade. A família informou que o cantor foi diagnosticado com Alzheimer em 2016.

Bennett nasceu em Long Island, no estado de Nova Iorque e fez da música seu palco predileto. Ficou conhecido mundialmente com a canção “I left my heart in San Francisco” (Deixei meu coração em São Francisco) e já foi indicado ao Grammy 41 vezes, tendo vencido 20 prêmios.

Como alguém que fez da música sua vida, Tony Bennett se juntou a artistas ícones do Brasil, como Ana Carolina, Maria Gadu e Roberto Carlos, além de outros cantores latino-americanos, para o lançamento de um álbum, em 2012. Ainda gravou dois discos de dueto com Lady Gaga e soma trabalhos com Paul McCartney e com a rainha do Soul, Aretha Franklin.

O encanto de Bennett segue em vida, no imaginário de quem um dia já sorriu vendo-o performar sua canção de assinatura. Agora, todos os corações estão em São Francisco.

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O Brasil de despede do dramaturgo Zé Celso Martinez https://canalmynews.com.br/mais/o-brasil-de-despede-do-dramaturgo-ze-celso-martinez/ Thu, 06 Jul 2023 16:51:35 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=38381 o dramaturgo, diretor, ator e encenador José Celso Martinez Corrêa faleceu nesta quinta-feira (6), aos 86 anos

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Ícone das artes cênicas brasileiras, o dramaturgo, diretor, ator e encenador José Celso Martinez Corrêa faleceu nesta quinta-feira (6), aos 86 anos, na capital paulista. Sua morte ocorreu após um incêndio atingir o apartamento em que ele residia. Internado no Hospital das Clínicas, infelizmente não resistiu aos ferimentos.

 

A notícia do falecimento foi confirmada pelo Teatro Oficina, companhia teatral que ele fundou em 1958. Companhia teatral reconhecida por suas montagens ousadas e provocativas. Ele trouxe o modernismo e o tropicalismo para a dramaturgia brasileira, criando um teatro experimental, político e sensorial que dialogava com diversas manifestações artísticas. Em uma emocionante homenagem, o Teatro Oficina descreveu Zé Celso, como era conhecido, como uma “forma vitoriosa do tempo” que partiu para a “morada do sol”. A perda do renomado artista deixa uma lacuna significativa no cenário cultural brasileiro.

 

Sem medo de romper com convenções e experimentar novas formas de expressão teatral,  suas peças eram uma mistura de teatro, política e experiências sensoriais – que resultava em um diálogo único entre palco e plateia. Zé Celso deixa para trás um legado de ousadia, inovação e engajamento político através do teatro. Sua contribuição para a cena teatral brasileira é inegável, e seu trabalho influenciou gerações de artistas, que foram inspirados por sua paixão e criatividade.

 

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Virada Cultural de 2023 é nesse fim de semana em São Paulo https://canalmynews.com.br/mais/virada-cultural-de-2023-e-nesse-fim-de-semana-em-sao-paulo/ Fri, 26 May 2023 20:21:14 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37847 A maratona de 24 horas com apresentações pela cidade começa nesse sábado (27) e conta com 500 atrações gratuitas

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Nesse final de semana, dias 27 e 28, acontece em São Paulo a Virada Cultural, um evento que já faz parte da história da capital paulista e que reúne diversas atrações nos quatro cantos da cidade, da Zona Sul à Zona Norte, levando a arte também para os moradores das periferias.

Em 2023, a Virada comemora a 18ª edição do evento, são 24 horas de cultura que conta com 500 atrações espalhadas pela cidade, e todas serão gratuitas. Marcando a diversidade, que já é uma marca dessa metrópole, teremos shows de música, apresentações de dança, circo, teatro, cinema e exposições para todos os gostos.

Locais das atrações

As atrações passarão por praças, unidades do Sesc, centros culturais e até mesmo estações de metrô. O palco montado no Vale do Anhangabaú será o único a ter uma programação 24h direto, e contará com shows de Gloria Groove, Alçeu Valença, Iza e outros artistas de São Paulo e de outras regiões.

Além do Vale do Anhangabaú, também terão outras nove arenas que serão contempladas na Virada Cultural 2023, em Brasilândia e Parada Inglesa, na zona norte; Butantã, na zona oeste; Campo Limpo e M’Boi Morim, na zona sul; Cidade Tiradentes, Itaquera e São Miguel Paulista, na zona leste e também na região central.

Viradinha

A programação também terá apresentações voltadas para o público infantil. A “Viradinha” acontecerá no domingo, das 9h às 12h, com shows, teatro e brincadeiras para crianças. O grupo Palavra Cantada, na Arena Campo Limpo e o espetáculo circense Uma Parada Mágica, na Arena Capela do Socorro, são alguns dos destaques.

A programação completa está no site da prefeitura de São Paulo: https://viradacultural.prefeitura.sp.gov.br/

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Lula: os ignorantes precisam saber que cultura não é gasto https://canalmynews.com.br/politica/lula-os-ignorantes-precisam-saber-que-cultura-nao-e-gasto/ Fri, 12 May 2023 11:24:04 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37647 Presidente assina liberação de R$ 3,8 bilhões para o setor

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A partir desta sexta-feira (12), estados e municípios já poderão apresentar os planos de ação para acessar o montante de R$ 3,8 bilhões, o maior valor da história destinado ao setor cultural no país. Os recursos são oriundos da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar 195/2022), aprovada no ano passado, mas que até hoje não haviam sido utilizados.

Esta lei foi pensada para socorrer os trabalhadores da cultura atingidos pela pandemia de covid-19, que obrigou a suspensão de uma série de atividades artísticas. No entanto, o projeto teve tramitação difícil e chegou a ser vetado pelo então presidente Jair Bolsonaro. O veto foi revertido no Congresso Nacional.

Um grande ato cultural, em Salvador, na noite desta quinta-feira (11), marcou a assinatura da regulamentação da lei, que detalha a forma como dinheiro será distribuído. O evento contou com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra da Cultura Margareth Menezes, do governador Jerônimo Rodrigues, além de centenas de artistas.

“Os ignorantes desse país precisam aprender que cultura não é gasto, que cultura não é pornografia, que cultura não é uma coisa menor. Cultura é o jeito da gente falar, da gente comer, da gente dançar, da gente andar, da gente cantar, da gente pintar, da gente fazer aquilo que a gente sabe fazer. Cultura significa emprego, milhões de oportunidades para quem precisa comer, tomar café, jantar”, disse Lula em um discurso emocionado na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, um dos principais espaços culturais da capital baiana.

Leia Também: Lula assina decreto com regras de apoio ao setor cultural

Emoção

Instantes após iniciar seu discurso, Lula foi interrompido por uma mulher muito emocionada. A mulher subiu ao palco para entregar um documento e pedir ajuda ao presidente, dizendo que ela e sua comunidade passavam fome. Lula se emocionou e retomou o discurso falando do aumento da pobreza nos últimos anos no país e criticando a negligência do governo anterior em relação à pandemia. O presidente enfatizou que a injeção de recursos na área cultural também ajuda a combater a fome e a fomentar a geração de empregos.

“Esse país vai mudar e é por isso que eu estou aqui. A gente precisa entender que o assassinato que eles fizeram com a cultura, é que a cultura pode ajudar o povo a fazer a revolução que precisa fazer nesse país, para que o povo possa trabalhar, comer. A cultura pode fazer com que o povo exija o cumprimento da Constituição”.

Repasses

De acordo com o Ministério da Cultura (MinC), do valor a ser disponibilizado, R$ 2 bilhões serão destinados aos estados e R$ 1,8 bilhão aos municípios. Para acessar os recursos, os entes federados (estados, municípios e Distrito Federal) deverão utilizar o sistema da Plataforma TransfereGov a partir de 12 de maio e terão 60 dias, contados desde esta data, para registrarem os planos de ação, que serão analisados pelo MinC. Os valores serão liberados após a aprovação de cada proposta. Só para a Bahia, onde o ato foi realizado, estão previstos repasses de R$ 286 milhões.

“Vamos lutar pela execução da Lei Paulo Gustavo para que todas as cidades sejam contempladas. Vamos garantir a utilização desses recursos de forma plural”, destacou a ministra Margareth Menezes.

Áreas contempladas

A maior parte dos recursos, cerca de R$ 2,7 bilhões, vão para o setor audiovisual, já que na proposta original da elaboração da lei foi previsto que os recursos seriam provenientes do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Os beneficiários poderão investir em produções audiovisuais; apoio a reformas, restauros, manutenção e funcionamento de salas de cinema e cinemas itinerantes; capacitação, formação e qualificação no audiovisual; apoio a cineclubes, à realização de festivais e mostras de produções audiovisuais; memória, preservação e digitalização de obras ou acervos audiovisuais; pesquisas; suporte às microempresas e às pequenas empresas do setor audiovisual para vídeos por demanda; licenciamento de produções audiovisuais; exibição em redes de televisão públicas; e distribuição de produções audiovisuais.

Já o valor de R$ 1,065 bilhão, que na proposta original na elaboração da lei tinha como fonte de recursos o Fundo Nacional de Cultura (FNC), é destinado aos demais setores e áreas culturais e artísticas. Dentre eles o apoio a outras formas de financiamento, a agentes culturais, a iniciativas, a cursos ou produções ou a manifestações culturais; e desenvolvimento de espaços artísticos e culturais, de microempreendedores individuais, de microempresas e de pequenas empresas culturais, de cooperativas, de instituições e de organizações culturais comunitárias que tiveram as suas atividades interrompidas por força das medidas de isolamento social determinadas para o enfrentamento da pandemia de covid-19.

Editais

Os fazedores de cultura poderão acessar os recursos por meio de editais, chamamentos públicos, prêmios ou outras formas de seleção pública a serem definidas pelos estados e municípios. Além disso, os entes federados precisarão se comprometer a fortalecer os sistemas de cultura existentes ou, se inexistentes, implantá-los, com a instituição dos conselhos, dos planos e dos fundos estaduais e municipais de cultura.

Outra exigência da regulamentação da lei é que os projetos culturais contemplados deverão garantir formas de inclusão e democratização, com acessibilidade às pessoas com deficiência, medidas de democratização, desconcentração, descentralização e regionalização do investimento cultural, e a implementação de ações afirmativas, com mecanismos que estimulem a participação de mulheres, pessoas negras e indígenas, comunidades tradicionais, de terreiros e quilombolas, populações nômades e povos ciganos, pessoas LGBTQIA+, pessoas com deficiência e outras minorias.

“As ações afirmativas serão estabelecidas por meio de cotas, critérios diferenciados de pontuação, editais específicos ou qualquer outra modalidade, observada a realidade local. O decreto estabelece a obrigatoriedade dos chamamentos ofertarem um mínimo de 20% das vagas para pessoas negras e no mínimo 10% para pessoas indígenas”, diz o MinC.

Agenda

Lula cumpre agenda em dois estados do Nordeste no fim desta semana. Hoje, pela manhã, já em Salvador, ele já havia participado da abertura das plenárias estaduais do Plano Plurianual (PPA) Participativo. Trata-se de um processo em que a sociedade opina sobre as prioridades para investimentos de recursos e políticas públicas para os próximos quatro anos.

Nesta sexta-feira, o presidente embarca da capital da baiana para Fortaleza, onde participará da Cerimônia de Lançamento do Programa Escolas de Tempo Integral. À tarde, ainda no Ceará, ele vai a Juazeiro do Norte para assinar a Medida Provisória que institui o Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica. Em seguida, retorna para Brasília.

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Querida Rita Lee! https://canalmynews.com.br/maria-aparecida-de-aquino/querida-rita-lee/ Wed, 10 May 2023 13:41:16 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37569 Rita Lee, estava à frente de seu tempo, daí a incompreensão que suscita em espíritos mais conservadores, não
habilitados para a modernidade de sua produção e vivência

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“Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João (…)

Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João”
Caetano Veloso – Sampa: 1978

Esta é a versão poética mais conhecida de Rita Lee traduzida pelo gênio Caetano Veloso que, baiano, se arvora a conhecer São Paulo e a “deselegância discreta” das meninas paulistanas. Para ele, Rita Lee era a mais completa tradução dessa cidade que recebe com sua “dura poesia” os migrantes, como ele, que vem para esta terra diferente da sua (como não poderia ser?) e por não enxergarem o seu rosto, acabam por considerá-la de “mau gosto, mau gosto”.

Enquanto não se transformam pelo contato, quando ainda não se tornaram “mutantes”, a tendência é “afastar o que não conhece”. Mas, o brilhante Caetano, em sua imensa sabedoria que lhe permitiu construir o mais belo hino à esta cidade que passou a se chamar “Sampa” até pelos paulistanos, sabe que ela “depressa” se torna “realidade”. Mesmo que seja “o avesso do avesso do avesso”.

Quando alguém como Rita Lee Jones de Carvalho (1947-2023) nos deixa, a sensação que fica, mais do que em outras perdas, é a de que estamos envelhecendo. Sim, porque, para quem a seguia, uma das imagens que dela permanecem é a de Os Mutantes, acompanhando, em 1967, Gilberto Gil em Domingo no Parque. Ali, o trio Rita, Arnaldo e Sérgio tornaram-se conhecidos do grande público. Ela, muito jovem, graciosa e bela.

Aquele momento foi, também, uma revolução: não era comum para a tradicional Música Popular Brasileira o acompanhamento com instrumentos como a guitarra elétrica que Os Mutantes utilizavam. A revolução veio para ficar.

Rita seguiu amadurecendo em sua profícua carreira
De seu cancioneiro impõe-se destacar outro momento brilhante: o álbum Rita Lee também conhecido como Lança Perfume, de 1980, com as músicas de sua autoria e do marido Roberto de Carvalho. Com ele, todos puderam dançar ao som de Baila Comigo. Foi possível lembrar do tempo em que o cheiroso lança-perfume era liberado no Brasil para depois ser considerado uma droga proibida. Vinha num lindo frasco dourado com agradável cheiro adocicado. Quem não cantarolou Caso Sério ou se indignou com um Ôrra Meu!?

A transgressora, expulsa de Os Mutantes, foi para a Inglaterra e se reencontrou com Gilberto Gil que, ao lado de Caetano Veloso, estava exilado por obra e graça da Ditadura Militar Brasileira.

Rita Lee, estava à frente de seu tempo, daí a incompreensão que suscita em espíritos mais conservadores, não habilitados para a modernidade de sua produção e vivência.

Acredito que é isso que permanece de sua rica história. Rita seguirá para sempre a nos lembrar que o pecado que não se pode cometer é permitir que ocorra o envelhecimento das ideias. Ela vai prosseguir, jovem, graciosa e bela, em sua caminhada na qual o futuro já chegou.

Rita Lee presente!

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Festas juninas são reconhecidas como manifestação da cultura nacional https://canalmynews.com.br/mais/festas-juninas-sao-reconhecidas-como-manifestacao-da-cultura-nacional/ Wed, 26 Apr 2023 14:46:11 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37289 Medida foi publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial

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A Lei nº 14.555, de 25 de abril de 2023, que reconhece as festas juninas como manifestação da cultura nacional, está publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (26). Ela foi sancionada nessa terça-feira (25) pelo vice-presidente da República, no exercício da Presidência, Geraldo Alckmin.

O deputado Fábio Mitidieri (PSDE) é o autor do projeto e a relatoria é do senador Prisco Bezerra (PDT-CE). No seu relatório, Bezerra destaca que, na Região Nordeste, as festas juninas “ganharam um vigor e uma dimensão impressionantes”, mas que elas mobilizam também pessoas do sul ao norte do país.

O senador cita Campina Grande, na Paraíba; Caruaru, em Pernambuco; e Mossoró, no Rio Grande do Norte, como cidades onde as festas são importantes para a economia desses municípios e o turismo da região.

Segundo o Ministério do Turismo, somente no estado da Bahia, o governo espera cerca de 1,5 milhão de pessoas nas festas juninas, que movimentarão R$ 1 bilhão na economia. Em Campina Grande, estima-se R$ 400 milhões e, em Caruaru, a previsão da prefeitura é R$ 250 milhões.

Origem
Trazidas ao Brasil pelos europeus no período colonial, as festas em homenagem aos santos Antônio, Pedro e João, realizadas no mês de junho, tornaram-se ícones da cultura nordestina, integrando a produção de comidas típicas, tradições religiosas e as danças embaladas pelo ritmo do forró. A riqueza cultural do evento é um dos fatores que levam os turistas a se renderem à festa que impulsionam a economia da região, informa o ministério.

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“O verão em que mamãe teve olhos verdes”, de Tatiana Tibuleac, é a obra do Clube do Livro do MyNews em abril https://canalmynews.com.br/clube-do-livro/o-verao-em-que-mamae-teve-olhos-verdes-de-tatiana-tibuleac-e-a-obra-do-clube-do-livro-do-mynews-em-abril/ Sun, 23 Apr 2023 19:47:56 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37220 Livro trata de amor e ódio e está com 15% de desconto na livraria Dois Pontos para os membros do MyNews até o final de abril

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“O verão em que mamãe teve olhos verdes”, ganhou o prêmio Cálamo em 2019 e o Prêmio de Literatura da União Europeia. A história se passa num vilarejo francês com personagens sedutores fazendo uma espécie de “ginástica do sentimento”, numa família desestruturada. É um romance da maior ternura e com um grau de acidez surpreendente. À medida que você for avançando na obra ela irá te fisgar, prometo! Não só pelo conteúdo, mas também pela forma. Um livro que chacoalha mesmo, mexe com as nossas crenças, não termina na última página. A gente acaba e segue pensando sobre ele. Coisa que só as grandes obras literárias nos proporcionam.

Tatiana Tibuleac é da Moldávia, país do leste europeu. Um lugar que se destaca por ter o menor IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, do continente. É lindo ver como Tibuleac consegue fugir do lugar comum, fazer metáforas tão bem construídas. O tradutor da obra é Fernando Klabin e o lançamento é da editora Mundaréu, pela coleção Mundo Afora.

O livro começa com o filho, Aleksy, recém-saído de uma espécie de escola/reformatório, sendo recolhido pela mãe. Ela é uma mulher ausente na vida de Aleksy e o convida para passarem as férias juntos. “Naquela manhã em que a odiava mais do que nunca, mamãe completou trinta e nove anos. Era gorda, baixinha, burra e feia. Era a mãe mais imprestável que já havia existido. Observava-a pela vidraça da janela, parecia uma mendiga junto ao portão da escola. Eu a teria matado sem pensar duas vezes”, lembra o personagem principal. Isso é só o começo, daí pra frente, o livro só cresce!

Ao final do livro, eu estava questionando as minhas relações familiares, o quanto investimos de energia em bobagens, as projeções que fazemos sobre nossos ídolos e até mesmo as atitudes de jornalistas, psicanalistas, educadores, artistas, vizinhos… É uma trama que parte da relação entre uma mãe e um filho, mas revela inúmeras camadas.

O romance, escrito originalmente em romeno, tem frases curtas, flui, é quase cinematográfico. São setenta e sete capítulos que revelam a jornada de Aleksy que, por obrigação, torna-se o cuidador de sua mãe. Aleksy tem uma condição psicológica especial. É por isso que a obra começa na escola/reformatório onde ele está internado desde a infância. Muito impressionante a maneira como Tatiana consegue contar toda a história de vida com pequenos flashbacks e fazer isso com um texto poético.

O fio condutor é o olhar. Aleksy transforma a perspectiva do olhar materno. O romance mostra uma mãe sem apoio, enfrentando inúmeros problemas, que tenta mostrar que amou seu filho como pôde. Vale cada página. Certamente essa é uma autora sobre a qual ainda ouviremos falar muito.

Infos do clube do livro:
Às 18h30, terça-feira, dia 25/4, live no YouTube com Silvia Naschenveng, editora da Mundaréu. legal

Às 20h encontro com os leitores pelo Google Meet.

 

 

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Lula assina decreto com regras de apoio ao setor cultural https://canalmynews.com.br/mais/lula-assina-decreto-com-regras-de-apoio-ao-setor-cultural/ Fri, 24 Mar 2023 15:11:42 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36594 Segundo ministra da Cultura, texto harmoniza os regramentos vigentes

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, apresentaram na noite desta quinta-feira (23), no Theatro Municipal do Rio, o novo decreto que regulamenta o fomento cultural no país. O texto, a ser publicado nesta sexta-feira (24), estabelece regras e procedimentos para as leis de fomento cultural direto (Lei Paulo Gustavo, Lei Aldir Blanc, Cultura Viva), fomento indireto (Lei Rouanet) e outras políticas públicas culturais, definindo objetivos e beneficiários.

Em seu discurso, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, afirmou que o decreto “harmoniza” regramentos sobre cultura vigentes no país. “O decreto harmoniza as regras que antes eram uma colcha de retalhos, juntando o que de melhor tinha no projeto da lei Procultura, no projeto da lei do Marco do Fomento à Cultura, no programa Cultura Viva e nas leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc”.

As leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc tratam da liberação de recursos para ajudar o setor cultural após a área ter sido fortemente atingido pela pandemia de covid-19. A Lei Aldir Blanc previa repasses anuais de verba a estados e municípios para ações no setor cultural.

Já a Lei Paulo Gustavo ajuda, também com repasse de verbas, estados e municípios a implementarem ações emergenciais para socorrer trabalhadores do setor cultural prejudicados pela pandemia. A Lei Rouanet, por sua vez, permite a empresas e cidadãos que apoiem financeiramente ações culturais e, em contrapartida, deduzam parte do Imposto de Renda.

Os conceitos para o fomento apresentados no decreto servirão de base para a padronização dos mecanismos de transferência de recursos, acompanhamento e prestação de contas de ações culturais financiadas com recursos do ministério. O decreto também define diferentes formas de apoio de premiação a bolsas, de incentivo fiscal ao financiamento reembolsável, do projeto a ações continuadas.

“O novo decreto confere clareza às responsabilidades da administração pública e do agente cultural, com simplificação de instrumentos para que todos os envolvidos possam focar no que é essencial na promoção da cultura, dando segurança processual para todos”, acrescentou a ministra. Margareth Menezes destacou ainda que o Sistema Nacional de Cultura será fortalecido como a instância fundamental das políticas culturais do país.

Lula falou pouco no evento. Explicou que não estava bem da garganta e precisava preservá-la para os compromissos na China, para onde embarcará nos próximos dias. Mas acrescentou: “Eu vim aqui para dizer a vocês que a cultura voltou de verdade no nosso país e que ninguém mais ouse desmontar a experiência cultural e a prática cultural do povo brasileiro”.

Decreto
Após a publicação do decreto, o Ministério da Cultura (MinC) terá até 30 dias para editar a Instrução Normativa necessária para o cumprimento das novas regras, trazendo os procedimentos detalhados para apresentação, recebimento, análise, homologação, execução, acompanhamento e avaliação de resultados dos projetos financiados.

Colaborou Douglas Corrêa, repórter da Agência Brasil

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Museus de São Paulo ficam abertos durante o carnaval https://canalmynews.com.br/mais/museus-de-sao-paulo-ficam-abertos-durante-o-carnaval/ Sat, 18 Feb 2023 13:08:35 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36002 Após dois anos de pandemia, o carnaval está de volta às ruas, ao Sambódromo e aos clubes de São Paulo. A prefeitura espera atrair 15 milhões de foliões para mais de 500 blocos. Entretanto, para os que preferem ficar longe da longe da folia, a capital oferece agenda cultural cheia. Museus e outras instituições culturais […]

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Após dois anos de pandemia, o carnaval está de volta às ruas, ao Sambódromo e aos clubes de São Paulo. A prefeitura espera atrair 15 milhões de foliões para mais de 500 blocos. Entretanto, para os que preferem ficar longe da longe da folia, a capital oferece agenda cultural cheia. Museus e outras instituições culturais paulistas vão permanecer abertas, oferecendo atividades diversas como oficinas, contação de histórias e exposições.

O Instituto Moreira Salles (IMS), na Avenida Paulista, abre normalmente no sábado (18) e no domingo (19), das 10h às 20h, fechando na segunda (20) e na terça-feira (21) e reabrindo na Quarta-feira de Cinzas (22), a partir das 12h. A programação inclui a exposição Moderna pelo Avesso: fotografia e cidade, Brasil, 1890-1930, que apresenta fotos e filmes produzidos no Brasil, do período da Primeira República. A visita é gratuita.

O Itaú Cultural, também na Paulista, abre de 18 a 22, das 11h às 19h, com a exposição Um Século de Agora. Também serão apresentadas as peças de teatro A Divina Farsa, do grupo La Mìnima; e Jogo de Imaginar, da Cia Barracão Cultural. A plataforma de streaming Itaú Cultural Play vai exibir filmes ligados ao carnaval e películas premiadas no festival de documentários É Tudo Verdade.

O Museu da Língua Portuguesa também fica aberto, com exceção de segunda-feira, quando normalmente fica fechado. O funcionamento no sábado, no domingo e na terça-feira será de 9h às 16h30; e na quarta-feira (22), a partir das 12h. Além da exposição Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação, o público infantil poderá participar do bloquinho Sainha de Chita, no sábado (18).

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O Museu do Ipiranga funciona nos dias 18 e 19, em horário normal, das 11h às 17h. Na segunda e na terça-feira, permanece fechado, reabrindo na quarta-feira, a partir das 12h. O visitante poderá conferir a exposição temporária Memórias da Independência.

No Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), centro de São Paulo, tem a exposição recém-inaugurada Marc Chagall, Sonho de Amor, sábado, domingo e segunda-feira, das 9h as 20h. Na terça-feira, o museu fica fechado, voltando a reabrir na quarta-feira, a partir das 12h. O CCBB alerta que a programação ainda pode sofrer alterações. A entrada é gratuita.

Os pais podem levar os filhos até o domingo (19) para curtir a exposição Cria-experiências de invenção, em cartaz no Centro Cultural Fiesp, na Avenida Paulista. A exposição fica aberta no sábado e no domingo. A entrada é gratuita e o centro funciona das 10h as 20h.

O Museu da Imigração também funciona no sábado, domingo, terça-feira e quarta-feira, e permanece fechado apenas na segunda-feira. No domingo, o museu promove uma atividade de caça ao livro e leitura infantil. Já na terça-feira ele promoverá uma oficina de mini estandartes de carnaval.

O Museu do Futebol abre sábado, domingo e quarta-feira de cinzas, de 9h e 17h. Na quarta-feira, abre a partir das 12h.

O Museu Afro Brasil Emanoel Araújo, localizado no Parque Ibirapuera, está promovendo a exposição Mestre Didi – Deoscoredes Maximiliano dos Santos, que apresenta 42 esculturas do artista plástico, escritor e sacerdote baiano e afro-brasileiro. O museu fica aberto sábado, domingo e na quarta-feira, e fica fechado na segunda e na terça-feira.

O Museu das Culturas Indígenas abre entre os dias 18 e 22 de fevereiro, das 9h as 18h, com as exposições Ocupação Decoloniza – SP Terra Indígena; Ygapó: Terra Firme e Invasão Colonial ‘Yvi Opata’ A Terra Vai Acabar.

O Catavento abre nos dias 18, 19 e 21 de fevereiro, das 9 as 17h. Na quarta-feira (22), funciona a partir das 13h. Na segunda-feira (20), o museu fica fechado. Entre as atrações, que atraem crianças, está o borboletário, a sala de realidade virtual Dinos do Brasil e uma parede de escalada.

A Pinacoteca de São Paulo fecha apenas na terça-feira (21). No sábado, domingo e segunda-feira, efunciona das 10h as 18h. Na quarta-feira de cinzas, abre a partir das 12h. Além do acervo, a Pinacoteca expõe atualmente as obras da artista Lenora de Barros.

Durante o carnaval, a Biblioteca de São Paulo fica aberta no sábado, domingo e quarta-feira. A biblioteca tem programação especial, que é uma vivência em libras, além de contação de histórias de literatura infantojuvenil e oficina de xadrez.

A plataforma de streaming gratuita #CulturaEmCasa vai transmitir o bloco afro Ilú Obá De Min no domingo (19). E, na segunda-feira (20), transmite o show Unidos do Swing e a Máquina do Tempo.

As Fábricas de Cultura e as Oficinas Culturais, instituições públicas, também oferecem programação especial. Informações sobre o funcionamento podem ser acessadas pelo site da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

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Confira dicas para brincar o carnaval em segurança e sem surpresas https://canalmynews.com.br/mais/confira-dicas-para-brincar-o-carnaval-em-seguranca-e-sem-surpresas/ Sat, 18 Feb 2023 12:36:37 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=35974 Com a proximidade da chegada do carnaval, os foliões devem redobrar a atenção para aproveitar a festa de forma segura, preservando a saúde, o bem-estar e a segurança. A época é de diversão, mas é preciso estar atento para não cair em golpes ou ser vítima de furtos. A Agência Brasil traz algumas dicas para […]

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Com a proximidade da chegada do carnaval, os foliões devem redobrar a atenção para aproveitar a festa de forma segura, preservando a saúde, o bem-estar e a segurança. A época é de diversão, mas é preciso estar atento para não cair em golpes ou ser vítima de furtos. A Agência Brasil traz algumas dicas para que você aproveite a festa, com tranquilidade.

A primeira dica para quem pretende cair na folia é se alimentar bem. Isso diminui as chances de passar mal durante os cortejos. Também é muito importante beber bastante líquido para manter a hidratação. Isso vale para antes de sair de casa, durante e depois das festas.

Se o folião pretende se alimentar nas barraquinhas de comida de rua, a dica é evitar alimentos que tenham maionese ou substâncias que estraguem facilmente no calor.

Sobre a ingestão de bebidas alcoólicas, a primeira orientação é a moderação. Também é preciso manter a hidratação, bebendo água em intervalos regulares. Outra dica é começar a beber depois de fazer uma boa refeição. Isso porque com o estômago cheio, o álcool é absorvido mais lentamente.

Sucos naturais, isotônicos e água de coco também ajudam a hidratar o corpo e repor os sais minerais.

Outra dica é ficar atento na hora de comprar as bebidas. Procure sempre um lugar confiável. O folião deve se certificar de que as embalagens estejam lacradas ao comprá-las das mãos de ambulantes.

Não aceite bebidas oferecidas por estranhos ou de procedência duvidosa.

Se for brincar durante o dia, use protetor solar. Alguns adereços, como chapéus, lenços, óculos de sol também ajudam na proteção. Priorize lugares que tenham segurança, com policiamento e também presença do Corpo de Bombeiros.

Evite andar em locais desertos ou ficar sozinho. Fique perto de pessoas conhecidas e marque pontos de encontro caso se perca dos amigos.

Se for participar de eventos fechados, busque lugares que cumpram medidas de segurança, com saídas de emergência, porta corta-fogo, extintores e alarmes de incêndio.

Não use joias, relógios e acessórios de valor, incluindo os que possuem valor sentimental, que possam chamar atenção. Em caso de assalto, não reaja. Procure manter a calma e entregue o que o criminoso pedir.

Crianças
Pais, mães e responsáveis que desejam levar a criançada para a folia do carnaval também devem ter alguns cuidados especiais para garantir segurança. Além das dicas de manter as crianças hidratadas e com protetor solar, é importante redobrar a atenção e nunca tirar os olhos das crianças.

Também é indicado colocar uma pulseira de identificação na criança com os nomes dos responsáveis e um telefone de contato. Marcar um ponto de encontro e orientar a criança a dizer seu nome e dos responsáveis a um agente de segurança uniformizado são outras recomendações importantes.

Para garantir a alegria é essencial deixar as crianças confortáveis. Por isso, os responsáveis devem optar por fantasias mais leves e tomar cuidado com produtos como glíter e maquiagem. Escolha produtos adequados e de uso infantil. Tintas para cabelos não são indicadas para crianças.

É bom lembrar que produtos como o spray de espuma são proibidos para crianças menores de três anos. O uso de confetes deve ser feito com moderação, pois eles podem causar engasgo na criança

Assédio e importunação
Um problema comum durante as festas momescas é o aumento exponencial dos casos de assédio, especialmente contra as mulheres. Durante esse período, infelizmente, é comum mulheres serem tocadas, forçadas a beijar e até abusadas no meio dos bloquinhos.

De acordo com a Lei n°13.718/2018, importunação sexual é crime, com pena prevista de 1 ano a 5 anos de reclusão, aumentada em caso de agravantes.

Entre os comportamentos considerados assédio estão “roubar” beijo, cantadas grosseiras, tocar o corpo de alguém sem permissão, uso de palavras ofensivas, cantadas de cunho sexual, xingar alguém porque ouviu um “não”, puxar o cabelo, empurrar ou ameaçar alguém.

Por isso, se uma mulher disser “não”, não insista! Não importa que tipo de fantasia a pessoas está usando, onde ela está, ou se antes havia dito “sim”. Nada justifica a insistência de um comportamento do homem sem o consentimento da mulher. É direito dela mudar de ideia. Carnaval de verdade é aquele que ocorre com respeito.

Algumas cartilhas disponíveis na internet tratam do assédio sexual durante o Carnaval. Elas podem ser consultadas aqui e também aqui.

Os telefones de emergência são 190, da Polícia Militar; 192, do SAMU; e 193, dos Bombeiros.

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Pagamentos
Diante de aglomerações, é comum as pessoas caírem em alguns golpes relacionados ao pagamento com cartão ou celular, gerando muita dor de cabeça e prejuízos financeiros. Por isso a recomendação é não levar objetos de grande valor, nem carteira e celular.

Dê preferência para levar dinheiro em espécie. Se não for possível, preste bastante atenção ao usar o cartão. Um dos golpes mais comuns é a troca de cartão: o golpista fica atento à senha digitada na maquininha e troca o cartão por outro.

Caso seja necessário levar o celular e cartão, não fique com os objetos na mão e evite ao máximo entregar o cartão ao vendedor. Uma dica importante é guardar os pertences em lugares seguros como doleiras, pochetes, bolsas com zíper ou outro tido de fechamento, usada sempre na frente do corpo.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta que é imprescindível prestar muita atenção ao valor que está sendo pago. Sempre olhe o visor da maquininha e prestando muita atenção com a inclusão de um zero a mais no preço. Rejeite o pagamento em aparelhos com o visor danificado.

Além disso, é recomendado pedir a sua via da fatura, tanto para verificar o valor pago, quanto para reclamar e exigir o reembolso em caso de pagamento de valores a mais.

Mas, se mesmo com todas as precauções o folião perceber uma compra indevida, a recomendação é buscar os canais de atendimento do banco, como aplicativos, call centers e internet banking, para contestar a transação. No caso de perder o cartão, solicite o bloqueio imediatamente e registre ocorrência na polícia.

Se for levar o celular, certifique-se de que o aparelho está com a bateria 100% carregada e se há conexão com a internet no local. É indicado também fazer o backup dos dados. Importante usar o bloqueio de tela inicial com biometria facial ou digital para acessar o celular e os aplicativos. Ative o bloqueio automático de tela.

Outra dica é levar por escrito os números de parentes ou pessoas próximas para, em caso de emergência, conseguir entrar em contato.

No caso de pagamentos por PIX, as dicas são as mesmas, sempre prestar atenção no valor que está sendo pago. Se for pagar com QR Code, certifique-se que a transferência está no valor correto e indo para a pessoa certa. Outra dica é diminuir os limites para este tipo de transação.

Trânsito
Nos dias de carnaval, procure deixar o carro em casa. Use o transporte público, vá a pé ou utilize outros meios para se deslocar. Afinal, além da dificuldade para encontrar um lugar para estacionar, deixar o carro em casa diminui as chances que algum sinistro.

A primeira dica para quem vai usar o carro no Carnaval é a mais importante: se beber, não dirija. Sempre se informe sobre o trajeto que será percorrido, pois é comum que haja mudanças no trânsito.

Aos pedestres as dicas são evitar andar sozinho, sempre atravessar na faixa de pedestre e não correr ao atravessar a rua.

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Ilu Obá de Min abre carnaval paulistano com ópera de rua https://canalmynews.com.br/mais/ilu-oba-de-min-abre-carnaval-paulistano-com-opera-de-rua/ Fri, 17 Feb 2023 11:43:55 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=35955 Bloco se concentra às 18h na Praça da República

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O bloco Ilú Obá de Min abre nesta sexta-feira (17) o carnaval de São Paulo com um ópera de rua. O desfile será à noite nas ruas do centro da capital. “A gente está preparando o maior cortejo da história do Ilu”, diz umas das coordenadoras do bloco, Daiane Pettine sobre o espetáculo que tem como tema Akíkanjú: Pensamento e Bravura, de Sueli Carneiro.

São quatro atos que fazem referência a espaços importantes para a história da cultura negra na cidade. Um dos pontos de parada será as escadarias do Theatro Municipal, onde, em 1978, foi fundado o Movimento Negro Unificado. Nessa parada, será lido um manifesto artístico e cultural a partir da obra da filósofa e escritora Sulei Carneiro, a homenageada deste ano.

Estará nas ruas uma bateria formada por 350 mulheres, além de 50 artistas com perna de pau e dançarinos. As compositoras do bloco prepararam uma série de músicas com referências à vida e obra da filósofa. O eixo bem da palavra iorubá akíkanjú tem significado que remete à bravura e coragem de um coletivo.

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“A gente enxerga muito a Sueli como esse farol filosófico, de projeto de mundo, que se relaciona intimamente com o Ilu. É um projeto que defende igualdade de gênero, racial, igualdade de oportunidades para as pessoas negras deste país”, explica Pettine sobre como a homenagem se dá na construção do bloco.

A bravura foi fundamental para o Ilu, segundo a coordenadora, durante os três anos em que o bloco teve que ficar fora das ruas devido à pandemia de covid-19. “Esses dois anos de pandemia, com certeza, foram um baque muio grande para todo mundo que trabalha na cultura, não só pela saudade de estar na rua, fazendo arte, oferecendo programação gratuita de qualidade. Mas, também, porque os artistas ficaram sem apoio e espaço para fazer da vida o seu propósito, que é criar e compartilhar com as pessoas”, diz.

O Ilu Obá de Min foi fundado há 18 anos por Beth Beli, Girlei Miranda e Adriana Aragão. Contando, atualmente com cerca de 400 integrantes, o bloco tem como influências diversas manifestações da cultura afrobrasileira, como os tambores de candomblé, o maracatu, o coco, o samba e o baião.

Para o desfile de hoje, o Ilu se concentra às 18h, na Praça da República, e vai em direção ao Largo do Paissandú.

No domingo, a concentração será às 13h, na Rua Conselheiro Brotero, na Santa Cecília, com o cortejo seguindo em direção ao Armazém do Campo, na Alameda Eduardo Prado. Haverá um espaço reservado para as famílias atrás da bateria. “A gente quer que as famílias e as famílias pretas estejam com a gente”, afirma Pettine.

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Influenciadores digitais: você ainda vai seguir um https://canalmynews.com.br/mais/influenciadores-digitais-voce-ainda-vai-seguir-um/ Wed, 25 Jan 2023 15:31:09 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=35582 Apesar de terem sua principal atuação nas redes sociais, atualmente os influenciadores digitais já extrapolaram os limites da internet

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O termo ‘influenciador digital’ já não é novidade para a maioria das pessoas. Mas, para quem não está em dia com as tendências da atualidade, vale saber que um influenciador digital é uma pessoa que usa sua experiência em um determinado assunto para passar conhecimentos às pessoas interessadas naquele tema por meio de plataformas digitais. Apesar de terem sua principal atuação nas redes sociais, atualmente os influenciadores digitais já extrapolaram os limites da internet e espalharam sua área de atuação para diversos setores.

O alcance dos influencers
Hoje em dia, os influencers (termo em inglês) estão presentes até mesmo em plataformas de investimentos conhecidas como social trading, onde compartilham suas estratégias de negociação, que podem ser copiadas por seus seguidores ao negociarem ações, forex, criptomoedas e outros ativos financeiros. Isso permite aos usuários investir enquanto aprendem com traders de sucesso, que recebem para terem suas estratégias de investimento copiadas.

No mundo corporativo, os influenciadores digitais usam seu alcance para alavancar negócios próprios ou de parceiros, emprestando sua imagem e prestígio para promover produtos e serviços através de estratégias de marketing digital. Camila Coutinho começou com um blog sobre moda em 2006 e hoje tem mais de 3 milhões de seguidores no Instagram. Em 2020, lançou uma linha de produtos para os cabelos, mercado altamente concorrido, mas que, segundo ela própria, vai indo muito bem.

Os influenciadores chegaram também à TV, com participação em programas de auditório, talk-shows e reality shows, bem como ao cinema, atuando ao lado de atores famosos em produções para a telona. Prova disso é o humorista e influenciador Whindersson Nunes, que tem alcance de mais de 78 milhões de pessoas e já participou tanto do reality show A Fazenda, da TV Record, quanto de filmes para o cinema, tais como Os Parças e Os Parças 2, onde contracena com atores consagrados como Tom Cavalcante e Oscar Magrini.

Como surgiram
Os primeiros influenciadores digitais surgiram no início dos anos 2000 na rede social Orkut, muito usada no Brasil naquela época. Muitos começaram meio sem querer, incorporando cada vez mais seguidores devido às postagens que atraíam o interesse do público. Não demorou muito para eles perceberem que a autoridade que transmitiam ao falar de suas especialidades gerava muita credibilidade em seus seguidores, tornando-os leais às suas opiniões.

Essa influência exercida sobre os seguidores torna os influenciadores digitais perfeitos para ações de marketing. O domínio que eles conseguem passar sobre alguns assuntos pode ser usado para direcionar sua audiência a consumir determinados produtos ou serviços que eles mesmos forneçam ou que sejam fornecidos por pessoas ou empresas a eles associados.

As redes sociais que vieram depois, tais como Facebook, Instagram e YouTube, e que estão ativas até os dias de hoje, trouxeram ferramentas que facilitaram a apresentação desses conhecimentos, tais como:
– streaming de vídeo;
– podcasts;
– lojas virtuais;
– notificação de novas postagens.

Quantos são?
Estimativas apontam que existem em torno de 500 mil influenciadores digitais no Brasil, levando em conta apenas aqueles com mais de 10 mil seguidores nas redes sociais. Se incluirmos aqueles com quantidades de seguidores abaixo desse limite, o total pode chegar à casa dos milhões.

Por outro lado, estudos mostram que 52% dos internautas brasileiros são seguidores de pelo menos um influenciador digital. Se você já segue algum, então está incluído nesse número. Caso contrário, pode estar certo de que um dia ainda fará parte dessas estatísticas.

 

 

 

 

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Margareth Menezes anuncia desbloqueio de quase R$ 1 bi da Lei Rouanet https://canalmynews.com.br/sem-categoria/margareth-menezes-anuncia-desbloqueio-de-quase-r-1-bi-da-lei-rouanet/ Thu, 19 Jan 2023 12:11:45 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=35479 Medida beneficiará mais de 1,8 mil projetos até o fim do mês

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A ministra da Cultura, Margareth Menezes, anunciou nesta quarta-feira (18) o desbloqueio de quase R$ 1 bilhão da Lei Rouanet. O dinheiro estava retido desde o início do ano passado pelo governo anterior.

Ao todo serão liberados, até o fim do mês, R$ 968.376.281 que haviam sido captados como patrocínio a projetos artísticos. A Lei Rouanet permite que empresas e cidadãos que apoiem ações culturais deduzam parte do Imposto de Renda.

A medida beneficiará 1.946 projetos culturais em todo o país. “Isso é investimento na cultura, é a cultura trabalhando, isso é bom para o Brasil”, declarou Margareth Menezes em vídeo postado nas redes sociais.

Também hoje, o Ministério da Cultura prorrogou a validade de mais de 5 mil projetos inscritos na Lei de Incentivo à Cultura que estavam com prazos de captação vencidos e não tiveram os pedidos atendidos pela gestão anterior.

A pasta também informou que, nos primeiros 18 dias de governo, a Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural liberou cerca de R$ 62 milhões desse montante (de R$ 968,3 milhões) a 353 projetos.

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Flip teve mesmo público de antes da pandemia, com 25 mil pessoas https://canalmynews.com.br/mais/flip-teve-mesmo-publico-de-antes-da-pandemia-com-25-mil-pessoas/ Mon, 28 Nov 2022 21:37:41 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34739 Hoteis em Paraty ficaram com taxa de ocupação em 90%

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Terminou neste domingo (27) a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que em sua 20ª edição homenageou a escritora Maria Firmina dos Reis, autora do primeiro romance abolicionista do país, Úrsula, lançado em 1859. Durante cinco dias, o público retornou à cidade do litoral sul fluminense, depois de dois anos acompanhando os debates literários apenas de forma on-line, devido à pandemia de covid-19.

De acordo com o diretor artístico da Flip, Mauro Munhoz, a taxa de ocupação nos hotéis e pousadas de Paraty chegou a 90% durante os dias da festa, o que representa um público de 25 mil pessoas, número próximo ao recebido na última edição presencial da Flip, em 2019. “O público estava de fato ansioso pelo retorno ao presencial e fez conosco uma linda comemoração de 20 anos”, disse ele.

Munhoz ressalta que havia muitas dúvidas sobre o evento ser presencial, além da mudança de data para novembro, quando normalmente ocorre nos meses de junho e julho, além da coincidência com a Copa do Mundo de Futebol.

“Como seria fazer a Flip no verão? Choveria? E a Copa? Como o clima político e social afetaria a festa? Todas essas perguntas foram respondidas pela ocupação da cidade, pelos aplausos do público durante as mesas e pelos tantos encontros que aconteceram durante a festa. A estação das chuvas foi generosa conosco e apenas refrescou os dias de calor. A Copa, por sua vez, contribuiu para o clima de festa que tradicionalmente se espalha pela cidade durante a realização da Flip”.

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Para ele, o resultado superou as expectativas e reflete o trabalho intenso realizado pela organização junto à comunidade de Paraty.

“Esses cinco dias são resultado de um longo percurso, não só pelos meses de trabalho que antecede a festa, mas, sobretudo, pelas ações de permanência e enraizamento no território que dão sustentação ao que pudemos experienciar desde quarta-feira (23)”.

O evento contou com 17 mesas na programação principal, com convidados como a educadora e filósofa Guarani Mbya Cris Takuá, a filósofa e escritora Djamila Ribeiro, a professora norte-americana Saidiya Hartman, a antropóloga argentina Rita Segato, o crítico literário Luiz Mauricio Azevedo, a poeta performer luso-angolana Alice Neto de Sousa, o ator, diretor e escritor baiano Lázaro Ramos e as autoras Cecilia Pavón, Cidinha da Silva, Ladee Hubbard, Nastassja Martin e Teresa Cárdenas.

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Velório de Erasmo Carlos será restrito à família e aos amigos https://canalmynews.com.br/mais/velorio-de-erasmo-carlos-sera-restrito-a-familia-e-aos-amigos/ Wed, 23 Nov 2022 14:14:29 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34701 Família pede: quem quiser homenageá-lo escute suas músicas

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A família do cantor Erasmo Carlos, que morreu na madrugada de ontem (22), no Rio, informou que o velório será restrito à família e aos amigos íntimos. Não cita o local onde o corpo será velado, nem a hora e o dia do enterro e sugere que quem quiser homenageá-lo, escute suas músicas, suas mensagens. “Nada o faria mais feliz e amado!”.

O texto da família e da equipe e banda Erasmo Esteves diz: “No dia do músico, nosso amado Erasmo Esteves, o Erasmo Carlos, o Gigante Gentil, o Tremendão, o Pai do Rock Nacional, se despediu. Erasmo criou, amou, acompanhou cada um de nós nos momentos importantes das nossas vidas. Além de todas as maravilhas que compôs e cantou durante décadas, nos deixou recados: o futuro pertence à jovem guarda. E é preciso saber viver!”

Em outro trecho a nota diz: “Vamos continuar cuidando das novas gerações, por nós e por ele.

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Roberto Carlos também se manifestou pelo facebook sobre o amigo. “Minha dor é muito grande. Nem sei como dizer tudo o que penso desse meu grande irmão. Meu ídolo por tudo, pela lealdade, inteligência, bondade, por tudo que conheço dele. Um ser humano maravilhoso. É um privilégio ter um amigo, um irmão assim por todos esses anos. Difícil encontrar palavras para falar desse cara: o meu amigo Erasmo Carlos. Ele viverá sempre em meu coração. Que o nosso Deus de bondade o proteja e o abençoe. Amém. Amém. Amém”.

Erasmo Carlos, 81 anos, morreu no Hospital Barra D’Or, vítima de quadro de paniculite, complicada por sepse de origem cutânea. A paniculite é caracterizada por protuberâncias macias e avermelhadas que se originam na camada de gordura profunda sob a pele.

De acordo com o hospital, o cantor voltou a ser internado no dia 2 deste mês, mesma data em que deixou o hospital de manhã. Ele havia sido internado em 16 de outubro para tratar de uma síndrome epidemigênica. Ao deixar o hospital, após 16 dias de internação, escreveu nas redes sociais: “Ressuscitei no Dia de Finados e tive alta do hospital! Obrigado a Deus, a todos que cuidaram de mim e torceram pela minha recuperação”.

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Meu nome é Gal https://canalmynews.com.br/maria-aparecida-de-aquino/meu-nome-e-gal/ Mon, 14 Nov 2022 21:32:16 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34644 "Ouvindo Gal Costa tenho a sensação de escutar um pássaro"

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Capa do disco Índia, de Gal Costa, foi censurada pela ditadura

Capa do disco Índia, de Gal Costa, foi censurada pela ditadura

O título deste artigo faz referência a uma das músicas mais conhecidas de Gal Costa (1945-2022), cujo nome completo era Maria da Graça Costa Penna Burgos. Nascida em Salvador (BA) e morta em São Paulo (SP). Para nosso orgulho, como paulistanos, Gal Costa resolveu morar em São Paulo nos últimos anos – sim, uma baiana em São Paulo que já foi chamado, preconceituosamente, de “túmulo do samba” – e aqui criar seu filho que adotou aos 2 (dois) anos de idade.

A canção a que se refere o título é de 1969, de autoria de Roberto e Erasmo Carlos que, nela, lhe fazem uma homenagem bastante carinhosa:

Meu nome é Gal
E desejo me corresponder
Com um rapaz que seja o tal
Meu nome é Gal…

Como música quero falar de sua voz. O que mais ouvi a respeito foi “cristalina”. Mas, é mais que isso. Ouvindo Gal Costa tenho a sensação de escutar um pássaro. É tão precisa e preciosa como uma ave rara cantando. E era rara mesmo.

Felizmente, nos incontáveis necrológios que assisti após sua morte, todos ressaltaram seu papel, além da intérprete genial. Quero destacar dois aspectos que a mim falam muito.

O primeiro deles, a coragem. Durante os anos da Ditadura Militar Brasileira (1964-1985), juntamente, com tantos outros, Caetano Veloso e Gilberto Gil, seus amigos de sempre, precisaram se exilar e foram para Londres. Gal Costa permaneceu aqui e, corajosamente, se posicionou contra o regime ditatorial que vivenciávamos. No período cantou a música, Divino maravilhoso, composta por Caetano Veloso e arranjada por Gilberto Gil para o festival de Música Popular Brasileira (MPB) de 1968. A música alertava para os perigos de se viver sob um regime repressivo e para a necessidade de resistir:

É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte (…)
Atenção. Tudo é perigoso
Tudo é divino maravilhoso
Atenção para o refrão
É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte…

 

O segundo aspecto a ser destacado é seu papel como mulher. Era bissexual e, desde 1998, vivia com a empresária Wilma Petrillo. Algumas vezes expos o seu corpo naturalmente, o que chocou muitos. Em 1973, ao lançar o disco Índia, a capa apresentava Gal com uma tanga bem pequena e, na contracapa, a cantora com os seios de fora.

Isso motivou – que novidade! – a censura da Ditadura Militar e o disco precisou ser acondicionado em um plástico preto. Em 1994, no show, dirigido por Gerald Thomas, O sorriso do gato de Alice, apareceu com uma camisa semiaberta e, novamente, com os seios nus, já prestes a completar 50 anos. Ela cantava a poderosa e agressiva canção de Cazuza, Brasil:

Não me convidaram
Pra esta festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer (…)
Brasil
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio
O nome do teu sócio
Confia em mim…

Poderia lembrar de muitas canções magníficas interpretadas por Gal Costa. Mas, quando lembro dela, sempre me vem à cabeça a doçura de Chuva de Prata (1984) de autoria de Ed Wilson e Ronaldo Bastos:

Chuva de prata que cai sem parar
Quase me mata de tanto esperar
Um beijo molhado de luz
Sela o nosso amor…

E foi assim. Na “terra da garoa”, na São Paulo que ela escolheu viver, sob uma suave chuva que Gal Costa foi enterrada. Prefiro acreditar que se tratava de uma chuva de prata que ela merecia. Símbolo da cultura brasileira, sempre engajada, nos últimos tempos, se posicionou contra as sandices do governo atual. Estrela de magnífica grandeza, o Brasil “mostra tua cara” empobrecida pela sua ausência.

*Maria Aparecida de Aquino é Profa. Dra. do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciência Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP). Tem mestrado e doutorado pela FFLCH/USP; Pós-doutorado pela UFSCar. É especialista em estudos sobre a Ditadura Militar brasileira (1964-1985).

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Gal Costa: 7 discos para entender a carreira da cantora https://canalmynews.com.br/brasil/gal-costa-7-discos-para-entender-a-carreira-da-cantora/ Wed, 09 Nov 2022 18:52:18 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34592 Veja uma seleção com 7 álbuns essenciais na discografia da intérprete baiana

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Gal Costa, uma das maiores vozes da música, morreu nesta quarta-feira (9), aos 77 anos. A informação foi confirmada na manhã de hoje (9) pela assessoria de imprensa, que não divulgou detalhes sobre a causa do falecimento.

Na ativa desde a década de 1960, Gal começou a carreira no cerne da Tropicália e, ainda nos anos 60, emplacou sucessos icônicos, como Divino Maravilhoso e Baby, de Caetano Veloso. Depois, a artista passou por uma série de reinvenções e dialogou com diversas vertentes da música brasileira.

Veja uma lista com oito álbuns para entender a versatilidade de Gal Costa:

1) Gal Costa (1969)
No início da carreira, o primeiro clássico de Gal é marcado por uma sonoridade e estética tropicalista. Cinco das doze composições são de um dos maiores parceiros da cantora, Caetano Veloso. “Não identificado”, que já havia sido gravada por Caê, ganha sua versão mais marcante; o mesmo acontece com “Baby” e “Divino Maravilhoso”. O disco tem, ainda, tons de samba-rock, com Que Pena (Ela já não gosta mais de mim), de Jorge Ben.

2) Fa-tal (1971)
“Gal a todo vapor”, como diz o subtítulo do álbum. Trata-se de um dos álbuns ao vivo mais importantes da música brasileira, que reúne registros da cantora em diversas apresentações no ano de 1971. É dividido em duas partes: voz e violão e a apresentação com banda; nesta última, destacamos a versão de “Vapor Barato”, de Jards Macalé e Wally Salomão. Ainda, há versões únicas de músicas populares e de sons contemporâneos ao lançamento do disco, como “Dê um Rolê”, dos Novos Baianos.

3) Cantar (1974)
Parceria com Caetano, produtor, e João Donato, responsável pelos arranjos, Cantar é um mergulho de Gal em um espaço mais musical. Há aqui músicas mais “solares”, como “Barato Total”, composição de Gilberto Gil; mas também há momentos pra baixo, como “Lágrimas Negras”, um dos clássicos da carreira de Gal.

4) Água Viva (1979)
Para ilustrar a fase mais pop de Gal, indicamos Água Viva. Lançado no fim dos anos 1970, o disco traz indícios do que seria a carreira da cantora na década seguinte. Os anos 80 trouxeram uma Gal popular, com hits, aparições em novelas, especiais de TV e duetos marcantes. Água Viva tem “Folhetim”, de Chico Buarque; “Paula e Bebeto”, de Milton Nascimento, entre outras canções marcantes.

5) O sorriso do Gato de Alice (1993)
Um dos registros mais potentes de Gal. Consolida uma transição entre a artista essencialmente pop, responsável por hits estrondosos marcados por sonoridades típicas dos anos 1980, e uma Gal mais introspectiva, reclusa.

6) Recanto (2011)
De 1993, damos um salto para os anos 2010. Aqui, Gal assume uma roupagem moderna, dialogando intensamente com bases eletrônicas (tem até autotune!). Tem a produção de Moreno Veloso e do pai, Caetano, que compôs a maioria das músicas. Esse disco apresenta uma roupagem que Gal assumiria ao longo da década e nos últimos anos da sua carreira.

7) A pele do futuro (2018)
Depois de Estratosférica (2015), Gal volta ao estúdio e lança “A pele do Futuro”, um disco marcado por uma mistura de sonoridades que vão da dance music (na dançante “Sublime”) ao sertanejo moderno de Marília Mendonça, com quem Gal faz um dueto marcante em “Cuidando de Longe”. “Palavras no Corpo”, de Silva e Omar Salomão, também merece destaque; a música compôs, inclusive, o setlist da última turnê de Gal, “As várias pontas de uma estrela”.

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Semana tem homenagem a Dias Gomes e aos poetas https://canalmynews.com.br/mais/semana-tem-homenagem-a-dias-gomes-e-aos-poetas/ Sun, 16 Oct 2022 14:38:00 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34291 Veja os principais fatos que marcaram a semana de 16 a 22 de outubro

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O Hoje é Dia da semana entre 16 e 22 de outubro lembra o dramaturgo Dias Gomes. Nesta quarta-feira (19), se vivo fosse, Dias Gomes completaria 100 anos.

“O teatro é a arte por excelência da luta, do amor e da paixão do homem”. Foi o que destacou o dramaturgo Dias Gomes em seu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1991. Ativista contra a censura e pela liberdade de expressão, Gomes ocupou a cadeira 21, que havia sido batizada por seu antecessor, Adonias Filho, como a “Cadeira da Liberdade”.

Soteropolitano de nascença, Dias Gomes foi o autor de obras como as telenovelas Roque Santeiro (1985/1986) e Saramandaia (1976), e as peças teatrais O Pagador de Promessas (1959), adaptada para o cinema, e O Bem-Amado (1962), levada para a televisão. É o criador de personagens marcantes, que são lembrados até hoje: Odorico Paraguassu, Dona Redonda, Sinhozinho Malta, Viúva Porcina, e tantos outros.

Em 1956, o dramaturgo entrou na Rádio Nacional. O quadro Memória Nacional traz episódios do Grande Teatro, programa de radiodramaturgia que começou com peças adaptadas por Dias Gomes. Nele, Dias Gomes escrevia ou adaptava textos para o radioteatro. Confira a encenação da peça O Boi Santo:

Dias Gomes morreu em 18 de maio de 1999, aos 76 anos, vítima de um acidente de carro. Em 2012, por ocasião dos 90 anos de nascimento do dramaturgo, romancista, contista e roteirista de cinema, o programa De lá pra cá, da TV Brasil, dedicou um episódio à vida e obra de Dias Gomes. Assista:

O Recordar É TV, da TV Brasil, resgatou o programa Advogado do Diabo, exibido pela TV Educativa do Rio em 1985, em que Dias Gomes é entrevistado por Osvaldo Sargentelli. O programa traz também depoimentos do cineasta Cacá Diegues, da atriz Ítala Nandi e do arquiteto Sérgio Bernardes sobre o trabalho do imortal. Confira:

Dia do Poeta

Outros marcos importantes para a literatura brasileira e mundial são comemorados nesta semana. Na quinta-feira (20), é celebrado o Dia do Poeta. A data foi criada para homenagear o surgimento do Movimento Poético Nacional, em 1976, que deu seus primeiros passos na casa do jornalista, romancista, advogado e pintor brasileiro Paulo Menotti Del Picchia.

Em episódio de 2019, o Tarde Nacional conversou com Marina Mara, uma das idealizadoras do PoemApp, aplicativo que permite ao usuário navegar por diversos pontos de poesia do país. Na pauta, o mercado da poesia nacional e influência da internet no cenário.

Na sexta-feira (21), completam 40 anos do Prêmio Nobel de Literatura vencido pelo escritor Gabriel García Marquez. O autor colombiano conquistou fãs por todo o mundo com obras como Cem Anos de Solidão (1967) e Amor nos Tempos do Cólera (1985). Em 2010, o História Hoje, da Radioagência Nacional, explica por que os livros de García Marquez viraram um marco da literatura latino-americana, inaugurando o estilo que ficou conhecido como realismo fantástico:

Além de Gabo, apenas cinco outros autores latinos conquistaram o prêmio. A chilena Gabriela Mistral foi a primeira, em 1945, seguida de Miguel Astúrias (em 1967), Pablo Neruda (1971), Octavio Paz (1990) e Mario Vargas Llosa (2010).

Dia Mundial da Menopausa

Os sinais de envelhecimento ainda são tratados como um tabu. Para as mulheres, essa etapa na vida pode acarretar problemas de autoestima – devido às mudanças físicas e à forma como o passar dos anos é retratado nas mídias, com cada vez mais procedimentos para disfarçar as marcas da idade.

Atrelado ao envelhecimento, a menopausa é um tema sensível e ainda tabu para uma parcela do público feminino. Por isso, o Dia Mundial da Menopausa, celebrado nesta terça-feira (18), busca chamar atenção para o período da menopausa e falar sobre os cuidados necessários para uma vida saudável nessa etapa da vida. O Sintonia Nacional, da Rádio Nacional, explica como reconhecer e aliviar os sintomas da menopausa:

A menopausa também foi assunto do Tarde Nacional, da Rádio Nacional, com destaque para um dos sintomas mais recorrentes – os calores noturnos – e o tratamento com reposição hormonal:

A terça-feira ainda comemora o Dia do Médico. Segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), são mais de 600 mil médicos espalhados pelo território nacional. A distribuição desses pelo país, no entanto, ainda é um desafio, com regiões com número pequeno de profissionais da saúde para a população. O Revista Brasil, da Rádio Nacional, fala sobre as conquistas e desafios dos profissionais de medicina.

Confira a lista semanal do Hoje é Dia com datas, fatos históricos e feriados:

16 a 22 de outubro de 2022
16

Dia Mundial da Alimentação – instituída pela ONU em comemoração à data de criação da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). É celebrada em mais de 150 países como uma importante data para consciencializar a opinião pública sobre questões relativas à nutrição e à alimentação

17

Morte da atriz carioca Yara Cortes (20 anos)

Nascimento da compositora, pianista e maestrina fluminense Chiquinha Gonzaga (175 anos)

Nascimento do compositor carioca Luiz Floriano Bonfá (100 anos)

Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza – comemoração internacional instituída pela Assembleia Geral da ONU em 1992

Dia Nacional da Vacinação

Início da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – data móvel

18

Nascimento do sacerdote jesuíta português Manuel da Nóbrega (505 anos) – chefe da primeira missão jesuítica à América

O cargueiro brasileiro Macau foi torpedeado por um submarino alemão durante a Primeira Guerra Mundial (105 anos)

Dia Mundial da Menopausa – comemoração internacional, criada com o objetivo de alertar as mulheres sobre as mudanças que acontecem com seu corpo e incentivá-las a procurar um especialista que pode auxiliá-las a passar por essa fase da vida feminina com mais tranquilidade. A data tem o apoio da Organização Mundial da Saúde e de várias ONGs do Brasil e do mundo

Dia do Médico

19

Nascimento escritor baiano e imortal da Academia Brasileira de Letras Dias Gomes (100 anos)

Morte da violoncelista britânica Jacqueline du Pré (35 anos)

Nascimento do engenheiro francês Auguste Lumière (160 anos) – um dos irmãos Lumière que inventaram o cinematógrafo, frequentemente referidos como os pais do cinema

20

Nascimento do arquiteto paulista Carlos Bratke (80 anos)

Nascimento da ginasta carioca Yara Vaz (105 anos) – pioneira na difusão da ginástica no Brasil

Dia do Arquivista – comemorado no Brasil para marcar a data da proposição de um arquivo púbico no Brasil, em 1823 e também da fundação da Associação dos Arquivistas Brasileiros, em 1971

Dia Mundial da Estatística – comemoração internacional, que foi instituída pela ONU em tributo a este serviço que é tido como um suporte fundamental para a tomada de decisões governamentais e para cidadania consciente

Dia Mundial da Osteoporose – comemoração internacional adotada pela Fundação Internacional da Osteoporose, que visa à conscientização global sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da osteoporose

Dia do Poeta – criado em razão do Movimento Poético Nacional, que surgiu na mesma data, em 1976, na casa do jornalista, romancista, advogado e pintor brasileiro Paulo Menotti Del Picchia

21

Final do 3º Festival da Record com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Mutantes, Chico Buarque, entre outros (55 anos)

Escritor Gabriel García Márquez ganha Prêmio Nobel de Literatura (40 anos)

Dia Nacional do Ecumenismo

Dia Nacional da Alimentação na Escola

22

Nascimento da atriz fluminense Ana Beatriz Nogueira (55 anos)

Edição: Nathália Mendes

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Rafael Leitão fala sobre os bastidores do mundo do xadrez https://canalmynews.com.br/mais/rafael-leitao-fala-sobre-os-bastidores-do-mundo-do-xadrez/ Thu, 29 Sep 2022 18:33:08 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33996 Bicampeão mundial, enxadrista aprendeu a jogar aos seis anos e construiu carreira dos sonhos nos tabuleiros

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Rafael Leitão – Foto: FIDE/ Stev Bonhage

O que não falta ao enxadrista Rafael Leitão são credenciais. O maranhense aprendeu a jogar xadrez aos seis anos de idade, representou o Brasil em mais de 9 Olimpíadas; aos 18 anos, tornou-se o mais jovem brasileiro a alcançar o título de Grande Mestre Internacional – mais alta qualificação no seu meio – e é bicampeão mundial.

Para falar sobre os bastidores de quem vive no curioso mundo dos tabuleiros, Rafael esteve no Almoço do MyNews com Myrian Clark, nesta quinta-feira (29/09).

“Os jogadores nos torneios de alto nível se submetem à detecção de metal. Não pode ir ao banheiro e acessar o celular pra trapacear. Já teve jogador pego com esse sistema, um grande mestre sentado no vaso sanitário usando o celular. Teve uma época que nem caneta era permitida no salão de jogos”, disse o enxadrista, que mantém um canal com quase 60 mil inscritos no Youtube, dedicado aos bastidores e dicas de xadrez.

Assista a entrevista completa com Rafael Leitão no Almoço do MyNews:

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Museu do Ipiranga reabre com área ampliada e totalmente acessível https://canalmynews.com.br/mais/museu-do-ipiranga-reabre-com-area-ampliada-e-totalmente-acessivel/ Thu, 08 Sep 2022 20:50:28 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33590 Um dos destaques é a restauração do lendário quadro "Independência ou Morte", de Pedro Américo

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Museu do Ipiranga – foto: Daniel Antônio/Agência FAPESP)

Após uma década fechado para o público, o Museu Paulista reabrirá suas portas na próxima semana. Para quem olha de fora, as diferenças são discretas. No entanto, uma completa reestruturação interna modernizou o edifício do século 19, tornando-o completamente acessível a um público diverso.

A nova entrada fica ao lado do espelho d’água e dá acesso a um piso inteiramente novo, que integra o museu ao jardim francês, totalmente revitalizado. O Piso Jardim abriga um auditório com capacidade para 200 pessoas, uma área para exposições temporárias e outra para acolhimento dos visitantes, rasgada por uma janela curva de 30 metros com vista para o Parque da Independência.

O projeto arquitetônico – que inclui escadas rolantes e elevadores – permite que um visitante com mobilidade reduzida ingresse no edifício pela área de acolhimento, passe por todos os andares e chegue até o mirante, no topo do prédio. O novo Museu do Ipiranga também é acessível a portadores de deficiência visual, auditiva ou cognitiva. As exposições de longa duração são repletas de objetos interativos – feitos de pedra, porcelana, madeira, resina, tecidos e outros materiais – e com recursos multissensoriais, como alto relevo e descrições em Libras e em Braille.

Depois de um processo de reforma iniciado efetivamente em 2019, mas que deve ser recuado até 2014 se forem consideradas todas as etapas preparatórias, a reabertura coincide com as comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil. E transcorrerá em três dias consecutivos: 6 de setembro, com evento para autoridades e patrocinadores; 7 de setembro, com inauguração simbólica para convidados (estudantes de escolas públicas estaduais e municipais e trabalhadores da obra de recuperação com suas famílias); 8 de setembro, com abertura para o público em geral, previamente agendada no site da instituição.

O Museu Paulista é um dos quatro museus da Universidade de São Paulo (USP) e o processo de restauração, modernização e ampliação do edifício de exposições envolveu uma parceria da universidade com entidades públicas e privadas, patrocinadoras do projeto, como destaca à Agência FAPESP o atual reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior. “Foi uma jornada heroica para desenvolver um dos maiores empreendimentos culturais brasileiros dos últimos tempos. O Museu do Ipiranga é parte da identidade de nosso país e do imaginário do brasileiro. Agora, ao entregarmos o prédio do museu à população, restaurado, modernizado e acessível, queremos que ele seja também parte ativa e pulsante da cena cultural e social paulista e brasileira”, diz.

Foto: Daniel Antônio/Agência FAPESP)

O reitor ressalta que as 12 exposições que serão abertas a partir da reinauguração “marcam uma nova fase curatorial da instituição, cujo impacto social e cultural se deve ao seu importante acervo e ao edifício que ocupa”.

Além da restauração e modernização do prédio histórico, destacam-se as obras de ampliação, que, acrescentando 6.800 metros quadrados (m2), dobraram a área útil do edifício de exposições.

“Diretamente acessível pelo jardim, a parte ampliada também contém salas de aula, salas de atividades educativas, cafeteria, loja e um novo saguão de exposições com cerca de 800 m2”, informa Rosária Ono, professora titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e atual diretora do Museu Paulista.

Ono informa que todo esse espaço novo foi ganho no subsolo, por meio de escavações muito cuidadosas para não comprometer a estabilidade estrutural do prédio histórico. “Foi um enorme desafio técnico, para o qual contamos com a colaboração de engenheiros professores da Escola Politécnica da USP”, afirma.

O professor Marco Antonio Zago, atual presidente da FAPESP, que era reitor da USP quando a decisão de reformar foi tomada, lembra de como o processo começou: “Em 2013, um ano antes de eu assumir, o museu foi fechado, pois o prédio oferecia grandes riscos para os visitantes. Logo que assumi, em 2014, eu o visitei, na companhia do então vice-reitor, Vahan Agopyan, que depois me sucederia na reitoria. As condições do edifício realmente eram terríveis, com vazamentos, pisos quebrados, escoras para segurar o teto etc. Nossa primeira preocupação foi saber se havia risco imediato de desabamento. Não havia. Mas, naquele momento, também não havia condições para a reforma, porque a universidade estava atravessando uma gravíssima crise financeira, com a interrupção de várias obras já em curso”.

Zago conta que foi realizada a reunião de uma associação de amigos do Museu Paulista, na qual vários empresários mostraram disposição de ajudar. “Mas era preciso angariar mais recursos. Eu conversei com o então governador Geraldo Alckmin, que se interessou bastante, porém, ressaltou que os recursos deveriam vir principalmente da iniciativa privada. E meu papel foi buscar esse apoio.”

Desse esforço resultou, tempos depois, uma chamada para empresas interessadas apresentarem projetos de reforma. E a proposta vitoriosa veio a ser aquela posteriormente implementada. “Foi uma proposta bastante inovadora e que, além da restauração extremamente criteriosa do prédio histórico, propunha praticamente duplicar a área, com várias adições modernas, a exemplo do que foi feito em outros grandes museus do mundo. A USP sozinha não seria capaz de arcar, nem mesmo de administrar uma obra desse porte. Quando saí da reitoria, com o projeto arquitetônico aprovado, já estava em andamento a transferência do acervo para que as obras pudessem começar. E o novo governador conseguiu atrair expressivos aportes financeiros da iniciativa privada. Fiquei muito emocionado ao visitar recentemente o edifício reformado e ver o resultado de tudo isso”, enfatiza Zago.

Quadro “Independência ou Morte”, de Pedro Américo

Quadro icônico

Ao lado da reforma, modernização e ampliação do edifício de exposições, um destaque, importante pelo valor histórico e simbólico, foi a restauração do quadro Independência ou Morte, de Pedro Américo (1843-1905). Com seus personagens e ambientação altamente idealizados, essa obra conferiu tom épico a um acontecimento que, segundo testemunhas da época e pesquisas históricas posteriores, teria sido bem menos glorioso. A despeito disso, reproduzida em livros didáticos, ela se tornou, no imaginário de mais de uma geração de brasileiros, uma espécie de retrato oficial da nacionalidade.

“Além de reparar danos causados pela ação do tempo, buscamos devolver à pintura suas cores originais – retirando a sujidade acumulada com o tempo, recompondo pontos de perda na camada pictórica original e retirando vestígios de restauros antigos, como um amarelado indevido em certa região do céu”, informou, na ocasião, a pesquisadora Márcia Rizzutto, professora do Instituto de Física (IF-USP), que atuou como uma das assessoras científicas da restauração. Seu trabalho foi apoiado pela FAPESP no âmbito do Projeto Temático “Coletar, identificar, processar, difundir: o ciclo curatorial e a produção do conhecimento”, coordenado por Ana Magalhães.

Mas a reforma do prédio histórico, o acréscimo de novas áreas de acolhimento e exposição e a restauração do quadro de Pedro Américo são apenas os aspectos mais visíveis de um processo muito maior. Nesse sentido, a ênfase na dimensão curatorial feita pelo reitor Carlotti é bastante oportuna, porque a reabertura do edifício não exibirá apenas um espaço totalmente renovado, compatível com o padrão dos grandes museus internacionais, e capaz de receber um público anual superior a 500 mil visitantes, mas mostrará também um novo conceito de acervos: não apenas uma coleção de itens luxuosos herdados das elites econômica e política do passado, mas um conjunto muito diversificado de objetos, que traduzem a vida da sociedade brasileira em seus múltiplos segmentos e em suas distintas épocas.

“As pessoas geralmente associam um museu ao seu espaço de exposição. Mas um museu é muito mais do que isso. Entre outras coisas, é uma unidade de produção de conhecimento científico, um centro multidisciplinar de pesquisa, inovação e difusão. Mais de 80% do trabalho dos profissionais envolvidos ocorre nas reservas técnicas, nas atividades de prospecção, coleta, catalogação e conservação de itens, bem como no esforço para comunicar os resultados posteriormente à sociedade”, afirma a historiadora Solange Ferraz de Lima, que foi diretora do Museu Paulista de 2016 a 2020 e participou intensamente de todas as etapas do processo de restauração, modernização e ampliação.

A reserva técnica do museu contém mais de 450 mil itens. Destes, cerca de 3.800 serão exibidos nas exposições da reabertura, dando ao público uma ideia geral do que é o museu e do que nele se faz, ampliando a representatividade social.

“Esses itens estão organizados em três grandes áreas: ‘universo do trabalho’, com ferramentas, moldes, bancadas, tipos para impressão; ‘cotidiano e sociedade’, com objetos domésticos, instrumentos de cozinha, peças de mobiliário e decoração; e ‘história do imaginário’, com retratos, paisagens, cartões-postais, rótulos de embalagens etc.”, conta Ferraz de Lima.

Foto: Karina Toledo/Agência FAPESP)

A pesquisadora destaca que os acervos contêm inclusive itens bastante efêmeros, geralmente descartados, mas que, reunidos em sequência, fornecem um retrato muito vivo da sociedade e suas dinâmicas. É o caso de uma inusitada coleção de papéis de embrulhar balas.

Uma etapa preparatória para a reforma e modernização do edifício foi retirar e levar para longe todos esses itens. Por meio de auxílio ao projeto “Cultura material e gestão de acervos”, conduzido por Ferraz de Lima, a FAPESP aportou recursos bastante polpudos para que os objetos pudessem ser adequadamente acondicionados, transportados com segurança e guardados em condições de controle ambiental e em mobiliário apropriado em cinco imóveis adaptados para funcionar como reservas técnicas e laboratórios. “Esse auxílio foi absolutamente fundamental. Sem ele, não teríamos podido nem iniciar a reforma”, reconhece a diretora Ono.

Os acervos e todo o trabalho de pesquisa realizado com eles continuarão a ocorrer nos cinco imóveis adaptados. E será assim até que a instituição venha a dispor de um edifício único que funcione como centro de cultura material e abrigo para uma reserva técnica visitável.

“O edifício histórico nunca mais voltará a abrigar a reserva técnica. Todo o espaço, agora duplicado, será destinado a exposições e ao acolhimento do público”, diz Ferraz de Lima.

Um exemplo bastante interessante do tipo de pesquisa que vem sendo realizada com os acervos é o projeto “Processamento de alimentos no espaço doméstico, São Paulo, 1860-1960”, coordenado pela historiadora Vânia Carneiro de Carvalho e executado pela equipe do Grupo de Pesquisa Espaço Doméstico, Corpo e Materialidades (Gema). O principal produto dessa pesquisa será o “Repertório Histórico Ilustrado de Ferramentas e Equipamentos de Cozinha”, um livro eletrônico que vai reunir textos e ilustrações sobre mais de 150 objetos de cozinha, com o objetivo de trazer subsídios para outras coleções museológicas e para pesquisas históricas de modo geral.

“Esse estudo diz muito sobre as dinâmicas da sociedade brasileira. Ao contrário do que ocorreu nos Estados Unidos, onde o quase desaparecimento da profissão de empregada doméstica se fez acompanhar de uma rápida eletrificação dos utensílios de cozinha e do consumo maciço de comida enlatada, encontramos no Brasil uma situação bastante diferente. Aqui, o emprego doméstico se manteve até hoje, e não apenas nas casas de famílias ricas, tivemos um consumo muito menor de enlatados e os utensílios de cozinha exibiram, por muito tempo, uma notável coexistência de equipamentos manuais, mecânicos e elétricos. Houve uma espécie de resistência dos saberes artesanais”, afirma Carneiro de Carvalho.

A pesquisa conta com apoio da FAPESP por meio do Projeto Temático coordenado por Magalhães, além de Bolsa de Mestrado e Bolsa de Estágio de Pesquisa no Exterior concedidas a Laura Stocco Felicio, orientanda de Carneiro de Carvalho. Uma das salas de exposição vai contemplar o estudo sobre objetos de cozinha na reabertura do Museu Paulista.

Para uma história detalhada do edifício monumental e do processo de reforma, consulte as duas linhas do tempo publicadas no site do museu.

Com informações de Karina Toledo.

Para conferir o vídeo com mais imagens do museu, assista ao Almoco do MyNews desta quinta-feira (8):

 

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Em dois dias, Comlurb recolhe 110 toneladas de resíduos no Rock in Rio https://canalmynews.com.br/sem-categoria/rock-in-rio/ Sun, 04 Sep 2022 22:06:03 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33492 Todo material reciclável será encaminhado à cooperativas de catadores

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A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) recolheu 110,5 toneladas de resíduos nos dois primeiros dias da nona edição do festival de música Rock in Rio, que começou na última sexta-feira (2) no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, reunindo grandes nomes da música nacional e internacional.

A companhia trabalha diariamente no local com cerca de mil garis, na parte interna, na gestão de resíduos do evento com a varrição das áreas de circulação do público, gramados, praças de alimentação, área VIP, bastidores, arenas e velódromo. Outros 181 garis atuam na parte externa, incluindo as vias de acesso à Cidade do Rock.

A Comlurb responde ainda pela destinação correta do lixo gerado, com os resíduos potencialmente recicláveis sendo direcionados a cooperativas de catadores escolhidas pelos organizadores do festival e credenciadas junto à empresa, que fazem a comercialização com empresas recicladoras, gerando emprego e renda.

Os resíduos orgânicos são levados para o EcoPonto do Caju da Comlurb, onde são utilizados para compostagem e transformados em biogás para geração de energia, biocombustível ou condicionador de solos, na unidade de biometanização, a primeira da América Latina. Para facilitar o descarte correto de resíduos, cerca de dois mil contêineres foram distribuídos, tanto na parte interna quanto na parte externa da Cidade do Rock.

Sustentabilidade

Das 110,5 toneladas de resíduos recolhidas pela Comlurb até agora, 37,98 toneladas de recicláveis foram encaminhados à startup Reutiliza Já e à Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Ancat), que vão garantir a rastreabilidade dos resíduos durante o Rock in Rio 2022 e a sustentabilidade do evento.

Para isso, será usada a tecnologia blockchain (mecanismo de banco de dados avançado que permite o compartilhamento transparente de informações). Integrada à prestação de serviços das cooperativas de catadores de materiais recicláveis, essa tecnologia permite que cada material descartado no lixo possa ser acompanhado, medido, separado, pesado e encaminhado para o destino certo.

O objetivo é garantir a rastreabilidade dos resíduos, desde o momento do consumo no festival até as cooperativas de reciclagem e, destas, posteriormente, até as indústrias, para transformá-los em matéria-prima novamente para produção de embalagens de novos produtos, garantindo a circularidade dos materiais. Do total de 37,98 toneladas de resíduos recicláveis encaminhadas aos catadores, a maior parte (20,94 toneladas) é plástico, seguida de alumínio (5 toneladas).

O fundador e diretor executivo da Reutiliza Já, Humberto Bahia, disse hoje (4) à Agência Brasil que não basta encaminhar os resíduos para a reciclagem. “Tem que informar e educar e, depois da comunicação mais humanizada, a gente tem que medir isso, tornar essa medição cada vez mais eficiente através de tecnologia”.

A tecnologia blockchain ajuda a certificar que os números obtidos são reais e que não houve desvios de materiais até as indústrias. “Depois da medição, a gente vai reaproveitar e encaminhar para os transformadores que chegam na indústria. Depois, isso retorna para a sociedade”, destacou Bahia.

O diretor da Reutiliza Já afirmou que ao final do processo, será possível saber quantas árvores foram preservadas e quanto foi a economia em termos de água e de energia, por exemplo. A ideia é, sem utilizar termos muito técnicos, conseguir passar para a população os resultados alcançados.

Para Humberto Bahia, o nível de rastreabilidade e transparência da gestão de resíduos desta edição do Rock in Rio é inédito no mundo: “Não tem coisa mais atual do que a gente tratar do que é nosso, do planeta. Acho que o Rock in Rio está sempre uns passinhos na frente”.

Placar

A Ancat opera o maior programa de logística reversa do país, o Reciclar pelo Brasil, em colaboração com 17 grandes empresas do país. O presidente da entidade, Roberto Rocha, afirmou que a maior diferença do atual projeto do Rock in Rio é que agora a tecnologia da operação permite o acompanhamento de cada etapa, garantindo a circularidade do material.

“A nova tecnologia insere um novo serviço prestado pela categoria em uma era digital, sendo um momento inovador, uma solução única e pioneira em todo o mundo, promovendo protagonismo dos catadores dentro da economia circular e das exigências do ESG (governança ambiental, social e corporativa), e contribuindo para a geração de renda e valorização profissional”. Rocha concluiu que esse é um grande legado social não apenas para futuros eventos, mas para o planeta.

Ao fim do 9º Rock in Rio, será implementado o Placar da Reciclagem. Trata-se de uma calculadora socioambiental que dimensiona o impacto da iniciativa a partir da divulgação indicadores de desempenho e métricas socioambientais cientificamente validadas.

Após as atrações deste domingo (4), o Rock in Rio retorna na próxima quinta-feira (8) até domingo (11) que vem.

Edição: Denise Griesinger

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Fogo destrói Belle Époque https://canalmynews.com.br/mais/fogo-destroi-belle-epoque/ Sat, 23 Jul 2022 19:22:54 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=32026 A boa notícia no meio da tragédia: ainda são muitos os que se importam com a cultura e com os livros. Livreiros e leitores juntos em muitas cidades estão se mobilizando pelas redes sociais para recuperar a Belle, e construir um novo acervo

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É muito emblemático ver uma enorme labareda engolindo um patrimônio cultural nos dias atuais. Um acervo construído ao longo de anos com muita pesquisa, dedicação e carinho por um dos livreiros mais conhecidos do Rio, Ivan Costa. Se você quiser conhecer mais da história dele veja o vídeo  acima: “Ivan, o livreiro errante da livraria Belle Époque”. Não é exagero dizer que o caso comoveu muitos brasileiros. Livreiros e leitores estão juntos, em muitas cidades, para recuperar a Belle.

Pois bem, a livraria e sebo Belle Époque, localizada no Méier, subúrbio do Rio, infelizmente pegou fogo na noite de quinta-feira, 21 de julho, e perdeu seu acervo e equipamentos. Uma notícia triste. Provavelmente a única livraria daquela região e que conseguia manter uma programação cultural que atraía visitantes de todos os lugares não só do Rio.

Tem admiradores e clientes espalhados por todo o Brasil. Quem não pode ir até a Belle, contudo, compra pelo instagram, onde Ivan mantém uma livraria virtual. Lá ele mantém uma programação que nos deixa sempre atualizados de suas novas aquisições.

E quando você quer um livro raro, o que faz se não encontra na Belle? Liga para o Ivan que ele ajuda a descobrir o tesouro. Pois bem, foi assim que Ivan, o livreiro errante, foi conquistando seu público.

Mas, eis que, como uma Pollyanna errante nestes tempos obscuros em que era de se esperar que livros na fogueira não causassem espanto e tristeza, somos surpreendidos pelo “jogo do contente”.  Uma legião de livreiros e leitores está se mobilizando para recuperar a Belle. E em meio a tantos problemas para resolver neste cotidiano pandêmico e recessivo, paramos para nos unir a dor do Ivan e trabalho de reconstrução. Em suma, o lado bom, do “jogo do contente.

Quem quiser entrar nessa rede de amante de livros, ajude depositando qualquer valor no pix do livreiro Ivan. Ivan Costa Silva Chave Pix 21 976257600

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Frida Kahlo é tema de exposição sobre o feminino na modernidade https://canalmynews.com.br/mais/frida-kahlo-e-tema-de-exposicao-sobre-o-feminino-na-modernidade/ Thu, 24 Mar 2022 21:27:35 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26889 Exposição com obras inspiradas em Frida Kahlo acontece no Coletivo 284, em Lisboa, até dia 10 de abril. Entrada é gratuita.

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O que é e o que significa ser mulher na sociedade moderna? A partir da resposta de Simone de Beuvoir, que escreveu em sua famosa obra O Segundo Sexo “não se nasce mulher, torna-se”, foi idealizada a exposição “Imperfeitas”, no Coletivo 284, localizado na cidade de Lisboa, em Portugal. A exposição é fruto da reunião de diversos artistas, em sua grande maioria mulheres, que se juntaram para criar, cada um à sua maneira e a partir de sua visão pessoal, uma imagem da pintora mexicana Frida Kahlo. 

A exposição, cuja abertura aconteceu no dia 8 de março, no Dia Internacional da Mulher, segue em cartaz até o dia 10 de abril com entrada gratuita. De acordo com a curadoria da exposição, o objetivo é “exaltar personagens femininas que construíram admiráveis e inspiradoras trajetórias de vida que serviram, e ainda servem, de inspiração para as mulheres diante da luta por espaços socioculturais historicamente dominados por homens”.

Esta é a segunda edição da exposição que foi idealizada enquanto trilogia, com a primeira edição lançada em 2021, a segunda neste ano e a terceira em 2023. Neste ano, 36 artistas participaram da exposição.

Para a artista brasileira Indiara Nicoletti Ramos, participante da exposição,  Frida Kahlo é um ícone social. “Uma grande mulher e uma grande artista transgrediu a dor e transformou suas questões pessoais em uma obra de arte universal. A arte serve para isso, para transpor e transmutar paradigmas, uma transformação pessoal e social. É sempre uma transformação social, uma transmutação através da arte”, declarou. 

Ela disse, ainda, que o projeto “surge a partir de uma obra de Frida Kahlo traz olhares de artistas de diversos países sobre as questões e contextos históricos do nosso mundo contemporâneo, é uma honra e uma alegria participar desse projeto”.

Confira abaixo galeria com parte das obras expostas:

Programação da exposição

O espaço funciona de sexta a domingo e há eventos especiais programados durante o período da exposição. Na sexta-feira (25) o arquiteto Ricardo Zuquete e o artista plástico Luís Espirito Santo produzem uma pintura ao vivo a partir de analogias entre os universos da arquitetura e das artes visuais. De acordo com a curadoria, a ideia é representar a realidade e a subjetividade físico-mental-emocional de Frida. Embalando a apresentação, está programada uma performance musical feita por Joana Anta Lobo. 

No sábado (26), a poetisa Ana Matias apresenta o texto “Frida Kahlo Corpo de Mulher”, cuja inspiração saiu da vida de Frida no calvário de suas limitações corporais, uma das razões pulsantes de seu gênio criativo.

Dia 30 de março, o artista Alireza Karini realiza releituras das obras Van Gogh, comemorando cento e sessenta e nove anos do nascimento do artista, onde Frida convida o mestre holandês a participar da exposição Imperfeita. Para a performance, Alireza vai utilizar inteligência artificial.

Já no dia 2 de abril, é realizada uma leitura encenada da peça “Mulher de Lot”, escrita pelo dramaturgo Tiago Lima. No texto, ele procura representar “a realidade interna do ser humano numa relação autofágica e a consequente anulação do outro”.

O último fim de semana da exposição, foi programado um jantar temático para o dia 8 de abril. Quem comanda o menu é o Restaurante Siesta. Enquanto a degustação acontece, performances e apresentações musicais de Mariachis e de Luís Espirito Santo devem completar a noite.

A exposição se encerra no dia 10 de abril com a apresentação da agência True Sparkle – Actors, em uma minipeça encenada de autoria de Sofia do Espírito Santo. De acordo com o Coletivo 284, é um preview da edição Imperfeita de 2023, onde Frida Kahlo convida  outra grande mulher, que enfrentou e venceu preconceitos e limites socialmente impostos.

Programação completa por dia 

25 de março

Ricardo Zuquete – live painting (aberto ao público da exposição)

26 de março

16h30 Poetisa Ana Matias – “Frida Kahlo Corpo de Mulher” (aberto ao público visitante da exposição)

30 de março

Aniversário de Van Gogh – Artista Alireza Karini (evento para convidados)

08 de abril

Jantar temático by Siesta*

09 de abril

21h Leitura encenada da peça “Mulher de Lot”*

10 de abril

Finissage e apresentação teatral e preview da “Imperfeita” 2023

*eventos com bilheteira

SERVIÇO

  • Exposição “Imperfeita” 1.2 
  • Coletivo 284, Rua das Amoreiras, 72 A, Lisboa, Portugal
  • De 11 de março a 10 de abril de 2022
  • Sexta a domingo das 11h às 19h
  • Entrada gratuita

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“Essa coisa brilhante que é a chuva”, obra de Cíntia Moscovich, é a leitura do mês de dezembro no Clube do Livro do MyNews https://canalmynews.com.br/clube-do-livro/essa-coisa-brilhante-que-e-a-chuva-obra-de-cintia-moscovich-e-a-leitura-do-mes-de-dezembro-no-clube-do-livro-do-mynews-2/ Thu, 02 Dec 2021 23:02:49 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/essa-coisa-brilhante-que-e-a-chuva-obra-de-cintia-moscovich-e-a-leitura-do-mes-de-dezembro-no-clube-do-livro-do-mynews-2/ Obra publicada pela editora Record está com desconto para os membros do canal

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Cíntia Moscovich é escritora brasileira premiada com um Jabuti. Em “Essa coisa brilhante que é a chuva”, a autora reúne contos inéditos escritos ao longo de seis anos. Com muita originalidade e sensibilidade, Cíntia aborda temas corriqueiros: o ciúme do filho pela mãe, a adoção de um cachorro abandonado, um jovem casal às voltas com uma reforma na casa. O humor perpassa todo o livro e a reunião de contos ficou coesa, divertida, delicada. Fica a impressão de que é tudo uma narrativa só. A autora já confirmou que participará de uma live no canal no final do mês de dezembro. (veja infos abaixo)

Segundo Fabrício Carpinejar, autor da orelha do livro, esta obra “é um retrato antológico de Cíntia Moscovich. É quando a gente sabe com quem a gente está falando: estou conversando com o tempo. Estou conversando com o futuro. Estou conversando com o  Manual de Literatura de meu neto. Estou conversando com um clássico.”

O cuidado com o conteúdo e com a linguagem transbordam em cada página deste livro. O texto é econômico e Cíntia mostra como é possível falar do amor familiar, da alegria, da gratidão e de outros temas sem ser meloso ou piegas. Se você está em busca de um grande livro, certamente vai gostar.

Conheça mais sobre Cíntia Moscovich

A escritora Cíntia Moscovich é a autora de “Essa coisa brilhante que é a chuva”, obra de dezembro do Clube do Livro do MyNews. Foto: Elisa Faccioli

Em 2006 Cíntia lançou “Por que sou gorda, mamãe?”, onde trata das crises de auto-imagem das pessoas. O livro traz o ódio do próprio corpo, de uma herança genética que tira a narradora da escolha e a faz “gorda feito uma baleia”. Ela odeia a comida que a engorda, mas ama o alimento que lhe dá prazer. Ambiguidades ultrapassadas aos poucos, grama a grama, garfada a garfada, capítulo a capítulo.

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Cíntia Moscovich é escritora brasileira premiada com um Jabuti. Em “Essa coisa brilhante que é a chuva”, a autora reúne contos inéditos escritos ao longo de seis anos. Com muita originalidade e sensibilidade, Cíntia aborda temas corriqueiros: o ciúme do filho pela mãe, a adoção de um cachorro abandonado, um jovem casal às voltas com uma reforma na casa. O humor perpassa todo o livro e a reunião de contos ficou coesa, divertida, delicada. Fica a impressão de que é tudo uma narrativa só. A autora já confirmou que participará de uma live no canal no final do mês de dezembro. (veja infos abaixo)

Segundo Fabrício Carpinejar, autor da orelha do livro, esta obra “é um retrato antológico de Cíntia Moscovich. É quando a gente sabe com quem a gente está falando: estou conversando com o tempo. Estou conversando com o futuro. Estou conversando com o  Manual de Literatura de meu neto. Estou conversando com um clássico.”

O cuidado com o conteúdo e com a linguagem transbordam em cada página deste livro. O texto é econômico e Cíntia mostra como é possível falar do amor familiar, da alegria, da gratidão e de outros temas sem ser meloso ou piegas. Se você está em busca de um grande livro, certamente vai gostar.

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A sombra de um gigante em água fresca https://canalmynews.com.br/voce-colunista/a-sombra-de-um-gigante-em-agua-fresca/ Mon, 22 Nov 2021 18:03:13 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/a-sombra-de-um-gigante-em-agua-fresca/ Entender esse encaixe de todos os acontecimentos em calma nas ruazinhas interioranas do Brasil de pedra não é nem para quem compõe esse cenário pré-Renascimento

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Aqui no interior, das tradições que retornam, a minha preferida é cadeira na calçada. Parece a dramaturgia de um vinil de Sá, Rodrix e Guarabyra nosso pós-país de agora. É de emocionar esse Brasil.

Os festivais de cultura popular já haviam sido mesmo dominados por burocratas da cultura, os coreógrafos de ciranda à solta e as peças interioranas vazias de gente e gente já salvas por editais, quem importa. Além do mais, não fosse o adolescente sertanejo universitário democratizando a autoestima de tantas pessoas a se arriscarem pelos bares a entreter o ambiente, tenho é medo de calcular o número de desempregados culturais.

Entender esse encaixe de todos os acontecimentos em calma nas ruazinhas interioranas do Brasil de pedra não é nem para quem compõe esse cenário pré-Renascimento: o olhar da mulher de sonhos em meia-idade de todo não acontecer, aceitando, pouco a pouco, o trânsito que lhe pertence, permitindo aos filhos continuar brincando após o ferimento.

As sinucas lotadas. As igrejas em fúria. A rendição das ruas ao espetáculo de si mesma, por mais que doa, é um fenômeno a ser apreciado, o público ocupa calçadas com antigas cadeiras de praia esgarçadas, lado a lado, posicionadas respeitosamente em direção à anfitriã da fachada. O ar de fora toma comboio de fuga, pois “- Ficar dentro de casa dá fome à toa”.

A constância no empurrar da bicicleta do senhor das roscas já não tão frescas me instiga, o desânimo que abafa o vendedor de picolé, seu agudo, quando alguém o chama é preciso gritar de novo, pois ele nem sempre acredita, e está quase sempre certo.

Entre tantos tons de miséria, a uniformizada revendedora de loterias não federais até entretém. Um instante de sonhos e fortuna logo reprimido por um sorriso incompleto, plateia é plateia, nem todas gostam de peças interativas.

Buscam algo pela rua os cães, dão inveja até certa idade, desviam de pedras com habilidade cênica, nos olhos dos moradores das calçadas uma curiosidade repentina volta a existir, um riso quase, um flerte por exercer, uma permissão ao macabro.

Um Brasil de ruas em que é chegar e assistir, sem vida, sem Lei Rouanet ou passaporte da vacina.


Quem é Gustavo Caldeira Ministério?

Gustavo Caldeira Ministério é teatrólogo

* As opiniões das colunas são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a visão do Canal MyNews


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Após acordo, França devolverá artefatos saqueados durante colonização africana https://canalmynews.com.br/mais/franca-devolvera-artefatos-saqueados-durante-colonizacao-africana/ Wed, 27 Oct 2021 17:29:59 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/franca-devolvera-artefatos-saqueados-durante-colonizacao-africana/ Será a primeira vez que a França reconduzirá objetos artísticos à África. Dos 5 mil artigos solicitados pela Nigéria, o governo francês retornará 26

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Autoridades do Benin, país da África Ocidental, firmaram um acordo com o governo da França para que a nação europeia devolva 26 artefatos históricos saqueados pelo exército francês durante os anos de colonização do continente africano, no século XIX.

Conhecidas como “Os Tesouros de Abomey”, as peças compostas por altares, ícones e estátuas foram roubadas em 1892, e estavam em exibição no museu parisiense Quai Branly há 18 anos. Com a decisão, a exibição da coleção será prontamente encerrada, e os itens seguirão para Benin, onde um museu está sendo construído na cidade de Abomey com auxílio do governo francês.

'Bronzes de Benin' em exibição no Museu Britânico de Londres.
‘Bronzes de Benin’ em exibição no Museu Britânico de Londres. Foto: Reprodução (Redes)

A universidade Jesus College, de Cambridge, também anunciou que devolverá uma escultura de um galo, retirada do Reino de Benin por tropas britânicas em 1897 – a obra faz parte do acervo de peças comemorativas criadas pelos povos Edo, grupo étnico da Nigéria descendente dos fundadores do Império Benin.

“Esta é a coisa certa a fazer por respeito à herança e história única deste artefato”, disse Sonita Alleyne, professora da instituição à Reuters. O governo nigeriano agradeceu o ato “pioneiro” e afirmou que está aguardando ansiosamente o retorno de outros artigos por parte de novas entidades.

Historiadores e especialistas em arte concluem que cerca de 90% do patrimônio cultural da África está na Europa. Como parâmetro, apenas o Museu do Quai Branly, abriga cerca de 70.000 objetos provenientes de terras africanas.

A entrega dos itens será realizada nesta quarta-feira (27) em uma cerimônia especial dirigida pela presidente da França Emmanuel Macron. As 26 peças fazem parte de uma lista composta por outras 5.000 solicitadas pela Nigéria.

Será a primeira vez que o país europeu devolverá objetos artísticos à África. Macron indicou que a iniciativa de devolução temporária ou permanente da herança africana teve início em 2017.

  • Peça do acervo ‘Os Tesouros de Abomey’. Foto: Reprodução (Domínio Público)

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“Morreste-me” é a obra do Clube do Livro do MyNews em setembro https://canalmynews.com.br/vip/morreste-me-e-a-obra-do-clube-do-livro-do-mynews-em-setembro/ Thu, 16 Sep 2021 20:16:05 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/morreste-me-e-a-obra-do-clube-do-livro-do-mynews-em-setembro/ Publicada no ano 2000 em Portugal e em 2015 no Brasil, “Morreste-me” é um livro tocante e comovente. O relato da morte do pai, o luto e, ao mesmo tempo, uma homenagem

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Ator Sérgio Mamberti morre aos 82 anos https://canalmynews.com.br/mais/ator-sergio-mamberti-morre-aos-82-anos/ Fri, 03 Sep 2021 22:00:56 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ator-sergio-mamberti-morre-aos-82-anos/ Grande ator e diretor, Sérgio Mamberti dedicou a sua vida à arte, atuando em defesa da política cultural brasileira

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Morreu nesta sexta-feira (3), aos 82 anos, o ator e diretor Sérgio Mamberti. Ele estava internado em um hospital de São Paulo com uma infecção pulmonar depois de ter uma pneumonia e teve falência múltipla de órgãos.

Por mais de 60 anos, Mamberti foi ator, diretor, produtor, autor, artista plástico e ocupou vários cargos políticos no Ministério da Cultura. Fundador e militante do Partido dos Trabalhadores (PT), o ator foi um defensor da arte e da cultura brasileiras.

Ator Sérgio Mamberti morreu aos 82 anos após uma infecção pulmonar/Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas

Sérgio Mamberti atuou no teatro, no cinema, em novelas e teve vários papéis de destaque. Um dos principais foi o mordomo Eugênio na novela “Vale Tudo” da TV Globo, em 1988. Entre os personagens mais queridos e marcantes na TV, fez o Doutor Victor do “Castelo Rá-Tim-Bum”.

O corpo do ator foi enterrado na tarde desta sexta-feira (03) no cemitério da Consolação, no Centro da capital paulista.

Artistas lamentaram morte de Sérgio Mamberti nas redes sociais

Vários artistas se manifestaram sobre a morte de Sérgio Mamberti nas redes sociais.

A atriz Fernanda Montenegro também prestou homenagem ao amigo e companheiro de palco. “Mamberti, querido, saudades. Grande abraço de sua prima que te ama”, disse a atriz em seu perfil no Instagram, chamando Mamberti pelo apelido que costumavam se chamar: “primo” e “prima”.

Fernanda Montenegro e Sérgio Mamberti
Fernanda Montenegro homenageou o amigo Sérgio Mamberti em sua conta oficial no Instagram/Foto: Reprodução Redes Sociais @fernandamontenegrooficial

Cássio Scapin, que interpretou o Nino, também homenageou o “Tio Victor”. “Hoje partiu @sergiomamberti! Nosso Tio Vitor! Hoje partiu @sergiomamberti um homem, um artista que lutou pelo progresso e desenvolvimento da nação brasileira, com as armas que tinha, a cultura e a arte! Fará imensa falta a sua força! Nosso coração doido se despede com muita dor e uma grande salva de palmas! Bravo meu querido”.

Cássio Scapin e Sérgio Mamberti
O ator Cássio Scapin também prestou homenagem a Sérgio Mamberti/Foto: Reprodução Redes Sociais @cassioscapin

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a atuação de Mamberti em defesa da cultura brasileira. “Sérgio Mamberti foi um dos maiores atores da história do Brasil, além de escritor e diretor, um homem de teatro completo e um ser humano de coração e generosidade imensas, sempre disposto a ajudar e lutar pela democracia, pela cultura, pelas causas sociais, a fazer o bem ao próximo. A sua contribuição para a cultura brasileira nos palcos, no cinema, na TV, na Funarte e no Ministério da Cultura, na construção de políticas públicas para as artes nacionais é imensa. Se o povo brasileiro o admirava pelo seu talento, quem o conhecia de perto o admirava pela sua humildade, carinho e inteligência”, diz a nota.

Luciano Amaral, o Pedro no programa Castelo Rá-Tim-Bum, lembrou o bordão “raios e trovões” do Doutor Victor e lembrou de outros artistas da atração que já faleceram.

Em maio de 2021, Sérgio Mamberti lançou uma autobiografia. O livro tem o título “Sérgio Mamberti: senhor do meu tempo”, escrito com Dirceu Alves Jr. Mamberti chegou a realizar live, promovida pelo Sesc Consolação, para promover a obra.


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“Morreste-me” é obra do Clube do Livro do MyNews em setembro https://canalmynews.com.br/mais/morreste-me-e-obra-do-clube-do-livro-do-mynews-em-setembro-2/ Fri, 03 Sep 2021 12:21:30 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/morreste-me-e-obra-do-clube-do-livro-do-mynews-em-setembro-2/ Livro do mês está com 30% de desconto para os membros do canal na editora Dublinense. “Morreste-me” foi a obra que revelou o escritor português José Luis Peixoto

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Participe do Clube do Livro do MyNews e ganhe descontos nas obras selecionadas mensalmente. Compre direto com a editora ou site autorizado e receba o livro no endereço que escolher. Os membros garantem participação no Encontro de Leitores e podem conversar com os escritores em uma Live no fim do ciclo. 

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'Morreste-me', de José Luís Peixoto, é a obra do mês no Clube do Livro MyNews
‘Morreste-me’, de José Luís Peixoto, é a obra do mês no Clube do Livro MyNews. Foto: Reprodução (Divulgação)

Clube do Livro de setembro traz “Morreste-me” do escritor José Luis Peixoto

Publicada no ano 2000 em Portugal e em 2015 no Brasil, “Morreste-me” é um livro tocante e comovente. O relato da morte do pai, o luto e, ao mesmo tempo, uma homenagem. Já aviso logo de início: prepare-se para se emocionar. Os mais “manteiga derretida”, como eu, vão chorar. E digo mais: é lindo, vale cada lágrima. Nos toca a forma como o filho conta sua própria vida depois da morte do pai. Ele se aborrece com o mundo que insiste em continuar girando, enquanto aquele vazio preenche a casa e afronta a rotina. O filho conversa com o pai “impossivelmente morto” enquanto relembra os últimos momentos juntos em casa ou no hospital. A resposta do narrador à “mágoa indiferente deste mundo que finge continuar” é: “Pai. Tudo o que te sobreviveu me agride. Pai. Nunca esquecerei”. 

Ao escrever, pensar e falar sobre a morte, o autor faz uma reflexão sobre a vida, o amor, o tempo. Valores tão caros à nossa existência e, ao mesmo tempo, tão menosprezados. Peixoto escreveu “Morreste-me” aos 21 anos, em 1996. Quando a obra chegou às livrarias do Brasil em 2015, ele já era considerado um dos principais autores de sua geração. O livro também trata do amadurecimento. “Pai, que nunca te vi tão vulnerável, olhar de menino assustado perdido a pedir ajuda. Pai, meu pequeno filho”. Para nossa sorte, diante da dor extrema, o filho se descobriu escritor. Numa entrevista na época do lançamento, Peixoto classificou assim a literatura: “Por meio dela, tentamos encontrar sentido, referências para não nos perdermos do essencial. Ela dá proporção, equilibra a memória, limpa o pensamento”. Isso vale para escritores e leitores. 

A prosa de José Luiz Peixoto é poética. O livro é curtíssimo e simples. Quando a gente acaba, dá vontade de reler e chorar de novo. Impressiona demais como ele cuida da composição de palavras, ilumina o singelo do dia a dia. Nos mostra a grandeza dos acontecimentos mais prosaicos. O resultado é um concerto que toca a alma. Logo depois de lançado em Portugal, o livro teve um imenso reconhecimento da crítica e do público. Ganhou fama,  foi traduzido em inúmeros idiomas, é estudado em universidades nacionais e estrangeiras, virou objeto de teses de mestrado, doutorado  e artigos científicos. Quem me apresentou o livro foi Tainá Corrêa, jornalista do site e canal no YouTube Revista Bula, que trata de cultura. “Morreste-me” já entrou em várias listas da Revista Bula: “livros para ler em um dia”; “10 livros de tirar o fôlego”; “os 20 livros mais impactantes dos últimos 50 anos” e “15 livros que devem estar na sua lista de leituras em 2021”. Só por aí já dá pra saber que é um livro raramente esquecido. 

É triste, é bonito e, sem pieguices, fala da desesperança. Uma leitura delicada em tempos de lutos infinitos. Espero ouvir você na nossa reunião de leitores, sempre na última terça-feira do mês, dia 28 de setembro, às 21h

Conhece José Luís Peixoto?

José Luís Peixoto nasceu em Galveias, em 1974. É um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias, traduzidas num vasto número de idiomas, e é estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras. Em 2001, acompanhando um imenso reconhecimento da crítica e do público, foi atribuído o Prêmio Literário José Saramago ao romance “Nenhum olhar”. Em 2007, “Cemitério de pianos” recebeu o Prêmio Cálamo Otra Mirada, destinado ao melhor romance estrangeiro publicado na Espanha. Com “Livro”, venceu o Prêmio Libro d’Europa, atribuído na Itália ao melhor romance europeu do ano anterior. Em 2016, venceu o Prêmio Oceanos com “Galveias”. As suas obras foram ainda finalistas de prêmios internacionais como o Fémina (França), Impac Dublin (Irlanda) e Portugal Telecom (Brasil). Na poesia, o livro “Gaveta de papéis” recebeu o Prêmio Daniel Faria, e “A criança em ruínas” recebeu o Prêmio da Sociedade Portuguesa de Autores

O jornal francês “Le Monde”, considerou a obra “uma extraordinária forma de interpretar o mundo”.

“Um dos escritores mais dotados de seu país.”

— Le monde

“Peixoto tem uma extraordinária forma de interpretar o mundo, expressa pelas suas escolhas certeiras de linguagem e de imagens.”

— Times Litterary Supplement

O escritor português José Luís Peixoto é o autor de “Morreste-me”, obra de setembro do Clube do Livro do MyNews.
O escritor português José Luís Peixoto é o autor de “Morreste-me”, obra de setembro do Clube do Livro do MyNews. Foto: Reprodução (Arquivo Pessoal)

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Botão de membros no YouTube. Foto: Reprodução MyNews.

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Historiador José Ramos Tinhorão morre aos 93 anos https://canalmynews.com.br/mais/jose-ramos-tinhorao-morre-93-anos/ Wed, 04 Aug 2021 00:47:47 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/jose-ramos-tinhorao-morre-93-anos/ Autor de mais de 25 livros sobre música popular brasileira, o pesquisador estava internado com um quadro de pneumonia

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Faleceu nesta terça (3), em São Paulo, o pesquisador José Ramos Tinhorão, aos 93 anos. Segundo comunicado da Editora 34 – responsável pela publicação de diversos livros do autor, Tinhorão tinha a saúde debilitada por conta de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que sofreu há três anos e estava internado há dois meses com um quadro de pneumonia. O enterro acontecerá nesta quarta-feira (4).

Historiador José Ramos Tinhorão em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, em abril de 2000/Foto: Reprodução

José Ramos Tinhorão nasceu em Santos (SP), em 1928, mas foi criado e iniciou a carreira no Rio de Janeiro. Trabalhou em grandes veículos de comunicação, desde a década de 1960, como o Jornal do Brasil, Diário Carioca, TV Excelsior, TV Globo, Rádio Nacional, entre outros.

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, em abril do ano 2000, Tinhorão fala que se considerava um historiador com enfoque sociológico e antecipa e alguma forma a revolução provocada pelo que viria a ser o advento das plataformas de streaming. Perguntado sobre impacto da globalização para a ampliação do alcance da música regional, o historiador respondeu: “O que está abrindo espaço para os nichos não é a globalização, é a capacidade de reproduzir sons fora dos sistemas das gravadoras e das rádios. Então hoje você já tem o MP3 e pode ouvir música associada ao texto, ao computador. Isso será uma revolução, não pela globalização, mas pelas possibilidades novas da tecnologia na área”.

Autor de mais de 25 livros sobre música popular brasileira, também reuniu um acervo raro de discos, partituras, livros e fotos, que foram adquiridos pelo Instituto Moreira Salles (IMS), em 2001, e transformados no Acervo José Ramos Tinhorão – com a trajetória, entrevistas e situações da vida do pesquisador. A coleção está atualmente no IMS do Rio de Janeiro, localizado no bairro da Gávea.


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Museu da Língua Portuguesa reinaugura com presença de autoridades internacionais. Bolsonaro ignorou o evento https://canalmynews.com.br/mais/museu-da-lingua-portuguesa-reabre-com-presenca-de-autoridades-internacionais-bolsonaro-ignorou-o-evento/ Sun, 01 Aug 2021 14:19:04 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/museu-da-lingua-portuguesa-reabre-com-presenca-de-autoridades-internacionais-bolsonaro-ignorou-o-evento/ Os presidentes de Portugal e Cabo Verde celebraram o espaço que foi totalmente reconstruído, após um incêndio em dezembro de 2015

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Museu da Língua Portuguesa renovado depois de incêndio – Foto: Ana Mello

O Museu da Língua Portuguesa foi reinaugurado neste sábado (31/7). O espaço foi totalmente reconstruído, após um incêndio em dezembro de 2015. 

Um dos primeiros museus totalmente dedicados a um idioma, está instalado na histórica Estação da Luz, em São Paulo, cidade que conta com o maior número de falantes de português no mundo. Em todo planeta são 260 milhões de falantes da língua.

A reabertura contou com uma cerimónia presencial e que também foi transmitida online pelo canal do YouTube do Museu da Língua Portuguesa. No evento presencial somente convidados puderam participar da cerimônia, a partir deste domingo (1º) o museu foi reaberto oficialmente ao público em geral.

O evento contou com diversas autoridades internacionais e nacionais, entre elas o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza que condecorou a instituição com a Ordem de Camões, concedida pelo governo português a pessoas e instituições que prestem serviços relevantes à língua portuguesa. “Aqui viemos para dizer que uma língua é uma alma feita de milhões de almas, pela qual se ama, se sofre, se cria, se chora, se ri, se pensa, se escreve, se fala”, celebrou o presidente português.

O presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, destacou a união dos países lusófonos e as contribuições de escritores. “Uma língua que foi cada vez mais apropriada e reconstruída e acarinhada, afagada pelos deuses, os deuses da nossa língua comum são, para além dos nossos povos humildes, aquelas que a melhor a trabalham e divulgam.”

Estavam na cerimónia os ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Michel Temer e o governador de São Paulo, João Dória. O presidente Jair Bolsonaro não confirmou a presença e nem enviou um representante. No entanto, em suas redes sociais exaltava os atos pró Bolsonaro marcados para este fim de semana. 

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador João Doria (PSDB) e o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, na reabertura do Museu da Língua Portuguesa — Foto: Governo do Estado/Divulgação

Devido aos protocolos de Covid-19, a celebração de abertura exigiu dos convidados testes antes de entrar no museu, as portas foram mantidas abertas e as cadeiras foram afastadas para garantir o distanciamento social.

Funcionamento do Museu da Língua Portuguesa 

A visitação do público começa no domingo, 1º/8

De terça a domingo, das 9h às 16h30

R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Crianças até 7 anos não pagam

Grátis para todos aos sábados

OPERAÇÃO COVID

Acesso somente mediante emissão antecipada de ingressos. 

Compre ou agende pela internet

A reconstrução do Museu da Língua Portuguesa é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo em parceria com a Fundação Roberto Marinho e tem como patrocinador máster a EDP; como patrocinadores Grupo Globo, Grupo Itaú e Sabesp; e apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e do Governo Federal por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O IDBrasil Cultura, Educação e Esporte é a organização social responsável pela sua gestão.

Saiba mais sobre o Museu da Língua Portuguesa

O Museu celebra a língua como elemento fundador da nossa cultura. Por meio de experiências interativas, conteúdo audiovisual e ambientes imersivos, o visitante é conduzido a um mergulho na história e na diversidade do idioma falado por 261 milhões de pessoas em todo o mundo.

A cerimônia oficial de inauguração, no dia 31, terá transmissão ao vivo pelas redes sociais do Museu (Facebook e YouTube). A posterior abertura ao público se dará sob as restrições determinadas pelas medidas de combate à COVID-19. Os ingressos poderão ser adquiridos exclusivamente pela internet, com dia e hora marcados, e a capacidade de público está restrita a 40 pessoas a cada 45 minutos. Os visitantes receberão chaveiros touchscreen para evitar toque nas telas interativas.

A reconstrução do Museu da Língua Portuguesa é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo em parceria com a Fundação Roberto Marinho e tem como patrocinador máster a EDP; como patrocinadores Grupo Globo, Grupo Itaú e Sabesp; e apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e do Governo Federal por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O ID Brasil Cultura, Educação e Esporte é a organização social responsável pela sua gestão.

Conteúdo revisto e ampliado 

O conteúdo do Museu foi atualizado. Em sua exposição de longa duração, o Museu terá experiências inéditas e outras anteriormente existentes, que marcaram o público em seus 10 anos de funcionamento (2006-2015). Entre as novas instalações estão “Línguas do Mundo”, que destaca 23 das mais de 7 mil línguas faladas hoje no mundo; “Falares”, que traz os diferentes sotaques e expressões do idioma no Brasil; e “Nós da Língua Portuguesa”, que apresenta a língua portuguesa no mundo, com os laços, embaraços e a diversidade cultural da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Continuam no acervo as principais experiências, como a instalação “Palavras Cruzadas”, que mostra as línguas que influenciaram o português no Brasil; e a “Praça da Língua”, espécie de ‘planetário do idioma’ que homenageia a língua portuguesa escrita, falada e cantada, em um espetáculo imersivo de som e luz.

Com curadoria de Isa Grinspum Ferraz e Hugo Barreto, o conteúdo foi desenvolvido com a colaboração de escritores, linguistas, pesquisadores, artistas, cineastas, roteiristas, artistas gráficos, entre outros profissionais de vários países de língua portuguesa. São nomes como o músico José Miguel Wisnik, os escritores José Eduardo Agualusa, Mia Couto, Marcelino Freire e Antônio Risério, a slammer Roberta Estrela d’Alva e o documentarista Carlos Nader. Entre os participantes de experiências presentes na expografia estão artistas como Arnaldo Antunes, Augusto de Campos, Laerte, Guto Lacaz, Mana Bernardes e outros.

Já a exposição temporária de reabertura do Museu, “Língua Solta”, traz a língua portuguesa em seus amplos e diversos desdobramentos na arte e no cotidiano. Com curadoria de Fabiana Moraes e Moacir dos Anjos, a mostra conecta a arte à política, à vida em sociedade, às práticas do cotidiano, às formas de protesto e de religião, em objetos sempre ancorados no uso da língua portuguesa.

O Museu foi concebido também com recursos de acessibilidade física e de conteúdo.

Novo terraço e reforço de segurança contra incêndio 

Um dos principais prédios históricos de São Paulo, marco do desenvolvimento da cidade e querido por toda a população, a Estação da Luz tem uma importância simbólica única: foi uma das portas de entrada para milhares de imigrantes que chegavam ao Brasil. Era lá que eles, depois de desembarcarem dos navios em Santos, tinham o primeiro contato com a língua portuguesa.

Museu da Língua Portuguesa renovado depois de incêndio – Foto: Ana Mello

Com a completa recuperação arquitetônica e readequação de seus espaços internos, o Museu manteve os conceitos estruturantes do projeto de intervenção original – assinado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha e seu filho Pedro, em 2006 ­–  e ganhou aperfeiçoamentos. No térreo, o museu abre-se à estação, reforçando sua comunicação com a cidade. Nos andares superiores, espaços foram otimizados, novos materiais foram introduzidos e o museu ganhou mais salas para suas instalações. 

E no terceiro piso haverá um terraço com vista para o Jardim da Luz e a torre do relógio. Este espaço homenageará o arquiteto Paulo Mendes da Rocha, que morreu este ano. A nova versão foi concebida por Pedro Mendes da Rocha e desenvolvida nas etapas de pré-executivo e projeto executivo pela Metrópole Arquitetura, sob coordenação de Ana Paula Pontes e Anna Helena Villela.

A reconstrução também incorpora melhorias de infraestrutura e segurança, especialmente contra incêndios, que superam as exigências do Corpo de Bombeiros. Entre as novas medidas, está a instalação de sprinklers (chuveiros automáticos) para reforçar o sistema de segurança contra incêndio. No caso do Museu, os sprinklers não são uma exigência legal, mas foi uma recomendação dos bombeiros acatada para trazer mais segurança para o projeto.

O Museu e a Estação da Luz têm um Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) conjunto, que garante a segurança para todos os usuários da Estação. É a primeira vez que a Estação da Luz obtém o AVCB, graças ao esforço conjunto do Museu e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Todas as etapas foram aprovadas e acompanhadas de perto pelos três órgãos do patrimônio histórico: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan); Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), órgão de âmbito estadual; e Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).

Sustentabilidade: foco no selo LEED e madeira recuperada 

O museu também será reaberto com certificação ambiental. As diretrizes de sustentabilidade pautaram toda a obra, e o Museu obteve o selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) — um dos mais importantes do mundo na área de construções sustentáveis — na categoria Silver. Entre as medidas estão a adoção de técnicas para economia de energia na operação do museu; a gestão de resíduos durante as obras; e a utilização de madeira que atende às exigências de sustentabilidade (certificada e de demolição) em todo o Museu.

Cerca de 85% da madeira necessária para a recuperação das esquadrias foram utilizados do próprio material já existente no edifício, com a reutilização de madeira da cobertura original, datada de 1946. Já na construção da nova cobertura, foram empregadas 89 toneladas (67 m³) de madeira certificada proveniente da Amazônia.

Os recursos necessários para a reconstrução do Museu da Língua Portuguesa foram de R$ 85,8 milhões – a maior parte do valor é proveniente de parceria com a iniciativa privada via lei federal de incentivo à cultura e indenização do seguro contra incêndio.

Cerca de 4 milhões de visitantes em 10 anos  

Em quase 10 anos de funcionamento – de março de 2006 a dezembro de 2015 -, o Museu recebeu cerca de 4 milhões de visitantes e promoveu mais 30 exposições temporárias. Entre os homenageados com exposições estiveram escritores como Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Machado de Assis e Fernando Pessoa, além do cantor e compositor Cazuza. O Museu foi atingido por um incêndio em 21 de dezembro de 2015.

Durante a reconstrução, o Museu continuou em contato com o público por meio de atividades culturais e educativas, como as realizadas no Dia Internacional da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, desde 2017, e a mostra itinerante “A Língua Portuguesa em Nós”, apresentada em 2018 em países lusófonos da África, em Portugal e no Brasil.  Em 2020 e 2021, o Dia Internacional da Língua Portuguesa foi realizado de forma virtual, com série de eventos online que reuniram artistas de vários países de língua portuguesa.

Fonte: Museu da Língua Portuguesa

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Incêndio na Cinemateca Brasileira revela descaso com acervo cultural do país https://canalmynews.com.br/mais/incendio-cinemateca-brasileira-descaso-acervo-cultural/ Fri, 30 Jul 2021 21:02:12 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/incendio-cinemateca-brasileira-descaso-acervo-cultural/ Cinemateca Brasileira está fechada há mais de um ano e acervo está sem manutenção. Ainda não é possível dizer o que foi perdido no incêndio

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O incêndio que atingiu o galpão da Cinemateca Brasileira na Vila Leopoldina, na Zona Oeste de São Paulo, nesta quinta-feira (29), está destruindo parte do acervo e documentos em papel da entidade. Se ainda não é possível dizer exatamente o quanto da história do cinema brasileiro foi perdida, pode-se dizer, entretanto, que essa era uma tragédia anunciada – já que a Cinemateca está fechada desde julho do ano passado e o acervo está sem manutenção adequada desde então.

O contrato de gestão com a Organização Social (OS) Associação Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp) terminou em 31 de dezembro de 2019 e apesar de promessa do governo federal de abrir uma nova licitação, esta não aconteceu até o momento.

Incêndio no galpão da Cinemateca Brasileira/Foto: Reprodução Redes Sociais
Incêndio atingiu galpão da Cinemateca Brasileira, na Vila Leopoldina, nesta quinta-feira (29)/Foto: Reprodução Redes Sociais/@abpreservacaoaudiovisual

Luciana Correia Araújo, professora do Curso de Imagem e Som da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e que já trabalhou na cinemateca, explica que no galpão do incêndio desta quinta estariam filmes da Escola de Comunicação e Artes da USP e curtas-metragens das décadas de 1920 e 1940, além de documentos da antiga Empresa Brasileira de Filmes S.A. (Embrafilme) e do Conselho Nacional de Cinema (Concine).

“Se isso tiver se perdido é um desastre. É um material muito importante para se fazer pesquisa sobre a produção e a distribuição do cinema brasileiro. É uma mistura de tristeza e revolta. Já vai fazer um ano que não tem nenhum trabalhador especializado atuando na cinemateca, cuidando do acervo, que precisa ser constantemente revisado e monitorado”, explica a professora.

Segundo Luciana, as pessoas que trabalhavam no arquivo tinham uma rotina diária de controle de umidade e temperatura, com conferência de muitos detalhes que garantem a conservação do acervo. Ela lembra que em fevereiro de 2020 houve uma inundação nesse mesmo galpão que pegou fogo hoje e até agora não se sabe oficialmente o que foi perdido ou danificado nessa ocasião.

Em entrevista por telefone ao site do Canal MyNews, a professora titular do Departamento de Cinema, Rádio e TV da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP) e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (Socine), Maria Dora Mourão, lamentou mais um incêndio “com perda de memória para a cultura brasileira”.

“É uma perda bastante importante. O galpão da Cinemateca é praticamente um anexo da Cinemateca. A maioria do acervo está na Vila Mariana. Nesse galpão tem muita documentação, cópias de filmes e materiais importantes. Ainda não dá pra saber exatamente o que tinha porque há muito tempo que não estamos acompanhando o dia a dia da Cinemateca. São materiais importantes, uma perda enorme, porque mesmo que só tivessem cópias de filmes, para fazer cópias são necessários recursos e, em muitos casos, as cópias estavam com melhor conservação do que os originais. É uma dor muito grande”, lamentou a pesquisadora, ressaltando que há um ano tenta-se resolver a questão do fechamento da entidade.

Maria Dora Mourão ressalta que o descaso com a cultura não é algo recente e que a cinemateca vem enfrentando problemas desde 2013. “Acho que não se dá tanta importância à cultura. Começou há vários anos e as coisas vão sendo feitas sem nenhuma política pública adequada e com continuidade. Esse é o grande problema, a não continuidade, e a cultura se ressente demais”, ressaltou a professora, que integra a Sociedade Amigos da Cinemateca – um dos movimentos organizados para encontrar uma solução para a reabertura da entidade.

Material sensível e que precisa de conservação especial

Professor do curso de Cinema da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o pesquisador Rodrigo Carreiro destaca que o acervo da Cinemateca demanda cuidados e conservação especiais – por ser altamente inflamável – e que o incêndio de hoje, infelizmente, era previsível. “Infelizmente, previsível, porque o acervo estava sem manutenção e ninguém sabia o que estava acontecendo lá dentro. Os rolos de filme são de celuloide, um material muito inflamável, e quando não tem manutenção, ele vai avinagrando. É uma situação que favorece esse tipo de ocorrência. É uma tragédia para a memória do cinema brasileiro”, ressaltou o pesquisador.

Ex-coordenador do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no Recife, o jornalista e crítico cultural Luiz Joaquim lamenta o abandono do acervo audiovisual e da história cultural brasileira. “É triste, mas quem é da área sabe que era uma questão de tempo. Que sirva como um alerta. Quem é da área está revoltado e incrédulo com o descaso e sabedor de que essa desgraça iria acontecer”, lamenta Luiz Joaquim, ressaltando que a Cinemateca tem um acervo reconhecido mundialmente e que diversas entidades se pronunciaram a respeito da situação que a entidade vem enfrentando há mais de um ano.

Situação da Cinemateca Brasileira vinha sendo denunciada há mais de um ano

Criada em 1940, a Cinemateca Brasileira é considerada o maior acervo de imagens em movimento da América do Sul, com mais de 200 mil rolos de filmes, entre outros itens e documentos da história da produção audiovisual brasileira.

Depois que o contrato de gestão com a Acerp foi encerrado, os cerca de 150 funcionários da entidade passaram vários meses sem receber salários, até que a Cinemateca Brasileira foi fechada – situação na qual se encontra desde a segunda metade de 2020. O Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) chegou a entrar com uma ação judicial contra o abandono da Cinemateca, alegando diversos problemas, como risco de incêndio, atraso no pagamento de contas e salários e falta de manutenção do acervo.

No início do mês de julho, na abertura do Festival de Cannes de 2021, o cineasta brasileiro Kleber Mendonça Filho, membro do júri do festival, denunciou durante a entrevista coletiva oficial do evento a situação da cinemateca: “(A cinemateca) está fechada há cerca de um ano; 95 mil títulos, 230 mil rolos de filmes e fitas de televisão, todos os técnicos e peritos foram demitidos. Essa é uma demonstração muito clara de desprezo pela cultura e pelo cinema. Alguns dos meus amigos estrangeiros perguntam: ‘o que podemos fazer’? Eu respondo: fale sobre isso, discuta, escreva sobre isso”, destacou.


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Chega de saudade, Bossa Nova https://canalmynews.com.br/mais/chega-de-saudade-bossa-nova/ Sat, 10 Jul 2021 20:10:33 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/chega-de-saudade-bossa-nova/ Há exatos 63 anos, o mundo era agraciado com um dos maiores clássicos musicais. Na voz de João Gilberto, a presença artística brasileira passou a ser, de fato, internacional

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Antes de começar, o MyNews sugere que você ouça esta obra-prima brasileira enquanto faz a leitura do texto. Gostou da ideia? Clique aqui ou escute pelo player no final do texto.


Há 63 anos, um desenrolar do samba canção com requintadas evidências do jazz apresentava, com seus eternos dois minutos de duração, a face inerente à imagem do ser brasileiro mundo afora; encarnava-se, à voz de João Gilberto, a Bossa Nova.

João Gilberto, músico reconhecido por ter dado voz à Bossa Nova.
João Gilberto, músico reconhecido por ter dado voz à Bossa Nova. Foto: Reprodução (SESC-SP).

Nunca, na magnificente e múltipla história de nossa indústria fonográfica, uma gravação havia gerado tamanhas controvérsias. Reproduzido em uma sexta-feira, dez de julho de 1958, o sexagenário setenta e oito rotações “Chega de Saudade” assemelhou unanimidade com delicada estranheza. A canção, creditada à primorosa dupla Tom Jobim e Vinicius de Moraes, teve inconfundível competência para mudar drasticamente os rumos musicais do nosso país, gerando influências sociais e culturais, aqui e no exterior.

Um Brasil a.B. (antes da Bossa) e outro d.B. (depois da Bossa). Contemplava-se em toda extensão territorial comandada por Juscelino Kubitscheck uma evidente transição para o futuro, e as rádios, porta-vozes das inovações, transmitiam o novo momento. Fragmentadas entre firmados Carlos Galhardo’s e modernas Maysa’s, foi em timbre de sussurro que o tenro ritmo vociferou sucesso. Os arranjos assemelhavam-se ao já conhecido e aclamado samba, a batida ritmada do violão marcava uma forte alteração do tempo, cada linha aproximava a realidade do ouvinte que se via atônito ao amor, e seus versos configurados privilegiavam entonações em contratempo – a célebre síncope… Elementos dotados de um misticismo único, popular, espiritual e contemporâneo fundiram-se numa harmonia esplendida. Um cativante e fidedigno ritmo nosso, uma commodity brasileira.

Como toda grandiosa e afortunada originalidade, o impacto causado pela excêntrica novidade dividiu críticas; nada além do natural espanto pelo novo. Em um espaço de tempo nada delongado, a Bossa Nova era quase que unanimidade em apreciação. De fato, o ritmo cadenciado que foi ricamente estruturado em formato de choro, estendia-se na estreita e coloquial intimidade lírica, sonora e viva, dando espaço também às particularidades do populismo.

“Chega de Saudade” leva em sua tônica todo o conceito primordial do gênero. As notas do principiante Tom Jobim cresciam em uma progressão surpreendente e genial, atrelando-se aos sentimentos e ao lirismo que circunda perante a imagem da musa reavivada; é a personificação musical íntegra de afeto em irresistíveis acenos de carinho. João Gilberto, perfeccionista nato, trouxe uma interpretação sublime para a, não inédita, canção, e acabou intervindo em definitivo sobre a carreira de expoentes da música brasileira, como Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil…

A gravação, considerada o marco zero da Bossa Nova, foi a trilha que conduziu a nação modernidade adentro. Um Brasil conhecido pelo futebol, por um multiculturalismo extraordinário; um país de Niemeyer, de Tom e Vinicius… um Brasil novo, assim como a Bossa.

Música “Chega de Saudade” (1958), de João Gilberto – 2:00.

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“O Som do Rugido da Onça”, de Micheliny Verunschk, é obra do Clube do Livro do MyNews https://canalmynews.com.br/mais/o-som-do-rugido-da-onca-de-micheliny-verunschk-e-obra-do-clube-do-livro-do-mynews-no-mes-de-julho-2/ Wed, 07 Jul 2021 18:12:19 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/o-som-do-rugido-da-onca-de-micheliny-verunschk-e-obra-do-clube-do-livro-do-mynews-no-mes-de-julho-2/ Membros do canal têm 30% de desconto na compra do livro no site da Cia das Letras. A autora foi finalista do principal prêmio literário de língua portuguesa

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O Clube do Livro do MyNews entra no ciclo de julho com uma nova obra e com a confirmação de um novo encontro entre leitores (27/7), além da Live com a autora (30/7). A obra selecionada para o julho é “O som do rugido da Onça”, quinto romance da escritora e historiadora pernambucana  Micheliny Verunschk. 

'O som do rugido da Onça', livro escrito pela autora Micheliny Verunschk.
‘O som do rugido da Onça’, livro escrito pela autora Micheliny Verunschk. Foto: Reprodução (Cia das Letras).

A obra joga luz sobre a história de duas crianças indígenas raptadas no Brasil do século XIX. A autora constrói uma poderosa narrativa que deixa de lado a historiografia hegemônica para dar protagonismo às crianças – no livro batizadas de Iñe-e e Juri – arrancadas de sua terra natal. O livro retrata o drama vivido pelos povos originários, que se estende de forma estarrecedora aos nossos dias. 

Para garantir as participações no encontro entre leitores, a live com a escritora e o desconto de 30% na compra do livro, é preciso ser membro do MyNews. Se já é membro, clique aqui para acessar seu código de desconto e conferir a programação dos eventos de julho.

Mais sobre “O som do rugido da Onça” de Micheliny Verunschk

Em 1817, Spix e Martius, naturalistas alemães, desembarcaram no Brasil com a missão de registrar suas impressões sobre o país. Três anos e 10 mil quilômetros depois, os exploradores voltaram a Munique trazendo consigo não apenas um extenso relato da viagem, mas também um menino e uma menina indígenas, que morreriam pouco tempo depois de chegar em solo europeu. As anotações do zoólogo Johann Baptist von Spix e o botânico Carl Friedrich von Martius deram origem ao célebre relato “Viagem pelo Brasi”. Na versão dos exploradores, as crianças estavam sob o jugo dos “bárbaros”. No entanto, as evidências nos mostram o contrário. 

Entrelaçando a trama do século XIX ao Brasil contemporâneo, o leitor é apresentado também a Josefa, jovem que reconhece as lacunas de seu passado ao ver a imagem de Iñe-e em uma exposição. Josefa é paraense, com um passado familiar infeliz, migra para São Paulo e busca reconstruir sua vida rasurando as próprias raízes. Mas isso muda quando ela tem notícia, por meio de uma visita casual à mostra da Coleção Brasiliana do Itaú Cultural, dos retratos e do destino trágico das crianças indígenas, em especial as duas crianças que chegaram vivas a Munique.  Josefa se identifica com a menina Iñe-e, de 12 anos, e começa um processo de tomada de consciência de sua própria condição. 

O professor de teoria literária da Unicamp, Alcir Pécora, em artigo para a Folha de S. Paulo, diz que a prosa de Micheliny é poética, entremeada pela estranheza, o colorido e a sonoridade de palavras indígenas. “Em termos literários, o principal recurso aplicado por Verunschk é o do “fluxo de consciência”, que simula o que iria pela cabeça dos indígenas exibidos como curiosidades a gentes desconhecidas. A forma como ela o faz não é primária, nem tributária de uma representação literal. Basicamente, opta por uma prosa poética, entremeada pela estranheza, colorido e sonoridade de palavras indígenas, que, por vezes, surgem como onomatopéias dos animais e ruídos da floresta”, diz Pécora.

O livro é ancorado numa rica pesquisa documental. Uma obra sem paralelos na literatura brasileira que trata de memória, colonialismo e pertencimento. 

Opinião de quem já leu

“Um romance que expande as fronteiras da arte literária ao trazer memória, argumentos antropológicos e o melhor que a ficção pode nos oferecer.” – Itamar Vieira Junior, autor de Torto arado. 

“Palavras mágicas com poder de criar mundos. Muito bom de ler.” – Ailton Krenak, líder inídgena, ambientalista, poeta e escritor. 

Sobre a autora

MICHELINY VERUNSCHK nasceu em 1972, em Pernambuco. Escritora e historiadora, venceu o Prêmio São Paulo de Literatura com Nossa Teresa: vida e morte de uma santa suicida (Patuá, 2014), foi duas vezes finalista do Prêmio Rio de Literatura, além de finalista do antigo Prêmio Portugal Telecom, hoje Prêmio Oceanos.

Micheliny Verunschk, autora do livro 'O som do rugido da Onça', obra do mês no Cube do Livro.
Micheliny Verunschk, autora do livro ‘O som do rugido da Onça’, obra do mês no Cube do Livro. Foto: Reprodução (Arquivo Pessoal).

Curiosidade: Você conhece o prêmio Oceanos?

O Oceanos é um prêmio que contempla toda a literatura em língua portuguesa. Concorrem a ele obras publicadas em todos os países lusófonos –  Portugal, Brasil, Moçambique, Angola, Cabo Verde dentre outros-  e mesmo em países  não lusófonos, abarcando obras publicadas em português em outros países como Espanha, EUA e Alemanha.  Diferentemente de outro prêmio internacional, o Prêmio Camões, -que é uma espécie de Nobel da língua portuguesa e que avalia o conjunto da obra-,  o prêmio Oceanos sempre avalia as obras publicadas na primeira edição no ano anterior.

Para o ano de 2021, por exemplo, só são aceitas inscrições de livros de 2020.

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Na literatura kafkiana as máscaras caem e a realidade é exposta por sonhos https://canalmynews.com.br/mais/na-literatura-kafkiana-as-mascaras-caem-e-a-realidade-e-exposta-por-sonhos/ Tue, 06 Jul 2021 12:35:52 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/na-literatura-kafkiana-as-mascaras-caem-e-a-realidade-e-exposta-por-sonhos/ Após 138 anos do nascimento de Franz Kafka, a obra do escritor tcheco ainda compreende estruturas e comportamentos capazes de retratar o mundo de hoje

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Em um dia como hoje, mas em 1883, em Praga, à época regida pelo Império austro-húngaro, atual República Tcheca, encarnava-se uma das maiores referências da literatura moderna: Franz Kafka.

Compreendendo a alienação e a brutalidade por intermédio da psique humana, Kafka pode ser interpretado como o correspondente mais análogo ao impulso fantasioso da vida, os sonhos – utópicos ou não –, responsáveis legítimos pela projeção e construção de diferentes mundos e sociedades.

Em um breve trecho de seu diário, o autor afirma que “visto da perspectiva da literatura, meu destino é muito simples. O impulso de representar minha vida onírica deslocou todo o resto para um plano secundário, que definhou assustadoramente.” Sua escrita, então, contempla uma exímia junção do imaginário com o concreto, no qual a realidade, massacrada por construções sociais, expõe as desigualdades entre julgamentos.

Na obra “A Metamorfose”, publicada em 1915, após a icônica passagem de transmutação de Gregor Samsa em um enorme inseto, Kafka reproduz nas falas da irmã caçula um discurso repleto de repulsa, envolvido por nuances de angústia e dor psicológica. Essa impactante definição das personagens, da ambientação e dos discursos reflete, justamente, a genialidade do escritor em contornar a crítica direta, privilegiando a literatura sobre as estruturas de convívio humano – nesse âmbito, Kafka flutua entre pautas que vão da política ao estabelecimento de padrões estéticos, passando por contextos econômicos e interpessoais.

A compaixão externada no início do livro, ancorada na imagem pura da irmã, altera-se, em um curto período, em sentimentos de ódio e não aceitação, representando a volatilidade sentimental e as máscaras sociais:

Gravura de Kafka feita por Jan Hladík.
Gravura de Kafka feita por Jan Hladík. Foto: Reprodução (Creative Commons).

“Eis que, ao aproximar-se dele com o objetivo de alimentá-lo, o faz com a ojeriza à sua exteriorização atual e com esperanças de que o irmão volte à condição humana, chegando ao extremo de provocar sua própria morte, através da dor psicológica e da debilidade física impregnada nele por aquela situação: – Ele tem que ir embora! – gritou a irmã. – É o único jeito, pai. O senhor precisa se desfazer da ideia de que aquilo é Gregor. Acreditar nisso, durante tanto tempo, tem sido a nossa desgraça. Como pode ser Gregor? Se fosse, há muito tempo teria percebido que seres humanos não podem viver com um bicho como aquele. E teria partido por conta própria”.

Não é à toa que, passados mais de 130 anos de seu nascimento, ainda empregamos a expressão ‘kafkiano’ para expressar, conforme esclarece o Aurélio, um ambiente de pesadelo, de irrealidade, de angústia e de absurdo; diz-se do que, no âmbito burocrático ou na civilização atual, se afasta da lógica ou da racionalidade.

Do negacionismo à tirania, da intolerância à indignação e da ascensão às mazelas sociais, Franz Kafka trouxe ao mundo a experiência do real por intermédio do infinito ficcional, e fez da sua própria vida literatura.

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“O Som do Rugido da Onça”, de Micheliny Verunschk, é obra do Clube do Livro do MyNews no mês de julho https://canalmynews.com.br/vip/o-som-do-rugido-da-onca-de-micheliny-verunschk-e-obra-do-clube-do-livro-do-mynews-no-mes-de-julho/ Thu, 01 Jul 2021 14:11:14 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/o-som-do-rugido-da-onca-de-micheliny-verunschk-e-obra-do-clube-do-livro-do-mynews-no-mes-de-julho/ Acesse aqui o código de desconto de 30% na compra direto com a editora Cia das Letras. Confira a agenda de encontros para julho

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Clube do Livro do MyNews terá encontros mensais com seus leitores https://canalmynews.com.br/mais/clube-do-livro-do-mynews-tera-encontros-mensais-com-seus-leitores-tudo-e-rio-e-a-leitura-do-mes-de-junho/ Sat, 05 Jun 2021 21:12:25 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/clube-do-livro-do-mynews-tera-encontros-mensais-com-seus-leitores-tudo-e-rio-e-a-leitura-do-mes-de-junho/ A escritora Carla Madeira fará live especial para os membros, que terão desconto de 30% na obra da Record

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O Clube do Livro do MyNews traz mais uma novidade para seus leitores. Agora eles terão encontros mensais para um bate papo literário. Além destas reuniões, os membros do canal que fazem parte do Clube podem aproveitar os descontos, frutos de parcerias do canal com as editoras selecionadas. No mês de junho a obra escolhida é “Tudo é rio”, livro de estreia de Carla Madeira publicado pela editora Record. A autora já confirmou a participação em uma live especial para os membros.

Banner do clube do livro.
O Clube do Livro MyNews é mais uma vantagem para os membros do canal. Foto: Reprodução (MyNews).

O romance “Tudo é rio” conta a história do casal Dalva e Venâncio, cuja vida é transformada depois de uma perda trágica, resultado do ciúmes doentio do marido. A história dos dois passa por Lucy, a prostituta mais depravada e cobiçada da cidade, que entra no caminho deles formando um triângulo amoroso. A escritora Martha Medeiros disse sobre a obra: “É daqueles livros que, ao ser terminado, dá vontade de começar de novo, no mesmo instante, desta vez para se demorar em cada linha, saborear cada frase, deixar-se abraçar pela poesia da prosa. Na primeira leitura, essa entrega mais lenta é quase impossível, pois a correnteza dos acontecimentos nos leva até a última página sem nos dar chance para respirar. É preciso manter-se à tona ou a gente se afoga.”

A jornalista Myrian Clark vai mediar os encontros. “A ideia é conversar, falar sobre a experiência da leitura. É muito bom poder ler por prazer, trocar impressões e depois comentar com alguém. Há quem associe a leitura a algo cansativo, porque relaciona  livros com provas, fazer resumos, responder a perguntas. A ideia do Clube não tem nada a ver com aulas. É só o prazer de ler e dividir, sem pretensão,” conta Myrian.

Para essa nova empreitada Myrian fez um curso para mediadores de clube de leitura na Escrevedeira, um local com cursos relacionados à escrita, literatura e estímulo à leitura. “Faço a curadoria dos livros e o meu papel nos encontros do Clube do Livro do MyNews será o de provocar, estimular a conversa. Vou escutar muito mais do que falar”, diz.

Sobre a autora

Carla Madeira nasceu em Belo Horizonte em 1964. Largou um curso de matemática e se formou em jornalismo e publicidade. Foi professora de redação publicitária na Universidade Federal de Minas Gerais e é sócia e diretora de criação da agência de comunicação Lápis Raro. Em 2014 lançou seu primeiro romance “Tudo é rio”. Em 2018 lançou também “A natureza da mordida”.

Carla Madeira, autora do livro ‘Tudo é rio’. Foto: Reprodução.

Para lembrar:

Primeiro encontro do Clube do Livro do MyNews

Data: 29 de junho, terça-feira

Horário: 21h

Local: Google Meet

Quem: aberto a todos: curiosos, inscritos ou membros do canal

Acesso: clique aqui para preencher o formulário e receber o acesso em seu e-mail

Live com a autora

Data: 30 de junho, quarta-feira

Horário: 13h, logo depois do Almoço do MyNews

Local: Canal MyNews, no Youtube

Quem: membros do canal

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Clube do livro do MyNews terá encontros mensais com seus leitores https://canalmynews.com.br/mais/clube-do-livro-do-mynews-tera-encontros-mensais-com-seus-leitores-tudo-e-rio-e-a-leitura-do-mes-de-junho-2/ Sat, 05 Jun 2021 20:45:41 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/clube-do-livro-do-mynews-tera-encontros-mensais-com-seus-leitores-tudo-e-rio-e-a-leitura-do-mes-de-junho-2/ Carla Madeira, autora do livro do mês de junho, ‘Tudo é rio’, fará live especial para os membros, que terão desconto de 30% na obra

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Cupom de desconto

Para você que é membro do canal, a obra do mês possui 30% de desconto no site da editora parceira! Basta inserir o cupom “mynews” na hora da compra para aproveitar essa vantagem até o dia 30 de junho de 2021.

  • Acesse o site https://www.record.com.br/produto/tudo-e-rio/;
  • Adicione o livro “Tudo é rio” no carrinho;
  • Aplique o cupom “mynews”;
  • Clique em concluir compra;
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  • Inclua os detalhes de faturamento, endereço de entrega e escolha a forma de pagamento;
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O clube do livro do MyNews traz mais uma novidade para seus leitores. Agora os membros do clube terão encontros mensais para um bate papo literário. A jornalista Myrian Clark vai mediar os encontros. “A ideia é conversar, falar sobre a experiência da leitura. É muito bom poder ler por prazer, trocar impressões e depois comentar com alguém. Há quem associe a leitura a algo cansativo, porque relaciona  livros com provas, fazer resumos, responder a perguntas. A ideia do clube não tem nada a ver com aulas. É só o prazer de ler e dividir, sem pretensão,” conta Myrian.

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O Clube do Livro MyNews é mais uma vantagem para os membros do canal. Foto: Reprodução (MyNews).

Para essa nova empreitada Myrian fez um curso para mediadores de clube de leitura na Escrevedeira, um local com cursos relacionados à escrita, literatura e estímulo à leitura. “Faço a curadoria dos livros e o meu papel nos encontros do Clube do Livro do MyNews será o de provocar, estimular a conversa. Vou escutar muito mais do que falar”, diz.

 Além das reuniões mensais, os participantes do clube podem aproveitar os descontos nos preços de capa dos livros, frutos de parcerias do canal com as editoras selecionadas. No mês de junho a obra escolhida é “Tudo é rio”, livro de estreia de Carla Madeira, publicado pela editora Record. A autora já confirmou a participação em uma live especial para os membros.

O romance  “Tudo é rio” conta a história do casal Dalva e Venâncio, cuja vida é transformada depois de uma perda trágica, resultado do ciúmes doentio do marido, e de Lucy, a prostituta mais depravada e cobiçada da cidade, que entra no caminho deles formando um triângulo amoroso. A escritora Martha Medeiros disse sobre a obra: “É daqueles livros que, ao ser terminado, dá vontade de começar de novo, no mesmo instante, desta vez para se demorar em cada linha, saborear cada frase, deixar-se abraçar pela poesia da prosa. Na primeira leitura, essa entrega mais lenta é quase impossível, pois a correnteza dos acontecimentos nos leva até a última página sem nos dar chance para respirar. É preciso manter-se à tona ou a gente se afoga.”

Sobre a autora

Carla Madeira nasceu em Belo Horizonte em 1964. Largou um curso de matemática e se formou em jornalismo e publicidade. Foi professora de redação publicitária na Universidade Federal de Minas Gerais e é sócia e diretora de criação da agência de comunicação Lápis Raro. Em 2014 lançou seu primeiro romance “Tudo é rio”. Em 2018 lançou também “A natureza da mordida”.

Carla Madeira, autora do livro ‘Tudo é rio’. Foto: Reprodução.

Para lembrar:

Primeiro encontro do clube do livro

Data: 29 de junho, terça-feira

Horário: 21h

Local: Google Meet

Quem: aberto a todos: curiosos, inscritos ou membros do canal

Acesso: clique aqui para preencher o formulário e receber o acesso em seu e-mail.

Live com a autora

Data: 30 de junho, quarta-feira

Horário: 13h, logo depois do Almoço do MyNews

Local: canal MyNews, no Youtube

Quem: para membros do canal.

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Novo ciclo de leitura começa com “Nove Noites” https://canalmynews.com.br/vip/novo-ciclo-de-leitura-comeca-com-nove-noites-2/ Fri, 14 May 2021 21:23:39 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/novo-ciclo-de-leitura-comeca-com-nove-noites-2/ Obra de Bernardo Carvalho é o livro do mês do Clube do Livro do MyNews. Nesse ano, está na lista da Fuvest

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Novo ciclo de leitura começa com “Nove Noites” https://canalmynews.com.br/mais/novo-ciclo-de-leitura-comeca-com-nove-noites/ Fri, 14 May 2021 17:00:53 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/novo-ciclo-de-leitura-comeca-com-nove-noites/ Obra de Bernardo Carvalho é o livro do mês do Clube do Livro do MyNews. Nesse ano, está na lista da Fuvest

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Entre todas as vantagens de ser membro do canal MyNews, a possibilidade de integrar o Clube do Livro pode ser compreendida como um verdadeiro privilégio, social e particular – afinal, constituindo-se em uma terapia literária, a leitura é sempre uma expedição à verdade, plenamente capaz de mudar universos.

Como fazer parte do Clube do Livro MyNews, por Myrian Clark.

Livro do mês

‘Nove Noites’ é a obra escolhida para o mês de maio no Clube do Livro do MyNews em parceria com a editora Companhia das Letras.

Publicado pela primeira vez em 2002, o romance produzido pelo escritor e jornalista Bernardo Carvalho é caracterizado por críticos como um verdadeiro fenômeno da literatura contemporânea – neste ano, pela primeira vez, o livro compõe o rol de leituras essenciais da Fuvest.

Vencedor do prêmio Oceanos de Literatura em Língua Portuguesa, o exemplar, embora baseado em fatos, experiências e pessoas reais, é um livro de ficção. Exímio em descontruir as estratégias da narrativa realista, Carvalho foi plenamente capaz de harmonizar memórias com imaginações no decorrer da narrativa, produzindo um intrigante efeito de atração.

'Nove Noite', de Bernardo Carvalho, é a obra do mês no Clube do Livro MyNews.
‘Nove Noite’, de Bernardo Carvalho, é a obra do mês no Clube do Livro MyNews. Foto: Reprodução (MyNews).

Qualquer dúvida, envie um e-mail para membros@admin.canalmynews.com.br.

Como se tornar membro

Para se tornar membro do canal MyNews, acesse este link e clique no botão ‘Seja membro’:

Botão de membros no YouTube.
Botão de membros no YouTube. Foto: Reprodução MyNews.

Depois, preencha seus dados bancários. A cobrança é feita pelo próprio Youtube:

Cobrança automática do YouTube.
Cobrança automática do YouTube. Foto: Reprodução MyNews.

Ao se tornar membro do canal, você encontra os conteúdos exclusivos para membros pela comunidade do Youtube ou pela playlist dos Membros.

Como aproveitar o desconto para membros?

O cupom de desconto não é cumulativo com outras promoções já disponíveis no site. Ele pode ser aplicado apenas na compra de livros físicos vendidos pela editora Companhia das Letras. O desconto não será aplicado ao valor do frete. O cupom é intransferível, válido para um uso por CPF.

  • Acesse o site da Companhia das Letras.
  • Se ainda não tiver cadastro, faça o cadastro no site da editora.
  • Acessa a página do livro “Nove Noites” e clique em “adicionar ao carrinho”.
  • Agora, aparecerá um quadrado do lado direito da tela, você precisa clicar no “itens no seu carrinho”, que é a primeira linha desse quadrado.
  • Ao clicar nesse link, você acessa o carrinho; na lateral direita da página, coloque seu CEP e o código de desconto — que você encontra aqui.
  • Pronto, é só finalizar a compra!

Seleção Especial

Para além de autores, gêneros e narrativas, o Clube preza também pela comunicação factual, explicativa, selecionando obras que dialogam com o atual contexto histórico que vivemos, evidenciando paixões, políticas e subjetividades contemporâneas.

A cada mês, então, a equipe MyNews indica um livro que pode ser adquirido com desconto pelos apoiadores oficiais do canal e que será discutido ao longo dos dias por intermédio de matérias no site e lives exclusivas, apresentadas pela jornalista Myrian Clark.

Ao final de cada leitura, os participantes do Clube têm acesso a um bate-papo especial com o autor da obra, onde é possível trocar experiências e se aprofundar ainda mais nos temas explorados. Além de convidados especiais que participam do Almoço do MyNews, como ilustradores, editores, críticos, historiadores, jornalistas, sociólogos e muito mais.

De questionamentos, por exemplo, sobre a constituição familiar (proposta do livro ‘Suíte Tóquio’, de Giovana Madalosso) à necessidade urgente de discutir a temática das complexas relações raciais que envolvem violência e negritude (como colocado em ‘O avesso da pele’, de Jeferson Tenório), o Clube do Livro é distinto em sua seleção, uma vez que visa o desenvolvimento de pautas progressistas.

Edições anteriores

Confira a playlist especial do Clube:

Live exclusiva com Giovana Madalosso, autora de ‘Suíte Tóquio’’, no Clube do Livro MyNews.

Live exclusiva com Jefferson Tenório, autor de ‘O avesso da pele’, no Clube do Livro MyNews.

Live exclusiva com Pedro Doria, autor de ‘Fascismo à brasileira’, no Clube do Livro MyNews.

Live de estreia do livro ‘Infidelidades Financeiras’, de Mara Luquet, parte do conteúdo exclusivo para membros.

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‘Suíte Tóquio’, de Giovana Madalosso, é a obra do mês no Clube do Livro https://canalmynews.com.br/mais/suite-toquio-da-escritora-giovana-madalosso-e-a-obra-do-mes-no-clube-do-livro/ Tue, 30 Mar 2021 18:04:59 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/suite-toquio-da-escritora-giovana-madalosso-e-a-obra-do-mes-no-clube-do-livro/ Considerado pela Todavia, editora parceira do mês, como “um romance pé na estrada, vertiginoso e tragicômico”, a obra é eficiente em retratar angústias e desejos da vida

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