Arquivos internacional - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/internacional/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Thu, 13 Feb 2025 20:30:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Afegão atropela multidão em Munique nesta quinta-feira (13) https://canalmynews.com.br/noticias/afegao-atropela-multidao-em-munique-nesta-quinta-feira-13/ Thu, 13 Feb 2025 20:30:59 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=50870 Segundo autoridades, polícia antiterrorismo assumiu investigação após indícios de que o suspeito tenha envolvimento com extremismo

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Um imigrante afegão, identificado pela imprensa local como Farhad N., de 24 anos, atropelou um grupo de pessoas que participavam de um comício de um sindicato em Munique, na Alemanha, na manhã desta quinta-feira (13). Segundo as autoridades, policiais do agrupamento antiterrorismo assumiram as investigações, pois há indícios de que o suspeito tenha envolvimento com extremismo.

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O atropelamento ocorreu em Seidlstrasse, no centro da terceira maior cidade da Alemanha, e deixou pelo menos 28 feridos, alguns em estado grave. O primeiro-ministro do Estado da Baviera, Markus Söder, afirmou que, provavelmente, se trata de um ataque deliberado.

O acidente

De acordo com o porta-voz da cidade, Christian Huber, um veículo da polícia estava acompanhando a passeata no momento do atropelamento e chegou disparar uma vez contra o carro do agressor.

“Um veículo se aproximou e ficou atrás do carro da polícia. Então, ele se moveu para ultrapassar, acelerou e chagou ao fim do protesto”, informou Huber. “Colegas [policiais] pegaram o agressor. Um tiro foi disparado contra o veículo. O agressor foi preso.”

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O acidente ocorreu horas antes do vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, e o presidente da Ucrânia, Zolodymyr Zelensky, chegarem ao país para a Conferência de Segurança de Munique. No entanto, as autoridade acreditam que não há relação com o fato.

O suspeito

O suspeito de ser autor do atropelamento é um imigrante afegão de 24 anos que estava em processo de solicitação de asilo na Alemanha. Segundo informações divulgada pela BBC, Farhad chegou ao país em 2016 e teve o visto negado, mas sua deportação estava suspensa.

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Ele era conhecido pela polícia por roubo e outros crimes relacionados à drogas.

O acidente acontece uma semana antes das eleições nacionais da Alemanha, em que a imigração é um dos temas mais debatidos.

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Assista abaixo ao Segunda Chamada de quarta-feira (12):

*Sob supervisão de Leonardo Cardoso

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Ditadura venezuelana usa estratégia nazista https://canalmynews.com.br/coluna-da-sylvia/ditadura-venezuelana-usa-estrategia-nazista/ Wed, 14 Feb 2024 16:31:51 +0000 https://localhost:8000/?p=42346 Regime utiliza o Sippenhaft, aplicado pelos alemães, ao deter opositores e vários de seus familiares

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Uma história terrível, e com inspiração na crueldade do regime nazista, está ocorrendo na Venezuela e mobilizando a comunidade internacional. Se trata da prisão, por parte da ditadura, da ativista de direitos humanos Rocío San Miguel, grande conhecedora dos assuntos militares do regime, uma fonte inestimável para jornalistas de vários países.

A referência ao nazismo vem por conta do recurso chamado de Sippenhaft, aplicado pelos alemães durante a época da Segunda Guerra e que consistia em castigar toda a família da pessoa-alvo. 

Primeiro, Rocío San Miguel foi detida no aeroporto de Maiquetia (Caracas), de onde faria uma viagem de férias com a filha, Miranda. Ficou desaparecida mais de três dias. O site Efecto Cocuyo (referência no valente jornalismo independente da Venezuela) foi o primeiro a revelar que San Miguel estava no Helicóide, edifício icônico de Caracas planejado e construído durante o “boom do petróleo” para ser um shopping, mas transformado pela ditadura chavista em prisão política. Alí estão mais de mil detidos por serem opositores, a maioria sem julgamento, segundo a ONG Provea. Esta obra arquitetônica única que se destaca no meio de Caracas acabou se transformando num dos principais centros de tortura do regime. 

San Miguel, 57, foi levada para lá no último dia 9 de fevereiro, pelo Sebin (Serviço de Inteligência do regime). A operação de Sippenhaft aconteceu nos dias seguintes, levando para o mesmo centro de detenção outros seis membros da família San Miguel, incluindo a filha Miranda, que mora em Madri, mas que tinha vindo passar férias com a mãe.

A filha telefonou para o pai ainda do aeroporto. Víctor Díaz Paruta, ex-marido de San Miguel foi buscar a filha no aeroporto. Daí, porém, ambos também foram levados pelo Sebin a um lugar indeterminado.

O governo dos EUA afirmou estar ““profundamente preocupado” pela detenção da ativista e diz acompanhar a situação com atenção. 

“Estamos atualizados quanto às informações sobre a detenção de Rocío San Miguel, e de seus familiares. Estamos profundamente preocupados por conta disso”, disse John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.

Além de Miranda e seu pai, também foram presos o atual marido e dois irmãos da ativista, entre outras pessoas próximas a ela.

San Miguel é diretora da ONG Control Ciudadano, em que reune e publica informações sobre o universo militar do regime, que reconheceu publicamente ter detido a ativista sob a acusação de ser uma das pessoas que atuaram nos bastidores do suposto atentado contra Maduro, em 2018. 

San Miguel está sendo acusada de tentativa de matar o ditador, traição à pátria, conspiração e terrorismo. As demais pessoas da família estão presas sem acusações, por ora.

O caso de Rocío San Miguel joga por terra o já moribundo acordo de Barbados, em que a oposição e regime se haviam colocado de acordo com relação a eleições livres neste ano. Os EUA apoiam a ideia e tem alta expectativa com relação a esse pleito.

Porém, como já fez em 14 ocasiões, Maduro, depois de assinar acordos de compromisso de democratizar o país, faz de tudo para enterrá-los. Desta vez, já tomou diversas atitudes para matar o último tratado. A primeira delas foi considerar nula a eleição primária realizada pela oposição, e vencida por María Corina Machado, depois, reafirmou a inabilitação da mesma. Agora, coloca detrás das grades e sob ameaças de tortura, uma das mais importantes defensoras dos direitos humanos da Venezuela e vários membros de sua família. 

As eleições prometidas para este ano estão em risco, e mais distante ainda parece um retorno da Venezuela à democracia.

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Milei deixa o mundo boquiaberto em Davos https://canalmynews.com.br/coluna-da-sylvia/milei-deixa-o-mundo-boquiaberto-em-davos/ Fri, 19 Jan 2024 01:16:28 +0000 https://localhost:8000/?p=42006 Discurso do presidente argentino choca liberais e moderados

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Javier Milei deixou seus espectadores de queixo caído em Davos, na última quarta-feira (17). Sim, estamos falando de Davos, o ponto de encontro do capitalismo internacional, que sempre abrigou conversas de alto nível do campo liberal e capitalista. Ou seja, a princípio, o campo de Milei.

Alto nível foi a primeira coisa que faltou, com a frase de abertura infantil do discurso. Aliás, a infantilidade na criação de um inimigo comum lembrou tempos da Guerra Fria, já longe no tempo: “Hoje estou aqui para dizer que o Ocidente está em perigo.” E explicou: “Está em perigo porque aqueles que supostamente deveriam defender os valores do Ocidente estão sendo cooptados por uma visão de mundo que inexoravelmente conduz ao socialismo e, consequentemente, à pobreza.”

Isso mesmo, Milei crê que surgiu para iluminar e avisar o poder econômico mundial que este vive o perigo do avanço do “socialismo” .

Para Milei, nas últimas décadas, “motivados por um desejo bem intencionado de querer ajudar os demais e por uma vontade de querer pertencer a uma ‘casta’ privilegiada, os principais líderes do mundo ocidental abandonaram o modelo da liberdade em troca de distintas versões do que nós chamamos de coletivismo”.

A repercussão dos principais diários do mundo foi variada, embora não pudessem esconder o espanto generalizado.

O El País, da Espanha, depois de conversar com vários líderes, afirmou que seu discurso “irritou” os mandatários e seus representantes:

“Cada vez mais apocalíptico, Milei expôs sua visão fundamentalista do mercado que nem mesmo é assumida em Davos, onde todas as empresas presentes estão acostumadas a colaborações público-privadas que são reivindicadas por outros presidentes, como o espanhol Pedro Sánchez, que falou logo depois no mesmo fórum. Milei defendia que os únicos que realmente fazem as coisas corretamente são os empresários.”

O El País segue: O discurso dele foi tão contundente que ele mesmo admitiu que “pode parecer ridículo dizer que o Ocidente se inclinou para o socialismo, mas essa é a tendência”

A agência EFE sinalizou que Milei atacou as agendas internacionais do feminismo e do meio ambiente, considerando-as parte da influência que o socialismo está exercendo sobre as políticas econômicas do Ocidente.

O jornal britânico The Guardian afirmou que Milei não apresentou razões firmes para criticar o feminismo. “Não explicou, no entanto, como essa visão libertária leva as mulheres no Reino Unido a trabalharem efetivamente dois meses sem remuneração devido à disparidade salarial de gênero, por exemplo.”

Já o Financial Times, aparentemente, gostou. Disse que a fala de Milei foi de “alto perfil”, e a “a primeira oportunidade dele apresentar sua visão ultraliberal à elite mundial após sua surpreendente vitória nas eleições”, escreveu em editorial.

Em geral, Milei irritou ao apontar a infantilidade dos próprios líderes por terem “deixado” o socialismo avançar em seus países.

Também disse que o mundo vive seu melhor momento.

“Não houve em toda a história da humanidade um momento de maior prosperidade do que o que vivemos hoje. O mundo de hoje é mais livre, mais pacífico e mais próspero… O capitalismo de livre empresa e a liberdade econômica têm sido ferramentas extraordinárias para acabar com a pobreza no mundo, e nos encontramos hoje no melhor momento da história”.

Apesar dos pedidos e perguntas, Milei não destrinchou nem expôs as polêmicas leis de ajuste, reforma trabalhista, cortes de subsídios e aposentadorias que nestes dias estão sendo votados em sessões extraordinárias do Congresso.” Tampouco deu respostas objetivas a seus planos para reduzir os 211% de inflação anual, os 55% de desvalorização da moeda e a pobreza dos argentinos, de mais de 40%.
Milei pôs o foco no país que, “no início do século 20, era o mais rico do mundo, hoje tem cerca de 50% da população abaixo da linha da pobreza e 10% de indigentes, sendo que a Argentina é um país que produz alimentos para 400 milhões. Para onde vai toda essa comida? A resposta é que o Estado fica com 70% dela.”

Milei disse que os líderes mundiais deveriam ser os comandantes, os heróis nessa luta contra o comunismo.

“O Ocidente está em perigo porque aqueles que supostamente deveriam defender os valores do Ocidente estão sendo cooptados por uma visão de mundo que inexoravelmente conduz ao socialismo e, consequentemente, à pobreza”, alertou, e em uma mensagem à seleta audiência enfatizou:

“Não se deixem intimidar nem pela casta nem pelos parasitas que vivem do Estado”

Por fim, como se faltasse alguém a quem desagradar, avançou contra o feminismo, a mudança climática e a “agenda globalista”.

Vozes internas e inclusive do espaço político de Mauricio Macri, como o ex-ministro da Cultura, Pablo Avelluto, também questionaram o discurso de Milei, segundo Avelluto, “baseado em falácias”.

“Ouvi o discurso do presidente em Davos. Uma mensagem reacionária baseada em falácias e atos de fé próprios da década de ’30. Posso ser coletivista, socialista, comunista, esquerdista ou o que parecer. Mas o liberalismo está muito longe de ser esse delírio fanático”, escreveu Avelluto em suas redes.

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Filmes para entender o golpe de Estado no Chile https://canalmynews.com.br/coluna-da-sylvia/filmes-para-entender-o-golpe-de-estado-no-chile/ Thu, 31 Aug 2023 12:14:31 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=39243 Para ajudar a refletir sobre a época, segue a recomendação de 5 filmes, entre clássicos e novidades, que reconstroem a época segundo distintos aspectos

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O golpe de Estado do Chile completa 50 anos no próximo dia 11 de setembro, num momento delicado do governo do esquerdista Gabriel Boric, que começou sua carreira política evocando a figura de Salvador Allende, o presidente socialista que foi derrotado e que se suicidou após o bombardeio do palácio de La Moneda. Este capítulo foi o início da sangrenta ditadura militar chilena (1973-1990), que deixou mais de 3 mil desaparecidos. Para ajudar a refletir sobre a época, segue a recomendação de 5 filmes, entre clássicos e novidades, que reconstroem a época segundo distintos aspectos.

A lista

“Missing” (Costa-Gravas, 1982) – Filme clássico com Jack Lemmon e Sissy Spacek, baseado numa história real, a do jornalista norte-americano Charles Horman, que desapareceu logo após o golpe de 1973. Seu pai e sua mulher o buscam por todas as partes, mas nunca o encontram. O filme, que ganhou a Palma de Ouro em Cannes, foi banido no Chile até o fim da ditadura, em 1990.

“Aranha” (Andrés Wood, 2019) – Protagonizada por Mercedes Morán, María Valverde e Marcelo Alonso, conta a história de um trio amoroso que compartilha, na juventude, a militância em um grupo de direita, o Frente Nacionalista Patria y Libertad, conhecido pelo símbolo de uma aranha. Nos anos 70, antes do golpe militar, a organização promoveu vários atentados contra apoiadores do governo do presidente socialista Salvador Allende.

“A Batalha do Chile” (Patricio Guzmán, 1975-1979) – A trilogia de documentários traz a visão privilegiada do cineasta que retratou os antecedentes da eleição de Salvador Allende, a tensão social e a polarização da sociedade até culminar no golpe de Estado. Há passagens históricas, como o momento em que o câmera argentino Leonardo Henrichsen é morto enquanto grava o próprio tiro que o alvejou. Guzmán também vai a encontros de trabalhadores, reuniões sindicais e paradas militares e mostra as primeiras aparições daquele que seria o protagonista do golpe, o general Augusto Pinochet.

“No” (Pablo Larraín, 2012) – O drama ficcionaliza a famosa “campanha do não”, que ocorreu em 1988, quando se deu um plebiscito que decidiria se os chilenos queriam que a ditadura de Pinochet continuasse ou não. Baseada em obra do escritor Antonio Skármeta, o filme é protagonizado pelo mexicano Gael García Bernal, que integra a equipe que faz a campanha publicitária para que o “não” vença. O filme mostra como ele conseguiu armar uma estratégia que transformou uma mensagem com uma palavra negativa em algo festivo, alegre, enquanto a campanha do “sim” era burocrática e baseada em números e balanços do regime. O “não” acabou vitorioso, colocando fim na ditadura.

“Machuca” (Andrés Wood, 2004) – Durante o governo socialista de Salvador Allende, encerrado pelo golpe de Estado de 1973, havia um programa do governo que trazia indígenas de comunidades para estudar em Santiago. O filme mostra a relação do menino branco e burguês Gonzalo Infante e o humilde Pedro Machuca, numa escola católica de Santiago. A amizade dos dois mostra a divisão da sociedade chilena. Enquanto a família de Infante apoiou o golpe, a de Machuca sofreu duramente suas consequências, A polarização da época está na origem da cisão política que existe até hoje no país.

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América Latina, uma região em recessão democrática https://canalmynews.com.br/coluna-da-sylvia/america-latina-uma-regiao-em-recessao-democratica/ Wed, 16 Aug 2023 21:29:39 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=38894 A diferença, agora, parece ser que essas cifras já não nos assustam

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A América Latina vive um período de “recessão democrática”, segundo os números da prestigiada pesquisa Latinobarómetro, recém-lançados. A socióloga chilena Marta Lagos, que coordena o estudo, já vinha apontando essa tendência nas últimas pesquisas.

A diferença, agora, parece ser que essas cifras já não nos assustam, basta olhar o noticiário da região a cada semana: aumento da violência, preferências por soluções mais radicais nas eleições (como na Argentina), assassinatos de candidatos (Equador) e baixo volume de comparecimento às urnas, entre outros aspectos. O documento ainda alerta: “A democracia, muito longe de se consolidar, entrou em recessão, e vai deixando os países vulneráveis ao avanço de soluções autoritárias”, diz Lagos.

A Latinobarómetro é um instituto baseado no Chile e que realiza pesquisas anuais, in loco, em 17 países da região. Neste ano, apenas a Nicarágua ficou de fora, por não ter sido permitida a entrada dos pesquisadores no país. O estudo mostra que 48% dos latino-americanos apoiam hoje a democracia como regime político, o que marca uma diminuição de 15 pontos percentuais nos últimos dez anos.

Outras conclusões que vale a pena observar:

A indiferença dos latinomaericanos sobre que tipo de regime preferem aumentou, foi de 16% no ano passado a 28% neste ano;

A preferência por um governo autoritário ante a um democrático subiu de 13% no ano passado para 17%;

Entre os jovens, são 43% os que apoiam a democracia, já entre os mais velhos, essa cifra cresce para 55%;

Esses números explicam, por exemplo, a ascensão de Javier Milei, na Argentina. Segundo o estudo, “as sociedades latino-americanas estão insatisfeitas, desesperadas por soluções”, daí a escolha por supostos “outsiders”, que com respostas radicais e simplórias prometem resolver os graves problemas do país.

Em 2019, houve protestos em vários países por uma mudança da relação do Estado. Os manifestantes reclamavam por melhores pensões, aposentadorias e melhor educação. Esses protestos foram deixados de lado uma vez que chegou a pandemia do coronavírus. Depois, no chamado pós-pandemia, as demandas de 2019 voltaram renovadas. E esse é o ambiente político que se vive na região. As pessoas estão cansadas dos políticos já conhecidos e suas reivindicações aumentaram com o agravamento da situação econômica e a violência em muitos dos países.

Um fenômeno marcado de nossos tempos parece ser o da popularidade de líderes autoritários, como é o caso do salvadorenho Nayib Bukele, que tem mais de 70% de aprovação e é praticamente um ditador. Tendo avançado contra as instituições, com um Congresso totalmente fiel a ele, Bukele mudou a Constituição e muito provavelmente vencerá o pleito de sua reeleição. O fato de haver cartazes de apoio a Bukele em vários países da região mostra que sua estratégia autoritária é popular não apenas em El Salvador.

Quanto a presidentes democráticos que se mostraram fracos para levar seu governo adiante, se vê a reação popular para que deixem seus postos cada vez mais presentes, como ocorreu com Fernando Lugo, no Paraguai em 2012, com Dilma Rousseff, no Brasil em 2016, e com Pedro Castillo, no Peru, mais recentemente.

O estudo Latinobarómetro nos coloca diante de um espelho. De certo modo, já nos sentimos em uma situação assim. O que ele acrescenta é que os números confirmam nossas sensações e nos dão claridade e números precisos sobre o tempo em que vivemos. Na região, emerge uma geração de eleitores pouco interessados nos processos históricos de seus países, que querem transformações rápidas e querem lideranças novas de pulso firme e que os entusiasmem.

Para onde esses fenômenos levarão a região? Teremos de decifrar isso antes de que seja tarde demais.

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Equador tem eleição e Estado de emergência juntos https://canalmynews.com.br/coluna-da-sylvia/equador-tem-eleicao-e-estado-de-emergencia-juntos/ Thu, 27 Jul 2023 10:42:31 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=38630 A disputa por território tem gerado uma série de consequências graves, incluindo sequestros, extorsões e homicídios, afetando a segurança da população em geral.

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Ter um país instável e violento na região não é uma boa notícia para nenhum vizinho. É por isso que as autoridades sul-americanas, e brasileiras especialmente, deveriam ter oferecido apoio há tempos, garantindo que o Equador pudesse realizar eleições realmente limpas e, sobretudo, pacíficas neste próximo dia 20 de agosto.

Vamos lembrar que o mandato do atual presidente, Guillermo Lasso, foi interrompido pelo mecanismo conhecido como “morte cruzada”, quando as relações entre o Congresso e o Executivo atingiram um limite crítico, levando Lasso a decretar o fechamento do Congresso e a renunciar ao poder, convocando novas eleições gerais.

Uma das principais razões para o desgaste de Lasso foi a crise nas prisões, um problema que já vinha aumentando antes de que tomasse posse e que se agravou durante o seu período no governo.

A violência tanto dentro como fora das grades tem sua origem na internacionalização do narcotráfico equatoriano, com a entrada de cartéis estrangeiros fortalecendo os já existentes no país. Hoje em dia, atuam no Equador cartéis mexicanos, colombianos, ex-guerrilhas, dissidentes, facções venezuelanas e outras organizações ligadas ao tráfico de drogas, como a Máfia Balcânica, organização albanesa instalada no país há mais de uma década.

O narcotráfico aproveitou-se da crise econômica e social que o Equador enfrenta, e que ficou evidente com a revolta dos indígenas contra o empréstimo do FMI em 2019. Essa crise apenas se agravou no cenário pós-pandemia, proporcionando um ambiente favorável para o crescimento das atividades ilícitas relacionadas ao tráfico de drogas.

Nos últimos meses, entre os imigrantes clandestinos que buscam chegar aos EUA, a população de equatorianos é a que mais tem crescido, ao lado dos haitianos, de acordo com dados das Nações Unidas.

A disputa por território tem gerado uma série de consequências graves, incluindo sequestros, extorsões e homicídios, afetando a segurança da população em geral. Nas prisões superlotadas, há massacres entre gangues e confrontos promovidos pelas forças de segurança.

Lasso, sem apoio no Congresso, não teve poder político nem pessoal para enfrentar esse desafio, desde o primeiro dia. Ele diz, em sua defesa, que esses distúrbios seriam causados por forças relacionadas a seu rival, o ex-presidente Rafael Correa, condenado por corrupção e fora do país.

Nesta semana, o mandatário decretou estado de emergência nas prisões e impôs um toque de recolher noturno em três províncias da costa, após um fim de semana marcado pela morte de oito pessoas, incluindo um prefeito.

Com o Estado de Emergência, Lasso tem como objetivo libertar dezenas de agentes penitenciários que estão sendo mantidos como reféns. Por outro lado, organismos de direitos humanos alertam para abusos que estariam sendo cometidos contra os detentos.

Impossível não temer distúrbios no próximo dia 20 e nas semanas seguintes à eleição. A comunidade internacional deveria estar mais alerta.

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Para que servem as primárias argentinas? https://canalmynews.com.br/coluna-da-sylvia/para-que-servem-as-primarias-argentinas/ Thu, 29 Jun 2023 12:06:08 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=38283 A pergunta parece óbvia, mas a resposta, não tanto. A corrida presidencial na Argentina já está a todo vapor

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A pergunta parece óbvia, mas a resposta, não tanto. A corrida presidencial na Argentina já está a todo vapor e com viradas de roteiro estonteantes a cada semana – isso para uma população que acompanha a política quase de modo tão visceral como faz com o futebol.

Apesar de a votação geral ocorrer apenas em outubro, as atenções agora estão presas às eleições primárias. Ou, como seu nome oficial indica, as Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (PASO), marcadas para o próximo dia 13 de agosto.

Esse recurso foi implementado em 2009, durante o primeiro mandato de Cristina Kirchner. A ideia era que os eleitores decidissem, por meio das urnas, quem preferiam que fosse o candidato por cada uma das forças políticas. Porém, apesar de serem os criadores das PASO, os kirchneristas jamais as respeitaram em sua vocação principal.
Corrente altamente dependente de um líder personalista _ no passado, foi Juan Domingo Perón ou Carlos Menem; recentemente, Néstor e Cristina Kirchner_, os kirchneristas, principalmente, jamais conseguiram apresentar duas opções viáveis para uma sucessão.

Outros partidos também fazem isso, foi o caso de Mauricio Macri na última eleição, na qual saiu derrotado, e o próprio peronismo, que jogou todas as suas fichas em Alberto Fernández. Este chegou ao posto e fracassou.

No caso das PASO atuais, medo de perder, de desgastar o partido em fricções internas e centralismo da decisão do líder, fazem com que, mesmo antes da primária, a força política se una em torno de um só nome. Apontado praticamente ao estilo “dedazo” mexicano pelo caudilho da vez. Desta vez foi Cristina Kircher, que escolheu como seu nome na disputa ao atual ministro da economia Sergio Massa.

A única força que chegará às PASO de fato para disputar a vaga em uma chave será o Juntos por el Cambio, coligação encabeçada pelo ex-presidente Mauricio Macri. Aí disputarão, de um lado, Horacio Rodríguez Larreta, astuto e pragmático chefe de governo da Cidade de Buenos Aires, contra Patricia Bullrich, admiradora de Bolsonaro e amiga de Sergio Moro, que tem discurso de mão dura com relação ao narcotráfico.

É preciso ficar de olho nessa disputa, uma vez que, nas pesquisas e nas eleições regionais, é o Juntos Por el Cambio quem vem ganhando mais cargos regionais e pontuando adiante na pesquisa para intenção de voto.

O peronismo também terá duas fórmulas, mas muito desiguais, concorrendo aí. Desiguais porque Massa, ao ser o escolhido de CFK terá toda a máquina pública para fazer sua candidatura decolar. Conta contra ele, porém, o fato de ser o ministro de economia de um país com inflação de 3 dígitos. Mas, por ora, ele não parece ter muita dificuldade em derrotar seu rival nas PASO, o líder ativista Juan Grabois.

As PASO também servem, e neste ponto funcionam, para filtrar as candidaturas de nanicos muito nanicos. É preciso obter mais de 1,5% dos votos nas PASO para seguir em qualquer candidatura.

Com todos seus problemas, as primárias argentinas são um avanço num sistema político que costumava ser caótico com demasiados candidatos. Temos, inclusive, tido exemplos catastróficos em países da região que não adotam sistemas semelhantes, como Equador e Peru.

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Desinformação e combate às fake news são tema de Conferência de Jornalismo https://canalmynews.com.br/internacional/desinformacao-e-combate-as-fake-news-sao-tema-de-conferencia-de-jornalismo/ Mon, 17 Apr 2023 12:12:19 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37084 Evento reúne os maiores especialistas da área no Texas, Estados Unidos. Canal MyNews acompanhou as mesas da 24ª ISOJ com apoio do MDIF (Media Development Investment Fund)

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O Simpósio Internacional de Jornalismo Online (ISOJ), organizado pelo Knight Center, reúne jornalistas, executivos de mídia, professores e estudantes de jornalismo do mundo todo para discutir o presente e o futuro do jornalismo online. Dezenas de palestrantes de diversos meios de comunicação e universidades do mundo todo discutiram algumas das questões mais urgentes do jornalismo digital. Na edição deste ano, o combate às fake news e à desinformação estiveram no centro das palestras. As mesas aconteceram na Universidade do Texas, em Austin, nos Estados Unidos, de 14 a 15 de abril de 2023.

Um dos fundadores do Simpósio é o brasileiro Rosental Alves, que também falou no evento. Depois de 27 anos como professor de jornalismo no Brasil, Alves iniciou sua carreira acadêmica nos Estados Unidos. Rosental Alves foi também diretor do Jornal do Brasil e trabalhou no periódico por 23 anos. Foi escolhido, entre 200 candidatos, para criar o Knight Center for Journalism para as Américas.

Dentre os palestrantes deste ano no ISOJ estavam Joseph Kahn, editor executivo do News York Times, Janelle Rodriguez, vice-presidente executiva da NBC News, Kourtney Bitterly, diretora de parcerias jornalísticas globais do Youtube e os brasileiros Sérgio Dávida, editor-chefe da Folha de S. Paulo e ex-bolsista da Fundação Knight em Stanford, e Cristina Tardáguila, fundadora da Agência Lupa, a primeira agência de checagens do Brasil.

Checagem de notícias
As mídias sociais e a polarização política fazem das agências de checagem uma necessidade. Os especialistas explicam que não é simples fazer com que o público confie na checagem dos fatos. Isso porque a desinformação viraliza com velocidade e se encaixa dentro da agenda política. Para Glenn Kessler, chefe do departamento de checagem do Washington Post, o maior problema é o viés de confirmação.

As pessoas são mais suscetíveis a acreditar apenas em fatos que apóiam suas crenças pré-existentes e descartam o que não confirma seus preconceitos. O título da fala de Kessler era: “Mentir na política, armar notícias falsas e atacar jornalistas: o que aprendemos até agora e como reagir à infodemia?”

Bill Adair, fundador do PolitiFact e professor do Centro Knight de Jornalismo e Políticas Públicas na Universidade de Duke, falou dos desafios de pensar em maneiras criativas de levar informações ao público.

“A verificação de fatos não está alcançando as pessoas que mais precisam”. Adair citou a possibilidade de usar a inteligência artificial para melhorar a verificação de fatos, o que criaria um campo de batalha totalmente novo, pois poderia aumentar a disseminação de desinformação.

Sérgio Dávila, editor-chefe da Folha de S. Paulo, falou dos esforços de checagem de fatos políticos e de como estas iniciativas podem aumentar a tensão entre a imprensa e as autoridades às quais ela aponta as responsabilidades. Dávila mostrou um clip com imagens do ex-presidente Jair Bolsonaro criticando a cobertura da Folha de S. Paulo e ofendendo seus jornalistas.

Ele também lembrou que o clã Bolsonaro lidera uma campanha online de assédio sexual acusando falsamente uma jornalista que fez uma cobertura negativa do governo dele. A família Bolsonaro compartilhou informaçoes falsas dizendo que a jornalista teria feito sexo em troca de um furo jornalístico.

De acordo com Dávila, com o recém-eleito presidente Lula a relação com a imprensa está mais respeitosa. Mas é também preocupante as tentativas de Lula de criar um verificador oficial de fatos do governo. “Um absurdo, isso é orwelliano”, disse Dávila, referindo-se à obra 1984, de George Orwell. Todos os palestrantes foram unânimes ao relatar que enfrentam críticas, tanto da direita quanto da esquerda política, quando estas não concordam com as checagens de fatos.

A diretora de tecnologia, media e comunicações da Universidade de Columbia, Anya Schiffrin, disse esperar ver verificações de fatos que possam ir além da verdade/mentira das alegações de políticos ou figuras públicas. Para ela, seria importante também que o jornalismo descobrisse as “motivações financeiras subjacentes à disseminação da desinformação”.

 

 

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Brasil quitou 10% de dívidas com órgãos internacionais em 100 dias https://canalmynews.com.br/economia/brasil-quitou-10-de-dividas-com-orgaos-internacionais-em-100-dias/ Tue, 11 Apr 2023 13:03:34 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36942 Restam R$ 4,28 bilhões a serem pagos no decorrer de 2023

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Nos 100 primeiros dias de governo foram quitados R$ 526 milhões de dívidas do Brasil com órgãos internacionais, divulgaram nesta segunda-feira (10) os Ministérios do Planejamento e das Relações Exteriores.

Segundo o Planejamento, o Brasil ainda deve R$ 4,28 bilhões, que devem ser pagos ao longo de 2023. Dessa quantia, R$ 2,49 bilhões referem-se a dívidas de anos anteriores. O valor restante, R$ 1,79 bilhão, diz respeito a contribuições e integralizações a serem pagas este ano.

Antes do pagamento dos R$ 526 milhões, o país tinha iniciado o ano devendo R$ 4,806 bilhões a organismos estrangeiros. Dessa forma, o governo quitou até agora 10,9% dos débitos.

Entre os principais órgãos com os quais o governo pagou dívidas estão a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), a Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), a Secretaria e o Parlamento do Mercosul e o Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). Também receberam pagamentos a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Organização Mundial do Comércio (OMC), a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

Segundo a nota conjunta, o governo está engajado no equacionamento das dívidas do Brasil com organismos internacionais como meio de melhorar as condições para a retomada da atuação brasileira na esfera internacional. “Para tanto, enviará esforços para a execução financeira integral dos valores previstos na Lei Orçamentária Anual 2023 e dos valores inscritos em restos a pagar relativos ao exercício anterior, possibilitando a quitação integral dos débitos do país junto a tais organismos ao longo do ano corrente”, explicaram os ministérios.

No ano passado, o gabinete de transição informou que havia cerca de R$ 5 bilhões de dívidas do governo brasileiro com organismos internacionais. No fim de dezembro, o Itamaraty recebeu R$ 4,6 bilhões, que foram convertidos em restos a pagar para 2023.

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Lula inicia agenda internacional com viagem à Argentina https://canalmynews.com.br/politica/lula-inicia-agenda-internacional-com-viagem-a-argentina/ Tue, 03 Jan 2023 16:46:46 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=35250 Presidente participará de reunião da Celac, em Buenos Aires

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No primeiro dia útil de seu mais novo mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a segunda-feira (2) recebendo chefes de Estado e de governo, e representantes de delegações estrangeiras que vieram a Brasília para a sua posse. As reuniões ocorreram no Palácio do Itamaraty ao longo do dia. Um dos encontros foi com o presidente da Argentina Alberto Fernández, que confirmou a ida de Lula a Buenos Aires no próximos dias 23 e 24 de janeiro, para uma série de compromissos, incluindo uma reunião da Comunidade de Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac), que está sob presidência temporária argentina.

“Estamos na mesma trilha, buscamos o mesmo destino para nossos povos e a integração da América Latina. No dia 23 de janeiro nos encontraremos na Argentina para avançar com ações concretas e institucionalizar esta relação, e no dia 24 nos reuniremos com a Celac”, postou Fernández nas redes sociais após se reunir com Lula.

O presidente brasileiro postou nas redes sociais que parabenizou o argentino pela vitória na Copa do Mundo e que retoma o diálogo com um dos principais parceiros.

Outro encontro foi com o presidente do Chile Gabriel Boric. A reunião bilateral foi publicada por Lula em sua conta oficial no Twitter.

Lula também se reuniu com outros importantes líderes regionais, como os presidentes Gustavo Petro (Colômbia) e Guillermo Lasso (Equador). Também houve bilaterais com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa e com a presidente Honduras, Iris Xiomara Castro Sarmiento. O Rei da Espanha, Felipe VI, também esteve hoje com o presidente brasileiro. Nem todos os encontros previstos acabaram ocorrendo, segundo o próprio Lula atualizou em suas redes sociais.

“Dia cheio hoje. Foram 10 reuniões com representantes da Ásia, Europa, África e América Latina. Tínhamos marcado inicialmente 17 encontros. Infelizmente, faltou tempo com tantas boas conversas. Teremos outras oportunidades. O mundo estava com saudade do Brasil. Boa noite”, escreveu.

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Primeira-ministra britânica deixa o cargo na próxima semana https://canalmynews.com.br/internacional/primeira-ministra-britanica-deixa-o-cargo-na-proxima-semana/ Thu, 20 Oct 2022 19:32:48 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34357 Liz Truss anunciou pedido de demissão nesta quinta-feira (20)

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A primeira-ministra britânica, Liz Truss, disse hoje que perdeu a confiança do seu partido e que deverá deixar o cargo na próxima semana. Ela fez um discurso do lado de fora da residência oficial, em Downing Street, Liz Truss se torna a primeira-ministra com o mandato mais curto da história britânico.

Hoje, ela informou que está renunciando ao cargo, derrubada por seu programa econômico que abalou os mercados e dividiu o Partido Conservador apenas seis semanas depois de sua nomeação.

Nessa quarta-feira (19), a premiê havia dito que era uma “lutadora e não uma desistente”. Ela percebeu, no entanto, que não poderia mais cumprir as promessas que lhe renderam a liderança conservadora.

“Por isso, falei com Sua Majestade, o rei, para notificá-lo de que estou renunciando ao cargo de líder do Partido Conservador”, afirmou Truss, que estava acompanhada apenas por seu marido, sem a presença de assessores e ministros.

Uma nova eleição de liderança será concluída no próximo dia 28. Entre os que devem concorrer estão o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak e a ex-ministra da Defesa Penny Mordaunt.

Jeremy Hunt, o homem encarregado de recuperar as finanças públicas, descartou concorrer.

Membros do partido e parlamentares conservadores devem ter voz na escolha. Uma pesquisa no início desta semana mostrou que a maioria dos membros quer a volta do ex-primeiro-ministro Boris Johnson, que renunciou em julho.

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O Reino Unido não deve realizar uma eleição nacional por mais dois anos.

Nomeada em 6 de setembro, Truss foi forçada a demitir seu ministro das Finanças e aliado político mais próximo, Kwasi Kwarteng, e abandonar quase todo o programa econômico, depois que seus planos de grandes cortes de impostos não financiados derrubaram a libra e os títulos britânicos. Os índices de aprovação para ela e o Partido Conservador caíram.

Ontem, ela perdeu o segundo dos quatro ministros mais importantes do governo, enfrentou risos ao tentar defender seu histórico no Parlamento e viu parlamentares discutirem abertamente sobre políticas, aprofundando a sensação de caos em Westminster.

O novo ministro das Finanças, Jeremy Hunt, busca agora cortar bilhões de libras em gastos para tentar tranquilizar os investidores e reconstruir a reputação fiscal do Reino Unido. A economia entra em recessão e a inflação atinge o índice máximo em 40 anos.

Hunt deve entregar novo orçamento em 31 de outubro. O novo primeiro-ministro será escolhido no dia 28 deste mês.

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O apequenamento do Brasil aos olhos do mundo https://canalmynews.com.br/creomar-de-souza/o-apequenamento-do-brasil-aos-olhos-do-mundo/ Sat, 11 Dec 2021 18:38:12 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/o-apequenamento-do-brasil-aos-olhos-do-mundo/ O apequenamento da participação do Brasil em diálogos internacionais de alto nível é fruto de uma dinâmica que atende interesses eleitorais de curto prazo. Contudo, os custos desta postura podem afetar interesses e negócios até mesmo daqueles que hoje apoiam o governo Bolsonaro

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O Brasil de 2021 é uma referência política desglobalizante. O esforço empreendido pelo governo em desconstruir as estratégias de inserção internacional que linearmente foram conduzidas desde o início da Nova República foram bem-sucedidas. Diante desta constatação, cabe a pergunta: qual o impacto disto perante a vida de milhões de brasileiros? Aqueles menos afeitos ao cotidiano das relações internacionais podem dizer que esta correlação é inexistente; porém, se o olhar for um pouco mais atento, uma resposta distinta pode aflorar como fruto desta reflexão.

Em primeiro plano, parece ser importante lidar com alguns preconceitos que rondam um número considerável de formadores de opinião no Brasil acerca do impacto de alguns temas sobre tomadores de decisão estrangeiros. Aqui, do ponto de vista explicativo, a ausência do Presidente da República na COP26 é um bom ponto de partida. De saída, é importante considerar que Presidentes não decidem nada sozinhos, e que uma decisão como esta – de não participar de uma conferência bastante relevante – é fruto de um processo de aconselhamento daqueles que cercam a liderança política.

Se de um lado, a decisão resguarda um componente ideológico de rejeição às estruturas de governança global, de outro, ela beira a ingenuidade ao considerar que a não presença diminuiria o tom de crítica reservado ao governo brasileiro. A saída de cena de Bolsonaro não só facilita a criação de constrangimentos ao país, como passa a mensagem de que o Brasil é o inimigo a ser combatido nos temas ambientais. A omissão acaba sendo punida com a transformação do país e do seu Chefe de Governo em tudo aquilo que é visto como errado por uma parcela crescente do eleitorado em países da Europa Ocidental e dos Estados Unidos.

Em reunião do G20, Bolsonaro é isolado e ironizado pela mídia internacional.
Em reunião do G20, Bolsonaro é isolado e ironizado pela mídia internacional. Foto: Alan Santos (PR)

O crescimento do voto ambiental em democracias de alta qualidade e o próprio amadurecimento da agenda em países não democráticos, coloca o Brasil em uma situação que talvez não seja vista desde meados dos anos 1980. Naquele momento, graças ao arrefecimento dos embates da Guerra Fria, constituiu-se uma verdadeira onda de debates ambientais. Assim, o Brasil recém redemocratizado, viu-se acuado diante de uma conjuntura marcada pelo amadurecimento de uma temática em que os dados e as políticas públicas davam indicações negativas acerca do status do país no mundo.

Graças ao esforço louvável do corpo diplomático brasileiro e de respostas efetivas em políticas públicas, o país conseguiu reverter essa imagem e entrou nos anos 1990 – mais precisamente a partir da ECO-92 sediada no Rio de Janeiro – como um campeão nas pautas ambientais. O ganho de relevância veio acompanhado de boa vontade de outros atores e de créditos internacionais que viabilizaram programas de combate à degradação ambiental. A transformação da imagem internacional do país neste tema permitiu que olhares positivos fossem lançados sobre outras pautas e necessidades nacionais.

Este engrandecimento facilitou créditos, negociações, e avanços também em outras áreas. É possível, inclusive, estabelecer uma relação causal entre a boa reputação do país em termos ambientais e o controle de ofensivas e ameaças ao agronegócio nacional. Não por acaso a transformação do agronegócio e o avanço de nossos produtos em mercados com crescente preocupação ambiental está diretamente relacionada à tese aqui descrita. E em sentido contrário, o crescimento de restrições comerciais e sanitárias, certamente irá se apoiar nos equívocos negociais e de gestão que possamos cometer daqui por diante.

Nesse sentido, é fundamental entender que a ausência em debates internacionais ou a tentativa de circunscrevê-los a uma lógica meramente eleitoral é um erro que tenderá a afligir até aqueles que hoje apoiam o Presidente. Se o apequenamento do país em termos internacionais é útil como plataforma eleitoral pensando em 2022, os efeitos concretos deste processo terão impactos fortíssimos na condução do país a partir de janeiro de 2023.

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Após acordo, França devolverá artefatos saqueados durante colonização africana https://canalmynews.com.br/mais/franca-devolvera-artefatos-saqueados-durante-colonizacao-africana/ Wed, 27 Oct 2021 17:29:59 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/franca-devolvera-artefatos-saqueados-durante-colonizacao-africana/ Será a primeira vez que a França reconduzirá objetos artísticos à África. Dos 5 mil artigos solicitados pela Nigéria, o governo francês retornará 26

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Autoridades do Benin, país da África Ocidental, firmaram um acordo com o governo da França para que a nação europeia devolva 26 artefatos históricos saqueados pelo exército francês durante os anos de colonização do continente africano, no século XIX.

Conhecidas como “Os Tesouros de Abomey”, as peças compostas por altares, ícones e estátuas foram roubadas em 1892, e estavam em exibição no museu parisiense Quai Branly há 18 anos. Com a decisão, a exibição da coleção será prontamente encerrada, e os itens seguirão para Benin, onde um museu está sendo construído na cidade de Abomey com auxílio do governo francês.

'Bronzes de Benin' em exibição no Museu Britânico de Londres.
‘Bronzes de Benin’ em exibição no Museu Britânico de Londres. Foto: Reprodução (Redes)

A universidade Jesus College, de Cambridge, também anunciou que devolverá uma escultura de um galo, retirada do Reino de Benin por tropas britânicas em 1897 – a obra faz parte do acervo de peças comemorativas criadas pelos povos Edo, grupo étnico da Nigéria descendente dos fundadores do Império Benin.

“Esta é a coisa certa a fazer por respeito à herança e história única deste artefato”, disse Sonita Alleyne, professora da instituição à Reuters. O governo nigeriano agradeceu o ato “pioneiro” e afirmou que está aguardando ansiosamente o retorno de outros artigos por parte de novas entidades.

Historiadores e especialistas em arte concluem que cerca de 90% do patrimônio cultural da África está na Europa. Como parâmetro, apenas o Museu do Quai Branly, abriga cerca de 70.000 objetos provenientes de terras africanas.

A entrega dos itens será realizada nesta quarta-feira (27) em uma cerimônia especial dirigida pela presidente da França Emmanuel Macron. As 26 peças fazem parte de uma lista composta por outras 5.000 solicitadas pela Nigéria.

Será a primeira vez que o país europeu devolverá objetos artísticos à África. Macron indicou que a iniciativa de devolução temporária ou permanente da herança africana teve início em 2017.

  • Peça do acervo ‘Os Tesouros de Abomey’. Foto: Reprodução (Domínio Público)

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Em disputa acirrada, sociais-democratas vencem eleições na Alemanha https://canalmynews.com.br/politica/em-disputa-acirrada-sociais-democratas-vencem-eleicoes-na-alemanha/ Mon, 27 Sep 2021 19:02:15 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/em-disputa-acirrada-sociais-democratas-vencem-eleicoes-na-alemanha/ Por 1,6 ponto percentual, SPD conquista maioria dos votos nas eleições na Alemanha e derrota legenda de Angela Merkel. Partidos devem se organizar para formar coalização que irá compor o Parlamento

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O Partido Social-Democrata (SPD), representado por Olaf Scholz, foi o grande vencedor da acirrada disputa eleitoral alemã. Com cerca de 25,7% dos votos, a sigla derrotou a União Cristã Democrata (CDU), legenda de Angela Merkel, por 1,6 ponto percentual de vantagem – a CDU teve margem de 24,1% no pleito.

Os verdes, de Annalena Baerbock, ficaram em terceiro lugar (14,8%), seguidos pelo Partido Democrático-Liberal (FDP, com 11,5%), AfD (10,3%) e A Esquerda (4,9%). Devido à evidente fragmentação, tendo em vista que nenhum dos partidos conquistou a maioria no Parlamento, os próximos dias serão de intensas negociações para formalizar uma coalização de governo e escolher próximo chanceler. Até a finalização dos acordos, Merkel continuará atuando como primeiro-ministro do país.

Olaf Scholz, político alemão líder do Partido Social-Democrata (SPD).
Olaf Scholz, político alemão líder do Partido Social-Democrata (SPD). Foto: Reprodução (Dirk Vorderstraße)

Quem é Olaf Scholz, do Partido Social Democrata, que venceu as eleições na Alemanha?

Apelidado de “Scholzomat”, um trocadilho com seu nome e a palavra ‘automat’ (‘automático’ em tradução livre), sugerindo que o político seria mais parecido a uma máquina do que a um ser humano, o parlamentar de 63 anos é membro do SPD desde 1975, sendo eleito pela primeira vez para o Bundestag, o Parlamento alemão, em 1998. Conhecido publicamente pelo pragmatismo, Scholz já foi ministro do Trabalho e prefeito de Hamburgo.

Desde 2018 atua como ministro das Finanças. Seguindo suas tendências centristas, afirmou aos correligionários que os alemães votaram no SPD porque desejam realizar uma renovação no governo.

Saiba mais sobre as eleições na Alemanha acompanhando o Canal MyNews no Youtube

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Após suspensão da partida, PF confirma que argentinos não serão investigados https://canalmynews.com.br/mais/apos-suspensao-da-partida-pf-confirma-que-argentinos-nao-serao-investigados/ Mon, 06 Sep 2021 16:08:37 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/apos-suspensao-da-partida-pf-confirma-que-argentinos-nao-serao-investigados/ Anvisa interrompeu o clássico alegando descumprimento de protocolos sanitários por jogadores argentinos. Delegação foi ouvida por agentes federais no aeroporto de Guarulhos, mas não prestou depoimento formal

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Caracterizado como uma das maiores rivalidades do futebol mundial, o clássico Brasil x Argentina deste domingo (5), válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo 2022, teve um destaque inusitado: apesar da presença de Lionel Messi, Neymar e companhia, o personagem do jogo foi a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ainda no primeiro tempo, por volta dos sete minutos, um agente da vigilância interrompeu a partida alegando a impossibilidade de atuação de quatro jogadores da seleção argentina. De acordo com a agência, os atletas mentiram sobre o cumprimento de protocolos sanitários contra a covid-19 exigidos para a entrada e permanência no Brasil.

Messi conversa com jogadores e membros da delegação brasileira após a suspensão da partida.
Messi conversa com jogadores e membros da delegação brasileira após a suspensão da partida. Foto: Lucas Figueiredo (CBF)

Emiliano Martinez (goleiro), Emiliano Buendia (meio-campista), Giovani Lo Celso (meio-campista) e Cristian Romero (zagueiro) desembarcaram, junto com a delegação argentina, na sexta-feira (3) em São Paulo após terem passado pela Inglaterra nos últimos 14 dias (período mínimo para a testagem do Sars-Cov-2). Dessa maneira, os jogadores, pela regulamentação, teriam que fazer uma quarentena de duas semanas assim que chegassem em solo brasileiro – o desembarque, no entanto, foi autorizado porque os argentinos, que jogam o campeonato inglês, negaram o trânsito pelo Reino Unido.

Nesse caso, as normas estabelecidas pela Anvisa garantem que os jogadores deveriam ter sido imediatamente deportados. Eles poderiam ainda responder por ação civil, administrativa e penal.

Segundo a Polícia Federal (PF), que foi prontamente notificada, os atletas não foram deportados, mas sim notificados a deixar o Brasil já na noite do domingo – a PF confirmou que nenhum dos quatro será investigado. Em nota oficial, a vigilância afirmou ter seguido as diretrizes sanitárias “desde o 1º momento”: “Desde o instante em que tomou conhecimento da situação irregular dos jogadores, no mesmo dia da chegada da delegação, a Agência comunicou o fato às autoridades brasileiras de saúde, por meio do Cievs, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde”, esclareceu.

A Anvisa declarou também que “a decisão de interromper o jogo nunca esteve, nesse caso, na alçada de atuação da Agência.” […] “Contudo, a escalação de jogadores que descumpriram as leis brasileiras e as normas sanitárias do país, e que ainda prestaram informações falsas às autoridades, isso sim exigiu a atuação da Agência de Estado a tempo e a modo, ou seja, de maneira tempestiva e efetiva”.

Íntegra do programa ‘Café do MyNews‘ desta segunda-feira (6), que abordou a suspensão da partida entre Brasil e Argentina.

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Em tentativa de livrar crianças do Talibã, pais entregam filhos para militares dos EUA em Cabul https://canalmynews.com.br/mais/afeganistao-taliba-pais-entregam-filhos-para-militares-dos-eua/ Thu, 19 Aug 2021 21:52:13 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/afeganistao-taliba-pais-entregam-filhos-para-militares-dos-eua/ Após tomada de poder por grupo extremista, afegãos tentam fugir do país. Estados Unidos acusa Talibã de cercar aeroporto internacional e impedir saída dos cidadãos

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Depois que o grupo extremista Talibã cercou Cabul, capital do Afeganistão, e tomou o poder por intermédio da força paramilitar, milhares de afegãos se empenharam em tentativas de fuga, visando deixar o país a qualquer custo.

Nos últimos dias, inúmeros vídeos e fotos – recortes midiáticos de uma conjuntura envolta pelo terror – passaram a circular nas redes sociais, expondo para o mundo o desesperador esforço praticado pelos cidadãos.

Após as cenas de invasão aos aeroportos e de aviões abarrotados, novos trechos dessa dramática evasão são apresentados. Em meio a uma suplicante multidão, nos arredores do Aeroporto Internacional Hamid Karzai, na capital, mães e pais entregam seus filhos para militares estadunidenses e britânicos em uma tentativa de livrar as crianças daquela realidade.

Criança afegã sendo entrega a militar norte-americano em Cabul, capital do Afeganistão.
Criança afegã sendo entrega a militar norte-americano em Cabul, capital do Afeganistão. Foto: Reprodução (Rise to Peace)

As imagens registram pequenos afegãos sendo passados de mão em mão até chegarem ao encontro dos soldados dispostos em cima dos altos muros. Ben Wallace, secretário de Defesa da Grã-Bretanha, já havia alertado, no entanto, sobre a impossibilidade de remover menores desacompanhados dos pais.

Em entrevista à Reuters, na quinta-feira (18), Wallace afirmou que as Forças Armadas não podem “simplesmente levar um menor por conta própria. A criança foi levada porque a família também será levada. É muito, muito difícil para aqueles soldados, como mostram as filmagens, lidar com algumas pessoas desesperadas, muitas das quais estão apenas querendo deixar o país”.

Ao jornal britânico The Independent, um paraquedista do Exército do Reino Unido que preferiu não se identificar descreveu a condição das mães como angustiante. “Elas gritavam ‘salve meu bebê’ e jogaram os bebês em nós, alguns deles caíram no arame farpado. Foi horrível o que aconteceu. Ao final da noite, não havia nenhum homem entre nós que não estivesse chorando”, contou.

Pais entregam filhos a militares dos EUA em Cabul, capital do Afeganistão

Talibã cerca aeroporto

O governo dos Estados Unidos, acusou o Talibã nesta quinta-feira (19) de fixar postos de controle ao redor do aeroporto internacional de Cabul, impedindo assim a saída de afegãos que desejam deixar o país – os EUA já haviam solicitado passagem livre na área de voo.

Representantes do Talibã afirmaram à imprensa que o grupo está “cumprindo sua palavra” e “facilitando a passagem de saída segura não apenas para estrangeiros, mas também para afegãos”.

Somente dentro do perímetro correspondente ao aeroporto internacional foram registradas 12 mortes desde domingo (15), de acordo com autoridades do Talibã e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Segundo um membro do grupo extremista que preferiu não se identificar, as mortes foram causadas por tiros e durante tumultos. O Talibã pediu às pessoas que ainda estão aglomeradas em frente ao aeroporto para que retornem às suas casas caso não possuam o direito legal de viajar.

Apesar das promessas firmadas pelos insurgentes de não adotar nenhum tipo de represália, Wendy Sherman, subsecretária de Estado dos EUA, disse que “ao que parece estão [Talibã] impedindo a chegada ao aeroporto dos afegãos que desejam sair do país.” […] “Esperamos que permitam que todos os cidadãos americanos, todos os cidadãos de outros países e todos os afegãos que desejam partir o façam de forma segura e sem assédio”.

Membros do governo estadunidense, em consonância com o discurso do presidente Joe Biden, afirma que os EUA estão trabalhando para acelerar a evacuação, mas que, apesar dos esforços, não sabem informar quanto tempo a operação vai durar.

Imagens fortes: pessoas caem de avião ao tentarem fugir do Afeganistão após retomada do Talibã

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O Brasil Entre Gigantes https://canalmynews.com.br/creomar-de-souza/o-brasil-entre-gigantes/ Thu, 22 Jul 2021 21:12:15 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/o-brasil-entre-gigantes/ O tempo presente reserva um grande desafio para a diplomacia brasileira, a retomada de uma inserção internacional pragmática e descomprometida com interesses ideológicos de ocasião. Somente isto permitirá a retirada de vantagens comparativas do crescente embate entre os Estados Unidos e a China

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A disputa hegemônica no século XXI tem se acirrado e o seu principal campo de batalha é a tecnologia. O governo Biden já declarou a China como a adversária mais formidável pela liderança mundial, constituindo-se, na visão norte-americana, na principal ameaça à segurança e à prosperidade dos Estados Unidos. Os chineses estão sendo acusados de promover ataques cibernéticos, inclusive o que afetou a empresa Microsoft e usuários de seus produtos. O atual governo americano também proibiu investimentos em 59 empresas chinesas de alta tecnologia, tais como as maiores fabricantes de equipamentos de telecomunicações e de semicondutores.

O tempo presente reserva um grande desafio para a diplomacia brasileira, a retomada de uma inserção internacional pragmática e descomprometida com interesses ideológicos.
O tempo presente reserva um grande desafio para a diplomacia brasileira, a retomada de uma inserção internacional pragmática e descomprometida com interesses ideológicos. Foto: Reprodução (Flickr).

Nesta semana, o embaixador da China no Brasil, em entrevista a um órgão de imprensa brasileiro, acusou os EUA de praticarem “bullying” tecnológico. No entender do diplomata chinês, o governo americano vem usando da desculpa da segurança nacional para pressionar pelos seus interesses econômicos na disputa tecnológica mundial. Astuto como é, o embaixador não perdeu a oportunidade de recordar episódios de espionagem praticadas pelas agências de inteligência dos EUA, em particular os que tiveram como alvos autoridades brasileiras e de outros países “aliados”.

O analista Gideon Rachman, do Financial Times, publicou artigo interessante em que pergunta se a China realmente quer se tornar uma superpotência. Ele nota que, para a administração Biden, não há dúvida de que os chineses querem esse status e pretendem deslocar os EUA, inclusive de maneira agressiva, da posição de líderes mundiais. Mas Rachman também observa que há custos imensos em assumir uma posição de superpotência e que a China tem sido relutante em assumir certos ônus relacionados a manter presença e bases militares mundo afora, intervir em assuntos que não afetam diretamente seus interesses, bancar o policial do mundo, entre outros quesitos.

De fato, a retórica oficial do Partido Comunista Chinês tem sido a ascensão pacífica da China. O embaixador, na citada entrevista, ressalta que seu país não pretende exportar seus sistema e ideologia, busca convivência harmônica com o Ocidente e respeita a soberania dos parceiros. Claro que isso tudo tem de ser tomado com grão de sal, mas o fato é que os chineses costumam reservar a demonstração de força para o seu entorno, em questões que tocam diretamente a questão territorial e atiçam o nacionalismo chinês, como Taiwan, Hong Kong e as disputas que mantêm no Mar do Sul da China, inclusive com o Japão, além da disputa na fronteira com a Índia.

A China já é a segunda economia mundial e em breve será a primeira. Apesar disso, os EUA seguem sendo a primeira potência, porém com a sensação de declínio relativo. Do padrão de interação e do grau de animosidade entre EUA e China dependerão, em grande medida, os contornos de ordem internacional nas próximas décadas. Em geral, grandes mudanças no sistema internacional derivam de redistribuição de poder na esteira de conflitos armados, mas talvez hoje a disputa, sem excluir a dimensão militar e estratégica, tenha adquirido facetas distintas, com o predomínio da alta tecnologia, em particular “big data”, inteligência artificial, pesquisa quântica, 5G e Internet das coisas. Em todas essas, a China tem capacidade de disputar liderança.

Interessa ao Brasil que a disputa entre titãs não saia do terreno administrável e nem gere rupturas que possam desestruturar cadeias de valor inteiras, produzir desorganização econômica e impactar negativamente o comércio e a economia mundial, já abalados pela epidemia da covid-19. Ainda que o conflito não degenere em algo mais grave, tampouco interessa ao país ser forçado a optar por um dos lados. Com o aumento da tensão, porém, a manutenção de boas relações com ambos os parceiros vai exigir boa dose de pragmatismo e habilidade negociadora. Nada mais urgente, portanto, do que recuperar a boa e velha tradição da diplomacia universalista, vilipendiada nos últimos dois anos pela política externa ideológica que vinha sendo implementada.

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Presidente do Haiti é assassinado https://canalmynews.com.br/mais/presidente-do-haiti-e-primeira-dama-sao-assassinados/ Wed, 07 Jul 2021 21:50:12 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/presidente-do-haiti-e-primeira-dama-sao-assassinados/ Ataque ocorreu na residência presidencial. Segundo o premiê interino, a ação foi realizada por um grupo de indivíduos não identificados

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Jovenel Moise, de 53 anos, presidente do Haiti, foi morto na madrugada desta quarta-feira (7) em um ataque a tiros em sua residência, na capital Porto Príncipe. A primeira-dama, Martine Moise, 47, levou um tiro e teve de ser hospitalizada. O primeiro-ministro interino do país, Claude Joseph, confirmou o episódio pela manhã.

Presidente do Haiti, Jovenel Moise, ao lado da primeira-dama Martine Moise.
Presidente do Haiti, Jovenel Moise, ao lado da primeira-dama Martine Moise. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

Em comunicado oficial, Joseph afirmou que o assassinato foi um “ato odioso, desumano e bárbaro”. “Um grupo de indivíduos não identificados, alguns dos quais falavam em espanhol, atacou a residência privada do presidente da República” por volta da 1h e “feriu mortalmente o chefe de Estado” – as línguas oficiais faladas no país são o francês e o crioulo haitiano.

O primeiro-ministro solicitou calma à população e disse que “a situação da segurança no país está sob o controle da Polícia Nacional haitiana e das Forças Armadas do Haiti”, além de que “todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do Estado e proteger a nação”.

Acredita-se que a motivação para o ato tenha sido por razões de divergências políticas, uma vez que Moise dissolveu o Parlamento e governava por decreto há mais de um ano, após o país não conseguir realizar eleições legislativas. Durante o mandato, o presidente procurou articular uma polêmica reforma constitucional, que dividia opiniões no Senado.

A oposição o acusava por tentativas de expansão de poder, sobretudo por intermédio de dois decretos: um que limitava a autoridade do tribunal responsável pela fiscalização de contratos governamentais e outro que autorizava a criação de uma agência de inteligência unilateral, que respondia apenas ao presidente.

Moise declarava que ficaria no cargo até 7 de fevereiro de 2022, data correspondente a uma interpretação da Constituição rejeitada pela oposição – para eles, o mandato do presidente havia terminado em 7 de fevereiro deste ano.

Em fevereiro, autoridades do país confirmaram ter impedido uma “tentativa de golpe” de Estado, no qual o presidente também seria alvo de um atentado malsucedido. Na ocasião, 20 pessoas foram presas, incluindo o juiz federal do Tribunal de Cassação e a inspetora-geral da Polícia Nacional.

Embate eleitoral

Moise foi eleito em outubro de 2015 para cumprir um mandato de cinco anos; no entanto, o pleito foi suspenso após a verificação de fraudes. Em nova disputa realizada em 2016, Moises foi novamente o mais votado, e tomou posse apenas em 2017.

O presidente foi eleito com 600 mil votos em um país com 11,3 milhões de habitantes. Pouco conhecido antes das eleições, ele conseguiu vencer com o apoio do ex-presidente Michel Martelly.

Novas eleições legislativas e municipais estavam agendadas para ocorrer neste ano, mas foram adiadas para 2022. Moise compreendeu, devido ao vácuo de poder, que deveria se manter no cargo por mais um ano, contrariando a oposição.

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Escalada de conflitos em Israel é “situação de violência estrutural”, afirma cientista social https://canalmynews.com.br/mais/escalada-de-conflitos-em-israel-e-uma-situacao-de-violencia-estrutural-afirma-cientista-social/ Wed, 12 May 2021 20:36:06 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/escalada-de-conflitos-em-israel-e-uma-situacao-de-violencia-estrutural-afirma-cientista-social/ Região é palco de intensos embates, que já ocasionaram dezenas de mortes e deixaram centenas de feridos

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A cidade de Jerusalém, sagrada para três principais religiões abraâmicas (judaísmo, cristianismo e islamismo), tem sido palco de uma escalada de violência nos últimos dias, que já deixou pelo menos 22 mortos e mais de 300 feridos.

Faixa de Gaza amanhece (12) sob ataques de foguetes.
Faixa de Gaza amanhece (12) sob ataques de foguetes. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

Na segunda-feira (10), em meio a tensões iminentes, foguetes foram disparados de Gaza para Jerusalém, provocando a evacuação do parlamento israelense mediante o caótico som de sirenes de emergência. Em resposta ao ataque, ainda na segunda, Israel bombardeou 130 alvos em Gaza – autoridades israelenses afirmam que 15 integrantes do grupo palestino Hamas, responsável pelo controle da Faixa de Gaza, foram mortos.

O conflitou seguiu durante a terça-feira (11), quando ainda era possível ouvir o som de foguetes sendo lançados na região. Um integrante do Hamas confirmou o lançamento de mais de 300 mísseis contra Israel em menos de 12 horas.

Nas ruas, os embates entre movimentos humanitários e protestantes palestinos com forças de choque israelenses já deixam, até o momento, 300 palestinos feridos, os quais 228 foram levados ao hospital para tratamento e sete deles estão em estado crítico. Do lado de Israel, 21 policiais ficaram feridos, três dos quais necessitaram de tratamento clínico.

Contrariando o discurso da comunidade internacional, que solicita o cessar fogo de ambos os lados, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu defendeu a ação de seu país ao afirmar que o grupo Hamas “atravessou uma linha vermelha” e que Israel respondeu “com grande força”.

Para Daniel Douek, cientista social e diretor do Instituto Brasil – Israel, a hostilidade vista nesta semana começou “em meados de abril, quando se iniciou o mês mais sagrado do calendário islâmico, que é o mês de Ramadã, uma época na qual fiéis muçulmanos se fazem mais presentes na sociedade israelense, nas mesquitas, nas ruas após o entardecer”.

Douek explica que uma das maneiras de celebrar literalmente a ocasião é “se posicionando contra aquilo que se entende como infiéis”. Nesse meio tempo, “viralizou, principalmente pelo TikTok, uma série de vídeos nos quais judeus, em especial ultra ortodoxos, eram ‘atacados’ nas ruas, as vezes em uma espécie de bullying… Essa divulgação nas redes sociais instigou novas ações do tipo, que foram respondidas por grupos judeus de extrema direita, o que elevou um pouco o nível de tensão já presente”.

O estopim, no entanto, ocorreu após o decreto de despejo das famílias árabes que ocupam bairro Sheikh Jarrah, na parte oriental de Jerusalém – o local, desde 1950, é compreendido como combustível para a eclosão de protestos na cidade sagrada.

Sistema de defesa israelense 'Iron Dome' agindo contra foguetes do Hamas.
Sistema de defesa israelense ‘Iron Dome’ agindo contra foguetes do Hamas. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

“O despejo de algumas famílias de suas casas no bairro Sheikh Jarrah também contribuiu para que manifestações de grupos palestinos, incluindo grupos não religiosos ou não muçulmanos. Esse bairro é composto pela elite palestina e chama bastante atenção pelo seu histórico”, elucidou o cientista social.

“Não é que a situação estava em paz e de repente ele estourou, isso é um engano: há uma situação de violência estrutural, há uma ocupação de territórios palestinos por Israel que vem de décadas, há uma situação de desigualdade entre israelenses judeus e israelenses não judeus dentro do Estado de Israel, e é uma situação que, em geral, é controlada ou administrada. Alguns episódios acabam contribuindo para aquilo que está mais ou menos sufocado, de tempos em tempos, venha à tona, e é isso que a gente está vendo acontecer neste momento”, completou.

Pandemia em Israel

Abordando o eficiente combate à pandemia em Israel, Douek enfatiza que “ao longo do último ano, deixamos de ouvir notícias sobre a violência entre israelenses e palestinos. A notícia era principalmente de pandemia, e uma esperança começou a surgir quando, já em dezembro de 2020, Israel recebeu as vacinas e iniciou a campanha de vacinação, com o primeiro-ministro sendo o primeiro a se vacinar, incentivando os cidadãos; aí começou uma mobilização na sociedade israelense envolvendo judeus, muçulmanos e cristãos no enfrentamento da pandemia”.

Com 832 mil casos confirmados no país e 6.378 mortes, Israel já vacinou cerca de 63% de sua população total, número próximo para efetivar o processo denominado ‘imunização de rebanho’.

“É altíssima a representação de árabes nos centros médicos e hospitalares de Israel, e foi esse trabalho conjunto que permitiu a superação da pandemia. Se durante a pandemia as manifestações públicas estavam suspensas e os encontros religiosos inviabilizados, quando a pandemia terminou – hoje em Israel há menos de mil casos de contaminados e quase não há mais mortes –, as pessoas voltaram às ruas, e junto delas os conflitos. Todo aquele sopro de esperança foi se dissipando. Essa é a grande tragédia. O desafio é saber se esse pragmatismo das relações normalizadas entre israelenses e palestinos, que foi capaz de vencer a covid-19, vai ser capaz de derrotar, também, essa onda de violência”, finalizou.

Íntegra do programa ‘Almoço do MyNews‘ desta quarta-feira (12), que abordou os conflitos recentes entre Israel e Palestina.

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Ataque a tiros em escola na Rússia mata alunos e professor https://canalmynews.com.br/mais/ataque-a-tiros-em-escola-na-russia-mata-alunos-e-professor/ Tue, 11 May 2021 13:56:35 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ataque-a-tiros-em-escola-na-russia-mata-alunos-e-professor/ Mais de 20 pessoas ficaram feridas e foram hospitalizadas. Suspeito de 19 anos foi detido pela polícia e uma arma foi apreendida

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Sete crianças e um adulto foram mortos em uma escola em Kazan, na Rússia, durante um ataque a tiros na manhã desta terça-feira (11). Um suspeito de 19 anos foi detido juntamente de uma arma, que também foi apreendida.

Atirador abriu fogo contra alunos e funcionários de uma escola em Kazan, na Rússia.
Atirador abriu fogo contra alunos e funcionários de uma escola em Kazan, na Rússia. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

A investida começou às 9h30, horário de Moscou (3h30 em Brasília). O atirador invadiu o estabelecimento de ensino, que tem 1.049 alunos e 57 funcionários, e abriu fogo. De acordo com Lazat Jaydarov, porta-voz do governo do Tartaristão, cuja capital é Kazan, além dos óbitos confirmados, 21 pessoas foram hospitalizadas, sendo 18 crianças – seis estão em estado grave na UTI.

Imagens publicadas em redes sociais mostram crianças pulando das janelas do prédio de três andares para escaparem dos disparos. Logo após o início do ataque, a escola foi cercada pela polícia, e os agentes conseguiram imobilizar o suspeito no lado de fora do prédio.

Testemunhas contam que antes das rajadas foi possível ouvir uma explosão. Rustam Minnikhanov, governador do Tartaristão, afirmou que as vítimas são estudantes do oitavo ano: “Perdemos sete crianças, alunos do oitavo ano. Quatro meninos e três meninas”.

Minnikhanov foi até o local e confirmou para a imprensa que o atirador tinha permissão de porte da arma utilizada no crime. “O terrorista está preso, 19 anos. A arma de fogo está registrada em seu nome”. O político completou dizendo que “outros cúmplices não foram identificados e uma investigação está em andamento”, corrigindo o boato de que havia um segundo atirador envolvido na ação.

O Comitê de Investigação da Rússia descartou ainda a hipótese de terrorismo: “O agressor foi detido e sua identidade, estabelecida. É um morador local”, afirmou o comitê em comunicado. A hipótese terrorista corria nas redes devido à região ser de maioria muçulmana – Tartaristão fica no centro da Rússia, e sua capital Kazan fica a 725 km a leste de Moscou e tem mais de 1,2 milhão de habitantes.

Após o ataque, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou a revisão da regulamentação sobre as categorias de armas permitidas para uso civil. O mandatário expressou também condolências às famílias das vítimas e desejou uma rápida recuperação aos feridos.

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A longa jornada de reconstrução da imagem internacional do Brasil https://canalmynews.com.br/creomar-de-souza/a-longa-jornada-de-reconstrucao-da-imagem-internacional-do-brasil/ Thu, 06 May 2021 13:44:37 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/a-longa-jornada-de-reconstrucao-da-imagem-internacional-do-brasil/ Nos últimos dois anos e meio, o poder argumentativo do Brasil, condutor da política externa, foi abandonado e substituído por leituras ideológicas da realidade internacional

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O Embaixador e ex-ministro Rubens Ricupero, em seu livro monumental “A Diplomacia na Construção do Brasil”, lembra que uma diplomacia, para ser eficaz, depende de três ingredientes essenciais: uma leitura correta da realidade internacional, a existência de uma visão de país, e a capacidade de compatibilizar as necessidades e interesses nacionais com o contexto e as possibilidades internacionais. Ricupero relembrou a fórmula em sua aula no curso sobre história da diplomacia organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI). Na ocasião, o Embaixador constatou que, nos últimos dois anos e meio, a nossa política externa ficou à deriva, justamente pela leitura totalmente equivocada da realidade internacional e a ausência de uma visão estratégica coerente de país.

O Embaixador e ex-ministro Rubens Ricupero, autor do livro “A Diplomacia na Construção do Brasil”, de 2017.
O Embaixador e ex-ministro Rubens Ricupero, autor do livro “A Diplomacia na Construção do Brasil”, de 2017. Foto: José Cruz (ABr).

Mesmo com a mudança recente de chanceler, que deu algum alento à nossa diplomacia, o conteúdo da política externa ainda carece daqueles três elementos para voltar ao leito tradicional de onde nunca deveria ter saído. Ao longo dos anos, argumenta Ricupero, o Brasil consolidou uma identidade ancorada nos interesses e valores do país. A nossa diplomacia projetou um país que se vê como fator de moderação, construção de consensos, construtor de pontes e amante da paz e do direito internacional. Ressalta Ricupero que Brasil não tomou esse caminho apenas por virtude, mas por absoluta necessidade. Desprovidos de poder militar e econômico, tivemos de usar a força do argumento em vez do argumento da força para perseguir objetivos nacionais, como é o caso da consolidação de nossas fronteiras.

Em dois anos e meio, contudo, parte importante do nosso poder brando – baseado no argumento, no conhecimento, na negociação e no exemplo – foi desperdiçado. Ao abandonar linhas mestras de nossa diplomacia e guiar-se por uma leitura ideológica da realidade internacional, o país saiu ao mundo em busca de monstros a destruir, e estes na verdade não passavam de moinhos de vento. Em nome da guerra cultural contra o comunismo globalista, perdeu-se a capacidade de enxergar a realidade dos interesses. Nossa diplomacia tomou um desvio feito de improvisações, queima de pontes, conflitos artificiais e oportunidades perdidas. Com isso, o prejuízo à reputação e à credibilidade do país podem ser irrecuperáveis no curto prazo. Afinal, sempre haverá a dúvida se o país não terá uma recaída, mesmo que volte a ter uma diplomacia normal no curto prazo.

Diante desse panorama, o mais urgente é reconstruir o que puder ser reconstruído, retomando a diplomacia pautada pela Constituição Federal. O presidente do Conselho de Relações Internacionais dos EUA, Richard Haas, tem um livro intitulado “A política externa começa em casa”. De fato, é muito difícil ter eficácia em política externa se o contexto doméstico for dominado por confusão, negacionismo, política ambientais destrutivas, desprezo por valores universais. Na ausência de um projeto de país capaz de galvanizar forças políticas diversas e a população, é impossível ganhar projeção internacional. Da mesma forma, é preciso que a identificação de tendências, desafios e oportunidades no campo internacional não seja ditada pelo sectarismo e por teorias conspiratórias sem base na realidade. É essencial ter uma visão das forças reais que movem o mundo, em busca de oportunidades para o crescimento, a prosperidade e a segurança dos brasileiros.

A ponte entre o projeto de país e a leitura sóbria da realidade internacional é uma diplomacia moderna, bem treinada, prestigiada e com capacidade de interlocução com a sociedade e com o Parlamento. A nossa política externa foi quase sempre profundamente “diplomática” porque prestigiou os organismos internacionais, a solução pacífica das controvérsias, o relacionamento diplomático universal e o direito. No entanto, a leitura ideológica do mundo e o caos interno que predominaram nos últimos anos tiveram como consequência a cristalização de uma política externa anti-diplomática.

Nossos diplomatas profissionais, coitados, foram instruídos a cortar diálogo com certos governos, protestar em cartas ridículas contra críticas na imprensa, enfim, tiveram de adotar o tom dos militantes, tomando partido em decisões e embates políticos de outros. A relutância em aceitar a vitória de Biden em nome da afinidade com Trump foi a cereja do bolo. Em síntese, parte de nossos diplomatas desaprenderam a fazer diplomacia. A reconstrução da nossa política exterior e da excelência da diplomacia exigirão um reaprendizado. Felizmente, há recursos humanos qualificados para se tocar essa obra, desde que disponham como argamassa de um diagnóstico pragmático do cenário internacional e um consenso mínimo sobre o país que queremos.

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Ativista Greta Thunberg critica a postura adotada por Bolsonaro no combate à pandemia https://canalmynews.com.br/mais/ativista-greta-thunberg-critica-a-postura-adotada-por-bolsonaro-no-combate-a-pandemia/ Tue, 20 Apr 2021 15:08:28 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ativista-greta-thunberg-critica-a-postura-adotada-por-bolsonaro-no-combate-a-pandemia/ Durante coletiva de imprensa, a sueca refletiu sobre a condução mundial da crise sanitária e das mudanças climáticas

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A ativista sueca Greta Thunberg, de 18 anos, criticou a política ambiental e a postura frente à pandemia adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A fala ocorreu durante a coletiva de imprensa virtual da Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta segunda-feira (19).

Questionada sobre as condutas do mandatário brasileiro, a ambientalista afirmou que Bolsonaro falhou ao lidar com as responsabilidades consequentes da crise sanitária e das mudanças climáticas no país.

A jovem ambientalista sueca Greta Thunberg fez críticas diretas ao presidente Jair Bolsonaro pela condução da pandemia no Brasil.
A jovem ambientalista sueca Greta Thunberg fez críticas diretas ao presidente Jair Bolsonaro pela condução da pandemia no Brasil. Foto: Manuel Lopez (World Economic Forum).

“Não acho que devemos falar em indivíduos, mas vemos que Bolsonaro tem uma responsabilidade enorme. Só posso falar por mim mesmo, mas acredito que Bolsonaro tem falhado em assumir essa responsabilidade relacionada a resposta ao coronavírus e a mudança climática. E vemos claramente os resultados disso”, afirmou Greta.

Fazendo ponderações acerca do desempenho global no combate à disseminação do coronavírus, a jovem, junto do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, discutiu a pandemia e apresentou uma iniciativa de mobilização juvenil em proporções internacionais.

Greta falou ainda sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de 2021, a COP26, que acontecerá em Glasgow e será liderada pelos Estados Unidos. Ela disse esperar que as mudanças climáticas ao redor do mundo sejam compreendidas e encaradas como uma “crise real”, e espera do governo estadunidense o desenvolvimento de uma cúpula para tratar a questão ambiental.

“Podemos ter quantas cúpulas quisermos, mas, enquanto não tratarmos a crise como uma crise, não poderemos alcançar grandes mudanças”, afirmou a ambientalista.

Jair Bolsonaro participará do encontro organizado pela ONU com outros líderes em novembro. Na semana passada, o chefe do Executivo encaminhou uma carta ao presidente norte-americano, Joe Biden, afirmando ter “muita satisfação em participar do evento”, além de assegurar seu “engajamento na busca de compromissos e resultados ambiciosos para a cúpula”.

No documento, Bolsonaro estabeleceu um compromisso de acabar com o desmatamento ilegal no Brasil até o ano de 2030, destacando a importância de ter o apoio de outros países para conseguir cumprir a proposta.

“Ao sublinhar a ambição das metas que assumimos, vejo-me na contingência de salientar, uma vez mais, a necessidade de obter o adequado apoio da comunidade internacional, na escala, volume e velocidade compatíveis com a magnitude e a urgência dos desafios a serem enfrentados”, diz Bolsonaro em um trecho do ofício.

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China apresenta crescimento recorde de 18,3% no PIB trimestral https://canalmynews.com.br/economia/china-apresenta-crescimento-recorde-de-183-no-pib-trimestral/ Fri, 16 Apr 2021 18:26:35 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/china-apresenta-crescimento-recorde-de-183-no-pib-trimestral/ Além de impactar o mercado brasileiro, que tem o país asiático como principal parceiro econômico, o índice demonstra uma retomada do fluxo comercial mundial

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A China anunciou nesta sexta-feira (16) o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2021, apontando um crescimento econômico recorde de 18,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, época em que a disseminação mundial do coronavírus paralisou praticamente todas as atividades e serviços no país asiático.

Embora a alta tenha ficado abaixo das projeções de mercado (economistas avaliavam um salto de 19%), os índices oficiais mostraram que esse foi o crescimento mais forte desde o início das compilações trimestrais, instauradas em 1992.

China apresenta alta recorde no PIB trimestral.
China apresenta alta recorde no PIB trimestral. Foto: Reprodução com alterações (Flickr).

Nos três primeiros meses do ano passado, o PIB chinês havia caído 6,8%, registrando o pior resultado econômico em 44 anos. Ao longo de 2020, no entanto, o país foi um dos poucos a apresentar progressos econômicos, com alta de 2,3% na soma de todos os bens e serviços finais produzidos.

Guilherme Cadanhotto, analista da companhia Spiti, pontua que é necessário lembrarmos “que a China enfrentou o pior momento da crise sanitária e econômica, em 2020, no primeiro trimestre, diferentemente do que ocorreu aqui. De qualquer maneira, o indicativo hoje é muito positivo para o mercado, uma vez que um dos motores da economia global, e o principal parceiro comercial do Brasil, está dando fortes indicações de que está retomando um ritmo de crescimento pré-pandêmico”.

Recuperada, então, do impacto da pandemia, a China projeta um crescimento de pelo menos 6% este ano. Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um aumento de 8,4% para a segunda maior economia mundial.

Cadanhotto avalia também os impactos desse crescimento para o Brasil, que tem o país asiático como principal parceiro econômico: “O Brasil importa soja, minério de ferro, commodities, e, com a China crescendo bem, o número de importações deve crescer, impactando positivamente a nossa economia; pegamos essa esteira do crescimento chines”.

Em escala mundial, o índice demonstra um movimento de retomada gradativa dos fluxos comerciais, tendo em vista a força industrial chinesa. “Como a China é considerada a indústria do mundo, esse crescimento indica que a demanda mundial por produtos industriais está voltando”, pondera o analista.

Além do PIB, foram apresentados os números de desemprego (5,3% – os quase 300 milhões de trabalhadores de origem rural, no entanto, não entraram no levantamento), produção industrial (14,1%) e investimentos em capital fixo (25,6%).

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Policial que atirou em Daunte Wright será acusada de homicídio involuntário https://canalmynews.com.br/mais/policial-que-atirou-em-daunte-wright-sera-acusada-de-homicidio-involuntario/ Wed, 14 Apr 2021 18:46:53 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/policial-que-atirou-em-daunte-wright-sera-acusada-de-homicidio-involuntario/ Depois de três noites de manifestação os procuradores anunciaram a acusação

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A agente da polícia de Brooklyn Center, no estado do Minnesota (EUA), que atirou em Daunte Wright, de 20 anos, que acabou morrendo, será acusada de homicídio involuntário em segundo grau, de acordo com o jornal The New York Times. 

Na noite desta terça-feira (13), cerca de 60 pessoas foram às ruas em Minneapolis. As manifestações que começaram pacíficas acabaram gerando conflitos, os quais terminaram em detenções.

Protestos contra a morte de Daunte Wright seguiram pelo terceiro dia seguido em Brooklyn Center.
Protestos contra a morte de Daunte Wright seguiram pelo terceiro dia seguido em Brooklyn Center. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

Pela terceira noite consecutiva, centenas de manifestantes saíram às ruas da cidade norte-americana para protestar contra a morte do jovem negro Daunte Wright. Ele foi morto pela policial Kim Potter, no último domingo. A agente relatou que se enganou e em vez de utilizar um taser (arma de choque), acabou sacando a arma de fogo e atirando contra o rapaz.

Tanto a policial quanto o chefe do departamento pediram demissão dos cargos. No entanto, os afastamentos não foram suficientes para conter os manifestantes. A expectativa agora é de que os procuradores decidam se vão ou não acusar a policial pela morte do jovem.

Brooklyn Center fica próxima de Minneapolis, onde acontece o julgamento de Derek Chauvin, o antigo agente da polícia que matou George Floyd. A tensão na área de Minneapolis é cada vez maior, com manifestantes e ativistas que protestam contra racismo e violência policial.

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Após morte de homem negro, Minnesota tem a segunda noite de protestos https://canalmynews.com.br/mais/apos-morte-de-homem-negro-minnesota-tem-a-segunda-noite-de-protestos/ Tue, 13 Apr 2021 19:09:04 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/apos-morte-de-homem-negro-minnesota-tem-a-segunda-noite-de-protestos/ Chefe de departamento policial mantém tese de que o episódio foi acidental

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Pelo segundo dia consecutivo, manifestantes ignoraram a forte chuva e o toque de recolher (que visa frear a escalada de violência na região) imposto pelo governador do estado de Minnesota, o democrata Tim Walz, e foram às ruas nesta segunda-feira (12) para protestar contra a morte de Daunte Wright, homem negro de 20 anos baleado pela polícia no domingo (11) em meio a uma abordagem por infração de trânsito.

Em frente à sede do departamento policial de Brooklyn Center, cidade com cerca de 31 mil habitantes, localizada a menos de 20 quilômetros de onde George Floyd foi assassinado no ano passado, centenas de pessoas se reuniram, portando cartazes contra o racismo e entoando palavras de ordem – frases como “prendam todos os policiais assassinos racistas”, “sem justiça não há paz” e “eu sou o próximo?” delinearam o compasso dos protestantes.

Protesto em Brooklyn Center contra a morte de Daunte Wright.
Protesto em Brooklyn Center contra a morte de Daunte Wright. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

Em entrevista ao jornal Star Tribune, maior veículo do estado, Matt Branch, um dos manifestantes, afirmou que “as injustiças que ocorreram nas últimas 24 horas não foram apenas dolorosas, mas também calculadas e metódicas, sem remorso ou consideração pela dor que nossa comunidade está experimentando coletivamente”. […] “Estamos aqui hoje em nome de Daunte e de todas as vidas perdidas nas mãos da polícia.”

Para conter a aproximação da multidão, os oficiais ergueram uma cerca de metal no meio da via. Houve confronto direto, com ataques dos dois lados: enquanto parte dos manifestantes lançavam garrafas de vidro, pedras e fogos de artifícios contra os policiais, os agentes respondiam com bombas de lacrimogênio e tiros de borracha.

Abaixo da bandeira estadunidense, localizada no entorno da delegacia, outra bandeira conhecida como ‘Thin Blue Line’ (Linha Azul Fina, em tradução livre), símbolo de apoio às forças de segurança, também empregada por grupos de extrema direita em oposição ao movimento antirracista, também estava hasteada.

Manifestantes registram a presença da bandeira 'Thin Blue Line'.
Manifestantes registram a presença da bandeira ‘Thin Blue Line’. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

Por volta das 22h (horário local), três horas depois do início do toque de recolher, grande parte dos manifestantes deixou o local.

De acordo com o relatório oficial do departamento policial local, três agentes sofreram ferimentos leves, uma loja de departamentos foi vandalizada e 40 pessoas foram presas por crimes incitação à tumulto e violação do lockdown – outros 13 indivíduos foram detidos mediante acusação de ataques a lojas. Quanto aos feridos entre os manifestantes, não há dados públicos.

Na tarde desta segunda, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em pronunciamento, solicitou que as cidades tenham “paz e calma”, além de autorizar o envio de policiais federais para a região – cerca de mil soldados da Guarda Nacional patrulhavam as ruas durante a noite.

O caso

A ação que ocasionou na morte de Wright foi considerada um acidente pelo chefe de polícia de Brooklyn Center. O jovem foi parado devido a duas infrações de trânsito: placa do veículo irregular e um desodorizador pendurado no retrovisor (proibido por lei estadual).

Após a verificação dos documentos, os agentes constataram que Wright tinha um mandado de prisão pendente em decorrência do não comparecimento a uma audiência judicial. Segundo o registro, a vítima respondia por porte ilegal de arma e por fuga policial em outra abordagem, ocorrida em 2020.

Os oficiais, então, deram voz de prisão ao homem e, como é possível verificar nas imagens das câmeras acopladas às fardas dos policiais, tentaram algemá-lo do lado de fora do veículo; Wright não acata e volta a entrar no carro.

Em seguida, ouve-se a voz da agente Kimberly Potter, 48, com 26 anos de experiência na corporação, dizendo “taser, taser”, em referência à arma de choque utilizada para imobilizar fugitivos. Entretanto, em vez de disparar o armamento não letal, Potter realiza um tiro de revólver contra Wright – na sequência é possível ouvir a mulher exclamando “Puta merda, atirei nele!”.

Vídeo captado por câmara acoplada à farda de agente policial. Vídeo: Departamento Policial de Minnesota.

Após o incidente, o jovem ainda conseguiu sair do acostamento e dirigir por algumas quadras, até que, inconsciente, bateu o carro. Os policiais tentaram reanimá-lo, mas não obtiveram sucesso, e Wright foi declarado morto no local.

De acordo com o Departamento de Apreensão Criminal (BCA, na sigla em inglês), órgão responsável por investigar o caso, a agente é Kimberly Potter foi afastada e está em licença administrativa até, pelo menos, o fim do inquérito.

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Príncipe Philip morre aos 99 anos https://canalmynews.com.br/mais/principe-philip-morre-aos-99-anos/ Fri, 09 Apr 2021 13:37:00 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/principe-philip-morre-aos-99-anos/ Palácio de Buckingham não revelou causa da morte. Marido da rainha Elizabeth II, Philip faleceu nesta sexta no Castelo de Windsor

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O príncipe Philip, marido da Rainha Elizabeth II, do Reino Unido, morreu aos 99 anos nesta sexta-feira. O Palácio de Buckingham não revelou a causa da morte.

Philip Mountbatten, Duque de Edimburgo, foi marido da rainha Elizabeth II e consorte real do Reino Unido e Irlanda do Norte desde 1952 até sua morte.
Philip Mountbatten, Duque de Edimburgo, foi marido da rainha Elizabeth II e consorte real do Reino Unido e Irlanda do Norte desde 1952 até sua morte. Foto: Reprodução (The Royal Family – Redes Sociais).

Em nota, o palácio afirmou que “é com profunda tristeza que Sua Majestade a Rainha anuncia a morte de seu amado marido, Sua Alteza Real, o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo. Sua Alteza Real faleceu pacificamente esta manhã no Castelo de Windsor.”

Em fevereiro, o príncipe foi internado após passar mal. Ele precisou passar por uma cirurgia cardíaca e recebeu alta depois de um mês.

Philip era o Duque de Edimburgo e se casou com a rainha em 1947. O príncipe se retirou da vida pública em agosto de 2017. Apesar disso, ele ainda comparecia a eventos oficiais.

Vida

Philip era príncipe da Grécia e da Dinamarca. Ele nasceu em junho de 1921 na Ilha de Corfu, na Grécia. Assim como a rainha Elizabeth II, Philip é bisneto da rainha Victória.

Cresceu na Escócia, foi da Marinha britânica e teve participação ativa na Segunda Guerra Mundial. O casamento com a então princesa Elizabeth aconteceu em 1947. Ele renunciou à carreira militar em 1952, quando ela assumiu o trono.

O príncipe tinha um papel secundário ao lado da rainha. Ele a acompanhava em compromissos e eventos oficiais e era manchete constante na imprensa devido a gafes e comentários inadequados.

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Financial Times publica artigo sobre Bolsonaro e diz que ele está “mais isolado do que nunca” https://canalmynews.com.br/mais/financial-times-publica-artigo-sobre-bolsonaro-e-diz-que-ele-esta-mais-isolado-do-que-nunca/ Mon, 05 Apr 2021 19:51:14 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/financial-times-publica-artigo-sobre-bolsonaro-e-diz-que-ele-esta-mais-isolado-do-que-nunca/ Jornal britânico é um dos mais respeitados e lidos do mundo, principalmente por líderes de governo e investidores internacionais

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“Mais isolado do que nunca” e “Um dos maiores céticos do coronavírus do mundo”. Estas duas afirmações são sobre o presidente Jair Bolsonaro e foram publicadas no sábado (3) pelo jornal britânico Financial Times, um dos mais lidos do mundo.

No editorial, exclusivo para assinantes, o jornal traz uma análise sobre os recentes acontecimentos do governo federal, a forma com que o país tem enfrentado a pandemia e os desdobramentos políticos dentro das Forças Armadas com a demissão dos três chefes na semana passada.

Jornal 'Financial Times' afirma que Bolsonaro está "mais isolado do que nunca" e que perde forças políticas para as eleições de 2022.
Jornal ‘Financial Times’ afirma que Bolsonaro está “mais isolado do que nunca” e que perde forças políticas para as eleições de 2022. Foto: Marcelo Camargo (Fotos Públicas).

A tradução do título do artigo em inglês é : “O pesadelo de coronavírus do Brasil: ‘Bolsonaro está mais isolado do que nunca’”. O texto informa que “a mudança aprofundou a crise política sobre a oposição teimosa de Bolsonaro aos bloqueios e as ameaças do ex-capitão do Exército de usar os militares contra as autoridades locais que tentaram impô-lo”.

Outro fato recente ocorrido no Brasil e que o artigo destaca é a carta aberta assinada por cerca de 500 empresários, economistas, banqueiros e ex-ministros que exige coordenação nacional de medidas que combata a pandemia no país. “Centenas de líderes empresariais proeminentes”, descreve o jornal.

O episódio da “gripezinha”, os questionamentos das vacinas e a insistência do líder da nação em não usar máscara de proteção também são destacados no artigo do jornal. 

“Um dos maiores céticos do coronavírus do mundo, Bolsonaro recusou-se a usar máscara durante a maior parte do ano passado, criticou as vacinações e classificou a pandemia como ‘uma gripezinha’. Ele agora está lutando para manter seu governo unido e suas esperanças de reeleição vivas em meio a alguns dos piores números da covid-19 do mundo”, relata um trecho da publicação.

Não é somente Bolsonaro que é citado no texto que também traz informações sobre as projeções para a eleição de 2022 e a presença do ex-presidente Lula como candidato. “Com o retorno do ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva à política depois que sua condenação por corrupção foi anulada, Bolsonaro não é mais o favorito nas eleições do próximo ano.”, evidencia o texto.

O Financial Times foi fundado em 1888 e é um dos jornais mais tradicionais do Reino Unido. Com publicações diárias, é conhecido por estar entre as principais leituras de líderes mundiais e por embasar debates políticos e econômicos em todo o mundo, além de ser um dos jornais mais lidos por investidores internacionais.

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Brasil é visto internacionalmente como “ameaça a médio e longo prazo”, diz professor da FGV https://canalmynews.com.br/mais/imagem-do-brasil-se-dissolve-no-exterior-comprometendo-recuperacao-economica/ Tue, 09 Mar 2021 12:11:55 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/imagem-do-brasil-se-dissolve-no-exterior-comprometendo-recuperacao-economica/ Professor de relações internacionais explica como a postura de Bolsonaro afeta o desenvolvimento e a diplomacia do país

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O derretimento da imagem brasileira perante a comunidade internacional é um dos reflexos mais eminentes da administração negacionista do governo Bolsonaro. A avaliação é de Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da FGV-SP, e estudioso da geopolítica.

Seja pela desastrosa condução frente a maior crise sanitária do século ou pela recusa em efetivar planejamentos capazes de frear a devastação da Floresta Amazônica, Jair Bolsonaro (sem partido) é um dos principais personagens responsáveis por caracterizar o Brasil como uma pária mundial, avalia o analista internacional.

O presidente Jair Bolsonaro, que parabenizou Joe Biden pela vitória na eleição nos EUA mais de um mês após o pleito
O presidente da República, Jair Bolsonaro. Foto: Marcelo Camargo (Agência Brasil).

Para Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV-SP e colunista dos jornais ‘EL PAÍS’ e ‘Americas Quarterly’, a decadência diplomática do país foi agravada “desde que Bolsonaro se tornou presidente”: “Acompanho, há 15 anos, todos os dias, a reação e reputação do país, e confesso que nunca vi uma deterioração tão brusca como essa que estamos vendo”.

Referindo-se aos embates entre o presidente francês, Emmanuel Macron, e Bolsonaro acerca das políticas ambientais e consequente devastação amazônica, Stuenkel afirma que o momento atual do país é evidenciado no exterior como uma ameaça imediata.  

“Há uma percepção de que o Brasil representa não só uma ameaça a médio e longo prazo, no caso do meio ambiente, mas, também, devido a incapacidade em lidar com a situação, somada à postura do presidente, há a impressão internacional de que o país não tem a vontade política para lidar com esse desafio [pandemia], concebendo um espaço em que o vírus corre solto, podendo provocar mutações que ameaçam países. Para mim, é a pior crise da reputação brasileira em muito tempo – o Itamaraty não cumpre a função de mitigar os acontecimentos ruins, o que faz com que essas notícias cheguem ao mundo de maneira direta, não filtrada.”, explica o professor.

"É tudo apenas histeria e conspiração", charge publicada no jornal alemão Stuttgarter Zeitung, por Luff.
“É tudo apenas histeria e conspiração”, charge publicada no jornal alemão Stuttgarter Zeitung, por Luff. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

“Não é só o aumento de infecções. Afirmações do presidente geram uma insegurança grande, comentários defendendo cloroquina, pauta que deixou de ser discutida em abril lá fora, ataques ao uso de máscara… Bolsonaro é um dos poucos presidentes do mundo que tem essa retórica. […] Em momentos de crise, o ministério de relações exteriores é uma espécie de assessoria de comunicação, um gestor de crise. Hoje é o oposto: o chanceler compartilha teorias conspiratórias, apoia o presidente em afirmações escandalosas… Ele, de certa maneira, está piorando a imagem internacional do país. O Itamaraty, que pode servir como um escudo, atualmente é inoperante”, completa.

Questionado sobre a possibilidade de sanções contra o Brasil, Stuenkel cita o desenvolvimento da pauta ‘ecocídio’ como justificativa para a ratificação de penalidades, uma vez que o tema já é tratado por muito países como uma investida contra nações de todo o mundo, além de reprovações não oficiais estabelecidas por diferentes populações.

“Ações de boicotes iniciados por consumidores, sobretudo nos Estados Unidos e na Europa, onde a imagem do Brasil é péssima, não havendo atores que consigam de maneira alguma mitigar essa situação. Para políticos europeus e norte-americanos bater no Brasil é muito popular, pois não há mais nenhum elemento que defenda o presidente Bolsonaro. […] Esse isolamento tem um impacto muito ruim para a economia e para o turismo brasileiro, atrasando a recuperação econômica do país”.

Íntegra da entrevista com Oliver Stuenkel no programa ‘Dinheiro na Conta’ do canal MyNews

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Papa Francisco visita o Iraque em meio à pandemia e ataques militares https://canalmynews.com.br/mais/papa-francisco-visita-o-iraque-em-meio-a-pandemia-e-ataques-militares/ Fri, 05 Mar 2021 16:23:43 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/papa-francisco-visita-o-iraque-em-meio-a-pandemia-e-ataques-militares/ Francisco é o primeiro pontífice na história a pisar em solo iraquiano.

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O Papa Francisco chegou ao Iraque na manhã desta sexta-feira (5), realizando, assim, a 33ª viagem de seu pontificado. O objetivo do líder religioso é comunicar uma mensagem efetiva de conforto e reconciliação na região, impactada profundamente por anos de violência e perseguição religiosa – confinado, o país vive atualmente um surto de covid-19.

Após 15 meses sem sair do Vaticano, o pontífice, ao aterrissar na capital Bagdá, declarou que defende o combate à corrupção e abusos de poder, além de rogar pelo fim de fanatismos e opressões.

Papa Francisco chega em Bagdá para realizar visita ao Iraque.
Papa Francisco chega em Bagdá para realizar visita ao Iraque. Foto: VaticanNews (Domínio Público).

“É preciso construir justiça, fazer crescer a honestidade, a transparência e fortalecer as instituições.” […] “Chega de violência, extremismos, facções, intolerâncias”, afirmou. Francisco disse que, nos próximos três dias, visita a nação árabe como um “peregrino da paz”, e que pretende também levar uma mensagem de harmonia aos muçulmanos xiitas.

“Vou como um peregrino da paz em busca da fraternidade, animado pelo desejo de rezar juntos e caminhar juntos também com irmãos e irmãs de outras religiões.” […] “A vocês, cristãos, muçulmanos; a vocês, povos como os yazidis, que tanto sofreram; a todos vocês. Vou para a vossa terra abençoada e ferida como um peregrino da esperança”, ressaltou.

No sábado, o papa visitará o município de Ur, berço do cristianismo e terra do profeta Abraão, pai das três religiões monoteístas. No mesmo dia, ele se reunirá na cidade sagrada de Najaf, ao Sul, com o Grande Aiatolá Ali Sistani, principal autoridade iraquiana dos xiitas, demonstrando uma abertura a favor do diálogo com todas as vertentes muçulmanas.

O sacerdote percorrerá ainda as ruas de Bagdá e Erbil, duas cidades que recentemente foram cenários de ataques com foguetes contra alvos estadunidenses. Apesar dos riscos, religiosos, geopolíticos e sanitários (o Iraque passa por um novo pico de contágios, com média diária de quatro mil novos casos de covid-19), Francisco, já vacinado contra o coronavírus, foi firme perante a decisão de manter sua agenda, declarando que não se pode decepcionar “pela segunda vez este povo”, referindo-se ao cancelamento da visita em 1999 de João Paulo II.

O primeiro-ministro do Iraque, Mustafa Al-Kadhimi, recebe o Papa Francisco em Bagdá, capital do país.
O primeiro-ministro do Iraque, Mustafa Al-Kadhimi, recebe o Papa Francisco em Bagdá, capital do país. Foto: VaticanNews (Domínio Público).

Cenário de guerra

Pelo menos 10 foguetes atingiram nesta quarta-feira (3) uma base militar que abriga soldados da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos no Iraque. Localizado no deserto de Anbar, o alvo foi a base aérea de Ain Al Asad, a mesma que foi atacada pelo Irã, em retaliação aos EUA, dias depois da morte do general Qasem Soleimani.

O coronel Wayne Marotto, porta-voz estadunidense da aliança combatente, afirmou que as instituições de segurança iraquianas deram início a uma investigação. Em comunicado oficial, militares do Iraque disseram que o ataque não implicou em perdas significativas.

Este foi o primeiro ataque contra tropas norte-americanas desde que os EUA atingiram membros da milícia alinhada ao Irã na fronteira entre o Iraque e a Síria, semana passada, durante a primeira ação militar coordenada pelo governo Joe Biden.

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Estados Unidos acusam serviço secreto da Rússia pelo envenenamento de Alexei Navalny https://canalmynews.com.br/mais/estados-unidos-acusam-servico-secreto-da-russia-pelo-envenenamento-de-alexei-navalny/ Wed, 03 Mar 2021 18:48:09 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/estados-unidos-acusam-servico-secreto-da-russia-pelo-envenenamento-de-alexei-navalny/ O serviço de inteligência norte-americano apresentou provas do crime e o governo Biden promoveu uma série de sanções ao país

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Os Estados Unidos acusaram a Rússia de ter envenenado Alexei Navalny, líder da oposição ao presidente Vladimir Putin. O anúncio foi feito nesta terça-feira (2), em conjunto com sanções contra sete responsáveis russos e 13 empresas da Rússia e Europa.

De acordo com o serviço de inteligência norte americano, testes toxicológicos comprovaram que o veneno utilizado tinha sido desenvolvido por cientistas soviéticos na década de 1970. Outra investigação da Organização das Nações Unidas (ONU), chegou a conclusões semelhantes depois de quatro meses de estudo.

Alexei Navalny, um dos principais opositores russos do governo de Vladimir Putin.
Alexei Navalny, um dos principais opositores russos do governo de Vladimir Putin. Foto: Evgeny Feldman (Novaya Gazeta).

Diante dos fatos, o governo Biden justificou as primeiras sanções contra Moscou, atingindo pessoas ligadas ao Kremlin. Como é o caso do diretor do FSB, Alexander Bortnikov.

De acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA, as sanções atingem, além de Bortnikov, Andrei Yarin, chefe do departamento responsável por políticas públicas internas; Sergei Kiriyenko, vice-chefe de Gabinete de Putin; dois vice-ministros da Defesa, Pavel Popov e Alexei Krivoruchko; o chefe do Serviço Penitenciário Federal, Alexander Kalashnikov; e o procurador-geral da Rússia, Igor Krasnov. Todos eles terão os bens em território americano congelados, e não poderão usar terceiros para movimentar esses patrimônios.

O Kremlin chamou as medidas norte-americanas de “ataque hostil”, e prometeu uma resposta “não necessariamente de forma simétrica”. Não é certo que a Casa Branca divulgue o relatório completo de inteligência sobre o caso Navalny.

Rússia reage às decisões dos EUA

Nesta quarta-feira (3), o Kremlin anunciou considerar “absolutamente inaceitáveis” as novas sanções adotadas pela União Europeia e pelos Estados Unidos contra os russos pelo envenenamento e “perseguição” judicial contra Alexei Navalny. 

De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, as sanções visam “prejudicar significativamente as relações já degradadas” entre a Rússia e o Ocidente. Peskov citou as divergências que marcam os grandes temas internacionais como as acusações contra a Rússia sobre atuações eleitorais, espionagem e ataques de cibernéticos de grande escala.

No fim do mês de janeiro, o presidente Joe Biden conversou por telefone com o chefe de governo da Rússia, Vladmir Putin. O recém-eleito presidente estadunidense teria pedido a libertação de Navalny na ocasião, o que não aconteceu.

O anúncio das sanções nesta semana apresentam uma mudança de postura dos Estados Unidos em relação ao governo do ex-presidente Donald Trump.

De acordo com um dos altos funcionários de Washington D.C., este é um recado aos russos. “Estamos enviando um sinal claro à Rússia de que há consequências para o uso de armas químicas”, revelou a fonte anônima citada em reportagem da Rádio Jovem Pan.

Relembre o caso

Navalny é um dos mais importantes e atuantes opositores de Putin. Ele foi envenenado em agosto do ano passado, durante um voo, chegou a ficar em coma e passou meses se recuperando na Alemanha.

Em janeiro de 2021 ele voltou para a Rússia, onde foi condenado a dois anos de prisão em fevereiro e está detido desde então. Os Estados Unidos, em uma ação conjunta com a União Europeia, renovaram os pedidos para que a Rússia liberte Navalny imediatamente, e afirmaram que o julgamento foi injusto.

A Rússia já prometeu retaliar a decisão da Casa Branca.

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Ex-presidente da França Nicolas Sarkozy é condenado a três anos de prisão https://canalmynews.com.br/politica/ex-presidente-da-franca-nicolas-sarkozy-e-condenado-a-tres-anos-de-prisao/ Tue, 02 Mar 2021 14:54:38 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ex-presidente-da-franca-nicolas-sarkozy-e-condenado-a-tres-anos-de-prisao/ Sarkozy foi acusado de firmar um “pacto de corrupção” com advogado Thierry Herzog e ex-juiz Gilbert Azibert

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O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi condenado a três anos de prisão. Ele é acusado de corrupção e tráfico de influência, mas ainda pode recorrer da sentença. O julgamento foi histórico, já que ele é o primeiro ex-presidente condenado.

O julgamento é referente a um caso de suborno no qual Sarkozy, em troca de informação privilegiada sobre uma investigação de sua campanha presidencial, ofereceu ao juiz Gilbert Azibert um cargo altamente cobiçado no Conselho de Estado de Mônaco.

Ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, é condenado a três anos de prisão por corrupção e tráfico de influência.
Ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, é condenado a três anos de prisão por corrupção e tráfico de influência. Foto: Moritz Hager (World Economic Forum).

O Tribunal Correcional de Paris, entretanto, decidiu que dois dos três anos da sentença estão isentos de cumprimento, sendo que os dois últimos semestres podem ser convertidos em prisão domiciliar ou até mesmo em vigilância com o uso de tornozeleira eletrônica.

O tribunal também declarou o advogado do ex-presidente, Thierry Herzog, culpado, impondo uma sentença semelhante, além de impedi-lo de exercer o ofício por cinco anos. O magistrado Gilbert Azibert, então membro do Supremo Tribunal, também foi igualmente condenado.

A deliberação do tribunal aponta que o episódio possui caráter de “gravidade particular”, tendo em vista que o ex-presidente usou seu cargo e seus relacionamentos para “seu interesse pessoal. Sobre Azibert, a condenação diz que o ministro desacreditou uma profissão cuja função é básica na democracia. A sentença do republicano ocorre duas semanas antes da abertura de um outro processo contra o francês, dessa vez por supostas irregularidades no financiamento de sua campanha presidencial de 2012.

Pacto de corrupção

Sarkozy foi condenado porque o tribunal de Paris entendeu que houve um “pacto de corrupção” entre o ex-presidente, seu advogado Thierry Herzog e o ex-magistrado Gilbert Azibert.

Quando presidente, Sarkozy solicitou ao então juiz da principal corte de apelação do país o repasse de informações confidenciais sobre o andamento de uma investigação que tinha o ex-presidente como principal investigado. Como recompensa, o juiz receberia ajuda para conseguir um cargo no Conselho de Estado de Mônaco, órgão simbólico que tem como função aconselhar o príncipe Alberto II em pautas relativas à segurança pública e à Justiça.

O caso envolve a empresária Liliane Bettencourt, herdeira da companhia de cosméticos L’Oréal, à época com 85 anos. Sarkozy foi acusado de se aproveitar da senilidade mental da gestora para obter doações acima do teto legal e, assim, financiar sua campanha eleitoral de 2007.

As provas foram obtidas por intermédio de grampos telefônicos em duas linhas pré-pagas, não oficiais, adquiridas com o nome Paul Bismuth. De acordo com a investigação, os telefonemas entre o ex-presidente e seu advogado revelaram a existência do acordo com Azibert.

Os promotores descobriram as conversas enquanto investigavam a acusação de que Sarkozy teria recebido auxílios financeiros do ditador líbio Muammar Gaddafi para financiar a campanha 2007— esse caso ainda não foi julgado.

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Trump anuncia possível recandidatura e alfineta governo Biden https://canalmynews.com.br/politica/ja-estao-com-saudade-trump-anuncia-possivel-recandidatura-e-alfineta-governo-biden/ Mon, 01 Mar 2021 15:54:49 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ja-estao-com-saudade-trump-anuncia-possivel-recandidatura-e-alfineta-governo-biden/ Ex-presidente ainda não admitiu derrota para Biden e disse que criação de um novo partido é fake news

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“Já estão com saudade?” Foi assim que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump iniciou o discurso neste domingo (28). Com uma hora de atraso, mas com casa cheia de apoiadores, este foi o primeiro pronunciamento público depois de deixar a Casa Branca no dia 20 de janeiro. Trump discursou no encerramento da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em Orlando, no estado da Flórida.

“Na realidade, como sabem, acabam de perder a Casa Branca (…), mas quem sabe, quem sabe… posso decidir vencê-los pela terceira vez”, afirmou, em uma referência aos democratas. O ex-presidente ainda não assumiu a derrota nas urnas em 2020 para Joe Biden. A “vitória dos republicanos” foi citada durante várias vezes no discurso. Trump alfinetou o governo Biden, e disse que foi o primeiro mês mais desastroso de qualquer presidente da história moderna. 

Ex-presidente dos EUA Donald Trump discursa no CPAC 2021, maior evento conservador da América. Foto: Reprodu
Ex-presidente dos EUA Donald Trump discursa no CPAC 2021, maior evento conservador da América. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

Sobre os boatos de que ele fundaria um novo partido, Trump desmentiu e fez questão de enfatizar o poder do Partido Republicano. “Vou continuar a lutar do lado de vocês. Temos o Partido Republicano, que vai ser forte e unido como nunca antes. Não vou lançar um novo partido, isso foi uma notícia falsa”.

Sobre a possibilidade de se recandidatar a presidência dos EUA em 2024 Trump deu um spoiler do que os eleitores podem esperar dele. “Estou hoje perante vocês para declarar que a incrível viagem que começamos juntos… nunca houve uma viagem tão bem-sucedida, começamos juntos há quatro anos e isso está longe de acabar”, disse o ex-presidente.

Ainda durante o discurso, Trump atacou as políticas de imigração do atual presidente Joe Biden. Ele alegou que as mudanças políticas do novo governo desencadeiam uma nova crise na fronteira sul e criam uma crise de jovens migrantes. Disse ainda que Biden tem invertido as conquistas da administração republicana.

De acordo com o canal CNN, o ex-presidente liderou uma pesquisa aplicada aos participantes da conferência, que responderam quem eram os seus favoritos como candidatos presidenciais do Partido Republicano de 2024. No entanto, os resultados sugerem que há interesse por outros candidatos em potencial.

Foram realizadas duas pesquisas, uma com o nome de Trump e outra sem. Na primeira, 55% dos participantes disseram preferir o antigo presidente como favorito para 2024, outros 21% apontaram o governador da Flórida, Ron DeSantis, enquanto o governador da Dakota do Sul, Kristi Noem, foi o terceiro com 4%.

Na segunda pesquisa, sem o nome de Trump, DeSantis ficou muito à frente dos outros. Desta vez, 43% dos participantes do CPAC apoiaram DeSantis, um aliado próximo de Trump.

Além da reeleição e das acusações ao governo de Joe Biden, Trump também falou sobre tecnologia e pediu sanções para o Twitter, Google e Facebook. O ex-presidente defendeu que as gigantes tecnológicas devem ser sancionadas caso censurem personalidades republicanas.

“Todas as medidas de integridade eleitoral do mundo não significarão nada se não tivermos liberdade de expressão. Se os republicanos podem ser censurados por falarem a verdade e denunciar corrupção, não temos uma democracia, apenas a tirania da esquerda”, afirmou Trump, segundo o Business Insider.

O ex-presidente defendeu que as redes sociais devem ser responsabilizadas pelo conteúdo que é partilhado nas suas plataformas. Ele afirmou que chegou a hora de “desmantelar os monopólios das gigantes tecnológicas”.

Trump acusa empresas de tecnologia de censura sobre a remoção de suas contas pessoais do Facebook e do Twitter por violar as políticas das plataformas.

O que diz a Casa Branca

A Casa Branca de Biden deve ignorar o discurso de Trump. “O nosso foco com certeza não está no que o presidente Trump tem a dizer”, garantiu a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

Os últimos dias de Donald Trump no poder ficaram marcados pela invasão de apoiantes ao Capitólio, no dia 6 de janeiro. Foi uma tentativa de impedir o Congresso de certificar a vitória eleitoral de Joe Biden.

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Dois leilões chamam a atenção internacional https://canalmynews.com.br/herminio-bernardo/dois-leiloes-chamam-a-atencao-internacional/ Fri, 26 Feb 2021 14:07:26 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/dois-leiloes-chamam-a-atencao-internacional/ Peça de porcelana chinesa do século XV foi encontrada nos EUA. Já quadro de Van Gogh será exibido ao público pela primeira vez

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Os leilões de duas peças estão marcados para o mês que vem e estão chamando a atenção pela raridade.

Nos Estados Unidos, um homem comprou uma tigela de porcelana em uma venda de garagem. O evento é comum entre os norte-americanos, que realizam uma espécie de bazar com itens de casa para captar dinheiro.

O comprador de Connecticut pagou US$ 35 pelo item, o equivalente a 180 reais.

Tigela de porcelana manufaturada na dinastia chinesa Ming, datada do século XV, considerada uma peça rara.
Tigela de porcelana manufaturada na dinastia chinesa Ming, datada do século XV, considerada uma peça rara. Foto: Reprodução (Courtesy Sotheby’s).

O homem procurou especialistas e descobriu que se trata de uma peça raríssima feita no século XV. A peça foi feita durante a dinastia Ming, na China, e pertenceu a alguém da corte do imperador chinês. A peça será leiloada na semana que vem e foi avaliada em US$ 500 mil – R$ 2,75 milhões.

O segundo leilão é um quadro do pintor Vincent Van Gogh. A pintura de 1887 mostra um casal passeando de braços dados com um moinho ao fundo.

Obra do pintor holandês Vincent Van Gogh, de 1887, avaliada inicialmente em oito milhões de euros.
Obra do pintor holandês Vincent Van Gogh, de 1887, avaliada inicialmente em oito milhões de euros. Foto: Reprodução (Courtesy Sotheby’s).

O quadro será exibido ao público pela primeira vez depois de mais de cem anos. A obra pertencia à coleção particular de uma família francesa, que decidiu vender.

A pintura será exibida pela casa de leilões em Amsterdã, Hong Kong e Paris antes de ser vendida no mês que vem. O quadro foi avaliado em 8 milhões de euros, o equivalente a R$ 53 milhões.

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Vacina cubana passa para última fase de testes em humanos https://canalmynews.com.br/mais/vacina-de-cuba-passa-para-ultima-fase-de-testes/ Wed, 24 Feb 2021 13:54:44 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/vacina-de-cuba-passa-para-ultima-fase-de-testes/ Governo pretende produzir 100 milhões de doses em 2021 para imunizar todos os moradores e turistas que forem para a ilha

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O Instituto Finlay de Vacinas, que tem sede em Havana, anunciou que uma das quatro vacinas contra a Covid-19 que estão sendo desenvolvidas em Cuba vai passar para a terceira fase de testes clínicos no mês de março. Nesta última etapa de testes em humanos, 150 mil voluntários vão ser vacinados em Cuba e no Irã, mas o México já mostrou interesse e também pretende participar desta nova etapa.

Cientistas do Instituto Finlay de Vacinas com doses do imunizante cubano contra a covid-19, Soberana 2
Cientistas do Instituto Finlay de Vacinas com doses do imunizante cubano contra a covid-19, Soberana 2. Foto: Reprodução IFV (Redes Sociais).

A vacina em questão é a Soberana 2, que deve ser administrada em três doses com intervalo de duas semanas entre cada uma. Nas fases anteriores, ela já comprovou a capacidade de criar uma resposta imunológica contra o vírus, impedindo a ligação do causador da doença com as células.

Segundo Vicente Vérez, diretor do instituto e chefe da equipe que desenvolve a vacina, a intenção do governo cubano é produzir 100 milhões de doses até o fim do ano e vacinar todos os 11 milhões de cubanos que vivem na ilha, além dos turistas que chegarem ao país. Esta é uma estratégia que pretende alavancar o turismo e ajudar na recuperação da economia. Cuba passa pela maior crise econômica desde o fim da União Soviética, impulsionada pelas sanções importas pelos Estados Unidos e agravada pela pandemia.

Cuba conseguiu controlar a primeira onda de casos com lockdown e multa para quem circulasse sem autorização, mas enfrenta uma situação mais grave na segunda onda. O número de casos começou a subir em novembro, quando os voos internacionais foram retomados, depois de sete meses de suspensão. Hoje, a ilha enfrenta uma média diária de 894 novos casos. Até esta terça-feira (23), 304 mortes tinham sido confirmadas no país por covid-19.

Para quem já pensa em viajar para a ilha de Fidel Castro e Che Guevara para se imunizar, a dica é pensar bem no planejamento. O governo cubano pretende exigir que turistas passem por uma quarenta, isso somado ao tempo de intervalo entre as doses, sendo preciso ficar na ilha por, pelo menos, dois meses.

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Governo de Portugal planeja voo para repatriar cidadãos retidos no Brasil https://canalmynews.com.br/mais/governo-de-portugal-planeja-repatriar-cidadaos/ Thu, 18 Feb 2021 15:34:31 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/governo-de-portugal-planeja-repatriar-cidadaos/ Plano inclui pessoas com problemas de saúde, em dificuldade financeira e com necessidades de caráter familiar

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O Governo de Portugal coordenará um voo de repatriamento para cidadãos portugueses retidos no Brasil. Devido ao agravamento no número de casos da Covid-19, as viagens entre os dois países estão suspensas desde o dia 29 de janeiro – inicialmente, a proibição era válida até 14 de fevereiro, mas foi estendida até 1º de março e há expectativa de uma nova prorrogação.

Augusto Santos Silva, ministro de Negócios Estrangeiros (equivalente a pasta de Relações Exteriores no Brasil), declarou em sessão no Parlamento que solicitou à embaixada portuguesa a identificação dos residentes que necessitam regressar ao país europeu “por razões humanitárias”.

Governo de Portugal pretende repatriar ao menos 70 cidadãos retidos no Brasil.
Governo de Portugal pretende repatriar ao menos 70 cidadãos retidos no Brasil. Foto: Pixabay (Reprodução).

Sem informar maiores detalhes sobre o planejamento, incluindo a data prevista para o embarque, o ministro disse ter constatado 70 pessoas que se enquadram nos critérios estabelecidos pelo governo para a repatriação.

“Há 70 portugueses que se encontram no Brasil, mas que não residem no Brasil, que, por razões de saúde, precisam regressar a Portugal”, afirmou.

Junto ao poder Executivo, Santos Silva estuda indicações acerca da classificação dos casos compreendidos como passíveis à repatriação – além dos problemas de saúde, portugueses com dificuldades financeiras para custear uma permanência estendida, bem como aqueles com necessidades de caráter familiar, também podem ser beneficiados.

Mesmo categorizando a intenção de apoio aos compatriotas, o ministro criticou os indivíduos que viajaram sem dar importância à atual circunstância sanitária mundial.

“Em maio do ano passado, ainda havia cidadãos europeus que aproveitavam para fazer viagens de cruzeiro. Temos de desertificar comportamentos que não podemos ter agora. Temos de ter muito cuidado na circulação internacional do vírus, em particular de mutações que ainda não conhecemos bem”, declarou.

Questão diplomática

Embora a pasta portuguesa de relações internacionais tenha afirmado que identificou 70 perfis como válidos para a repatriação, um grupo bem maior de pessoas solicitou o auxílio oficial das autoridades para conseguir regressar à Europa. Até o momento, cerca de 150 cidadãos, entre portugueses e brasileiros com residência legal em Portugal, assinaram uma carta aberta pedindo ajuda para o retorno.

Mediante a situação, Santos Silva afirmou ter conversando com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, para explicar a proibição de tráfego entre os dois países, fundamentando-se nos dados referentes à pandemia no país luso.

Ministro português de Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
Ministro português de Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. Foto: Arno Mikkor (EU2017EE).

“Falei com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, a quem expliquei que era uma medida que tomávamos não por qualquer avaliação negativa da situação epidemiológica do Brasil, mas porque vivíamos uma situação epidemiológica muito difícil em Portugal e tínhamos de tomar medidas desta natureza”, ponderou.

Sob o atual decreto português, com exceção das viagens de caráter excepcional, podem embarcar para o país cidadãos ou residentes legais de todas as nações componentes da União Europeia.

O documento permite ainda o retorno por meio de voos com conexões em outros países. No entanto, muitos dos impactados se queixam que o alto preço dos bilhetes inviabiliza a opção.

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Senado dos EUA inicia processo de impeachment contra Trump https://canalmynews.com.br/mais/impeachment-donald-trump/ Wed, 10 Feb 2021 00:53:14 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/impeachment-donald-trump/ Acusado de “traição sem precedentes históricos”, republicano pode perder direitos políticos

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O Senado dos Estados Unidos deu início nesta terça-feira (9) ao julgamento do segundo processo de impeachment contra o ex-presidente Donald Trump. Apesar de seu mandato já ter sido concluído, o republicano pode ter os direitos políticos cassados caso seja condenado – o que impossibilitaria uma futura candidatura.

Em 2020, Trump já havia enfrentado um processo de impeachment, quando a Câmara o condenou por obstrução ao Congresso e abuso de poder. Na ocasião, que tramitou ao longo de três semanas, o então presidente acabou inocentado pelo Senado.

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
(Foto: Aubrey Gemignani)

Devido à mudança administrativa, o atual processo, segundo parlamentares, deve transcorrer com maior fluidez. Em um documento de 80 páginas, divulgado no dia 2, os promotores da ação solicitam o impedimento de Trump baseando-se na argumentação de que o político cometeu uma “traição sem precedentes históricos”, referente aos discursos de incitação aos apoiadores republicanos pouco antes da invasão do Capitólio, que terminou com cinco mortes.

No mesmo dia do ocorrido, a defensoria Trump emitiu um documento de 14 páginas, invocando o “direito de expressão” do ex-presidente. Dessa maneira, após a exposição argumentativa dos acusadores, os advogados de defesa poderão se pronunciar em uma espécie de réplica às denúncias.

Em um comunicado divulgado na quinta-feira (4), a defesa de Trump, em particular Jason Miller, conselheiro do ex-mandatário, afirmou que “o presidente não irá testemunhar em um processo inconstitucional”, e que o procedimento regente não passa de uma “manobra de relações públicas”.

Para que o impeachment seja aprovado, são necessários dois terços dos votos, ou seja, 67 senadores – uma conjuntura complicada, tendo em vista que 50 dos 100 assentos da casa são ocupados por republicanos.

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Em disputa acirrada, eleições vão para segundo turno no Equador https://canalmynews.com.br/politica/eleicao-equador/ Mon, 08 Feb 2021 15:45:14 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/eleicao-equador/ Andrés Arauz, candidato da UNES, de esquerda, confirma favoritismo, mas adversário no segundo turno está indefinido

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Mais de 13 milhões de equatorianos foram às urnas neste domingo (7) para eleger o próximo presidente e vice-presidente do país, além dos 137 legisladores que irão compor a Assembleia Nacional e o Parlamento Andino – devido à fragmentação das forças políticas, não se espera que nenhum partido consiga maioria.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou a necessidade de um segundo turno, mas que ainda não há definição de quem estará na disputa.

Até o momento, Andrés Arauz, candidato pela coligação ‘La Unión por la Esperanza’ (UNES), jovem economista de esquerda aliado do ex-presidente Rafael Correa, confirmou o favoritismo e liderada o pleito com cerca de 32,2%.

A disputa está em quem enfrentará Arauz no segundo turno. Yaku Pérez, presidente do movimento indígena Pachakutik, definido como centro-esquerda verde, possui 19,8% dos votos, seguido pelo ex-banqueiro da centro-direita Guillermo Lasso, da aliança Creo-Partido Social Cristão (PSC), com 19,6%.

Palácio de Carondelet, prédio presidencial em Quito, Equador.
Palácio de Carondelet, prédio presidencial em Quito, Equador. Foto: Neverhood (Domínio Público).

Como nenhum candidato obteve mais de 40% dos votos válidos e uma diferença de pelo menos dez pontos, o futuro presidente do Equador será conhecido apenas no dia 11 de abril, em segundo turno.

Uma surpresa foi Xavier Hervas, empresário candidato pela Esquerda Democrática, que obteve 16,02% dos votos. Os demais candidatos tiveram menos de 3% dos votos válidos.

Quem pode ser o próximo presidente?

ANDRÉS ARAUZ Quiteño, economista de 36 anos, se lança como candidato à presidência do Equador pela primeira vez. Durante o governo do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017) foi ministro da Cultura, coordenador do Conhecimento e Talento Humano, subsecretário de Planejamento do Bem Viver na Secretaria Nacional de Planejamento e Desenvolvimento. Representante do partido de esquerda Unes.

GUILLERMO LASSO Guayaquileño, 65 anos, banqueiro, é pela terceira vez candidato à presidência do país. Durante o governo do ex-presidente Jamil Mahuad (1998-2000), Lasso ocupou cargos públicos, como Governador de Guayas e Super Ministro da Economia. Foi embaixador no governo de Lucio Gutiérrez (2003-2005). Empresário, representa o movimento de centro-direita Creo-PSC.

YAKU PÉREZ GUARTAMBEL Cuencano, 50 anos, natural de Cachaipucara, também disputa o cargo executivo pela primeira vez. Pérez é doutor em Jurisprudência. Foi presidente da Confederação dos Povos da Nacionalidade Kichwa do Equador (Ecuarunari). Em 1994 foi vereador de Cuenca e em 2019 prefeito de Azuay. Defensor do meio-ambiente, representa a legenda de centro-esquerda Pachakutik.

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Macron insinua boicote à soja brasileira: entenda o que isso significa https://canalmynews.com.br/economia/macron-insinua-boicote-a-soja-brasileira-entenda-o-que-isso-significa/ Wed, 13 Jan 2021 19:19:23 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/macron-insinua-boicote-a-soja-brasileira-entenda-o-que-isso-significa/ Fala do presidente francês mistura protecionismo e pressão contra a política ambiental do governo Bolsonaro

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Nesta terça-feira (12), o presidente da França, Emmanuel Macron, em mensagem nas redes sociais, afirmou que “continuar dependendo da soja brasileira é endossar o desmatamento da Amazônia”.

Respaldando-se em ambições ecológicas, o mandatário alegou que é coerente ao ambientalismo fomentado no país, e que está lutando para “produzir soja europeia ou equivalente”.

Para analistas políticos e profissionais jurídicos, a declaração do francês externa interesses comerciais protecionistas, mas não deixam de refletir uma conjuntura diplomática que pressiona o Brasil acerca da postura federal frente à devastação florestal e o agronegócio.

Em entrevista para o Almoço do MyNews, o advogado e ex-deputado federal Airton Soares caracterizou a investida de Macron como metodologia de defesa, considerando as distintas condições naturais para a exploração de soja no Brasil, em detrimento da realidade agrária.

Colheita de soja em fazenda no Brasil
Colheita de soja em fazenda no Brasil. Política ambiental brasileira pode atrapalhar o agronegócio nacional.
(Foto: Pixabay)

“A soja é um pretexto. Na verdade, o Macron defende a agropecuária e os produtores de alimentos da França. Aí, então, entra a questão do frango que chega até lá, das laranjas, abacaxis, legumes… todos produzidos aqui no Brasil, afetando a produção francesa, além de concorrer, segundo ele, de maneira desleal”, explicou.

O vice-presidente Hamilton Mourão, na manhã desta quarta-feira, criticou o posicionamento do dirigente francês: “Macron desconhece a produção de soja do Brasil. Nossa produção de soja é feita no cerrado ou no sul do país […] Então, eu acho que nada mais, nada menos, ele externou aí aqueles interesses protecionistas dos agricultores franceses. Faz parte do jogo político”, completou.

De acordo com Soares, Macron se utilizou da preservação ambiental, de fato concebida como uma das principais agendas dos líderes europeus, para, indiretamente, potencializar o mercado doméstico. “É válida a primeira parte, ele tem mesmo que encampar – não é só o Macron que não tolera conviver com políticos como o Bolsonaro, mas também toda a realidade europeia e todos os democratas que estão no poder ao redor do mundo”, esclareceu.

Uma questão diplomática

Participando também da entrevista, o cientista político e professor da UERJ Christian Lynch rememorou o acordo de livre comércio engendrado entre os países do Mercosul e da União Europeia. Para ele, a resolução celebrada recentemente “foi muito difícil, sujeita ainda à ratificação, e que aqueles dados como vencidos certamente têm interesse de criar empecilhos para valorizar os próprios produtos”.

Em uma economia cada vez mais globalizada e interdependente, pautas progressistas ganham forças políticas por meio da adesão popular, delineando novos valores a práticas comerciais, principalmente àquelas atreladas às transformações e reformas sociais.

“Estamos em um ambiente de competição internacional, somos os únicos produtores de soja no mundo. O risco que a gente corre é que aconteça com a soja o mesmo que aconteceu com a borracha no começo do século XX: se você não se aplica a tentar vender bem o seu produto, a concorrência vai superá-lo”, elucidou Lynch.

Macron e Biden

Como toda nação, o Brasil também está sujeito às fiscalizações e regulamentações por parte da comunidade internacional. Além desse policiamento e das dificuldades naturais das transações, ainda “temos um presidente da república que dá todos os pretextos para boicotarem e imporem sanções econômicas. Temos que entender que o Macron está olhando o lado dele, mas nós, infelizmente, não estamos olhando o nosso. Quer dizer, a sociedade civil vê, mas quem deveria olhar por nós, na defesa dos interesses brasileiros em ambiente internacional, não está fazendo sua parte”, acrescentou.

A vitória de Joe Biden nos Estados Unidos estreita ainda mais o cerco contra o Brasil. Durante a campanha eleitoral, o democrata fez um alerta ao governo brasileiro: “Parem de destruir a floresta. Se vocês não pararem, sofrerão significativas consequências econômicas”. A questão diplomática, no entanto, ainda parece estar longe de ser definida.

“Diplomacia a gente tem, mas ela não está podendo falar nem agir. Esse governo tenta se impor por meio dos cargos de direção, colocando pessoas que não têm liberdade para fazerem o que querem mesmo sendo simpatizantes do próprio Bolsonaro. Em casos específicos, como o da pasta do Meio Ambiente, os ministros compram o pacote completo desse populismo reacionário radical. Diplomacia a gente tem, mas ela está impedida de atuar por causa dessa diretriz, existindo apenas para servir aos interesses da família presidencial. Os interesses do Brasil, como Estado, não importam, o que importa, na verdade, é tudo aquilo que se pode cacifar para esse projeto”, concluiu.   

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