Arquivos Natália Fernandes - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/post_autor/natalia-fernandes/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Tue, 08 Mar 2022 15:18:54 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Já ouviu falar das empresas especializadas em saúde feminina? https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/ja-ouviu-falar-das-empresas-especializadas-em-saude-feminina/ Fri, 25 Jun 2021 00:47:53 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ja-ouviu-falar-das-empresas-especializadas-em-saude-feminina/ Embora o segmento “FemTech” seja pequeno, é grande seu potencial de crescimento

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A saúde da mulher ainda é um universo com poucas respostas. Embora sejamos aproximadamente metade da população do planeta, existem poucas empresas de tecnologia que atendem às nossas necessidades específicas.

Antes disso, uma nota de esclarecimento, estou concentrando as informações quase exclusivamente em mulheres cisgênero, o que não exclui o fato de que mulheres e homens trans também precisam ter voz nesse tema que atinge a sociedade como um todo.

Uma questão histórica

Em 1977, os Estados Unidos baniram completamente a participação de mulheres com potencial para engravidar em ensaios clínicos após a tragédia com o uso da talidomida em diversos países. O medicamento utilizado contra enjoos em grávidas trouxe diversos efeitos negativos para milhares de vidas (mães e fetos) por anos. 

Mas o que é uma mulher com potencial para engravidar? Usando uma explicação mais específica, é uma mulher pós-puberdade e pré-menopausa, o que abrange uma parte significativa deste grupo. 

Com isso, no intuito de proteger a saúde, o corpo feminino passou a ser excluído de ensaios clínicos, fazendo com que dezenas de medicamentos que chegaram ao mercado tivessem pouca ou nenhuma visibilidade sobre seu impacto na saúde das mulheres.

Com isso, nós ficamos marginalizadas e, embora nos últimos anos a representação de gênero nos ensaios clínicos tenha se tornado mais igualitária e ganhos tenham sido feitos no campo da saúde da mulher, ainda temos progresso a fazer. 

Novas tecnologias voltadas para saúde feminina

A indústria femtech – formada por empresas de tecnologia focadas nas necessidades biológicas de mulheres – multiplicou seu leque de serviços nos últimos anos, indo de monitoramento da menstruação e fertilidade à soluções para amamentação, menopausa e diagnóstico de doenças graves, como o câncer.

Eu mesma já fiz uso de diversas destas tecnologias para acompanhar o meu ciclo menstrual, e acho interessante ter a possibilidade de ter um registro das informações que incluo nestes aplicativos como forma de compreender a longo prazo como meu corpo se comporta.

Há também uma vertente da femtech conhecida como “menotech” que busca melhorar o estilo de vida das mulheres enquanto elas passam pela menopausa, fornecendo acesso à telemedicina e informações e dados que podem ser imprescindíveis neste processo.

Ou ainda, um dispositivo portátil quase do tamanho de um celular, que pode realizar uma fotografia do colo do útero a um metro de distância e ajudar no diagnóstico do câncer cervical, a quarta causa mais comum de câncer entre as mulheres em todo o mundo, de acordo com a OMS, Organização Mundial de Saúde.

Problemas femininos que não existem e ausência de representatividade 

Quando vemos notícias como estas, compreendemos o abismo que existe em realidades que não têm vozes e corpos ativos de mulheres na concepção de soluções voltadas para as próprias mulheres. 

Um exemplo simplista, mas que ganhou a atenção do mundo, foi a notícia de uma startup formada por três homens alemães que desenvolveram luvas rosas, a “Pink Glove”, para que mulheres pudessem tirar seus absorventes usados. “Resolvia-se” assim um problema feminino que não existe. Quando isso aconteceu? Pasme: 2021. 

Não há dúvidas: nossos corpos femininos são únicos e nossos problemas de saúde também. Por isso, a  representatividade das mulheres em ensaios clínicos, pesquisas e geração de tecnologia e conhecimento que atenda nossas necessidades é imprescindível para darmos aos nossos corpos e vidas condições igualitárias de acesso e sucesso na sociedade. 

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Big techs vão de cabo submarino ao Mês do Orgulho LGBTQIA+ https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/big-techs-vao-de-cabo-submarino-ao-mes-do-orgulho-lgbtqia/ Fri, 11 Jun 2021 17:03:19 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/big-techs-vao-de-cabo-submarino-ao-mes-do-orgulho-lgbtqia/ Empresas fazem a diferença na pauta da diversidade e dão exemplos com ações afirmativas

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Uma série de iniciativas que fomentam a diversidade, inclusão e equidade tem sido realizadas pelas big tech. Um exemplo disso, foi a homenagem prestada à Maria Firmina dos Reis (1825-1917), abolicionista e autora brasileira, nesta quarta-feira, dia 9. O Google nomeou o cabo submarino mais longo do mundo como Firmina. Ele fará conexão entre Estados Unidos, Brasil, Uruguai e Argentina aumentando a capacidade de conexão à internet entre essas regiões e faz uma alusão ao olhar inovador da autora.

O apoio à população negra, mulheres, comunidade LGBTQIA+ e tantas outras minorias felizmente têm ganhado espaço progressivamente e visam erradicar a reprodução de preconceitos e estereótipos estigmatizantes que afetam tantos cidadãos. 

A morte de George Floyd nos Estados Unidos colocou um holofote neste tema ao evidenciar a opressão que pessoas negras sofrem. Com isso, quando falamos da promoção de discursos antirracistas, empresas de tecnologia assumiram responsabilidades para promover a justiça racial seja por meio de doação de recursos financeiros, apoio à eventos ou geração de mais oportunidades e educação para negros. Veja aqui, por exemplo, os compromissos do Facebook e Netflix.

A comunidade LGBTQIA+ também recebe apoio. Em junho, Mês do Orgulho LGBTQIA+, a Apple Music vai trazer uma série de conteúdos que focam na equidade. O Google anunciou o Fundo Emergencial Global contra a Covid-19, que oferecerá 4 milhões de dólares para iniciativas de apoio à comunidade. Já as mulheres são foco de diversas outras ações que buscam equiparação salarial, discussões sobre assédio, presença em mais cargos de liderança e outros pontos que buscam empoderar e aumentar a representatividade em seus espaços.

Com tanto sendo feito, podemos descansar? 

Estamos bem longe disso e, na verdade, muito pouco socialmente tem sido feito quando temos perspectiva do todo. As desigualdades continuam de forma gritante e os movimentos para mantê-las também. 

Mulheres ocupam apenas 9% dos cargos de CEOs de empresas de tecnologia, de acordo com o relatório Unlocking Women’s Leadership Through STEM Skills Programmes. 

Piscamos os olhos e tramitou na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) um projeto de lei para proibir a veiculação de publicidade com pessoas LGBTQIA+ ou famílias homoafetivas no estado de São Paulo em abril deste ano.

Empresas de tecnologia que fizeram publicações de “BlackLivesMatter” tinham, em média, 20% menos de pessoas negra em seu quadro de funcionários do que aquelas que não promoveram o tema, de acordo com a empresa americana Blendoor, que realizou um estudo sobre a diversidade nesta indústria nos Estados Unidos.

Vemos ainda, que os esforços existem, mas que ainda há muito a ser feito para reversão deste cenário bastante negativo. Apesar de novas gerações ingressarem no mercado de trabalho e se tornarem mais ativas em suas escolhas enquanto consumidores, ainda há a apropriação de discursos que impulsionam mais as marcas do que as próprias causas. Ainda há também a manutenção de valores que reforcem estereótipos e estigmas em diversos canais digitais. 

As conquistas são dignas de celebração, mas a jornada é longa e, além disso, outras minorias não mencionadas precisam ser consideradas. Os caminhos para um futuro sustentável e igualitário passam por políticas que envolvam empresas, setores públicos e sociedade como um todo. Chico Science diria “um passo à frente e você já não está mais no mesmo lugar”, é verdade, mas para uma sociedade mais justa, passos em conjunto e enormes ainda precisam ser dados para que se tornem realidade.

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Feito de casa, um dos maiores eventos do Facebook traz novidades https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/feito-de-casa-um-dos-maiores-eventos-do-facebook-traz-novidades/ Fri, 04 Jun 2021 13:45:29 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/feito-de-casa-um-dos-maiores-eventos-do-facebook-traz-novidades/ Voltado para desenvolvedores, o F8 falou de soluções para negócios à realidade aumentada

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Realizado nesta quarta-feira, o F8, um dos maiores eventos em que o Facebook traz suas novidades para o mercado, aconteceu em versão 100% online por conta da pandemia. Passando por soluções de diversos segmentos, a grande estrela do show foram os novos recursos para ajudar as empresas a se comunicarem com seus consumidores diretamente por meio de seus serviços de mensagens. 

Gravado da residência da maior parte das lideranças que apresentaram seus painéis, o tom “feito de casa” mostrou conexão com duas realidades da pandemia: isolamento social e a crescente relevância da necessidade de expressão das marcas com seus clientes em ambientes virtuais.

Com isso, viabilizar mais transações de e-commerce em seus serviços e permitir que as empresas gerenciem de perto seu suporte ao cliente é um dos focos principais do Facebook, via as plataformas Messenger, WhatsApp e Instagram. 

Algumas novidades do evento:

Fontes de dados para comunidade acadêmica

Os escândalos com uso de dados pessoais  fez com que o Facebook suspendesse milhares de APIs para diminuir o risco de violações de dados da plataforma. Além disso, houve também discussão com pesquisadores acadêmicos sobre o tema, estremecendo as relações com esta comunidade.

Voltando a estreitar os laços, Konstantinos Papamiltiadis, vice-presidente de parceria de plataformas, declarou que “sem que os acadêmicos possam ter acesso a dados de qualidade, não conseguimos compreender nossa influência na sociedade”.

A empresa abriu as portas ao lançar um recurso tecnológico voltado para estudiosos, uma API, que fornecerá acesso em tempo real aos dados das páginas públicas do Facebook, grupos e dados de nível de postagem nos EUA.  

A API estará disponível para a comunidade acadêmica ainda este ano, no que o Facebook declarou ser um “ambiente de proteção à privacidade” e permite que diversos grupos de estudo possam analisar estas plataformas e trazer discussões à sociedade.

Imagem: Divulgação – Facebook

Mais possibilidades para conversas entre empresas e clientes

As mensagens estão se tornando uma parte relevante da experiência de compra. São cada dia mais comuns as interações entre clientes com marcas antes, durante e após a compra. O Facebook declarou ter observado um aumento de 40% nas conversas entre pessoas e empresas durante a pandemia.

No entanto, para ganhar escala nas conversas, marcas e negócios precisam de tecnologias personalizadas. Se antes isso era possível por meio da API do Facebook Messenger, a novidade agora é que este recurso já pode integrar mensagens do Instagram nas tecnologias de vendas de empresas em todo o mundo, que contam com mais um recurso para expandir seus negócios por meio de interações mais valiosas com clientes.

Realidade aumentada conectando pessoas 

Imagem: Divulgação – Facebook

Se você já postou uma selfie no Story do Instagram com um filtro que permitiu um efeito visual diferente, você estava fazendo uso de tecnologias do Spark AR, programa para elaboração de filtros de realidade aumentada para redes sociais. Buscando habilitar mais recursos de realidade aumentada (RA) para os usuários, o Facebook anunciou uma nova API Multipeer.

Com isso, estes efeitos poderão também estar disponíveis em videochamadas do Messenger e Instagram. Como exemplo, Spark AR publicou um vídeo de uma festa de aniversário realizada via videochamada em que cada um dos participantes aparecem com um chapéu de festa.

Passos como este mostram os caminhos para interações via tecnologias virtuais sendo cada vez mais disruptivas e próximas da realidade, sendo capaz de gerar interações mesmo para pessoas que estejam a quilômetros de distância.

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Por que a Amazon avança no mercado de entretenimento? https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/por-que-a-amazon-avanca-no-mercado-de-entretenimento/ Fri, 28 May 2021 14:55:49 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/por-que-a-amazon-avanca-no-mercado-de-entretenimento/ Big tech adquiriu o estúdio da MGM por 8,45 bilhões de dólares nesta semana

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Se você já se deparou com o rugido de um leão na vinheta do início de algum filme, provavelmente estava diante de algum dos sucessos da MGM. O que você dificilmente poderia imaginar é que o estúdio se tornaria uma peça fundamental da Amazon e seu Prime Video na guerra pelo streaming com gigantes como Netflix e Disney. 

A aquisição da MGM por US$ 8,45 bilhões, trouxe à Amazon um cardápio de mais de 4.000 filmes, dentre eles, franquias como James Bond e Rocky, além de séries que são sucesso de público como “The Handmaid’s Tale”, “Fargo” e “Vikings”.

Este movimento não é o único do mercado. No início deste mês, a AT&T Inc. anunciou a fusão da WarnerMedia com a Discovery Inc. para também impulsionar sua plataforma de streaming, sendo uma das inúmeras séries de fusões que estão abalando a indústria do entretenimento. 

Jeff Bezos e o leão da MGM: uma combinação vantajosa

O isolamento social consolidou novos hábitos de consumo aumentando, e muito, o tempo em ficamos em frente à TV e impulsionando o consumo via streaming. Segundo a Kantar IBOPE Media, o Brasil se destaca em relação à média global quando falamos de consumo de vídeo, sendo que 58% dos usuários de internet assistiram a mais streaming pagos durante os períodos de isolamento.

Diante deste cenário, as empresas de mídia e tecnologia entenderam o potencial desta frente na interação com novos mercados e consumidores e viram aí uma baita oportunidade, como o CEO Jeff Bezos, da Amazon. E, se por um lado o fechamento das salas de cinema trouxe impactos para os lançamentos dos novos filmes da MGM. Por outro lado, o estúdio encontrou neste acordo, possibilidades de escoar sua produção para serviços de streaming, seguindo a tendência do mercado em expansão.

Atenção consumidores! Sua atenção importa neste jogo

Em 2016, Bezos declarou em uma conferência que as pessoas que usam o Prime Video são mais propensas a renovar suas assinaturas a cada ano ou pagar se estiverem em programas de teste gratuitos e até comprarem mais produtos da Amazon.

Entretenimento não é o único conteúdo em que a Amazon fez suas apostas. Há pouco mais de dois meses, em março deste ano, a empresa fechou um acordo com a National Football League pelos direitos exclusivos do Thursday Night Football. O preço estimado foi de US$ 1,2 bilhão por temporada ao longo de 11 anos.

Em ambos os casos, uma variável importante que movimenta o ponteiro é a atenção dos usuários. Os olhos atentos de alguém já valiam muito no universo não digital, ou offline, mas é no universo das telas que comportamentos de consumo se transformam em dados e podem gerar insights que agregam nas tomadas de decisões futuras de qualquer empresa. Se os membros Prime são de fato mais leais ou direcionam mais receita para a companhia, não temos os números, mas este é no mínimo um movimento da indústria que vale acompanhar.

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Guerra entre Facebook e Apple: o seu dado está em jogo https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/guerra-entre-facebook-e-apple-o-seu-dado-esta-em-jogo/ Fri, 07 May 2021 15:11:44 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/guerra-entre-facebook-e-apple-o-seu-dado-esta-em-jogo/ Como a internet que conhecemos hoje está sendo repensada nesta disputa

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Uma mensagem curta, porém relevante, passou a pedir permissão aos usuários para que seus dados sejam rastreados pelos aplicativos instalados em celulares da Apple. Parece simples, mas a atualização do sistema iOS 14.5 gerou barulho no mercado. 

O que está em jogo neste duelo são dois modelos distintos de remuneração do ecossistema de tecnologia. Um permite o acesso à conteúdos por meio de pagamento do usuário, o outro é gratuito, mediante compartilhamento de informações dos seus perfis de navegação.


Por que isso desagrada ao Facebook (e outras empresas)?

Muitas empresas deste segmento de publicidade online, dentre elas o Facebook, entendem que um grande número de pessoas não aceitará o compartilhamento das informações. 

Não acho que eles estejam errados. O contexto de constante vazamento de dados e problemas de privacidade enfrentados pelas big tech acaba sendo um cenário fertil para gerar o sentimento de desconfiança das pessoas.

Aplicativo do Facebook em um aparelho celular. Foto: Brett Jordan / Unsplash
Foto: Brett Jordan / Unsplash

No entanto, é justamente o acesso às informações dos usuários e comercialização de anúncios que garantem a existência de parte significativa da internet que conhecemos hoje. Isso significa que se essa tendência ganha tração, empresas que dependem da exibição de anúncios podem ter menos dados para tornar seus anúncios mais eficientes, impactando a qualidade dos seus produtos.

Quais são os pontos de cada lado?

Enquanto para a Apple as pessoas devam ter o direito saber exatamente o que está sendo feito com seus dados e de pagar um valor (que veja bem: pode ser para própria Apple) para ter uma experiência segura e com privacidade de dados no ambiente digital, para o Facebook, isso impacta na existência da internet aberta e gratuita como conhecemos hoje, em que o bolso dos anunciantes das marcas torna possível pela exibição dos seus anúncios.

São dois lados interessantes da discussão.

É inegável que não podemos mais ter o uso de dados dos usuários como acontece hoje. A publicidade digital opera em grande parte sem que as pessoas tenham o verdadeiro conhecimento sobre este ecossistema. Os desmandos desta prática geraram inúmeras políticas de regulamentação que estão em andamento em diversos países.

Já os acessos à notícias, entretenimento ou conteúdos de diversas espécies hoje, ocorrem em grande escala de forma “gratuita” hoje porque os anunciantes se beneficiam de dados altamente qualificados dos usuários (e em alta escala), para exibir publicidades que podem manter financeiramente este ecossistema.

Ambas lucram em suas defesas. Apple por se apropriar de uma posição muito favorável no mercado, além de ter seus produtos pagos como opção a quem não quer compartilhar seus dados. Facebook por conseguir lucrar com publicidades eficientes baseadas em dados de navegação.

Novos desafios: caminhar em ambiente híbrido

É pouco provável que venhamos a caminhar para um modelo exclusivo de uma das práticas. A pluralidade de possibilidades é a cara do digital que se molda às vontades de seus usuários, caso eles compreendam seu potencial.

Diante disso, o dado está em jogo e é este o ponto de partida a ser trabalhado. 

Em um ecossistema em que ainda se aborda este tema de forma tão incipiente, a empresa que conseguir compreender o valor da privacidade, uso consciente e consentido dos dados e seu valor agregado para os negócios, arranca com grande vantagem perante a concorrência. 

O mercado brasileiro ainda é bastante carente desta compreensão. No entanto, a transformação envolve mudança de mindset e não é construída do dia para noite. Mais do que buscar reinventar a roda, contar com parcerias especializadas pode ser o caminho mais curto para que empresas de peso naveguem neste cenário e chegue em solo firme ao final da jornada.

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Como se fazer presente nas TVs conectadas https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/como-se-fazer-presente-nas-tvs-conectadas/ Fri, 30 Apr 2021 16:51:42 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/como-se-fazer-presente-nas-tvs-conectadas/ Fragmentação da audiência com as plataformas de streaming redireciona investimentos dos anunciantes

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Recentemente uma pesquisa sobre o uso das TVs conectadas realizada pela Nielsen e Smartclip, mostrou aquilo que já desconfiávamos, as grandes telas inteligentes estão cada vez mais nos lares dos brasileiros, especialmente depois da pandemia.

Por TV conectada ou connected TV, se entende as televisões que possuem conexão com a internet. O número de casas que possuem esses aparelhos saltou de 32% em 2015 para 89% em 2021. O boom se deve principalmente à adesão massiva aos serviços de streaming e a chegada de novos players e plataformas disputando a atenção dos telespectadores e a pandemia, que alterou significativamente os hábitos da população.  

Em todo o mundo podemos acompanhar a mesma tendência em mercados mais avançados, como os Estados Unidos, em que existem centenas de aplicativos e serviços de streaming que não são relacionados apenas ao entretenimento. Diante de um mercado tão aquecido, a pergunta que fica é: como as marcas podem aproveitar esta tecnologia para se conectar com uma audiência tão independente e segmentada?

Vencendo a barreira da fragmentação 

As TVs conectadas podem ser acessadas por meio de serviços por assinatura, com intervenção de publicidade ou ambos. E isso tem trazido uma revolução na forma como as marcas podem alcançar seus consumidores ou potenciais clientes.

As pessoas já não seguem os padrões tradicionais dos horários lineares da televisão com novelas, programas dominicais ou telejornais em que toda uma família assumia o mesmo comportamento de consumo ao mesmo tempo. A multiplicidade dos dispositivos, conteúdos e tecnologias, com apenas um clique, faz com que a audiência esteja cada vez mais segmentada. 

E é aí que as TVs conectadas entram para tornar a vida das marcas um pouco mais fácil. Apesar dos caminhos para se alcançar uma audiência desejada sejam cada vez mais granulares, a tecnologia é grande aliada. 

Ela permite escala, centralização e visão unificada de dados para segmentação e melhor acompanhamento dos resultados de campanhas. Além da tão desejada otimização em tempo real. 

O retorno ao “normal”

Embora fortemente impulsionada pela pandemia, a TV conectada ainda deve ter seu consumo cada vez mais presente no comportamento da população. Ao oferecer o conteúdo desejado e na hora desejada ela se adequa à personalização do consumo, que é a cara dos nossos tempos. Ninguém mais quer estar dependente de uma grade linear de programação em que o humano se adequa à distribuição do conteúdo. Cada vez mais, a distribuição do conteúdo ocorre mediante demanda do fator humano.

Estamos diante de um ecossistema cada vez mais rico para as TVs conectadas. Os usuários podem ou não ser impactados por publicidade, mediante o modelo que optarem por consumir o conteúdo, além de poderem disfrutar de boa qualidade de imagem e som. E as marcas podem ter campanhas ainda mais personalizadas para públicos que façam sentido com a possibilidade de mensurar seus resultados. Com isso, os caminhos são atraentes para que propagandas também tirem proveito para gerar engajamentos ainda mais significativos com as marcas.

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Humanos virtuais podem aumentar a conexão com marcas? https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/humanos-virtuais-podem-aumentar-a-conexao-com-marcas/ Fri, 23 Apr 2021 13:57:32 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/humanos-virtuais-podem-aumentar-a-conexao-com-marcas/ Com milhares de fãs e contratos milionários, representações virtuais de seres humanos já fazem parte do seu dia a dia

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O cinema já faturou milhões de dólares com histórias em que humanos desenvolvem conexões emocionais com robôs. O que parecia parte de um enredo de ficção científica tem se aproximado cada vez mais da realidade com os “humanos virtuais”, que estão presentes nas redes sociais, Youtube e até produção musical, colaborando com marcas e gerando engajamento com milhares de seguidores.

O termo “humanos virtuais” inclui qualquer representação virtual realista de um ser humano, ficcional ou não, e ainda é alvo de curiosidade e desconforto entre muitos. Por sua fisionomia, linguagem e forma como se apropriam dos nossos hábitos e desejos, podem transformar a maneira como nos conectamos com marcas e nosso ambiente social de maneira única.

Sophia, robô humanoide desenvolvido pela empresa Hanson Robotics, de Hong Kong, capaz de adaptar-se ao comportamento humano e trabalhar com seres humanos.
Sophia, robô humanoide desenvolvido pela empresa Hanson Robotics, de Hong Kong, capaz de adaptar-se ao comportamento humano e de trabalhar com seres humanos. Foto: ITU Pictures (Flickr).

Poder de conexão e as marcas

Dependendo do contexto em que estão inseridos, também são chamados de influenciadores virtuais. E neste segmento já existem dezenas de perfis que podem ser contratados para cumprir um senso de conexão com marcas e potencializar as vendas.

Uma das mais conhecidas é a Lil Miquela, que acumula no Instagram mais de 3 milhões de seguidores. Quem pesquisar na plataforma pelo perfil @lilmiquela poderá encontrar uma jovem “humana virtual” que já fez campanhas para marcas como Givenchy e Prada, lançou hit no Spotify e até “veio” para o Carnaval de Salvador no Brasil em 2020 para um trabalho com a artista (da vida real) Pabllo Vittar.

Cenário brasileiro 

Visando a possibilidade de se vender sentimentos, produtos e criar trocas significativas com seus públicos, a empresa Magalu tem dado força à sua personagem virtual “Lu da Magalu”. Ela já foi considerada uma das maiores influenciadoras digitais do Brasil e fala com propriedade sobre tecnologia, conquistando 2.5 milhões de inscritos no Youtube e 5 milhões de seguidores no Instagram, além de ter presença ativa no TikTok, por exemplo.

Na mesma linha, vieram também as criações “Nat da Natura” e “CB” das Casas Bahia, este último, a versão atualizada do conhecido mascote da marca Bahianinho. Estes influenciadores são capazes de se comunicar por meio da linguagem corporal e pistas não-verbais – como contato visual – provocando respostas emocionais mais fortes nas pessoas e permitindo experiências mais significativas.

A personagem 'Lu da Magalu' é considerada uma das maiores influenciadoras digitais do Brasil.
A personagem ‘Lu da Magalu’ é considerada uma das maiores influenciadoras digitais do Brasil. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

Considerações éticas

Por um lado, os humanos virtuais possibilitam cenários controlados e muito mais customizados para geração de conteúdo com as marcas. É quase zerado o risco de comportamentos inesperados das celebridades que possam ferir as marcas e gerar quebras de contrato, como frequentemente vemos no mundo das celebridades. Por outro lado, há ainda um custo alto para manutenção destes personagens e equipe altamente especializada que exige habilidades ainda pouco pulverizadas no mercado.

Além disso, considerações éticas precisam ser lembradas. Não apenas são apropriadas as fisionomias humanas para criação de novos humanos virtuais, como celebridades falecidas têm voltado às telas por meio de computação gráfica ou simulações de celebridades já conhecidas.

Nem sempre a tecnologia caminha com a mesma velocidade dos debates éticos e consolidação de legislação que pode amparar a sociedade para uso benéfico destes recursos. Diante disso, se faz necessário uma sociedade ciente e educada para navegar em meio a um cenário digital para que tanto empresas, quanto sociedade possam usufruir dos caminhos tecnológicos.

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Áudio retoma a cena e atrai os olhos de marcas e ouvintes https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/audio-retoma-a-cena-e-atrai-os-olhos-de-marcas-e-ouvintes/ Fri, 16 Apr 2021 14:09:43 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/audio-retoma-a-cena-e-atrai-os-olhos-de-marcas-e-ouvintes/ Tecnologia revisita recursos sonoros que, na verdade, nunca saíram de cena

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Os olhos (e ouvidos) do mundo têm se voltado para o áudio e suas novas formas de uso e consumo. Com tanta especulação e futurologia sobre o tema, parece até que estamos falando de uma tecnologia de última geração. Na verdade, estamos diante de um velho conhecido que agora assume o centro da cena com novas roupagens.

O mercado tem dado largo espaço para a interação por voz. Seja por assistentes virtuais, audiolivros, podcasts ou até redes sociais baseadas puramente em áudio, estamos revisitando o papel do áudio nas plataformas tecnológicas e em nossas vidas.

Conteúdos de áudio recebem novas interações e formatos, remodelando o papel do formato nas plataformas.
Conteúdos de áudio recebem novas interações e formatos, remodelando o papel do formato nas plataformas. Foto: Reprodução (Pixabay).

O áudio na pandemia

Enquanto muitos acreditavam que podcasts perderiam fôlego durante a pandemia, por serem até então conhecidos como companheiros da jornada casa-trabalho-casa nas grandes cidades, o número de pessoas que ouvem este formato regularmente aumentou para 33% em 2020, surpreendendo as expectativas de crescimento, segundo a Kantar Ibope.

O áudio vem ganhando outros contornos na rotina confinada. Em um ano de pandemia em que tantos se viram privados de uma vida e contato social, podcasts nos fizeram companhia enquanto arrumávamos a casa ou quando queríamos descansar os olhos das telas depois de tantas reuniões de trabalho. Da mesma forma, redes sociais baseadas puramente em áudio, como o ClubHouse, chamaram a atenção por serem um espaço em que poderíamos reproduzir encontros em um mundo ausente de rodas de conversa.

O poder do áudio na experiência com marcas

Colocamos uma música para relaxar e outra diferente para nos animar, e o motivo é que sons podem nos mover a determinada direção, alterando nossas emoções e modelando estados de espírito.

Em um cenário em que é tão concorrido ter a atenção da audiência, há um espaço incrível para marcas se apropriarem destas possibilidades para ressignificarem suas experiências.

A PUMA, grande fabricante de artigos esportivos, já tirou proveito disso em uma instalação que fez em Xangai, na China, em que os interessados poderiam colocar tênis da marca, subir em uma esteira e navegar por meio de avatares em mundos imaginários virtuais. Trilhas sonoras de corrida acompanhavam a experiência por meio de um software de rastreamento facial e de movimento. Assim, quanto mais intensa a experiência virtual, mais intensa era a experiência sonora.

Um dos centros interativos da PUMA em Xangai, China.
Um dos centros interativos da PUMA em Xangai, China. Foto: Reprodução / 1SHI (Redes Sociais).

O sentimento registrado durante interações com marcas é importantíssimo. Por isso, se o som ajuda a direcionar a subjetividade e que acrescentar à experiência sentida, estamos falando de um ótimo ingrediente para construção da imagem de um produto ou empresa.

Estes e outros caminhos são possíveis em um mundo cada vez mais conectado e disruptivo. A capacidade do som de influenciar a atenção do usuário se torna muito mais interessante quando se considera o crescente interesse das marcas em ir além do conteúdo tradicional e construir experiências virtualizadas imersivas, como mundos de realidade mista ou instalações que usam música como ponto de contato para personalização.

Caminhos que passem por subjetividades, personalização e novas tecnologias são caminhos necessários para que as velhas formas deixem de ser apenas as únicas conhecidas nas interações com potenciais clientes. À medida que esses novos canais e necessidades surgem, surgem também novos papéis que o som desempenha.

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O futuro dos esportes no mundo digital https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/o-futuro-dos-esportes-no-mundo-digital/ Fri, 09 Apr 2021 19:01:37 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/o-futuro-dos-esportes-no-mundo-digital/ As transmissões do futuro devem ser algo bem diferente das câmeras planas e tradicionais dos estádios esportivos que temos hoje

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Talvez você nunca tenha notado, mas analise como você assiste pela televisão hoje uma partida esportiva: pelo recorte de uma câmera que determina onde e como você deve olhar.

E se você quiser olhar para outro lugar? Interagir? Rever um movimento por um ângulo único? Não é possível na grande maioria dos casos. Quando falamos dos esportes tradicionais a experiência ainda é passiva e pré-determinada.

O segmento esportivo tradicional há muito busca maneiras de tornar a experiência do espectador mais envolvente para o público em casa. Com isso, diversas empresas se voltaram ainda mais para tecnologias que transformam estas experiências. Já pensou ver de perto um lance imperdível em uma perspectiva única? 

Os estádios virtuais do futuro

Experiências de visualização imersivas e interativas, seja para esportes eletrônicos ou esportes tradicionais, são realidade nos estádios virtuais, que deixam de lado o olhar fixo de uma câmera tradicional.

Por meio deles, torcedores podem assistir, rever e examinar os movimentos dos atletas de qualquer ângulo em 3D, usando tecnologias avançadas, como por exemplo, as desenvolvidas pela MediaMonks, uma das maiores empresas de produção criativa do mundo.

Essas tendências apresentam uma nova oportunidade para os esportes à medida que trazem inovação e atendem às novas necessidades e hábitos digitais dos torcedores.

Os famosos patrocínios esportivos

Voltamos à sua lembrança assistindo uma partida esportiva: as marcas exibidas ali fazem sentido para você? Nem sempre. Hoje os patrocinadores utilizam uma mensagem padrão para qualquer espectador da partida, o que pode ser um baita desperdício de dinheiro. 

Já o ambiente virtual abre oportunidades de patrocínio exclusivas para marcas, seja uma segmentação de anúncios mais mensurável e personalizada ou estádios de marca, que trazem resultados positivos para toda a cadeia esportiva.

O futuro dos esportes tradicionais no mundo digital

Com a pandemia nos acostumamos a desfrutar de experiências de maneiras altamente mediadas: por meio da tela. Embora o computador ou a tela da TV tenham sido uma tábua de salvação para os consumidores, eles não entregaram com precisão a amplitude de experiências criativas que os consumidores exigem hoje.

O que veremos no futuro é que os parceiros de produção digital se tornarão mais parecidos com as emissoras, e as emissoras tradicionais buscarão requalificar suas equipes para oferecer experiências de digital de alto calibre, criando uma nova oferta híbrida e de cada vez mais valor para suas audiências.

Para que as marcas construam valor com seus públicos, os ambientes virtualizados e as plataformas que aumentam o nível da experiência de visualização oferecem uma oportunidade para ressignificar esta vertical.

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Já pensou em usar o WhatsApp para fazer pagamentos? https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/ja-pensou-em-usar-o-whatsapp-para-fazer-pagamentos/ Fri, 02 Apr 2021 13:04:35 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ja-pensou-em-usar-o-whatsapp-para-fazer-pagamentos/ Veja os benefícios que o casamento entre redes sociais e o mundo financeiro traz para você

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Não é de hoje que o sistema financeiro tem passado por uma verdadeira revolução. Uma das mais recentes notícias, desta semana, é que poderemos realizar pagamentos via WhatsApp muito em breve. 

Pagamentos poderão ser feito via WhatsApp. Foto: Unsplash

O surgimento de novas e cada vez mais avançadas tecnologias traz possibilidades e conveniência para quem usa as redes, além de uma interessante fatia do mercado para Mark Zuckerberg. 

Breve explicação sobre Open Banking

O Open Banking permite que clientes possam acessar e movimentar suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas, além dos aplicativos/sites do seus bancos, com menor custo e maior transparência.  

A partir do princípio de que os dados bancários pertencem aos clientes e não aos bancos, estas informações podem ser compartilhadas com diferentes empresas sejam bancos, fintechs e até mesmo ecommerces.

Interesses das plataformas de consumo/produção de conteúdos, como redes sociais

Tempo de atenção e qualidade dos dados de usuários são ativos preciosos para as big techs. Para tornar isso mais claro, vamos a um exemplo. 

Imagine que você seja usuário ou usuária de qualquer produto do Facebook (ex: Instagram, Messenger, WhatsApp). Quanto maior for o seu tempo de navegação e engajamento nestas plataformas:

1. Maior será sua exposição à publicidade que é exibida ali; 

2. Melhor será a compreensão do Facebook sobre seus interesses;

3. E, se você contribuir com conteúdos, melhor ainda, porque aumenta o volume de informações que podem ser consumidas por outros usuários.

Nestes três pontos, o Facebook ou ganhou dinheiro direta ou indiretamente e fortaleceu o seu próprio ecossistema.

Por isso, é tão relevante poder manter usuários engajados e, principalmente, dentro de apenas um ecossistema. Ao unificar a experiência de compra em um local, o Facebook deixa de compartilhar o tempo e as informações sobre usuários com plataformas concorrentes (como Apple Pay, Google Pay), aumentando sua vantagem competitiva.

Próximos passos deste mercado

Campos Neto, presidente do Banco Central, comentou sobre a autorização da realização de pagamentos através do WhatsApp: “Vejo um casamento entre mídia social e o mundo das finanças, os controladores têm de entender como regular, enfrentar e o que significa para competição na sociedade”.

Neste novo casamento entre personagens tão relevantes na sociedade, garantir que as soluções oferecidas sejam seguras, vai além da tecnologia em si. Passa por uma conscientização da população usuária, endereçamento rápido em caso de fraudes e processos que garantam o próximo passo em solo firme para que empresas e pessoas físicas não sejam prejudicadas. 

Diante de uma crise econômica tão aguda, soluções que impulsionam a recuperação financeira de empresas, pequenas, médias ou grandes, associadas à tecnologia, é um excelente caminho para novos horizontes.

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Estamos diante do fim das lojas físicas? https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/estamos-diante-do-fim-das-lojas-fisicas/ Fri, 19 Mar 2021 00:11:51 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/estamos-diante-do-fim-das-lojas-fisicas/ E-commerce deve superar as transações presenciais no varejo da China neste ano

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Você já sabe como funcionam as lojas físicas do varejo: produtos à mostra, possibilidade de testar e compra imediata. Será que com a revolução digital e crescimento do ecommerce isso dura para sempre?

Com a chegada da internet, o varejo passou por sua mudança mais profunda desde a Revolução Industrial. Naquela época houve um aumento expressivo da produção de mercadorias e, consequentemente, do volume de compras e vendas no comércio.

Desta vez, o fator por trás da ressignificação do varejo está no uso de dados e na possibilidade de realizar compras com apenas um clique. Enquanto os consumidores podem facilmente adquirir produtos por meio dos celulares, a indústria tem o potencial de usar estes dados para relacionamentos futuros ainda mais produtivos com seus clientes.

A pandemia deu poder exponencial para esta mistura e a China provavelmente será o primeiro país em que o volume de compras online deve superar o volume das lojas físicas. Popularização dos smartphones e frete barato, somados aos efeitos da pandemia, fizeram com que neste país 52% das compras aconteçam por e-commerce até o final deste ano.

E no comércio, vai tudo para o digital?

Não! O e-commerce não significa a morte das lojas físicas, mas muita coisa deve mudar. Assim como a TV não substituiu o rádio, o varejo online não deve substituir o presencial. 

O pensamento “ou um ou outro” está longe de captar a complexidade da sociedade que exige personalização ao invés das boas e velhas “fórmulas padronizadas” em que tudo dá certo. Além disso, quem disse que nas experiências presenciais não é possível capturar dados que sejam utilizados no ambiente digital? 

Por isso, presencial e digital, ou “on” e “off”, não são como água e óleo. Muito pelo contrário, se combinados, não há conflito de canal, e sim, convergência para uma ótima experiência. Vamos com um exemplo.

Existem lojas físicas em que é possível acompanhar as interações dos clientes com os produtos de forma digital para determinar quais devem estar ali. Assim, se um cliente toca em um produto, é possível captar isso de forma automática, organizar em um sistema e otimizar o espaço da loja com produtos semelhantes para que mais clientes possam ter uma ótima experiência. 

Isso busca tornar a experiência na loja ainda melhor para aquele nicho, ressignificando o papel deste canal. Assim como é feito no digital, por meio dos anúncios personalizados que aparecem para você.

O alicerce deste “futuro já presente” é o uso de dados proprietários como estratégia central. Quando empresas combinam isso a uma equipe especializada, cultura empresarial aberta à mudança e respeito à privacidade dos usuários, passos largos são dados nesta direção que tem o cliente como centro da tomada de decisão.

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Porque a inclusão digital afeta você https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/porque-a-inclusao-digital-afeta-voce/ Fri, 12 Mar 2021 12:56:55 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/porque-a-inclusao-digital-afeta-voce/ Alguns países discutem turismo espacial e, no Brasil, 46 milhões não possuem nem acesso à internet

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Pegar o celular para se atualizar antes do café da manhã parece trivial para todos os brasileiros, mas não é.

Há uma falsa sensação de que a tecnologia traz inclusão ao possibilitar acesso à informação, no entanto esta informação seria verdadeira se o acesso à internet fosse homogêneo entre todos. 

O tema é tão relevante que em 2011 a ONU considerou o acesso à internet um direito humano. Por meio dela, indivíduos e sociedades são alavancadas pelas oportunidades para novos conhecimentos, conexões e realidades que levam ao desenvolvimento econômico e social de uma comunidade.


E como o Brasil está nesta corrida? Atrasado.

Infraestrutura: de acordo com o IBGE, aproximadamente 46 milhões de brasileiros não têm acesso à internet. Vimos claramente as dores da desigualdade do acesso durante a pandemia em que alunos ficaram sem ensino por não terem acesso a uma conexão de qualidade. Embora nossos números tenham melhorado quando falamos de infraestrutura digital, a abrangência de sinal e velocidade da conexão ainda atrapalham significativamente a navegação dos que se aventuram sem estrutura eficiente, de acordo com um relatório divulgado pelo Google em parceria com a McKinsey.

Analfabetismo: 11 milhões de brasileiros não sabem ler ou escrever, há também uma parte significativa da população que mal domina a ferramenta para o que são chamadas as habilidades digitais. Então, ainda que haja acesso, este acesso não pode ser consumido em grande parte, uma vez que textos deixam de ser acessíveis para quem não pode compreendê-los.

Tecnologias não-inclusivas: perda total da visão ou comprometimento do funcionamento visual dos olhos também impede, assim como o analfabetismo, o consumo de conteúdos em texto, que são hoje parte significativa das informações distribuídas na internet devido à ainda tímida penetração de soluções que convertem texto em áudio.

Por que é relevante?

Problemas estruturais também são consequências da desigualdade na inclusão digital de uma sociedade.

Não apenas perdemos em mais e melhores oportunidades por meio do conhecimento e compreensão de outras realidades, como deixamos de criar um ambiente atraente também para empresas, que encontram um mercado menos capacitado, deixando de gerar renda e melhores condições sociais, o que impacta a todos, inclusive você.

Tecnologias inclusivas que transformem textos em áudios são ótimos aliados para aqueles que o texto escrito é um desafio. Parcerias desenvolvidas por empresas que oferecem conectividade à internet a regiões ou comunidades em que este recurso é escasso, ou programas de inclusão digital para capacitação para os quais navegar ainda é um desafio, colaboram para caminhos mais homogêneos e que levam oportunidades para mais pessoas colaborando para menor disparidade social neste sentido.

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Google vai parar de vender anúncios com base nos seus dados de navegação https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/google-vai-parar-de-vender-anuncios-com-base-nos-seus-dados-de-navegacao/ Mon, 08 Mar 2021 20:55:43 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/google-vai-parar-de-vender-anuncios-com-base-nos-seus-dados-de-navegacao/ Medida é resposta às crescentes preocupações dos usuários com questões relacionadas à privacidade

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Nesta semana o mundo da tecnologia voltou os olhos para a notícia: o Google não vai mais usar os dados de navegação dos seus usuários para venda de publicidade.

Se você entendeu o que isso significa, sabe que a notícia impacta bastante esta indústria. 

Se isso não está claro, vou contextualizar com base em algumas experiências que provavelmente você já viveu para entender a decisão de uma das maiores empresas de publicidade digital do mundo.

O que significa usar dados de navegação de usuários para venda de publicidade?

Se você já notou que estava vendo anúncios de um produto que acabou de procurar na internet, saiba que não era coincidência. Trata-se de tecnologias que rastreiam a navegação de perfis de usuários em sites enquanto estão na internet e que combinam estes dados para venda de anúncios mais eficientes.

Isso garante que tanto a publicidade seja mais eficiente ao mostrar anúncios para pessoas certas, quanto você veja produtos que estejam mais alinhados com os seus interesses.

Por que o Google está mudando esta abordagem?

A tecnologia para entrega de anúncios evoluiu muito ao longo dos anos e trouxe a proliferação de inúmeras práticas para uso de dados. Por maior que fosse o cuidado para realização de práticas seguras por algumas empresas, os escândalos com uso indevido de dados levaram a um problema de confiança na internet. 

Segundo dados do Pew Research Center divulgados pelo próprio Google, 72% das pessoas sentem que quase tudo o que estão fazendo na internet está sendo monitorado, enquanto 81% entendem que o potencial risco enfrentado ao expor seus dados não valem os benefícios que encontram na internet.

A resposta do Google está em usar tecnologias que analisem os hábitos de navegação dos usuários em seus dispositivos e permite que os anunciantes tenham como alvo grupos agregados de usuários com interesses semelhantes, em vez de usuários individuais. Por enquanto, a mudança não afeta ferramentas de anúncios e identificadores exclusivos para aplicativos móveis, vale apenas para sites.

O que isso indica para o mercado?

Isso pode acelerar uma revolução da indústria da publicidade digital como conhecemos hoje por dois motivos principais. 

O primeiro é que este aceno ao mercado veio de uma empresa de peso, o Google foi responsável por 52% dos gastos globais com publicidade digital do ano passado. Ao adotar esta postura, ele pressiona toda uma cadeia que sustenta parte da publicidade que conhecemos hoje e que movimenta bilhões de dólares anualmente que é composta, inclusive, por seus concorrentes.

O segundo é que ao firmar este posicionamento ele reitera o compromisso com uma internet que atenda às crescentes preocupações que as pessoas têm sobre suas privacidades. Firmando um caminho sem volta rumo à segurança de dados e maior responsabilidade. 

Ao dar este passo, fica evidente que a privacidade cada vez mais se sobrepôs à má gestão e uso dos dados individuais que vêm sendo feitos na internet como conhecemos hoje. Ufa! Que mais e mais posicionamentos nesta magnitude venham nos próximos meses. 

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As big tech e a disputa no campo das notícias https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/as-big-tech-e-a-disputa-no-campo-das-noticias/ Fri, 26 Feb 2021 11:28:50 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/as-big-tech-e-a-disputa-no-campo-das-noticias/ Parlamento australiano adotou lei que obriga empresas a pagarem pela publicação de conteúdos noticiosos

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O uso das notícias passará a ser cobrado das gigantes de tecnologia na Austrália. A decisão, firmada nesta quarta-feira (24) pelo parlamento, retoma a discussão antiga trazida em diversos países: afinal, os produtores de conteúdo deveriam ser remunerados por notícias que aparecem nas plataformas de empresas como Facebook e Google?

A decisão estabelece um precedente global na regulamentação das relações existentes entre as partes e pode ecoar em locais que já levantam esta bandeira. Vamos compreender melhor esta questão com três pontos importantes:

Como ocorre a remuneração dos veículos de notícia hoje?

A remuneração dos veículos de notícia ocorre de diversas formas, uma das mais comuns na relação com as big tech é a disponibilização de espaços para publicidade ao longo do conteúdo.

Você já está acostumado, são os anúncios que aparecem quando navegamos pelos sites.

Desta forma, marcas que estejam dispostas podem pagar para ter exposição ali. Quanto maior for o volume de acessos às páginas, mais o veículo poderá lucrar.

Foto: produção – Canal MyNews

Qual é a briga?

A remuneração ao veículo de notícia ocorre quando você acessa o site, neste tipo de monetização.

Então, se ao navegar no seu feed de notícias de uma rede social você apenas ler o título da notícia e a imagem ou até um trecho do conteúdo sem acessar o site, a remuneração não necessariamente acontece para o veículo, porque você não precisou acessar o site.

Com o Google a dinâmica é semelhante. Ao tentar responder as perguntas dos usuários complementando a parte superior do resultado de busca com imagens e textos frequentemente extraídos de sites, ele torna menos necessário que os usuários cliquem em um link. Com isso, o produtor de conteúdo deixa de ser remunerado porque, novamente, o site não foi acessado.

No exemplo abaixo, você não precisa acessar o site para ver as dicas sobre como declarar o imposto de renda. Se o site usa publicidade para ser remunerado pelo Google, ele não será neste caso.

Foto: produção – Canal MyNews

Enquanto isso, as empresas podem monetizar a atenção e o engajamento gerado pelo acesso com seus próprios anúncios e outros produtos.

O conteúdo deveria ou não ser pago?

Os veículos de comunicação entendem que manchetes, imagens e trechos do conteúdo são frutos do seu trabalho e que ao serem exibidos, devem ser remunerados. As leis sobre o tema variam de acordo com cada país, mas nos EUA estes trechos só podem ser exibidos mediante uma taxa de licenciamento pela lei de direitos autorais. 

Já as empresas de tecnologia como Google e Facebook declaram que ajudam os produtores trazendo tráfego ao site por divulgarem seus conteúdos, dando relevância que dificilmente alcançariam sem suas tecnologias.

Há claramente um desequilíbrio de forças uma vez que as empresas de tecnologia possuem papel imprescindível na distribuição de conteúdo das notícias e ganho de relevância destes produtores.

Qual caminho seguir?

E o meio do caminho e postura diplomática parece ser o melhor sinal para avançar de forma equilibrada. Enquanto o Facebook bloqueou por dias o compartilhamento de notícias na Austrália em resposta ao parlamento australiano, o Google fez um acordo global com a News Corp, controladora do The Wall Street Journal, para licenciar o seu conteúdo e lançou sua plataforma de publicação de notícias em que paga empresas de jornalismo.

Ambas possuem iniciativas incríveis para fortalecimento dos canais de notícias, como por exemplo o Google News Initiative ou Facebook Journalism Project. E esta sim é a resposta necessária: busca por crescimento conjunto que leve a um futuro mais sustentável para o ambiente digital e democratização da informação.

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Sua saúde no ambiente digital https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/sua-saude-no-ambiente-digital/ Fri, 19 Feb 2021 16:26:38 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/sua-saude-no-ambiente-digital/ Relógios, sistemas e serviços inteligentes que levam este segmento para outro patamar

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Quando tive apendicite, minha primeira atitude foi pesquisar no Google sobre a dor que sentia no abdômen. Eu e boa parte dos brasileiros, em algum momento já acessamos o “Dr. Google” para pesquisar algo sobre saúde. Se você acha que isso é a digitalização desta área, prepare-se para entender este conceito com outro aspecto e impacto na sociedade.

Tecnologias vão além da telemedicina

Talvez o que mais venha à memória dos brasileiros, quanto aos avanços digitais desta área, é a implementação da telemedicina em grande escala com o avanço da pandemia do Covid, mas este não é o único exemplo. 

Ainda há um vasto caminho para avançar em diferentes frentes. Tomemos os prontuários médicos de papel, com letras nem sempre legíveis e informações que podem ser perdidas com facilidade. Multiplique isso por milhares de hospitais e pacientes e o resultado é um sistema confuso e suscetível a falhas. De acordo com o McKinsey Global Institute, nos EUA cerca de 70% dos hospitais americanos ainda usam fax ou correio para prontuários de seus pacientes.

Por isso, empresas como Google (Alphabet), Amazon, Microsoft e Apple enxergam neste setor uma grande oportunidade de negócio. Tecnologias vestíveis que monitoram a saúde (relógios inteligentes), diagnóstico de doenças com inteligência artificial, plataformas de prescrição digital e até e-commerce de medicamentos são caminhos para abocanhar um mercado que movimenta US$ 3.8 trilhões só nos Estados Unidos.

Atenção à privacidade 

A sensibilidade dos dados e privacidade são os grandes pontos de atenção nesta indústria. As empresas declaram que as informações extraídas são encriptadas e que não possuem acesso aos dados pessoais dos indivíduos. Sabemos da fragilidade dos sistemas de segurança e que nenhum é perfeito, ou seja, caso estas informações sejam acessíveis por seguradoras ou empresas, pessoas podem ser penalizadas por suas condições de saúde prévias, ainda que isso seja ilegal, acarretando em danos inimagináveis.

Algumas novidades do setor

Amazon
Com o Amazon Care, a gigante quer fornecer assistência médica aos trabalhadores de grandes empresas. Está em andamento um projeto piloto para funcionários da própria Amazon que permite agendar consultas médicas presenciais e online por meio de um aplicativo.

Apple
A partir do Apple Watch e iPhone a empresa quer continuar estabelecendo parcerias com sistemas de saúde e tornar seus equipamentos fontes de informações portáteis para pacientes e ferramentas para pesquisas clínicas.

Microsoft
Com soluções na nuvem que otimizem o armazenamento de dados, a empresa quer oferecer à indústria melhores insights e eficiência nas operações da área da saúde.

A digitalização da saúde é um caminho sem volta. Computação na nuvem ou análise de dados tornam o ecossistema digital de saúde um prato cheio de oportunidades para tornar mais eficiente este ambiente.

A conexão de pessoas, dados e serviços no segmento foi impulsionado com a pandemia, mas não deve voltar ao seu tamanho inicial. Muito pelo contrário, será a fonte para um caminho mais ágil e acessível para milhares de pessoas.

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Deixe a curiosidade ser sua bússola https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/deixe-a-curiosidade-ser-sua-bussola/ Fri, 19 Feb 2021 12:29:34 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/deixe-a-curiosidade-ser-sua-bussola/ Três lições de Jeff Bezos, fundador da Amazon, uma das empresas mais poderosas do mundo

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Jeff Bezos, o homem que transformou uma livraria online em uma das empresas mais poderosas do mundo, a Amazon, anunciou que deixará o cargo de CEO após quase 27 anos à frente da empresa para assumir a posição de diretor executivo. 

Jeff Bezos, fundador da multinacional Amazon.
Jeff Bezos, fundador da multinacional Amazon. Foto: Seattle City Council (Domínio Público).

Com um portfólio abrangente de soluções, a companhia emprega atualmente 1.3 milhão de pessoas e é considerada uma das mais valiosas do mundo, chegando a US$1.7 trilhão de valor de mercado estimado. Apesar de enfrentar desafios regulatórios, com investigações sobre suas práticas competitivas, a Amazon conseguiu agitar o mercado e quase todas as indústrias relacionadas a ela, indo da computação na nuvem ao streaming, passando pelo e-commerce.

Receita anual da Amazon em milhões de dólares. Fonte: macrotrends.net

A gestão de Jeff Bezos possui valores sólidos que podem ser aplicados para boa parte das indústrias, trago alguns exemplos:

Seja ágil

Velocidade é imprescindível nos negócios e o fator mais importante é a agilidade na tomada de decisão. Isso não significa fazer uso de decisões padronizadas, significa entre outros, não ter que esperar todas as informações desejadas para seguir com um plano. 

Por isso, inclusive, Bezos defende que a flexibilidade para assumir riscos é importante. Se você consegue reconhecer decisões erradas com rapidez, poderá ajustar ao longo do percurso ao invés de esperar uma decisão supostamente perfeita, “estar errado pode custar menos do que você pensa, enquanto ser lento custará caro com certeza“.

Cliente em primeiro lugar

Existem diversas estratégias que podem ser o centro de um negócio: concorrência, produto ou tecnologia. No entanto, o foco obsessivo no cliente sempre foi considerado um dos pilares principais na filosofia Amazon.

Bezos conta uma história em que recebeu uma carta que um cliente dizia: “Talvez você não entenda seu negócio. Você ganha dinheiro quando vende coisas“. E ele pensou: “Não ganhamos dinheiro quando vendemos coisas; ganhamos dinheiro quando ajudamos os clientes a tomar decisões de compra“. Este foi o cerne de suas tomadas de decisão ao longo dos anos na empresa.

Ao compreender a necessidade de seus clientes e colocá-las como pilares para a tomada de decisões difíceis e estratégicas, a Amazon inovou em seus produtos mantendo premissas de ótimo preço, variedade e rapidez de entrega, por exemplo.

Fazendo essa roda girar, ela compreendeu que quanto mais pudesse crescer e reduzir custos, mais clientes poderia atender gerando como consequência, mais demanda para a própria empresa.

Seja Experimental

Embora as pessoas não gostem de errar, as falhas são um fator fundamental para construção de um caminho inovador.

Jeff Bezos sempre reforçou a importância de ser experimental e ter disposição para correr riscos se quiser ser inédito em algo, o que também se constrói através da cultura empresarial. Pessoas inovadoras existem apenas em organizações em que os erros também são vistos como fonte de aprendizado (nem todos os erros, apenas os que buscam inovação). Este ingrediente é fundamental para gerar diferencial nas organizações perante seus concorrentes.

Na carta aos empregados que anuncia sua decisão de deixar o cargo, Jeff Bezos conclui com a mensagem: “Continue inventando e não se desespere se a ideia parecer maluca. (…) Deixe a curiosidade ser sua bússola.

Não há uma fórmula que leve uma empresa a se tornar referência em sua vertical, mas sim uma combinação de fatores que diferencia sua história de outras que não fizeram algo inovador. As conquistas da Amazon nos últimos anos não deixam dúvidas sobre o sucesso dos valores adotados na gestão de Jeff Bezos e seu legado para o mercado.

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Inteligência Artificial na sua vida: do diagnóstico de câncer a modelos operacionais https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/inteligencia-artificial-na-sua-vida-do-diagnostico-de-cancer-a-modelos-operacionais/ Mon, 08 Feb 2021 21:30:31 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/inteligencia-artificial-na-sua-vida-do-diagnostico-de-cancer-a-modelos-operacionais/ Evolução dos sistemas passa por eletrodomésticos, previsões para pesquisas e performance empresarial

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Talvez você não tenha notado, mas a inteligência artificial (IA) está cada vez mais longe de ser apenas parte de um filme futurista do Steven Spielberg. Quem nunca adorou uma indicação do Spotify ou Youtube ou, ainda, sonhou com o aspirador de pó que faz tudo sozinho?

A IA está na nossa vida além do que imaginamos, sendo associada à capacidade que uma máquina possui de, a partir de experiências prévias, imitar capacidades da mente humana para tomada de decisão.

Inteligência artificial
A Inteligência Artificial está cada vez mais presente na nossa vida. Foto: unsplah

Vamos a um exemplo real em sua vida 

Tome um mecanismo de busca como Google, por exemplo. Assim que você começa a digitar no campo de busca o que deseja, já deve ter notado que o sistema prevê o termo de pesquisa completo e oferece um menu de sugestões para que você encontre mais rapidamente um resultado relevante.

Isso é feito com base nos termos que diversos usuários já digitaram e nas ações tomadas a partir daqueles resultados de busca. Assim, a cada vez que uma letra é digitada ou um clique feito, são capturadas informações que melhoram as previsões para pesquisas futuras. Qualquer ação realizada na página de resultados da pesquisa fornece dados úteis. Quanto mais pesquisas, melhores as previsões, e quanto melhores as previsões, mais o mecanismo de pesquisa é eficiente e passa a ser utilizado por mais pessoas. E assim se retroalimenta.

De forma ampla, a IA pode ser usada não apenas para indicar produtos mais adequados às necessidades que temos, mas está envolvida em outras diversas áreas, como por exemplo na saúde. Um programa de IA desenvolvido pelo Google se mostrou mais eficiente do que médicos em detecção do câncer de mama, ou ainda, com a evolução da internet das coisas, os eletrodomésticos inteligentes têm invadido as casas, coletando e processando dados para se tornarem ainda mais inteligentes em suas funções.

Black Mirror e liberdades individuais

À medida que a inteligência artificial se torna cada vez mais parte de nossas vidas é importante compreender os diferentes desdobramentos que seu uso pode ter.

Na China, por exemplo, desde 2014 é adotado um Sistema de Crédito Social que monitora o comportamento dos cidadãos, atribuindo pontos positivos e negativos e, com base em IA, associa uma “confiabilidade social” de cada um dos indivíduos. 

Aqueles que fumam em locais proibidos ou desrespeitam o trânsito, por exemplo, podem ter dificuldades na compra de passagens aéreas ou bloqueio ao acesso às linhas de crédito, dentre outras punições. 

Além do exemplo chinês, outros pontos de atenção são para máquinas que conseguem inferir padrões de emoções, visão política e até saúde, podendo replicar preconceitos ou estereótipos adquiridos dos seus modelos.

Assim, para que a sociedade possa usufruir deste tema, é necessário uma intensa conversa e conscientização sobre o tema, envolvendo experts de diferentes áreas como sociólogos, especialistas em direito e ética, que tornem a discussão rica e inclusiva para todos.

Oportunidades para empresas

Até aqui você já entendeu que dados são um elemento fundamental para a IA. Assim, o aumento da disponibilidade de grandes quantidades de dados e evolução dos sistemas que podem processá-los de forma mais rápida são exponenciais em nossa sociedade. 

Neste cenário, é difícil imaginar uma empresa que não tenha como uma de suas prioridades digitalizar seu modelo operacional buscando eficiência. Ao atrelar isso a análises que transformam dados internos e externos em escolhas, as empresas geram valor em um cenário hipercompetitivo.

Uma peça fundamental para que isso ocorra é a transformação digital que deve abranger toda a cultura organizacional, estando atrelada aos seus pilares mais estratégicos. 

É possível tomar proveito de muitas coisas que já tem avançado em Machine Learning, como clusterização de usuários ou predição de compras. Até que a IA atinja seus patamares mais avançados, profissionais capacitados e parceiros podem conduzir a jornada das empresas rumo à maturidade neste tema que vai muito além de uma mudança apenas em sua área técnica, alcançando lideranças e resultando em planos de ação sistêmicos e a longo prazo. 

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Suas informações podem fazer parte do maior vazamento de dados do Brasil https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/suas-informacoes-podem-fazer-parte-do-maior-vazamento-de-dados-do-brasil/ Mon, 01 Feb 2021 21:03:48 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/suas-informacoes-podem-fazer-parte-do-maior-vazamento-de-dados-do-brasil/ Nome completo, salário ou endereço de mais de 220 milhões de brasileiros estão sendo vendidos pela internet

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Se você já teve sua carteira furtada, sabe o tormento que é cancelar os cartões, avaliar o valor perdido em dinheiro e renovar os documentos. Além das perdas monetárias, o medo que os documentos sejam usados de forma ilegal é uma das angústias mais comuns. 

Sentimento nada agradável que já pode ser compartilhado por praticamente todos os brasileiros graças à descoberta feita pelo dfndr lab, laboratório de cibersegurança da Psafe, e divulgada na semana passada.

De acordo com a empresa, informações atreladas a pelo menos 223 milhões de CPFs no Brasil, e isso muito provavelmente inclui os seus dados, estão circulando e sendo vendidas na internet sem consentimento. 

O número, maior que o da própria população do país, assusta porque além de provavelmente incluir o CPF de pessoas que já faleceram ou que foram desativados, se configura como o maior vazamento de dados pessoais da história do país que deixou muitos de mãos atadas, uma vez que não há caminhos que possam reverter este quadro.

Vazamento da dados: informações pessoais de pelo menos 223 milhões de brasileiros estão circulando e sendo vendidos online
Dados pessoais de pelo menos 223 milhões de brasileiros estão circulando e sendo vendidos online. Foto: Michael Geiger (Unsplash).

O que foi exposto?

Nome completo, endereço, foto dos rostos, renda, imposto de renda, scores de crédito, entre outros. Além disso, também vazaram os dados de mais de pelo menos 40 milhões de empresas, incluindo CNPJ, razão social e diversos dados associados. 

O que assusta, além do volume, é a qualidade do dado, ou seja, a riqueza e granularidade de informações que ele traz, o que faz com que a questão possa ter inúmeros desdobramentos à população, que passam por compras em nomes das vítimas, fraudes bancárias, venda de patrimônios e outros crimes inimagináveis.

Quem vai pagar a conta?

A Agência Nacional de Proteção de Dados está apurando o caso e, ainda que as sanções previstas na LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) só possam ser aplicadas a partir de 1º de agosto deste ano, caso os responsáveis pelo vazamento sejam localizados, é possível aplicações de multas com base no Código de Defesa do Consumidor.

Para se ter uma ideia, a partir de agosto, as multas previstas na LGPD para ações nessa esfera poderão chegar a R$ 50 milhões. ​

Quais são os caminhos a seguir?

Para pessoas físicas, há muito pouco o que possa ser feito a não ser redobrar atenção com transações bancárias suspeitas, trocar senhas ou usar a autenticação dupla de contas com celular ou e-mail, por exemplo. 

Para empresas, são redobradas as responsabilidades em torno do tratamento de dados. 

O conceito de “administração de dados”, em que os usuários confiam às empresas a responsabilidade de usarem seus dados de maneira responsável, é fundamental quando falamos sobre privacidade. 

Por exemplo, usando este modelo no universo de anunciantes na publicidade, as marcas se tornam “arrendatárias” dos dados, enquanto os usuários permanecem como “proprietários” emprestando seus dados em troca de uma experiência personalizada de valor agregado. É uma forma rica e sustentável de criar relações a longo prazo.

Não é um caminho fácil e muito menos para iniciantes. A complexidade do tema exige a contratação de serviços especializados que possam conduzir os negócios de forma segura e sustentável no uso de dados a fim de gerar confiança a toda cadeia envolvida, fazendo com que os dados tragam o seu melhor uso a todas as partes. 

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Como colocar limite na dependência das telas e fazer a tecnologia trabalhar para você https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/como-colocar-limite-na-dependencia-das-telas-e-fazer-a-tecnologia-trabalhar-para-voce/ Thu, 21 Jan 2021 22:34:22 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/como-colocar-limite-na-dependencia-das-telas-e-fazer-a-tecnologia-trabalhar-para-voce/ Ferramentas e uma boa dose de mudança de comportamento podem lhe ajudar a fazer as pazes na relação com a internet

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A tecnologia surgiu para tornar a vida das pessoas mais fácil, prática, integrada e automatizada. Podemos falar com qualquer pessoa do mundo a qualquer momento, alugar um apartamento, pagar uma conta, comprar um presente, tudo em poucos cliques.

Por outro lado, a mesma tecnologia quando não utilizada da sua melhor forma pode trazer uma carga invasiva, impactando o bem-estar e saúde mental das pessoas. Mensagens fora de hora, notificações invasivas e aquela sensação incontrolável de checar o celular a cada cinco minutos podem acabar tirando o foco do que está sendo realizado e consumindo tempo precioso de forma desnecessária.

O mau uso da tecnologia se tornou patológico e já há o entendimento de que o vício em tecnologia é muito semelhante à dependência química. Existem hoje uma série de mecanismos muito bem articulados que tornam nossa experiência incrível, ativando hábitos de consumo excessivos. Há uma série de documentários sobre isso, como “O dilema das redes” (Netflix), que detalha, ainda que de forma simplista, um pouco sobre esta dinâmica.

Dependência tecnologia
Ter uma relação saudável com a tecnologia é um desafio a ser encarado por todos.
(Foto: Unsplash)

Diante desse cenário, o que fazer?

Abrir mão da tecnologia não me parece algo realista. Ela veio para ficar e a tendência é que ela ocupe um maior espaço na nossa vida cotidiana. Desta forma, os excessos passam por uma reflexão da indústria, por regulações, mas também pelo comportamento do usuário, que precisa aprender a se blindar.

E essa é a boa notícia: existem meios para se proteger do lado destrutivo da tecnologia e focar somente no que ela oferece de bom. Abaixo, listei algumas dicas que podem ajudar nesse processo:

Desative notificações em horários determinados: É comum que em um momento de descanso, sua paz seja roubada por uma notificação do celular. Uma mensagem de trabalho em horário impróprio pode levar sua mente para outros lugares distantes do lazer que você estava inserido. Portanto, determine horários para que você acesse seus e-mails, WhatsApp e quaisquer outros canais. Você acessa a tecnologia quando quiser, mas a tecnologia só te acessa quando você permite.

Lembretes de limite de uso: Aplicativos como Facebook e Instagram permitem colocar lembretes que te avisam quando você passou o limite de tempo que você mesmo pode estabelecer. Ele não impede a navegação, mas ajuda a lembrar quando você está passando do ponto.

Detox: Não serve só para a comida. Sabe aquele grupo de comunicação da família em que tudo vira uma discussão? Mande uma mensagem carinhosa, diga que precisa focar em outras áreas da sua vida e saia dos grupos. É possível manter contato com todos no individual caso algum ponto urgente aconteça.

Descanso, alimentação e despertar: Para sua mente entender que a hora de dormir se aproxima, programe a luz da tela para que vá caindo ao longo do dia. Deixe o celular de lado com pelo menos uma hora de antecedência antes de dormir e, se puder, deixe o celular longe da cama.

Durante as refeições, não leve o celular à mesa. Se estiver fora de casa, num restaurante, se vigie para não checá-lo. Não o colocar sobre a mesa pode ajudar. Ao acordar, sua primeira ação não precisa ser checar o celular. Dê uma boa espreguiçada, respire fundo e dê uns minutos a você mesmo e ao seu cérebro.

Liberte-se da hype:  Vivemos em uma sociedade em que novidades surgem o tempo todo. Não é incomum, por exemplo, se deparar com um influenciador com milhões de seguidores e ele ser um ilustre desconhecido para você. Quando isso acontece, pode nos gerar uma sensação de que estamos por fora quando deveríamos estar por dentro.

Já até uma nomenclatura para esse fenômeno: F.O.M.O (fear of missing out/ medo de perder). Basicamente, se refere ao sentimento de que você está perdendo algo extremamente importante para sua felicidade. Isso envolve uma rede social ou influenciador que você não conhece (mas supostamente deveria) ou aquele mal estar quando está no sofá e começa a ver todas as pessoas em praias paradisíacas passando pela sua timeline.

O fato é que ninguém precisa saber tudo de todas as tendências e essa obsessão só gera frustração, porque é impossível estar a par de tudo. A velocidade de produção de notícias e fatos nas redes é infinitamente maior do que a sua de consumi-las. Aceite, sempre vai ter alguma coisa acontecendo que você não sabe. Como lidar melhor com isso? Filtre o que você precisa saber e desconsidere o que não precisa. Use sua energia de forma racional e a seu favor.

Consuma tecnologia construtiva: Há uma série de aplicativos e possibilidades que te ajudam a construir uma vida melhor. Apps de mindfulness e meditações guiadas, de leitura, que incentivam e dão orientações básicas sobre a prática de esportes, alimentação saudável, e ajudam a organizar melhor as tarefas do dia.

Enfim, o fato é que a mesma tecnologia que hoje é associada ao burnout, ao excesso, tem muitos recursos para trabalhar a favor do seu bem estar. Já que a tecnologia veio para ficar, e não há dúvida sobre isso, precisa ser algo sustentável e equilibrado. O indivíduo fora da tecnologia precisa existir, ter uma vida, para olhar para a tecnologia como fonte de conteúdos incríveis. A internet tem muitos recursos que podem ser usados da melhor forma. Ajuste estes limites e faça as pazes com a sua relação com a tecnologia.

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Trump banido e a mudança no papel das Big Techs https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/trump-banido-e-a-mudanca-no-papel-das-big-techs/ Fri, 15 Jan 2021 11:12:53 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/trump-banido-e-a-mudanca-no-papel-das-big-techs/ “À medida que cresce o papel destas empresas sobre a opinião pública, este setor compreende a importância de respostas mais precisas às novas necessidades sociais”

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Banimento de Donald Trump no Twitter levanta debate sobre papel da Big Techs quanto à mediação de discurso
Banimento de Donald Trump no Twitter levanta debate sobre papel da Big Techs quanto à mediação de discurso.
(Foto: Unsplash)

Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, teve seu perfil banido das redes sociais das maiores empresas de tecnologia do mundo. Todos voltaram os olhos para este acontecimento sem precedentes e a pergunta foi: quais são as implicações quando uma medida nesta proporção é adotada?

Ao banir uma figura pública com a representatividade e importância política de Donald Trump, as Big Techs atuaram de maneira histórica. Desta forma, à medida que cresce o papel destas empresas sobre a opinião pública, este setor compreende a importância de respostas mais precisas às novas necessidades sociais.

Anos parecem décadas quando analisamos o digital. Por isso, ainda que menos de 10 anos após o Twitter ter sido intitulado pelo alto-executivo Tony Wang como “a ala da liberdade de expressão do partido da liberdade de expressão” (the free-speech wing of the free-speech party), numa clara alusão à pouca interferência que possuía sobre os conteúdos postados, o discurso se ajustou poucos anos depois. 

Em 2021, Sinead McSweeney, vice-presidente da empresa para políticas públicas e comunicações na Europa, Oriente Médio e África, defendeu que “não é mais possível defender todos os discursos” (it is no longer possible to stand up for all speech). Indicando que tempos mudaram e também as empresas às pressões sociais a que são submetidas, assim vemos surgir um novo papel no que diz respeito à responsabilidade sobre o conteúdo veiculado em seus espaços.

As Big Techs navegam por grandes complexidades para encontrar o equilíbrio entre o aceitável e não aceitável em seus ambientes quando falamos de conteúdo. Não há consenso. Se por um lado são acusadas de moderar discursos de forma tendenciosa, por outro, são apontadas como falhas no controle da moderação de conteúdo.

Quando falamos de censura e liberdade de expressão é impossível se dissociar do impacto no campo social. Uma vez que estas plataformas são utilizadas por figuras públicas é um ponto de atenção que estes “juízes” pertençam apenas ao campo privado. Estamos falando de uma ação na esfera privada com grande interferência na vida pública. Por isso, é tão importante a presença de regulamentações para que seja mantida a coerência apesar dos diferentes vieses e contextos em que futuros casos se passem. 

No atual cenário parte-se da seguinte suposição: uma figura pública faz uso de uma plataforma privada para disseminar um assunto de interesse também público, com impacto social. Isso ocorre em diversos países, independentemente da visão política que ocupa o poder. Desta forma, a gestão da comunicação entre dois aspectos públicos ocorre apenas e unicamente por meio de uma tecnologia, como se fossem aspectos lineares e simples que seguem um modelo: público-privado-público.

Sabemos que a sociedade é muito mais complexa do que qualquer caminho linear. Somos rede. Atuamos em rede. Pensamos em rede. Por isso, deixar para que apenas uma parte do todo seja intermediário do fluxo que liga e desliga esta comunicação é falho, não pela política de uma empresa especificamente, mas pela ausência de discussão ampla que pode enriquecer qualquer tomada de decisão.

Os últimos acontecimentos no Capitólio aumentarão a cobrança por coerência e moderação de conteúdos em diferentes contextos e países. Como estes valores são distintos em cada lugar, as empresas precisarão manter firme a coerência para aguentar a pressão que serão submetidas. Além disso, por maior que seja o impacto que estas ações trarão a discursos de ódio, é importante ter claro que eles não deixarão de existir. Apenas vão migrar para estruturas que atualmente estão menos organizadas e com menor impacto, devendo voltar à cena em breve.

A ideologia de um discurso pode caminhar por quaisquer plataformas. Por isso, a regulamentação se mostra importante para que o ponto seja direcionado de maneira eficiente.

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A tecnologia como ferramenta para captação de alunos no ensino superior https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/a-tecnologia-como-ferramenta-para-captacao-de-alunos-no-ensino-superior/ Fri, 08 Jan 2021 09:53:32 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/a-tecnologia-como-ferramenta-para-captacao-de-alunos-no-ensino-superior/ Comunicação personalizada em escala é caminho para atração de alunos para sala de aula

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A capacidade de captação de novos alunos com uso de tecnologias já é uma realidade possível, que existe bem antes da pandemia.
(Foto: Unsplash)

A transição rumo ao novo cenário da educação após a pandemia tem sido amplamente discutida. De maneira brusca, alunos de diversas idades e países deixaram de frequentar as atividades presenciais como forma de prevenção à propagação do coronavírus.  Em meio ao caos, a tecnologia foi o caminho que permitiu acesso à educação, nos locais onde foi possível, ressignificando as relações entre professores, estudantes e instituições em um caminho sem volta.

Mas não foi apenas esta relação que deu passos gigantes em direção a um futuro mais digital. A capacidade de captação de novos alunos com uso de tecnologias já é uma realidade possível, que existe bem antes da pandemia, e que deixou há tempos o velho giz e lousa rumo ao tecnológico.

A demanda pelo aprendizado é uma realidade e a pandemia elevou este número para outro patamar. As buscas no Google relacionadas a softwares de educação aumentaram em 46%. Ou seja, há demanda. 

No entanto, quando olhamos o ensino superior, os fatores que levam estudantes às salas de aula não são nada homogêneos. Trata-se de uma árvore de decisão complexa e composta por diferentes fatores como valor da mensalidade, reputação, proximidade da residência e infraestrutura. Além disso, ainda precisa ser considerada a escolha do curso a ser realizado, que pode ser escolhido pela vocação ou então desejo de ganhar mais espaço no mercado profissional por aqueles que já trabalham.

Dito isso, é preciso ter em mente que a comunicação é mais eficiente à medida que conversa com os interesses daqueles que deseja impactar. Por isso, quanto mais granular, melhor é o engajamento gerado por seus públicos-alvo.

Ora, como fazer com que cada potencial aluno seja impactado corretamente dado que a árvore de decisão para escolha da Instituição do Ensino Superior é complexa e quase “particular” para a tomada de decisão?

De forma tradicional, pode-se exigir que uma equipe de marketing adapte cada mensagem manualmente para cada nicho, o que é pouco produtivo para o negócio por ser lento e potencialmente falho. Ou ainda, gerar uma comunicação padrão para todos os públicos  que têm sua eficiência reduzida por não trazer nenhum apelo específico com quem conversa.

É aí que a tecnologia pode ser implementada para garantir mensagens eficientes com o máximo de personalização possível para atração de mais alunos para sala de aula. Por meio da inteligência de dados, ao invés de “Os Melhores Cursos Estão Aqui, Faça Sua Inscrição”, é possível incluir informações como curso, campus, preço da matrícula automaticamente nas mensagens para diferentes usuários com base no comportamento e perfil de navegação.

O uso da tecnologia pode estar dentro ou fora das salas de aula
O uso da tecnologia pode estar dentro ou fora das salas de aula.
(Foto: Unsplash)

Ou ainda, de forma mais interessante, é possível divulgar os cursos de acordo com a sua disponibilidade em cada região. Ou seja, caso as vagas se esgotem, automaticamente as publicidades sobre determinados cursos são interrompidas ou adaptadas para outras localidades que tenham.

Isso tudo de forma rápida e eficiente, permitindo otimização de tempo e custo para estas instituições, que podem investir em outras tecnologias e negócios.

Vale estar atento às novas tendências e comportamentos dos consumidores. O uso da tecnologia pode estar dentro ou fora das salas de aula. Não se trata mais de ser um setor dentro da Instituição de Ensino, e sim, um valor que permeia sua cultura para atingir seus próximos passos de evolução. 

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Marcas e eventos online: como elevar a experiência no ambiente digital https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/marcas-e-eventos-online-como-elevar-a-experiencia-no-ambiente-digital/ Fri, 01 Jan 2021 15:02:02 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/marcas-e-eventos-online-como-elevar-a-experiencia-no-ambiente-digital/ Mais do que transportar atividades do presencial para o digital, é necessário traduzi-las em um novo cenário

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Já é sabido: a pandemia impactou a forma como interagimos com o ambiente digital, seja para consumo de produtos, fonte de informações e educação ou entretenimento. Dentre as várias frentes, o destaque hoje vai para o consumo de vídeos ao vivo por usuários, as tão famosas lives, e como as marcas podem usar este canal como forma de se aproximar de seus públicos.

Com a restrição à circulação de pessoas, a modalidade livestreaming ganhou voz ainda mais expressiva no campo musical em 2020, diversos artistas encontraram neste formato uma maneira de se conectar aos seus públicos e oferecer lazer diante da rotina de confinamento. 

Assim, assistimos shows ao vivo de artistas de vários lugares e magnitudes fazendo com que as lives conseguissem navegar em um cenário caótico e dinâmico. O pico de buscas deste termo aconteceu entre abril e maio no Google, mostrando a resposta positiva da audiência. Além disso, números impressionantes foram alcançados, segundo o Google, mais de 3 milhões de pessoas assistiram simultaneamente no YouTube à live de Marília Mendonça, uma das grandes artistas da música nacional.

Fonte: Google

Com isso, as lives acabaram se consolidando como um dos principais marcos de 2020 no digital. No entanto, o entretenimento não foi o único que conseguiu dançar no caos da pandemia. As interações por meio de lives transbordaram para outros cenários e as marcas viram ali a oportunidade para ressignificar sua relação com clientes por meio de estratégias adaptadas ao digital considerando dois motivos bastante simples: uma das poucas formas possíveis de estabelecer contato com seu público-alvo, além de ser segura.

Tendo em mente que a relação usuário e marca se afirma também pelo fator emocional, a grande questão foi: como se conectar com emoções antes sentidas no offline, agora no ambiente online?

Computador, live, Covid, pandemia
Pandemia impactou a forma como interagimos com o ambiente digital.
(Foto: Unsplash)

Neste sentido, as lives podem e devem ir além de uma mera transmissão de conteúdo que vai do emissor ao seu público-alvo. Há recursos técnicos hoje que possibilitam uma mão dupla em que a resposta da audiência em tempo real pode ser utilizada como combustível para conteúdos durante o próprio evento, aumentando engajamento e valor percebido das marcas.

O Facebook Connect, um dos maiores eventos anuais em inovação digital, entendeu o potencial e como tirar proveito disso. Por conta da pandemia, as atividades foram transportadas totalmente para o campo virtual e o foco na interação com o público durante o evento foi um dos seus grandes pilares. Por meio de questionários, “recompensas” e outras interações ao vivo, foi possível criar uma experiência humana coletiva e elevar o entusiasmo da audiência.

Via de regra, qualquer live pode ser assistida em outro momento que não seja ao vivo, mas o valor da interação durante o evento, desloca o usuário do papel de mero espectador. Isso gera conexão emocional e sustenta um dos pilares centrais da relação marca e público, dado que o mundo competitivo em que estamos inseridos faz com que atributos intangíveis sejam cruciais na criação de valor.

 Novas formas de interação digital não se tratam apenas de espelhar relações do mundo offline para o online. Trata-se de construir caminhos inovadores que possam comportar todos os novos elementos presentes nesta relação, seja a interação em tempo real, a possibilidade do uso de dados ou a dinamismo para uma direção completamente nova. As opções para quem quer navegar nesses mares não são muitas: trata-se de adaptação ou adaptação, mas os frutos gerados com certeza são inúmeros e a longo prazo.

Aproveitar o momento para impulsionar compras, feedback em tempo real ou receber sugestões são formas de usar a interação para construção de cenários onde há mais troca e construção conjunta com clientes. Diretrizes que, com certeza, conversam com o futuro multiconectado que o usuário, e não a marca, é o centro da atenção.

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Fraude na tecnologia, uma indústria bilionária https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/fraude-na-tecnologia-uma-industria-bilionaria/ Fri, 25 Dec 2020 13:53:44 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/fraude-na-tecnologia-uma-industria-bilionaria/ Cerca de R$ 260 bilhões são perdidos anualmente com fraudes e outras práticas ilícitas na publicidade digital

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Com a crescente digitalização da sociedade, a importância desta vertical pode ser expressa no quão estratégico seu uso se torna para fortalecer ou fragilizar instituições, empresas e países. É por isso também que nos últimos anos e, cada vez mais, se fala sobre ações robustas para combater fraudes e ciberataques no ambiente digital. A cadeia ilícita que movimenta bilhões de dólares atualmente, em diferentes frentes, possui impacto não apenas para corporações, mas vários elos de um sistema, podendo chegar às nossas vidas de maneiras diversas.

Nesta semana muitos se divertiram e criaram memes com as supostas vacinas falsificadas contra o coronavírus vendidas por camelôs no Rio de Janeiro. O que assusta não é a falsificação em si, mas o inusitado tema que fez alvo: a vacina. No entanto, semanas antes, de forma nada engraçada e imensamente sofisticada, ações criminosas impactaram no acesso aos dados da cadeia de suprimentos das vacinas realizadas por hackers dispostos a negociar altíssimos pagamentos para que as informações fossem novamente reestabelecidas e a luta contra a doença continuasse a todo vapor.

As fraudes na tecnologia formam uma indústria bilionária que demanda atenção e atualização constantes
As fraudes na tecnologia formam uma indústria bilionária que demanda atenção e atualização constantes.
(Foto: Unsplash)

Outro exemplo sobre como estes crimes estão impactando nossas rotinas são os crescentes números de ciberataques que usuários comuns foram alvo, em virtude do aumento do número de pessoas trabalhando remotamente. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, com estruturas menos robustas de segurança e com acesso a sistemas corporativos dos seus computadores pessoais, os trabalhadores têm sido alvos de constantes ataques que buscam não apenas o roubo de seus dados pessoais, mas também o acesso às informações confidenciais das empresas, acarretando em prejuízo para uma parte da economia já abalada com um ano tão desafiador.

Em uma outra instância, que poucos imaginam, está a publicidade digital. A indústria é um forte alvo destas ações. Anualmente, estima-se US$ 50 bilhões — o equivalente a R$ 260 bilhões — sejam desperdiçados no que se chama ad fraud, ou fraude na publicidade, ao qual podemos ser expostos enquanto navegamos na internet, de acordo com dados do World Federation of Advertisers (WFA).

Por meio de práticas ilícitas, robôs podem simular o comportamento humano, por exemplo, atrapalhando a eficiência de campanhas e marcas anunciantes e trazendo prejuízos à cadeia como um todo.

Afinal, quais são os caminhos para lidar com estes cenários? Felizmente temos opções. Primeiro, é necessário regulamentação das instituições, das políticas de combate a práticas ilícitas nas redes de forma extensiva, e contar com profissionais que possam atuar como parceiros consultivos neste universo. Já quando tratamos da publicidade, existem tecnologias que fazem esta detecção e que podem ser trabalhadas por especialistas em mídias para alcance dos melhores resultados. No universo da proteção dos nossos e-mails, além de empresas especializadas, há também a educação dos usuários para atenção aos sites, links e arquivos que são acessados e que podem contribuir para a fragilidade da segurança das informações que têm acesso.

A tecnologia nos apoia na resolução de desafios que existiam e que ainda virão nos anos que seguem. Cabe aos profissionais deste ecossistema se manterem informados e compreender como aplicar a melhor solução a cada caso.

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Sabemos como lidar com a nossa dependência das big techs? https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/sabemos-como-lidar-com-a-nossa-dependencia-das-big-techs/ Fri, 18 Dec 2020 12:22:38 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/sabemos-como-lidar-com-a-nossa-dependencia-das-big-techs/ O mundo foi para o Google pesquisar o que fazer quando o Google deixa de funcionar. Ficamos sem resposta

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Não há dúvidas de que a tecnologia ajudou a construir uma nova realidade em meio à pandemia digitalizando ainda mais o mundo.

Aprendemos a consumir vídeo online em outra escala. O setor de educação se reinventou por meio do homeschooling. Seis em cada dez organizações aceleraram suas transformações digitais neste ano, segundo um estudo da IBM.

Tantos outros passos que seriam dados ao longo de anos foram possibilitados pelos recursos oferecidos por empresas que contamos na ponta dos dedos: Amazon, Google, IBM, Facebook, Zoom e mais uma meia dúzia.

Google é uma das big techs com forte presença em nosso cotidiano
Google é uma das big techs com forte presença em nosso cotidiano.
(Foto: Unsplash)

Foram diversas conquistas e poucos atores que pavimentaram tecnicamente estes caminhos. E mais, em meio ao furacão, nem nos demos conta disso.

Como seres humanos, tendemos a notar a presença e dependência de algo em nossas vidas na escassez deste recurso e, via de regra, buscamos alternativas somente no momento da crise.

Em 2018, a greve dos caminhoneiros alertou o país para a alta dependência que a economia tem do transporte rodoviário de carga. O que parte da população fez? Buscou alternativas. Ainda que muito aquém do poder de resolução do problema, o uso de bicicletas compartilhadas aumentou em diversas capitais como forma de lidar com a crise de abastecimento de combustíveis trazida pelo movimento.

Avançando para o setor de tecnologia, quando a justiça ameaçou bloquear o WhatsApp por 72h, em 2016, diversas pessoas logo buscaram outras formas para poderem se comunicar. O Telegram surgiu como nova possibilidade batendo seus recordes de buscas nos últimos 5 anos, de acordo com os dados do Google Trends.

E foi assim que o mundo todo renovou o seu olhar sobre este tema no dia em que os serviços do Google ficaram fora do ar por pouco tempo: 45 minutos, segundo a empresa.

Escolas deixaram de funcionar, empregados de trabalhar, vídeos online de serem consumidos. Isso para não falar dos tantos outros impactos que afetaram não apenas um país, mas o globo. O mundo foi para o Google pesquisar o que fazer quando o Google deixa de funcionar. Ficamos sem resposta.

Falhas assim ocorrem com alguma frequência. Em novembro deste ano, quando os servidores da Amazon ficaram fora do ar, parte da internet também foi comprometida, atingindo até o site do metrô de Nova Iorque. Problemas com a tecnologia da IBM também causaram impactos no setor financeiro há poucos dias no Brasil.

Quando este sintoma é exposto, voltam com força os argumentos dos órgãos que regulam a concorrência neste segmento. As big techs são constantemente alvo de acusações de monopólio e práticas anticompetitivas. Todas elas, em alguma instância, respondem nos tribunais em uma luta de pesos pesados.

De um lado, são acusadas de violar as práticas que garantem a saúde do mercado em que se inserem, por outro, se defendem alegando que as acusações são infundadas, possuem viés político e que o uso das tecnologias é uma escolha do usuário e não obrigação.

Um fato inegável é que estas tecnologias caminharam numa velocidade muito superior a qualquer regulamentação ou compreensão dos seus papéis em nossas vidas. Os jovens empreendedores do Vale do Silício cresceram, e muito, mudando o centro gravitacional do que entendemos por tecnologia.

Assim, à medida que a conversa amadurece e compreendemos as possibilidades de cada caminho, avançamos com ações mais concretas. Um paralelo tem acontecido com o uso de dados feito por estas mesmas empresas. Anos e anos amadureceram a questão, trouxeram mais regulamentações e uma sociedade mais consciente sobre o tema. O mesmo com as Fake News.

Ambos são temas bastante controversos, mas são estes atritos e uma sociedade mais versada sobre o tema que ajuda a modelar o percurso da indústria para caminhos sustentáveis e saudáveis, tanto para sociedade como para as empresas.

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Sobram vagas, faltam profissionais: a desigualdade no setor de tecnologia no Brasil https://canalmynews.com.br/natalia-fernandes/sobram-vagas-faltam-profissionais-a-desigualdade-no-setor-de-tecnologia-no-brasil/ Wed, 09 Dec 2020 22:05:08 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/sobram-vagas-faltam-profissionais-a-desigualdade-no-setor-de-tecnologia-no-brasil/ Mesmo um setor considerado uma área de oportunidades não fica imune à desigualdade estrutural no país

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Os números do desemprego no Brasil são cada vez mais alarmantes. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 14 milhões de pessoas são atingidas no país atualmente. Reflexos destes números também podem ser vistos na taxa de desocupação, que alcançou 14.6% no terceiro trimestre de 2020, sendo a maior da série desde seu início, em 2012.

Em uma realidade com crescente número de desempregados, de forma contraditória, há um segmento onde sobram oportunidades: o setor de tecnologia. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o número de vagas disponíveis sem profissionais aptos a preenchê-las deve chegar a 264 mil empregos, entre 2019 e 2024.

Descendo mais um grau nas desigualdades que atingem a força de trabalho neste segmento, quando consideramos inclusão de gênero no setor, a disparidade também é expressiva. Trata-se de um território dominado por homens, em que mulheres representam apenas 20% dos profissionais, de acordo com o IBGE. 

Mas afinal, como tantos contrastes se configuram neste setor marcado pelas oportunidades? Ineficiência educacional e discrepâncias culturais são algumas das respostas, embora não as únicas. Um tropeço que, como país, damos sucessiva e sistematicamente, afetando diversos segmentos da economia.

Sobram vagas, faltam profissionais e mulheres: desigualdades no setor de tecnologia no Brasil
Apesar da oferta de vagas, setor de tecnologia vive dificuldade para preenchê-las.
(Foto: Annie Spratt/ Unsplash)

Ineficiência educacional

A crescente necessidade de expansão do setor, trazida pelo novo peso que a economia digital ganhou no país, aumenta o desalinho entre poucos profissionais capacitados anualmente e crescente ofertas de emprego.

A discrepância entre o número de formados e os que efetivamente conseguem vagas é marcada pela defasagem no currículo das instituições educacionais. Segundo a Brasscom, em 2017 esta diferença foi de 20 mil  profissionais, evidenciando que a qualificação trazida pelas instituições de ensino, nem sempre estão de acordo com as necessidades do mercado.

Diante disso, o país perde oportunidade de ascender como produtor de tecnologia para ocupar o papel de importador, deixando passar por entre os dedos um caminho possível para alavancagem de sua economia.

Disparidade de gênero

Esta indústria também é marcada por mulheres vastamente sub-representadas. Com isso, não apenas as empresas deixam de aproveitar um potencial do mercado, como também diferenças de gênero se tornam ainda mais significativas, afastando realidades de equiparações salariais ou representativas que possibilitam ambientes de trabalho mais diversos.

Desde a infância, os brinquedos são comumente divididos entre panelas e bonecas para meninas, videogames para meninos. A divisão reforça o estereótipo cultural de que mulheres são aptas às atividades do âmbito do seio familiar e homens à racionalidade – o que leva, posteriormente, a um número pequeno de mulheres a carreiras tecnológicas.

Como consequência, as matrículas no ensino superior em ciências humanas, letras e artes são majoritariamente ocupadas por mulheres, ao passo que engenharias ou cursos relacionados à tecnologia, tem 85,4% de homens. Já se nota aí uma clara diferença na proporção de mulheres que chegam ao mercado de trabalho.

No entanto, não apenas são em menor volume como também ganham menos para as mesmas funções, quando comparadas aos homens. Segundo o IBGE, as mulheres profissionais de tecnologia podem ganhar até 34% menos do que os homens.

Novos caminhos

Os caminhos para a resolução deste complexo problema não são simples e tampouco óbvios. Buscando minimizar os efeitos do déficit de profissionais aptos a ocuparem posições em uma área tão turbinada, bem como alcançar números mais igualitários na inclusão de gênero, as empresas têm trilhado novos caminhos.

A flexibilidade dos critérios para contratação quando diz respeito à formação acadêmica, ou ainda programas de inclusão de mulheres, têm sido caminhos adotados.

Para encontrar talentos para seu time de desenvolvedores, a Mightyhive, consultoria de mídia da S4Capital, acreditou no potencial de um processo de seleção aberto ao novo e na constante capacitação do time como diferencial. A equipe técnica é composta por profissionais com diferentes trajetórias, como por exemplo conhecimentos em Direito e Física. A empresa apostou na contratação e não foi surpreendida.

Os profissionais estão em constante crescimento na empresa, liderando projetos de inovação com uso de dados digitais de empresas gigantes. Tudo isso em menos de 3 anos. Além disso, um programa para inclusão de mulheres no quadro de funcionários também foi realizado.

Apostar em um processo de contratação diverso e focado em habilidades, somado à constante capacitação de funcionários em programas de aprendizagem contínua, são alternativas que lapidam e aceleram talentos nessa direção, visando diminuir os impactos da desigualdade no setor. Rumos que, enquanto a precariedade educacional e estereótipos culturais existirem, atuam como tampões, mas não resolvem a totalidade deste problema estrutural.

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