Arquivos covid-19 - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/covid-19/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Wed, 20 Mar 2024 06:32:53 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Moraes dá 15 dias para PGR opinar sobre indiciamento de Bolsonaro https://canalmynews.com.br/politica/moraes-da-15-dias-para-pgr-opinar-sobre-indiciamento-de-bolsonaro/ Wed, 20 Mar 2024 06:10:45 +0000 https://localhost:8000/?p=42723 Procurador-geral vai decidir se denuncia ex-presidente ao STF

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 15 dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o relatório no qual a Policia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 16 pessoas pela suposta fraude do certificado de vacinação para covid-19.

Será a primeira oportunidade para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, avaliar uma investigação envolvendo Bolsonaro. Gonet vai decidir se denuncia o ex-presidente e os demais acusados ao Supremo. Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao cargo, o procurador tomou posse em dezembro do ano passado.

O sigilo sobre o relatório da PF foi retirado hoje (19) por Moraes. Conforme as investigações, ao menos nove pessoas teriam se beneficiado de um esquema de fraude, montado pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid, incluindo a esposa e três filhas, Bolsonaro e sua filha e o deputado Gutemberg Reis de Oliveira (MDB-RJ).

Cid teria inserido informações falsas no sistema do Ministério da Saúde com o objetivo de facilitar a entrada e a saída de Bolsonaro dos Estados Unidos, burlando exigências sanitárias contra a covid-19 impostas pelos EUA e também pelo Brasil. Ambos países exigiam a vacinação contra doença para interessados em cruzar a fronteira.

Em seu perfil na rede social X, antigo Twitter, o advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten criticou a divulgação do indiciamento. “Vazamentos continuam aos montes, ou melhor aos litros. É lamentável quando a autoridade usa a imprensa para comunicar ato formal que logicamente deveria ter revestimento técnico e procedimental ao invés de midiático e parcial”, escreveu.

Confira debate sobre o tema no Segunda Chamada, com Afonso Marangoni, Carlos Andreazza do jornal O Globo, Vanda Célia e Vinícius Nunes, repórter do Metrópoles:

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TCU aponta perdas de R$ 1,2 bilhão com vacinas vencidas https://canalmynews.com.br/brasil/tcu-aponta-perdas-de-r-12-bilhao-com-vacinas-vencidas/ Fri, 20 Oct 2023 09:24:57 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40712 Nas secretarias municipais de Saúde, foi constatado um total de 23.668.186 doses vencidas, com prejuízo de R$ 1,1 bilhão

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O Brasil desperdiçou mais de 28 milhões de doses de vacinas que perderam a validade, resultando em um prejuízo de R$ 1,2 bilhão. Os dados são de um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU), aprovado nesta quarta-feira (18).

Nas secretarias municipais de Saúde, foi constatado um total de 23.668.186 doses vencidas, com prejuízo de R$ 1,1 bilhão. Nas secretarias estaduais, foram 2.296.096 doses e perdas de R$ 59,2 milhões. Já no almoxarifado do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP), constavam, 2.215.000 doses vencidas, correspondendo a perdas financeiras de R$ 55,6 milhões.

Segundo o relatório, as causas para as perdas não foram efetiva e individualmente identificadas pelo Ministério da Saúde, que as atribui apenas ao não atingimento da meta vacinal. “A unidade técnica, por outro lado, acertadamente a meu ver, ponderou que devem ser decorrentes de múltiplas causas, a exemplo de falta ou atraso de registro de vacinação, não utilização do quantitativo de doses indicadas no frasco (perda de validade das vacinas por positivação de temperatura e/ou perdas decorrentes de manuseio), inconsistência de registro de vacinação, rejeição de uso pela população de certo tipo de vacina”, diz o relator, ministro Vital do Rêgo.

Os ministros decidiram, por unanimidade, determinar ao Ministério da Saúde que apresente em 15 dias planilhas de imunizantes atualizadas, referentes aos anos de 2022, 2023 e 2024, com dados de vacinas contra a covid-19, distribuídas ou a distribuir aos estados, aos municípios e ao Distrito Federal. A pasta também deve apresentar em 30 dias um plano de ação, identificando as medidas a serem adotadas, para o monitoramento do processo de distribuição, vacinação e registro de vacinas contra a covid-19.

O Ministério da Saúde ainda não se manifestou sobre a decisão do TCU.

Maiores perdas
De acordo com o relatório, nas secretarias municipais de Saúde, as maiores perdas concentraram-se nos estados de Minas Gerais (407 municípios, 4.062.119 doses), da Bahia (203 municípios, 3.462.098 doses), do Maranhão (127 municípios, 2.797.767 doses), do Ceará (117 municípios, 2.698.631 doses) e do Rio Grande do Sul (206 municípios, 2.520.079 doses). Quase 80% das perdas nos municípios foram de imunizantes da Comirnaty/Pfizer (10.734.987 doses, 45,3% das perdas, R$ 644.850.669,09) e da AstraZeneca/Fiocruz (8.072.921 doses, 34,10% das perdas e R$ 202.872.504,73). Os quase 20% restantes são da CoronaVac/Butantan (4.535.255 doses, 19,2% da ocorrência e R$ 255.198.798,85) e da Jansen (325.035 doses, 1,4% da ocorrência e R$ 15.965.719,20)

Das vacinas vencidas nas secretarias estaduais, 78,6% deste quantitativo ocorreu no Paraná, seguido de São Paulo (13%) e do Rio de Janeiro (5,4%). A vacina da AstraZeneca/Fiocruz foi o imunizante que mais teve perda por expiração de validade nas secretarias estaduais de Saúde (2.248.865 doses, correspondendo a 97,95% da ocorrência e R$ 56,5 milhões).

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Justiça leva em média um ano para dar resposta a processos de saúde https://canalmynews.com.br/saude/justica-leva-em-media-um-ano-para-dar-resposta-a-processos-de-saude/ Mon, 08 May 2023 14:50:26 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37502 Em 2022, foram abertos 295 mil processos relacionados ao SUS

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Somente no ano passado, foram abertos mais de 295 mil processos na Justiça, que contestam algum aspecto relacionado ao atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2021 e 2020, o total foi de 250 mil e 210 mil, respectivamente, o que indica aumento gradual, a cada ano.

Em relação à rede privada, 2022 registrou 164 mil processos novos. Em 2021 e 2020, foram abertos 137 mil e 135 mil processos judiciais, respectivamente. Já neste ano, o total também foi inferior ao do SUS -, embora a comparação deva levar em consideração a magnitude do sistema público.

A quantidade elevada no período de 2020 a 2022 pode sinalizar um boom por causa da pandemia de covid-19. Porém, quando se observam outros dados, que não têm relação com o contexto da crise sanitária, percebe-se, nitidamente, a lentidão dos julgamentos. O tempo médio para o Poder Judiciário julgar a causa, quando o caso envolvia tratamento oncológico, ou seja, para câncer, tanto no SUS quanto na rede privada, era de 277 dias, em média, em 2020. Três anos depois, saltou para 322. Isso significa que uma pessoa em situação de fragilidade aguarda quase um ano até saber se terá direito a receber atendimento.

Um dos grupos de processos judiciais com mais demora é o referente a doações e transplante de órgãos. De 2020 para 2021, viu-se uma redução de 621 para 439 dias, em média. Contudo, em 2022, a duração média de tramitação até o julgamento foi de 825 dias. Em 2023, o patamar ainda não sofreu redução expressiva no que se refere a tempo de trâmites nos tribunais, ficando em torno de 713 dias.

O advogado Leonardo Navarro, integrante da Comissão de Direito Médico e Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São Paulo, é especializado na área há cerca de 15 anos. Há uma década, segundo ele, começou a crescer o nível de judicialização da saúde no país, o que acendeu um alerta para o SUS, a Agência Nacional de Saúde (ANS) e as operadoras de saúde. A reação foi a de tentar evitar.

Depois de tanto tempo de carreira, Navarro diz não ver, atualmente, “grande dificuldade” para quem precisa acionar a Justiça a fim de assegurar um direito na área da saúde. “Temos aí diversas universidades que têm convênio com a OAB, com o próprio Judiciário, o Poder Público, justamente para viabilizar o acesso de pessoas que não têm renda. Em São Paulo, há uma Defensoria Pública super capacitada”, comenta.

Navarro reconhece, no entanto, que nesse caminho percorrido por quem não tem condição de pagar honorários falta rapidez. “Tem agilidade? Tem aquela pessoalidade que teria com o advogado [contratado]? Não, lógico que não, mas tem a prestação de serviço pelo Estado”, diz.

A presidente da Associação de Fibrose Cística do Espírito Santo, Letícia Lemgruber, tem como um dos temas e lutas de sua vida as doenças raras. Ela tem um filho com fibrose cística, que consiste no mau funcionamento das glândulas exócrinas, que produzem secreções. A doença afeta os órgãos reprodutores, pâncreas, fígado, intestino e pulmões.

Um dos obstáculos para pacientes de doenças raras é conseguir as chamadas drogas órfãs, ou seja, medicamentos para seu tratamento, que ganharam esse nome por serem produzidas por big pharmas e por seu alto valor, o que implica dificuldade para obter pelo SUS e a necessidade de se recorrer à judicialização.

Como exemplo de lentidão, no acesso a medicamentos, Letícia menciona o ivacaftor, que foi a recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para ser oferecido, pelo SUS, ao tratamento de pacientes com a fibrose cística, feita em dezembro de 2020. Somente em outubro de 2022, conforme relata a representante da associação, é que pacientes com o diagnóstico da doença podem ter a medicação gratuitamente, pela rede pública.

“Ou seja, demora muito até chegar à mão do paciente. E é exatamente porque essas etapas acabam tendo uma velocidade incompatível com a progressão da doença, especialmente das doenças raras, que o paciente não tem outro caminho para acessar a medicação que não o Judiciário”, diz ela, que também presta consultoria à Associação Brasileira de Assistência à Mucoviscidose (Abram).

“A primeira barreira é o tempo dessas etapas. A segunda é a exigência de registro na Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], que permite o acesso pelo SUS. Se o laboratório não pede o registro, ele nunca vai acessar por meio do SUS, só judicialmente. E a terceira barreira é o preço. Aí que vem a nossa briga”, acrescenta.

Agência Brasil pediu um posicionamento do Ministério da Saúde e da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) sobre a judicialização, mas não teve retorno até o fechamento desta matéria.

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Militar preso diz que sabe quem mandou matar Marielle https://canalmynews.com.br/politica/militar-preso-em-operacao-disse-que-sabe-quem-mandou-matar-marielle/ Thu, 04 May 2023 09:22:34 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37420 Ailton Barros é militar da reserva do Exército e foi preso pela Polícia Federal na operação sobre cartões de vacina fraudados

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O militar da reserva do Exército Ailton Barros, preso nesta quarta-feira (3) pela Polícia Federal (PF) na operação sobre cartões de vacina fraudados, disse que sabe quem mandou matar a vereadora Marielle Franco.

O crime ocorreu em 2018. A afirmação de Barros foi feita durante uma conversa entre o militar e o então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, também preso na operação.

Em uma das conversas que foram captadas com autorização judicial pelos investigadores, Ailton Barros citou o nome do ex-vereador do Rio de Janeiro Marcelo Siciliano, eximindo-o de responsabilidade no assassinato de Marielle e Anderson Gomes, motorista da vereadora na noite do crime.

Ao justificar que o ex-vereador não tem relação com o caso e que teria sido alvo de perseguição política, Barros citou que sabe quem foi o responsável pelo assassinato de Marielle. “Eu sei dessa história da Marielle, toda irmão, sei quem mandou. Sei a p**** toda. Entendeu? Está de bucha nessa parada aí”, afirmou.

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A fala sobre o assassinato foi captada aleatoriamente pela polícia e deve ser investigada no inquérito específico sobre o caso Marielle.

Em 14 de março de 2018, Marielle Franco e Anderson Gomes foram baleados dentro do carro em que transitavam na região central do Rio de Janeiro. Há duas investigações em curso. A primeira apura quem são os mandantes dos assassinatos. Em outro processo sobre investigação, o policial militar reformado Ronnie Lessa deve ser levado a júri popular. Ele é acusado de ser um dos executores do assassinato.

Siciliano foi alvo de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira. O nome dele foi envolvido na investigação sobre o assassinato de Marielle e Anderson por uma pessoa que se identificou como testemunha, mas que retirou as acusações posteriormente.

Cartões de vacina
De acordo com o relato da Polícia Federal (PF) na Operação Venire, Cid articulou a emissão de cartões falsos de vacinação para covid-19. Primeiro para sua esposa, Gabriela Santiago Cid, e suas duas filhas, e depois para o ex-presidente Jair Bolsonaro e sua filha, menor de idade.

O ex-vereador, segundo Barros, teria intermediado a inserção de dados falsos no sistema do SUS para beneficiar a esposa de Cid, Gabriela Santiago Cid.

Na avaliação dos investigadores da PF, Ailton Barros solicitou que, em troca da ajuda com os cartões de vacina, Cid intermediasse um encontro de Siciliano com o cônsul dos Estados Unidos para resolver um problema com o visto do ex-vereador devido ao seu suposto envolvimento no caso Marielle.

A Agência Brasil não conseguiu contato com a defesa de Ailton Barros.

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‘Nunca me foi pedido cartão de vacinação nos EUA’, diz Bolsonaro https://canalmynews.com.br/politica/nunca-me-foi-pedido-cartao-de-vacinacao-nos-eua-diz-bolsonaro-apos-ser-alvo-de-operacao-da-pf/ Wed, 03 May 2023 14:18:40 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37412 Ex-presidente é um dos alvos da Polícia Federal, que cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa dele em uma ação que investiga adulteração em cartão de vacinação

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O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos alvos da Operação Verine que investiga adulteração em cartões de vacinação, na manhã desta quarta-feira (3). A residência do ex-presidente foi alvo de um dos mandados de busca e apreensão da ação da Polícia Federal. Os agentes também recolheram o celular de Bolsonaro.

“Nunca falei que tomei a vacina [de covid-19]. Nunca me foi pedido cartão de vacinação nos EUA”, disse o ex-presidente ao deixar sua residência, acompanhado de seus advogados de defesa.

Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro.

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Entre os seis detidos nesta manhã desta quarta está o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A informação foi confirmada pela defesa do ex-assessor.

Por meio de nota, a corporação informou que também está sendo feita análise do material apreendido durante as buscas e a realização de oitivas de pessoas que detenham informações sobre o caso.

“As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários”, destacou a PF.

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Covid-19: vacina bivalente está disponível para públicos prioritários https://canalmynews.com.br/saude/covid-19-vacina-bivalente-esta-disponivel-para-publicos-prioritarios/ Mon, 20 Mar 2023 13:40:18 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36462 Ministério da Saúde orienta a aplicação em todo o público contemplado

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A partir desta segunda-feira (21), todos os grupos prioritários já podem ser vacinados com a vacina bivalente contra a covid-19. Segundo orientação repassada na sexta-feira (17) pelo Ministério da Saúde, os estados e municípios devem começar a chamar as pessoas para se vacinar com a dose complementar.

O imunizante bivalente da Pfizer começou a ser aplicado no fim de fevereiro, dentro do Movimento Nacional pela Vacinação, lançado no último dia 27, nos idosos com mais de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos e quilombolas.

De acordo com avaliações locais, a vacinação poderia avançar para os outros públicos prioritários, desde que os primeiros tivessem atingido uma boa cobertura. Até o momento, segundo o Ministério da Saúde, foram aplicadas mais de 4,1 milhões de doses de reforço com a vacina bivalente, disponível apenas para quem completou o ciclo básico com duas doses e recebeu os dois reforços iniciais há pelo menos 4 meses.

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As vacinas bivalentes da Pfizer oferecem proteção contra a variante original do vírus causador da covid-19 e contra as cepas que surgiram posteriormente, incluindo a Ômicron, variante de preocupação no momento. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já atestou a segurança das doses disponíveis no Brasil.

Público prioritário
Podem se vacinar contra a covid-19 com a quinta dose bivalente os idosos de 60 anos ou mais de idade, população privada de liberdade, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema de privação de liberdade, gestantes e puérperas e trabalhadores da saúde.

A vacina também está disponível para adolescentes e adultos a partir dos 12 anos dentro dos grupos prioritários: pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores; pessoas imunocomprometidas; indígenas, ribeirinhos e quilombolas; e pessoas com deficiência permanente.

O Ministério da Saúde reforça a necessidade de vacinação para proteger contra as formas graves da covid-19, que matou quase 700 mil pessoas no Brasil desde o início da pandemia, em 2020.

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CGU decide retirar sigilo de cartão de vacina de Jair Bolsonaro https://canalmynews.com.br/politica/cgu-decide-retirar-sigilo-de-cartao-de-vacina-de-jair-bolsonaro/ Tue, 14 Mar 2023 13:15:53 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36380 Órgão acatou recurso que contestava a negativa de divulgação

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A Controladoria-Geral da União (CGU) decidiu, nesta segunda-feira (13), autorizar a divulgação da carteira de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O órgão acatou um recurso que contestava a negativa de divulgação de data, local, laboratório de fabricação e nome de vacinas que tenham sido aplicadas e constam no cartão do ex-presidente.

“A decisão baseou-se no fato de que a informação referente ao status vacinal do ex-Presidente da República foi tornada pública por ele mesmo, de modo que não se aplica ao objeto do pedido a proteção conferida pelo artigo 31, §1º, inciso I da Lei nº 12.527/2011 (LAI). Diante disso, conclui-se que o acesso às informações pessoais solicitadas é compatível com a finalidade pela qual o dado pessoal foi tornado público pelo próprio titular”, argumenta a CGU.

Com a decisão da CGU, o Ministério da Saúde deverá informar se o ex-presidente Bolsonaro foi ou não vacinado contra a covid-19. Caso haja registros, o ministério é obrigado a fornecer data, local, laboratório de fabricação e o nome do imunizante aplicado. Bolsonaro declarou em diversas ocasiões não ter se vacinado.

As informações somente poderão ser fornecidas pelo ministério após o fim da Investigação Preliminar Sumária (IPS). A CGU investiga se houve inserção de dados falsos em sistemas do Ministério da Saúde.

Na gestão passada, o ex-presidente Jair Bolsonaro impôs sigilo à divulgação de seu cartão de vacinação. O argumento era tratar-se de informação pessoal e privada. Em um dos seus primeiros atos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a revisão, pela CGU, dos sigilos aplicados por Bolsonaro, como na carteira de vacinação, gastos do cartão corporativo e o processo administrativo sobre a participação do general Eduardo Pazuello em um evento político no Rio Janeiro.

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Governo lança campanha para retomar índices altos de vacinação https://canalmynews.com.br/brasil/governo-lanca-campanha-para-retomar-indices-altos-de-vacinacao/ Tue, 28 Feb 2023 11:56:26 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36145 Presidente Lula recebeu a vacina bivalente contra a covid-19

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O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (27) o Movimento Nacional pela Vacinação, uma campanha que tem como principal objetivo retomar índices altos de coberturas vacinais no Brasil, que estão em declínio há seis anos.

O lançamento da mobilização ocorreu durante evento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no Guará, região administrativa do Distrito Federal, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Saúde, Nísia Trindade. A solenidade também contou com a participação do vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, da primeira-dama Janja da Silva e da governadora em exercício do DF, Celina Leão (PP).

Desde 2016, a cobertura vacinal de diferentes imunizantes está bem abaixo de 95%, que é o índice recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com dados do próprio Ministério da Saúde, a cobertura vacinal da população ficou em 66,06% no ano passado.

Em 2021, ano que registrou maior mortalidade pela pandemia de covid-19, esse indicador não passou de 61%. Em anos anteriores, ficou abaixo de 80%. A última vez que o país registrou índice satisfatório de vacinação foi em 2015, quando cerca de 95% do público-alvo foi vacinado.

“A gente tem que ter consciência de que o Brasil já foi o país campeão mundial de vacinação. Era o [país] mais respeitado do mundo pela capacidade das nossas enfermeiras e enfermeiros da injeção”, destacou Lula durante discurso de lançamento da campanha. O presidente fez um apelo para que a população atualize o calendário de vacinação.

“É importante a gente garantir que as pessoas tomem a vacina para evitar desgraças maiores na vida da gente. Não querer tomar vacina é um direito de qualquer um, mas tomar vacina é um gesto de responsabilidade”, afirmou Lula, que ainda repudiou o negacionismo contra a eficácia dos imunizantes: “que a gente não acredite no negacionismo, nem bobagens que se fala contra a vacina”. A campanha será reforçada com inserções publicitárias nos meios de comunicação para estimular as pessoas a irem aos postos.

Quinta dose
Lula aproveitou a ocasião para tomar a quinta dose de vacina contra a covid-19 e chegou a exibir o seu cartão de imunização atualizado. Ele recebeu a injeção do vice-presidente Geraldo Alckmin, que é médico.

“Eu tenho 77 anos e tomei minha quinta vacina. E se tiver a sexta, vou tomar a sexta. Se tiver a sétima, vou tomar a sétima. Eu tomo vacina porque eu gosto da vida, porque a vida é um dom maior que Deus nos deu”.

“Eu não posso compreender uma mãe que se recusa a levar o filho para tomar uma vacina contra uma paralisia infantil”, acrescentou o presidente.

Campanha
Na primeira etapa, segundo o Ministério da Saúde, a vacinação terá reforço de doses bivalente contra a covid-19 em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença. Estão incluídos neste público-alvo os idosos acima dos 70 anos, pessoas com imunossupressão, funcionários e pessoas que vivem em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, totalizando cerca de 18 milhões de habitantes em todo o país. Segundo a pasta, cerca de 19 milhões de doses já foram distribuídas para os estados e o Distrito Federal. Mais adiante, a quinta dose deve ser oferecida a população entre 60 e 69 anos.

Para tomar a vacina bivalente contra a covid-19, que previne contra as variantes mais perigosas do vírus, é necessário ter completado o ciclo vacinal de quatro doses, respeitando um intervalo de quatro meses desde a última recebida.

Em março, o governo pretende expandir a dose bivalente para toda a população acima de 12 anos de idade. Já em abril, começa a campanha de vacinação contra a Influenza e, a partir de maio, o chamamento para atualização da caderneta de vacinação com todos os imunizantes previstos no calendário nacional de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

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Ilu Obá de Min abre carnaval paulistano com ópera de rua https://canalmynews.com.br/mais/ilu-oba-de-min-abre-carnaval-paulistano-com-opera-de-rua/ Fri, 17 Feb 2023 11:43:55 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=35955 Bloco se concentra às 18h na Praça da República

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O bloco Ilú Obá de Min abre nesta sexta-feira (17) o carnaval de São Paulo com um ópera de rua. O desfile será à noite nas ruas do centro da capital. “A gente está preparando o maior cortejo da história do Ilu”, diz umas das coordenadoras do bloco, Daiane Pettine sobre o espetáculo que tem como tema Akíkanjú: Pensamento e Bravura, de Sueli Carneiro.

São quatro atos que fazem referência a espaços importantes para a história da cultura negra na cidade. Um dos pontos de parada será as escadarias do Theatro Municipal, onde, em 1978, foi fundado o Movimento Negro Unificado. Nessa parada, será lido um manifesto artístico e cultural a partir da obra da filósofa e escritora Sulei Carneiro, a homenageada deste ano.

Estará nas ruas uma bateria formada por 350 mulheres, além de 50 artistas com perna de pau e dançarinos. As compositoras do bloco prepararam uma série de músicas com referências à vida e obra da filósofa. O eixo bem da palavra iorubá akíkanjú tem significado que remete à bravura e coragem de um coletivo.

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“A gente enxerga muito a Sueli como esse farol filosófico, de projeto de mundo, que se relaciona intimamente com o Ilu. É um projeto que defende igualdade de gênero, racial, igualdade de oportunidades para as pessoas negras deste país”, explica Pettine sobre como a homenagem se dá na construção do bloco.

A bravura foi fundamental para o Ilu, segundo a coordenadora, durante os três anos em que o bloco teve que ficar fora das ruas devido à pandemia de covid-19. “Esses dois anos de pandemia, com certeza, foram um baque muio grande para todo mundo que trabalha na cultura, não só pela saudade de estar na rua, fazendo arte, oferecendo programação gratuita de qualidade. Mas, também, porque os artistas ficaram sem apoio e espaço para fazer da vida o seu propósito, que é criar e compartilhar com as pessoas”, diz.

O Ilu Obá de Min foi fundado há 18 anos por Beth Beli, Girlei Miranda e Adriana Aragão. Contando, atualmente com cerca de 400 integrantes, o bloco tem como influências diversas manifestações da cultura afrobrasileira, como os tambores de candomblé, o maracatu, o coco, o samba e o baião.

Para o desfile de hoje, o Ilu se concentra às 18h, na Praça da República, e vai em direção ao Largo do Paissandú.

No domingo, a concentração será às 13h, na Rua Conselheiro Brotero, na Santa Cecília, com o cortejo seguindo em direção ao Armazém do Campo, na Alameda Eduardo Prado. Haverá um espaço reservado para as famílias atrás da bateria. “A gente quer que as famílias e as famílias pretas estejam com a gente”, afirma Pettine.

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Pandemia causou retrocesso de 27 anos no combate à pobreza na América https://canalmynews.com.br/internacional/pandemia-causou-retrocesso-de-27-anos-no-combate-a-pobreza-na-america/ Fri, 27 Jan 2023 22:52:54 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=35639 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável foram tema no Fórum Social

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Os impactos da pandemia de covid-19 na América Latina e no Caribe causaram um retrocesso de 27 anos na pobreza extrema. A informação é da representante da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross. Ela participou do debate sobre o cenário dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) no contexto atual, na tarde no Fórum Social Mundial (FSM), em Porto Alegre.

A atividade foi proposta pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), que fez no evento uma reunião ordinária. Os ODS, também conhecidos como Agenda 2030, foram estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015, para substituir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), e incluem 17 objetivos como erradicação da pobreza, igualdade de gênero, redução das desigualdades, consumo e produção responsáveis e educação de qualidade. Cada objetivo é subdividido em diversas metas.

De acordo com Gross, que participou do evento de forma on-line, o ODS 3, que trata de saúde e bem estar, está com 70% das metas avaliadas como não alcançáveis em 2030 na América Latina e Caribe, se a implementação permanecer no ritmo atual. Em avaliação feita no ano passado, 22% dessas metas apresentaram retrocesso.

“A pandemia de covid-19 nas Américas trouxe uma crise sem precedentes, que impactou os determinantes sociais da saúde, aprofundando as iniquidades. Tivemos um retrocesso de 27 anos na pobreza extrema. Hoje temos na região pessoas que não são mais pobres, e sim estão em uma situação de vulnerabilidade muito importante. E nós não temos 27 anos para recuperar esses 27 anos que perdemos. Tivemos um aumento de 8 milhões de pessoas na insegurança alimentar, em uma região que já era desigual”.

Brasil
Sobre o Brasil, Gross destacou que o país é um dos 20 nos quais 78% de todas as crianças não receberam nenhuma dose de vacina contra a covid-19.

Também no debate, o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Richarlls Martins, coordenador da Rede Brasileira de População e Desenvolvimento, lembrou que a Agenda 2030 faz parte da política externa do país. “ Os ODS são uma agenda integradora para melhorar a vida das pessoas, integrando os temas da agenda ambiental, social e econômica, tudo junto”, explicou ele.

Sobre a implementação do ODS 3 no Brasil, ele destaca que nenhuma meta avançou em 2022. “Nós temos o Relatório Luz, que acompanha a implementação da agenda 2030, publicado desde 2017 pela sociedade civil. Ele aponta os problemas para a implementação das metas e o último relatório, de julho de 2022, traz indígenas na capa, não à toa. Todas as metas do objetivo 3 não tiveram nenhum nível de avanço, estão todas com retrocesso, estagnada, ameaçada ou, no máximo, insuficiente”.

Outra forma de acompanhar a implementação da Agenda 2030 é pelo Índice de desenvolvimento sustentável das cidades (https://idsc.cidadessustentaveis.org.br/), que apresenta em forma de mapa a situação dos municípios brasileiros. “A ferramenta traz um diagnósticos por cidade do Brasil, ajuda a localizar essa agenda, que muitas vezes parece tão distante da gente”, diz Martins.

Estava prevista na mesa a participação da ministra da Saúde, Nísia Trindade. Mas ela precisou cancelar a vinda a Porto Alegre devido à crise com o povo Yanomami. Em vídeo enviado ao evento, ela saudou a discussão e afirmou que o Brasil está em sintonia com a implementação da Agenda 2030.

“Os desafios de reconstrução do país encontram-se conectados aos de âmbito global, tais como a superação da pandemia, ainda em curso, e a recuperação dos seus impactos sociais, econômicos, culturais. Para isso é fundamental enfrentar a questão das mudanças climáticas e a redução das desigualdades. A reconstrução nos inspira e ao mesmo tempo nos traz esperanças de, com bastante trabalho e participação coletiva, mudarem essa realidade”.

 

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Em mensagem de Natal, Lula lembra vítimas da covid e das chuvas https://canalmynews.com.br/politica/politica-em-mensagem-de-natal-lula-lembra-vitimas-da-covid-e-das-chuvas/ Sun, 25 Dec 2022 18:32:29 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=35141 Presidente eleito divulgou mensagem nas redes sociais

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O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), usou o Twitter neste sábado (24) para desejar um Feliz Natal aos brasileiros. “Gostaria de desejar um feliz Natal a cada um e a cada uma dos 215 milhões de brasileiros e brasileiras. Sei que, infelizmente, muitas famílias não terão o que comemorar, porque estão sofrendo com a fome, o desemprego, a inflação e o endividamento”, escreveu o presidente eleito.

O petista também lembrou as famílias que perderam pessoas queridas pela covid-19 e pelas fortes chuvas em diversos estados.”Sei também que esta é uma época especialmente triste para centenas de milhares de famílias que perderam seus entes queridos para a Covid. E para tantas outras que perderam tudo por causa das fortes chuvas que atingem vários estados”, ressaltou.

Lula manifestou ainda o desejo de reconciliação de famílias que não estarão reunidas para celebrar o Natal “pelo ódio político que jogou pais contra filhos, irmãos contra irmãos”. “Desejo que o Natal seja o da reconciliação das famílias, e da reconciliação do Brasil consigo mesmo. Vou trabalhar mais do que trabalhei nos governos anteriores para que o Natal de todos, em especial dos que mais precisam, seja melhor no próximo ano”, acrescentou.

Edição: Fábio Massalli

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Maioria da população brasileira acredita na ciência, aponta pesquisa https://canalmynews.com.br/brasil/maioria-da-populacao-brasileira-acredita-na-ciencia-aponta-pesquisa/ Wed, 14 Dec 2022 03:31:25 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34905 Entre os mais citados estão os médicos Oswaldo Cruz e Carlos Chagas

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A maioria dos brasileiros (68,9%) declarou confiar ou confiar muito na ciência. Ainda que o percentual não seja baixo, é menor do que indicam pesquisas recentes, como o Índice do Estado da Ciência, feito pela empresa 3M (EUA) em 2022, que apontou um índice de 90% na afirmação “eu confio na ciência”. O número faz parte do estudo Confiança na Ciência no Brasil em tempos de pandemia, conduzido pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública da Ciência e da Tecnologia (INCT-CPCT), com sede na Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).

O trabalho divulgado na segunda (12) teve apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)e da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

Para os pesquisadores, um dos fatores que podem ter influenciado o recuo, se refere as campanhas organizadas de desinformação, que cresceram em quantidade e impacto durante a pandemia de covid-19. No entanto, recomendam cautela com comparações desse tipo, que podem não ser precisas “devido as diferenças na formulação das perguntas ou na apuração dos resultados”.

Cientistas
Entre as fontes de informação que mais inspiram confiança nos brasileiros e brasileiras, conforme a pesquisa, estão os cientistas, identificados pelos entrevistados como honestos e responsáveis por um trabalho que beneficia a população. As escolhas mais frequentes dos entrevistados como fontes confiáveis de informação foram médicos (60,1%), seguidos pelos cientistas (47,3%), dos quais 30,6% são de universidades ou institutos públicos de pesquisa e 16,7% que trabalham em empresas, e jornalistas (36,4%). “Artistas e políticos são citados com menor frequência, com 1,5% cada”, indicou.

Quanto aos nomes de cientistas e instituições de ciência no Brasil mais lembrados pelos entrevistados, 8% disseram conhecer o nome de um cientista brasileiro. Entre os mais citados estão os médicos Oswaldo Cruz e Carlos Chagas. As médicas Jaqueline Goes, da Universidade de São Paulo (USP), e Margareth Dalcolmo, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), também se destacaram durante o período da pandemia por suas atividades de comunicação e divulgação da ciência.

Apesar de acreditarem que os cientistas permitiram que ideologias políticas influenciassem suas pesquisas sobre o novo coronavírus durante a pandemia, os entrevistados parecem não ter dúvidas sobre os benefícios associados ao desenvolvimento científico. Somente 3,5% revelaram que a ciência não traz “nenhum benefício” para a humanidade.

Instituições
O percentual dos entrevistados que se lembraram de alguma instituição dedicada à pesquisa científica no Brasil, superou os 25%. Dentre as instituições mais citadas estão o Instituto Butantan, a Fiocruz e a USP.

Vacinas
De um modo geral, os entrevistados têm percepções e atitudes positivas sobre vacinação, mas especialmente em relação aos imunizantes contra a covid-19. A avaliação é que são seguros, eficazes e importantes para proteger a saúde pública e acabar com a pandemia.

A pesquisa apontou que 86,7% dos entrevistados consideram as vacinas importantes para proteger a saúde pública, 75,7% como seguras e 69,6% como necessárias. Apesar disso, 46,4% acham que elas produzem efeitos colaterais que são um risco. Outros 40% desconfiam que as empresas farmacêuticas esconderiam os perigos das vacinas. Para 46,7% dos entrevistados, o governo federal forneceu informações falsas sobre a vacina contra a covid-19.

Mesmo com o patamar de confiança nas vacinas, cerca de 13% dos entrevistados indicaram que não pretendem tomar doses de reforço da vacina contra a covid-19 e quase 8% dos que têm filhos ou menores sob sua responsabilidade declararam não ter a intenção de vaciná-los. Conforme a pesquisa, o perfil dessas pessoas é que além do acesso ao conhecimento, eles são profundamente diferentes por sexo e valores. Os pesquisadores observaram que a chance de recusar vacinas aos filhos é muito maior entre os homens e cresce entre as pessoas que declaram que “o crescimento econômico e a criação de empregos devem ser prioridades máximas, mesmo quando a saúde da população sofra de algum modo”.

Prioridade
Segundo a pesquisa, pessoas que “declaram que os avanços econômicos devem ter prioridade sobre políticas de combate à desigualdade, ou que o mercado deve ter prioridade sobre a saúde, têm maiores chances de considerar elevado o risco das vacinas”. Outro fator apontado está entre as que participam menos da política, ou que expressam valores de tipo sexista, como os homens são melhores que as mulheres na política, ou na ciência, ou devem ter prioridade nos empregos. Este grupo inclui também os que têm maiores chances de expressar cautela ou medo sobre a vacinação ou segurança das vacinas, mesmo controlando pelo efeito da renda e da escolaridade, conforme indicou o estudo do INCT-CPCT.

De acordo com a pesquisa, a hesitação vacinal está associada, “em parte, à escolaridade, à familiaridade com conceitos científicos e ao conhecimento de instituições científicas, sendo fortemente influenciada pelo grau de engajamento dos entrevistados na sociedade civil e na política, pelos posicionamentos econômicos e pelos valores”.

Pesquisa
Segundo a Fiocruz, entre agosto e outubro deste ano, foram entrevistadas 2.069 pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é 2,2%, em um intervalo de confiança de 95%. As entrevistas foram domiciliares, pessoais e individuais. O estudo apontou ainda que a maioria dos brasileiros acredita que as mudanças climáticas estão acontecendo e têm como causa a ação humana.

O trabalho foi coordenado pelos pesquisadores Luisa Massarani, da COC/Fiocruz, Vanessa Fagundes, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Carmelo Polino, da Universidade de Oviedo (Espanha), Ildeu Moreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Yurij Castelfranchi, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

“Isso indica um cenário de desafios para gestores, cientistas, educadores e profissionais de comunicação, que precisam desenhar estratégias de comunicação pública da ciência que levem em consideração as especificidades de local, perfil de público e contexto”, chamaram a atenção, os pesquisadores no resumo executivo do estudo Confiança na ciência no Brasil em tempos de pandemia.

Na visão dos pesquisadores, “a percepção majoritariamente positiva do público sobre a ciência e os cientistas, bem como a falta de evidências da existência de um movimento organizado de negacionistas da ciência no país, são achados importantes para orientar estratégias mais efetivas de combate à desinformação, direcionadas a grupos específicos de pessoas, que reagem de forma diferente aos diversos tipos de comunicação”, apontaram, destacando que “o interesse pelo tema e a expectativa de benefícios para a população a partir da ciência, como qualidade de vida, oportunidades de emprego, equidade social, podem facilitar processos de aprendizado e apropriação social do conhecimento.”

Mudança climática
A maioria da população brasileira (91%) acredita que estão ocorrendo as mudanças climáticas, enquanto que para menos de 6% elas não existem. Nesta última parcela, há diferenças significativas. “Modelos de regressão mostram que a chance de um entrevistado declarar que não há mudança climática aumenta muito entre pessoas que também dizem não confiar na ciência ou cuja confiança na ciência diminuiu durante a pandemia”.

Os brasileiros e brasileiras também acreditam que as mudanças climáticas estão prejudicando a qualidade de vida no Brasil (78,3%), elas podem prejudicar a si e a suas famílias (81%) e, também, as próximas gerações (82,8%).

Para 85,8% dos que acreditam na existência das mudanças climáticas, a causa é a ação humana, enquanto 12,4% acreditam que elas são provocadas por mudanças naturais do meio ambiente. O estudo apontou também que “é mais forte a sensação de consenso na comunidade científica sobre a causa das mudanças climáticas do que de divergências: 68% dos entrevistados afirmam que a maior parte dos cientistas concorda sobre a relação causal com a ação humana”. Mas quando se trata da opinião sobre os esforços nacionais para preservação do meio ambiente a avaliação se divide: 30,6% concordam que o Brasil é um dos países que melhor preserva o meio ambiente e 42,8% discordam da afirmação.

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RJ teve quase 5% a mais de mortes em 2022 do que antes da pandemia https://canalmynews.com.br/brasil/rj-teve-quase-5-a-mais-de-mortes-em-2022-do-que-antes-da-pandemia/ Tue, 06 Dec 2022 13:39:19 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34791 Associação de cartórios diz que aumento é três vezes maior que o usual

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Apesar do maior controle da pandemia de covid-19 e do avanço na vacinação contra a doença em 2022, o estado do Rio de Janeiro registrou, nos dez primeiros meses do ano, 4,6% a mais de mortes do que em 2019 e um aumento anual médio três vezes maior do que o verificado antes do surgimento da doença.

É o que aponta o levantamento da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais no Rio de Janeiro (Arpen/RJ), com base nos dados do Portal de Transparência do Registro Civil.

Foram registrados entre janeiro e outubro de 2022, 127.796 óbitos, número 4,6% maior que os 122.102 ocorridos nos dez primeiros meses de 2019, antes da chegada do novo coronavírus ao país. A associação ressalta que a média da evolução anual de mortes no estado cresceu 1,6% entre 2010 e 2019, com pico em 2016, quando o aumento foi de 7,3

Na comparação com os anos de auge da pandemia, houve uma redução de 20,7% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram registrados 161.209 óbitos no estado, e de 8,9% em comparação com janeiro a outubro de 2020, que somou 140.412 mortes. O crescimento dos óbitos nesses anos chegou a 15% e 14,8%, respectivamente.

Covid-19
De acordo com a Arpen/RJ, este ano a covid-19 deixou de liderar o ranking de mortes por doenças no país, com uma queda de 97,5% entre janeiro e outubro na comparação com o mesmo período de 2021. Nos dez primeiros meses do ano passado, foram registradas 495.761 mortes pela doença, frente aos 59.456 óbitos no mesmo período de 2022.

Segundo a presidente da Arpen/RJ, Alessandra Lapoente, outras doenças relacionadas a sequelas da covid-19 passaram a registrar crescimento no país.

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“Mesmo tendo diminuição dos óbitos pelo SarsCoV-2, houve crescimento de mortes por outras doenças, como a pneumonia, doenças do coração e septicemia. A partir desses dados, é possível pensar em políticas de saúde pública e de prevenção a essas doenças”.

As mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) deram um salto de 360% entre 2019 e 2022. Foram registrados 405 óbitos por SRAG nos dez primeiros meses deste ano, frente aos 88 no mesmo período de 2019. Na comparação com o ano passado, houve queda de 76% no número de óbitos pela doença, quando foram 1.027 registros no mesmo período.

Os óbitos por pneumonia passaram de 15.706 entre janeiro e outubro de 2021 para 18.381 no mesmo período deste ano, um aumento de 17%. As mortes por septicemia subiram 12,7% de janeiro a outubro de 2022, com 19.025 registros, contra 16.879 óbitos no mesmo período do ano passado.

As mortes pelas chamadas Causas Cardiovasculares Inespecíficas passaram de 8.977 em 2019 para 12.386 este ano, um aumento de 38%. Os óbitos por acidente vascular cerebral (AVC) subiram 6,9% este ano, na comparação com 2021.

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Após dois anos de covid, um em cada quatro jovens não estuda https://canalmynews.com.br/brasil/apos-dois-anos-de-covid-um-em-cada-quatro-jovens-nao-estuda/ Fri, 02 Dec 2022 14:40:39 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34767 Nível de ocupação no Brasil subiu de 51% em 2020 para 52,1% em 2021

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Após dois anos de pandemia, em 2021, um em cada quatro jovens brasileiros de 15 a 29 anos, o equivalente a 25,8%, não estudava, nem estava ocupado. Mais da metade – 62,5% – é mulher. Os dados fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais (SIS): uma análise das condições de vida da população brasileira 2022, divulgada hoje (2), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a publicação, por conta da falta de experiência, os jovens são os que enfrentam maior dificuldade tanto para ingressar quanto para permanecer no mercado de trabalho. Eles representam o grupo mais vulnerável aos períodos de crise econômica, especialmente os menos qualificados.

Em 2021, dos 12,7 milhões de jovens de 15 a 29 anos que não estudavam nem estavam ocupados no Brasil, as mulheres de cor ou raça preta ou parda representavam 5,3 milhões desses jovens (41,9%), enquanto as brancas formavam menos da metade desse montante: 2,6 milhões (20,5%), totalizando 7,9 milhões de mulheres ou 62,5% dos jovens que não estudavam nem estavam ocupados. Entre os 4,7 milhões de jovens restantes nessa situação, três milhões eram homens pretos ou pardos (24,3%), conforme classificação do IBGE, e 1,6 milhão de brancos (12,5%).

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A pesquisa indicou que a pandemia não alterou a composição desse indicador por raça ou sexo. A SIS mostra que distintos papéis de gênero na sociedade influenciam a razão pela qual os jovens e as jovens se encontram na situação de não estudar nem estar ocupado. Os homens tendem a estar nessa situação mais frequentemente como desocupados, ou seja, em busca de ocupação e disponíveis para trabalhar, já as mulheres como fora da força de trabalho.

Crianças
Diversos fatores são responsáveis pelas mulheres que não estudavam nem estavam ocupadas estarem em maior proporção fora da força de trabalho, entre eles, destaca-se responsabilidades com o cuidado de crianças, conforme a publicação. Por sua vez, problemas de saúde e outros motivos prevalecem entre os homens que não estudavam nem estavam ocupados fora da força de trabalho.

“As mulheres, em sua maioria, estavam fora da força de trabalho. Elas não eram desocupadas, elas não estavam procurando emprego e disponíveis para trabalhar como é o caso da maioria dos homens”, afirmou a pesquisadora do IBGE Betina Fresneda.

“Essa situação é ratificada com a investigação dos motivos pelos quais as mulheres estão nessa situação e, como o principal motivo, figuram cuidados e afazeres domésticos, assim como em outros países que investigam esses motivos”, acrescentou.

Esse índice reduziu em 2021 em relação a 2020, quando 28% dos jovens não estavam estudando, nem trabalhando. Em 2020, entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil foi o terceiro maior percentual de jovens adultos que não estudavam nem estavam ocupados, ficando atrás apenas da África do Sul e da Colômbia.

Nível de ocupação
Consideradas todas as faixas etárias a partir dos 14 anos, o nível de ocupação no Brasil subiu de 51% em 2020 para 52,1% em 2021, mas ainda está bem abaixo de 2019, 56,4%. São considerados nesse indicador tanto aqueles que possuem um vínculo empregatício, quanto os empregados sem carteira e os trabalhadores por conta própria.

O estudo mostra, ainda, que, em 2021, aumentou a diferença de ocupação entre homens e mulheres. Mesmo situados em patamar mais baixo, o nível e a ocupação das mulheres foram mais reduzidos em 2020 e cresceram menos em 2021, ampliando a distância entre os sexos.

Em 2019, antes da pandemia, 66,8% dos homens e 46,7% das mulheres com mais de 14 anos estavam ocupados. Em 2021, o nível de ocupação dos homens caiu 3,7 pontos percentuais (pp) para 63,1%, enquanto o nível de ocupação das mulheres recuou 4,8 pp para 41,9%.

Em relação a raça, a população ocupada preta ou parda é 19% superior à população branca. No entanto, há diferenciação significativa em relação ao vínculo empregatício – a informalidade é maior entre pessoas pretas e pardas – e a remuneração.

Em 2021, o aumento das ocupações informais foi de 1,6 pp para as pessoas de cor ou raça preta ou parda e 0,9 pp para pessoas de cor ou raça branca. Em relação ao rendimento, a diferença total é de 69,4% entre pretos e pardos e brancos.

A SIS reúne indicadores que ajudam em um conhecimento amplo da realidade social do Brasil. A publicação utiliza dados de pesquisas do IBGE como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) e a Pesquisa de Informações Básicas Municipais, além de dados de fontes externas como o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e informações de organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

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Uso de máscara volta a ser obrigatório no transporte público de SP https://canalmynews.com.br/brasil/uso-de-mascara-volta-a-ser-obrigatorio-no-transporte-publico-de-sp/ Fri, 25 Nov 2022 15:09:35 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34719 Decisão foi tomada para prevenir o avanço da covid-19

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O uso de máscara no transporte público volta a ser obrigatório a partir deste sábado (26) na capital paulista. A decisão foi tomada com base na análise técnica do Conselho Gestor da Secretaria Estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde para prevenir o avanço dos casos de covid-19. O governo estadual está recomendando que a medida seja adotada por todos os municípios do estado, além de alertar a população para que todos completem o ciclo vacinal, importante para garantir maior proteção contra o coronavírus e amenizar os efeitos do vírus.

Para reforçar a medida e conscientizar a população sobre os cuidados de prevenção e combate à disseminação do coronavírus, a prefeitura da capital paulista começou na segunda-feira (21) a distribuir de máscaras nos 32 terminais de ônibus da cidade, das 7h às 10h. A ação continua na próxima semana. Até o momento foram distribuídas mais de 350 mil máscaras.

Em seis terminais (Santo Amaro, Vila Nova Cachoeirinha, Sacomã, Parque D. Pedro, Itaquera e Pinheiros) ocorre também no mesmo horário a vacinação contra a covid-19 para a população acima de 3 anos de idade. Até esta quinta-feira (24), foram aplicadas 3.715 doses nesses locais.

A vacinação ainda está disponível em todas as unidades básicas de Saúde (UBS) e assistências médicas Ambulatoriais Integradas (AMA/UBS) de segunda-feira a sexta-feira, e, aos sábados, nas AMA/UBS Integradas, das 7h às 19h. Os endereços das unidades podem ser consultados no Busca Saúde na pagina da prefeitura.

Segundo nota do Conselho Gestor da Secretaria Estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do dia 23, as internações por covid-19 em leitos de enfermaria e UTI cresceram 156% e 97,5% respectivamente nos últimos 14 dias, chegando a uma média diária de mais de 400 novas internações.

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Fiocruz: Casos graves de covid-19 crescem em todo o país

“A velocidade de aumento de internações [5% ao dia para pacientes em UTI e 7% por dia para pacientes em enfermarias] e taxas de ocupação de leitos de UTI [44% no estado de São Paulo e 59% na região metropolitana de São Paulo] é acentuada e começa a pressionar os sistemas de saúde público e privado”, diz nota do conselho.

De acordo com o conselho, apesar do patamar alto na região metropolitana de São Paulo, observa-se aumento também nas regiões do interior e litoral do estado, inclusive com profissionais da saúde sendo afastados do trabalho por serem infectados com a covid-19.

O conselho alerta ainda para a circulação de diversas subvariantes da variante Ômicron, ainda com predominância da subvariante BA.5 e crescimento progressivo de casos relacionados à subvariante BQ1.

“As internações referem-se principalmente a pacientes mais idosos e/ou com comorbidades ou imunodeprimidos, mais vulneráveis a descompensações e complicações relacionadas à infecção pelo Sars-Cov-2, o que permite prever aumento de óbitos nas próximas semanas”, informa o conselho.

Segundo levantamento do conselho, há pelo menos 10 milhões de adultos que não tomaram a primeira dose de reforço e 7 milhões sem a segunda dose de reforço, e há a necessidade de aumentar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes.

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Fiocruz: Casos graves de covid-19 crescem em todo o país https://canalmynews.com.br/brasil/fiocruz-casos-graves-de-covid-19-crescem-em-todo-o-pais/ Wed, 23 Nov 2022 21:57:49 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34709 Expansão é maior no Rio, São Paulo e Paraíba

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O boletim semanal Infogripe – divulgado hoje (23), no Rio de Janeiro, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – revela um aumento de casos de covid-19 entre os registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A situação é observada em todas as regiões do país.

A SRAG é uma complicação respiratória que demanda hospitalização e está associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. O paciente pode apresentar desconforto respiratório e queda no nível de saturação de oxigênio, entre outros sintomas.

Os dados atualizados apontam que – nas últimas quatro semanas epidemiológicas – a covid-19 estava relacionada a 61,8% dos casos de SRAG com resultado positivo para alguma infecção viral. O vírus sincicial respiratório (VSR) representou 16,3% e a influenza A, 6,2%. No entanto, quando se observa apenas os quadros de SRAG que evoluíram a óbito, 93,3% estão associados à covid-19.

Expansão
O levantamento traz, ainda, uma análise para as próximas três semanas (curto prazo) e para as próximas seis semanas (longo prazo). Em 15 das 27 unidades federativas, o cenário aponta para aumento na tendência de longo prazo. “No Rio de Janeiro, São Paulo e Paraíba, esse crescimento se destaca e é mais acentuado até o momento”, alertou a Fiocruz.

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Anvisa aprova volta do uso de máscaras em aviões e aeroportos

Ao todo, já foram registrados no país 267.226 casos de SRAG em 2022. Pesquisadores da Fiocruz recomendam a retomada do uso de máscaras adequadas em situações de maior exposição, como transporte público, locais fechados ou mal ventilados, aglomerações e nas unidades de saúde. Além disso, lembram que a vacinação em dia é fundamental para diminuir o risco de agravamento da covid-19.

O Boletim Infogripe leva em conta as notificações de SRAG registradas no Sivep-gripe, sistema de informação mantido pelo Ministério de Saúde e alimentado por estados e municípios. A nova edição, disponibilizada na íntegra no portal da Fiocruz, se baseia em dados inseridos até a última segunda-feira (21).

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Anvisa aprova volta do uso de máscaras em aviões e aeroportos https://canalmynews.com.br/brasil/anvisa-aprova-volta-do-uso-de-mascaras-em-avioes-e-aeroportos/ Wed, 23 Nov 2022 14:17:34 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34703 Obrigatoriedade decorre do aumento de casos de covid-19

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a volta da obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção facial em aviões e aeroportos. A medida visa reduzir o risco de contágio de covid-19, considerando o aumento expressivo de casos da doença nas últimas semanas.

A resolução, aprovada pela diretoria colegiada do órgão, entra em vigor na sexta-feira (25).

Para subsidiar a decisão, a Anvisa realizou reunião com especialistas sobre o cenário epidemiológico da doença no Brasil. Participaram representantes da Sociedade Brasileira de Infectologia, Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Fundação Oswaldo Cruz e Associação Brasileira de Saúde Coletiva, além dos epidemiologistas Carla Domingues e Wanderson Oliveira.

“Os participantes da reunião ressaltaram que os dados epidemiológicos demandam o retorno de medidas não farmacológicas de proteção, como o uso de máscaras, principalmente no transporte público, aeroportos e ambientes fechados/confinados”, explicou a Anvisa, em comunicado.

Acrescentou que o uso de máscaras estava previsto como recomendação desde agosto último, principalmente para pessoas com sintomas gripais e para o público mais vulnerável, como imunocomprometidos, gestantes e idosos.

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Além dos dados epidemiológicos atuais, o comportamento com características de sazonalidade da pandemia também foi considerado pela Anvisa.

“Nos últimos anos, observou-se no Brasil o aumento da transmissão do vírus nos meses de novembro a janeiro, quadro que pode ser ainda agravado com o esperado maior fluxo de viajantes que se deslocam pelos aeroportos para as férias escolares e festas de final de ano”, justificou a agência.

A Anvisa informou, ainda, que atua, mais uma vez, dentro de suas competências legais e “adaptando as regras atuais de forma proporcional ao risco para a saúde da população”.

“A agência continuará atenta, avaliando e acompanhando os dados epidemiológicos, a fim de que as medidas possam ser revisitadas sempre que necessário, visando o cumprimento de sua missão na proteção da saúde das pessoas”, completou.

Novas regras
A partir do dia 25 de novembro será obrigatório o uso de máscaras faciais dentro dos terminais aeroportuários, meios de transporte e outros estabelecimentos localizados na área dos aeroportos.

A norma proíbe a utilização de: máscaras de acrílico ou de plástico; máscaras dotadas de válvulas de expiração, incluindo as N95 e PFF2; lenços, bandanas de pano ou qualquer outro material que não seja caracterizado como máscara de proteção de uso profissional ou de uso não profissional; protetor facial (face shield) isoladamente; máscaras de proteção de uso não profissional confeccionadas com apenas uma camada ou que não observem os requisitos mínimos de fabricação, previstos na norma ABNT PR 1002.

Segundo a resolução, as máscaras devem ser ajustadas ao rosto, cobrindo o nariz, queixo e boca, minimizando espaços que permitam a entrada ou saída do ar e de gotículas respiratórias.

A obrigação do uso de máscaras será dispensada no caso de pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, com deficiências sensoriais ou com quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado de máscara de proteção facial, bem como no caso de crianças com menos de três anos.

Conforme decisão da Anvisa de 13 de maio deste ano, permanece mantida a possibilidade de serviços de bordo em voos nacionais. Dessa forma, será permitido remover a máscara para hidratação e alimentação no interior das aeronaves, bem como nas praças de alimentação ou áreas destinadas exclusivamente à realização de refeições dos terminais e demais ambientes dos aeroportos.

Por fim, a norma aprovada prevê que, nos veículos utilizados para deslocamento de viajantes para embarque ou desembarque em área remota, viajantes e motoristas mantenham o uso obrigatório e adequado das máscaras faciais.

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Pacientes com diabetes têm mais risco de apresentar declínio cognitivo https://canalmynews.com.br/brasil/pacientes-com-diabetes-tem-mais-risco-de-apresentar-declinio-cognitivo/ Sat, 15 Oct 2022 18:01:24 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34274 Pandemia de covid-19 atrasou pesquisa

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Estudo realizado por um grupo de pesquisadores da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), publicado na revista científica Diabetology & Metabolic SyndroME, indicou uma piora do déficit cognitivo (dificuldade de aprendizado) de pacientes com diabetes do tipo 2.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 16 milhões de brasileiros adultos têm diabetes tipo 2, que é a diabetes mellitus (doença que se caracteriza pelo aumento dos níveis de glicose no sangue).

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) informou que cerca de 90% dos pacientes apresentam o tipo 2 (DM2) da doença, quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não produz o hormônio de forma suficiente para controlar a taxa de glicemia. Da enfermidade decorrem complicações em potencial, incluindo o declínio cognitivo.

A avaliação desse problema levou os pesquisadores da PUCPR a estudar 250 pessoas adultas com diabetes tipo 2, pacientes de hospital universitário. A pesquisa foi feita entre 2018 e 2021 e sofreu atraso em função da pandemia da covid-19. A professora da PUCPR, Ana Cristina Ravazzani de Almeida Faria, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, disse hoje (14) à Agência Brasil que já se sabia que pacientes com diabetes têm, ao longo do tempo, um déficit de cognição maior ou mais chances de ter déficit de cognição do que pessoas sem diabetes.

Conclusões

“O que a gente procurava era se dentro desses diabéticos conseguiria identificar quem teria mais chances de ter esse déficit cognitivo ou maiores chances de evoluir, com o passar do tempo, para um declínio cognitivo maior do que o resto do grupo”, afirmou Ana Cristina.

Médicos e estudantes de Medicina que participaram da pesquisa concluíram que os pacientes mais suscetíveis são pessoas com baixa escolaridade, acima de 65 anos, com mais de 10 anos de diabetes e que já têm uma doença cardiovascular, como consequência ou não do diabetes, e que têm retinopatia diabética. Além disso, pacientes com sintomas de depressão também são mais suscetíveis.

“A gente conseguiu identificar dentro do grupo, o setor com maior risco”, especificou. Do total de 250 pacientes investigados, 14% pioraram da cognição nos 18 meses do estudo. Foi feita uma avaliação inicial dos pacientes e, depois de um ano e meio, em média, nova avaliação. “Esse subgrupo de 14% teve o pior desempenho”, destacou Ana Cristina.

Durante consultas de rotina e acompanhamento, os pacientes foram submetidos a exame físico, triagem de sintomas de depressão e testes cognitivos, entre os quais mini exame do estado mental, teste de fluência verbal semântica, teste de trilhas A e B e teste de memorização de palavras. Dados demográficos, como idade e escolaridade, ligados ao estilo de vida e tempo de diabetes, também foram analisados.

Avaliação cognitiva

Diretrizes internacionais recomendam que pacientes maiores de 65 anos deveriam fazer avaliação cognitiva, porque sabe-se que existe esse risco maior e que a deterioração cognitiva pode interferir na qualidade de vida e no auto cuidado.

Ana Cristina disse, entretanto, que os hospitais públicos têm maior dificuldade de fazer esse tipo de avaliação com todos os pacientes, inclusive porque eles são encaminhados para fazer uma avaliação cognitiva somente quando apresentam alguma queixa, como perda de memória, por exemplo.

“Mas todos os pacientes que a gente avaliou não tinham queixas e se diziam bem. Ou que tinham uma queixa muito vaga. Não tinham avaliação prévia, nem diagnóstico de demência cognitiva. Quem tinha isso nem entrou na pesquisa”, garantiu.

Os pesquisadores sugerem que pessoas com diabetes do tipo 2 tenham, pelo menos, uma avaliação cognitiva por ano após os 60 ou 65 anos de idade, que é a faixa etária mais acometida. O grupo de pesquisa continua acompanhando os pacientes que fizeram parte do primeiro estudo, ampliando para os demais. “A gente quer deixar isso dentro da nossa rotina de atendimento. Esse é o nosso plano inicial” afirmou.

Os pacientes avaliados inicialmente serão objeto de novo exame para verificar se alguém piorou ou se houve alguma melhora. Essa nova investigação será acompanhada pelo setor de neurologia.

A meta é pegar um universo maior de pacientes, além de continuar acompanhando os que fizeram parte do primeiro estudo, uma vez por ano, pelo menos. A equipe quer fazer parceria também com profissionais de psicologia, que tem uma área denominada neuropsicologia, que aplica testes de cognição.

“A gente está querendo fazer uma parceria para que eles participem”. A nova etapa do estudo, já com a área de psicologia incluída, deve começar em 2023.

Fatores de risco

Alguns fatores de risco estão relacionados a hábitos, como tabagismo e sedentarismo, cujo controle poderia minimizar o impacto da doença na cognição. Como níveis mais baixos de escolaridade também refletem no déficit cognitivo dos pacientes com diabetes tipo 2, os pesquisadores apontaram como fundamental que o Poder Público realize cada vez mais investimentos em educação.

Além de Ana Cristina Ravazzani de Almeida Faria, assinam o trabalho as pesquisadoras da Escola de Medicina da PUCPR Joceline Franco Dall’Agnol, Aline Maciel Gouveia, Clara Inácio de Paiva, Victoria Chechetto Segalla e Cristina Pellegrino Baena.

Edição: Kleber Sampaio

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Governo libera vacina contra covid-19 em crianças a partir de 6 meses https://canalmynews.com.br/brasil/governo-libera-vacina/ Thu, 13 Oct 2022 23:54:26 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34244 A vacina é da Pfizer e será aplicada em crianças com comorbidades

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O Ministério da Saúde liberou a aplicação de vacinas contra a covid-19 da Pfizer em crianças de 6 meses a 4 anos de idade que tenham comorbidades. Ainda não há informações sobre quando a pasta receberá e qual o total de vacinas específicas para esse público.

A ampliação de uso da vacina da Pfizer para imunizar crianças de 6 meses a 4 anos de idade contra a covid-19 foi aprovada pela Anvisa em setembro. Desde a liberação, há um impasse no Ministério da Saúde sobre a incorporação da vacina no plano de imunização.

Em nota, nesta quinta-feira (13), a pasta informou que solicitará à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) a avaliação de possível ampliação do uso da vacina pediátrica nessa faixa etária. Até que seja analisado pela comissão, a vacinação estará restrita ao publico com comorbidades.

Diferenças

A vacina para crianças de 6 meses a 4 anos de idade tem dosagem e composição diferentes daquelas utilizadas para as faixas etárias previamente aprovadas. A formulação da vacina autorizada hoje deverá ser aplicada em três doses de 0,2 ml (equivalente a 3 microgramas).

As duas doses iniciais devem ser administradas com 3 semanas de intervalo, seguidas por uma terceira dose administrada pelo menos 8 semanas após a segunda dose. A tampa do frasco da vacina virá na cor vinho, para facilitar a identificação pelas equipes de vacinação e, também, pelos pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para serem vacinadas. O uso de diferentes cores de tampa é uma estratégia para evitar erros de administração, já que o produto requer diferentes dosagens para diferentes faixas etárias.

“A vacina tem 12 meses de validade, quando armazenada a temperatura entre -90°C e -60°C. Uma vez retirado do congelamento, o frasco fechado pode ser armazenado em geladeira entre 2°C e 8°C durante um período único de 10 semanas, não excedendo a data de validade original”, explicou a Anvisa.

Edição: Fernando Fraga

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Crianças vulneráveis aprenderam metade do esperado durante pandemia https://canalmynews.com.br/brasil/criancas-vulneraveis-aprenderam-metade-do-esperado-durante-pandemia/ Fri, 16 Sep 2022 16:04:03 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33761 Informação é de estudo da UFRJ e Durhan University, da Inglaterra

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Durante a pandemia, com o fechamento das escolas e a adoção de aulas remotas, as crianças aprenderam, em média, 65% do que geralmente aprendiam em aulas presenciais. Isso equivale a cerca de quatro meses de aulas perdidos. Crianças em situação de maior vulnerabilidade social aprenderam, em média, quase a metade, 48%, do que seria esperado em aulas presenciais.

Os resultados são de pesquisa inédita publicada hoje (16) na revista Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação. O estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Durham University, na Inglaterra, e observou 671 crianças do segundo ano da pré-escola, com idades entre 5 e 6 anos, de 21 escolas da rede privada e conveniada na cidade do Rio de Janeiro. As conveniadas são escolas privadas parceiras da rede pública, que atendem alunos que não encontram vaga nessa rede.

Levantamentos que medem o impacto da pandemia no aprendizado dos estudantes foram realizados em outros países, mas esse é o primeiro feito no Brasil com foco na educação infantil. Os dados divulgados mostram quanto a interrupção das atividades presenciais nas escolas aumentou a desigualdade de aprendizagem durante o ano de 2020 e causou impacto sobretudo nas crianças de famílias com perfil socioeconômico mais baixo.

“A mensagem principal do estudo é que a educação infantil é importante, que é importante ter as crianças dentro da pré-escola. A pré-escola no Brasil é uma etapa obrigatória para crianças de 4 e 5 anos. Olha o que acontece quando a gente tira das crianças a possiblidade de frequentar presencialmente a etapa da educação infantil e como esse efeito é muito maior para quem é mais vulnerável”, diz a pesquisadora da UFRJ Mariane Campelo Koslinski, uma das autoras do estudo.

Segundo a pesquisa, entre as crianças cujas famílias apresentavam perfil socioeconômico mais alto, as perdas de aprendizagem foram menores. Elas aprenderam, em média, 75% do esperado. Isso significa uma diferença média de três meses de aprendizado entre as crianças de maior e menor nível socioeconômico.

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“É muito importante pensar em programas que vão lidar não só com a defasagem, mas com formas de promover mais equidade, já que a defasagem não foi igual. Alguns grupos sofreram mais, algumas crianças ficaram mais para trás e esses programas precisam considerar isso, para que não tenhamos um cenário educacional no Brasil em que a gente observe uma explosão de desigualdade”, ressalta o pesquisador e também autor da publicação Tiago Lisboa Bartholo. O estudo já estava em andamento quando a pandemia começou. A intenção, segundo Bartholo, era medir os impactos de fatores de dentro e de fora da escola no desenvolvimento infantil. Para isso, eles avaliaram as crianças em 2019. Em 2020, com a pandemia, optaram por seguir a pesquisa e as avaliações, o que tornou possível comparar a aprendizagem de antes, com aulas presenciais, com a aprendizagem em aulas remotas.

Impactos na alfabetização
As crianças participantes fizeram testes individuais em dois momentos: no início e no fim do ano letivo. Assim, foi possível medir o aprendizado delas ao longo dos respectivos anos letivos, 2019 e 2020, e compará-los. Os professores das escolas e os responsáveis pelas crianças também responderam a um questionário sobre o desenvolvimento infantil.

Os resultados mostram que as crianças que cursaram o segundo ano da pré-escola em 2020, a maior parte do tempo no formato remoto, aprenderam 66% em linguagem e 64% em matemática em comparação com o aprendizado em 2019.

A pré-escola é a etapa que antecede o ensino fundamental e os aprendizados ali influenciam o processo de alfabetização, que se iniciará na etapa seguinte. No teste feito pelos pesquisadores foi considerada, por exemplo, a identificação das letras e dos números.

“Crianças pequenas foram privadas de muitas coisas durante a pandemia, mas podem se recuperar. Para isso, precisamos de bons programas. Precisamos de um bom diagnóstico de como as crianças estão retornando para a escola e de programas que sabemos que têm bons efeitos para recuperar a aprendizagem, como tutoria com grupos menores de crianças, principalmente aquelas que foram mais afetadas durante a pandemia”, diz Mariane.

A pesquisa, que é financiada pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, ainda está em andamento, com os autores coletando dados para estimar os impactos da pandemia em médio prazo, equivalente ao ano letivo de 2022. O estudo tem mais dois relatórios já publicados, um deles sobre aprendizagem na educação infantil na pandemia em Sobral, no Ceará, e outro sobre o impacto da covid-19 no aprendizado e bem-estar das crianças.

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“Bolsonaro faz de tudo para mascarar os problemas do governo”, diz Hélder Maldonado https://canalmynews.com.br/politica/bolsonaro-faz-de-tudo-para-mascarar-os-grandes-problemas-do-governo-diz-helder-maldonado/ Tue, 23 Aug 2022 20:33:32 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33228 Jornalista do canal Galãs Feios analisou o presidente Jair Bolsonaro na sabatina do Jornal Nacional

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voto impresso

Foto: Alan Santos/PR

Um dos assuntos mais falados entre segunda e terça-feira foi a participação de Jair Bolsonaro na sabatina do Jornal Nacional. No “Segunda Chamada” desta segunda, Mara Luquet recebeu a jornalista Cristina Fibe e o jornalista e youtuber Hélder Maldonado, do canal Galãs Feios, que comenta o cenário político brasileiro com muito bom-humor e acidez.

Um dos assuntos abordados por Hélder foi sobre a insistência de Bolsonaro em suas convicções a respeito da cloroquina e outros tratamentos para a Covid-19. “As pessoas morrem por causa de toda uma narrativa política e ideológica, para continuar mantendo uma mentira até o fim. A troco de quê não dá para entender”, afirma o youtuber. “Porque a pessoa perde a vida defendendo um tratamento que além de ineficaz, é nocivo à saúde. Então a gente vai chegando quase em 2023 e o Bolsonaro defende isso numa rede de televisão”.

A respeito da economia, o jornalista também criticou a postura do presidente: “Quando a gente faz a comparação para o consumidor sobre o que é o preço dos alimentos em agosto com relação ao que era em janeiro, não tem como tapar o sol com a peneira! Bolsonaro está correndo para onde dá, fazendo as manobras para mascarar o grande problema que tem sido a economia”.

O “Segunda Chamada” contou também com a participação de Guilherme Amado, colunista do portal Metrópoles que revelou as conversas de empresários bolsonaristas em grupo de WhatsApp, articulando um golpe de Estado caso Lula seja eleito. Sobre o assunto, Hélder concluiu: “É perigoso de qualquer maneira, porque eles podem nem finalizar esse ato, mas tem uma grana ali para financiar atos democráticos, compartilhamentos de fake news no WhatsApp, entre outras coisas. Tudo isso que custa muita grana e já foi feito por parte do empresariado em 2018”.

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Anvisa recebe pedido de registro definitivo da CoronaVac https://canalmynews.com.br/brasil/anvisa-recebe-pedido-de-registro-definitivo-da-coronavac/ Sun, 10 Jul 2022 12:56:52 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=31323 Até hoje, coronavac tem aprovação apenas para uso emergencial. Anvisa também vai discutir autorização para uso emergencial em crianças de 3 a 5 anos.

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Um ano e meio após a aprovação do uso emergencial, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido de registro definitivo da vacina CoronaVac contra a covid-19. O pedido foi enviado pelo Instituto Butantan na sexta-feira (8), mas a informação só foi divulgada neste sábado (9) pela agência.

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O imunizante está aprovado no Brasil desde 17 de janeiro de 2021, para adultos e crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. A autorização, no entanto, prevê apenas o uso emergencial.

As áreas técnicas da Anvisa analisarão o registro definitivo em até 60 dias. Assim como as demais vacinas contra a covid-19, o pedido terá análise prioritária, conforme firmado pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 415/2020. Além da tramitação acelerada, a norma prevê a possibilidade de assinatura de termos de compromisso.

A análise será feita de forma conjunta, por três áreas distintas da Anvisa: a área de Medicamentos, que avalia os aspectos de segurança e eficácia; a área de Farmacovigilância, responsável pelo monitoramento e planos de acompanhamento da vacina; e pela área de Inspeção e Fiscalização, responsável pela avaliação das boas práticas de fabricação.

Esse não é a única pendência da CoronaVac na Anvisa. Na próxima quarta-feira (13), o órgão discutirá a autorização para uso emergencial do imunizante em crianças de 3 a 5 anos. A reunião será realizada por meio de videoconferência e será transmitida pelo canal oficial da Anvisa no Youtube.

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Covid-19: governo libera quarta dose para maiores de 40 anos https://canalmynews.com.br/brasil/covid-19-governo-libera-quarta-dose-para-maiores-de-40-anos/ Tue, 21 Jun 2022 10:52:11 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=30297 Ministério da Saúde pede à população que tome todas as doses da vacina. Quem já completou 40 anos pode procurar um posto de vacinação para tomar a quarta dose.

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Quarta dose: O Ministério da Saúde decidiu intensificar a campanha destinada a incentivar a população a completar o ciclo vacinal contra a covid-19. Segundo a pasta, cerca de 120 milhões de pessoas aptas a tomar a segunda dose ou a dose de reforço das vacinas ainda não retornaram aos postos de vacinação de todo o país e seguem desprotegidas contra as manifestações graves da infecção pelo novo coronavírus.

A campanha de estímulo à vacinação contra a covid-19 chega no momento em que o Ministério da Saúde liberou a segunda dose de reforço (ou quarta dose) para as pessoas que têm a partir de 40 anos de idade. De acordo com a pasta, cerca de 8,79 milhões de pessoas desta faixa etária e que receberam a terceira dose a mais de quatro meses poderão retornar aos postos de vacinação a partir de hoje (20). A recomendação é que estes indivíduos sejam imunizados com as vacinas da Pfizer, AstraZeneca ou Janssen.

“Além de expandirmos a população-alvo do segundo reforço, o motivo de estarmos aqui, hoje, é convocarmos a população brasileira a procurar um posto de vacinação e tomar sua dose”, disse o secretário nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, na manhã de hoje (20), durante a divulgação do balanço da vacinação contra a covid-19.

Segundo Medeiros, o alerta ministerial para os atrasos na aplicação da segunda dose e das doses de reforço visa a proteger a população das manifestações graves da doença. Entre a população de 40 a 49 anos apta a receber os imunizantes, apenas 8,53% já tomou a primeira dose de reforço.

“Os estudos demonstram o efeito protetor que as vacinas têm nos casos de complicação, de agravamento por covid-19. Eles mostram que, independentemente do intervalo etário, as vacinas protegem de uma evolução mais grave da doença. Por isso, o Ministério da Saúde está convocando a população apta a tomar a segunda dose ou as doses de reforço a procurarem um posto de vacinação para termos uma população mais protegida – o que se refletirá tanto na qualidade de vida, quanto na economia”, acrescentou o secretário.

Peças publicitárias que serão veiculadas em várias mídias para conscientizar a população destacam que, apesar de o governo federal ter decretado o fim da situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin, ou Emergência Sanitária), as pessoas devem seguir atentas às recomendações das autoridades sanitárias, tomando todas as doses de vacina recomendadas pelos fabricantes e aprovadas pelas autoridades sanitárias.

Doses em atraso

Dados detalhados esta manhã, pela diretora do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Cássia Rangel, revelam que, em todo o país, quase 22 milhões de pessoas aptas a serem imunizadas receberam apenas uma dose das vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Entre janeiro de 2021 e o último dia 10, o governo federal distribuiu 519.838.281 doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, 17.965.980 doses foram fornecidas à rede de saúde, este ano, para imunizar crianças entre cinco e onze anos de idade. Nesta faixa etária, 62% das crianças já receberam a primeira dose, mas apenas 38% tomaram a segunda dose.

Já entre a população de 12 a 17 anos, para a qual também já foi disponibilizada a primeira dose de reforço, apenas cerca de 5% completou o ciclo vacinal – ainda que 91% do grupo tenha recebido a primeira dose regular.

No total, 62,7 milhões de pessoas já poderiam ter tomado a primeira dose de reforço – dentre as quais, 16,76 milhões têm entre 18 e 29 anos, faixa etária na qual 5,54 milhões de indivíduos ainda não receberam sequer a segunda dose regular. Aproximadamente 27,12 milhões de pessoas com mais de 50 anos ainda não retornaram aos postos de vacinação para receber a segunda dose de reforço.

“Acho que o mais importante é mostrarmos as doses que estão em atraso”, destacou Cássia Rangel.

No início do ano, quando o país enfrentava a primeira onda da variante Ômicron, o Ministério da Saúde constatou que pessoas não vacinadas estavam entre seis e nove vezes mais suscetíveis, de acordo com a faixa etária, a desenvolver manifestações graves da doença na comparação com pessoas imunizadas.

“Em todas as faixas etárias, temos um perfil muito parecido entre vacinados e não vacinados. Os vacinados [com ao menos duas doses de um imunizante] tiveram muito menos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave [SRAG] em relação aos não vacinados, o que demonstra claramente um efeito protetor das vacinas”, disse a diretora.

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Baricitinibe é primeiro medicamento aprovado para tratamento da Covid-19 no SUS https://canalmynews.com.br/politica/baricitinibe-e-primeiro-medicamento-aprovado-para-tratamento-da-covid-19-no-sus/ Sat, 02 Apr 2022 16:57:01 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=27160 Medicação, recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), foi aprovada pela Anvisa e deve ser disponibilizada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

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O Ministério da Saúde aprovou o primeiro medicamento indicado para o tratamento da Covid-19 no Sistema Único Brasileiro (SUS), o baricitinibe. De acordo com a empresa fabricante da droga, a Eli Lilly, o remédio é indicado para o tratamento da Covid em “pacientes adultos hospitalizados que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal, ou que necessitam de alto fluxo de oxigênio ou ventilação não invasiva”.

A baricitinibe foi indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e também foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo a empresa, o medicamento foi aprvado em mais de 70 países e é indicado para o tratamento de artrite reumatoide moderada ou grave e para dermatite atópica.

Para o uso nessas doenças, o medicamento já havia sido aprovado no Brasil desde 2018, no caso da artrite reumatoide, e desde 2021, no caso da dermatite.

A aprovação do medicamento no sistema público de saúde brasileiro foi feita na quarta-feira (30), mas ainda não foi publicada em portaria. Também na quarta, a Anvisa anunciou a aprovação do uso emergencial do medicamento Paxlovid, da fabricante Pfizer. De acordo com a agência, o pedido de aprovação de uso do antiviral foi feito em 15 de fevereiro, mas só foi liberado em reunião da Diretoria Colegiada do órgão um mês depois.

Diversos países já aprovaram o uso do medicamento ainda em 2021, como os Estados Unidos, por meio da FDA. O medicamento é utilizado no caso de adultos com a Covid-19, que não estejam em uso de oxigênio suplementar e que apresentem altos ricos de progressão para um quadro grave da doença.

É importante ressaltar que ambas as medicações não substituem a indicação da vacina contra a Covid-19.

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Aumento de casos de Covid-19 na China paralisam produção https://canalmynews.com.br/economia/aumento-de-casos-de-covid-na-china-paralisam-parte-do-ciclo-produtivo/ Fri, 18 Mar 2022 23:04:47 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26762 Cidades importantes para a economia chinesa como Xangai e Shenzhen já impuseram medidas restritivas para conter aumento de casos. Analista diz que impactos imediatos nos mercados globais é 'improvável'.

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China está enfrentando novas restrições em decorrência do aumento de casos de covid no país – na terça-feira (15), a Comissão Nacional de Saúde confirmou mais de 5 mil testes positivos, frente a cerca de 1.300 no dia anterior. Desde então, a situação tem influenciado nas expectativas e no desempenho dos mercados globais.

No cenário doméstico, movimentações para conter a disseminação, como escolas fechadas, a volta para o home office e paralisação de pontos comerciais, voltaram a ser cenas corriqueiras em grandes cidades.

Entre as áreas afetadas pelas medidas restritivas estão alguns dos principais centros econômicos do país, como Shenzhen e Xangai. Empresas multinacionais como uma representante da Apple paralisaram suas operações à medida que o governo chinês expandiu as áreas em confinamento – ao sul, na província de Jilin, por exemplo, os habitantes foram obrigados a permanecer em quarentena.

Fila para testagem em Xangai.

Fila para testagem em Xangai. Foto: Reprodução (Redes)

Em Shenzhen, conhecida como a Vale do Silício chinesa, o governo impôs um lockdown de cinco dias aos mais de 12,5 milhões de habitantes, e todos os serviços de ônibus e metrô foram encerrados. Yantian, que tem um dos maiores portos do mundo, por onde transitam 10,5% dos contêineres usados no comércio exterior chinês, também está sob ordens restritivas.

Liu He, vice primeiro-ministro chinês, em pronunciamento à imprensa local, afirmou que o país introduzirá “cautelosamente” medidas capazes de assistir a economia nacional: “Todas as políticas que tenham impacto significativo sobre os mercados de capital devem ser coordenadas com departamentos de gestão financeira para manter a estabilidade e consistência das expectativas”, alertou.

Impactos na economia

Nesta sexta-feira (18), visando priorizar a economia, as restrições foram parcialmente suspensas nas regiões de maior importância financeira, sobretudo em Shenzen – no último domingo (13), a cidade, que abriga milhares de fábricas do setor tecnológico, havia decretado confinamento total.

O presidente Xi Jinping ordenou na quinta-feira (17) a manutenção da política denominada “Zero Covid”, a fim de frear a propagação dos contágios. No entanto, foi incisivo ao destacar também a necessidade de “minimizar o impacto da epidemia no desenvolvimento econômico e social”. A sinalização do mandatário de que a China injetará dinheiro na economia para enfrentar essa nova onda fez com que os mercados respirarem um pouco mais aliviados.

Analistas do mercado, entretanto, descartam a possibilidade dessas medidas impactarem de maneira abrupta o ciclo produtivo chinês e mundial. Rodrigo Barros, analista e cofundador da Âmago Capital, afirma que consequências diretas configuram “um cenário improvável”.

“No entanto, caso o ciclo de produção chinês seja comprometido, o ciclo do mundo inteiro também será, uma vez que a manufatura chinesa corresponde a 28% de tudo que é produzido no mundo. Então, achar que é possível impactar a indústria chinesa e não contaminar o restante do planeta é totalmente fora de cogitação”, complementou Barros.

O gestor pontua ainda fatores políticos que podem influenciar no combate: “É importante ressaltar que a China não é uma democracia, fator que fornece algumas ferramentas para o controle da covid que as democracias não têm, por exemplo: até recentemente, se uma pessoa testasse positivo no país ela era compulsoriamente internada em um hospital, algo que não é aceitável no Brasil, nos EUA ou na Europa; a política de testes também é bem rigorosa. […] Com todos esses artifícios, será fácil conter essa onda. Até porque, caso eles falhem, haverá um impacto muito forte na economia nacional, na economia mundial via inflação, como também seria uma derrota política para o Xi Jinping”.

 

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No MyNews Investe desta sexta-feira, o atual cenário chinês e seus possíveis desdobramentos econômicos foram pautas do programa:

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Brasil atinge marca de 27,22% das crianças vacinadas contra a Covid-19 https://canalmynews.com.br/brasil/brasil-atinge-marca-de-2722-das-criancas-vacinadas-contra-a-covid-19/ Sun, 13 Feb 2022 17:21:09 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23816 Dado foi divulgado pelo Consórcio de Imprensa no sábado (12) e apresenta números de todos os estados e do Distrito Federal, menos do Amapá. Cidades promovem campanhas de incentivo à imunização infantil.

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Um mês após o início da campanha de vacinação contra a Covid-19 em crianças, o Brasil aplicou 5.580.066 doses no público infantil. O número representa 27,22% da população brasileira na faixa etária de 5 a 11 anos de idade e foi divulgado no balanço do sábado (12) feito pelo Consórcio de Veículos de Imprensa. 

Os dados traduzem as campanhas de vacinação de 20 estados e do Distrito Federal, que tiveram início no dia 14 de janeiro deste ano. Apenas o Amapá não divulgou as informações sobre a imunização infantil, de acordo com o consórcio. Ainda segundo o balanço, São Paulo é o estado com a maior porcentagem positiva totalizando 53,84% crianças vacinadas com a primeira dose.

Os imunizantes utilizados para essa faixa etária são da Pfizer/BioNTech e CoronaVac/Butantan. Ambos necessitam de duas doses aplicadas para a conclusão do esquema vacinal. Foram autorizadas a receber a vacina crianças a partir de 5 anos. Ao redor do país, diversas cidades têm promovido ações diferentes para incentivar o público infantil a encarar a agulha. 

Criança recebendo vacina contra a Covid-19. Foto: Tânia Rêgo (Agência Brasil)

Parquinho da vacina, certificado e doação de livros

No Recife (PE), a prefeitura começou a montar parquinhos itinerantes com brinquedo inflável, jogo de futebol e pipoca. A ideia, segundo a gestão municipal, é levar as ações para bairros diferentes da capital pernambucana e acelerar o ritmo da vacinação na cidade, além de facilitar o acesso aos pontos de vacinação. 

Uma das pequenas que participaram da ação no sábado (12) foi Sofia Tavares, de 6 anos. Acompanhada da mãe, a servidora pública Larissa Tavares, de 36 anos, Sofia brincou no parquinho montado no bairro da Torre, na Zona Oeste, e ainda ganhou pipoca e um livro infantil.

“Ela estava muito ansiosa para receber a vacina há muito tempo. Foi um período muito difícil para nós. Meus pais faleceram de Covid em maio de 2021, Sofia ficou presa em casa muitos meses sem ver os amiguinhos… É um alívio pensar que a partir de agora vamos poder começar a encarar uma vida com mais naturalidade, ainda que cheia de precauções”, declarou a mãe. 

Já no Sudeste do país, o incentivo às crianças fica por conta do Certificado de Coragem, um documento simbólico entregue aos pequenos após receber o imunizante. Na cidade de Tatuí, no interior de São Paulo, as crianças recebem um certificado dizendo que ela “enfrentou com determinação a agulhinha da vacina, demonstrando exemplo de cidadania, coragem e bravura”. 

Certificado de coragem é entregue às crianças que se vacinam em Tatuí (SP). Foto: Divulgação (Prefeitura de Tatuí)

Ainda no estado paulista, em Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo, o público infantil que recebe o imunizante também ganha um livro. De acordo com a prefeitura, a ideia da campanha “Vacina no braço, livro na mão” é atrelar o momento da vacinação ao incentivo à leitura. 

A estudante Mariana de Sousa, de 10 anos, foi imunizada no sábado (12) e contou que vê com expectativa a chegada da vacinação para todos os colegas de escola. “Voltei para as aulas presenciais ainda em 2021, mas a falta da vacina fazia com que a gente ainda tivesse medo de brincar, ficar junto. Eu acho que agora vai melhorar muito”, disse.

Para o pai de Lara, o programador Joaquim de Sousa, de 43 anos, o sentimento de esperança é o que define esse momento da pandemia. “Como grupo de risco por ter diabetes, eu tomei a vacina há quase um ano. Ver minha filha agora também imunizada é um sopro de esperança no nosso coração, porque todo mundo em casa estava protegido, menos ela. Todo mundo tem que fazer isso, levar seu filho tomar essa vacina. Com as crianças protegidas a gente vê uma perspectiva real das coisas voltarem a ser o que eram antes”, declarou.

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Festas de carnaval em Pernambuco são canceladas, mas prévias já arrastaram centenas de pessoas https://canalmynews.com.br/cidades/carnaval-em-pernambuco-e-cancelado-2022/ Thu, 10 Feb 2022 14:40:07 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23598 Nas últimas semanas, circulam imagens nas redes sociais de prévias carnavalescas com centenas de pessoas sem máscaras e distanciamento social. Na quarta (9), começaram a valer novas regras para eventos no estado.

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As festividades de carnaval em Pernambuco foram canceladas e novas restrições para o público em eventos foram definidas pelo governo estadual. As regras começaram a valer na quarta-feira (9), mas até o domingo (6) prévias carnavalescas com centenas de pessoas eram realizadas no estado. 

De acordo com o governo de Pernambuco, entre o período de 25 de fevereiro e 1º de março deste ano foram proibidos eventos de qualquer tipo, em espaços públicos ou privados, com ou sem comercialização de ingressos.

As novas regras, já em vigor no estado, definem que o público máximo nos eventos realizados até o dia 24 de fevereiro seja de 500 pessoas para espaços abertos e de 300 pessoas para ambientes fechados. Até a terça-feira (8), a regra válida era de três mil participantes para eventos ao ar livre e mil para eventos fechados. 

As novas medidas foram divulgadas em entrevista coletiva cedida pelo Secretário Estadual de Saúde André Longo, na tarde da segunda-feira (7). “Só abrir leitos e adotar medidas restritivas não será suficiente para diminuirmos a aceleração viral e as contaminações. É preciso a compreensão, a sensibilidade e a adesão de toda a sociedade”, afirmou o secretário.

No dia 2 de fevereiro deste ano, Pernambuco bateu o recorde de casos do novo coronavírus desde o início da pandemia da Covid-19, em março de 2020. Ainda no início de janeiro, as prefeituras das cidades do Recife e de Olinda cancelaram as festas para os quatro dias de folia.

O site de monitoramento do novo coronavírus mantido pelo governo estadual aponta Pernambuco como o estado brasileiro com a terceira maior taxa de letalidade por Covid-19 do país, com 2,9% de mortes entre os infectados pela doença.

Secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, em entrevista cedida na segunda-feira (7). Foto: Hélia Scheppa (SEI)

Em paralelo ao aumento dos casos, foram celebradas as tradicionais prévias de carnaval, em conformidade com o antigo Plano de Convivência com a Covid-19. O plano estabelecia que era possível a realização de eventos privados, onde todas as pessoas deveriam estar vacinadas com ao menos duas doses e testadas com resultado negativo.

Carnaval particular  

Uma semana após ter concluído o isolamento depois de contrair a Covid-19 pela segunda vez, o estudante de engenharia da computação, João Victor Albuquerque, de 24 anos, vestiu um abadá vermelho e amarelo e saiu em direção à mais seleta prévia de carnaval do Recife. 

O título fica a cargo do valor do ingresso, que chegou a custar R$ 600 na porta do evento. A festa aconteceu no dia 29 de janeiro, três dias antes de Pernambuco bater o recorde de  confirmações diárias da Covid, com 7.806 infectados. 

Produzido pela Carvalheira, o bloco surgiu em 2007 como uma reunião de amigos do mesmo colégio da Zona Sul do Recife e costumava desfilar pelas ruas do bairro de Boa Viagem, área nobre da capital pernambucana, com cordão de isolamento, open bar premium e ampla equipe de segurança. 

A essência da prévia, de acordo com um dos empresários responsáveis, Jorge Peixoto, é manter o evento como uma comemoração que reúna os amigos. Diferente de outros eventos produzidos pela marca, como o Carvalheira na Ladeira, que acontece durante os quatro dias de carnaval e tem passaporte completo com valor de R$ 2,2 mil, o Fika Trankili tem pouca divulgação nas redes sociais da produtora. 

Prévia carnavalesca Fika Trankili realizada pela Carvalheira a Região Metropolitana do Recife. Foto: Reprodução (Carvalheira)

Em 2022, a prévia aconteceu na Arena Pernambuco, estádio localizado em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. Acompanhado de outros três amigos, João Victor contratou um motorista para levá-lo ao local, mas o evento também disponibilizou um transfer no valor de R$ 50 para pegar os foliões nos principais shoppings centers da capital e conduzi-los até o endereço. 

De acordo com o que previa o decreto do Plano de Convivência com a Covid-19, todos os participantes de eventos ao ar livre com até três mil pessoas precisavam apresentar um teste negativo para a doença. Também era necessário comprovar a vacinação contra o novo coronavírus com as duas doses aplicadas para menores de 55 anos e com o adicional da dose de reforço para o público a partir dessa idade.

A regra válida era a de testagem do tipo RT-PCR feita até 72 horas antes ou teste antígeno coletado nas 24 horas anteriores. João Victor fez o exame do tipo antígeno em um dos pontos gratuitos disponibilizados pela prefeitura do Recife, que precisa ser agendado pela internet e foi sido alvo de relatos de congestionamento e falta de horários para marcação. Na primeira semana de fevereiro, a gestão municipal informou que a disponibilização é de 9 mil testes diários para a população. 

Para os participantes da prévia de carnaval, no entanto, foi possível desembolsar R$ 80 e realizar o teste na hora, na porta do evento, em um centro de testagem exclusivo. O valor oferecido pela produtora foi abaixo daquele pago pela população geral nas farmácias da capital pernambucana, já que de acordo com uma pesquisa realizada pelo Procon Recife na terceira semana de janeiro, os preços encontrados no comércio variam de R$ 99 a R$ 200.  

“Eu fiquei com a sensação de que estava meio vazio para as festas desse estilo. Tinha muito espaço sem gente e ficou uma concentração pequena em comparação ao que a gente costuma ver nos eventos do Carva, tipo a festa de Natal. Mas mesmo assim foi bem animado e seguiu o padrão das festas que eles fazem”, contou o estudante. 

Carnaval de rua

No dia seguinte ao Fika Trankili, imagens de uma aglomeração no centro histórico de Olinda circularam nas redes sociais e causaram revolta entre os internautas. Em um dos vídeos gravados, os foliões cantavam o emblemático Hino do Elefante, frevo símbolo do carnaval olindense.

Aglomeração registrada em Olinda em vídeo compartilhado nas redes sociais. Foto: Reprodução (Instagram)

Entre as dezenas de pessoas presentes estava o vendedor de bebidas Leonardo Santos, de 39 anos. Nos dias úteis de janeiro e fevereiro ele trabalha na orla da praia do Bairro Novo, em Olinda, ajudando na barraca do tio. Já durante os finais de semana, Leonardo segue em direção às ladeiras da cidade alta e vende água, cervejas, refrigerantes e energéticos ao público que se encontra geralmente em frente às sedes dos tradicionais blocos e agremiações de carnaval. 

“É nessa época que a gente consegue fazer o dinheiro que vai manter nossa vida nos meses que tem pouca gente na praia.[…] Até começar com a pandemia, era no carnaval que a gente conseguia ganhar [dinheiro] para chegar até o fim do ano”, relatou Leonardo. 

Para conseguir os mesmos R$ 730 (incluindo os valores de ingresso, teste de Covid e transporte) que um único folião pôde ter que desembolsar para participar do Fika Trankili, Leonardo contou que precisaria trabalhar um final de semana inteiro e torcer para ter um bom movimento. “No domingo que o povo ficou criticando, consegui vender bem. Já no final de semana seguinte a polícia estava mais nas ruas, não teve tanto movimento assim”, disse o vendedor.  

Nas ladeiras, a Polícia Militar dispersa as aglomerações em uma operação conjunta com a Guarda Municipal e o Corpo de Bombeiros. Por meio de nota, a gestão municipal informou que a operação é padrão e, nas sextas e nos sábados, tem início às 19h e, no domingo, às 17h, encerrando, nos três dias, à meia-noite. 

Após a repercussão das imagens, o prefeito de Olinda Professor Lupércio (SD) decretou a proibição de música ao vivo e do uso de equipamentos de som mecânico nos finais de semana na cidade

No domingo (6), uma festa privada dentro da Pousada Quatro Cantos, cuja diária custa a partir de R$ 385, chamou a atenção dos pedestres que passavam pelo bairro do Carmo, no Sítio Histórico da cidade. Jogos de luzes, pessoas bebendo na sacada do local e estrutura de som foram gravados em imagens que também circularam nas redes sociais. 

Imagem do Bloco do Seu Antônio, realizado no sábado (5), na Zona Norte do Recife. Foto: Reprodução (WhatsApp)

Já na capital pernambucana, uma outra prévia carnavalesca privada, o Bloco do Seu Antônio, com ingressos que custaram até R$ 480, reuniu centenas de pessoas no sábado (5), entre elas o estudante João Victor. Os foliões ansiavam pelos shows dos artistas Gusttavo Lima, Zé Vaqueiro e Banda Eva.

“Em comparação ao Fika Trankili, o Seu Antônio foi uma loucura, vibe de carnaval mesmo. Ali eu vi que tinha muita gente. E a gente sabe que ninguém fica de máscaras nesse tipo de lugar […] Mas na entrada também pediram o teste e o comprovante da vacina”, afirmou João Victor. Mais uma vez, o estudante contou que fez o exame em um dos cinco locais gratuitos disponibilizados pela prefeitura do Recife. 

Para os eventos que estão autorizados até o dia 24 de fevereiro, incluindo aqueles realizados em teatros, cinemas, circos e jogos de futebol, a regra válida em todo o estado segue a do esquema vacinal completo com duas doses e o teste negativo para a doença.

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Vacinas do futuro: o que podemos esperar? https://canalmynews.com.br/ciencia-einstein/vacinas-do-futuro-o-que-podemos-esperar/ Tue, 08 Feb 2022 19:48:17 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23557 Mudança na forma de desenvolver os imunizantes e melhoria na comunicação serão pontos-chave daqui para frente

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Todos os avanços tecnológicos que ocorreram na área médica e de saúde populacional — que em diferentes formas continuam mudando o mundo para melhor e salvando vidas — devem algo às vacinas. Sendo bastante claro e redundante. Isso é inquestionável e fora de discussão. 

Ao longo da história da humanidade, as doenças infecciosas acarretaram desastrosas perdas para as sociedades. Mas o desenvolvimento das vacinas possibilitou um melhor controle, protegendo as pessoas principalmente de infecções virais de rápida progressão e transmissão.

A ideia da vacinação (ou, atualmente, da imunização) foi concebida em 1796 por Edward Jenner, quando o médico franco-inglês conseguiu evitar que um menino adquirisse a varíola inoculando, nos braços da criança, o material contendo o vírus da doença. A prática da inoculação foi só o começo de uma nova era no campo de pesquisa das vacinas. Durante as duas grandes guerras mundiais, por exemplo, os soldados eram protegidos contra tétano e difteria desta forma. 

Mais recentemente, nas décadas de 1950 e 1960, o imunizante contra a poliomielite foi desenvolvido em uma corrida contra o tempo, visto que a paralisia infantil acometia o mundo inteiro com mortes e sequelas. Surge nesse cenário uma das primeiras vacinas orais, a Sabin — popularizando mais ainda a necessidade de vacinação, em um nível indiscriminado e seguro, de todas as crianças, em todos os países. 

Em 2020, tivemos outro exemplo de imunizantes desenvolvidos em um prazo, até então, considerado recorde. Antes de completar um ano da pandemia da Covid-19, as vacinas contra o Sars-CoV-2, vírus causador, começavam a serem aplicadas em alguns países, como a Inglaterra. 

Doses da vacina CoronaVac contra a Covid-19. Foto: Breno Esaki (Agência Saúde)

Etapas de desenvolvimento

Em geral, as vacinas requerem anos de testes e pesquisas antes de chegarem até o uso clínico, ou a aplicação em nível populacional. São várias as etapas que devem ser cumpridas para a nossa segurança, de acordo com a agência regulatória norte-americana Centers for Disease Control and Prevention (CDC, na sigla em inglês): 

  1. Fase exploratória: identificação das moléculas que vão compor o imunizante;
  2. Fase pré-clínica: testes da possível vacina em laboratório e em animais; 
  3. Desenvolvimento clínico: testes do imunizante em seres humanos; 
  4. Revisão regulatória e aprovação;
  5. Manufatura; 
  6. Controle de Qualidade. 

Dentro da etapa de “Desenvolvimento clínico”, se dividem outras três fases: 

  • Fase I: quando a vacina é administrada em um grupo pequeno de pessoas. Em relação aos imunizantes contra a Covid-19, existem novas vacinas em andamento ainda nessa fase. 
  • Fase II: o estudo clínico é expandido para pacientes com características semelhantes, como idade ou presença de comorbidades, para começar a avaliar como será a eficácia da vacina. 
  • Fase III: nesta última fase clínica, a vacina é oferecida para milhares de pessoas. A eficácia e segurança são avaliadas nessa etapa.

Todo esse processo demora, pelo menos, de 18 a 24 meses. 

Até meados de dezembro de 2021, cerca de 110 vacinas ainda estavam sendo testadas em ensaios clínicos randomizados — no qual os pesquisadores não sabem quais participantes receberam a vacina em teste e quais foram aplicados com uma substância placebo, justamente para ter clareza nos resultados. Destes, 43 já se encontravam na última fase, a terceira. Dezesseis imunizantes já receberam a autorização de uso clínico, sendo que nove têm a aprovação final. 

Pesquisa feita por cientista em laboratório. Foto: Marcelo Seabra (Ag. Pará)

Mesmo na vigência de uma pandemia, com diferentes interesses acontecendo ao mesmo tempo, deve-se respeitar o princípio médico de “não causar mais danos que benefícios” ou, em inglês: “First, do no harm”. Em respeito a esse princípio, dez vacinas contra a Covid-19 foram abandonadas na etapa dos ensaios clínicos por não se apresentarem seguras. As razões são várias, entre elas os eventos adversos graves ou a falta de eficácia comprovada. 

Independentemente do momento, seja no presente ou no futuro, há a necessidade de existirem ensaios clínicos randomizados — nos quais não haja interferência do investigador da pesquisa — para qualquer vacina que aparecer no mercado. Afinal, é preciso entender como as vacinas se comportam no mundo real, e isso inclui saber:

Quais pessoas são mais expostas a essas doenças? Idosos ou crianças são capazes de desenvolver uma boa imunidade vacinal? Indivíduos com o sistema imunológico comprometido (imunocomprometidos) serão capazes de evitar a doença, ou de evitar uma gravidade maior? A vacina é segura para gestantes? Ou há poucas, pouquíssimas ou, ainda, nenhuma reação vacinal? E assim por diante. 

O comportamento dos imunizantes no mundo real, até o momento, não falhou quando todos esses passos fundamentais da segurança em pesquisa foram seguidos. Vale lembrar que nenhuma vacina foi idealizada para invadir e modificar nosso material genético.

Vacina de Oxford em preparação para ser aplicada. Foto: Tânia Rêgo (Agência Brasil)

Futuro das vacinas 

Como novidade e para o futuro, observamos nos estudos clínicos disponíveis que as vacinas confeccionadas com RNA mensageiro mostraram resultados superiores às demais, com bastante segurança. Esse é um método novo, e que não estava disponível anteriormente para uma vacinação em massa. 

É possível que esse tipo de imunizante esteja estabelecendo um precedente. Futuras vacinas, ou mesmo imunizantes já existentes (mas com resultados subótimos), poderão ser adequadas a essa nova maneira de formulação. 

O intuito é que as vacinas treinem o sistema imunológico para reconhecer um vírus a fim de combatê-lo. Usando tecnologias por imagem (cristalografia por Raios X, por exemplo), os pesquisadores conseguem predizer os contornos dos vírus, bem como de suas proteínas, e em seguida reproduzir essas estruturas para a criação de vacinas mais eficazes.

Ou seja, para a criação das vacinas do futuro, cada vez mais métodos de imagem serão empregados para recriar os vírus, ou as proteínas que fazem parte desses vírus, até chegar em partículas muito pequenas, em nível de átomos. 

Dessa forma, inúmeras técnicas promissoras de vacinas surgirão cada vez mais, ao melhorar a resolução de imagem das estruturas virais, como as vacinas de RNA mensageiro, ou da cápsula de um vírus com o material genético de outro vírus (por exemplo, o adenovírus contendo a proteína “spike” do Sars-CoV-2), ou partículas proteicas que adentram as células a partir de nanopartículas, que mimetizam o vírus que se pretende combater a infecção – já que são uma realidade atual. 

Outra mudança a ser vista daqui para frente é uma melhora na comunicação sobre as vacinas. Isso poderá levar algum tempo, mas estamos caminhando para um futuro no qual as informações sejam transmitidas de forma mais clara e compreendidas pela população. 

Enquanto isso, continuem vacinando a si e a seus filhos, e não apenas contra a Covid-19, mas para todas as vacinas recomendadas pelo calendário vacinal. De alguma forma ou de outra, continuaremos precisando dos imunizantes, seja agora ou no futuro. Vacinem-se!


Quem são Alexandre Rodrigues Marra e Luis Fernando Aranha Camargo?

Alexandre Rodrigues Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).

Luis Fernando Aranha Camargo, professor da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.

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Anvisa autoriza aplicação de Coronavac em crianças e adolescentes https://canalmynews.com.br/brasil/anvisa-autoriza-aplicacao-de-coronavac-em-criancas-e-adolescentes/ Thu, 20 Jan 2022 19:01:14 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23126 O Anúncio aconteceu na manhã desta quinta-feira (20) em meio a críticas de fake news sobre a vacinação infantil

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta quinta-feira (20), a aplicação da vacina CoronaVac em crianças e adolescentes com idades entre 6 e 17 anos. A entidade também incluiu um veto ao uso do imunizante em imunossuprimidos, pessoas com baixa imunidade.

 

No anúncio, o diretor da entidade, Antônio Barra Torres, lembrou o aumento de 71% dos leitos pediátricos de UTI, somente em São Paulo. Ele também condenou quem dissemina fake News sobre as vacinas. “Em meio a um cenário que aponta claramente para o avanço da variante Ômicron, ainda há pessoas dizendo que pandemia está acabando, que a chegada da variante sinaliza o fim da pandemia. Os números não mostram isso. É criminoso buscar difundir mentiras através das novidades mentirosas, do inglês fake news”, destacou.

 

Crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos também poderão tomar Coronavac, além da Pfizer. Foto: Pixabay

 

A decisão foi tomada de forma unânime, com aprovação de todos os cinco diretores responsáveis pela apreciação do tema. A Anvisa não aceitou, entretanto, a solicitação do Instituto Butantan (que pedia a liberação para o uso emergencial para o público entre 3 e 17 anos) de forma integral. De acordo com o colegiado, ainda não há estudos suficientes em relação à aplicação do imunizante em crianças de 3 a 5 anos.

 

Para as crianças, o esquema vacinal será igual ao dos adultos, duas doses com um intervalo de 28 dias entre as duas aplicações. Diferente da vacina da Pfzier, que possui diferenças na formulação entre as doses adultas e pediátricas, a dose da CoronaVac será a mesma para todos os públicos.

Acompanhe mais notícias sobre o assunto no Canal MyNews.

 

 

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Para Bolsonaro, nota do presidente da Anvisa foi agressiva e desnecessária https://canalmynews.com.br/politica/para-bolsonaro-nota-do-presidente-da-anvisa-foi-agressiva-e-desnecessaria/ Tue, 11 Jan 2022 17:26:11 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=22873 Em entrevista à rádio Jovem Pan, o chefe do Executivo disse que Antonio Barra Torres não tinha motivo para responder daquela forma

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Nesta segunda-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro (PL) participou do programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan, e disse que a nota divulgada no sábado (8) pelo presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, foi agressiva, e que ele não tinha motivo para responder daquela forma.

 

Na nota em questão, Barra Torres pede que Bolsonaro se retrate por ter levantado suspeitas de que a Anvisa teria algum interesse por trás da liberação de vacinas contra a covid-19 em crianças. Mas durante a entrevista desta segunda-feira (10), o presidente se defendeu, e afirmou que não acusou a Anvisa de corrupção, só questionou o que estaria por trás dessa “sanha vacinatória”.

 

E complementou: “Não quero acusar a Anvisa de absolutamente nada. Agora, que tem alguma coisa acontecendo, não tem a menor dúvida que tem. Pelo que estou sabendo agora, vai deliberar sobre a Coronavac para crianças a partir de três anos de idade. Não sei o que acontecerá no final, mas a Anvisa vai tomar sua posição e de uma forma ou de outra vai sofrer críticas também”, disse o presidente.

Barra Torres pediu que Bolsonaro se retratasse após ter insinuado que há corrupção na Anvisa. Foto: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Ao ser questionado sobre uma possível influência política na Agência, Bolsonaro ressaltou que a Anvisa é um órgão independente: “ninguém sofre interferência, é um órgão independente, mas acredito que o trabalho poderia ser diferente, né? Agora ele [Barra Torres] pode rebater em cima dessa crítica. Quem decide é ele, eu sei que é ele que decide. Eu nomeei pra lá e depois da nomeação ele ganhou aí luz própria, né?”.

 

O presidente também demonstrou arrependimento pela indicação de Barra Torres ao cargo, e disse que se tivesse conhecido melhor o contra-almirante da Marinha, talvez não o tivesse indicado. “Não tinha conhecimento da vida pregressa do Barra Torres a não ser como militar e nada pesava contra ele. Não tinha convivência com ele. Se tivesse tido convivência, talvez não o indicasse. Não quero dizer com isso nenhuma crítica desabonadora em relação ao Barra Torres, muito pelo contrário”, afirmou Bolsonaro à Jovem Pan.

Veja mais sobre este e outros assuntos no Canal MyNews.

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Presidente do Conass diz que secretários de Saúde perderam a paciência com Bolsonaro https://canalmynews.com.br/politica/presidente-do-conass-diz-que-secretarios-de-saude-perderam-a-paciencia-com-bolsonaro/ Mon, 10 Jan 2022 17:10:23 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=22860 Em entrevista ao Café do MyNews, Carlos Lula critica a postura do presidente, fala em nova onda e afirma que pais podem ser responsabilizados por se negarem a vacinar crianças

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O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, participou do Café do MyNews desta segunda-feira (10), e disse que a nota emitida no sábado (8) pelo presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, em que ele reage às declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que a entidade poderia ter algum interesse por trás da aprovação da vacinação contra a covid-19 em crianças, foi “muito aplaudida” pelos secretários. Segundo Lula, eles “não tem mais paciência, porque é como se a gente estivesse um 2020.3”.

O presidente do Conass, que também é secretário de Saúde do Estado do Maranhão, desabafou sobre o que ele classifica como uma disputa que não tem sentido. “A gente tá em 2022, terceiro ano da pandemia, todo mundo esgotado fisicamente, mentalmente, e tendo que lidar ainda com esse tipo de disputa que a gente não sabe nem a razão de ser. E eu acredito mesmo que o presidente [Bolsonaro] não vá falar nada sobre a nota [de Antonio Barra Torres], porque a nota coloca ele numa posição de que qualquer coisa que ele fizer é ruim”, ressaltou Carlos Lula.

O secretário falou ainda sobre a importância da Anvisa ser neutra e imparcial, e poder agir de maneira técnica, sem precisar se submeter aos interesses do governo. “A Anvisa, ao reagir, mostra essa força, essa grandeza que a gente tem que ter nas agências reguladoras, porque elas estão para além da política partidária e da política eleitoral”, reforçou.

Lembrando que Antonio Barra Torres foi indicado ao cargo por Bolsonaro, mas a relação entre eles começou a ruir após o depoimento do presidente da Anvisa para a CPI da Pandemia, e depois se agravou com a polêmica do passaporte da vacinação, defendido pela entidade. Barra Torres possui um cargo de mandato, e não pode ser demitido.

No Café do MyNews, Carlos Lula disse que a nota do presidente da Anvisa foi “muito aplaudida” pelos secretários de Saúde

 

Vacinação infantil

Ao ser questionado pela jornalista Juliana Braga sobre a interferência das declarações do presidente Jair Bolsonaro na decisão dos pais de vacinar ou não seus filhos contra a covid-19, Carlos Lula foi enfático: “Quando a gente tem uma guerra, pela maior autoridade da República, contra a vacina, a gente sabe que isso vai afetar. E isso é um problema, e vai ser um problema não pra agora, é um problema pro anos que virão. A gente vai levar muito tempo pra conseguir fazer a sociedade retornar, e entender, e ter segurança no sistema de novo”.

O presidente do Conass também enfatizou que os pais podem, sim, ser responsabilizados por não vacinarem seus filhos, seja contra a covid-19 ou outras doenças. Segundo ele, o Ministério Público é o órgão fiscalizador nestes casos, e pode tomar providências contra pais que se negarem a imunizar as crianças, pois a obrigatoriedade da vacinação está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Carlos Lula disse ainda que “é possível que os municípios, que os estados, coloquem restrições à esta conduta [dos pais]. A gente pode exigir carteira de vacinação no ato de matrícula, e há leis municipais nesse sentido”. Essa providência impactaria diretamente na vida escolar das crianças. Por isso, para facilitar a adesão à vacinação e a vida dos pais, o Conass está orientando as secretarias de Saúde a levar o imunizante contra a covid-19 até as escolas.

 

Autoteste e nova onda

O secretário de Saúde do Maranhão defende a aprovação pela Anvisa do autoteste contra o coronavírus, que é proibido no Brasil sob a alegação de que uma pessoa leiga poderia manipulá-lo inadequadamente, e dessa forma a testagem não apresentaria um resultado preciso. “Não há razão pra gente proibir presumindo que a pessoa não vai conseguir fazer e achar o resultado correto do teste”, afirmou ele.

Lula ainda esclarece que se a pessoa não se sentir segura para fazer o autoteste, ela pode ir na farmácia, por exemplo, realizar a testagem com um profissional. E que o autoteste poderia ajudar no controle da pandemia.

Durante a entrevista, ele falou ainda sobre o aumento de casos de covid-19 após as festas de fim de ano e que “seria o caso do Ministério (da Saúde) já reconhecer que a gente está diante de uma nova onda, ainda que tenha esse apagão de dados (no site do Ministério)”.

 

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2021: o ano das vacinas https://canalmynews.com.br/ciencia-einstein/2021-o-ano-das-vacinas/ Thu, 06 Jan 2022 16:40:29 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=22750 Com a imunização de boa parte da população, os brasileiros salvaram milhões de vidas, deram algum alívio à economia e permitiram uma volta das atividades presenciais

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Chegamos ao fim de 2021 com quase 80% da população brasileira vacinada contra a covid-19 e, mais importante ainda, quase 70% com ao menos duas doses. O brasileiro, felizmente, gosta de vacinas.

 

O resultado do mundo é bem pior, com quase 60% com uma dose e menos de 50% com as duas doses. Ao olharmos a taxa de mortalidade por grupo na Inglaterra e Estados Unidos, por exemplo, as pessoas não vacinadas — com sequer uma dose — morrem entre 5 a 12 vezes mais do que as vacinadas com pelo menos duas doses, dependendo do momento da pandemia nos dois países. Quanto maior for a mortalidade, maior será a disparidade entre os grupos e isto é fácil de entender: nos momentos mais críticos, o número de mortos entre indivíduos vulneráveis é diluído.

 

Muito se falou sobre estas vacinas, mas a maior parte veio de quem nada entende de vacinas, vacinação, saúde, história. Aliás, pessoas que não parecem entender de nada, mas que fazem de conta que entendem de tudo. O importante é que as vacinas salvaram milhões de vida, deram algum alívio para a economia e permitiram alguma volta das atividades presencias.

Vacina

Infelizmente, a velocidade de vacinação não foi a mesma em todos os países, seja por problemas de logística, como visto na África, ou a falta de “sei lá o quê” na Europa e nos Estados Unidos, onde sobram vacinas e cerca de 30% a 40% da população se recusa a receber os imunizantes disponíveis. Problemas de logística, e de lógica, estão permitindo que surjam as variantes — agora com a vacina como uma força evolutiva para o vírus. Se não resolvermos logo estas questões, é possível que apareçam variantes mais resistentes às vacinas. A Ômicron, por exemplo, parece ser o início de uma destas estirpes, embora, felizmente, tenha se mostrado mais benigna que as antecessoras.

 

O incrível sobre as vacinas é que elas são vítimas do próprio sucesso porque, ao serem extremamente eficientes contra doenças, como a poliomielite, e terem quase a erradicado, os pais de hoje não veem a importância em vacinar os filhos. Eles não veem pelas ruas crianças caminhando com dificuldade ou, ainda, as alas de hospitais com os “pulmões de aço” (ventilador de pressão negativa que permite a respiração de pessoas com paralisia dos músculos, sequelas da poliomielite). Eles não conseguem entender que foram as vacinas que alcançaram isto. Infelizmente, assim como vemos atualmente, a falta de percepção trará um futuro no qual estes cenários voltarão a ser realidade.

 

O mesmo acontece com o sarampo. O sucesso da vacina tirou da frente o exemplo da doença que induzia os pais à ação, e permitiu que surgisse um outro tipo de grupo: os anti-vaxxers (antivacinas). Muitos deles estão vivos por terem sido vacinados quando crianças, mas elas se apegam à exceção para defender o indefensável, ou por acharem que as vacinas são um “mal”. Por qualquer medida, número de eventos adversos, gravidade ou gravidade versus efetividade, as vacinas são a intervenção médica mais segura que conhecemos (obviamente, se não levarmos em conta os placebos que alguns propõe como intervenções médicas sem qualquer prova de que funcionam).

 

Tomemos por base a vacina de febre amarela: um evento adverso grave a cada 200 mil a dois milhões de doses. No pior número descrito — um problema a cada 200 mil doses —, o imunizante é mais de 20 vezes mais seguro que a aspirina. Essa mesma, a medicação que você toma quando está com dor de cabeça. Enquanto isso, a mortalidade da febre amarela está entre 30% a 90% dos infectados. De forma direta: algo que pode salvar a sua vida é vinte vezes mais seguro que aquilo que você toma quando está de ressaca. Falta inteligência no debate sobre as vacinas.

 

É claro que elas têm efeitos colaterais e podem causar eventos adversos graves, mas é certo também que elas são mais seguras que quase qualquer outra coisa que realmente funciona que você toma ou dá para os seus filhos.


Quem é Luiz Vicente Rizzo?

Luiz Vicente Rizzo é diretor superintendente do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein, Docente do Programa de Pós-graduação stricto sensu em Ciências da Saúde, da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein e Pesquisador 1A do CNPq.

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Para Bolsonaro, presidente da Anvisa é “traidor” https://canalmynews.com.br/juliana-braga/presidente-da-anvisa-e-traidor-para-bolsonaro/ Mon, 13 Dec 2021 17:56:51 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/presidente-da-anvisa-e-traidor-para-bolsonaro/ Bolsonaro não economiza nos adjetivos para se referir a Barra Torres, presidente da Anvisa, que teria frustrado sua tentativa de guinada de postura com ômicron

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A relação que já não era nada boa entre o presidente Jair Bolsonaro e o mandatário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, agora desandou de vez. A gota d’água foi a condução isolada da agência nas discussões sobre como conter a ômicron, nova variante da covid-19. No Palácio do Planalto estava sendo arquitetada uma guinada na postura de Bolsonaro, que pretendia se antecipar até aos governadores, mas a manobra foi frustrada pelas ações da Anvisa. A interlocutores, Bolsonaro só se refere ao contra-almirante da Marinha como “traidor”.

O diálogo entre os dois já estava estremecido desde o depoimento de Barra Torres à CPI da Covid, no Senado Federal. Na ocasião, deixou claro ter divergências com o chefe do Executivo em relação ao enfrentamento da pandemia e afirmou ter se arrependido de ter participado de uma aglomeração em frente ao Palácio do Planalto com ele em março deste ano.

O caldo entornou, no entanto, com a orientação da Anvisa de impor um passaporte sanitário aos turistas estrangeiros vindos de países onde a ômicron já foi identificada. A recomendação frustrou uma estratégia que estava sendo desenhada no Palácio do Planalto para Bolsonaro se antecipar até mesmo aos governadores e conseguir mudar a postura no combate à pandemia.

Seus auxiliares já identificaram que esse será um assunto sensível nas eleições em 2022 e pretendiam embalar um discurso que justificasse a mudança de postura. Algo semelhante foi feito no início do ano com a variante Delta. Na época, Bolsonaro disse que a nova cepa justificava a aquisição das vacinas e deu início à aquisição dos imunizantes. Até hoje, ele argumenta que o governo federal comprou todas as doses aplicadas, embora ele mesmo não tenha se imunizado.

A recomendação da Anvisa, de acordo com interlocutores do Planalto, impediu que Bolsonaro tivesse tempo hábil de construir um discurso para seus apoiadores, a quem vem criticando insistentemente o passaporte da vacina. Na última quinta-feira (9), ele voltou a criticar o governador de São Paulo, João Doria, que condicionou a entrada ao estado à comprovação da vacinação.

“Outro governador, aqui da região Sudeste, quer fazer o contrário. E ameaça: ‘Ninguém vai entrar no meu estado’. Teu estado, o cacete, porra. E se não tiver vacinado? E nós todos temos que reagir. E reagir como? Protestando contra isso”, disparou, comparando com a Assembleia Legislativa de Rondônia, que proibiu a obrigatoriedade do passaporte vacinal.

Veja essa e outras notícias sobre a Anvisa no Canal MyNews

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Primeira vítima da variante Ômicron no Reino Unido liga alerta no mundo https://canalmynews.com.br/internacional/primeira-vitima-da-variante-omicron-no-reino-unido-liga-alerta-no-mundo/ Mon, 13 Dec 2021 15:18:08 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/primeira-vitima-da-variante-omicron-no-reino-unido-liga-alerta-no-mundo/ No país, 1.239 casos foram confirmados somente neste domingo, apresentando um aumento de 65% dos casos de Covid.

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A variante ômicron teve sua primeira vítima confirmada esse fim de semana no Reio Unido. O primeiro-ministro Boris Johnson informou em pronunciamento nesta segunda feira. Até o momento, é o primeiro caso de morte pela variante no planeta.

“Infelizmente a Ômicron está gerando hospitalizações e tristemente, pelo menos um paciente morreu com Ômicron confirmado. Acho que a ideia de que está é, de alguma forma, uma versão mais branda do vírus é algo que precisamos deixar de lado, e apenas reconhecer o ritmo como que ele se acelera pela população”, disse Johnson, anunciando também doses de reforço até o fim do ano para pessoas com 18 ou mais anos. Estudos apontam que a terceira dose da vacina aumentam a proteção contra a nova variante em até 70%.

O Reino Unido detectou seus primeiros casos em 27 de novembro, e tem visto os números crescerem exponencialmente. Somente pelos casos de domingo, os número subiram 65%. Caso parecido vem acontecendo na África do Sul, lugar onde o primeiro diagnóstico da variante foi feito, mesmo sabendo que ela já circulava antes na Europa.

Casos no Brasil

No Brasil, onze casos foram da nova variante foram detectados. Cinco em São Paulo, dois em Goiás, dois no Rio grande do Sul e mais dois no Distrito Federal. O governo deve começar a cobrar o certificado de vacinação contra a Covid-19 para quem entra no Brasil após decisão liminar do Ministro do STF Luís Roberto Barroso. A decisão ocorreu após o partido Rede Sustentabilidade apresentar uma ação.

Mais informações no Almoço do MyNews.

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O protagonismo da pesquisa brasileira durante a pandemia de COVID-19 https://canalmynews.com.br/ciencia-einstein/o-protagonismo-da-pesquisa-brasileira-durante-a-pandemia-de-covid-19/ Tue, 30 Nov 2021 19:32:59 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/o-protagonismo-da-pesquisa-brasileira-durante-a-pandemia-de-covid-19/ Apesar da excelência na condução das pesquisas, a comunidade científica brasileira precisa avançar no diálogo com a sociedade

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O Brasil está apresentando um dos piores desempenhos assistenciais em COVID-19, com uma mortalidade de aproximadamente 2,8%. É verdade que dados pouco confiáveis de países não democráticos ou com grandes populações podem nos tirar da “liderança” neste quesito. Mesmo assim, nosso resultado não é satisfatório e aponta para a necessidade de melhor treinamento dos profissionais de saúde, especialmente dos médicos.

Por outro lado, o desempenho da nossa ciência foi muito bom. Embora tenha havido um deslize ou outro, a comunidade científica brasileira participou ativamente do desenvolvimento das vacinas e foi a primeira a demonstrar de forma inequívoca a ineficiência da hidroxicloroquina e da azitromicina no combate ao SARS-CoV-2.

Também fomos um dos primeiros países a mostrar a utilidade dos corticoides na fase inflamatória da doença, bem como ajudamos na definição de protocolos para cuidar da síndrome de liberação de citocinas, um dos principais causadores de mortalidade nos pacientes acometidos pela COVID-19.

Jaqueline Góes de Jesus, cientista baiana que coordenou a equipe que sequenciou o genoma da covid-19 em apenas dois dias.
Jaqueline Góes de Jesus, cientista baiana que coordenou a equipe que sequenciou o genoma da covid-19 em apenas dois dias. Foto: Reprodução (Redes Sociais)

Faz muito tempo, talvez desde o descobrimento da Doença de Chagas, que o Brasil não tem um desempenho tão relevante e respeitado no cenário mundial de pesquisa na área de saúde. A atuação científica contra a Zika também teve destaque, mas há que se considerar que era uma epidemia no Brasil.

O fato de a pesquisa clínica nacional ter desempenhado bem não chega a ser uma surpresa. O Brasil habitualmente produz dados bastante confiáveis em grandes ensaios, sobretudo em fase III em âmbito mundial. Além disso, as taxas de recrutamento são, de forma geral, muito superiores àquelas observadas nos Estados Unidos e Europa Ocidental. A busca dos grandes patrocinadores de pesquisa por participação brasileira também é grande — e só não é maior por um conjunto de condições que nada tem a ver com a qualidade das instituições e pesquisadores daqui.

Na pandemia, também observamos uma “inversão do fluxo”, no qual centros de pesquisa brasileiros foram procurados pela indústria farmacêutica para atuarem — não apenas como participantes — mas como protagonistas de estudos clínicos. Como resultado, o país teve publicações de alto impacto lideradas por cientistas brasileiros. Vale destacar ainda que o uso de procedimentos virtuais e “descentralizados” em pesquisas clínicas representam importante legado para estudos futuros em outras áreas terapêuticas.

Pesquisa e diálogo

Precisamos entender este sucesso como uma ferramenta para alavancar mais progresso. Os processos regulatórios precisam ser agilizados e emprestar segurança para a pesquisa — que já é uma atividade de risco sem se adicionar nada além da incerteza do conhecimento ainda não adquirido. Aqui vale a máxima: “se só tem aqui e não é jabuticaba, não é bom”.

Não menos importante é o apoio para a atividade científica. Apoio que vem da sociedade, e não de um governo qualquer. Em países democráticos, a sociedade maior é quem decide e demanda do governo. Se os contribuintes entenderem quão importante a ciência é, os impostos que deles se arrecadam serão usados de maneira comensurável.

Soluções são necessárias, e não só em saúde, mas também na agropecuária e no meio ambiente, com as energias renováveis, por exemplo, entre outras áreas de preocupação imediata para o ser humano. E as respostas só podem vir da pesquisa. Obtivemos um aumento significativo nas doações privadas para pesquisa, mas muito disto foi obtido por esforços individuais ou por pressão do momento.

Os pesquisadores precisam estabelecer um melhor diálogo com a sociedade e, neste aspecto, a pandemia foi uma oportunidade que se perdeu. Diferente dos resultados mensuráveis da pesquisa brasileira — que contribuiu para mitigar a catástrofe sanitária mundial de COVID19 —, a comunicação de ciência com a sociedade maior repetiu o que sempre se viu.

Nos meios tradicionais de imprensa, a comunicação manteve o padrão quase que professoral e as tentativas de simplificar geralmente resultaram em maus entendidos. Sem contar no uso das mídias sociais por pessoas sem qualquer formação ou de intenções duvidosas, que ofuscou qualquer tentativa educacional.

Embora seja necessário comemorar o sucesso na condução de pesquisa de excelência, precisamos nos aperfeiçoar no diálogo. Fica a mensagem de que temos conteúdo e qualidade na pesquisa nacional, mas temos que adicionar comunicação.

 


Quem são Luiz Vicente Rizzo e Otavio Berwanger?

  • Luiz Vicente Rizzo, diretor superintendente do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein e Docente do Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Ciências da Saúde, da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein.
  • Otavio Berwanger, diretor da Academic Research Organization (ARO) do Hospital Israelita Albert Einstein.

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Nova variante do Covid-19 coloca mundo em alerta https://canalmynews.com.br/internacional/nova-variante-covid-19-coloca-mundo-em-alerta/ Sun, 28 Nov 2021 20:07:29 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/nova-variante-covid-19-coloca-mundo-em-alerta/ Batizada de ômicron, a nova variante do Covid-19 é bastante transmissível e já foi identificada em países da África, Europa e na China. Medidas sanitárias, como uso de máscara e distanciamento social continuam necessárias. Vacinação precisa avançar em todo o mundo

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O anúncio do espalhamento de uma nova variante do Covid-19 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) colocou o mundo em atenção sobre uma possível quinta onda da pandemia do novo coronavírus. Identificada inicialmente em Botsuana e na África do Sul, a nova cepa do Covid-19 foi batizada de ômicron (B.I.I.529) e as primeiras observações apontam para uma transmissibilidade rápida. Desde que foi anunciada, a variante ‘de preocupação’ já foi identificada em Hong Kong (China), Israel e em diversos países da Europa (Bélgica, Itália, Holanda, Reino Unido e Alemanha).

“Essa variante aparece depois de um longo período do surgimento de novas ‘variantes de preocupação’. A última deste tipo foi a Delta e as sub-linhagens dela. Ela chamou atenção pelo número de mutações incomum. Foram identificadas 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína spike [usada pelo vírus para invadir as células] e os pesquisadores notaram que nas duas semanas seguintes o número de detecção de casos cresceu numa velocidade muito alta”, explica o professor de genética da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pesquisador-colaborador do Instituto Aggeu Magalhães/Fiocruz-PE, Marcelo Paiva.

Paiva destaca que num mundo globalizado e com grande circulação de pessoas, é uma questão de tempo que a variante Ômicron seja registrada nas diversas regiões do planeta e que ainda é preciso avançar nos estudos para determinar o quanto a nova cepa pode ser perigosa para as pessoas – tanto as já vacinadas, quanto as que ainda não foram imunizadas.

Empresas desenvolvedoras de vacinas, como Pfizer/BionNTech e Oxford/AstraZeneca já anunciaram que estão realizando teste para avaliar se os imunizantes são eficiente para combater essa nova variação do covid-19. A União Europeia, a Ásia e o Oriente Médio determinaram o cancelamento de voos oriundos da África. No Brasil, a pedido da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Casa Civil anunciou o fechamento da fronteira para seis países do continente africano: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

Medidas sanitárias ainda são necessárias para conter o Covid-19

O pesquisador Marcelo Paiva lembra que o surgimento de novas variante do Covid-19 era esperado e considera precipitadas decisões sobre liberação do uso de máscaras e eventos com aglomeração de pessoas e sem distanciamento social.

“Estamos vendo gestores falarem em diminuir o uso de máscara, muitas festas particulares, jogos de futebol, já se discute a realização do carnaval. Penso que está faltando um Norte e seguir mais a ciência antes de considerar só a economia. Não tem como baixar a guarda. Todo mundo está cansado, mas o pensamento deveria ser no que está acontecendo agora e num futuro próximo. Não é possível abandonar o uso de máscara, o distanciamento e é preciso manter as medidas de higienização”, destaca o professor da UFPE.

Ele ressalta que se a população estivesse cumprindo os protocolos agora, talvez o Carnaval de 2022 pudesse acontecer, mas da forma como a pandemia vem sendo conduzida, não é possível afirmar como será a situação até lá.

Equidade vacinal: vacina para todas as regiões do mundo podem controlar a pandemia

Paiva destaca que o mundo precisa colocar em prática a equidade vacinal e alerta para a necessidade de garantir a distribuição de vacinas para as regiões mais pobres do mundo – sob o risco de não ser possível controlar a pandemia.

“A primeira coisa que a gente tem que pensar na equidade vacinal. A gente sabe que mesmo que a vacinação avance nos países mais ricos, as variantes [do covid-19] vão surgir onde as cobertura vacinal está mais baixas. (…) É preciso garantir que os países mais pobres tenham acesso às vacinas. No caso do Brasil, a pandemia foi muito ditada pela Europa. O Brasil até hoje não exige certificado de vacinação [dos viajantes], está fechando as fronteiras para esses países da África, mas a gente sabe que o fluxo maior de pessoas é da Europa para cá. Por fim, a gente precisa entender que enquanto alguns lugares já estão discutindo sobre dose de reforço e vacinação anualmente, com o número de doses disponíveis para as regiões mais pobres do mundo, o continente africano, por exemplo, só terá vacinas suficientes em 2023”, alerta o pesquisador, lembrando que essa demora favorece o surgimento de novas variantes e atrasa o que poderá ser considerado o fim da pandemia.

Até os cientistas descobrirem como a variante Ômicron atua no organismo humano, como ela ataca o sistema imune e se ameaça também as pessoas já vacinadas, Marcelo Paiva ressalta que é importante manter as medidas sanitárias. “A preocupação é com os não-vacinados, em primeiro lugar, que já têm sido as pessoas com mais casos graves e de mortes. E também com as pessoas com idades mais avançadas e todos os cuidados que vêm sendo falados desde o início da pandemia. A gente precisa voltar ao distanciamento, ao uso de máscara, continuar a vacinação. Muitas pessoas estão com a segunda dose atrasada. É preciso melhorar esse alcance”, finaliza.

 

Assista ao Quinta Chamada Ciência, todas as quintas, a partir das 20h30, com apresentação de Cecília Oliveira e Salvador Nogueira, no Canal MyNews

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Grupos antivacina usam Telegram como terra sem lei https://canalmynews.com.br/tecnologia/grupos-antivacina-usam-telegram-terra-sem-lei/ Sat, 27 Nov 2021 00:06:25 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/grupos-antivacina-usam-telegram-terra-sem-lei/ Grupos antivax se refugiam no aplicativo Telegram e negociam comprovantes falsos de vacinação. Canais têm número ilimitado de participantes e são parte de problema maior. MyNews acompanhou fóruns e mostra como movimento anticiência se fortalece com a desinformação

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“Que morram”, diz um comentário num grupo antivacina no Telegram, acompanhado pelo MyNews durante um mês. O desejo expresso de forma violenta faz referência à morte de uma jornalista, defensora da vacinação, que morreu em decorrência de complicações da covid-19. “Gado” é a expressão usada para mencionar apoiadores da vacinação e pessoas que acreditam em evidências científicas.

A reportagem do MyNews acompanhou durante 30 dias, no aplicativo de mensagens Telegram, algumas comunidades que se dedicam a propagar informações antivacina. A liberdade de difusão de informações falsas e a quantidade de pessoas presentes nesses grupos faz refletir sobre o poder das redes sociais.

telegram - grupo antivacina
Participantes de um dos canais acompanhados pelo MyNews ironizam a morte de uma jornalista por covid-19/Imagem: Reprodução/Telegram

No Telegram é permitida a criação de grupos que suportam até 200 mil participantes. Neste formato é possível que todos os membros mandem mensagens para uma conversa compartilhada. Outra possibilidade, usada fortemente por personalidades, influencers e políticos, como o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é a abertura de um canal, um perfil próprio. Neste caso, o número de pessoas é ilimitado e somente moderadores podem enviar mensagens. As pessoas podem comentar as publicações, mas é criada uma aba em separado para os comentários.

Num dos canais acompanhados pelo MyNews no Telegram são mais de 20.500 pessoas. Chamaremos este canal de C1. Nele, há uma seleção e organização de conteúdos. O que mais vimos no C1 foram publicações de jornais que falam sobre adversidades atribuídas às vacinas. Na maioria das vezes, de veículos que não são confiáveis e sem comprovação científica. Notícias de mortes pela covid em pessoas que tomaram as duas doses também são usadas para legitimar o descrédito aos imunizantes.

A imprensa profissional só é creditada quando noticia problemas com a aprovação das vacinas e entraves com órgãos reguladores. Também é muito comum encontrar publicações de prefeituras e governos estaduais que aprovaram medidas relacionadas à exigência de passaportes da vacina. O canal acompanhado pelo MyNews compartilha os links das postagens e incentiva que seus participantes comentem, nas publicações, desinformação e xingamentos. A estratégia é bombardear as publicações e constranger seus autores até que eles deletem o post. Toda publicação apagada é fortemente celebrada, é mais uma conquista da luta pela “liberdade”.

Um exemplo é um vídeo do prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), de 17 de novembro, no qual o gestor fala sobre o número de habitantes imunizados e convoca idosos com a segunda dose atrasada a comparecerem aos postos de vacinação.

prefeito de Florianópolis - Gean Loureiro (DEM)
Print de tela de vídeo do prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), no Instagram, convocando a população a tomar a segunda dose da vacina contra o covid-19 e comentário para que integrantes do canal critiquem a iniciativa/Imagem: Reprodução/Telegram

Instagram, Facebook e YouTube são aliados dos antivacina quando a intenção é atacar iniciativas que promovem a imunização. Mas se tornam vilãs quando moderam conteúdos das contas dos organizadores do canal no Telegram e de pessoas ligadas a eles. Os antivacina mantêm contas de compartilhamento de desinformação sobre imunização no Instagram. Estas contas são constantemente suspensas.

Os imunizantes são chamados de “veneno”, quem os toma, seriam “pacientes em teste”. A dose de reforço é vista como prova de que ela não funciona. O que é falso: a dose de reforço é uma forma de prolongar o êxito da vacinação. A comunidade científica sempre anunciou a possibilidade de doses extras para as vacinas contra a covid. O reforço vacinal é visto como uma manobra do governo e dos fabricantes de vacinas para ganhar dinheiro.

mensagem antivacina
Preocupação dos grupos é crescente em relação à possibilidade da vacina contra covid-19 ser autorizada para crianças. Mensagens falam sobre a necessidade de defender as crianças/Imagem: Reprodução/Telegram

Venda de comprovantes falsos de vacinação acontece livremente

Observamos também um grupo com cerca de 1.200 membros, o chamaremos aqui de GR1. Neste caso, todos podem enviar mensagens, o que torna as postagens bastante caóticas e desorganizadas. Repetem-se as temáticas e ações citadas acima, mas aqui, além de duvidar das vacinas, os participantes falam sobre nova ordem mundial, illuminatis e teorias conspiratórias. Um exemplo: a imagem de um dinossauro que aparece quando um código não é carregado é associada ao indício de uma dominação reptiliana.

No grupo GR1 há também quem anuncie a venda de comprovantes falsos de vacinação. Um documento emitido através do sistema oficial de vacinação, exigido por estabelecimentos comerciais e em vários destinos de viagens, está sendo falsificado e oferecido livremente no grupo.

O anúncio desperta interesse em algumas pessoas, que pedem mais informações. A vendedora explica que falsifica um documento do Ministério da Saúde – que possui um QR Code para atestar a veracidade. Mas a anunciante diz que as fiscalizações “não checam o QR Code”, e por isso, “é fácil e seguro usar a falsificação”.

  • oferta de certificado falso de vacinação em grupo do Telegram

Telegram tem sido alternativa para negacionistas que propagam desinformação após banimentos noutras redes sociais

O Telegram tem sido uma alternativa para quem é banido das redes sociais. No dia 26 de outubro, o caminhoneiro bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes, o “Zé Trovão”, avisou para os 18.550 inscritos no seu canal do Telegram que iria estourar uma “bomba no Brasil”. A bomba viria a ser a notícia de que ele entregaria à Polícia Federal.

Zé Trovão ficou foragido por dois meses, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decretar prisão por incitação à violência e por atos antidemocráticos – às vésperas do sete de setembro. Desde que foi preso, o conteúdo mais atualizado sobre ele no Telegram data de 2 de novembro. Trata-se de um áudio em que sua esposa fala que ele está bem e sendo “bem tratado” no presídio de Joinville, Santa Catarina.

Outro procurado pela Polícia Federal, banido das redes sociais e que mantém canal na plataforma é o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, com mais de 122.650 inscritos. Ele está foragido da Polícia Federal desde 5 de outubro, mas segue bastante atuante em sua conta no Telegram.

Num único dia o grupo chega a compartilhar cerca de 20 publicações. Allan dos Santos publica suas participações no Pânico, na Jovem Pan, e comenta notícias do Brasil e do mundo. Os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao ministro Alexandre de Moraes, aos veículos de imprensa brasileiros, à esquerda e às pessoas que ele considera comunistas e socialistas seguem firmes. O blogueiro também pede contribuições para o próprio blog.

Allan dos Santos em depoimento à CPI Mista das FakeNews
Allan dos Santos mantém canal no Telegram com mais de 120 mil inscritos. Considerado foragido pela Polícia Federal, ele faz em média 20 publicações por dia na comunidade/Foto: Roque de Sá/Agência Senado – 5/11/19

O jornalista, pesquisador da área de comunicação e política e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), Juliano Domingues, comenta o fenômeno: “A adesão a canais alternativos é um comportamento esperado de grupos que se sentem excluídos da mídia corporativa. No caso do ambiente digital, essa adesão é facilitada pelo baixo custo”.

Enquanto essa adesão acontece rapidamente, as autoridades levam tempo para compreender as movimentações. Questionado se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está desatento ao risco que o Telegram oferece para as eleições de 2022, Domingues explica que o aplicativo é mais um exemplo de tecnologia que está descompassada com o ritmo real das instituições que têm o papel de regulá-las. “Assim como outros aplicativos, pertence a um universo que não reconhece determinadas regras basilares de instituições tradicionais, incluídas aquelas relacionadas a processos de fiscalização e controle, tão comuns no Judiciário”, analisa.

O Telegram é procurado justamente pela falta de moderação e cresce em ritmo cada vez mais acelerado e difícil de ser compreendido pelas instituições. “É como o cachorro correndo atrás do próprio rabo”, diz Juliano Domingues.

Juliano Domingues - professor e pesquisador
O professor e pesquisador Juliano Domingues analisa o ambiente sem regras das redes sociais/Foto: Rodrigo Lobo

O debate sobre a regulação precisa retornar à pauta

A regulação das redes sociais é uma pauta que ganha destaque desde o escândalo da Cambridge Analytica, revelado em 2018. A empresa norte-americana Cambridge Analytica esteve ligada à campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em 2016. Ela conseguiu dados pessoais de 50 milhões de usuários do Facebook, ao se aproveitar de grandes lacunas nas políticas de privacidade da rede.

A necessidade de nitidez nas regras das plataformas e de como os algoritmos que as compõem funcionam são reivindicações importantes. E ainda não foram propriamente atendidas. Isso não é somente válido para a proteção de dados pessoais e evitar casos como o da Cambridge Analytica. Também é fundamental para se criar uma cultura de que a internet não é um espaço em que se pode fazer o que quiser.

A ideia da “terra sem lei” no mundo digital é, segundo o doutor em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Ivo Dantas, uma herança da época da popularização da internet nos anos 2000. “A internet cresceu com a promessa de liberdade plena e ampla. Foi vendida como um espaço novo em que você pode fazer o que quiser, mas, na prática, você pode criar conteúdos dentro de uma determinada lei, código de ética”, afirma ele.

Ivo Dantas - professor e pesquisador
Para o pesquisador Ivo Dantas, a ideia de “terra sem lei” no mundo digital é uma herança da época da popularização da internet nos anos 2000/Foto: Arquivo Pessoal

Para Dantas, o Telegram não tem a mesma força do WhatsApp. Nem é o principal problema quando falamos de regulação e das políticas das redes sociais. É, na verdade, um sintoma que a falta de transparência criou. Além das políticas não explicitarem o que não pode ser veiculado, falta deixar nítida a questão da própria moderação. Como ela funciona? Quem ou o quê avalia que um conteúdo não é próprio? Se o ex-presidente Donald Trump foi banido do Twitter, por que outros líderes que compartilham desinformação não são?

João Brant, diretor do Instituto Cultura e Democracia e coordenador do coletivo Desinformante, concorda que o peso do Telegram é muito menor porque, segundo ele, menos pessoas o utilizam em comparação ao WhatsApp. Ele ressalta as especificidades dos aplicativos de mensagens que tornam a regulação mais complexa e ainda mais necessária de ser debatida. “Como a maioria das mensagens, do ponto de vista numérico, é privada, se aplica para o conjunto [das mensagens] regras de proteção de confidencialidade. (…) Isso cria uma bomba: um meio de comunicação de massa majoritariamente anônimo. É a primeira vez que isso acontece na história”, explica Brant.

O coletivo Intervozes tem uma série de publicações que tratam de temas relacionados à regulação das redes, sobre como enfrentar a desinformação e sobre a comunicação como um direito humano.

A solução? Ainda não existe. Mas tanto Ivo Dantas quanto João Brant são unânimes: é uma questão urgente e que precisa de amplo debate. Eles alertam que o vácuo que vai se criando pela falta de atenção ao assunto permite que as plataformas fiquem cada vez mais independentes e criem regras que não são fiscalizadas por mais ninguém.


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Surpreenda-se com a importação por Santa Catarina https://canalmynews.com.br/conexao-idb/surpreenda-importacao-santa-catarina/ Fri, 26 Nov 2021 20:07:56 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/surpreenda-importacao-santa-catarina/ Uma de nossas missões é mostrar aos grandes importadores do Brasil as vantagens de operar por Santa Catarina. Os benefícios fiscais convalidados do Estado permitem importar com redução de ICMS

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Em um processo seletivo recente, um candidato informou que se motivou a mandar currículo para a IDB do Brasil Trading após assistir a uma das entrevistas que o CEO da empresa, Erick Isoppo, concedeu para o Canal MyNews. Ao final das etapas, o profissional foi contratado.

Isso mostra que o processo de comunicação estratégica que temos conduzido na IDB do Brasil não tem como público-alvo apenas clientes e potenciais clientes. Captar ótimos parceiros e colaboradores também é um efeito natural prático desse movimento importante.

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Cada vez mais, a IDB tem sido reconhecida pela forma como trata as pessoas. Em outubro de 2021 fomos entrevistados pela NSC TV (afiliada da Rede Globo), em uma matéria sobre as emoções dos trabalhadores na cidade de Criciúma-SC, onde fica a empresa.

Neste mês de novembro, vamos levar os funcionários para comemorar a batida da meta de movimentar R$ 1 bilhão no ano. Será um final de semana especial em Florianópolis, linda capital do nosso Estado de Santa Catarina. Uma forma de celebrar o resultado espetacular.

Conjecturas para 2022

Nesta reta final de novembro, aumenta a intensidade dos diálogos do mercado sobre como ficará o ano seguinte. O cenário eleitoral e as más notícias sobre o provável desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) são pontos de preocupação importantes.

No entanto, um cartaz visto por um de nossos executivos alguns anos atrás resumiu o que deve ser atuar no mundo corporativo brasileiro: “Sabe por que a crise pegou? Ela fez propaganda”. O que mais se ouve, no Brasil, é que o próximo ano será desafiador.

Nosso CEO, Erick Isoppo, sempre apostou na manutenção dos investimentos como forma de lidar com situações adversas, conforme relatou em entrevista para Mara Luquet. É com essa pegada que vamos iniciar 2022: com muito trabalho e foco em resultados.

No auge da crise gerada pelo novo coronavírus em 2020, a IDB ampliou o time e inaugurou a nova sede. Isso se mostrou assertivo, uma vez que os números de 2021 foram os melhores de nossa história. Por mais que o cenário seja de alerta, queremos manter o conceito.

Importar por Santa Catarina

Uma de nossas missões é mostrar aos grandes importadores do Brasil as vantagens de operar por Santa Catarina. Em um cenário cada vez mais disputado, essa é uma estratégia que pode trazer diferenças significativas para os resultados das indústrias Brasil afora.

Os benefícios fiscais convalidados do Estado permitem importar com redução de ICMS. Nossas tabelas com os portos catarinenses são extremamente competitivas. A estrutura portuária e retroportuária é formidável. Diante disso, simular a operação é essencial.

Coordenado pela gerente da área, Chaiana Jacques, nosso time comercial está pronto e à disposição para estudar a viabilidade de trazer as operações da sua empresa para Santa Catarina. As chances de você se surpreender são imensas.

Segurança para todos os setores

Nossa experiência mostra que migrar as operações de importação para outro Estado é uma empreitada conduzida por vários setores dentro da indústria. O time da IDB do Brasil Trading tem a expertise necessária para esclarecer as dúvidas que surgem nas diversas áreas.

Em geral, a análise começa com Suprimentos. Depois, passa por Contabilidade, Jurídico e Direção. Às vezes, são necessárias reuniões com todos os departamentos, para que haja a segurança completa. Conduzir esses diálogos faz parte de nossa rotina.

Solicite conversa com nosso time comercial por meio dos contatos disponíveis no site. A IDB do Brasil Trading coloca à disposição os 15 anos de experiência na área para trazer o conforto de que operar por Santa Catarina é um caminho vantajoso e seguro.


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Ciro Gomes concentra críticas em Moro e Bolsonaro durante entrevista https://canalmynews.com.br/politica/ciro-gomes-concentra-criticas-moro-bolsonaro-durante-entrevista/ Tue, 23 Nov 2021 22:02:26 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ciro-gomes-concentra-criticas-moro-bolsonaro-durante-entrevista/ Para Ciro Gomes, Brasil virou ‘pária internacional por conta da política ambiental do governo Bolsonaro. O ex-ministro não poupou críticas ao atual presidente e ao ex-ministro da Justiça, a quem considera um ‘corrupto’

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Entrevistado especial do Segunda Chamada deste dia 22, gravado diretamente de Portugal, o ex-ministro e pré-candidato à presidência da República Ciro Gomes (PDT) concentrou suas críticas ao ex-ministro da Justiça do Governo Bolsonaro e também pré-candidato à presidência nas eleições de 2022, Sérgio Moro (Podemos), e ao atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Para Ciro Gomes, o Brasil virou um “pária internacional” por conta da política ambiental do governo Bolsonaro e devido à crise econômica em que o país foi colocado. Além disso, Ciro criticou a postura de Bolsonaro diante da pandemia do Covid-19 e na condução de ações para alavancar a economia do país.

Ciro Gomes
O ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), foi entrevistado por Mara Luquet, Antonio Tabet, Lucas Mendes e Caio Blinder no Segunda Chamada gravado diretamente de Portugal

“O Brasil virou um pária internacional nos assuntos que importam: o manejo da questão ambiental. Nós saímos de um lugar de protagonistas globais para o lugar de grande bandido e com um presidente que mente descaradamente sobre dados que são disponíveis globalmente, através de acesso por satélite. (…) E você tem todo um conjunto de variáveis que a propaganda interna não engana os grandes formuladores, a (revista) Economist, os editoriais dos jornais, aqueles que leem o Brasil. O Brasil vai muito mal economicamente, vai muito mal no manejo do território, as notícias da degradação social, de violência são substantivas”, afirmou o pedetista.

Para o ex-ministro e ex-governador do Ceará, existem também questões “adjetivas” que passam pela figura do presidente Jair Bolsnaro e por sua forma de governar. “Adjetivamente, você tem um presidente que é um bandido. Desculpa, as pessoas acham que muitas vezes eu uso palavras muito duras, mas é um bandido, é um marginal”, afirmou Ciro, ressaltando a condução da pandemia pelo governo federal.

“Se no Brasil tivesse morrido na pandemia a média de pessoas do mundo, teriam morrido menos 480 mil pessoas. Essas 480 mil pessoas acima da média morreram pela atitude assassina, genocida de Bolsonaro. E as instituições brasileiras estão colapsadas, ou subornadas. No caso, o presidente da Câmara e a maioria dos deputados viraram marginais de uma quadrilha de assaltantes. Orçamento secreto – o que é isso?”, questionou.

Ciro diz que só será presidente se conseguir confiança da população

Questionado sobre seu principal defeito, Ciro disse que “precisa ser mais transigente com a realidade política posta no Brasil”. Sobre quais as qualidades de seus adversários políticos, Lula, Bolsonaro e Moro, o pedetista disse que a viagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Europa foi boa para o Brasil e que consegue elogiar Lula, ao contrário de Bolsonaro e Moro – a quem chamou de corrupto. Disse ainda que o desejo de ser presidente segue uma condição: “Eu só quero ser presidente da República se eu estabelecer uma relação de confiança com a massa da popular brasileira. Então eu vou falar a verdade, não me importa a consequência”.

“Lula pegou o salário mínimo valendo 120 dólares e entregou valendo 320 dólares. Lula pegou o crédito como proporção do PIB com 15% e entregou com 57%. (..) Moro e Bolsonaro não dá. Moro é um corrupto. O stablishment, o sistema, agora quer fazer do Moro à força. Eles não aprendem nada. O Moro é uma filial deplorável do Bolsonaro. Em qualquer lugar civilizado que você diz: um juiz julgou um político, tirou dele os direitos políticos e em seguida foi ser ministro do político que ganhou as eleições que aquele político não estava participando por uma sentença dele. Isto é de uma ladroeira, de uma corrupção”, argumentou Ciro Gomes, citando a definição de corrupção passiva no Código Penal (aceitar promessa de vantagem indevida) e lembrando que Bolsonaro revelou que se reuniu com Sérgio Moro antes das eleições de 2018 e ofereceu ao então juiz de primeira instância o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.

“Se isso não for vantagem indevida a qualificar corrupção passiva… temos agora o Supremo Tribunal Federal que diz que Moro é um juiz suspeito. Essa é a primeira dimensão. Quer ver outras? Nossa elite pirou. Moro destruiu a construção pesada brasileira – que não se faz. Vocês acompanharam a crise de 2008. Você manda prender as pessoas e salva as empresas e os trabalhos. Moro destruiu a Odebrecht e sabe onde ele trabalhava até ontem? Pra empresa norte-americana contratada para gerir a massa falida da Odebrecht. Tenha santa paciência! É um picareta!”, continuou.

Apesar de dizer que consegue elogiar o ex-presidente Lula, Ciro Gomes também fez críticas ao petista. “Lula faz uma aposta no ‘nacional-consumismo’. É o neoliberalismo, com a ideia vã, mentirosa, de dourar a pílula. Lula não mudou uma linha das instituições brasileiras. Quando terminou o período do mando do Lula, o Brasil tinha cinco pessoas concentrando a renda de 100 milhões de brasileiros mais pobres. A única mudança institucional [dos governos do PT] que Bolsonaro não destruiu foi a tomada de três pinos”, criticou Ciro Gomes.

Veja a íntegra da entrevista com Ciro Gomes ao Segunda Chamada no Canal MyNews.


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A força das palavras https://canalmynews.com.br/voce-colunista/a-forca-das-palavras/ Mon, 22 Nov 2021 18:00:52 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/a-forca-das-palavras/ Atualmente a palavra que define o clima político no Brasil é polarização. Especialistas reclamam que o debate dividido entre dois polos é prejudicial às grandes questões que o país tem de enfrentar

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Devo admitir que ando bastante cansado. Atravessando um longo período que muitos costumam definir como de inferno astral. Sonhos interrompidos, pandemia, dificuldades financeiras… Bolsonaro. É duro detestar um sujeito que diariamente dá as caras para nos atormentar.

Detestar talvez seja a palavra amena para o que sinto. Tenho de admitir para quem lê esse texto que é ódio mesmo. Palavra forte, que certamente será condenada por dar as caras assim tão abertamente. Entretanto poucos entenderão como faz bem pra mim utilizar esse espaço para dizer abertamente: Eu odeio Bolsonaro! Ufa! Terapêutico.

Atualmente a palavra que define o clima político no Brasil é polarização. Especialistas reclamam que o debate dividido entre dois polos é prejudicial às grandes questões que o país tem de enfrentar. Tanto é assim que várias correntes estão buscando a todo custo uma terceira via.

Concordo que estar entre Bolsonaro e Lula não é a alternativa que mais me agrada, porém considero que esta polarização não é aquela que deveria estar acontecendo agora. A polarização correta seria impeachment ou não do presidente, mas ninguém parece se entender nessa questão, preferindo discutir uma eleição que será polarizada da maneira errada.

Fazendo a feira, ouvi a repetição de palavras que me deixaram indignado, mas evitando a pecha de ser considerado chato, afinal não conhecia a pessoa que mencionava tal barbaridade, passei sem debater. Aqui vai um alerta aos analistas políticos. No meio da plebe, essa coisa de direita e esquerda é irrelevante para a maioria. Palavras que não definem a condição política de um sujeito desinformado, que trabalha seis dias por semana para sustentar a família e nas eleições escolhe um presidente que mantenha sua situação mais cômoda possível.

Como em 18 os eleitores estavam atravessando um período de crise e as notícias de corrupção imperavam, consideraram que a alternativa Bolsonaro moralizaria o país. Erro de quem só acompanha política de quatro em quatro anos. Temos de perdoar essa ignorância popular, afinal políticos experientes e celebridades se deixaram enganar pelo discurso do mitomaníaco.

Justamente por causa dessa ignorância, os mais humildes creem na figura que elegeram. Bolsonaro, por mais tosco e mentiroso que seja, ainda é o presidente, a mais alta autoridade do país, então para o sujeito simples o que ele fala é uma realidade.

Assim ouvi palavras malditas na última segunda-feira. “Não vou me vacinar, pois não quero pegar AIDS. Morro do corona, mas não morro de AIDS”, dizia um homem de seus cinquenta anos, rindo-se do outro que de mais idade que ansiava pela terceira dose para se sentir seguro. Continuei comprando minhas bananas e não me comprometi.

Palavra de honra, até o momento em que escrevo estas mal traçadas linhas ainda estou me questionando se deveria dar uma palavra ali, avisar que era mentira de um presidente mentiroso, que não se adquire AIDS com a vacina. Mas estou cansado de lutar e perder estas pequenas batalhas.

Convencer um minion das barbaridades do ídolo maior é tarefa para um Hércules, coisa que estou longe de ser. Bolsonaro já deveria estar fora da presidência, afinal suas palavras ferem e enganam, causando males ao país que demorarão a serem remediados.


Quem é Edilson Luiz da Silva?

Edilson Luiz da Silva é escritor. Autor do livro Pedro Feroz publicado pela editora Kazuá

* As opiniões das colunas são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a visão do Canal MyNews


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Como saber se uma pesquisa atende a requisitos éticos e morais? https://canalmynews.com.br/ciencia-einstein/como-saber-se-pesquisa-atende-requisitos-eticos-e-morais/ Mon, 08 Nov 2021 22:37:13 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/como-saber-se-pesquisa-atende-requisitos-eticos-e-morais/ Há regras a serem seguidas, direitos que devem ser respeitados… Tudo para garantir a qualidade dos estudos, a confiança em seus resultados e o bem-estar dos pesquisadores e voluntários

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A pandemia da covid-19 trouxe para o dia a dia do brasileiro a importância da pesquisa científica. Todos os dias os jornais noticiam uma descoberta, pois nunca na História uma única doença foi depositária de tanto investimento e esforço para o desenvolvimento de vacinas e tratamentos. Mas será que está claro o que é a pesquisa?
De forma simplificada, trata-se de uma sistematização para a obtenção de conhecimento sobre um determinado assunto. Para isso, exige métodos e deve seguir regras específicas e rígidas, que garantam que o conhecimento produzido seja válido e aplicável.

Quando o estudo envolve seres humanos, tornam-se necessário alguns cuidados ainda mais especiais. Infelizmente, nem sempre as pesquisas foram feitas de maneira adequada. Muitas delas, como as atrocidades do nazismo, são conhecidas do público e feriram de maneira contundente a moral e a ética.

Moral, vale lembrar, está ligada às atitudes e comportamentos que uma sociedade entende e internaliza como correto. Ética, por sua vez, é um ramo da Filosofia que normatiza, ou transforma em regras expressas, o que esta mesma sociedade julga como moral. Tanto a moral como a ética são vivas e mudam com o passar do tempo e em diferentes lugares.

No campo das pesquisas, não é diferente. É preciso que se respeitem os direitos e a integridade das pessoas que se dispõem a participar dos estudos científicos, levando-se em conta as regras sancionadas naquele momento. Afinal, são esses indivíduos, com sua disposição em se tornar voluntários das pesquisas, que permitem o tão necessário avanço da ciência.

O Brasil é conhecido internacionalmente por ser um país cuidadoso com a proteção de quem aceita fazer parte de pesquisas. Mas, na pandemia, a mídia nos mostrou outro lado dessa moeda, com pessoas usadas como cobaias. Sem ter a sua autonomia respeitada, muitas não puderam escolher se queriam participar de um estudo, sendo involuntariamente envolvidas em projetos que nem sempre tinham o seu melhor interesse como objetivo. O que se viu foi um show de horrores. As vidas dos participantes foram negligenciadas em função de interesses de empresas, governos e pesquisadores que não respeitaram a moral e, muito menos, a ética da nossa sociedade.

O consentimento dos participantes, aliás, é primordial para que um estudo científico possa acontecer. Para tanto, há regras, normas e resoluções emitidas pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), via Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). A Conep, inclusive, é a maior comissão do CNS e regulamenta e organiza todo um sistema de avaliação ética de pesquisas sendo feitas em território nacional.

Embora seja um sistema descentralizado e encabeçado pela Conep, a implementação das regras é realizada localmente, por uma rede que conta hoje com mais de 800 Comitês de Ética em Pesquisa (CEP). Esses comitês, presentes nas principais universidades, centros de pesquisa e hospitais, são formados por voluntários que analisam todos os documentos relacionados aos projetos de pesquisa. A aprovação dos CEPs deve ocorrer antes do início de qualquer estudo e toda mudança de curso precisa ser comunicada e receber uma nova avaliação.

Para que uma pessoa possa ser contatada e convidada a fazer parte de um estudo científico, o pesquisador deve apresentar ao voluntário um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Trata-se de um documento no qual são detalhados os aspectos relacionados à pesquisa, como por exemplo: de que forma será feita; quais os riscos e benefícios em participar; quais os direitos e deveres do participante e quais os meios de contato com todos os envolvidos, caso o participante queira se comunicar com os pesquisadores ou com o próprio sistema de avaliação ética.

Além disso, as instituições onde são feitos os estudos devem criar mecanismos de acompanhamento, uma vez que a responsabilidade pelo cuidado com as Boas Práticas em Pesquisa é compartilhada entre pesquisadores, instituições e patrocinadores. Algumas instituições, como é o caso da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, contam com um Escritório de Integridade Científica, que audita e acompanha os estudos, de modo a garantir que sejam feitos de maneira adequada, tanto do ponto de vista ético, quanto científico.

Uma pesquisa, para ser ética, precisa apresentar um balanço entre riscos e benefícios que seja favorável e respeitar a autonomia dos participantes. Deve, ainda, tratá-los com justiça e equidade, buscando sempre fazer o bem e nunca causar danos previsíveis. Independentemente da premência e urgência em se achar resultados para combater pandemias ou responder prontamente às necessidades que se imponham, a vida, o respeito e o cuidado com os seres humanos devem sempre vir em primeiro lugar.

Assista à entrevista com Luiz Vicente Rizzo, diretor superintendente do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, e com o pediatra infectologista e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, no Quinta Chamada Ciência, no Canal MyNews

Quem são Anna Davison e Ana Cláudia Machado Urvanegia?

Anna Davison é antropóloga, coordenadora do Escritório de Integridade Científica da SBIBAE e Ana Claudia Machado Urvanegia é biomédica, doutora em Ciências da Saúde, coordenadora administrativa do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein

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CPI da Pandemia aprova relatório final pedindo 80 indiciamentos https://canalmynews.com.br/politica/cpi-da-pandemia-aprova-relatorio-final-80-indiciamentos/ Wed, 27 Oct 2021 01:06:17 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/cpi-da-pandemia-aprova-relatorio-final-80-indiciamentos/ Senadores vão entregar o relatório final da CPI da Pandemia à Procuradoria Geral da República (PGR) nesta quarta-feira, às 10h30. Documento pede indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por 9 crimes

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Foi aprovado nesta terça (26) o relatório final da CPI da Pandemia no Senado Federal. Ao final da votação do relatório, os senadores prestaram uma homenagem aos mais de 606 mil mortos pela pandemia do Covid-19 no Brasil, com um minuto de silêncio. Em entrevista coletiva, o senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI da Pandemia, informou que nesta quarta-feira (27), às 10h30, representantes da CPI irão pessoalmente à Procuradoria Geral da República (PGR) entregar uma cópia do relatório final.

O texto do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), começou a sessão com o pedido de 68 indiciamentos – 66 pessoas e duas empresas, com o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por nove crimes, entre eles, o de epidemia com resultado morte, infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo, crimes contra a humanidade e de responsabilidade. A primeira versão, entretanto, foi alterada, e o relatório final pede 80 indiciamentos (78 pessoas e duas empresas).

CPI da Pandemia - relatório final
Senadores aprovam relatório final da CPI da Pandemia e pedem 80 indiciamentos/Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Votaram pela aprovação do relatório os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Tarso Jereissati (PSDB-CE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (MDB-AL), Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA) e Humberto Costa (PT-PE). Foram contra o relatório os senadores Eduardo Girão (Podemos-CE), Luís Carlos Heinze (PP-RS), Marcos Rogério (DEM-RO) e Jorginho Mello (PL-SC).

Além da PGR, os senadores entregarão o documento ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), à Câmara dos Deputados, à Força-tarefa do Ministério Público de São Paulo, ao Ministério Público do Rio de Janeiro, à PGR em 1ª instância (DF) e ao procurador do Tribunal Penal Internacional de Haia – onde os parlamentares devem denunciar o crime de lesa humanidade na condução da prevenção e do combate à pandemia do Covid-19 por parte do governo brasileiro.

“O trabalho não acaba aqui. Amanhã começa uma nova etapa. Seremos diligentes em acompanhar as providências para que as pessoas citadas sejam indiciadas. A CPI da Pandemia acendeu uma luz de lamparina na noite dos desesperados. Ainda tem muito a ser feito e acompanharemos e vigiaremos para que os responsáveis sejam punidos”, disse o senador Randolfe Rodrigues.

Relatório da CPI da Pandemia pede indiciamento de Jair Bolsonaro e solicita punição por difusão de fake news

O presidente Jair Bolsonaro foi citado no relatório por nove crimes: epidemia com resultado morte; infração de medida sanitária preventiva; charlatanismo; incitação ao crime; falsificação de documento particular; emprego irregular de verbas públicas; prevaricação; crimes contra a humanidade nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos do Tratado de Roma; violação de direito social; e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo, ambos crimes de responsabilidade.

CPI da Pandemia - relatório final
Senadores entregarão cópia do relatório final à PGR, aos Ministérios Públicos de São Paulo e do Rio de Janeiro, à PGR de 1ª instância (DF) e ao Tribunal Penal Internacional de Haia/Foto: Senadores aprovam relatório final da CPI da Pandemia e pedem 80 indiciamentos/Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A CPI da Pandemia apontou crime de responsabilidade em relação a Jair Bolsonaro e deve apresentar ao Congresso Nacional um novo pedido de impeachment contra o governante. Os senadores vão solicitar, através de ação cautelar ao Supremo Tribunal Federal (STF), o banimento de Bolsonaro das redes sociais por divulgação de notícias falsas – por divulgar na live semanal da última semana que as vacinas contra o Covid-19 estavam relacionadas à transmissão do vírus HIV. O pedido pede reparação do presidente, com uma nova live, desmentindo as declarações e multa de R$ 50 mil de seus recursos pessoais como reparação pela difusão de mentiras pelas redes sociais.

A CPI também indica a necessidade de elaboração em caráter de urgência de algumas medidas, que segundo Randolfe Rodrigues, seguem diretamente para o plenário do Senado Federal. “Estamos pedindo a tipificação do crime de fake news, com um apelo para que o projeto seja votado na Câmara dos Deputados, a criação de um fundo de amparo aos órfãos na pandemia e a regulamentação do crime de lesa humanidade, pois apesar de o Brasil ser signatário do Estatuto de Roma, é necessária uma regulamentação”, explicou Randolfe. Segundo dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), mais de 12 mil crianças de até seis anos ficaram órfãs no Brasil de um dos responsáveis, ou dos dois responsáveis, vítimas do Covid-19.

Entre os indiciados estão políticos e autoridades do Ministério da Saúde

Além de Jair Bolsonaro, também aparecem na lista o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por crime de epidemia e contra a humanidade; o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e três filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), citados por incitação ao crime. Também aparecem na lista de indicados o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, e o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-RR).

Ao longo do dia, o texto original sofreu alterações, mas sem excluir os indicados originais, somente com acréscimo de mais 10 nomes. Entraram para a lista de indiciados ex-funcionários do Ministério da Saúde (Heitor Freire de Abreu, Marcelo Bento Pires, Alex Lial Marinho, Thiago Fernandes da Costa, Regina Célia de Oliveira, Hélio Angotti Netto) e pessoas que foram apontadas como envolvidas em irregularidades nas compras de vacinas: Amilton Gomes de Paulo, o reverendo Amilton, e Hélcio Bruno de Almeida, presidente do Instituto Força Brasil.

Dos novos indiciados, o destaque foi para o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), pelos crimes de epidemia com resultado morte, prevaricação e crimes de responsabilidade, e o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, por prevaricação. Ambos foram incluídos por conta da atuação na gestão da pandemia no estado do Amazonas, onde centenas de pessoas infectadas pelo covid-19 morreram por falta de oxigênio e atendimento hospitalar adequado.

O senador Luís Carlos Heinze (PP-RS) chegou a ser incluído na lista de indiciados, após declarar seu voto em separado ao relatório com mais uma defesa dos medicamentos ineficazes contra a covid-19, o chamado “kit covid-19”. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou requerimento pedindo ao relator inclusão de Heinze por disseminação de fake news. Renan Calheiros acatou e manteve o indiciamento de Heinze até o início da noite, quando Vieira solicitou retirada e foi novamente atendido.

Base governista votou contra relatório final e questionou acusações

Além de Heinze, outros senadores da base governista se colocaram contra o relatório final do senador Renan Calheiros, atribuindo parcialidade às investigações. Tanto Eduardo Girão (Podemos-CE), quanto Marco Rogério (DEM-RO) falaram que os governos estaduais deveriam ter entrado na lista de investigação, especialmente o Consórcio Nordeste. Marco Rogério leu uma lista de ações feitas pelo governo Bolsonaro, com destaque à aquisição de vacinas, além de negar que o governo federal adotou conduta em benefício da “imunidade de rebanho”.

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) também falou na sessão, defendeu o presidente da República, Jair Bolsonaro, alegando que a CPI tem objetivos eleitorais e não conseguiu comprovar irregularidades do governo. Criticou o “fique em casa” e fez acusações a Renan Calheiros e a Humberto Costa (PT-PE).

Veja a leitura do relatório final da CPI da Pandemia no Canal MyNews

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Qual o legado da CPI da Pandemia? https://canalmynews.com.br/creomar-de-souza/qual-o-legado-da-cpi-da-pandemia/ Thu, 21 Oct 2021 00:01:53 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/qual-o-legado-da-cpi-da-pandemia/ A CPI da Pandemia foi a novela de maior audiência da TV Brasileira em 2021. Porém, diferentemente de outros folhetins midiáticos, seu final abriu espaço para interpretações dúbias acerca de vencedores e perdedores do debate político em torno do fracasso coletivo que envolveu o enfretamento à Covid-19

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O Brasil é um país em plena erupção. A lógica de embate e rancor que marca o debate público, aliada à confluência de crises de todas as ordens, faz com que o ano de 2021 seja uma espécie de segunda temporada do ano de 2020. Diante deste cenário marcado pela dificuldade robusta da sociedade nacional em construir um processo de diálogo honesto consigo mesma acerca das aflições mais urgentes do tempo presente, não deixa de ser importante uma reflexão acerca dos impactos de curto, médio e longo prazos resultantes dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia sobre o horizonte político brasileiro.

É importante fazer uma reflexão sobre as expectativas construídas acerca do trabalho dos senadores desde o nascedouro da Comissão. O próprio movimento de ação do STF – via decisão do ministro Barroso – para que o presidente do Senado autorizasse o início dos trabalhos do colegiado – é revelador de algumas características do momento político atual. Em primeiro plano, destaca-se o fato de que tanto o governo quanto a oposição chegaram despreparados ao colegiado.

A articulação que resultou na criação do grupo oposicionista ao governo – chamado pela imprensa de “G7” – careceu de um caminho investigativo claro. Em paralelo, os apoiadores do Palácio do Planalto adotaram a estratégia simplista de tentar tumultuar as atividades, tendo em vista que seu número era insuficiente para a construção de uma estratégia legislativa mais eficaz.

Estes dois movimentos revelam um sintoma profundo do atual debate político nacional, que é a carência de nomes que efetivamente compreendam seus papéis institucionais e a importância do debate político como momento de construção de soluções para problemas coletivos.

De outro lado, parte considerável de senadores importantes no dia a dia dos trabalhos – tanto na oposição, quanto na situação – foram surpreendidos pela capilaridade e pelo sucesso midiático das sessões. E aqui há outro indicativo importante: pela primeira vez após a realização das primeiras eleições massivamente vencidas com uma estratégia formatada para redes sociais, um evento legislativo foi acompanhado por meses por uma grande quantidade de pessoas.

E ao se observar a construção de audiência sobre os trabalhos da CPI, tem-se o vislumbre de um problema fundamental da democracia brasileira em momento atual, que é o fato de que uma parte considerável das pessoas não conhece os atributos e as responsabilidades dos atores institucionais e das instituições que eles representam.

A identificação deste processo criou como consequência direta uma verdadeira montanha-russa de expectativas e frustrações acerca da CPI. A aderência e o eventual tédio de partes consideráveis da população com os trabalhos da Comissão estão diretamente vinculados às dificuldades dos parlamentares em entenderem o momento em que estavam inseridos.

E obviamente, ao serem homens – o colegiado perdeu a oportunidade histórica de fazer diferente neste aspecto – de seu próprio tempo, os parlamentares diminuíram o escopo e a profundidade dos debates em favor da escolha fácil pelo clique.

A CPI nasceu sob os auspícios de permitir o país passar a si mesmo a limpo no que diz respeito aos eventuais equívocos das autoridades nas ações de enfrentamento à pandemia do Covid-19. Mas, como resultado, surgiu um dilema político-narrativo.

Ao final do dia, como reflexo objetivo do monólogo que marca o atual debate público, se tem a percepção clara, por cada um dos lados em disputa, de que o produto do colegiado é pouco relevante para a compreensão de algo muito importante, que são as causas reais e as forças profundas que levaram a sociedade brasileira a fracassar peremptoriamente com mais de 600 mil famílias enlutadas pelo coronavírus. Provavelmente, a crise da pandemia será descartada no mesmo contêiner em que estão guardados cada um dos grandes dilemas históricos nacionais.

Que o tempo, senhor da razão, permita que a sociedade escape da esquizofrenia em que se encontra e construa uma lógica nova de ação. Baseada na percepção de que a vida é um valor inalienável e de que os representantes públicos são responsáveis diretos em construir políticas públicas que resolvam problemas coletivos e urgentes.


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Na matemática sinistra do governo federal, 7 vezes 8 é igual a 600 mil https://canalmynews.com.br/francisco-saboya/matematica-sinistra-do-governo-federal-7-vezes-8-igual-600-mil/ Wed, 20 Oct 2021 19:35:36 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/matematica-sinistra-do-governo-federal-7-vezes-8-igual-600-mil/ CPI da Pandemia chega ao fim revelando engrenagens subterrâneas que combinaram incompetência, corrupção e descaso, numa matemática que resultou em 600 mil mortes

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A CPI da Pandemia chega ao fim com todos os méritos, revelando as engrenagens subterrâneas que combinaram incompetência, corrupção e descaso para levar à morte centenas de milhares de pessoas. Mortes evitáveis, dizem cientistas, tivesse sido outra a abordagem oficial. Perseguindo obstinadamente a imunidade de rebanho, o máximo que o país conquistou foi a 8ª posição no ranking global de mortes por milhão de habitantes. São 2,82 mil, o dobro da África do Sul e quatro vezes a média mundial.

O plano deu errado, embora pudesse ter sido muito pior. E alguém tem que pagar a conta. Noves fora exageros de retórica e episódios de puro teatro, a CPI trouxe perspectivas reais de justiça ao ter apontado para 71 possíveis responsáveis pela implementação da criminosa estratégia sanitária verde-oliva idealizada por generais, coronéis e capitães. Nesse balaio, cabem não apenas autoridades diretamente envolvidas com gestão da saúde pública, mas também colaboracionistas fanatizados em gabinetes paralelos, plantadores de mentiras remunerados com verbas públicas, vigaristas do submundo do mercado de medicamentos e empresas de saúde dispostas a trocar o código de ética médica por elogios nas redes sociais do governo. Todos atuando em favor do mais genuíno charlatanismo médico.

Relatório Final da CPI da Pandemia
O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), e o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), na sessão de leitura do relatório final da comissão/Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Em comum a esses grupos delinquentes está o desprezo pela ciência. E nesse ponto a CPI falhou. Não sobrou nenhuma acusação formal para o MCTIC e sua inacreditável postura de esvaziamento do sistema nacional de ciência e tecnologia no momento em que o país mais necessitava dele. E não se trata apenas de não ter mobilizado a inteligência nacional para ajudar no enfrentamento da Covid, num arco de possíveis ações que poderiam ter ido desde o desenvolvimento de vacinas (o muito pouco que foi feito nessa direção mal passa de um cala-a-boca), até o desenho de estratégias cientificamente embasadas de profilaxia para diminuição do ritmo de contágio.

Recorrendo a Tomás de Aquino, à omissão de deixar de fazer o que é obrigado somou-se a comissão de fazer o que é proibido. Não dá para esquecer que, no momento mais crítico da primeira onda da pandemia, o MCTIC serviu de biombo para acobertar o negacionismo oficial. Na ocasião, foi anunciado o milagre da ciência de gabinete: o vermífugo Annita salvaria vidas no Brasil e no mundo. “Missão cumprida”, comemorou o ministro no final do ano, feliz por dar esse “presente de natal” aos brasileiros. Um mês depois, janeiro de 2021, o próprio Ministério da Saúde rejeitou a descoberta e excluiu Annita do seu Kit-Covid. Tomado em altas doses, consegue ser mais tóxico do que a própria cloroquina. Sem dúvida, um dos momentos mais bisonhos da história do combate à pandemia no país.

E a ciência não tem nada a ver com isso. Ao contrário. Tivesse sido ouvida, as mortes seriam em número bem menor. Só para se ter uma ideia, adotando o padrão médio de enfrentamento da pandemia mundo a fora (que inclui desde excentricidades como ministrar vodka, como na Bielorússia; até obrigar ao isolamento completo e radical, como na China; instituir lockdowns estritos combinados com forte rastreamento, como na Nova Zelândia; ou manter o uso rigoroso de máscaras e distanciamento social, como em dezenas de países), o Brasil teria poupado três quartos das vidas perdidas para o coronavírus. Isso porque, relembrando as estatísticas do primeiro parágrafo (extraídas hoje do painel https://ourworldindata.org/covid-vaccinations ), a nossa taxa de mortalidade é quatro vezes a média mundial. Claro que isso é apenas um raciocínio ilustrativo, pois a questão envolve centenas de variáveis e sua complexidade não cabe numa simples regra de três.

Mas temos que olhar para o futuro. Ou melhor, temos que ganhar o futuro. Porém sem ciência, tecnologia e inovação é missão impossível. O ministro da economia, uma espécie de Caco Antibes sem graça alojado no Planalto, vem reduzindo o MCTIC a pó. Não tendo mais onde cortar, semana passada saqueou R$ 600 milhões destinados à pesquisa nacional (muitos dos projetos eram relacionados à própria Covid) e os redistribuiu para outros ministérios que cuidam da agenda do passado e cujos resultados ajudam a melhorar o caminho das urnas em 2022.

Melhor faria se desse a dosagem máxima de Annita para os “piratas privados, burocratas corrutos e criaturas do pântano político” e outros vermes com os quais se associou contra o povo brasileiro.


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Audiência pública emociona com histórias de vítimas da covid-19 https://canalmynews.com.br/politica/audiencia-publica-emociona-historias-vitimas-covid-19/ Tue, 19 Oct 2021 13:48:25 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/audiencia-publica-emociona-historias-vitimas-covid-19/ Depoimentos representaram algumas das histórias dramáticas vividas pelas famílias dos mais de 600 mil mortos pela Covid-19 no Brasil

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A audiência pública da CPI da Pandemia para ouvir vítimas e parentes de vítimas da Covid-19 nesta segunda-feira (18) no Senado Federal proporcionou uma série de relatos dramáticos que exemplificam algumas das histórias vividas pelas famílias dos mais de 600 mil mortos pela doença no Brasil. A audiência começou pouco depois das 11h e o que os senadores e todas as pessoas que acompanharam a transmissão pelas redes sociais e pela TV Senado ouviram foram relatos de sofrimento e descaso com a pandemia no Brasil.

Foram convidadas pessoas que pudessem representar situações ocorridas em todas as regiões do país. Um traço em comum em todos os depoimentos foi o pedido para que o resultado da CPI não seja a impunidade e que as investigações avancem no Ministério Público e no Judiciário. Para o senador Humberto Costa (PT-PE), os óbitos registrados diariamente nas plaquinhas do relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), e do vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) agora “têm rosto e história”. Humberto Costa considera que o relatório da CPI da Pandemia, que será votado no próximo dia 26 de outubro, é uma resposta à sociedade.

Senador Renan Calheiros - CPI da Pandemia
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Pandemia, com uma placa com o número de mortos pelo Covid-19 no Brasil em 18 de outubro de 2021/Foto: Pedro França/Agência Senado

Entre os depoimentos, um dos mais emocionantes foi o da enfermeira Mayra Pires Lima, que perdeu um irmão e uma irmã para o Covid-19 e precisou assumir a guarda de quatro sobrinhos, de 15 anos, 9 anos e um casal de gêmeos de 1 ano. Mayra Lima recordou o colapso no sistema de saúde de Manaus (AM), a falta de oxigênio para os doentes por Covid-19, e cobrou dos senadores a votação do PL 2.564/2020, que determina o piso salarial para os profissionais da área de enfermagem.

Outra história que demonstra a gravidade da pandemia do novo coronavírus e a falta de amparo que diversas famílias estão vivendo é a de Giovanna Gomes Mendes da Silva, de 19 anos. Ela perdeu a mãe e o pai para a Covid-19 e vai requerer a guarda da irmã, de 11 anos. “Vi que precisava da minha irmã e ela precisava de mim. A partir daí eu pensei que não poderia mais ficar sem ela. Então decidi que precisava ficar com a guarda dela. Assumi esse desafio por amor”, disse.

Kátia Shirlene Castilho dos Santos também perdeu os pais para o covid-19. O pai contraiu a doença uma semana antes de se vacinar e morreu alguns dias depois. A mãe de Kátia Shirlene teve dificuldades para ser internada na rede hospitalar da Prevent Senior, em São Paulo. Segundo Kátia, o atendimento aconteceu primeiramente através de telemedicina, com indicação do chamado tratamento precoce, ou “kit Covid-19”; a mãe dela também enfrentou dificuldades para fazer exames durante o internamento. “Quando vemos um presidente da República imitando uma pessoa com falta de ar, é muito doloroso. Não são números, são pessoas. O sangue dessas mais de 600 mil vítimas escorre também nas mãos dos que subestimaram o vírus”, afirmou Kátia Shirlene.

Audiência Pública - CPI da Covid
Os depoentes Kátia Shirlene Castilho dos Santos; Arquivaldo Bites Leão Leite; Rosane Maria dos Santos Brandão; o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP); os depoentes Giovanna Gomes Mendes da Silva e Marcio Antônio do Nascimento Silva; e o senador Renan Calheiros (MDB-AL)/Foto: Pedro França/Agência Senado

O jornalista Arquivaldo Bites Leão Leite pediu por justiça à CPI. Ele relatou que perdeu seis pessoas da família para o Covid-19. Morreram um irmão, dois primos, um tio e dois sobrinhos. Leite se infectou com o vírus há três meses e teve um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Entre as sequelas da doença, ele não consegue mais caminhar sozinho e perdeu a audição de um dos ouvidos.

CPI da Covid-19 no Instagram do Canal Mynews
Acompanhe o Instagram do Canal MyNews e saiba mais sobre a CPI da Pandemia/Imagem: Reprodução Redes Sociais

O presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM) ressaltou que os relatos ouvidos na audiência pública do Senado representam todas as vítimas da pandemia e suas famílias. Azis destacou que o estado precisa garantir apoio aos órfãos da Covid-19, pelo menos até que completem 21 anos de idade. O senador Renan Calheiros destacou que os depoimentos foram impactantes e que o relatório da comissão vai sugerir uma pensão para os órfãos e também que a Covid-19 possa ser incluída como doença que pode resultar em aposentadoria por invalidez.

O senador Randolfe Rodrigues informou que será instalado no espelho d’água do Congresso Nacional um memorial às vítimas da Covid-19. “É um memorial para que nós nunca esqueçamos. Que deveria ser responsabilidade do poder executivo, mas é o mínimo a ser feito para lembrar. A vida cotidiana também é feita de símbolos”, disse.

Veja a íntegra da audiência pública no Senado Federal no Canal MyNews

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Manifestações pelo país pedem vacina para todos e impeachment de Bolsonaro https://canalmynews.com.br/politica/manifestacoes-vacina-impeachment-bolsonaro/ Mon, 18 Oct 2021 14:09:26 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/manifestacoes-vacina-impeachment-bolsonaro/ Protestos contra o governo Bolsonaro aconteceram em várias cidades brasileiras e em algumas do exterior, neste sábado

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RECIFE – Protestos contra o governo Bolsonaro aconteceram em várias cidades brasileiras e em algumas do exterior, neste sábado (24). Organizados por movimentos sociais, centrais sindicais, partidos políticos e entidades da sociedade civil organizada, as manifestações fazem parte da Campanha Nacional Fora Bolsonaro. Esta é a quarta vez que as manifestações acontecem este ano. Outros atos foram realizados em 29 de maio, em 19 de junho e 3 de julho.

Na capital pernambucana, a concentração do ato aconteceu na Praça do Derby, na região central da cidade, e seguiu pela Av. Conde da Boa Vista até a Av. Guararapes – no centro da cidade. Segundo estimativas dos organizadores, o protesto reuniu neste sábado cerca de 30 mil pessoas. Com máscara e seguindo orientações para o distanciamento social, os manifestantes levaram faixas e cartazes que pediam vacina para todos, ampliação do auxílio emergencial e criticavam a condução do governo federal durante a pandemia do novo coronavírus. Muitos manifestantes lembraram as denúncias da CPI da Pandemia de superfaturamento e propina para a compra de vacinas.

Algumas pessoas carregavam cartazes lembrando familiares mortos pela Covid-19 e o total de vítimas da pandemia, que no Brasil já passou de 540 mil pessoas. Entre os que se manifestavam, a estudante de design Maria Isabel Assunção de Mendonça, de 21 anos, carregava um cartaz com a foto do pai – que morreu em 10 de abril, de Covid-19, aos 59 anos.

“Ele era uma pessoa que ainda tinha uma ligação com o presidente Bolsonaro, acreditava que era só uma gripezinha e negligenciou os cuidados. Nos últimos dias (de vida), ele reconheceu a besteira que tinha feito. Sinto revolta, indignação e tristeza. Quando meu pai morreu, ainda não tinha vacina para a faixa etária dele. O Brasil é um país incrível, com mais pessoas inocentes do que burras, que ainda estão acreditando numa pessoa que nunca escondeu quem é, uma pessoa má-fé”, protestou a estudante.

A estudante Maria Isabel Assunção de Mendonça protestou no Recife-PE pela morte do pai, de Covid-19, em abril deste ano, e lembrou as mais de 500 mil pessoas que também morreram por conta da doença (Foto: Juliana Cavalcanti/Site Canal MyNews)

Entre os grupos de pessoas que caminharam durante a manifestação na capital pernambucana, estavam famílias e trabalhadores – servidores públicos, professores, bancários, estudantes, grupos de mulheres, evangélicos, de pessoas LGBTQI+ e diversas entidades da sociedade civil organizada.

Assim como na última manifestação, em 3 de julho, o governo estadual também colocou nas ruas agentes de conciliação – responsáveis por dialogar com a polícia e com os manifestantes, caso fosse necessário. A iniciativa aconteceu depois que a Polícia Militar de Pernambuco atirou bombas de efeito moral e balas de borracha contra os manifestantes que participavam do ato do dia 29 de maio, quando duas pessoas foram atingidas nos olhos e acabaram perdendo a visão.

Em Pernambuco, protestos foram realizados também em mais 10 cidades do interior, nas várias regiões do estado.

CPI da Pandemia

O senador Humberto Costa (PT/PE) esteve presente no ato no Recife e avaliou se existe a possibilidade de avançar no Congresso Nacional um dos pedidos de impeachment que já foram protocolados. Ele falou sobre o trabalho da CPI da Pandemia – que deve retomar os depoimentos no mês de agosto.

“Acredito que a pressão popular pode demonstrar como a população está insatisfeita com a condução do Brasil neste momento e enfraquecer a base de apoio ao governo no Congresso Nacional. O que temos visto na CPI é a comprovação da corrupção, da negociata na compra de vacinas e de outros insumos. Acho que é o ponto crucial agora e nós vamos avançar sobre ele. Nossos assessores estão analisando todo o material que recebemos, analisando sigilo fiscal, bancário, telefônico; avaliando os documentos que recebemos e fazendo os cruzamentos para que a gente possa, no retorno dos trabalhos, ter várias outras linhas de investigação avançadas”, explicou o senador, que está responsável por três grupos de trabalho de análise de documentos.

No Quarta Chamada desta semana, o senador Alessandro Vieira (Cidadania/SE) falou sobre os trabalhos durante o recesso parlamentar e adiantou que a CPI não deve ter um relatório preliminar. “A gente quer garantir um relatório que faça sentido. Não quer uma coisa que seja só política. A gente tem que fazer esse ‘match’ entre os fatos que já estão provados e condutas previstas criminalmente. E são várias”, ressaltou.

Segundo Humberto Costa, a CPI está atenta também aos casos de falsos testemunhos ocorridos nos depoimentos à CPI. Ele ressaltou que após a elaboração do relatório final, a CPI encaminhará as denúncias para que os que mentiram sejam indiciados. “Quando nós fizermos o processo de elaboração do relatório, com certeza vamos indiciar todas essas pessoas, exatamente por terem tido esse comportamento. Vamos fazer o indiciamento e encaminhar ao Ministério Público e à Justiça, para que essas pessoas sejam processadas por falso testemunho”, finalizou.

Demais estados também tiveram manifestações

Em São Paulo, a manifestação do Fora Bolsonaro começou a concentração às 15h, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), seguindo em direção à Praça Roosevelt. Os manifestantes fecharam a Av. Paulista. O ato foi marcado por forte presença de partidos de esquerda e centrais sindicais. Apesar do uso de máscara, houve muita aglomeração.

No Rio de Janeiro, o protesto aconteceu também no centro da cidade, na manhã de hoje. Os organizadores falam em 75 mil pessoas presentes no ato, que seguiu sem incidentes pelas ruas do centro da cidade e também contou com a participação de políticos e artistas.

Os protestos também aconteceram nas seguintes capitais: João Pessoa, Salvador, Maceió, São Luís, Teresina, Palmas, Belém, Campo Grande, Goiania, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Belo Horizonte, Vitória, Boa Vista e Porto Velho; e em cidades do exterior – incluindo Tóquio, no Japão, onde estão sendo realizados os Jogos Olímpicos.

Veja algumas imagens do protesto no Recife

Agentes de conciliação acompanharam o protesto no Recife/Foto: Juliana Cavalcanti/Site Canal MyNews
Manifestantes levaram bandeiras do Brasil para as ruas/Foto: Juliana Cavalcanti/Site Canal MyNews
Manifestantes caminham nas ruas do Recife em protesto pelo impeachment/Foto: Juliana Cavalcanti/Site Canal MyNews
Protesto no Recife lembrou mortos pela Covid-19/Foto: Juliana Cavalcanti/Site Canal MyNews
Vacina para todos foi uma das reivindicações/Foto: Juliana Cavalcanti/Site Canal MyNews
Protesto tomou as ruas do centro do Recife/Foto: Juliana Cavalcanti/Site Canal MyNews
Propina para compra de vacinas foi lembrada em manifestação no Recife/Foto: Juliana Cavalcanti/Site Canal MyNews
Organizadores estimaram 30 mil pessoas nas ruas do Recife/Foto: Juliana Cavalcanti/Site Canal MyNews
Protesto pelo impeachment de Bolsonaro no Recife lembrou mortos pela Covid-19/Foto: Juliana Cavalcanti/Site Canal MyNews
Várias representações de partidos políticos estiveram no ato no Recife/Foto: Juliana Cavalcanti/Site Canal MyNews
Manifestantes protestam nas ruas do Recife/Foto: Juliana Cavalcanti/Site Canal MyNews
Vários grupos de pessoas organizadas foram às ruas protestar no Recife/Foto: Juliana Cavalcanti/Site Canal MyNews
Vacina para todos foi um dos lemas dos protestos no Recife neste 24 de julho de 2021/Foto: Juliana Cavalcanti/Site Canal MyNews
Manifestante leva cartaz em protesto por vacina e contra Bolsonaro no Recife/Foto: Juliana Cavalcanti/Site Canal MyNews
Senador Humberto Costa (PT/PE) participou de manifestação no Recife/Foto: Juliana Cavalcanti/Site Canal MyNews
Faixa lembra mais de 500 mil mortos pela pandemia no Brasil/Foto: Juliana Cavalcanti/Site Canal MyNews

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Na ONU, Bolsonaro defende tratamento precoce, família tradicional e atos pró-governo https://canalmynews.com.br/politica/na-onu-bolsonaro-defende-tratamento-precoce-familia-tradicional-e-atos-pro-governo/ Mon, 18 Oct 2021 14:02:00 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/na-onu-bolsonaro-defende-tratamento-precoce-familia-tradicional-e-atos-pro-governo/ Em pouco mais de 12 minutos, Bolsonaro promoveu atuação do governo federal nos últimos anos, disse que não há mais corrupção e sustentou o uso de remédios sem eficácia

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi o primeiro a discursar na sessão de abertura da 76ª edição da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira (21) em Nova York. Em seu pronunciamento, o chefe do Executivo ressaltou os impactos da pandemia, a postura ambiental federal e algumas das pautas enaltecidas por sua base ideológica, como o tratamento precoce contra a covid-19 e os valores da “família tradicional”.

“Venho aqui mostrar o Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televisões. O Brasil mudou, e muito, depois que assumimos o governo em janeiro de 2019”, iniciou. “O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo. Isso é muito, é uma sólida base, se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo”.

O texto foi elaborado pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França.

Presidente Jair Bolsonaro durante pronunciamento na Assembleia Geral da ONU de 2021.
Presidente Jair Bolsonaro durante pronunciamento na Assembleia Geral da ONU de 2021. Foto: Reprodução (MyNews)

Referindo-se aos projetos econômicos, o mandatário focou nas ações de privatização, modernização de infraestruturas e investimento de capitais. “Nossas estatais davam prejuízos de bilhões de dólares, hoje são lucrativas. Nosso Banco de Desenvolvimento era usado para financiar obras em países comunistas, sem garantias. Quem honra esses compromissos é o próprio povo brasileiro. Tudo isso mudou. Apresento agora um novo Brasil com sua credibilidade já recuperada”, alegou. “O Brasil possui o maior programa de parceria de investimentos com a iniciativa privada de sua história. […] Na área de infraestrutura, leiloamos, para a iniciativa privada, 34 aeroportos e 29 terminais portuários. Já são mais de US$ 6 bilhões em contratos privados para novas ferrovias. Introduzimos o sistema de autorizações ferroviárias, o que aproxima nosso modelo ao americano”.

Em seguida, Bolsonaro direcionou sua fala para a agenda ambiental, afirmando que “nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa”. Ignorando os dados de desmatamento dos últimos dois anos na região amazônica (os quais apontam para uma média anual de devastação de 10.490 km2, que representa um aumento de 56% frente aos cinco anos anteriores), o presidente disse que o Brasil possui 8,5 milhões de quilômetros2 de mata, dos quais “66% são vegetação nativa, a mesma desde o seu descobrimento, em 1500”. […] Na Amazônia, tivemos uma redução de 32% do desmatamento no mês de agosto, quando comparado a agosto do ano anterior”.

E fez um apelo: “Qual país do mundo tem uma política de preservação ambiental como a nossa? Os senhores estão convidados a visitar a nossa Amazônia!”.

Na sequência, Bolsonaro destacou seu compromisso com o combate às desigualdades sociais, mencionando as liberdades individuais e episódios internacionais que, segundo ele, corroboram com sua colocação.

“Temos a família tradicional como fundamento da civilização. E a liberdade do ser humano só se completa com a liberdade de culto e expressão. 14% do território nacional, ou seja, mais de 110 milhões de hectares, uma área equivalente a Alemanha e França juntas, é destinada às reservas indígenas. […] Nosso país sempre acolheu refugiados. Em nossa fronteira com a vizinha Venezuela, a Operação Acolhida, do Governo Federal, já recebeu 400 mil venezuelanos deslocados devido à grave crise político-econômica gerada pela ditadura bolivariana. O futuro do Afeganistão também nos causa profunda apreensão. Concederemos visto humanitário para cristãos, mulheres, crianças e juízes afegãos.

Quanto à pandemia, após fazer questão de dizer publicamente que ainda não se vacinou, o presidente citou o número de imunizados no Brasil, atrelado às ações governamentais para o desenvolvimento econômico e sustentável da nação. Entretanto, contrariando a comunidade científica mundial, Bolsonaro voltou a defender o tratamento precoce.

“Apoiamos a vacinação, contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina. Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina. […] Não entendemos por que muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial. A história e a ciência saberão responsabilizar a todos”.

Por fim, como que em um aceno direto aos seus eleitores, Bolsonaro foi enfático quanto às manifestações pró-governo, afirmando serem atos a favor do Estado de direito e das liberdades: “No último 7 de setembro, data de nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história, mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e de apoio ao nosso governo”.

Íntegra do discurso de Bolsonaro em Nova York

“Senhor Presidente da Assembleia-Geral, Abdulla Shahid,

Senhor Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, 

Senhores Chefes de Estado e de Governo e demais chefes de delegação,

Senhoras e senhores,

É uma honra abrir novamente a Assembleia-Geral das Nações Unidas. 

Venho aqui mostrar o Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televisões. 

O Brasil mudou, e muito, depois que assumimos o governo em janeiro de 2019. 

Estamos há 2 anos e 8 meses sem qualquer caso concreto de corrupção.

O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo.

Isso é muito, é uma sólida base, se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo.

Nossas estatais davam prejuízos de bilhões de dólares, hoje são lucrativas.

Nosso Banco de Desenvolvimento era usado para financiar obras em países comunistas, sem garantias. Quem honra esses compromissos é o próprio povo brasileiro. 

Tudo isso mudou. Apresento agora um novo Brasil com sua credibilidade já recuperada.

O Brasil possui o maior programa de parceria de investimentos com a iniciativa privada de sua história. Programa que já é uma realidade e está em franca execução.

Até aqui, foram contratados US$ 100 bilhões de novos investimentos e arrecadados US$ 23 bilhões em outorgas.

Na área de infraestrutura, leiloamos, para a iniciativa privada, 34 aeroportos e 29 terminais portuários. 

Já são mais de US$ 6 bilhões em contratos privados para novas ferrovias. Introduzimos o sistema de autorizações ferroviárias, o que aproxima nosso modelo ao americano. Em poucos dias, recebemos 14 requerimentos de autorizações para novas ferrovias com quase US$ 15 bilhões de investimentos privados.

EM NOSSO GOVERNO PROMOVEMOS O RESSURGIMENTO DO MODAL FERROVIÁRIO.

Como reflexo, menor consumo de combustíveis fósseis e redução do custo Brasil, em especial no barateamento da produção de alimentos. 

Grande avanço vem acontecendo na área do saneamento básico. O maior leilão da história no setor foi realizado em abril, com concessão ao setor privado dos serviços de distribuição de água e esgoto no Rio de Janeiro. 

Temos tudo o que investidor procura: um grande mercado consumidor, excelentes ativos, tradição de respeito a contratos e confiança no nosso governo. 

Também anuncio que nos próximos dias, realizaremos o leilão para implementação da tecnologia 5G no Brasil.

Nossa moderna e sustentável agricultura de baixo carbono alimenta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo e utiliza apenas 8% do território nacional.

Nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa. 

Nosso Código Florestal deve servir de exemplo para outros países. 

O Brasil é um país com dimensões continentais, com grandes desafios ambientais. 

São 8,5 milhões de quilômetros quadrados, dos quais 66% são vegetação nativa, a mesma desde o seu descobrimento, em 1500.

Somente no bioma amazônico, 84% da floresta está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta. Lembro que a região amazônica equivale à área de toda a Europa Ocidental.

Antecipamos, de 2060 para 2050, o objetivo de alcançar a neutralidade climática. Os recursos humanos e financeiros, destinados ao fortalecimento dos órgãos ambientais, foram dobrados, com vistas a zerar o desmatamento ilegal. 

E os resultados desta importante ação já começaram a aparecer! 

Na Amazônia, tivemos uma redução de 32% do desmatamento no mês de agosto, quando comparado a agosto do ano anterior. 

QUAL PAÍS DO MUNDO TEM UMA POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL COMO A NOSSA? 

Os senhores estão convidados a visitar a nossa Amazônia!

O Brasil já é um exemplo na geração de energia com 83% advinda de fontes renováveis.

Por ocasião da COP-26, buscaremos consenso sobre as regras do mercado de crédito de carbono global. Esperamos que os países industrializados cumpram efetivamente seus compromissos com o financiamento de clima em volumes relevantes.

O futuro do emprego verde está no Brasil: energia renovável, agricultura sustentável, indústria de baixa emissão, saneamento básico, tratamento de resíduos e turismo.

Ratificamos a Convenção Interamericana contra o Racismo e Formas Correlatas de Intolerância. 

Temos a família tradicional como fundamento da civilização. E a liberdade do ser humano só se completa com a liberdade de culto e expressão.

14% do território nacional, ou seja, mais de 110 milhões de hectares, uma área equivalente a Alemanha e França juntas, é destinada às reservas indígenas. Nessas regiões, 600.000 índios vivem em liberdade e cada vez mais desejam utilizar suas terras para a agricultura e outras atividades. 

O Brasil sempre participou em Missões de Paz da ONU. De Suez até o Congo, passando pelo Haiti e Líbano.

Nosso país sempre acolheu refugiados. Em nossa fronteira com a vizinha Venezuela, a Operação Acolhida, do Governo Federal, já recebeu 400 mil venezuelanos deslocados devido à grave crise político-econômica gerada pela ditadura bolivariana.  

O futuro do Afeganistão também nos causa profunda apreensão. Concederemos visto humanitário para cristãos, mulheres, crianças e juízes afegãos.

Nesses 20 anos dos atentados contra os Estados Unidos da América, em 11 de setembro de 2001, reitero nosso repúdio ao terrorismo em todas suas formas. 

Em 2022, voltaremos a ocupar uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU. Agradeço aos 181 países, em um universo de 190, que confiaram no Brasil. Reflexo de uma política externa séria e responsável promovida pelo nosso Ministério de Relações Exteriores.  

Apoiamos uma Reforma do Conselho de Segurança ONU, onde buscamos um assento permanente. 

A pandemia pegou a todos de surpresa em 2020. Lamentamos todas as mortes ocorridas no Brasil e no mundo. 

Sempre defendi combater o vírus e o desemprego de forma simultânea e com a mesma responsabilidade. As medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação, em especial, nos gêneros alimentícios no mundo todo. 

No Brasil, para atender aqueles mais humildes, obrigados a ficar em casa por decisão de governadores e prefeitos e que perderam sua renda, concedemos um auxílio emergencial de US$ 800 para 68 milhões de pessoas em 2020.

Lembro que terminamos 2020, ano da pandemia, com mais empregos formais do que em dezembro de 2019, graças às ações do nosso governo com programas de manutenção de emprego e renda que nos custaram cerca de US$ 40 bilhões. 

Somente nos primeiros 7 meses desse ano, criamos aproximadamente 1 milhão e 800 mil novos empregos. Lembro ainda que o nosso crescimento para 2021 está estimado em 5%.

Até o momento, o Governo Federal distribuiu mais de 260 milhões de doses de vacinas e mais de 140 milhões de brasileiros já receberam, pelo menos, a primeira dose, o que representa quase 90% da população adulta. 80% da população indígena também já foi totalmente vacinada. Até novembro, todos que escolheram ser vacinados no Brasil, serão atendidos.

Apoiamos a vacinação, contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina. 

Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina.

Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial. Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso off-label.

Não entendemos porque muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial.

A história e a ciência saberão responsabilizar a todos. 

No último 7 de setembro, data de nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história, mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e de apoio ao nosso governo.

Como demonstrado, o Brasil vive novos tempos. Na economia, temos um dos melhores desempenhos entre os emergentes. 

Meu governo recuperou a credibilidade externa e, hoje, se apresenta como um dos melhores destinos para investimentos.

É aqui, nesta Assembleia Geral, que, vislumbramos um mundo de mais liberdade, democracia, prosperidade e paz. 

Deus abençoe a todos.”

Íntegra do discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU de 2021, no Canal MyNews

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Consumidor precisa pesquisar bastante antes de contratar um plano de saúde https://canalmynews.com.br/economia/consumidor-precisa-pesquisar-antes-contratar-plano-de-saude/ Tue, 12 Oct 2021 16:56:23 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/consumidor-precisa-pesquisar-antes-contratar-plano-de-saude/ Verificar exatamente o que o contrato oferece pode evitar dor de cabeça na hora de contratar um plano de saúde. Assunto será um dos temas do 42º Congresso da Abrapp

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Ter em conta apenas o custo mensal do plano de saúde na hora da contratação, não é muito indicado por especialistas que atuam no mercado de previdência privada. Questões como rede credenciada, hospitais de referência, carência, entre outras, devem ser levadas em consideração antes de assumir o compromisso. É o que alerta Rafael Robba, advogado especialista na área de direito da saúde.

“Quando o consumidor for contratar um plano de saúde, é importante que ele olhe a rede credenciada, verifique se existe pelo menos um hospital onde ele se sente confortável e confia, para procurar atendimento se for necessário. Verificar todas as condições relativas a reajuste, reembolso – se for o caso, abrangência de cobertura (nacional ou regional). São várias questões. O importante é que o consumidor seja curioso, exija explicações do corretor. Se não sentir confiança, que troque de corretor. Seja curioso e explore o máximo de informações possíveis e que as promessas estejam documentadas em contrato. Para que o consumidor possa, lá na frente, exigir os seus direitos”, explicou Rafael Robba, em entrevista ao Almoço do MyNews, no Canal MyNews.

Plano de saúde, médico, consulta
Questões como cobertura, carência e rede credenciada precisam de atenção (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

O advogado comentou as graves acusações contra a operadora Prevent Senior – levantadas pela CPI da Pandemia, no Senado Federal, de alterações em prontuários médicos e atestados de óbitos, utilização de medicações sem comprovação científica e realização de pesquisa sem autorização dos órgãos competentes e sem conhecimento dos pacientes e seus familiares com o chamado “kit covid”, ou tratamento precoce para Covid-19.

A jornalista Myrian Clark citou, entre os casos levantados pela CPI, o de um homem com um quadro grave de complicações por conta do Covid-19 que teria sido colocado em cuidados paliativos, mesmo com chances de recuperação. A família precisou transferir o homem para outra unidade de saúde e a Prevent Senior foi obrigada a pagar os custos do tratamento, num total de R$ 2 milhões. O homem sobreviveu e participou de audiência à CPI da Pandemia na última semana.

“São acusações graves que, se forem confirmadas, precisam ter a responsabilização. Esses fatos colocam a assistência em risco, descredibilizam as empresas de plano de saúde. Os consumidores têm demonstrado muita preocupação. Temos recebido muitos contatos de pessoas, principalmente clientes da Prevent Senior. Pessoas idosas, muito preocupadas com o futuro da empresa e da operadora”, explicou Robba.

Planos de saúde que também têm redes de hospitais precisam ser melhor regulados pela ANS

Para o especialista, a situação de operadoras de plano de saúde que também operam redes de hospitais e atendimento próprios – caso da Prevent Senior e da Hapvida, que também tem sido citada como empresa que teria indicado amplamente o “kit covid” – é uma situação mal fiscalizada e mal regulada pela Agência Nacional de Saúde (ANS) e que cria situações de conflito de interesses.

“Nestes casos, os hospitais, a equipe médica e os funcionários são subordinados à operadora de saúde, que tem interesse em reduzir os custos. E os médicos não podem ter os custos como limites para tratar os pacientes. A autonomia médica é limitada em prejuízo do bom tratamento que deve ser prestado aos consumidores”, pontuou.

Para os casos de consumidores, ou seus familiares, que se sentirem prejudicados pela conduta dos planos de saúde, em caso semelhantes ao apontado na CPI da Pandemia, ou em situações diversas de precisar fazer um tratamento fora da rede de atendimento, ou pagar por um exame que deveria ser pago pelo plano de saúde, por exemplo, Rafael Robba diz que é possível entrar com ação na justiça.

“É importante que tenha documentado os contatos e toda a relação com o plano de saúde. O judiciário vai analisar o caso e se entender que houve negligência, certamente haverá condenação da operadora de saúde para arcar com questão”. No caso das Santas Casas, que em alguns casos também atuam como operadoras de saúde – o advogado explicou que é necessário analisar caso a caso e não é possível generalizar como deve ser a atuação em relação à uma possível ação judicial.

42º Congresso Brasileiro de Previdência Privada começa em 19 de outubro

Previdência privada é o assunto principal do 42º Congresso Brasileiro de Previdência Privada – maior evento do mundo sobre o assunto, que acontecerá entre os dias 19 e 22 de outubro, com o tema “Atitude à prova de futuro #liderprotagonista”. Durante toda a semana o MyNews trará informações relevantes sobre previdência privada. Na próxima quarta (13), quem participa do Almoço do MyNews é o diretor-presidente da Associação Brasileira de Previdência Privada (Abrapp), Luís Ricardo Martins. Mais informações sobre o 42º Congresso da Abrapp podem ser obtidas no site do evento.

Assista diariamente, ao meio-dia, o Almoço do MyNews, no Canal MyNews, com apresentação de Myrian Clark

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Bolsonaro é impedido de assistir a Santos x Grêmio por não estar vacinado https://canalmynews.com.br/politica/bolsonaro-impedido-assistir-santos-gremio-nao-vacinado/ Mon, 11 Oct 2021 02:35:55 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/bolsonaro-impedido-assistir-santos-gremio-nao-vacinado/ Só pode assistir aos jogos nos estádios quem apresenta comprovante de vacinação. Bolsonaro criticou o passaporte da vacina com informações falsas sobre imunidade de rebanho

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que foi impedido de assistir ao jogo Santos X Grêmio, na Vila Belmiro, neste domingo (10), por não estar vacinado. O jogo é válido pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol. O presidente passa o feriado prolongado no litoral paulista.

“Por que passaporte da vacina? Eu queria ver o jogo do Santos agora e falaram que tinha que estar vacinado. Pra que isso? Eu tenho mais anticorpos do que quem tomou vacina”, disse o presidente durante uma entrevista.

A declaração do presidente não tem fundamentação científica, pois já está comprovado cientificamente que as pessoas que são imunizadas com uma das vacinas disponíveis contra o Covid-19 têm maior proteção contra a doença e menos riscos de agravamento do quadro de saúde do que quem não está imunizado.

Segundo pesquisa do Instituto Butantan divulgada no mês de agosto de 2021, 96% das mortes por covid-19 foram registradas em pessoas que não haviam tomado as duas doses da vacina contra a doença.

Bolsonaro em Peruíbe - SP
O presidente Jair Bolsonaro está passando o feriado prolongado de 12 de outubro no litoral paulista. No sábado, ele esteve no município de Peruíbe/Imagem: Reprodução Redes Sociais

Desde 4 de outubro, quando foi permitida a volta das torcidas aos estádios, para assistir aos jogos é preciso apresentar um comprovante de vacinação contra o Covid-19 e o presidente diz que não se vacinou, nem pretende se imunizar. Também é obrigatório o uso de máscara.

Quem estiver vacinado apenas com a primeira dose deve apresentar um exame negativo para o Covid-19 realizado nas últimas 24 horas, ou o teste RT-PCR feito em até 48 horas.

Durante a entrevista coletiva, Bolsonaro é questionado sobre ter recebido multa por não usar máscara e diz que não está preocupado, perguntando se o repórter acredita na vacina.

“Eu não estou preocupado. Você acredita na vacina?”, ao ouvir a resposta de que “sim”, o presidente continua: “Então você tá preocupado com o que? Eu não vou discutir contigo esse assunto. Eu vivo no mesmo povo. Era pra tá morto” – e justifica que em algum momento as pessoas vão “acabar pegando” o vírus. “Por que esse trauma? Por que esse medo? A indústria da máscara te agradece”, e segue questionando a eficácia da vacinação.

Brasil alcançou 600 mil mortes por Covid-19 durante a semana

O Brasil chegou aos 600 mil mortos por covid-19 durante esta semana. Apenas em 2021 foram 405 mil óbitos – o que coloca o país na liderança de óbitos por covid-19 em 2021. Em todo o mundo o Brasil é o país com mais vítimas da doença, atrás dos Estados Unidos, que chegou às 700 mil mortes.

O epidemiologista computacional Jones Albuquerque, do Laboratório de Imunopatologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do Instituto de Redução de Riscos e Desastres, avalia que se a vacinação tivesse começado no país ao mesmo tempo que no restante do mundo, milhares de mortes teriam sido evitadas.

“Pelas curvas que a gente observa hoje e levando em consideração que as pessoas relaxaram demais nos cuidados, mesmo assim a vacinação proporcionou a redução nos óbitos. Essa redução é, seguramente, explicada pelo avanço da vacinação. Entretanto, a gente pode dizer que a queda nos óbitos estabilizou e isso preocupa porque o gráfico de óbitos do Brasil ainda é alto quando a gente compara com a média de óbitos no cenário mundial”, explica o pesquisador.

Santos vence o Grêmio por 1 x 0 e deixa a zona de rebaixamento

Wagner Leonardo - zagueiro do Santos
O zagueiro Wagner Leonardo fez o gol que tirou o Santos da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, aos 47 minutos do segundo tempo/Foto: Ivan Storti/Santos FC

O Santo fez um gol nos acréscimos, aos 47 minutos do segundo tempo, e com esse resultado deixou a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. O gol de Wagner foi inicialmente anulado pelo árbitro Bruno Araújo, mas depois foi validado, após o uso do VAR. O time santista estava há nove jogos sem vencer. Com o resultado, o Grêmio permanece na vice-lanterna do campeonato, com 23 pontos, à frente apenas da Chapecoense – que tem apenas 12 pontos.


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Enquanto OMS anuncia vacina contra a malária, Brasil corta 90% dos recursos para a ciência https://canalmynews.com.br/mais/oms-anuncia-vacina-contra-malaria-brasil-corta-90-recursos-ciencia/ Sun, 10 Oct 2021 19:49:36 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/oms-anuncia-vacina-contra-malaria-brasil-corta-90-recursos-ciencia/ Na mesma semana que a OMS anunciou a aprovação de uma vacina contra a malária, Ministério da Economia retirou Projeto de Lei que destinaria R$ 690 milhões para o Ministério da Ciência e Tecnologia

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Na mesma semana em que a aprovação de uma vacina contra a malária foi anunciada, o Ministério da Economia retirou um Projeto de Lei que destinaria R$ 690 milhões para o Ministério da Ciência e Tecnologia, especialmente para universidades e institutos de financiamento e desenvolvimento de pesquisas. O dinheiro seria destinado para pagar bolsas de estudo e apoiar projetos de pesquisa em todo o país. Do total, restaram apenas R$ 52 milhões, que serão utilizados para o pagamento de medicamentos para o tratamento de câncer.

A retirada dos recursos num momento em que avança o plano de vacinação contra o covid-19 e num período em que a pesquisa e o conhecimento científico têm sido tão valorizados em todas as partes do mundo, aponta para um Brasil na contramão do restante dos países, com iniciativas que podem paralisar pesquisas e diversas áreas do conhecimento.

No campo da pesquisa e desenvolvimento de imunizantes, entre as instituições capacitadas para desenvolver vacinas e que têm contribuído desde a fundação com a saúde pública não apenas no Brasil, mas em nível mundial, estão a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan. Os acordos para compra e produção de vacinas contra o Covid-19 incluíram também transferência de tecnologia para que os imunizantes passem a ser totalmente produzidos em território nacional.

Foto de referência de vacinação. Foto:Unsplash
Vacina contra a malária demorou 30 anos para ser desenvolvida e deve ter forte impacto na redução de casos e ortes na África Subsariana/Foto: Unsplash

O anúncio pela Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a aprovação de uma vacina contra a malária, após 30 anos de pesquisas, é uma notícia importante que vai impactar diretamente milhares de crianças em todo o mundo – em especial na África Subsariana – onde por ano morrem em decorrência da malária mais de 260 mil crianças com menos de 5 anos. No Brasil, a doença transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo protozoário Plasmodium, é comum na região amazônica – onde foram registrados 153 mil casos em 2019, com 37 óbitos.

Considerada uma doença negligenciada, a dificuldade em desenvolver uma vacina contra a malária também se deve ao longo trabalho de pesquisa necessário para o desenvolvimento de vacinas.

“Não creio que neste caso [a demora] seja pelo fato de ser uma doença negligenciada. No caso da malária, existe também interesse de países desenvolvidos. Trabalhei muito tempo na Holanda e os holandeses se preocupavam muito com este assunto porque viajam muito para a África. A ciência é assim: alguns resultados não temos quando dizer quando vamos alcançá-los. Essa ciência começa com pesquisas básicas até chegar a um produto que pode ser rápido, ou pode ser difícil”, destacou o físico Rogério Galvão, professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em participação ao Quinta Chamada Ciência, no Canal MyNews.

Galvão ressalta, por exemplo, que os argumentos de que as vacinas contra o Covid-19 foram criados rapidamente e por isso não seriam tão confiáveis não são verdadeiros. “A pesquisa sobre a vacina contra o Covid-19 que usa o RNA começou há mais de 20 anos. A pesquisadora principal não teve apoio nos Estados Unidos e foi para outros laboratórios e persistiu. Nós não sabemos quanto tempo levará para fazer uma pesquisa. De qualquer forma, vamos nos regojizar por esse grande feito, essa grande ação da ciência”, pontuou o professor.

O jornalista Salvador Nogueira destacou que essa é a primeira vez que se desenvolve uma vacina para protozoários, que deve impactar numa redução de pelo menos 50% dos casos de malária. Se tivermos como base que apenas em 2019 o mundo registrou cerca de 230 milhões de casos de malária, com mais de 400 mil mortes, os resultados da vacinação contra a doença no longo prazo são de esperança. Para Nogueira, o fato de o desenvolvimento do imunizante ter demorado 30 anos mostra a dificuldade do processo de pesquisa.

“A sociedade às vezes tem a ideia do cientista como se fosse um professor pardal. Trago um problema para ele e ele vai no laboratório e resolve. Não é assim. As coisas às vezes desenvolvem por outros caminhos. Uma pesquisa que foi feita há anos, que não tinha nenhuma intenção de produzir uma vacina, realizada pelo valor do conhecimento, mais tarde pode ser usada para outro grupo para produzir uma vacina e é assim em vários produtos”, ressaltou Rogério Galvão, lembrando que em muitos casos os laboratórios farmacêuticos são melhor equipados e têm mais insumos do que laboratórios de universidades.

Produção de vacinas é demorada e demanda várias etapas

A produção de vacinas demanda tempo e estudo. Se a vacina contra a malária demorou 30 anos para ser aprovada, outros imunizantes também não ficaram para trás. Rafael Dhália, pesquisador do Departamento de Virologia e Terapia Experimental da Fiocruz cita algumas vacinas que também demoraram a serem desenvolvidas: a da catapora levou 28 anos; a do rotavírus demandou 15 anos; para a vacina contra a tuberculose foram 13 anos de estudos.

Dhália ressalta que todo imunizante passa por pelo menos cinco fases de desenvolvimento e testes, até ser aprovado para aplicação na população. E que 3 milhões de pessoas são salvas todos os anos graças à vacinação.

“Para desenvolver uma vacina são necessária cinco fases. A fase pré-clínica, quando é decidido o antígeno que vai provocar o organismo a produzir a imunidade. A etapa de testes em animais e verificação da produção de anticorpos. Essa fase é a mais demorada e só depois é que se iniciam os testes em seres humanos, até que a vacinação em massa possa ser autorizada”, explica o pesquisador da Fiocruz.

Ele explica que a velocidade de desenvolvimento das vacinas contra o covid-19 se deve a diversos fatores, entre os quais a situação de emergência mundial, que permitiu com que algumas fases de desenvolvimento fossem feitas de forma simultânea; algo justificável diante da gravidade da pandemia. O que também motivou o avanço rápido na produção dos imunizantes foi o uso de pesquisas prévias e o compartilhamento de informações entre centros de pesquisas e cientistas de todo o mundo – num esforço global para vencer o novo coronavírus.

Dhália reforça que vacina não é “mágica” e que ainda teremos algum tempo com as chamadas “bolhas de pessoas imunizadas”. “O que a gente pode fazer para evitar as infecções é distanciamento social, uso de máscaras e medidas de higiene”, ressalta.

Além da vacina contra o covid-19, a vacina contra o ebola – que demorou 5,5 anos para ser desenvolvida e autorizada – e a vacina contra a Caxumba, com um período entre a pesquisa e a aplicação de 4 anos, também são considerados imunizantes desenvolvidos em tempo recorde.

Assista ao Quinta Chamada Ciência, no Canal MyNews, ou ouça o Podcast do programa nas principais plataformas

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