Arquivos entrevista - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/entrevista/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Fri, 03 Jan 2025 11:45:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 No Brasil, a direita é histérica e a esquerda, impotente, afirma Vladimir Palmeira https://canalmynews.com.br/opiniao/no-brasil-a-direita-e-histerica-e-a-esquerda-impotente-afirma-vladimir-palmeira/ Mon, 30 Dec 2024 23:30:20 +0000 https://localhost:8000/?p=49648 Em entrevista exclusiva ao MyNews, o ex-deputado constituinte e líder estudantil traz uma análise profunda sobre dilemas e perspectivas para o futuro do país

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O que é engraçado no Brasil é que, enquanto a direita é histérica, a esquerda é impotente. Foi o que afirmou Vladimir Palmeira durante entrevista exclusiva ao MyNews que irá ao ar no dia 31 de dezembro, às 18h no canal do YouTube. Segundo ele, esse enfraquecimento da esquerda se deve ao fato de que tanto os partidos quanto os movimentos sociais precisaram se reformular para continuar existindo no mundo contemporâneo, uma vez que o comunismo se tornou um movimento “ultrapassado” e “defasado”.

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“O comunismo perdeu o sentido não só porque gerou regimes […] que são despóticos, contra tudo que [Karl] Marx dizia, com o mundo mudou muito”, afirmou o ex-deputado e líder estudantil. “O comunismo era a expressão da luta da classe operária, segundo Marx, e a classe operária acabou, praticamente, como peso político e social. Então, nós perdemos um agente histórico.”

Vladimir Palmeira, que é uma das figuras mais emblemáticas da política brasileira, recebeu em casa os jornalistas Mara Luquet, CEO do MyNews, e Cezar Fernandes para uma conversa provocadora e reflexiva sobre a influência do Partido dos Trabalhadores no cenário atual, a evolução do comunismo e da esquerda, o impacto da inteligência artificial no mundo e as perspectivas para o futuro do Brasil.

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O encontro com o ex-parlamentar encerra o ciclo de entrevistas de 2024 no MyNews e é uma oportunidade rara de ouvir um dos pensadores mais respeitados do cenário político brasileiro, principalmente porque ele prometeu só voltar para a vida política em sua próxima encarnação.

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Vladimir Palmeira revela: o PT, a IA e o último comunista – ou quase isso

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Salário mínimo não será mexido e continuará sendo aumentado de acordo com o PIB, diz Lula https://canalmynews.com.br/noticias/salario-minimo-nao-sera-mexido-e-continuara-sendo-aumentado-de-acordo-com-o-pib-afirma-lula/ Wed, 26 Jun 2024 13:29:04 +0000 https://localhost:8000/?p=44206 Presidente afirmou que o governo não gasta mais do que arrecada e que tem feito investimentos bem empregados, sobretudo em educação e saúde

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na manhã desta quarta-feira (26), que o governo não vai mexer no salário mínimo. Isso inclui a garantia do Benefício de Prestação Continuada (BPC) — auxílio que fornece às pessoas com deficiência e idosos um salário mínimo por mês — e da aposentadoria. Em entrevista ao UOL, ele disse que continuará aumentando o salário mínimo de acordo com o crescimento do PIB. Segundo Lula, ainda este ano, o governo deve articular uma nova política tributária, o que colocará o Brasil em outro patamar de desenvolvimento.

“Quando se aumenta o salário mínimo, é preciso sempre colocar [na conta] a reposição inflacionária para manter o poder aquisitivo. O crescimento do PIB é exatamente para isso, para o governo distribuir entre os mais de 200 milhões de brasileiros. E eu não posso penalizar a pessoa que ganha menos”, disse.

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Questionado se o Brasil gasta mais do que arrecada, Lula afirmou que o país está aquém nesse quesito do que a média das nações da Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), a exemplo dos Estados Unidos, da China e do Japão. Ele disse que o governo tem empregado muitos recursos na área da educação e da saúde, o que ele não considera um gasto, e sim um investimento. Para o presidente, o dinheiro do Estado precisa ser bem empregado em políticas de inclusão social para que haja um crescimento efetivo.

“No Brasil, habitualmente, não se faz política social. Quando muito, se faz um vale gás. E nós queremos fazer política de inclusão social que permitam às pessoas crescerem. O que nós precisamos é fazer um gasto bem feito, bem utilizado, e acho que isso vem acontecendo”, declarou.

“Estamos fazendo agora uma análise dos gastos, vendo onde tem gasto exagerado, que não deveria ter, pessoas que não deveriam receber que estão recebendo. Isso com muita tranquilidade, sem levar em conta o nervosismo do mercado”, acrescentou.

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‘Estou leve’, diz Ciro Gomes após ser questionado se críticas a Lula refletem ressentimento pessoal https://canalmynews.com.br/noticias/estou-leve-diz-ciro-gomes-apos-ser-questionado-se-criticas-a-lula-refletem-ressentimento-pessoal/ Fri, 21 Jun 2024 20:29:50 +0000 https://localhost:8000/?p=44094 À jornalista Mara Luquet, ex-ministro da Fazenda afirmou que se livrou do 'peso' que ele mesmo se impôs ao longo dos anos para 'respeitar as hipocrisias'

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O ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes (PDT-CE) afirmou que suas críticas ao presidente Lula e seu rompimento com antigos aliados políticos não refletem ressentimento da parte dele. “Estou leve”, disse Ciro em entrevista exclusiva ao MyNews Entrevista na quinta-feira (20), depois de ser confrontado com uma pergunta feita por um internauta do canal.

“Pouco importa a qualidade do que eu falo, as contradições inexplicáveis do Lula e do PT, eu sempre serei acusado de qualquer coisa — inveja, ressentimento, raiva, ódio. E eu estou leve. Estou livre dos pesos que eu mesmo me impus ao longo dos anos para respeitar as hipocrisias”, declarou.

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Ciro afirmou que se sente traído por aqueles para quem ele governou — no Ceará, por exemplo, estado que virou referência em educação pública no Brasil depois de seu mandato como governador, entre 1991 e 1994. Até hoje, o Ceará apresenta o melhor resultado do Brasil no quesito educação, ao lado de São Paulo, com nota 5,5 no Índice de Oportunidades da Educação Brasileira (Ioeb) 2023. Além disso, 31 municípios cearenses estão entre os 50 melhores do país conforme o indicador.

“A educação do Ceará é a melhor do Brasil. Eu que fundei esse projeto. A gente que eu produzi me trai, e a culpa é da minha intransigência? Devo dizer agora que o Brasil está no rumo certo para não parecer rancoroso?”, disse Ciro.

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Durante a entrevista, Ciro afirmou ainda que o Brasil é hoje dominado por facções criminosas, problema que foi tratado com “omissão trágica” pelo presidente Lula e pelo Partido dos Trabalhadores (PT) ao longo dos últimos anos. Para ele, a segurança pública é o principal problema que os brasileiros enfrentam atualmente, em especial aqueles que moram nas periferias do país.

“Os ricos, que contam com segurança privada, moram em condomínios fechados e têm carros blindados, não têm ideia do que está acontecendo hoje. A população brasileira está dominada pelas facções criminosas. Este é um problema tão longevo que virou um domínio complexo. Houve uma omissão trágica do Lula e do PT, e não vou esperar que a direita resolva isso”, disse.

Assista abaixo à entrevista de Ciro Gomes ao MyNews Entrevista:

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Brasil é dominado por faccções criminosas e Lula teve omissão trágica nisso, diz Ciro Gomes https://canalmynews.com.br/noticias/brasil-e-dominado-por-facccoes-criminosas-e-lula-teve-omissao-tragica-nisso-diz-ciro-gomes/ Fri, 21 Jun 2024 17:58:58 +0000 https://localhost:8000/?p=44074 Em conversa com a jornalista Mara Luquet, ex-ministro defende que segurança pública é o principal problema que os brasileiros enfrentam hoje

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O ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes (PDT-CE) afirmou, em entrevista exclusiva ao MyNews Entrevista na quinta-feira (20), que o Brasil é hoje dominado por facções criminosas, problema que foi tratado com “omissão trágica” pelo presidente Lula e pelo Partido dos Trabalhadores (PT) ao longo dos últimos anos. Para ele, a segurança pública é o principal problema que os brasileiros enfrentam atualmente, em especial aqueles que moram nas periferias do país.

“Os ricos, que contam com segurança privada, moram em condomínios fechados e têm carros blindados, não têm ideia do que está acontecendo hoje. A população brasileira está dominada pelas facções criminosas. Este é um problema tão longevo que virou um domínio complexo. Houve uma omissão trágica do Lula e do PT, e não vou esperar que a direita resolva isso”, disse.

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Em segundo lugar no ranking dos maiores problemas do Brasil hoje, Ciro coloca a saúde. Para ele, o setor enfrenta um subfinanciamento “dramático” e um “anacronismo tecnológico”, além de contar com profissionais com “formação crítica”.

Em terceiro lugar, estaria a questão da empregabilidade e renda, uma vez que, nos últimos anos, mais e mais brasileiros têm se visto obrigados a migrar para a informalidade. Segundo dados do Instituto Nacional Brasileiro de Geografia (IBGE), de 2012, quando a série histórica sobre emprego do IBGE começou a ser feita, até 2023, houve aumento de 21,3% no trabalho informal. No primeiro trimestre de 2024, 38,9% da população ocupada no Brasil não trabalhava com carteira assinada.

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“Cerca de 40% dos trabalhadores brasileiros estão trabalhando sem qualquer proteção, com jornadas de 14 a 16 horas por dia. Descanso remunerado? Férias? Décimo terceiro? Eles não sabem o que é isso. Mas o que me deixa mais angustiado é saber que, daqui a 15 ou 20 anos, entre 60 e 70 milhões de brasileiros vão chegar à velhice sem nenhuma proteção”, afirmou.

Durante a entrevista, Ciro mencionou também o projeto de lei proposto pelo presidente Lula que prevê a regulamentação do trabalho de motorista de aplicativo para transporte de passageiro. Em abril, época em que o texto foi assinado, trabalhadores do setor organizaram um protesto nacional contra a proposta, alvo de uma série de críticas. Para o ex-ministro, esse movimento mostra que há hoje uma descrença na Previdência Social por parte dos trabalhadores brasileiros.

“Os caras não querem pagar nada para a Previdência porque eles não acreditam mais nela. Nas periferias das grandes cidades não existe mais aposentadoria. A exigência de idade mínima e tempo de contribuição não guarda coerência para a demografia dos pobres”, disse.

Assista abaixo à entrevista de Ciro Gomes ao MyNews Entrevista:

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Presidente Lula sanciona lei que criminaliza práticas de bullying e cyberbullying. E agora? https://canalmynews.com.br/brasil/presidente-lula-sanciona-lei-que-criminaliza-praticas-de-bullying-e-cyberbullying-e-agora/ Sun, 21 Jan 2024 21:51:17 +0000 https://localhost:8000/?p=42100 A nova lei aborda, de maneira geral, as medidas de prevenção e combate à violência contra crianças e adolescentes em estabelecimentos educacionais ou similares

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou integralmente o Projeto de Lei nº 4224, de 2021, que institui medidas de proteção à criança e ao adolescente contra a violência nos estabelecimentos educacionais ou similares, prevê a Política Nacional de Prevenção e Combate ao Abuso e Exploração Sexual da Criança e do Adolescente e altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e as Leis nº 8.072, de 25 de julho de 1990 (Lei dos Crimes Hediondos), e nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (15/01), a nova lei aborda, de maneira geral, as medidas de prevenção e combate à violência contra crianças e adolescentes em estabelecimentos educacionais ou similares, os entes políticos responsáveis pela sua implementação, o desenvolvimento de protocolos de proteção e a Política Nacional de Prevenção e Combate ao Abuso e Exploração Sexual da Criança e do Adolescente.

O parágrafo único do art. 2º estabelece que, para os efeitos da lei, serão consideradas violência contra a criança e o adolescente as formas previstas na Lei nº 13.185, de 6 de novembro de 2015, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (bullying); na Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017, que estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência; e na Lei nº 14.344, de 24 de maio de 2022, que, entre outras medidas, cria mecanismos para a prevenção e o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente.

A nova lei, por meio de seu art. 6º, altera o Código Penal, tipificando os crimes de “intimidação sistemática (bullying)” e “intimidação sistemática virtual (cyberbullying)” no art. 146-A, com penas proporcionais às condutas. Para a intimidação sistemática, a pena é de multa (se a conduta não constituir crime mais grave) e, para a intimidação sistemática virtual, a pena é de reclusão de dois a quatro anos e multa, se a conduta não constituir crime mais grave.

Já o art. 7º do PL altera a Lei nº 8.072, de 1990 (Lei dos Crimes Hediondos), incluindo no rol de hediondos o crime de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação realizados por meio rede de computadores, de rede social ou transmitidos em tempo real e os crimes de sequestro e cárcere privado e tráfico de pessoas praticados contra crianças e adolescentes, além dos crimes que envolvem atos de pedofilia previstos nos arts. 240, § 1º e 241-B da Lei nº 8.069, de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA).

O art. 8º também altera o ECA para estender a responsabilidade penal em relação a condutas envolvendo atos de pedofilia ou relacionadas à transmissão de imagem ou vídeo de criança ou adolescente envolvido em ato infracional ou outro ilícito de forma a permitir sua identificação.

O art. 9º também modifica o ECA, exigindo, em primeiro lugar, que as instituições sociais públicas ou privadas que desenvolvam atividades com crianças e adolescentes e que recebam recursos públicos exijam e mantenham certidões de antecedentes criminais de todos os seus colaboradores, atualizadas a cada seis meses. A segunda modificação proposta pelo art. 9º consiste na criação de um novo tipo penal, que somente pode ser cometido pelo pai, pela mãe ou pelo responsável legal que, de forma dolosa, deixar de comunicar à autoridade pública o desaparecimento de criança ou adolescente.

A sanção presidencial mostra-se como importante inovação legislativa, em absoluta convergência com as regras e princípios da Constituição Federal de 1988. Destaca-se, ainda, o compromisso do Governo Federal na criação e implementação de políticas públicas e estratégias eficazes para prevenir, combater e punir casos de violência escolar e virtual, bem como na promoção da conscientização nas escolas e na sociedade sobre os impactos negativos do bullying e do cyberbullying, incentivando a denúncia, impondo penalidades aos infratores e proporcionando suporte às vítimas.

Alice Rabello conversa, No MyNews Entrevista, com a especialista em direito digital, Alessandra Borelli, e com Gustavo Estanislau, psiquiatra especialista em crianças e adolescentes, para entender como a nova lei vai impactar o combate a esse tipo de violência. Eles falam sobre os tipos de cyberbullying, as penas previstas na lei, como identificar se seu filho ou filha está sendo vítima e o que fazer para prevenir e combater o cyberbullying. Confira:

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Tony Garcia diz que foi chantageado e que “Moro forjou provas contra Lula e criou barbaridades” https://canalmynews.com.br/politica/tony-garcia-diz-que-foi-chantageado-e-que-moro-forjou-provas-contra-lula-e-criou-barbaridades/ Tue, 16 Jan 2024 02:19:37 +0000 https://localhost:8000/?p=41960 Supremo Tribunal Federal abre inquérito contra Moro sobre suposta fraude em delação

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A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou abertura de inquérito para investigar o senador Sergio Moro (União-PR) e procuradores do Paraná por supostas irregularidades em uma delação premiada fechada pela Justiça Federal quando o parlamentar era juiz, conforme revelado pelo blog da jornalista Daniela Lima, do Portal G1.

O inquérito é baseado em depoimentos e denúncias feitas pelo empresário paranaense Antônio Celso Garcia, conhecido como Tony Garcia. Na época, anos 2000, o empresário fechou uma delação premiada com Moro e em entrevista ao jornalista João Bosco Rabello no Canal MyNews, declara que cometeu crimes a mando do senador e ex-juiz Sergio Moro. O acordo previa que Tony grampeasse integrantes do Tribunal de Contas do Estado, do Poder Judiciário e autoridades com foro, que não eram da alçada da Justiça Federal.

O acordo, que ficou quase 20 anos em sigilo na 13° vara de Curitiba, está documentado nos autos que foram entregues ao STF após o juiz Eduardo Appio ter tido conhecimento do conteúdo. Tanto a PF quanto a PGR pediram a inclusão de procuradores que atuaram no acordo com Tony e na Lava Jato, do senador Sergio Moro e de sua mulher, a deputada Rosângela Moro, como investigados.

O empresário fez a denúncia e prestou depoimentos para a Polícia Federal em 2023 e dada a autorização do ministro Toffoli, Moro e os que foram citados poderão se defender das acusações. Em nota divulgada pela assessoria, Moro diz que sua defesa não teve acesso aos autos e nega os fatos afirmados “no fantasioso relato do criminoso Tony Garcia”.

No programa Segunda Chamada do Canal MyNews desta segunda-feira, 15 de janeiro de 2024, Afonso Marangoni recebe o Mestre em Direito e Ex-Secretário de Estado no Paraná, Daniel Godoy, e os jornalistas João Bosco Rabello, Igor Gadelha e André Gustavo Stumpf para comentar a decisão do ministro Dias Toffoli e a entrevista exclusiva de Tony Godoy. Confira:

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EXCLUSIVO: Sylvia Colombo entrevista o presidente Santiago Peña https://canalmynews.com.br/politica/exclusivo-sylvia-colombo-entrevista-o-presidente-santiago-pena/ Sat, 29 Jul 2023 01:02:52 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=38659 Saiba o que pensa o presidente Santiago Peña sobre Mercosul, moeda única, integraçao e Lula

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Sylvia Colombo entrevista um dos mais jovens mandatários da região, o recém-eleito Santiago Peña, 44, conversou com exclusividade com o MyNews a poucos dias de tomar posse como presidente do Paraguai, no dia 15 de agosto.

Em sua passagem por São Paulo, Peña nos contou que pretende aproximar-se do presidente Lula, apesar das diferenças ideológicas, e avançar em pautas comuns, como o acordo do Mercosul com a União Europeia, a integração regional e obras de engenharia que conectem os países. O paraguaio, porém, não está de acordo com a implementação de uma moeda comum no bloco, ideia debatida entre Brasil e Argentina.

 

Confira aqui a entrevista completa: 


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Política externa de Bolsonaro é “desastre nunca visto”, diz ex-chanceler https://canalmynews.com.br/politica/politica-externa-de-bolsonaro-e-desastre-nunca-visto-diz-ex-chanceler/ Thu, 04 Nov 2021 13:26:29 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/politica-externa-de-bolsonaro-e-desastre-nunca-visto-diz-ex-chanceler/ Para Celso Amorim, Bolsonaro desrespeita a concepção de que algumas instituições, como as Forças Armadas e o Itamaraty, precisam estar a serviço do Estado

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“Desastre nunca visto.” É com essas palavras que o ex-ministro da Defesa e de Relações Exteriores dos governos petistas Celso Amorim define a política externa do governo do presidente Jair Bolsonaro. Na sua avaliação, o presidente se vale de instituições que deveriam estar à serviço do Estado como instrumentos de política pessoal. 

Ex-ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, em entrevista ao Café do MyNews.
Ex-ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, em entrevista ao Café do MyNews. Foto: Reprodução (MyNews).

“Isso é o fotograma de um filme, e o filme é desastroso. Nunca houve uma percepção tão ruim a respeito do Brasil. Do governo americano de Joe Biden, passando pela China (por tudo que se ouve, inclusive das reclamações em relação ao fornecimento de vacina e os ataques ao país), passando por qualquer outra relação que o Brasil tenha internacional. É um desastre”, afirma.

Para ele, a comparação é ruim até se forem levados em conta os governos militares, quando ele já estava no Itamaraty. “Discordava de muita coisa que se passava no brasil, me envergonhava das torturas e de outros fatos, mas da política externa, nunca vi tamanho desapreço pela noção de Estado”, pontuou.

Segundo Amorim, o problema é que Bolsonaro trata determinadas instituições que deveriam ser de Estado, como o Itamaraty e as Forças Armadas, como se estivessem a serviço de seus próprios interesses e convicções ideológicas. O episódio envolvendo o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello é um exemplo.

“A questão é saber o seguinte: diante de uma infração ao regulamento, isso pode ser ignorado? Não, e nunca foi a visão militar, pelo o que eu saiba. Pode haver um abrandamento da pena, um agravamento, dependendo da situação, mas ignorar, considerar normal e colocar um sigilo de 100 anos é uma coisa totalmente absurda e revela um certo desapreço a uma instituição fundamental do estado brasileiro, que são as Forças Armadas.”

Programa ‘Café do MyNews‘ desta quinta-feira (10), que teve a participação do ex-ministro Celso Amorim.

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“Não dou a candidatura de Lula como favas contadas”, diz petista https://canalmynews.com.br/politica/nao-dou-a-candidatura-de-lula-como-favas-contadas-diz-petista/ Tue, 19 Oct 2021 20:08:36 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/nao-dou-a-candidatura-de-lula-como-favas-contadas-diz-petista/ Senador Humberto Costa diz que, sem o “peso da condenação”, Lula vai refletir mais com a mente do que coração

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O senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou em entrevista hoje ao Café do MyNews que, mesmo com a decisão do ministro Edson Fachin, a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência em 2022 não é “favas contadas”. Segundo ele, Lula tem dito que, do ponto de vista pessoal, já deu muito ao país, que há necessidade de renovação e que já está com a idade avançada.

Senador Humberto Costa em entrevista para o Café do MyNews - 09/03.
Senador Humberto Costa em entrevista para o Café do MyNews – 09/03. Foto: Reprodução (MyNews).

Na segunda-feira (8), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, anulou as decisões do ex-juiz Sérgio Moro em quatro processos de Lula em Curitiba. Fachin entendeu que a Justiça Federal no Paraná não tinha competência para analisar os casos, haja vista que não tinham relação com os casos de corrupção da Petrobras. Em dois deles, o ex-presidente já havia sido condenado em segunda instância, o que o tornava inelegível. Agora os processos voltam à estaca zero.

Segundo Humberto Costa, Lula vai avaliar agora, “com muita tranquilidade”, se realmente uma candidatura sua seria necessária. “Não dou como favas contadas que ele seja candidato. No entanto, ele emerge como uma força gigantesca para encabeçar um processo de enfrentamento ao governo [do presidente Jair] Bolsonaro”, afirma.

A mudança, na avaliação do senador, é que Lula irá pensar sobre o assunto sem o “peso” das condenações. “O presidente Lula até agora estava muito marcado pela dor pelo sofrimento dessa injustiça pela qual passou e muito do que ele disse e fez nesse período desde que saiu da cadeia foi marcado por isso. Eu acho que agora, tirando esse peso gigantesco das costas, ele vai poder refletir muito mais com a mente do que com o coração”, ponderou. 

Íntegra da entrevista com o senador Humberto Costa (PT-PE) no programa ‘Café do MyNews

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“Me questiono se haverá até mesmo uma frente restrita”, diz Tabata Amaral sobre coalização da esquerda https://canalmynews.com.br/politica/me-questiono-se-havera-ate-mesmo-uma-frente-restrita-diz-tabata-amaral-sobre-coalizacao-da-esquerda/ Tue, 19 Oct 2021 20:07:06 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/me-questiono-se-havera-ate-mesmo-uma-frente-restrita-diz-tabata-amaral-sobre-coalizacao-da-esquerda/ Deputada fala sobre agravamento das desigualdades no Brasil sob o comando de Bolsonaro e cita descompasso entre integrantes da esquerda

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A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) é cética sobre a possibilidade de uma frente ampla de esquerda para enfrentar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas urnas. Em entrevista ao MyNews, a congressista faz críticas ao “negacionismo” do Palácio do Planalto, mas também pontua uma parcela da esquerda “prefere fazer a narrativa”.

Em suas falas, Tabata discorreu sobre a desigualdade socioeconômica que atinge o Brasil, escancarada pela pandemia de covid-19, além de expor críticas à condução federal frente à crise sanitária e o processo de tramitação do auxílio emergencial.

Íntegra da entrevista com a deputada federal Tabata Amaral.

Deputada, a senhora foi eleita tendo como principal bandeira a educação. Quais foram os avanços ou retrocessos que a educação teve nesses últimos dois anos?

“A gente está vivendo um momento bem desafiador para a nossa educação. De forma geral, o que a pandemia faz é expor e aprofundar nossas muitas desigualdades, e já tínhamos uma desigualdade muito grande na nossa educação pública.

10% dos alunos de ensino médio já abandonaram a escola porque estão tão desmotivados, tão sem nenhum acesso durante a pandemia, que já não veem a educação como um futuro para si. Então, nos temos vários desafios que, infelizmente, foram ampliados, como a questão da desigualdade de acesso à internet, a desigualdade socioeconômica, que acaba refletindo na educação, e nesse meio tempo tivemos também uma série de desafios com o governo federal, que não entende seu papel no meio disso tudo, o papel de apoiar, de coordenar os esforços”

Mas tivemos também alguns avanços: o Congresso vem ocupando um lugar que deveria ser ocupado pelo governo. Aprovamos o novo Fundeb – responsável por metade do financiamento da educação básica –, que foi para a Constituição, e agora temos um fundo maior, mais redistribuível e que pela primeira vez olha pela qualidade da educação… Tenho muito orgulho dessa proposta, que apresentei assim que fui eleita, pois ela incentiva que os prefeitos coloquem, de fato, o recurso na educação, combatam a desigualdade, deem oportunidades iguais a esses alunos

[…] Alguns retrocessos, uma batalha muito grande, especialmente em relação ao Governo Federal e a esse contexto de pandemia, mas também muito orgulho pelo trabalho que a bancada da educação vem fazendo aqui na Câmara”.

O Congresso aprovou recentemente a PEC Emergencial, compreendida como uma condição imposta pelo governo para aprovar uma nova rodada do auxílio. Pela urgência do tema, não havia uma outra maneira de implantar o benefício?

“Com certeza. Eu sou uma das autoras de um projeto que viabiliza a prorrogação do auxílio emergencial, apresentado nove meses atrás… Então, sim, havia muitas maneiras de fazermos isso. Algo que sempre levo comigo, como alguém que conhece a fome, que sabe como a situação está na periferia, é: ‘quem tem fome tem pressa’. Quem tem fome não tem espaço para essas burocracias, para essa trapalhada toda que estamos vendo.

O que o governo fez foi uma manobra que eu, inclusive, tenho dificuldade em entender, porque ele colocou junto algo que era extremamente emergencial, que é a prorrogação do auxílio, com medidas fiscais que sequer têm impacto agora no curto prazo. [A PEC Emergencial] Não é o melhor caminho, havia outras maneiras, mais rápidas… As pessoas estão passando fome, a pandemia está no seu pior momento, e a gente não poderia ter ficado tantos meses sem o auxílio emergencial”.

Deputada federal pelo PDT de São Paulo, Tabata Amaral concede entrevista ao Canal MyNews.
Deputada federal pelo PDT de São Paulo, Tabata Amaral concede entrevista ao Canal MyNews. Foto: Reprodução (Canal MyNews).

Durante a tramitação da PEC Emergencial, a senhora recebeu ataques nas redes sociais, com diversas fake News. O que foi falado e o que é mentira?

“Da mesma forma que sou muito crítica ao negacionismo e às trapalhadas do governo, também sou muito crítica à uma parcela da esquerda que, infelizmente, prefere fazer a narrativa, prefere marcar uma posição a produzir soluções.

O que o governo fez foi amarrar a parte fiscal da PEC com a liberação de recursos para o auxílio. Não tinha como separar: ou você votava ou você não votava a PEC. Alguns parlamentares de esquerda preferiram ser contra a PEC, então ser contra a liberação de recursos para o auxílio emergencial, porque eram contra outros aspectos, contra narrativas de que o projeto veio do governo Bolsonaro. Eu não tenho coragem de fazer isso… Eu venho da periferia, eu moro em uma ocupação até hoje, eu sei o que a fome está fazendo no nosso Brasil. Por isso, não tenho coragem de atrasar em um dia a mais o auxílio emergencial.

Qual a leitura que eu faço: para se proteger dos ataques de quem iria dizer ‘você votou contra o auxílio emergencial’, algumas lideranças políticas começaram a propagar fake news dizendo que, a partir daquele momento, os salários dos servidores seriam congelados por 15 anos. Isso não tem um fundo de verdade sequer. E me parece que fizeram isso para desviar a atenção, para mobilizar os servidores, para que não apontassem o dedo e dissessem ‘vocês votaram contra o auxílio emergencial’.

Infelizmente, tive que passar diversos dias dizendo que isso é mentira, o que votamos foi ‘isso’. Porque quem está com o prato vazio não está na internet se mobilizando, não está em sindicato, não faz lobby… geralmente não é ouvido, nem pela esquerda e nem pela direita”.

A senhora acha que há uma dificuldade maior de união por parte da esquerda, seja em votações, disputas internas e até pensando em uma frente ampla para futuras eleições?  

“Eu vou lutar até o último momento para que tenhamos uma alternativa ao Bolsonaro, porque hoje em dia é sobre as quase 300 mil mortes, é sobre um governo que está acabando com a nossa economia, que não consegue vacinar sua população e que, claramente, coloca narrativas políticas e projetos pessoais de poder acima de quem mais precisa.

Então, eu vou lutar, mas é muito difícil, pois uma parte da esquerda, em uma disputa de poder, em uma disputa de espaço, entra em conflito consigo mesma. Apresentei uma emenda para que pudéssemos fatiar a PEC, e não consegui 50 assinaturas – a oposição é muito maior que isso no Congresso. […] O ponto é: se uma luta que para mim é tão consensual, que é sobre quem passa fome, não consegue nos unir, se uma parte da própria esquerda utiliza as armas do gabinete do ódio, com fake news, ataques, xingamentos e ameaças, será que a gente entendeu o tamanho do perigo que estamos vivendo?

O meu questionamento não é nem sobre se teremos uma frente ampla, que considero necessária, mas se haverá uma frente restrita… me parece que não. Entretanto, eu continuarei lutando para que seja possível”.

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Para Kim Kataguiri, atos tiveram baixa adesão por falta de esperança na política https://canalmynews.com.br/politica/para-kim-kataguiri-atos-tiveram-baixa-adesao-por-falta-de-esperanca-na-politica/ Tue, 14 Sep 2021 16:05:06 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/para-kim-kataguiri-atos-tiveram-baixa-adesao-por-falta-de-esperanca-na-politica/ Deputado federal diz ainda que o PT sabotou as manifestações ao priorizar o derretimento de Bolsonaro e o protagonismo nas eleições de 2022

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O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) participou do ‘Café do MyNews‘ desta terça-feira (14) e falou sobre a baixa adesão aos manifestos de domingo (12), que pediam o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Kataguiri é integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), e atribuiu a presença tímida nas ruas à falta de esperança dos brasileiros na política, à falta de um nome forte que represente a terceira via, e ao boicote do Partido dos Trabalhadores (PT).

Kim Kataguiri em entrevista ao programa 'Café do MyNews'.
Kim Kataguiri em entrevista ao programa ‘Café do MyNews’. Foto: Reprodução (MyNews)

“A maior parte da população está muito desesperançosa, não vê saída, não vê possibilidade de mudar o cenário político. Você tem um forte aliado do presidente da República na Câmara dos Deputados, que é o presidente Arthur Lira (PP-AL), um cenário de devastação econômica que faz com que as pessoas se preocupem mais com a própria sobrevivência do que com a política em primeiro lugar, e também uma a sabotagem por parte do próprio governo, e do PT que demonstrou não ter interesse em manifestações pelo impeachment”, explicou o parlamentar.

Para Kataguiri, a falta de interesse do PT no impeachment de Bolsonaro se deve ao fato da legenda priorizar o derretimento do presidente até o fim do seu mandato, e assim assumir o protagonismo nas eleições de 2022. “O PT demonstrou estar mais preocupado em ter o protagonismo do processo e ter um palanque eleitoral pro Lula do que em derrubar o Bolsonaro”, disse o deputado. E complementou: “Eles têm o interesse em deixar o Bolsonaro sangrar até 2022 pra finalmente conseguir eleger o Lula com mais facilidade.”

Ao ser questionado sobre a possibilidade do MBL se juntar ao PT em futuras manifestações, Kim Kataguiri foi enfático: “Enquanto o PT não tiver essa resolução de que quer de fato derrubar Bolsonaro, é muito difícil fazer mobilização com eles, com eles sabotando e colocando todos os seus blogs e todos os formadores de opinião pra sabotar iniciativas que não sejam do PT.”

Desafios da terceira via

Embora as pesquisas de opinião mostrem que a maior parte da população simpatize com uma terceira via, essa preferência não se refletiu nas ruas durante os atos pró-impeachment, no domingo (12). Para o deputado, o desafio neste momento é o consenso por um nome: “Na minha avaliação, falta também um posicionamento por parte dos nomes que se colocam, porque quem quer se posicionar como terceira via, precisa estar na linha de frente no combate tanto ao petismo quanto ao bolsonarismo”, explica o parlamentar. “E a gente não vê uma liderança batendo com a mesma contundência em ambos os polos de poder que nós temos hoje, e ganhando o protagonismo e a legitimidade popular pra liderar essa terceira via”, finaliza.

Mesmo assim, Kim Kataguiri avalia de forma positiva o movimento: “Acredito que a manifestação foi uma mobilização importante, uma sinalização importante pra unir diversos nomes que divergem entre si, mas concordam em derrubar o presidente da República imediatamente, concordam que mais um ano de mandato desse presidente coloca a nossa própria democracia em risco pra além do desastre socioeconômico que já tá acontecendo.”

Carta conciliatória e eleitores do MBL absorvidos

Durante a entrevista, a jornalista Juliana Braga questionou o deputado sobre a carta conciliatória que o presidente Jair Bolsonaro divulgou na semana passada – e que contou com a colaboração do ex-presidente Michel Temer -, se ele achava que o documento poderia ter contribuído com uma mudança de postura de parte da população que estava até então descontente com o atual governo, e que poderia ter ido às ruas no domingo. “Eu não tenho dúvida de que a carta fez com que parte das pessoas perdesse essa preocupação em relação à democracia”, ressaltou Kataguiri.

O parlamentar também concordou com o fato do MBL ter perdido eleitores para o bolsonarismo: “A direita, diferente da época da Dilma [impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff], que tava unida contra as esquerdas, contra o petismo, agora está rachada, mas eu não tenho dúvida também de que a maior parte da direita já tá se posicionando contra o governo Bolsonaro. Os dois principais pilares do governo, que eram o combate à corrupção e ao liberalismo econômico, já foram absolutamente abandonados, e isso faz com que a direita independente se posicione contra o governo.”

Íntegra do programa ‘Café do MyNews‘ desta terça-feira (14), com a entrevista completa do deputado Kim Kataguiri.

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A “incongruência típica” do governo Bolsonaro https://canalmynews.com.br/politica/a-incongruencia-tipica-do-governo-bolsonaro/ Tue, 03 Aug 2021 22:53:14 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/a-incongruencia-tipica-do-governo-bolsonaro/ No Café do MyNews, a deputada destaca a incoerência entre o discurso das redes sociais e as ações efetivas do presidente e da base aliada

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Em entrevista ao programa ‘Café do MyNews‘ desta quinta-feira (22), a deputada federal Tábata Amaral (sem partido) analisou a postura do presidente Jair Bolsonaro e de sua base aliada, e segundo ela, há uma “incongruência” no discurso, principalmente entre a narrativa apresentada nas redes sociais e as suas ações, que são “completamente contrárias”. Para ela, essa incoerência “é típica do governo”, e “nos deixa completamente em dúvida sobre o que vai acontecer”.

Tábata Amaral em entrevista ao programa 'Café do MyNews' desta quinta-feira (22).
Tábata Amaral em entrevista ao programa ‘Café do MyNews’ desta quinta-feira (22). Foto: Reprodução (MyNews).

Por isso, a deputada acredita que o anúncio do presidente, através de seu Twitter, de que irá vetar o fundo eleitoral, não tem validade. “É um governo que prometeu que diminuiria o número de ministérios, e que mais uma vez faz uma acomodação política pra poder garantir um maior apoio do Centrão. É um governo que disse que acabaria com o “toma lá, da cá”, mas tem um orçamento secreto de R$ 3 bilhões de reais”, contextualiza.

Sobre a reforma ministerial anunciada por Jair Bolsonaro, e que coloca o presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PI), no comando da Casa Civil, fortalecendo ainda mais o Centrão, Tábata avalia que “o aluguel desse apoio vai aumentando conforme a aprovação do presidente vai caindo”. Ou seja: Bolsonaro precisa agir para sobreviver à crise, e tornar a sua base no Congresso mais robusta faz parte da estratégia.

Mas ela considera essa estratégia arriscada: “O presidente tá fazendo uma conta de sobrevivência que custa muito caro pros cofres públicos, custa muito caro pra população, mas que não é eterna. E se ele não reverter a queda de aprovação dele, o Centrão vai abandoná-lo também, assim como já abandonou outros governos no passado”.

Impeachment na pauta

Para a deputada, a reforma ministerial também é um reflexo da entrada do impeachment na pauta dos partidos e dos movimentos que não seguem a linha da esquerda. Segundo Tábata, o “governo está desesperado”.

“Faz umas duas semanas, foi a primeira vez que eu vi a discussão sobre o impeachment sair do grupo da esquerda. E também a última manifestação da qual eu participei, foi a primeira vez que eu vi ali não só representantes do PT, do PSOL, PDT, mas também do Cidadania, do PSDB, de outros movimentos que não são só de esquerda, que são de centro, centro-direita”, ressalta ela.

Ameaça de Braga Netto

Sobre a declaração do ministro da Defesa, General Braga Netto, noticiada nesta quinta-feira (22) pelo jornal ‘O Estado de São Paulo’, de que não haveria eleições em 2022 se o Congresso não aprovasse o voto impresso, Tábata avalia que esses militares não representam as forças armadas. E ressalta: “hoje, essa questão do voto impresso está derrotada na Câmara”.

“Eu ouço falar em voto impresso e a única coisa que me vem à cabeça é a compra de voto. A quem interessa que você tenha um comprovante, a quem interessa que você possa tirar uma foto? A quem compra voto! Então pra mim isso é um disparate”, conclui a deputada.

O modelo de urna em análise na PEC do Voto Impresso, em tramitação na Câmara dos Deputados, não permite a retirada do comprovante, nem o registro por meio de foto.

Terceira Via

O presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula se manifestaram esta semana sobre um nome que represente uma alternativa à polarização nas eleições de 2022. Bolsonaro disse que a terceira via não existe; Lula, que é uma invenção. Tábata defende que “é difícil, mas não é inviável”. E ressalta que seu “primeiro comprometimento é estar em um projeto contra o governo Bolsonaro”, independente de quem seja esse nome.

“Se nós tivéssemos uma candidatura de terceira via natural, nada disso estaria acontecendo, ela estaria posta. Mas essa candidatura não se materializou até aqui. Então algumas pessoas terão que ceder, algumas composições terão que ser feitas. E o nosso ponto é: se pra gente ter certeza que esse projeto autoritário vai ser derrotado, nós precisamos apresentar uma candidatura ampla, da centro-esquerda a centro-direita nós termos que conversar”, finaliza a deputada.

Íntegra do programa ‘Café do MyNews’ desta quinta-feira, com a presença da deputada federal Tábata Amaral.

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Voto impresso x Urna eletrônica: qual contagem é mais falha? https://canalmynews.com.br/politica/voto-impresso-urna-eletronica/ Thu, 29 Jul 2021 19:13:57 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/voto-impresso-urna-eletronica/ Em entrevista ao Café do MyNews, Diogo Rais avalia que a pressa pela mudança no sistema de votação pode levar a um colapso

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O debate sobre o voto impresso está longe de terminar e o Café do MyNews desta quinta-feira (29) abordou o tema de forma técnica, desapaixonada, sem entrar no mérito político. A jornalista Juliana Braga conversou com o consultor jurídico em Direito Eleitoral Diogo Rais, que é diretor-geral do Instituto Liberdade Digital, e ele falou sobre as possíveis falhas nos processos de contagem de votos e demonstrou preocupação com a pressa pela mudança do sistema eleitoral brasileiro em um prazo tão curto – para as eleições de 2022 -, o que poderia levar a um “colapso eleitoral.”.

Diogo Rais
Especialista em Direito Eleitoral, Diogo Rais falou das vantagens e desvantagens do voto impresso. Foto: Reprodução/MyNews

Segundo Diogo, houve uma evolução até se chegar ao modelo atual de votação, foram anos de testes, e “implantar uma mudança tão radical em 100% da eleição brasileira, com mais de 140 milhões de eleitores, de forma tão rápida pra uma próxima eleição, seria adequado?” – questionou. E complementou: “Nenhuma mudança foi em 100% das urnas, então imagina esta, que seria a mais drástica de todas”.

Sobre o modelo de voto impresso proposto no Brasil, o consultor jurídico esclarece que o voto continuaria sendo digitado em uma urna eletrônica, mas a novidade seria a impressão do voto e a possibilidade do eleitor poder conferi-lo. “O voto é impresso conferido pelo eleitor, sem qualquer contato manual, e cai em uma urna. E a partir de então, depois, pode-se checar se o papel que caiu na urna é idêntico ao que está [digitado] na urna eletrônica”, explicou o consultor jurídico.

O especialista acredita que há vantagens e desvantagens deste modelo e cita como maior vantagem a “sensação de segurança que ele passa”. “Porque a gente tá acostumado a ver papel, a contar papel, qualquer um pode fazer isso. Então quando você olha o papel lá e olha ele caindo, você fala ‘ninguém vai poder deletar esse papel, tá lá’”, justificou.

Veja a íntegra do Café do MyNews, apresentado pela jornalista Juliana Braga. O programa vai ao ar de segunda a sexta, às 8h30, no Canal MyNews

Quem vai guardar o voto impresso e com que segurança?

Quanto às desvantagens, Rais questiona: “Quem vai guardar essas urnas? Quem vai ficar fiscalizando quem conta? Como a gente vai ter certeza que aquele papel representa exatamente o que está na urna, se de repente a urna falhou e o eleitor não viu? Ou se de repente alguém vai contar e pula um, ou por fraude mesmo? Some com uma urna, ou deixa a urna armazenada próxima ao sol e estraga todos os papeizinhos?”.

Mesmo com todos estes questionamentos, Diogo Rais avalia como positivo este momento de discussão, porque demonstra que o eleitor está preocupado com a segurança do seu voto e “quanto mais segurança o eleitor tiver, mais a sério ele leva a democracia”. E ressalta que há outras alternativas além da impressão do voto, como “um registro digital do voto num software independente, ou uma votação paralela”. E finaliza: “será que a contagem de papel, a contagem humana, não é mais falha do que a contagem digital?”.


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Luiza Frischeisen vê omissão na atuação de Augusto Aras https://canalmynews.com.br/politica/luiza-frischeisen-ve-omissao-na-atuacao-de-augusto-aras/ Fri, 02 Jul 2021 17:09:01 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/luiza-frischeisen-ve-omissao-na-atuacao-de-augusto-aras/ Subprocuradora-geral da República avalia que o “não-exercício” do atual PGR e do seu vice estão levando ao maior ativismo dos ministros do STF

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Em entrevista ao programa ‘Café do MyNews‘ desta sexta-feira (02), a Subprocuradora-Geral da República Luiza Frischeisen, falou sobre a atuação de Augusto Aras frente à Procuradoria-Geral da República (PGR), sobre o papel da PGR e a importância da eleição entre membros do Ministério Público Federal (MPF) que a colocou na liderança da lista tríplice.

Subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen
A subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen é a primeira mulher a liderar a lista Tríplice da PGR.
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Frischeisen é a primeira mulher a encabeçar a lista, que conta com mais dois candidatos, Mario Bonsaglia e Nicolao Dino. Todos eles críticos à gestão de Aras, que é aliado do presidente Jair Bolsonaro. O mandatário já sinalizou que deve ignorar as opções encaminhadas pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), devendo reconduzir Augusto Aras ao cargo ou escolher outra opção fora da lista tríplice.

A subprocuradora vê a atuação do atual PGR como omissa e considera que essa omissão tem transformado os ministros do Supremo em protagonistas. Para Frischeisen, “o não exercício da atividade investigatória de pessoas de prerrogativa de foro, na atual conjuntura, pelo atual PGR e seu vice, estão levando a um maior ativismo dos ministros do Supremo Tribunal Federal”.

Segundo ela, isso não é comum, e só está acontecendo porque de uns tempos pra cá não houve prosseguimento das investigações de foro privilegiado por parte da Procuradoria. “Se nós verificarmos, nós vamos ver que as primeiras representações, em 2019, eram enviadas ao Procurador-Geral da República. Mas, considerando que não se tinha o andamento no ponto de vista de investigações, os representantes começaram a ir ao Supremo”, explicou.

Diante deste cenário, Luiza Frischeisen avalia a importância da lista tríplice da PGR e defende que o novo Procurador deve ser escolhido a partir desta lista – Augusto Aras não integrava o elenco em 2019. “Nós acreditamos que a lista é um mecanismo que aprofunda a própria autonomia e independência do MPF. Eu creio que se nós tivéssemos um membro escolhido pela lista, ele atuaria de forma mais independente em relação à presidência da República”, justifica ela.

E complementa: “É importante dizer que a lista não é um modo estranho à constituição. Ela vem sendo feita pela ANPR desde 2003, e é uma forma de diálogo com a sociedade, através da imprensa, com o presidente da República, com o Senado, e permite que nós conversemos sobre o Ministério Público Federal em geral e as atribuições do Procurador-geral em particular.”

Íntegra do programa ‘Café do MyNews’ desta sexta, com a participação da Subprocuradora-Geral da República Luiza Frischeisen

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“Acaba ficando barato para Bolsonaro”, diz Flávio Dino sobre demissão de Ricardo Salles https://canalmynews.com.br/politica/acaba-ficando-barato-para-bolsonaro-diz-flavio-dino-sobre-demissao-de-ricardo-salles/ Thu, 24 Jun 2021 16:57:56 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/acaba-ficando-barato-para-bolsonaro-diz-flavio-dino-sobre-demissao-de-ricardo-salles/ Governador do Maranhão analisa a saída do 16º ministro na gestão do atual presidente, fala se sua filiação ao PSB e das eleições de 2022

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A entrevista do governador Flávio Dino (PSB/MA) ao programa Café do MyNews desta quinta-feira (24) sucedeu uma sequência de denúncias e movimentações polêmicas envolvendo o governo federal. Os indícios de irregularidades na compra da Covaxin, a acusação de que o presidente Jair Bolsonaro sabia do valor superfaturado da vacina indiana, as declarações do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, e a exoneração do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. E Flávio Dino respondeu sobre todas elas, e mais um pouco.

Flávio Dino
Governador Flávio Dino diz que “o caminho mais provável” é sua candidatura ao Senado em 2022. Foto: Reprodução (Governo do Maranhão)

Sobre os indícios de corrupção no governo de Jair Bolsonaro, na aquisição da vacina Covaxin, o governador do Maranhão disse que “não há dúvida que é muito grave, seja a denúncia, seja a conduta do governo em relação a este fato”. E ressaltou que há várias denúncias de corrupção na gestão de Bolsonaro, desde que ele assumiu, “portanto é uma falácia dizer que não existe corrupção: existe sim, há muitos casos que estão sob investigação, inquéritos, ações, temos mais este agora”.

Quanto à conduta de Onyx Lorenzoni em relação à denúncia, Dino afirmou que “é absolutamente inusitada: investigar, ameaçar, coagir o denunciante. Isso pode, inclusive, configurar crime, seja sob ótica da legislação própria da CPI, também sob a perspectiva do chamado crime de obstrução à justiça”.

Ao ser questionado pela jornalista Juliana Braga sobre a saída do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, e se havia prejuízos para o Maranhão com a permanência de Salles na pasta, Flávio Dino disse esperar que a troca corrija “gravíssimos problemas”, como o “incentivo ao liberou geral” e o travamento do Fundo Amazônia.

E foi enfático sobre mais esta troca em um ministério do governo de Jair Bolsonaro, a 16ª desde o início de sua gestão, há dois anos e meio: “sempre temos que lembrar que o ministro é um auxiliar do presidente da República, então acaba ficando muito barato pro Bolsonaro. Ele coloca os ministros, os ministros fazem atos questionáveis, no mínimo, atos errados, e ele troca o ministro e diz ‘pronto, agora tá tudo resolvido!’. Não, não é assim. É preciso continuar a investigar e é preciso lembrar que todos esses desatinos, politicamente, têm um responsável, que é o presidente da República. Ele que escolhe o time, a equipe; aliás, ele faz questão de dizer isso” – ressaltou o governador.

Filiação ao PSB e eleições 2022

Flávio Dino ficou 15 anos no Partido Comunista do Brasil, o PCdoB, e nesta terça-feira (22), anunciou sua filiação ao Partido Socialista Brasileiro, o PSB. Segundo o governador, sua saída foi motivada pela redução do número de partidos nos próximos anos no Brasil – pelo efeito da cláusula de desempenho e também pela proibição de coligações. “Nós teremos uma tendência à convergência tanto à direita quanto à esquerda, por conta desse regime legal. Então foi uma decisão muito lastreada, muito embasada, nesta vertente atual da política brasileira” – explicou Dino.

Sobre uma possível candidatura ao Executivo nas eleições de 2022, o governador afirmou que seu foco, no momento, é o Senado Federal. “O pouco tempo que eu me dedico à política hoje, à política eleitoral, eu venho visando mais a eleição ao Senado, que eu acho que é o caminho mais provável” – ponderou.

Flávio Dino defende que o PSB se alinhe com partidos do campo nacional popular em uma candidatura para a presidência da República em 2022, e afirma que “está otimista quanto a este alinhamento do PSB a esta visão mais frentista, mais unitária, no campo esquerda, centro-esquerda”. “Portanto eu, a princípio, não sou adepto dessa tese da chamada de terceira via” – conclui Dino.

Para o governador do Maranhão, o ex-ministro Ciro Gomes pode ser uma opção da esquerda para as próximas eleições. “Eu considero que o Ciro é uma pessoa de grande importância, tem a sua representatividade já aferida nas urnas em três candidaturas presidenciais, tem uma trajetória vitoriosa no estado do Ceará, e há, obviamente, sua vinculação ao PDT, que é uma corrente política tradicional no campo da luta dos trabalhadores, da luta popular” – finaliza Flávio Dino.

Íntegra do Café do MyNews desta quinta, comandado pela jornalista Juliana Braga, que entrevistou o governador do Maranhão, Flávio Dino.

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Mourão: “maior erro” foi falta de orientação sobre a covid https://canalmynews.com.br/politica/mourao-maior-erro-foi-falta-de-orientacao-sobre-a-covid/ Wed, 23 Jun 2021 12:44:36 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/mourao-maior-erro-foi-falta-de-orientacao-sobre-a-covid/ Em entrevista à GloboNews, vice-presidente diz que faltou uma “campanha de esclarecimento firme”

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O vice-presidente Hamilton Mourão disse que o maior erro do governo foi não ter feito uma “campanha firme” para orientar a população sobre a pandemia e a vacinação contra a covid.

Em pronunciamento sobre o Conselho Nacional da Amazônia Legal, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão.
Em pronunciamento sobre o Conselho Nacional da Amazônia Legal, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão. Foto: Marcos Oliveira (Agência Senado).

Em entrevista à GloboNews, Mourão elogiou o governo, mas também fez críticas.

“Na minha visão, a questão de comunicação, desde o ano passado, de campanhas de esclarecimento da população. Eu acho que este foi o grande erro: uma campanha de esclarecimento firme, como tivemos no passado, de outras vacinas. Então, uma campanha de esclarecimento da população sobre a realidade da doença, orientações o tempo todo para a população. Eu acho que isso teria sido um trabalho eficiente do nosso governo”, declarou Mourão.

Questionado sobre a postura do presidente Jair Bolsonaro, que critica medidas de combate como máscaras e distanciamento social, Mourão minimizou.

“Eu não coloco nas costas do presidente essas coisas que têm acontecido. Não é tudo nas costas dele. Cada tem a sua parcela de erro nesse pacote todo aí. É um país desigual: desigual regionalmente e desigual socioeconomicamente. É um país continental. Então, a gente olha outro país que sofreu tanto quanto a gente ainda continua com gente falecendo por essa doença, que são os Estados Unidos”, disse.

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Luciano Huck confirma que não será candidato à presidência em 2022 https://canalmynews.com.br/politica/luciano-huck-confirma-que-nao-sera-candidato-a-presidencia-em-2022/ Wed, 16 Jun 2021 16:21:15 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/luciano-huck-confirma-que-nao-sera-candidato-a-presidencia-em-2022/ Apresentador da Rede Globo que vinha sendo cogitado como um dos nomes para assumir a “terceira via” confirmou que seguirá na emissora, e revelou que votou em branco na última eleição

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Luciano Huck, cotado para ser candidato à presidência da República em 2022, anunciou formalmente que desistiu do pleito. Em entrevista ao programa ‘Conversa com Bial’ na madrugada desta quarta-feira (16), o apresentador da Rede Globo confirmou a renovação de seu contrato com a emissora, e disse que será o substituto de Faustão na programação dominical.

Luciano Huck durante entrevista ao programa 'Conversa com Bial'.
Luciano Huck durante entrevista ao programa ‘Conversa com Bial’. Foto: Reprodução (Vídeo – Redes).

Embora Huck compreenda a chefia do Executivo como um projeto pessoal, decidiu renunciar à candidatura antes mesmo de fazer qualquer sinalização pública sobre essa possibilidade. Há um tempo, respaldado principalmente por publicações em redes sociais e críticas ao atual governo, o nome de Huck vinha sendo ventilado entre o eleitorado, que o creditava como um perfil centrista, passível de formalizar uma terceira via na dicotômica disputa entre o ex-presidente Lula (PT) e o presente governante Jair Bolsonaro (sem partido).

Durante a entrevista, no entanto, Huck comentou o cenário: “Acho bom eu deixar a fotografia bem clara e ser o mais franco e o mais sincero possível: eu nunca me lancei candidato a nada, não estaria retirando nada porque nunca me lancei. Eu posso explicar o que vem acontecendo da porta para dentro. Eu sou um homem da comunicação. Estou há 21 anos, literalmente, rodando o país inteiro por causa do ‘Caldeirão do Huck’ e isso me colocou diante de uma realidade muito forte, que é a realidade desse país. A televisão me proporcionou conhecer o país de um jeito muito profundo.”

Mesmo sem nunca ter se posicionado, a presença do apresentador nas pesquisas presidenciais revelou certo apoio popular, mas sem grande expressão. No exame realizado pelo Paraná Pesquisas em janeiro deste ano, por exemplo, Huck obteve 9,4% das intenções de voto – já no último levantamento do instituto, entre 30 de abril e 4 de maio, o percentual, dependendo do cenário, variou entre 5,8% e 7,9%. Na última pesquisa presidencial feita pela XP/Ipespe, na segunda semana de junho, o comunicador aparece com apenas 4%, deflagrando um empate técnico, dentro da margem de erro, com os possíveis candidatos: Sergio Moro (7%), Ciro Gomes (6%), Luiz Henrique Mandetta (3%), João Doria (3%) e Guilherme Boulos (2%) – em uma hipotética disputa no segundo turno contra Bolsonaro, Huck receberia 34% dos votos, contra 37% do opositor.

Terceira Via

Mais alinhado às diretrizes do progressismo e do liberalismo-econômico, Luciano Huck revelou que votou em branco para a escolha do presidente em 2018. A Bial, o apresentador confessou que não iria se “furtar da resposta”, uma vez que “hoje em dia no Brasil você não se posicionar é você compactuar com o que está acontecendo.” […] “Eu votei em branco na última eleição, é o que eu devia ter feito e fiz com bastante tranquilidade. Os dois candidatos que se apresentavam naquela época, eu não me sentia representado por nenhum dos dois. Votei em branco e votaria em branco de novo”.

Continuou: “Nesse momento, acho que a gente não está falando sobre A ou B, de sicrano ou beltrano, a gente está falando sobre quem defende a democracia e de quem ataca a democracia. E eu acho que a democracia foi uma conquista. Quem a defende estará de um lado, quem não defende está do outro. E eu estarei sempre, em qualquer tempo, do lado da democracia.”

Nas redes, políticos e usuários comentaram o posicionamento do comunicador, reascendendo o debate sobre a atuação e omissão política presente em discursos caracterizados como “centristas”

Questionado sobre haver tempo hábil para um terceiro nome em uma frente ampla ou se apenas o de Lula é viável, Huck respondeu que “em meio a pandemia, do jeito que a gente está hoje, com uma narrativa negacionista potente, que nos atrapalha, eu realmente acho que não é hora de debater eleições ou nomes. Acho que temos que debater ideias para os problemas que temos que enfrentar de educação, geração de renda, emprego”.

Por fim, complementou: “Nesse momento você querer dar nome aos bois, fulanizar as soluções dos nossos problemas, é jogar o debate numa vala mais rasa, pessoalmente falando”.

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“Por que só o Brasil ainda insiste na cloroquina?” https://canalmynews.com.br/politica/por-que-so-o-brasil-ainda-insiste-na-cloroquina/ Wed, 26 May 2021 16:32:19 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/por-que-so-o-brasil-ainda-insiste-na-cloroquina/ No Café do MyNews, o senador Fabiano Contarato fala da postura de profissionais e políticos brasileiros que ainda recomendam a utilização do medicamento sem comprovação científica, e defende que o presidente deve ser responsabilizado

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O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) participou nesta quarta-feira do programa Café do MyNews, e condenou o fato de ainda haver recomendação de alguns profissionais de saúde e de pessoas leigas, no Brasil, para o uso de medicamentos sem comprovação científica no combate ao coronavírus. Para ele, não está sendo respeitado o limite entre a medicina e a ciência, e “há uma diferença enorme” entre um cientista e um médico.

Senador Fabiano Contarato em entrevista ao 'Café do MyNews'.
Senador Fabiano Contarato em entrevista ao ‘Café do MyNews’. Foto: Reprodução (MyNews).

“Um médico jamais pode fazer de um paciente cobaia para testar uma medicação sem nenhuma comprovação científica porque ele está violando um exercício regular da medicina, isso é crime previsto no artigo 282”, ressaltou Contarato. E complementou: “Então a pergunta é: a ivermectina, a hidroxicloroquina, ela tem comprovação científica de que ela pode ser utilizada como tratamento precoce ou no combate à covid? Se a resposta for ‘não’, qualquer pessoa que utiliza desse mecanismo, se for médico, ele está excedendo o limite da medicina. Porque quem tem competência pra colocar numa bula qual é a indicação daquela medicação são as agências reguladoras, e no caso do Brasil é a Anvisa.”

Durante a entrevista, o senador também falou sobre a responsabilidade dos municípios e estados na recomendação dos medicamentos sem comprovação científica para o combate ao coronavírus, e na orientação dos protocolos sanitários, “que existe e deve ser apurada”. Mas salientou que “ninguém pode deixar de reconhecer que a responsabilidade de celebrar contrato, em âmbito internacional, para aquisição de insumos e vacinas, é do Estado Brasileiro, através do presidente da República e seus ministérios.”

Ainda sobre o tratamento precoce, Fabiano Contarato questiona “por que só no Brasil ainda se mantém essa tecla de uma falsa verdade que se você usar hidroxicloroquina, ivermectina, você vai estar imunizado?” Segundo ele, é para estimular as pessoas a não praticarem o distanciamento social, não utilizarem máscara, se aglomerarem e, assim, alcançar a imunidade de rebanho.

Convocação de governadores na CPI

Durante a entrevista, Contarato também foi questionado sobre a intenção dos senadores de convocar os governadores para deporem na CPI da Pandemia, e ressaltou que a Comissão tem que ter a sobriedade para não mudar o seu foco:

“O trabalho da CPI tem que ser feito de forma gradativa, ela não pode ser atropelada. Então, no momento que ouve o primeiro representante do Executivo, das agências reguladoras, dos laboratórios, aí sim você vai coletando provas, e à medida que vai havendo necessidade e sendo deliberados os requerimentos para a oitiva de governadores – esses requerimentos tem que ser deliberados, tem que ser deferidos, tem que ser convocados -, mas nós não podemos atropelar esse andamento, se não o efeito vai ser negativo. Ao invés de contribuir para a apuração, você acaba tumultuando essa apuração.”

Prisão em flagrante

Como professor de direito e tendo exercido o cargo de delegado da polícia durante 27 anos, o senador Contarato respondeu com propriedade sobre a possibilidade de haver prisão durante os depoimentos da CPI da Covid-19. Segundo ele, a decisão muitas vezes não é jurídica, e sim política. “Eu entendo que deva ser de forma como é feita pra todos os brasileiros. Eu não posso ser utilizado como agente do estado apenas pra dar voz de prisão nos casos de pessoas pobres, afrodescendentes e semianalfabetas. Se está patente, se está evidenciado, um estado fragrancial por crime de falso testemunho, a prisão em flagrante se impõe.”, pontuou.

Explicando melhor: “quando a Comissão (CPI) fala assim ‘não vamos prender em flagrante, vamos encaminhar ao Ministério Público’, ela tá declinando um mandamento constitucional que é: ninguém pode ser preso, salvo em flagrante e delito. E como se estava algumas pessoas que por ali passaram, em estado flagrancial, o mais adequado, o mais correto, o constitucionalmente feito e permitido é se autuar em flagrante. Autuou em flagrante, concede o direito de responder ao inquérito em liberdade, com o arbitramento de fiança. Pagou fiança, solta. Não pagou fiança, mantém-se preso.”

Íntegra do ‘Café do MyNews’ desta quarta-feira (26), com a entrevista do senador Fabiano Contarato.

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“Foi pra isso que ele recusou a compra das vacinas?” https://canalmynews.com.br/politica/foi-pra-isso-que-ele-recusou-a-compra-das-vacinas/ Fri, 14 May 2021 15:13:19 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/foi-pra-isso-que-ele-recusou-a-compra-das-vacinas/ Durante o programa Café do MyNews desta quinta-feira, o deputado Alessandro Molon falou sobre o uso dos R$ 3 bilhões do orçamento paralelo

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O deputado federal Alessandro Molon, do PSB do Rio de Janeiro, tem atuado de forma incisiva para esclarecer possíveis casos de corrupção do governo de Jair Bolsonaro. Ou como ele próprio faz questão de ressaltar, do “desgoverno Bolsonaro”. Molon é um dos autores do pedido de investigação por improbidade administrativa na Procuradoria Geral da República do Distrito Federal, contra o ministro Rogério Marinho, por conta do orçamento paralelo, o Tratoraço, ou Tratolão. Ele também pede no Tribunal de Contas da União a suspensão dos pagamentos.

Deputado federal pelo PSB-RJ, Alessandro Molon, em entrevista ao Café do MyNews.
Deputado federal pelo PSB-RJ, Alessandro Molon, em entrevista ao ‘Café do MyNews’. Foto: Reprodução (MyNews).

Conforme explicou o deputado à jornalista Juliana Braga, durante entrevista ao programa ‘Café do MyNews‘ desta quinta-feira, o pedido de investigação não foi feito no próprio Congresso porque “a denúncia envolve muitos parlamentares, envolve indicação. De recursos públicos, para a compra de equipamentos, com suspeita de superfaturamentos, desvio de dinheiro, atendendo a pedido de parlamentares. Isso tudo feito sem nenhuma transparência.” Dessa forma, houve a decisão de pedir ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União, que são órgãos externos ao poder legislativo.

No caso do TCU, foi pedida a apuração e a suspensão dos pagamentos aos envolvidos “porque é nosso dinheiro, e não é pouco dinheiro: são R$ 3 bilhões. Esse dinheiro teria dado pra comprar 58 milhões de doses da Pfizer, quase os 70 milhões de doses que o governo federal recusou.” – ressaltou o deputado. E acrescentou: “Será que Bolsonaro recusou a compra das vacinas pra usar esse dinheiro pra tentar montar, com esse expediente, com esse esquema, uma base no Congresso? Foi pra isso que ele recusou a compra das vacinas?”

O “antiministro do Meio Ambiente

A questão ambiental também está na lista de prioridades do deputado Alessandro Molon. Recentemente, ele apresentou um pedido de abertura de CPI para investigar os crimes ambientais cometidos na gestão do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Segundo ele, já são mais de 100 assinaturas.

“As denúncias contra Ricardo Salles são muitas, e são muito graves. E são denúncias de crimes e atos lícitos que serão de difícil reversão. Ricardo Salles é o pior ministro do Meio Ambiente da história do Brasil, na verdade é um antiministro do Meio Ambiente.” – desabafou Molon.

Na lista de crimes da pasta apresentados por ele estão o favorecimento de madeireiros ilegais, a proteção de garimpeiros ilegais e a perseguição ao delegado da Polícia Federal do Amazonas. “Já ouve pedidos do Ministério Público, do Tribunal de Contas da União, de medidas contra ele [Ricardo Salles], mas até agora nada aconteceu. De forma que neste caso, a nossa aposta é numa CPI.” – concluiu.

Candidatura

Ao ser questionado por uma telespectadora do programa sobre sua relação com o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), e se há algum diálogo com o PSOL para uma chapa de Centro-Esquerda para o governo carioca, Alessandro Molon disse que tem conversado muito com Freixo, “tanto para articular as nossas ações aqui na Câmara dos Deputados, quando ao desgoverno Bolsonaro. Eu sou líder da Oposição, ele é líder da minoria, temos trabalhado em diálogo, em conjunto, em parceria, de forma articulada, todos os dias.”

E confirmou sobre a possibilidade de uma candidatura progressista: “Deputado Marcelo Freixo me disse que cogita lançar-se como pré-candidato, eu reagi muito positivamente a esta notícia da possível candidatura dele. Então é, sim, uma forte possibilidade que ele seja candidato, e que caminhemos juntos.”

Mas ressaltou que tudo “é ainda muito embrionário, muito inicial”.

Íntegra do programa ‘Café do MyNews’ desta quinta-feira (13), com a entrevista completa com o deputado Alessandro Molon.

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“Incitação à violência não pode ter lugar na democracia”, diz gerente do Sou da Paz https://canalmynews.com.br/mais/incitacao-a-violencia-nao-pode-ter-lugar-na-democracia-diz-gerente-do-sou-da-paz/ Thu, 15 Apr 2021 15:07:32 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/incitacao-a-violencia-nao-pode-ter-lugar-na-democracia-diz-gerente-do-sou-da-paz/ Natália Pollachi vê com preocupação declarações de Bolsonaro e diz que STF e Congresso não podem se deixar intimidar

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A gerente de Projetos do Instituto Sou da Paz, Natália Pollachi, defendeu nesta quinta-feira (15) em entrevista ao Café do MyNews que as declarações do presidente Jair Bolsonaro com incitação à violência não podem ter lugar na democracia. Diante do cenário, Natália afirma ser importante que o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) não se deixem intimidar. 

Segundo ela, ao contrário do discurso adotado pelo governo, a liberação e ampliação de acesso a armas não é a vontade da maioria da população e, sim, de no máximo um quarto que “mais aderente” a Bolsonaro. A liberação de armas, aliada a um discurso de incitação à violência gera preocupação, segue Natália, considerando as falas do presidente. Ela cita a a reunião ministerial de abril de 2020, quando o presidente pressionou pela edição de novos decretos, dizendo ser importante armar a população para dar condições de reagir a ordens dos governadores.

Entrevista com Natália Pollachi, gerente de projetos do Instituto Sou da Paz, no programa Café do MyNews.
Entrevista com Natália Pollachi, gerente de projetos do Instituto Sou da Paz, no programa Café do MyNews. Foto: Reprodução (MyNews).

“A gente vê com muita preocupação esse contexto em que está se liberando armas, sem preocupação com a segurança coletiva, com os danos que isso vai trazer pra todos nós, e que coloca armas nas mãos de uma parcela muito específica da população, aderente a esse tipo de discurso. E nesse momento em que há um confronto por controles constitucionais feitos por outros Poderes é ainda mais importante que o Congresso e o STF não se deixem intimidar e reafirmem a validade do controle feito pelas outras instituições”, sustentou.

Na última quarta-feira (14) Bolsonaro voltou a dizer que o país está diante de uma crise, sob um “barril de pólvora” e que pedem a ele para “fazer alguma coisa”, mas que ele aguarda um sinal da população. Para Natália, “esse tipo de incitação à violência não pode ter lugar na democracia”.

Natália analisou os últimos decretos editados por Bolsonaro para ampliar o acesso a armas. A ministra Rosa Weber suspendeu trechos dessa legislação, mas parte dela entrou em vigor na última terça-feira. Na avaliação do Instituto Sou da Paz, as normas não fazem um balanço adequado de direitos e não buscam mitigar os riscos que trazem à coletividade.

Dos pontos em vigor, a gerente do Sou da Paz destaca a autorização para policiais utilizarem armas privadas durante o serviço. Além dos problemas administrativos envolvendo o Estado abrir mão de dar os recursos adequados para profissionais de segurança trabalharem, o instituto vê problemas nas fiscalização da violência policial, que atinge mais jovens, negros e moradores da periferia. “Quando um policial é autorizado a usar uma arma pessoal, fica ainda mais difícil controlar se ele deu um disparo naquela ocorrência ou não, se ele apresentou a arma que efetivamente usou”. 

Ao suspender trechos da legislação, a ministra Rosa Weber enviou o processo para o plenário virtual, modalidade de votação na qual os ministros têm até 20 dias para protocolarem seus votos por escrito no sistema. De acordo com a jornalista Vera Magalhães, do jornal O Globo, o ministro Kassio Nunes deve pedir para a análise ser feita pelo plenário e, assim, pedir vista do processo. Para Natália, a medida seria prejudicial porque impede que os demais itens sejam debatidos e permite que continuem em vigência no país.

Íntegra da entrevista com Natália Pollachi no ‘Café do MyNews’ desta quinta-feira (15).

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“Quebrou o cristal”, diz Kajuru sobre relação com Bolsonaro https://canalmynews.com.br/juliana-braga/quebrou-o-cristal-diz-kajuru-sobre-relacao-com-bolsonaro/ Tue, 13 Apr 2021 15:05:57 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/quebrou-o-cristal-diz-kajuru-sobre-relacao-com-bolsonaro/ Senador rebate também Flávio Bolsonaro e diz que filho do presidente é quem tem que se explicar no Conselho de Ética

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O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) afirmou nesta terça-feira (13) que a sua relação com o presidente Jair Bolsonaro acabou. O parlamentar publicou em uma rede social um diálogo com o presidente no qual ele pressiona para inclusão de governadores e prefeitos na CPI da covid. Em entrevista ao Café do MyNews, Kajuru diz que “quebrou o cristal”. 

Senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) em entrevista para o programa 'Café do MyNews'.
Senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) em entrevista para o programa ‘Café do MyNews’. Foto: Reprodução (MyNews).

“Não vou ser oposição a ele, não sou rancoroso. Vou continuar defendendo as coisas certas que ele fizer, criticando as coisas erradas, sem nenhum rancor com ele. Agora, relacionamento não. Isso é igual a casamento. Trincou, acabou. Quebrou o cristal”, afirmou. Kajuru diz ter ficado decepcionado com a posição de Bolsonaro, “logo com ele”. “Comigo ele não poderia agir dessa forma.”

O parlamentar rebateu também o senador Flávio Bolsonaro, que protocolou uma representação contra ele pela divulgação da conversa. Ele diz rir porque dos 81 senadores, foi Flávio, investigado por um suposto esquema de rachadinhas, quem fez a representação. “Eu pedi a ele pra ele ir também, no mesmo dia meu, para ele explicar para o Brasil o que ele fez com dinheiro público, porque ele é acusado de crime de corrupção. Eu não. Quem tem que dar explicação é Flávio Bolsonaro”, disparou. Procurada, a assessoria de Flávio Bolsonaro não respondeu se o senador gostaria de se manifestar.

Vídeo do senador Flávio Bolsonaro, que protocolou no CEDP do Senado uma representação contra Kajuru. Vídeo: Reprodução (MyNews).

Kajuru explicou também que a motivação para ter gravado a conversa com o presidente foi a insatisfação com a forma como Bolsonaro estava generalizando os senadores, chamando todos de canalha e afirmando que todos queriam fazer um “relatório sacana”. O senador goiano defendeu ainda a realização de duas CPIs, uma voltada apenas para prefeitos e governadores, para não correr o risco de as investigações nos estados tirarem o governo federal do foco.

Por fim, o senador respondeu às críticas de ministros do Supremo Tribunal Federal que teriam afirmado, sem se identificar, acreditar se tratar de um jogo de cena. E defendeu o seu pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, relatado pelo ministro Kassio Nunes, mas ressalvou a possibilidade de Moraes ser salvo pelo corporativismo.

“[Kassio Nunes] tem ligações com o presidente Jair Bolsonaro? Tem. O presidente quer ver ministros do ‘impeachmenados’? Quer. Eu apresentei o pedido de impeachment há dois meses junto com um abaixo assinado com quase 3 milhões de assinaturas. Vamos aguardar, para mim, não tem discussão. Mas é um colega dele que vai julgar. E corporativismo a gente vê em todo lugar.”

Íntegra do programa ‘Café do MyNews’ desta terça-feira, com a entrevista completa com o senador Kajuru.

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“Pelo menos 80 mil mortes poderiam ter sido evitadas”, diz Randolfe Rodrigues sobre conduta de Bolsonaro https://canalmynews.com.br/politica/pelo-menos-80-mil-mortes-poderiam-ter-sido-evitadas-diz-randolfe-rodrigues/ Fri, 09 Apr 2021 23:58:03 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pelo-menos-80-mil-mortes-poderiam-ter-sido-evitadas-diz-randolfe-rodrigues/ Autor do requerimento para CPI da Pandemia, senador rebate críticas de Bolsonaro à Barroso: “ele precisa reclamar com 32 senadores”

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A CPI sobre a Covid-19 deve investigar a omissão de autoridades em relação à pandemia, sejam do governo federal ou de governos municipais e estaduais. Essa é a análise do senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), autor do requerimento de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito. “Quantas vidas não poderiam ter sido salvas? É isso que a CPI tem que investigar”, afirmou o parlamentar, em entrevista ao Dinheiro na Conta.

Para Randolfe, a reação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a CPI ter sido aberta foi “despropositada”. “O presidente Jair Bolsonaro tem que reclamar com os 32 senadores”, rebateu.

“Não foi o ministro Barroso que mandou instalar a CPI, quem mandou instalar foram os senadores que subscreveram o requerimento”, disse o parlamentar, que é líder da oposição no Senado.

Em conversa com apoiadores nesta sexta-feira (9), o presidente disse que o ato de Barroso foi de “ativismo judicial” e que o ministro do Supremo faz “politicalha” junto ao Senado.

No fim do dia, deputados e senadores da oposição divulgaram um comunicado em que apontam crime de responsabilidade na reação de Bolsonaro à decisão de Barroso. Em nota, o grupo afirma serem “inadmissíveis” ameaças à “independência do Poder Judiciário”.

“A revolta de Bolsonaro só revela que ele sentiu fortemente o impacto de até onde uma Comissão Parlamentar de Inquérito, a partir das suas investigações, pode chegar”, avaliou Randolfe. Para o senador, a conduta do presidente em relação à pandemia levou a escalada do números de mortos pela doença. “Pelo menos 80 mil mortes poderiam ter sido evitadas”.

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Monica Iozzi repensa humor feito no programa ‘CQC’ https://canalmynews.com.br/mais/monica-iozzi-repensa-humor-feito-no-programa-cqc/ Tue, 06 Apr 2021 00:09:42 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/monica-iozzi-repensa-humor-feito-no-programa-cqc/ Atriz lembra que Bolsonaro apareceu para o grande público no programa

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A apresentadora e atriz Monica Iozzi se prepara para estrear um novo programa sobre política na TV Brasil. Relembrando o humor que fazia no CQC, exibido na TV Bandeirantes, ela disse: “O CQC era quase uma charge televisiva. A gente também tirava sarro e também fazia chacota. E é isso que eu olho para trás e falo: hum, talvez esse olhar não tenha sido uma boa ideia”.

Monica contou que não se sente responsável pelo advento bolsonarista. “Acho que seria muito prepotente da minha parte e eu ficaria arrasada se isso fosse verdade. Mas o triste é que de alguma maneira, o que eu achava que era só denuncia, parece que virou um grande alto falante para esse homem encontrar pessoas pelo Brasil a fora que se identificam com as coisas que ele fala”.

Atriz Monica Iozzi foi a entrevistada do Almoço do MyNews. Foto: redes sociais

A proposta de Iozzi no CQC, abreviação de Custe o Que Custar, programa exibido pela TV Bandeirantes, era fazer entrevistas com políticos mesclando crítica, denúncia, humor e chacota. “A gente mostrava figuras como Bolsonaro, que eram deputados que estavam lá há muito tempo, vários mandatos, que não tinham feito nada de muito relevante”, lembra. Segundo ela, a ideia era mostrar que aqueles homens não tinham nenhum preparo para estar ali ocupando um cargo de tamanha importância. “A gente fazia perguntas básicas sobre projetos básicos que estavam rolando na Câmara e ele geralmente não sabia direito, era uma vergonha”, diz Monica. “Estão sempre envolvidos em pequenas corrupções. A gente fica sabendo dos grandes escândalos, mas esses caras do baixo clero, que estão lá fazendo política só pelo toma lá da cá, eles vivem dessas pequenas corrupções. Bolsonaro fazia parte desse grupo”, completa.

Monica Iozzi, usando de suas habilidades de atriz e improvisando com inteligência, fazia uma crônica escrachada da nossa política. Exemplo disso foi a pergunta que fez em relação ao apoio de Mariana Silva a Dilma, que estaria recebendo votos que seriam dela. “Marina, você acorda e se pergunta, o que é que ela tem que eu não tenho?” Marina Silva riu e disse: “Certamente uns quilinhos a mais”. Mas nem sempre a reação era bem humorada. Iozzi também recebeu chave de braço e empurrões de seguranças, xingamentos e muitos desaforos de políticos. O deputado Jose Tatico, (PTB-GO), constrangido por ignorar o tema da PEC que acabara de assinar e por não saber a localização da Coreia do Norte, respondeu a ela: “Sei da sua bunda!”

 As perguntas feitas por Monica aos congressistas algumas vezes eram ingênuas. E, de tão ingênuas, escancaravam a ignorância dos parlamentares. Outras vezes ela fazia perguntas desconcertantes. A reação do entrevistado era sempre uma surpresa e lidar com isso exigia dela um esforço mental e físico. “Nunca fui de acreditar nessas coisas de energia, mas o ambiente era muito pesado no Congresso. Saía de lá exausta, como se tivesse colhido cana o dia todo”, conta.

Depois de quatro anos cobrindo o Congresso em Brasília para o CQC (2010 a 2014), Monica saiu do ambiente que considera tóxico e machista até hoje. Foi para a TV Globo, onde apresentou programas, fez novelas, séries, comentou o Oscar e o BBB. Além disso, atuou em filmes e peças de teatro. Em sua carreira, acumula inúmeros prêmios de melhor repórter, atriz e apresentadora.

No Almoço do My News, conversando com Mariliz Pereira Jorge e Myrian Clark, Monica comentou sobre o novo projeto para a TV Brasil. “A gente só lembra da política quando está ali no período eleitoral. Sempre tive vontade de fazer um programa que desmistificasse um pouco a política, para qualquer pessoa”. Segundo ela, essa vontade surgiu em conversas com as pessoas nas ruas ou nas redes sociais. “Vi o quanto não gostam de falar de política. A gente tem uma ideia de que política é uma coisa feita pelos outros, que político é bandido e que isso não nos diz respeito”, diz. O novo programa terá 13 episódios, tem estreia prevista para setembro e promete discutir política de um jeito ágil e divertido, aproximando as pessoas do tema.

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“Idealmente, uma mulher”, diz Ciro sobre chapa em 2022 https://canalmynews.com.br/politica/idealmente-uma-mulher-diz-ciro-sobre-chapa-em-2022/ Fri, 19 Mar 2021 21:28:52 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/idealmente-uma-mulher-diz-ciro-sobre-chapa-em-2022/ Ex-ministro afirmou que quer ter uma mulher na chapa. Em entrevista ao Café do MyNews, Ciro elogiou a empresária Luiza Trajano e a ex-ministra Marina Silva

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O ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PDT), disse que sua chapa ideal em 2022 seria composta por uma mulher. Ciro falou sobre a disputa eleitoral do ano que vem em entrevista ao Café do MyNews desta sexta-feira (19).

Ciro Gomes em foto de 2018. Foto: Fotos Públicas / André Carvalho / CNI
Ciro Gomes em foto de 2018. Foto: Fotos Públicas / André Carvalho / CNI

“Idealmente, eu já escolhi; uma mulher ligada a vida do povo seria o aperfeiçoamento melhor para essa chapa. Isso, só idealmente”, afirmou Ciro.

Um nome que tem sido ventilado recentemente é o da empresária Luiza Trajano.

“Antes de mais nada, ela é uma pessoa que veio de baixo, conheço ela de perto. Ela é uma empreendedora de extraordinário êxito. Num ambiente que está destruindo empresas, a dela cresceu. Enfim, ela é tudo de bom, mas francamente não creio que ela esteja disponível para um processo eleitoral”, declarou o ex-ministro.

Questionado sobre a composição de uma chapa com a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede), Ciro a elogiou e disse que Marina deveria ser presidente do país.

“Essa merecia ser presidente do Brasil. Portanto, não pode ser cogitada para vice. Marina é uma figura absolutamente extraordinária. Tudo de bom: é decente, tem vivência parlamentar, vivência executiva, foi uma ministra do Meio Ambiente extraordinária, mediou as questões de licenciamento delicadíssimas, é a pessoa brasileira mais respeitada do mundo nesse tema ambiental. Portanto, ela tem os dotes para ser presidenta do Brasil”.

Ciro criticou a gestão do presidente Jair Bolsonaro e falou que o país tem duas tarefas: derrotar Bolsonaro e construir uma solução.

“Não por ódio ou vingança, mas pelo que ele representa de tragédia social, econômica, moral, ideológica, de relações internacionais, ambiental… Enfim, derrotar o Bolsonaro é uma tarefa. A outra tarefa muito grave é construir uma solução para essa terra arrasada que o Bolsonaro vai deixar, do ponto vista social e econômico, sanitário, de retomada do investimento público”, analisou.

Íntegra da entrevista com Ciro Gomes no programa ‘Café do MyNews‘ – 19/03.

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Ciro ironiza crítica de Lula: ‘passou anos de carranca’ https://canalmynews.com.br/politica/ciro-ironiza-critica-de-lula-passou-anos-de-carranca/ Fri, 19 Mar 2021 15:29:41 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ciro-ironiza-critica-de-lula-passou-anos-de-carranca/ Em entrevista ao Café do MyNews, o ex-ministro rebateu críticas ao seu temperamento, mas reconheceu que precisa se policiar

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O ex-ministro Ciro Gomes rebateu nesta sexta-feira (19) as críticas feitas pelo ex-presidente Lula ao seu temperamento. Ele disse ser uma pessoa “indignada”, ironizou o comentário do petista, mas reconheceu que precisa se policiar.

“É muito engraçado o Lula. O Lula passou anos com a carranca dele próprio e, de repente, contratou um marqueteiro que criou a versão Lulinha paz e amor, e agora dá lição de moderação”, afirmou. “Sempre vou procurar me corrigir, mas dizem isso porque não podem dizer que eu sou ladrão.”

Ciro Gomes, ex-ministro da Integração Nacional, em entrevista exclusiva ao Café do MyNews - 19/03.
Ciro Gomes, ex-ministro da Integração Nacional, em entrevista exclusiva ao Café do MyNews – 19/03. Foto: Reprodução (Canal MyNews).

Em entrevista após ter tido seus processos anulados, Lula afirmou que Ciro se acha “professor de Deus”.  “Ciro Gomes precisa assumir a responsabilidade porque ele é um homem de 64 anos de idade. Ele não pode falar essas meninices. Ele não pode ofender as pessoas. Ele, primeiro, tem que se reeeducar”, declarou o petista na ocasião. 

Em 2018, o temperamento de Ciro foi um dos motivos que levou o Centrão a apoiar o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Questionado se isso poderia ser um problema novamente para uma aliança em 2022, Ciro reconheceu que precisa se policiar. “Aqui no Ceará a gente diz que quando a pessoa não tem defeito, a gente bota. O que não quer dizer que eu não tenha que me policiar. Eu tô com 63 anos de idade, eu vou sempre tentar equilibrar a minha indignação para não dar argumento”, ponderou.

Ciro fez ainda outras críticas ao ex-presidente e à polarização no debate eleitoral em 2022. Sobre o pedido de ajuda na vacinação dos brasileiros feito para o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o ex-ministro afirmou que é melhor acreditar que Lula quer ajudar. Mas disparou: “Será que ele só se lembrou de que a gente precisava de vacina depois que recuperou o direito de ser candidato?”.

Sobre uma frente ampla na esquerda, o ex-ministro afirmou que as afinidades para derrotar o presidente Jair Bolsonaro são amplas, mas é preciso ter um projeto para construir o futuro do país. Segundo ele, a eleição de Bolsonaro não teria acontecido se não fossem as “contradições gravíssimas sob o ponto de vista econômico e moral do lulopetismo”.

Íntegra da entrevista com o político Ciro Gomes no Canal MyNews.

https://www.youtube.com/playlist?list=PL0Ttp04MDYJfpylUkaYDdQFmsBrdJLm_J

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“Todos os sistemas de saúde colapsaram”, diz representante dos secretários de saúde https://canalmynews.com.br/mais/todos-os-sistemas-de-saude-colapsaram-diz-representante-dos-secretarios-de-saude/ Wed, 17 Mar 2021 14:40:29 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/todos-os-sistemas-de-saude-colapsaram-diz-representante-dos-secretarios-de-saude/ Segundo Carlos Lula, o país viverá ainda cinco ou seis semanas de ‘muita dificuldade’ e baterá os 3 mil mortos por dia

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Pressionados pelo coronavírus, 25 estados já estão com mais de 80% dos leitos ocupados. A informação é do presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula. Em entrevista ao Café do MyNews, Carlos Lula prevê ainda cinco ou seis semanas de muita dificuldade, com o país caminhando para bater a marca de três mil mortes diárias. Nas últimas 24 horas, foram 2.841 mortes por covid-19, segundo o consórcio da imprensa.

Paciente de covid-19 sendo transferido para o Hospital de Campanha de Santarém devido à falta de leitos.
Paciente de covid-19 sendo transferido para o Hospital de Campanha de Santarém devido à falta de leitos. Foto: Pedro Guerreiro (Ag. Pará).

De acordo com Carlos Lula, que é secretário de Saúde do Maranhão, todos os sistemas de saúde já colapsaram. Muitos estados já estão com filas de espera por leitos e não há mais para onde mandar os pacientes. Até São Paulo, que tem uma estrutura mais robusta, está perto do limite.

Com isso, explica, o número de mortos aumentará em função daqueles que sequer conseguirão tratamento. “Com esse cenário, além das pessoas que estão internadas, que uma parte vai falecer, a gente não tem como recuperar todo mundo, a gente vai ter as pessoas que vão começar a falecer agora por não ter um leito”, projeta.

E segundo ele, o Brasil só deve conseguir vacinar 70% da população no final de 2021. “Esse primeiro me parece que vai ser um semestre de extrema frustração”, avalia. Ele acredita na aceleração da vacinação só a partir de junho, quando os Estados Unidos devem concluir a imunização da sua população e, assim, haverá mais doses disponíveis no mercado mundial.

O secretário lamenta a demora em procurar os laboratórios. O consórcio dos governadores está em negociação com o Fundo Soberano Russo para adquirir a Sputnik V, vacina que ainda não tem pedido de registro na Anvisa. Segundo Carlos Lula, foi a única que afirmou ter doses disponíveis. “Hoje quando a gente vai tentar comprar, a gente está lá atrás na fila”.

Ele critica também a condução do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha, 56% dos brasileiros avaliam como ruim ou péssima a gestão de Bolsonaro no combate ao coronavírus. Para Carlos, a postura negacionista do presidente dificulta a adoção de medidas restritivas nos estados. “Eu tenho um problema social e aí eu ganho um problema político. Só dá para fazer isolamento, que é difícil, eu diria até impopular porque mexe com a vida das pessoas, se eu tiver toda a classe política unida em um sentido só. E eu tive o país dividido até agora.”

Mas ele tem boas expectativas com a mudança no Ministério da Saúde, com a saída de Eduardo Pazuello para a entrada de Marcelo Queiroga. De acordo com Carlos, Queiroga é uma pessoa dócil, que tenta chegar a um meio termo, mas que terá um desafio em função da postura de Bolsonaro. Segundo ele, a defesa da ciência, de Marcelo Queiroga, deve se encontrar “logo ali” com a política.

Íntegra da entrevista com Carlos Lula no ‘Café do MyNews’ desta quarta-feira – 17/03.

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“Peço desculpas àqueles que sofreram com tudo isso”, diz Collor, 31 anos depois do confisco das poupanças https://canalmynews.com.br/mais/peco-desculpas-aqueles-que-sofreram-com-tudo-isso-diz-collor-31-anos-depois-do-confisco-das-poupancas/ Tue, 16 Mar 2021 17:00:39 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/peco-desculpas-aqueles-que-sofreram-com-tudo-isso-diz-collor-31-anos-depois-do-confisco-das-poupancas/ O ex-presidente comentou que a vacinação é a única solução para a pandemia, mas que cada pessoa precisa ter consciência e responsabilidade pelos atos que evitam novos contágios

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O senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi o convidado desta terça-feira (16), do ‘Café do MyNews Especial de Aniversário‘.

Na pauta, a situação atual do país devido a pandemia, a administração de Jair Bolsonaro, os bastidores da troca no Ministério do Saúde, as responsabilidades dos cidadãos para evitar novos contágios, além de relembrar a época dos confiscos das poupanças quando era presidente.

Senador e ex-presidente da República, Fernando Collor, em entrevista ao Café do MyNews - 16/03.
Senador e ex-presidente da República, Fernando Collor, em entrevista ao Café do MyNews – 16/03. Foto: Reprodução (MyNews).

A respeito das medidas de proteção e segurança para conter o novo coronavírus, o senador citou a vacinação e a importância de cada um se responsabilizar pelos atos. “A vacinação é a solução, não há outro meio. Tudo o que estamos fazendo, o distanciamento social, o uso de máscara, evitar aglomerações… é necessário que sigam essas recomendações”, destacou.

Collor ainda comentou a troca de Eduardo Pazuello​ por Marcelo Queiroga no Ministério da Saúde​ e a relação do presidente Jair Bolsonaro com os governadores dos estados brasileiros. “Nenhuma briga, por definição, é boa. Para isso existem os canais de diálogo e da busca por bom senso. Esse é um momento de muita dificuldade e conflagração sanitária. É preciso que haja possibilidade de diálogo, de acerto e de saber o que cabe a cada um fazer”, argumentou o senador.

Durante a entrevista o ex-presidente Collor pediu desculpas aos brasileiros pelo confisco das poupanças, ato que completa 31 anos nesta terça: “Todos os ativos financeiros foram congelados, e represados, embora devolvidos até o último centavo.” Collor diz que não havia outra alternativa na época.

“Tínhamos uma inflação de 80% ao mês, o que fazia que a Casa da Moeda funcionasse 24 horas por dia. Tivemos que fazer um bloqueio dos ativos para que o congelamento tivesse resultado e não houvesse uma quebra das indústrias brasileiras”, relembrou o ex-presidente, que encerrou o assunto com um pedido de desculpas.

“Foi uma medida dura e muita gente sofreu. Mas era uma medida necessária. Por isso peço desculpas aqueles que sofreram com tudo isso”, concluiu.

Íntegra da entrevista com Fernando Collor no Café do MyNews.

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Brasil é visto internacionalmente como “ameaça a médio e longo prazo”, diz professor da FGV https://canalmynews.com.br/mais/imagem-do-brasil-se-dissolve-no-exterior-comprometendo-recuperacao-economica/ Tue, 09 Mar 2021 12:11:55 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/imagem-do-brasil-se-dissolve-no-exterior-comprometendo-recuperacao-economica/ Professor de relações internacionais explica como a postura de Bolsonaro afeta o desenvolvimento e a diplomacia do país

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O derretimento da imagem brasileira perante a comunidade internacional é um dos reflexos mais eminentes da administração negacionista do governo Bolsonaro. A avaliação é de Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da FGV-SP, e estudioso da geopolítica.

Seja pela desastrosa condução frente a maior crise sanitária do século ou pela recusa em efetivar planejamentos capazes de frear a devastação da Floresta Amazônica, Jair Bolsonaro (sem partido) é um dos principais personagens responsáveis por caracterizar o Brasil como uma pária mundial, avalia o analista internacional.

O presidente Jair Bolsonaro, que parabenizou Joe Biden pela vitória na eleição nos EUA mais de um mês após o pleito
O presidente da República, Jair Bolsonaro. Foto: Marcelo Camargo (Agência Brasil).

Para Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV-SP e colunista dos jornais ‘EL PAÍS’ e ‘Americas Quarterly’, a decadência diplomática do país foi agravada “desde que Bolsonaro se tornou presidente”: “Acompanho, há 15 anos, todos os dias, a reação e reputação do país, e confesso que nunca vi uma deterioração tão brusca como essa que estamos vendo”.

Referindo-se aos embates entre o presidente francês, Emmanuel Macron, e Bolsonaro acerca das políticas ambientais e consequente devastação amazônica, Stuenkel afirma que o momento atual do país é evidenciado no exterior como uma ameaça imediata.  

“Há uma percepção de que o Brasil representa não só uma ameaça a médio e longo prazo, no caso do meio ambiente, mas, também, devido a incapacidade em lidar com a situação, somada à postura do presidente, há a impressão internacional de que o país não tem a vontade política para lidar com esse desafio [pandemia], concebendo um espaço em que o vírus corre solto, podendo provocar mutações que ameaçam países. Para mim, é a pior crise da reputação brasileira em muito tempo – o Itamaraty não cumpre a função de mitigar os acontecimentos ruins, o que faz com que essas notícias cheguem ao mundo de maneira direta, não filtrada.”, explica o professor.

"É tudo apenas histeria e conspiração", charge publicada no jornal alemão Stuttgarter Zeitung, por Luff.
“É tudo apenas histeria e conspiração”, charge publicada no jornal alemão Stuttgarter Zeitung, por Luff. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

“Não é só o aumento de infecções. Afirmações do presidente geram uma insegurança grande, comentários defendendo cloroquina, pauta que deixou de ser discutida em abril lá fora, ataques ao uso de máscara… Bolsonaro é um dos poucos presidentes do mundo que tem essa retórica. […] Em momentos de crise, o ministério de relações exteriores é uma espécie de assessoria de comunicação, um gestor de crise. Hoje é o oposto: o chanceler compartilha teorias conspiratórias, apoia o presidente em afirmações escandalosas… Ele, de certa maneira, está piorando a imagem internacional do país. O Itamaraty, que pode servir como um escudo, atualmente é inoperante”, completa.

Questionado sobre a possibilidade de sanções contra o Brasil, Stuenkel cita o desenvolvimento da pauta ‘ecocídio’ como justificativa para a ratificação de penalidades, uma vez que o tema já é tratado por muito países como uma investida contra nações de todo o mundo, além de reprovações não oficiais estabelecidas por diferentes populações.

“Ações de boicotes iniciados por consumidores, sobretudo nos Estados Unidos e na Europa, onde a imagem do Brasil é péssima, não havendo atores que consigam de maneira alguma mitigar essa situação. Para políticos europeus e norte-americanos bater no Brasil é muito popular, pois não há mais nenhum elemento que defenda o presidente Bolsonaro. […] Esse isolamento tem um impacto muito ruim para a economia e para o turismo brasileiro, atrasando a recuperação econômica do país”.

Íntegra da entrevista com Oliver Stuenkel no programa ‘Dinheiro na Conta’ do canal MyNews

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Escândalos, bastidores e acusações: a entrevista de Harry e Meghan no programa de Oprah Winfrey https://canalmynews.com.br/mais/a-entrevista-de-harry-e-meghan-no-programa-de-oprah-winfrey/ Mon, 08 Mar 2021 18:44:45 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/a-entrevista-de-harry-e-meghan-no-programa-de-oprah-winfrey/ Meghan Markle revelou durante a entrevista que pensou em suicídio e que a cor da pele do filho do casal foi motivo de preocupação na família

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Na noite deste domingo (7), a rede de televisão CBS, exibiu a entrevista do casal Harry e Meghan Markle no esperado programa da Oprah Winfrey. Durante o especial de duas horas, o Duque e a Duquesa de Sussex falaram sobre o casamento, os filhos e principalmente sobre as polêmicas dos bastidores da família real.

Entrevista do casal Harry e Meghan Markle no programa da Oprah Winfrey.
Entrevista do casal Harry e Meghan Markle no programa da Oprah Winfrey. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

Meghan, que está grávida do segundo bebê, uma menina, fez declarações duras à realeza. Ela disse que um integrante da família real ficou preocupado com a cor da pele do primeiro filho do casal antes dele nascer, sobre o “quão escura” seria. Meghan ainda revelou durante a entrevista com a famosa apresentadora norte-americana que até pensou em suicídio, mas a família real ignorou o fato.

Um ponto polêmico durante o programa foi quando a apresentadora questionou o casal sobre o fato dos tabloides ingleses noticiarem um boato de que Meghan teria feito algo que provocou o choro da cunhada, Kate Middleton, a Duquesa de Cambridge.

Meghan disse que o que aconteceu foi exatamente o contrário, e que foi Kate que a fez chorar no dia do casamento, momentos antes da cerimônia real. “Não digo isto para prejudicar alguém. A semana do casamento foi difícil e ela (Kate Middleton) estava chateada com alguma coisa. Mas reconheceu, pediu desculpas e me trouxe flores com um cartão. Ela fez o que eu faria se magoasse alguém, certo? Assumir as responsabilidades”, contou.

O ex-casal real britânico, que agora vive na Califórnia, anunciou em fevereiro que está definitivamente fora dos compromissos da família real britânica.

Declaração da Rainha

No mesmo dia, horas antes da entrevista do casal nos Estados Unidos, a soberana Rainha Elizabeth II fez um discurso em homenagem ao Dia da Comunidade Britânica, a ‘Commonwealth’. A Rainha citou no discurso o comprometimento do povo britânico em assumir compromissos, fala considerada por críticos como uma cutucada no casal Harry e Meghan, que desde fevereiro deixou claro não ter mais obrigações com a coroa.

A transmissão real também foi exibida pela TV, desta vez pela BBC. Devido à pandemia, a tradicional cerimônia religiosa em Westminster foi suspensa, mas a rainha, de 94 anos, fez o discurso, agradecendo o esforço de toda a comunidade nas respostas à covid-19.

“Enquanto celebramos o espírito de amizade, de unidade e conquista da Comunidade, temos a oportunidade de refletir sobre este tempo diferente de todos os outros”, disse a Rainha.

“Embora as experiências do ano passado tenham sido diferentes em toda a Comunidade, exemplos estimulantes de coragem, compromisso e dedicação abnegada ao dever foram demonstrados em todas as nações e territórios da Comunidade, especialmente por aqueles que trabalham na linha de frente, que prestam assistência médica e outros serviços públicos em suas comunidades”, agradeceu.

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Nelson Barbosa: “Governo apresentou uma fantasia de PEC para atravessar o carnaval” https://canalmynews.com.br/economia/entrevista-nelson-barbosa-auxilio-emergencial/ Sat, 13 Feb 2021 16:12:37 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/entrevista-nelson-barbosa-auxilio-emergencial/ Ex-ministro da Fazenda critica demora do governo em prorrogar auxílio e avalia risco de captura do BC pelo mercado financeiro

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O governo federal errou ao não prorrogar a partir de janeiro o auxílio emergencial e agora apresenta uma “fantasia de PEC para passar o carnaval”. Essa é a avaliação do economista Nelson Barbosa, professor da FGV e UnB, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento. Em entrevista ao Dinheiro Na Conta, ele avaliou o acordo entre Guedes e Congresso para retomar o pagamento do auxílio em março, em troca da aprovação de uma PEC de ajuste fiscal, e traçou uma perspectiva para a economia brasileira no primeiro trimestre de 2021.

Nelson Barbosa concede entrevista ao MyNews

Nelson Barbosa dá entrevista ao MyNews
Nelson Barbosa: “Governo apresentou uma fantasia de PEC para atravessar o carnaval”. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em relação ao projeto de autonomia do Banco Central aprovado nesta semana pela Câmara, Barbosa criticou o risco de ingerência do setor privado e disse que “existe, sim, o risco de uma captura do mercado financeiro”. 

O ministro analisou ainda as prioridades de Bolsonaro para o Congresso em 2021: “Quem apresenta uma lista de 35 coisas não tem prioridade”. Segundo ele, há urgência não só no auxílio emergencial, mas também na aprovação de uma reforma tributária.

“Se for para mexer em algum imposto, é melhor concentrar o capital político que o governo tem fazendo a reforma do PIS/Cofins, de um lado, e a reforma do imposto de renda, do outro. Não dá para perder tempo e capital político discutindo um imposto temporário como a CPMF”, avalia. Nelson Barbosa comentou ainda sobre a aprovação do PL Cambial, que permitiria conta em dólares no país, e o pedido de impeachment contra Bolsonaro assinado por ele e um grupo de economistas: 

Qual sua avaliação sobre a solução encontrada pelo ministro Paulo Guedes para a retomada do auxílio emergencial, com a contrapartida de uma PEC para ajuste fiscal?

Acho que essa saída reflete o erro do governo de não ter prorrogado esse auxílio já a partir de janeiro. Vamos lembrar que em dezembro do ano passado o governo falou que não ia prorrogar. E agora está correndo para isso. O que aconteceu foi que nós perdemos dois meses. Perdemos janeiro e fevereiro sem o auxílio. Se o auxílio é necessário em março, ele também era necessário em janeiro e fevereiro. O governo acabou atrasando uma medida necessária. Provavelmente esse pagamento agora vai ser insuficiente. As análises que eu e outros economistas fazemos é que deveria ser um pagamento de R$300 a R$600. Mas por enquanto está no ar. É um compromisso que “vamos votar isso depois do carnaval”. O governo apresentou uma fantasia de PEC para atravessar o carnaval. Vamos ver como essa PEC vai se materializar depois da quarta-feira de cinzas. 

Qual é o impacto para economia desse primeiro trimestre de 2021, com a conjunção do desemprego alto e sem nenhum programa de proteção social?

Todas as consultorias e quem acompanha economia brasileira estão prevendo que o primeiro trimestre deste ano a gente vai ter uma estagnação ou talvez até uma pequena queda em relação ao final do ano passado. Parte disso é efeito, sim, do fim do auxílio emergencial, provando que a economia brasileira não estava de fato se recuperando tão rápido como se esperava. Teoricamente, se o governo atuar rápido, ele pode reverter isso e a economia voltar a se recuperar no segundo semestre. Mas tudo indica que nesse primeiro trimestre, infelizmente, nós vamos ter estagnação talvez até uma pequena queda no nível de atividade com o desemprego continuando elevado. 

Sobre autonomia do Banco Central, aprovada na Câmara dos Deputados. Em entrevista ao MyNews, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles repudiou argumentos de que poderia haver no BC uma interferência do setor privado no BC. Isso pode acontecer?

Eu discordo do Meirelles. Obviamente alguém que veio do mercado financeiro nunca vai dizer que isso vai ser problema. Há uma literatura internacional que mostra que existe, sim, o risco de o que a gente chama de captura do mercado financeiro influenciar o Banco Central. Há vários estudos sobre isso. Não é um problema novo. Sempre existiu. Mas existem maneiras de diminuir isso. Por exemplo, selecionando profissionais para o BC mais seniores, mais em final de carreira e também colocando uma quarentena maior para quando a pessoa sair do Banco Central.

Infelizmente o governo decidiu não enfrentar esse problema. Era uma oportunidade de enfrentar esse problema, mas no PL de autonomia do BC se deixou isso da mesma maneira. Isso pode causar, sim, uma grande interferência do mercado financeiro no Banco Central. E aí a gente tem uma assimetria. A gente está vendo um debate hoje de que o presidente e o Congresso não devam falar muito sobre juros. É melhor que seja assim. Mas em contrapartida o Banco Central fala em política fiscal o tempo todo. Então é uma via de mão dupla. Se é para ter blindagem é para ter blindagem dos dois lados.

Como ter essa blindagem no Banco Central? 

Você tem que ter uma quarentena maior para os dirigentes do Banco Central. E seria bom que os dirigentes evitassem emitir juízo de valor sobre a política fiscal. O Banco Central tem, sim, que adaptar a política monetária e a evolução da economia, mas  isso é diferente do presidente do BC dizer para o Congresso o que ele deve ou não fazer. Se é um agente independente, não deve opinar sobre a política fiscal.

Qual sua avaliação sobre a cláusula do projeto de autonomia do BC  que trata sobre um dos objetivos da instituição ser também a geração de empregos?

Eu acho que faz sentido, mas acho também que isso pode gerar problemas. Porque o projeto de lei estabeleceu uma ordem: primeiro você olha para a inflação, depois para a geração de emprego e para estabilidade financeira. Ao colocar uma ordem na lei você está convidando para uma judicialização da política monetária brasileira. Pode acontecer no futuro de algum membro do poder judiciário ou de um órgão de controle achar que o BC não deu a importância necessária na ordem determinada pela lei  e tentar questionar o Banco Central em alguma Corte.

Era melhor ter colocado todos os objetivos com o mesmo grau de importância e deixar que o regulamento decidisse qual seria a precedência, como é hoje. Hoje o que diz que a inflação é o mais importante é um decreto do presidente. Não é assunto de lei. Ao colocar na lei você está convidando a uma confusão jurídica dentro do Comitê de Política Monetária no futuro.

Ainda sobre o Banco Central, alguns economistas têm falado em um dilema do BC, com a atividade econômica muito fraca, por um lado, juros baixos mas a inflação pressionando. Esse dilema existe?

Existe porque a inflação está se acelerando ligeiramente e a economia ainda está bem desaquecida. Se o Banco Central olhar para o nível de atividade, não deveria subir os juros. Olhando para a expectativa de inflação talvez ele tenha que subir os juros — se não em março, logo na sequência, na reunião seguinte. Isso é resolvido com o sistema de meta de inflação. A meta é a inflação. O BC deve olhar para a inflação e normalmente ele se pauta na inflação futura. O que está acontecendo agora no Brasil é que a inflação para trás, dos últimos 12 meses, está alta, em cerca de 4,5%.

Quando você olha para os próximos 12 meses, que é o que importa para o BC, ela ainda está dentro da meta estabelecida pelo governo. Com base na inflação esperada não há razão para subir juros imediatamente. Se a inflação esperada subir mais, talvez o BC possa subir juros. E aí talvez ele possa dosar essa subida de acordo com o nível de atividade da economia. Como a economia não está tão bem, se ele for subir os juros, ele pode subir lentamente.

Junto com a aprovação do projeto de autonomia do Banco Central, veio também o Projeto de Lei para alterar a legislação cambial. Essas mudanças são bem-vindas?

Como tudo na economia se forem bem administradas, não vejo problema. A modernização da regularização cambial vai reduzir custos. Só para dar um exemplo: na legislação atual, uma pessoa que tem uma receita no exterior e precisa fazer um pagamento no exterior precisa fazer dois câmbios — internalizar o dólar e depois vender o dólar para mandar para fora. Se tiver conta em dólar no Brasil ela não vai precisar fazer essas duas transações. É um avanço.

Mas você deixar qualquer agente abrir conta em dólar no país pode ampliar o espaço para especulação, a favor ou contra o real. Isso pode ampliar a volatilidade cambial. A lei é bem vaga, traz que um regulamento do BC vai dizer quem pode, em que condições. Por enquanto está muito vago, seria melhor que a lei fosse um pouco mais clara sobre quais serão essas condições para abertura de conta em dólar no Brasil.

O presidente Jair Bolsonaro entregou há duas semanas uma lista de 35 prioridades para o Congresso, a maior parte delas relacionadas à economia. Quais deveriam ser as prioridades nesse momento?

A principal prioridade não foi entregue na lista, que é o governo admitir que errou ao não prorrogar o auxílio emergencial. Agora estão correndo atrás do prejuízo para prorrogar o benefício. Essa é a primeira prioridade de todas. As pessoas ainda estão desempregadas, várias perderam renda e é preciso que o auxílio chegue a essas pessoas. A segunda prioridade ao meu ver seria investir na reconstrução da economia, na geração de empregos. Mas isso não faz parte da agenda do governo. Quem apresenta uma lista com 35 coisas não tem prioridade. Nessa lista de 35 coisas, na minha opinião, a principal que está ali é a reforma tributária. Já há um projeto no Congresso para reforma tributária que é o do PIS/Cofins e esse é um PL que se o governo se empenhasse talvez conseguisse aprovar ao longo desse ano para começar a valer em 2022.

Essa estratégia do ministro Paulo Guedes de enviar uma reforma fatiada é eficaz?

Sim. Acho que a nossa história mostrou que é muito difícil reformar tudo ao mesmo tempo. A última vez que houve uma reforma ampla de todos os impostos ao mesmo tempo foi no final dos anos 60 no século passado durante a ditadura militar com AI-5 e tanque na rua.  Isso não era uma democracia. Na democracia é muito difícil você mudar todos os impostos ao mesmo tempo, o que não significa que você não consiga mudar nada. Acho que a estratégia fatiada é a possível. O caminho é começar com a reforma do PIS/Cofins. O ideal também seria fazer uma reforma no imposto de renda, tornando ele mais progressivo. Isso está na agenda pelo menos nas declarações. Mas está naquele discurso do governo de “na semana que vem eu mando”. De semana que vem em semana que vem já se passaram dois anos. 

Falando em tributação, o ministro Paulo Guedes recentemente voltou a falar em uma nova CPMF, que seria temporária. Faz sentido?

A CPMF só faz sentido se for temporária, como uma medida para você aumentar a arrecadação enquanto as reformas tributárias estruturais não têm o seu efeito sobre a economia. Dada a situação de hoje não acho que seja a melhor medida. Existem outras formas. Acho que é melhor até você ter déficit, dada a taxa de juros que ainda está baixa, do que criar um imposto como CPMF. Se for para mexer em algum outro imposto é melhor concentrar o capital político que o governo tem fazendo a reforma do PIS/Cofins, de um lado, e a reforma do imposto de renda, do outro. Não dá para perder tempo e capital político discutindo um imposto temporário como a CPMF que acaba causando mais distorção do que benefício. 

Você assinou junto com economistas um dos pedidos de impeachment contra Bolsonaro. Por que acredita que esse seja o caminho?

Pelo enfrentamento da pandemia. Desde o início o presidente não tem dedicado a importância necessária à pandemia, tem menosprezado o risco social e o custo humano desta pandemia e o governo não tem tomado medidas na velocidade necessária. A vacinação está atrasada, o auxílio emergencial foi cortado e isso tem gerado um custo social e humano muito grande. Por isso assinei esse pedido e continuo achando que ele é necessário.

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Bate-papo exclusivo para membros: General Santos Cruz https://canalmynews.com.br/vip/entrevista-general-santos-cruz/ Wed, 10 Feb 2021 17:40:22 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/entrevista-general-santos-cruz/ Ex-ministro da administração Bolsonaro, o general afirma não haver vinculo entre as Forças Armadas e as manobras políticas do governo

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“Prioridade é proteger vida e emprego do brasileiro”, diz Marcelo Ramos https://canalmynews.com.br/politica/vice-presidente-da-camara/ Fri, 05 Feb 2021 00:41:11 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/vice-presidente-da-camara/ Vice-presidente da Câmara se diz imparcial quanto à figura de Jair Bolsonaro, mas não aprova a postura Federal frente à pandemia

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O deputado Marcelo Ramos (PP-AM) reafirmou os compromissos da Câmara com o combate à pandemia. Ramos foi eleito 1º vice-presidente da Câmara com 396 votos. Em entrevista ao MyNews, o deputado citou a aceleração da produção e distribuição de vacinas, além da recuperação econômica e social da população.

Ramos falou sobre a agenda de reformas e descartou, ao menos no atual cenário de crise sanitária, a abertura de um processo de impeachment: “Não é hora para isso”.

O deputado comentou ainda sobre a escolha da deputada Bia Kicis (PSL-DF) para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).


O presidente Jair Bolsonaro apresentou ontem (03) ao Congresso Nacional uma lista com 35 prioridades. Quais delas também condizem com as prioridades da Câmara dos Deputados?

“Em um país que bateu mais de 14 milhões de desempregados, mais de 200 mil mortes pela Covid-19, com mais de 700 mil micro e pequenas empresas fechadas por conta da crise do coronavírus, se discutir qualquer coisa que não tenha relação com o enfrentamento sanitário, econômico e social da pandemia é um desgaste desnecessário.

A pauta da Câmara é a aprovação do Orçamento até o final desse mês, início de março no mais tardar. Paralelo a isso, temos a agilização da PEC emergencial que diz respeito aos gatilhos, à desindexação, para que tenhamos algum espaço fiscal para fazermos um programa de renda mínima sem comprometer o teto de gastos. Há também a reforma administrativa e tributária, para desenvolver um ambiente de negócios mais sadio no país, para que passada a pandemia possamos voltar a crescer.

Tudo que não tiver relação com salvar as vidas e os empregos dos brasileiros não deve ser prioridade da Câmara dos Deputados.”

As pautas de costumes, então, não são sinalizadas como prioridades no Congresso?

“O deputado Arthur Lira tem o compromisso de discutir no colegiado de líderes e pautar todas as matérias que tenham maturidade na sociedade e no colegiado. Agora, nós temos que saber o que é central: aprovar medidas relacionadas ao enfrentamento sanitário, econômico e social da pandemia.

Obviamente, não vamos negar a discussão e até a mesmo a possibilidade de deliberação do Plenário de outras pautas, como essas indicadas [criminalização do infanticídio de indígenas, ensino domiciliar, liberação e facilitação do porte de armas], mas a prioridade é proteger a vida e o emprego do brasileiro.”

A indicação da deputada Bia Kicis não causa um constrangimento, tendo em vista o perfil polêmico e negacionista da parlamentar?

“Já conversei com a deputada sobre isso, de que gera um constrangimento por parte da população a até com Tribunais Superiores – ela já foi muito agressiva em relação ao STF, ao STJ e ao Judiciário. É importante esclarecer que a Comissão de Constituição e Justiça pertence ao maior partido do maior bloco, que é o PSL (cabe a legenda indicar um nome).

No entanto, eu já ponderei com a deputada Bia Kicis que ou ela consegue estabelecer uma relação de confiança com os deputados, com os Tribunais Superiores e até com a imprensa, no sentido de que a condução dela seja em torno das maiorias formadas no colegiado de líderes e não nas pautas pessoais dela, ou vai ser muito difícil viabilizar a sua eleição, ainda que ela seja a candidata oficial do PSL.”

Marcelo Ramos, vice-presidente da Câmara, durante audiência pública na Comissão Especial da Câmara.
Marcelo Ramos, vice-presidente da Câmara, durante audiência pública na Comissão Especial da Câmara. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom (Agência Brasil).

Em relação ao enfrentamento da pandemia, o que a Câmara já consegue colocar em votação para aliviar o sofrimento dos brasileiros?

“O mais urgente é a aprovação da MP da vacina, que garante recursos para a compra e distribuição das doses, e, no mais, o trabalho de fiscalização, que pode ser executado pela comissão do coronavírus, presidida pelo deputado Luisinho, no sentido de garantir uma imunização o mais rápido possível de parcela significativa do povo brasileiro. O Brasil está muito atrás de outros países no percentual de população vacinada, e nós precisamos correr atrás desse prejuízo.”

Há crime de responsabilidade para dar início a um processo de impeachment do presidente?

“Ninguém discute impeachment em tese, temos que ver a peça do processo e analisar se existe os pressupostos. […] Vou reafirmar o que eu sempre disse: o impeachment é um julgamento de natureza político-jurídica, mais político do que jurídico. É o único crime que não é julgado pelo Judiciário, mas sim pelo poder Legislativo.

Portanto, além da existência de crime, é preciso haver pressupostos de natureza política. Não se impede um presidente que tem 30% de aprovação popular; temos que esperar uma repercussão no meio da sociedade para avaliar isso sob a lógica jurídica e política.”

Ontem, durante o pronunciamento presidencial de abertura dos trabalhos no Congresso houve manifestações pró e contra o chefe do Executivo. A eleição de Arthur Lira pode fortalecer a governabilidade de Jair Bolsonaro e garantir condições para que ele dispute a reeleição em 2022?

“Primeiro, eu não acho que o presidente Jair Bolsonaro seja mito ou genocida, acho que ele é um presidente que acerta e erra. Na minha opinião, acho que ele tem errado bastante nessa condução do enfretamento da pandemia, principalmente por minimizar e negar os graves efeitos sanitários, econômicos e sociais dessa crise. Agora, não dá para medir o sentimento do povo brasileiro por uma manifestação de cinco deputados – se for para avaliar pela situação que aconteceu dentro do Plenário, havia 200 deputados gritando ‘mito’ e cinco deputados gritando ‘genocida’. Não dá para entrar nessa briga de torcida.

O que nós precisamos é garantir a estabilidade para que o país enfrente esse momento difícil, e disputar a eleição lá na frente. Sou crítico ao presidente Bolsonaro, mas acho que não dá para criar, no meio de uma pandemia, ainda mais instabilidade, mais insegurança no país. Um processo de impeachment não começa hoje e termina amanhã… Um processo de impeachment significará tocarmos o período mais grave da pandemia nessa segunda onda paralelo a um presidente tendo que se defender de um impedimento – enquanto o Congresso fica paralisado, porque, se iniciado o processo, ninguém discute nem vota outra coisa.

Não é hora para isso. É hora garantirmos a harmonia entre os poderes, reafirmarmos as independências e ajudar o Brasil a superar esse momento tão difícil.”

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“Governo federal foi eficiente em disseminar vírus pelo Brasil”, diz Deisy Ventura https://canalmynews.com.br/mais/a-eficiencia-federal-em-disseminar-a-covid-19/ Tue, 02 Feb 2021 22:48:03 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/a-eficiencia-federal-em-disseminar-a-covid-19/ Para professora da Faculdade de Saúde Pública da USP, o Governo Federal adotou uma clara estratégia: deixar que a doença siga seu curso natural e se resolva sozinha

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No MyNews Entrevista, Juliana Causin conversou com Deisy Ventura​, professora titular da Faculdade de Saúde Pública​ da Universidade de São Paulo (FSP-USP), responsável por liderar uma pesquisa que mapeou e estruturou as medidas adotadas pelo Governo Federal frente à pandemia de Covid-19.

Ventura evidencia a implementação de propagandas contra a saúde pública por parte da figura presidencial, constatando um êxito governamental no planejamento de disseminação da doença em toda a extensão territorial brasileira.

Ao lado de outros pesquisadores da USP, da organização Conectas Direitos Humanos e do Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário, a professora demonstrou que o Brasil não chegou à toa nesse patamar de agravamento da pandemia.

Municípios com o sistema de saúde em colapso, discursos que negam a ciência advindos de autoridades públicas e normas emitidas pelo Planalto são alguns dos fatores que impulsionaram o vírus no país.

Hoje, o Brasil ultrapassa os 220 mil mortos pela pandemia da Covid-19 e, tragicamente, se pergunta: o elevado número de óbitos é consequente da falta de planejamento ou, pelo contrário, da implementação de uma indecente estratégia?


Vocês começaram esse levantamento ainda em março de 2020, bem no início da pandemia. Como é que foi essa análise, para quais diretrizes do governo vocês estão olhando?

Começamos quando houve, no dia 6 de fevereiro, a promulgação da lei 13.979, que a gente chama de ‘Nova Lei da Quarentena’. Dizendo de uma forma bem simples, foram criadas as regras básicas para organizar a resposta à pandemia no Brasil – aqui a gente ainda tinha como ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. O Ministério da Saúde fez um texto básico que foi para o Congresso Nacional, com toda a pressa, e mesmo assim, naquelas poucas horas que essa lei ficou na Câmara, os parlamentares incluíram que a resposta à pandemia deveria obedecer os direitos humanos, as liberdades fundamentais, colocaram o dever de informação, de transparência… Ou seja, a gente se deu conta que em poucas horas o Congresso Nacional já tinha melhorado muito o texto vindo do poder Executivo, e esse texto também permitia a adoção de medidas restritivas de direito, como a quarentena por exemplo, que é um tema tão no Brasil, e nós nos demos conta do impacto que isso ia causar no ordenamento jurídico brasileiro.

Resumo: surgiu uma nova legislação e o poder Executivo, em todos os níveis, começou a produzir normas em um ritmo alucinante – hoje temos mais de 3 mil normas federais adotadas sobre a Covid-19. Assim, em parceria com a Conectas Direitos Humanos, nós da Faculdade de Saúde Pública da USP, particularmente do Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitários, resolvemos coletar as normas relacionadas à Covid-19 e avaliar o impacto delas sobre os direitos humanos. Estamos com uma equipe grande desde o ano passado (somos cinco coordenares, bolsistas, doutorandos, pós-doutorandos, mestrandos), e a gente tem publicado boletins que analisam grupos de normas específicas, além de trazer dados quantitativos gerais sobre a pandemia.

A impressão que dá acompanhando o decorrer da pandemia é que há uma série de informações e recomendações desencontradas – caracterizadas como estratégias do Governo Federal. Em relação ao governo, qual é a sua avaliação sobre todos esses documentos que vocês identificaram e analisaram?

Para ligar essa pergunta com o que eu falei antes sobre o estudo, eu posso te dar um exemplo que facilita muito a compreensão: no boletim com a linha do tempo do que nós chamamos de ‘estratégia institucional de disseminação do vírus’, não há nenhuma dúvida de que o Governo Federal tem a intenção de que a Covid-19 se propague o mais rapidamente no país. A gente demonstra essa intencionalidade com documentos oficiais, não há nenhuma interpretação nossa, não é entrevista, não há nenhum outro tipo de pesquisa empírica, pesquisa documental… são documentos públicos, oficiais, e declarações do presidente (que estão filmadas, transcritas, e são absolutamente inquestionáveis).

Mas, na verdade, fizemos essa linha do tempo, porque começamos a ver, particularmente a partir do final do ano passado, quando se viu as dificuldades de organizar a vacinação, e ainda mais quando a crise começou a se repetir em Manaus, um discurso de que o Governo Federal é incompetente, de que o presidente da República é louco, que ele faz bravata e provocação; colegas que a gente admira dizendo que existe negligência, omissões, do Governo Federal em relação à pandemia. Para a gente que passou o ano de 2020 lendo as normas e os documentos oficiais, porque também estudamos a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal de Contas da União (muito importante, pois o Tribunal cobra do governo, e o governo se manifesta oficialmente no processo, oferecendo dados, posturas etc.), sabíamos que não era negligência, que não era loucura e que não era ineficiência.

Sepultamentos no Cemitério Nossa Senhora Aparecida causado pela pandemia de Covid-19 no Amazonas.
(Foto: Alex Pazuello/Semcom)

O Governo Federal está cumprindo um objetivo claríssimo: ele quer que isso termine logo – como o próprio presidente da República diz […] diante dessa interpretação, que consideramos equivocada, de que o governo é incompetente e louco, sentimos a necessidade de colocar em perspectiva tudo aquilo que nós estávamos reunindo desde o ano passado.

Simplesmente sistematizamos as declarações do presidente, que chamamos de ‘propaganda contra a saúde pública’, os atos normativos e os atos de obstrução das respostas estaduais… Mostramos nessa linha do tempo que o Governo Federal nunca tentou esconder sua estratégia – e nesse sentido ele foi extremamente eficiente, conseguindo disseminar o vírus pelo Brasil.

Estamos agora com 220 mil mortes. Como toda essa desinformação e negacionismo confluíram para que o Brasil chegasse no nível de ser um dos países com mais mortes pela pandemia?

Um em cada dez indivíduos mortos pela Covid-19 no mundo é brasileiro. Isso é uma vergonha que fica para a história do Brasil, uma vergonha de todos nós brasileiros, porque o Governo Federal lidera a estratégia de disseminação do vírus. Existe resistência por parte de algumas instituições e entidades sociais, mas infelizmente ainda não existe um movimento massivo que questione essa estratégia, considerada pela Organização Mundial da Saúde como antiética, perigosa e ineficiente, que é a estratégia da imunidade coletiva, imunidade rebanho. É evidente no discurso do Governo Federal que é essa a meta: a doença deve seguir o seu curso natural e se resolver sozinha, mesmo que isso implique em um número grande de mortes, pois, no discurso do governo, morrer todos nós vamos. O erro de base do Brasil, então, é apostar no ‘deixa rolar’.

As pessoas pensam que estão criticando o presidente quando dizem que ele é chulo, ignorante, instável emocionalmente… as pessoas pensam que estão fazendo uma crítica a ele, mas elas não estão, porque a crítica importante é olhar o que ele faz. Olhando o que ele faz, saímos da intencionalidade subjetiva, que pode aparecer no discurso, e vemos que a intencionalidade prática corresponde diretamente a esse discurso. Há, então, uma propaganda contra a saúde pública, com o intuito de desacreditar as recomendações elementares (o presidente chegou a dizer que a máscara é o último tabu que vai cair).

Desacreditando essas recomendações, se incita a população a não respeitar as autoridades sanitárias (e nós vamos pagar muito caro, por muitas décadas, por esse descrédito) e a não respeitar as medidas quarentenárias (o próprio presidente causa aglomerações, não usa máscara e atua inclusive com a sua presença física para gerar situações de disseminação do vírus). Na nossa linha do tempo mostramos que os óbitos e casos vão subindo enquanto o presidente continua a aglomerar.

Bolsonaro com cloroquina
O presidente Jair Bolsonaro com caixa de hdroxicloroquina durante a posse de Eduardo Pazuello como ministro da Saúde.
(Foto: Carolina Antunes/PR)

Nada demove essa estratégia, que é complementada com a defesa de tratamentos comprovadamente ineficazes, como a Cloroquina. Luiz Henrique Mandetta, no seu livro ‘Um paciente chamado Brasil’, ele não só explica claramente o momento em que o presidente deixou de escutá-lo e passou a ouvir ‘médicos bolsonaristas’ – mesmo ele sendo médico e bolsonarista – como também que o presidente jamais acreditou na Cloroquina, mas que dizia “com essa caixinha na mão o trabalhador vai voltar a trabalhar”. O próprio exército, quando responde ao Tribunal de Contas da União sobre um possível superfaturamento na compra de insumos para a produção da Cloroquina, falou em “dar esperança aos corações aflitos”.

A ideia é fazer com que as pessoas tenham coragem de se expor. Essa é a estratégia: atacar a saúde pública, oferecer uma alternativa, iludindo as pessoas com essa ideia de que existe um tratamento precoce, e a população continua trabalhando. Enquanto isso, os governos estaduais e municipais contêm a sobrecarga do sistema de saúde, assumindo integralmente o ônus da adoção de medidas antipáticas com grande impacto econômico.

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Morte de Marielle Franco expôs pandemia criminosa sobre o Rio, diz autor de livro sobre o crime https://canalmynews.com.br/politica/morte-de-marielle-franco-expos-pandemia-criminosa-sobre-o-rio-diz-autor-de-livro-sobre-o-crime/ Sun, 13 Dec 2020 19:46:09 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/morte-de-marielle-franco-expos-pandemia-criminosa-sobre-o-rio-diz-autor-de-livro-sobre-o-crime/ MyNews conversou com Chico Otávio, autor de livro sobre o crime que já completou mil dias

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O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes completou mil dias na última terça-feira (8). O crime foi cometido em 14 de março de 2018 no Rio de Janeiro e até o momento a motivação continua desconhecida.

A Delegacia de Homicídios e o Ministério Público ainda investigam o caso. Um ano após o crime, em março de 2019, o policial reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio de Queiroz foram presos suspeitos de serem os executores. O mando do crime, no entanto, continua sem solução. Os investigadores apuram ainda se as armas usadas na execução foram jogadas no mar e a ligação de milicianos no caso.

O jornalista e escritor Chico Otávio, junto com a jornalista Vera Araújo, escreveu o livro “Mataram Marielle: como o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes escancarou o submundo do crime carioca” (Ed. Intrínseca). Em entrevista ao MyNews, ele afirma que a morte da vereadora ajudou a escancarar uma realidade que era, até então, em boa parte ignorada pela imprensa e pela sociedade.


MyNews: Qual foi o seu objetivo e da Vera com o livro? É uma espécie de reconstituição dos fatos desse crime?

Chico Otávio: Nós mergulhamos nessa história desde o primeiro momento. Nós acabamos juntando as nossas expertises. A Vera com a longa experiência dela no campo da segurança pública, ela é inclusive a inventora da expressão “milícia” com uma reportagem dela que começou a dar nome a essa organização paramilitar, e eu com a minha experiência na área de política, desde que eu entrei no O Globo em 1997. E esse crime tinha essa característica. É um mix entre o mundo criminoso e o mundo político. Então, foi uma combinação do ponto de vista da cobertura jornalística, uma combinação perfeita.

Você me perguntou como nasceu essa ideia do livro. Na verdade, foi um processo natural de uma apuração muito intensa que continuamos até hoje, cobrindo o caso, que não terminou. O jornal, mesmo com o site, não deu vazão, não deu conta de todo esse material apurado. Então sentíamos essa necessidade de ter um espaço maior para dar tudo aquilo que queríamos e melhor, amarrando as pontas numa única narrativa que facilitasse para o leitor entender todo esse processo da investigação desde o dia 14 de março de 2018.

Sessão solene em memória de Marielle Franco e Anderson Gomes na Câmara dos Deputados, em 18 de março de 2019
Sessão solene em memória de Marielle Franco e Anderson Gomes na Câmara dos Deputados, em 18 de março de 2019.
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ronnie Lessa e Elcio de Queiroz estão presos suspeitos de participação no crime que continua sem solução. Quem são eles? E estamos próximos de responder a pergunta: quem mandou matar Marielle?

Você falou em um crime sem solução, eu prefiro dizer que é um crime de solução parcial. Isso porque os supostos executores estão presos e, sinceramente, pela minha experiência com mais de 30 anos de estrada, acho que as provas colhidas contra os dois são bem razoáveis. É claro que não sabemos como funciona a cabeça de um tribunal do júri, provavelmente o caso vai ser julgado no segundo semestre de 2021. Não sabemos não sabe o que vai acontecer, mas a polícia arrecadou provas concretas de que o Ronnie Lessa pesquisou o endereço da Marielle nos dias que antecederam a morte da vereadora. Era o endereço do ex-marido, que constava como sendo o domicílio da Marielle no sistema de segurança pública.

E mais. Ele comprou equipamentos que têm ligação direta com a execução: silenciadores, equipamentos para submetralhadora, um equipamento que evita o rastreamento do carro. Então, tem todo um contexto. O movimento dos celulares dos dois executores até um ponto da Barra da Tijuca de onde o carro teria saído. Então, essas provas não são suficientes para botar o Ronnie Lessa e o Elcio de Queiroz no Cobalt [modelo de carro] que cercou a Marielle naquela noite no Estácio, eles não estão dentro do carro, em tese. Mas elas são bem razoáveis para significar uma condenação. 

O que falta é o mando. Quem teria contratado esses dois pistoleiros e por que motivo teriam contratado para executar Marielle e Anderson? A polícia tem uma linha de investigação forte que está em andamento. Evidentemente, não queremos divulgar nada e nem atrapalhar as investigações, mas a polícia está otimista. E o Ministério Público, talvez um pouco mais cauteloso, exigindo mais provas para apostar definitivamente nessa linha.

Analisando essa falta de resolução quanto ao mando, foi um crime bem planejado e sofisticado?

Acho que foi muito bem planejado, feito por profissionais. Quando resolvemos entrar para valer, a Vera que tinha mais experiência falou assim: “Chico, você está preparado para abrir as portas do inferno?”. Eu falei: “vamos nessa”, e foi o que aconteceu.

Impressionante o tamanho da coisa, o grau de sofisticação chegou a um ponto que determinadas organizações criminosas ligadas à contravenção e à milícia terceirizaram seus assassinatos e daí surgiu o escritório do crime. Temos episódios ligados ao escritório do crime que voltam ao ano de 2003, então essa relação sangrenta, obscura, já existia quase duas décadas antes do assassinato de Marielle. E de certa forma a cobertura nos permitiu lançar um olhar mais apurado para isso, para esse submundo. E foi surpreendente.

Mais surpreendente foi saber que de certa forma isso estava sendo ignorado pelas autoridades, pela imprensa e principalmente pela sociedade. Sinceramente, acho que a sociedade entendeu que enquanto eles estavam se matando, enquanto as mortes aconteciam no âmbito deles por disputas territoriais, deixava rolar. O problema foi quando mataram a Marielle, o que foi realmente um ponto fora da curva e acordou as autoridades. Na verdade, a própria sociedade acordou a mídia e eu me encaixo nisso, faço uma autocrítica para olhar com mais atenção para essa verdadeira pandemia criminosa que o Rio de Janeiro vive.

Qual a participação das milícias no caso da Marielle Franco e do Anderson Gomes? Pensando de forma geral no Rio de Janeiro, qual é o papel desses grupos na violência e no crime organizado?

Eu não posso entrar em detalhes, mas a hipótese mais forte da polícia trabalha com o crime de vingança. Algum miliciano ou milicianos, que a CPI das Milícias teria denunciado lá atrás em 2008, teria praticado agora uma vingança. Não podia atacar o Freixo, vamos atacar alguém que é ligado ao Freixo, vamos fazê-lo sofrer. A Marielle era quase uma afilhada política do Freixo, ela começou na Comissão de direitos humanos da Assembleia e foi uma aposta do Freixo. Ele mergulhou profundamente na campanha dela [para vereadora] em 2016.

Então, se tem uma relação com a milícia, a primeira delas é nessa linha aí. A linha mais forte de investigação da direção do mando envolve a milícia. E o segundo ponto é o próprio Ronnie Lessa. Ele tem uma ligação muito forte com a milícia da Gardênia Azul, ele teve uma passagem pelo escritório do crime. Então a ligação é profunda. O Ronnie Lessa teve uma academia de ginástica em Rio das Pedras. E ninguém tem uma academia de ginástica em Rio da Pedras sem o aval da milícia.

A vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada em março de 2018 no Rio de Janeiro
A vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada em março de 2018 no Rio de Janeiro.
(Foto: Renan Olaz/CMRJ)

O caso da Marielle repercutiu não só aqui no Brasil como em vários países, chamou a atenção da comunidade internacional. O que representou a morte de Marielle? Como você classificaria?

Olhando para as pesquisas do Lessa e do Elcio de Queiroz no Google, no Facebook, eu vi muito ódio, muito. As lutas identitárias, a questão racial… muito ódio e isso me espantou demais. Isso foi para mim o principal aprendizado. Como de certa forma esse ódio foi crescendo e muita gente não reparou. Eu não diria que o Lessa fez aquilo motivado pelo ódio, mas que ajudou, ajudou.

Segundo ponto importante: toda vez que chegávamos a algum suspeito, seja ele ex-PM ou miliciano, a primeira questão era buscar no site da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro ou da Câmara Municipal se ele tinha sido agraciado com alguma homenagem ou medalha, e era batata! Impressionante como a classe política passou a mão na cabeça desses caras. Eu não diria em termos de repercussão internacional que talvez a comunidade internacional tenha um interesse tão grande nesse assunto, mas eu fico espantado com o nível de ódio e de tolerância da classe política a esse ódio que estava o tempo todo presente, espreitando as lutas sociais no Rio de Janeiro. E acredito que não seja um problema do Rio, é um problema nacional.

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