Arquivos Thales Schmidt - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/post_autor/thales-schmidt/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Tue, 08 Mar 2022 15:16:40 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 PL 490 pode acabar com a demarcação de terras indígenas, alerta pesquisador https://canalmynews.com.br/politica/pl-490-pode-acabar-com-a-demarcacao-de-terras-indigenas-alerta-pesquisador/ Sun, 04 Jul 2021 12:36:36 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pl-490-pode-acabar-com-a-demarcacao-de-terras-indigenas-alerta-pesquisador/ Especialista alerta que há um “alinhamento inédito” das forças anti-indígenas do Congresso

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O projeto de lei 490 significa colocar a demarcação de terras indígenas nas mãos de um Congresso que é tradicionalmente dominado por ruralistas, afirma o doutor em ciência política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Leonardo Barros. Em sua tese de doutorado, Barros estudou o processo de regulação das terras indígenas no Brasil e no Canadá e avalia que o PL é “um retrocesso gravíssimo”.

O texto, que já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, transfere do Executivo para o Legislativo a prerrogativa de demarcação de terras indígenas. Outras mudanças incluem o estabelecimento do marco temporal, a permissão de construção de obras de infraestrutura em terras indígenas, a regulação do uso de terras indígenas para agricultura e abre caminho para a possível revisão de demarcações.

“As forças anti-indígenas do Congresso Nacional farejaram uma oportunidade única de alinhamento entre a presidência da CCJ e da presidência da Câmara com relação ao tema indígena e estão querendo aproveitar esse momento”, diz Barros ao MyNews.

Área de garimpo na região do rio Uraricoera na Terra Indígena Yanomami. (Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real).
Área de garimpo na região do rio Uraricoera na Terra Indígena Yanomami. (Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real).

O pesquisador também afirma que durante o período imperial pautas indígenas já foram decididas por Assembleias Provinciais e o resultado foi “uma catástrofe para os povos indígenas”. Barros diz que o Poder Legislativo tem sido dominado por congressistas ruralistas e é difícil acreditar que estes parlamentares aprovarão a demarcação de áreas indígenas.

Ainda de acordo com o doutor em ciência política, o PL 490 é uma “variante” de uma ofensiva ruralista anterior, a PEC 215. Apresentada em 2000 pelo então deputado federal Almir Sá (PPB-RR), a PEC tem muitos pontos semelhantes com o PL atualmente em discussão. Barros ressalta que há uma mudança de “estratégia” porque enquanto uma PEC precisa do voto de três quintos do Congresso para ser aprovada, um projeto de lei pode passar com uma maioria simples.

O coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Alberto Terena, avalia que o momento político atual é “um dos mais graves desde a Constituição de 1988” e o PL “é tudo aquilo que a bancada ruralista quer”.

“A política do momento é totalmente anti-indígena, é uma política voltada para o agronegócio, para os ruralistas e tentam tirar o que nós povos indígenas asseguramos na Constituição do nosso país”, diz a liderança da APIB ao MyNews.

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Se Lázaro não existisse, seria preciso inventá-lo https://canalmynews.com.br/mais/se-lazaro-nao-existisse-seria-preciso-inventa-lo/ Sat, 03 Jul 2021 13:42:31 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/se-lazaro-nao-existisse-seria-preciso-inventa-lo/ Pesquisadora da UFS alerta que o “criminoso monstruoso” serve para desviar o olhar da “violência cotidiana”

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Após render horas de programas policialescos e cliques para notícias, Lázaro Barbosa foi morto pela polícia com 39 tiros. A busca durou quase três semanas e mobilizou mais de duas centenas de agentes públicos de segurança, helicópteros, drones e dezenas de viaturas. O episódio do “serial killer”, contudo, serviu como cortina de fumaça para os verdadeiros problemas da violência no Brasil e em Goiás, afirma ao MyNews a pesquisadora em criminologia Aline Passos.

“A gente está olhando para aquele grande caso extraordinário, monstruoso. Não se nega a existência porque o extraordinário acontece, não se trata de se negar a existência, mas se trata de pensar que nenhuma política pública, por exemplo, se constrói sobre o extraordinário. Quando se fala em política, a gente está pensando em atacar o que é a violência comum, majoritária, corriqueira”, diz a doutoranda em sociologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Passos destaca que, por exemplo, a maior parte dos estupros não são cometidos por criminosos extraordinários e midiáticos como Lázaro. Dados do do Anuário do Fórum de Segurança Pública apontam que 75,9% das vítimas de estupro têm algum tipo de vínculo com o agressor, entre parentes, companheiros, amigos e outros. Além disso, a mesma pesquisa afirma que 53,8% das vítimas de estupro no Brasil tinham até 13 anos de idade.

“Veja, até a denominação [serial killer] é importada para que a gente não olhe para um problema que é nosso. Existe latifúndio, grilagem, roubo de terras, assassinato por disputa de terras, essa violência que é constitutiva, que é ordinária e presente no Brasil não é discutida”, avalia a pesquisadora da UFS.

A operação de busca por Lázaro pode ter custado mais de R$ 3 milhões, de acordo com estimativa do ex-secretário nacional de Segurança Pública, coronel José Vicente Silva, em entrevista à TV Bandeirantes. Parte destes recursos foi destinada para as forças policiais de Goiás, o único estado do Brasil que não divulga dados sobre civis mortos por seus agentes estatais de segurança.

Policiais da força-tarefa destinada à captura de Lázaro Barbosa Sousa, na região de Cocalzinho de Goiás. Foto: Fabio Lima
Policiais da força-tarefa destinada à captura de Lázaro Barbosa Sousa, na região de Cocalzinho de Goiás. Foto: Fabio Lima

A morte de Lázaro foi comemorada nas redes sociais pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e imagens dos policiais envolvidos na busca e vibrando com o desfecho circularam pelas redes sociais. Passos destaca que na superfície existe a festa pela morte de um “grande monstro”, mas há também outras camadas no incidente.

“Na verdade, o que está sendo comemorado é que nenhum fazendeiro da região vai ser investigado por trabalho escravo, por grilagem, que nenhum sujeito da região vai contar a história da disputa de terras da região, menos ainda onde estão as populações indígenas da região”, afirma ao MyNews.

A pesquisadora também destaca que o caso foi utilizado para defender um aumento do rigor punitivo, apesar do Brasil ter a 3ª maior população carcerária do mundo. Entre os mais de 733 mil detentos no Brasil, 268.438 são presos provisórios, ou seja, não passaram por nenhum julgamento. Os dados são do Infopen.

O ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro chegou a afirmar que “urge mudar a lei para evitar novos Lázaros” e ressaltou que seu “projeto anticrime” previa regras mais duras para progressão de regime.

Passos destaca que Lázaro, por ser negro e pobre, foi mais facilmente transformado em “monstro” pelas policias e pela imprensa do que aconteceria com um eventual fugitivo branco.

“Essa transformação do Lázaro em grande monstro que autoriza as execuções como vimos no Jacarezinho, como vimos da Kathlen, que estava grávida, autoriza no sentido de que essa monstrualização não fica restrita ao caso Lázaro, todas as pessoas que compartilham com ele uma série de características se tornam alvos possíveis dessas políticas de execução”, afirma a pesquisadora da UFS.

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Quais são as recomendações da ONU no relatório sobre racismo sistêmico que cita o Brasil? https://canalmynews.com.br/vip/quais-sao-as-recomendacoes-da-onu-no-relatorio-sobre-racismo-sistemico-que-cita-o-brasil/ Thu, 01 Jul 2021 19:27:22 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/quais-sao-as-recomendacoes-da-onu-no-relatorio-sobre-racismo-sistemico-que-cita-o-brasil/ Relatório do organismo internacional destacou dois assassinatos cometidos pela polícia brasileira

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Vendedor e PM mostra áudio de Luis Miranda comprando vacinas e tem celular apreendido https://canalmynews.com.br/politica/empresario-e-pm-mostra-audio-de-luis-miranda-comprando-vacinas-e-tem-celular-aprendido/ Thu, 01 Jul 2021 15:33:20 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/empresario-e-pm-mostra-audio-de-luis-miranda-comprando-vacinas-e-tem-celular-aprendido/ Na CPI da Pandemia, senadores desconfiam das informações apresentadas por Dominguetti

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Na CPI da Pandemia desta quinta-feira (1), o empresário e policial militar Luiz Dominguetti repetiu as acusações feitas na imprensa de que representantes do Ministério da Saúde pediram propina para a compra de vacinas e mostrou um áudio que supostamente seria de Luis Miranda (DEM-DF).

O áudio mostra Miranda, que também acusa o Governo Federal de corrupção, supostamente negociando a compra de vacinas. Senadores de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desconfiaram da apresentação do áudio e determinaram a apreensão do celular de Dominguetti para perícia.

“Chapeu de otário é marreta”, diz Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI. Aziz também afirmou que conversou com Miranda, que afirma que o áudio foi editado para prejudicá-lo e que, na verdade, mostraria uma negociação de imunizantes nos Estados Unidos.

“Em nome de que?”, afirma Renan Calheiros (MDB-AL), também desconfiado do áudio de Dominguetti. “Essa CPI não vai aceitar esse tipo de coisa”, diz Calheiros.

De acordo com Dominguetti, o áudio foi encaminhado pelo CEO da Davati no Brasil, Cristiano Alberto Carvalho, no dia do depoimento de Miranda na CPI.

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), que não é membro da CPI, pediu para que a perícia do celular de Dominguetti seja restrita ao áudio de Miranda.

Luiz Dominguetti na CPI da Pandemia. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.
Luiz Dominguetti na CPI da Pandemia. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.

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Epidemiologista diz na CPI que pesquisa sobre covid-19 foi censurada em apresentação no Palácio do Planalto https://canalmynews.com.br/politica/epidemiologista-diz-na-cpi-que-pesquisa-sobre-covid-19-foi-censurada-em-apresentacao-no-palacio-do-planalto/ Thu, 24 Jun 2021 15:00:29 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/epidemiologista-diz-na-cpi-que-pesquisa-sobre-covid-19-foi-censurada-em-apresentacao-no-palacio-do-planalto/ Pedro Hallal, da UFPel, diz que dados sobre contaminação maior na pandemia entre indígenas e negros foram excluídos de coletiva

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Na CPI da Pandemia desta quinta-feira (24), o epidemiologista e pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Pedro Hallal afirmou que teve sua pesquisa sobre a pandemia de covid-19 censurada minutos antes de apresentação no Palácio do Planalto. O trecho excluído da apresentação tinha dados de como indígenas têm cerca de 5 vezes mais chances de se contaminarem com o novo coronavírus do que os brancos e negros têm o dobro de chances de se contaminarem na comparação com os brancos, diz o pesquisador.

“Este slide que apresentava diferença pelos grupos étnicos foi censurado, repito o termo, censurado, na coletiva de imprensa no Palácio do Planalto na qual eu apresentei os resultados dessa pesquisa. Faltando 15 minutos para começar minha apresentação no Palácio do Planalto eu fui informado pela assessoria de comunicação de que o slide tinha sido retirado da apresentação”, afirma Hallal.

Ainda de acordo com o professor da UFPel, pouco tempo depois dessa apresentação o Ministério da Saúde decidiu cancelar seu financiamento da pesquisa que levantou os dados, a Epicovid, sem apresentar nenhum motivo técnico.

Ainda de acordo com o epidemiologista, 400 mil mortes por covid-19 no país poderiam ter sido evitadas “caso o Brasil estivesse na média mundial [de óbitos], não na situação dos melhores países do mundo no enfrentamento da pandemia”.

Hallal afirma que o Brasil tem os maiores índices de letalidade por covid-19 na comparação com os 10 maiores países do mundo e, também, na comparação com os BRICS. O professor da UFPel destaca que o Brasil é o 4° país no mundo em número absoluto de doses de vacinas aplicadas, mas quando o ranking é da população completamente imunizada, o Brasil está na 85° colocação.

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Quais são os argumentos dos partidos que pedem ao STF ação contra as queimadas no pantanal? https://canalmynews.com.br/vip/quais-sao-os-argumentos-dos-partidos-que-pedem-ao-stf-acao-contra-as-queimadas-no-pantanal/ Wed, 23 Jun 2021 20:05:32 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/quais-sao-os-argumentos-dos-partidos-que-pedem-ao-stf-acao-contra-as-queimadas-no-pantanal/ PSOL, Rede. PSB e PT entraram com ação no Supremo e alertam que cenário crítico de 2020 pode se repetir

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As 8 perguntas da CPI da Pandemia para o presidente da Azul https://canalmynews.com.br/vip/as-8-perguntas-da-cpi-da-pandemia-para-o-presidente-da-azul/ Wed, 16 Jun 2021 20:47:54 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/as-8-perguntas-da-cpi-da-pandemia-para-o-presidente-da-azul/ Colegiado determinou que executivo tem 10 dias para prestar esclarecimentos sobre presença de Bolsonaro em avião da empresa

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Alemanha e França reconhecem participação em genocídios na África https://canalmynews.com.br/mais/alemanha-e-franca-reconhecem-participacao-em-genocidios-na-africa/ Sun, 13 Jun 2021 13:25:05 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/alemanha-e-franca-reconhecem-participacao-em-genocidios-na-africa/ A ordem social nasce escorrendo sangue por todos os poros, da cabeça aos pés. Esse diagnóstico, contudo, pode demorar para chegar. A Alemanha reconheceu em maio de 2021 sua responsabilidade no genocídio de populações locais do que hoje é a Namíbia na primeira década do século XX. Já a França afirmou, também em maio de […]

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A ordem social nasce escorrendo sangue por todos os poros, da cabeça aos pés. Esse diagnóstico, contudo, pode demorar para chegar. A Alemanha reconheceu em maio de 2021 sua responsabilidade no genocídio de populações locais do que hoje é a Namíbia na primeira década do século XX. Já a França afirmou, também em maio de 2021, que ficou ao lado “regime genocida” de Ruanda e tem sua parcela de responsabilidade no genocídio tutsi ocorrido no país entre 1994 e 1995, episódio que deixou cerca de 800 mil mortos.

Historiadores ouvidos pelo MyNews afirmam que os dois eventos demonstram como os europeus resistem em reconhecer sua participação em crimes do período colonial que fundam a atual ordem socioeconômica.

Naiara Krachenski, professora da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), ressalta que os crimes coloniais são uma espécie de “pedra no sapato” dos países europeus, que experimentam uma tensão entre duas correntes em suas sociedades: enquanto alguns grupos alinhados com partidos de extrema-direita ainda acreditam que o colonialismo foi um “episódio glorioso”, existe outra parcela da população, influenciada por “teorias pós-coloniais ou decoloniais”, que reconhece os crimes do período.

“Temos que compreender que tais declarações são resultado de forças sociais que pressionam há décadas os governos europeus a reconhecer seu passado colonial. Por uma série de forças contextuais, essas pressões se tornam cada vez mais midiáticas hoje em dia e colocam quem está no poder em situações de rever os discursos acerca de seus passados como colonizadores”, diz Krachenski.

O professor do Departamento de História da Universidade Federal da Paraíba (UFPE) Fernando Pureza destaca que o genocídio dos grupos hereros e nama na atual Namíbia pode ser classificado como uma espécie de antessala da máquina de matar do nazismo. Ele cita o caso do governador geral do Sudoeste Africano, Heinrich Göring, pai do ministro da aviação do III Reich, Hermann Göring. Foi Heinrich quem determinou ao comandante militar Lothar von Trotha o início da matança, que também fez uso de campos de concentração. Lothar von Trotha, por sua vez, era uma figurada adorada pelo Partido Nazista, que batizou uma rua em Munique com seu nome.

População herero presa em correntes em 1904. Foto: Ullstein Bilderdienst, Berlin/Domínio Público
População herero presa em correntes em 1904. Foto: Ullstein Bilderdienst, Berlin/Domínio Público

“Se considerarmos a ação colonial de ingleses, franceses, belgas, holandeses, italianos, americanos, japoneses, ao longo dos séculos XIX e XX, percebemos que todos esses países cometeram massacres contra populações originárias movidos por perspectivas racialistas. Pode se alegar, contudo, que essas matanças não tiveram o mesmo aparelho burocrático e metódico que o nazismo implementaria depois. Mas ao mesmo tempo, a ideia da superioridade racial e do extermínio como prática de Estado estava ali. Foi Aimé Césaire que relembrou que os crimes do nazismo, por mais horríveis que sejam, estão diretamente vinculados ao colonialismo e que isso jamais poderia ser perdido de vista”, diz Pureza ao MyNews.

O atual ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, afirmou que é preciso reconhecer o que aconteceu na atual Namíbia sem “eufemismos” e que o episódio foi um “genocídio”. Além disso, as autoridades da Alemanha anunciaram uma indenização de US$ 1,3 bilhão que será paga em 30 anos em projetos de infraestrutura, saúde e educação. O anúncio ocorre após cerca de cinco anos de negociação entre as autoridades da Alemanha e da Namíbia.

O professor Fernando Pureza destaca que o reconhecimento de um genocídio passa por disputas políticas e a correlação de forças de cada época: “Estudiosos como Adam Hoschild afirmam que o Congo Belga, entre 1890 a 1920, foi massacrado pelos belgas, algo em torno de 10 milhões de mortos decorrentes do colonialismo na região. Mas o Estado belga ainda hoje não reconhece sua participação no Congo – e sequer o reconhece como genocídio. Essa é uma luta muito longa e muito trágica empreendida pelos sobreviventes que lutam para que a sua memória e a de seus descendentes não seja apagada.”

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A “polícia política” do bolsonarismo https://canalmynews.com.br/politica/a-policia-politica-do-bolsonarismo/ Sat, 12 Jun 2021 01:21:37 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/a-policia-politica-do-bolsonarismo/ A mesma Delegacia que já intimou Felipe Neto, William Bonner e Renata Vasconcellos quer ouvir jornalista que escreveu sobre possível grupo de matadores

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Além do assédio judicial e dos ataques promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o jornalismo profissional no Brasil enfrenta agora um novo obstáculo: a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil do Rio de Janeiro. A avaliação é de Maria José Braga, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

A DRCI intimou o jornalista Leandro Demori, editor-executivo do The Intercept Brasil, para prestar depoimento após Demori escrever que a Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core) pode ter um grupo de matadores. Na publicação, o jornalista destacou a participação da Core no assassinato de João Pedro, morto aos 14 anos dentro de casa, na chacina do Salgueiro, em uma ação na Maré em 2019 que deixou oito mortos e a mais recente chacina do Jacarezinho e suas 28 mortes.

“A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática tem atuado como delegacia política do bolsonarismo, exatamente ao intimar, ao abrir inquéritos e intimar para depor jornalistas que estão comprido de levar informações de interesse público à sociedade”, diz Braga ao MyNews. “Isso é repressão política”.

Antes de intimar Demori, a DRCI já abriu inquéritos contra o YouTuber Felipe Neto após ele classificar Bolsonaro como “genocida” e contra os apresentadores e jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos por relatarem a investigação contra o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). Os inquéritos contra Neto e os apresentadores do Jornal Nacional foram de autoria do delegado Pablo Dacosta Sartori após pedidos da família Bolsonaro.

“O jornalismo e os jornalistas são alvos do governo federal, das instituições e da Polícia Civil do Rio de Janeiro porque cumprem o seu papel, exatamente por levar informação de interesse público à sociedade. Quem quer esconder alguma coisa, quem tem algo a explicar, muitas vezes usa do artifício do ataque para fazer a sua defesa ou, pelo menos, para escamotear o que está efetivamente em discussão. Isso é uma tática permanente do governo Bolsonaro e, infelizmente, ele tem aliados dentro do governo, tem aliados na sociedade e tem aliados dentro da Polícia Civil do Rio de Janeiro”

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Mortes causadas pelo descontrole da pandemia diminuem os gastos do Estado, diz sanitarista na CPI https://canalmynews.com.br/politica/mortes-causadas-pelo-descontrole-da-pandemia-diminuem-os-gastos-do-estado-diz-sanitarista-na-cpi/ Fri, 11 Jun 2021 15:22:19 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/mortes-causadas-pelo-descontrole-da-pandemia-diminuem-os-gastos-do-estado-diz-sanitarista-na-cpi/ Em dia de depoimentos de cientistas, colegiado discute os erros de política pública do Brasil no enfrentamento ao novo coronavírus

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Ao custo da vida de brasileiros, o descontrole da pandemia de covid-19 ajuda o Governo Federal a gastar menos. A avaliação é do médico sanitarista e ex-diretor da Anvisa Cláudio Maierovitch na CPI da Pandemia nesta sexta-feira (11). Para ele, o Brasil desperdiçou o Sistema Único de Saúde (SUS) e poderia ter sido um dos melhores países do mundo no enfrentamento ao novo coronavírus.

“A aparência de inexistência de um plano talvez revele muito mais, talvez revele a existência de um plano, de um plano que parou em março de 2020 quando alguns, felizmente poucos líderes internacionais acreditavam que o melhor caminho para vencer a crise era que a doença se espalhasse rapidamente e quem tivesse que morrer, morreria e quem sobrevivesse continuaria tocando a economia, como se diz. Morreriam provavelmente os mais frágeis, desonerando a previdência, desonerando o serviço de saúde, ou seja, do ponto de vista econométrico poderia ter se até um acontecimento positivo”, diz Maierovitch.

O sanitarista também destacou que rejeita o termo “imunidade de rebanho”, embora reconheça que ele possa ser aplicado ao Brasil. “Rebanho se aplica a animais e fomos tratados dessa forma, acredito que a população tem sido tratada dessa forma ao se tentar produzir imunidade de rebanho às custas de vidas humanas”, disse Maierovitch.

Também presente nesta sexta-feira na CPI, a microbiologista Natália Pasternak afirmou que os remédios do “Kit Covid” defendidos pelo Governo Federal nunca foram utilizados de maneira conjunta e estão sendo oferecidos para a população,. “Pode levar as pessoas para a fila dos transplantes [de órgãos]”, diz a especialista.

O relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), alertou que pessoas que já prestaram depoimentos ao colegiado poderão ser convocadas novamente, mas desta vez como investigados.

“Nós não temos, até então, investigados, na forma da lei, da legislação, na forma do regimento. Talvez a próxima etapa da investigação seja já colocar alguma dessas pessoas que já estiveram na comissão parlamentar de inquérito na condição de investigado, não mais como testemunha”, destacou Calheiros.

Da esquerda para a direita: médico sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Cláudio Maierovitch; vice-presidente da CPI da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP); microbiologista e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Natalia Pasternak; relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Da esquerda para a direita: médico sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Cláudio Maierovitch; vice-presidente da CPI da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP); microbiologista e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Natalia Pasternak; relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

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Empresas desistem de patrocínio na Copa América após MPF sugerir apurações https://canalmynews.com.br/vip/empresas-desistem-de-patrocinio-na-copa-america-apos-mpf-sugerir-apuracoes/ Wed, 09 Jun 2021 18:51:35 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/empresas-desistem-de-patrocinio-na-copa-america-apos-mpf-sugerir-apuracoes/ Ambev e Mastercard desistiram de associarem suas marcas ao torneio; MPF sugeriu apuração de possíveis violações de direitos humanos

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“Poderiam ter mandado mensagem para o meu WhatsApp”, diz Franco sobre vacinas do Butantan https://canalmynews.com.br/politica/poderiam-ter-mandado-mensagem-para-o-meu-whatsapp-diz-franco-sobre-vacinas-do-butantan/ Wed, 09 Jun 2021 15:42:24 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/poderiam-ter-mandado-mensagem-para-o-meu-whatsapp-diz-franco-sobre-vacinas-do-butantan/ Ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco afirma que não houve interrupção na negociação por compra da CoronaVac

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O coronel e ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco afirmou nesta quarta-feira (9) que não houve interrupção na negociação para a compra de imunizantes do Instituto Butantan. Franco afirmou que o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, pode ter tido uma “percepção” diferente por ter afirmado na mesma CPI da Pandemia que as negociações foram interrompidas após ordem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Não recebi ordem para interromper [as negociações com o Butantan]”, disse Franco. Em seguida, o ex-secretário Executivo afirmou que tinha contato com Covas. “Em caso de alguma dificuldade de comunicação, eles poderiam ter mandado mensagem para o meu WhatsApp.”

Em sua participação na CPI da Pandemia, Covas acusou o Governo Federal de não fornecer recursos para testes clínicos da CoronaVac e disse que as negociações pararam em 20 de outubro de 2020. No dia 21 de outubro, Bolsonaro afirmou que havia mandado “cancelar” um protocolo com o Butantan.

Franco, todavia, alega que as negociações nunca foram interrompidas e não recebeu nenhuma ordem nesse sentido.

“Não entendi como ordem uma ordem ao Ministério, eu prossegui as negociações e reafirmo, que eu me lembre, eu não consultei o ministro sobre esse aspecto e não tornei sem efeito a carta de intenções de aquisição das doses do Butantan”, disse o coronel.

Sobre a afirmação do ex-secretário de Comunicação Social da Presidência Fabio Wajngarten de que haveria ocorrido uma “incompetência” do Ministério da Saúde para a compra de vacinas da Pfizer, Franco alegou que pode ter sido uma “percepção” de Wajngarten.

“Deve ter sido a percepção dele [Wajngarten], mas não foi o que aconteceu, também o presidente da Pfizer, o senhor Carlos Murillo, que esteve aqui, tinha meu telefone e poderia ter se comunicado caso houvesse algum gap nas negociações com a Pfizer”, diz o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde.

Após deixar o Ministério da Saúde, Franco assumiu cargo como assessor especial da Casa Civil.

O ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Antônio Elcio Franco Filho.Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.
O ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Antônio Elcio Franco. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.

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PMs não prestam contas a ninguém e passam por “bolsonarização”, diz pesquisador e coronel https://canalmynews.com.br/mais/pms-nao-prestam-contas-a-ninguem-e-passam-por-bolsonarizacao-diz-pesquisador-e-coronel/ Sun, 06 Jun 2021 15:23:05 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pms-nao-prestam-contas-a-ninguem-e-passam-por-bolsonarizacao-diz-pesquisador-e-coronel/ Doutor pela USP, Adilson Paes de Souza afirma que governadores não controlam suas polícias e têm “receio” das tropas

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Diferentes polícias do Brasil deram exemplos nas últimas semanas de que não agem para defender a Constituição Federal, mas para reprimir críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na avaliação do tenente-coronel da PM paulista e doutor em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP) Adilson Paes de Souza, essas tropas podem ser mobilizadas por Bolsonaro em caso de derrota nas eleições de 2022, em uma “aventura autoritária”.

Em Recife, Pernambuco, no dia 29 de maio, a Polícia Militar atirou com balas de borracha contra dois homens que estavam nas proximidades de ato contra Bolsonaro, ainda que as vítimas não participassem da manifestação. De acordo com informações do Jornal do Commercio, os dois devem perder a visão de um dos olhos. No mesmo dia, a vereadora Liane Cirne (PT) foi agredida com spray de pimenta quando tentava falar com policiais. Após o ataque, o governador Paulo Câmara (PSB) disse que não sabia de quem partiu a ordem para reprimir a manifestação e promoveu a troca do comando da PM de Pernambuco.

Em Trindade, Goiás, a PM prendeu o dirigente do PT Arquidones Brito por circular com faixa no carro que diz “Fora, Bolsonaro genocida”. Os policiais usaram como justificativa a Lei de Segurança Nacional, herança da ditadura militar, e Brito foi liberado após prestar depoimento.

Souza enxerga excessos e exemplos da “bolsonarização” das polícias nos dois episódios. Em sua tese de doutorado, o tenente coronel estudou a letalidade da PM de São Paulo no Instituto de Psicologia da USP e recorre a um termo da psicanálise para explicar a identificação dos militares com o presidente: a projeção.

“Bolsonaro representa tudo o que esses policiais militares querem ser, há um mecanismo aí da psicanálise, podemos dizer, de projeção, o policial se projeta no Bolsonaro, ele se reconhece no Bolsonaro, ele quer ser Bolsonaro. Porque Bolsonaro é a pessoa que faz o que quer, fala o que quer, age da maneira que quer e não acontece nada, é o protótipo do machão, do superior a tudo, que pode tudo, do super-homem e tudo mais. E, nesse sentido, grande parte dos policiais se identifica”.

Bolsonaro é figurinha carimbada em formaturas de policiais e militares pelo Brasil. Em junho deste ano, de acordo com a Folha de S. Paulo, dois altos oficias da Polícia Militar do Distrito Federal usaram o chavão eleitoral do presidente , “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, em cerimônia de formatura que contou com a presença de Bolsonaro.

Encontro do presidente Jair Bolsonaro com Policiais Militares do DF em fevereiro de 2021. Foto: PR/Isac Nóbrega/Fotos Públicas.
Encontro do presidente Jair Bolsonaro com Policiais Militares do DF em fevereiro de 2021. Foto: PR/Isac Nóbrega/Fotos Públicas.

As policias brasileiras estão entre as mais violentas do mundo. De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os policiais brasileiros mataram 6.375 pessoas em 2019. Desde 2013, este número registrou 6 altas anuais consecutivas. Ainda em 2019, 172 policiais foram assassinados.

Souza reconhece que há “normas escritas” que orientam a ação policial, mas diz que as “normas não escritas” são mais influentes na hora de determinar as ações da tropa. Nesse sentido, ele avalia a violência ocorrida em Recife como uma tentativa de “reprimir protesto contra Bolsonaro”.

“As policias não prestam contas para ninguém, as policias agem como um organismo autônomo dentro da sociedade, os governadores pensam que controlam as policias, não controlam e, na verdade, os governadores têm receio das policias e sua inclinação bolsonarista”, diz o pesquisador ao MyNews.

O tenente-coronel também destaca que “tudo indica” que Bolsonaro não deve reconhecer sua derrota caso não seja reeleito em 2022. Neste cenário, Souza diz que as policias podem prestar apoio a Bolsonaro “e isso é um risco muito presente no nosso país”.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o presidente Jair Bolsonaro em solenidade de Conclusão do Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar do Rio de Janeiro, em dezembro de 2020.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o presidente Jair Bolsonaro em solenidade de Conclusão do Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar do Rio de Janeiro, em dezembro de 2020.

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Crise hídrica tem ligação direta com desmatamento, diz especialista https://canalmynews.com.br/politica/crise-hidrica-tem-ligacao-direta-com-desmatamento-diz-especialista/ Sun, 06 Jun 2021 13:04:04 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/crise-hidrica-tem-ligacao-direta-com-desmatamento-diz-especialista/ Menos árvores na Amazônia significam menos chuva no Brasil, alerta pesquisador do SOS Mata Atlântica

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Existe um lugar onde o vento faz a curva: é do lado oriental da Cordilheira dos Andes. É nesta região que as correntes úmidas de vento do Oceano Atlântico e da Amazônia se chocam com a cadeia montanhosa e seguem para as regiões Centro-Sul e Sudeste do Brasil e, assim, garantem chuvas na região. Com o aumento do desmatamento, contudo, este ciclo está ameaçado, alerta o pesquisador da SOS Mata Atlântica Gustavo Veronesi.

No final de maio, o Sistema Nacional de Meteorologia (SNM) emitiu um alerta de emergência hídrica. O SNM afirma que há uma previsão de chuvas abaixo do previsto na Bacia do Paraná, que abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná para o período de junho a setembro de 2021. A região abriga importantes hidrelétricas como Itaipu e Furnas.

A crise hídrica já deixou a conta de luz mais cara após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) elevar a bandeira tarifária para a faixa vermelha. Além disso, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconheceu que a falta de chuva pode afetar a inflação e o preço dos alimentos.

“Estamos falando sobre crise de energia no Brasil novamente, porque não está chovendo o suficiente. Isso tem efeito na inflação, no preço dos alimentos, afeta tudo que fazemos. Está muito ligado ao nosso mandato”, avaliou Neto em evento do Bank for International Settlements (BIS).

Em entrevista ao MyNews, o coordenador do projeto Observando os Rios, Gustavo Veronesi, destaca que a atual crise hídrica já é um sintoma das emergência climática. Para ele, as políticas públicas não estão acompanhando os alertas da ciência, que ressaltam que o aquecimento do planeta é um problema imediato e não reservado apenas para o futuro.

“A gente tem que pensar que quanto menos floresta, menos evaporação essas florestas vão fazer para liberar umidade para o ambiente. Por consequência, vamos ter menos chuvas e isso se agrava, também, porque sem florestas tem menos armazenamento de água nos aquíferos, no subsolo e, então, são menos possibilidades dessa água que está no solo ser absorvida pelas plantas e ser jogada para a atmosfera”, diz o membro da ONG SOS Mata Atlântica.

Imagem aérea de queimada próxima à Flora do Jacundá, em Rondônia. Amazônia sofre com fogo e desmatamento.
Imagem aérea de queimada próxima à Flora do Jacundá, em Rondônia. Amazônia sofre com fogo e desmatamento.
(Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real/Fotos Públicas)

O desmatamento na Amazônia Legal cresceu 13% em 2020 na comparação com 2019, segundo dados do PRODES do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Além disso, o Fundo Amazônia está paralisado após Alemanha e Noruega congelarem o repasse de recursos. A decisão de não financiar mais o projeto bilionário de conservação da Amazônia foi tomada após o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, tentar mudar as regras do projeto para usar recursos para indenizar produtores rurais.

“Quando você influi no ciclo da água, e esse ciclo é constante, em algum lugar vai dar uma falha. E ao se jogar menos umidade para a atmosfera, por consequência, essa umidade vai chegar com menos força na região Sudeste. Então uma área que já tem um período de seca comum, nos meses de outono e inverno, acaba se agravando”, diz Veronesi.

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Comando do Exército comete prevaricação ao não investigar Pazuello, diz coronel da PM https://canalmynews.com.br/politica/comando-do-exercito-comete-prevaricacao-ao-nao-punir-pazuello-diz-coronel-da-pm/ Thu, 03 Jun 2021 20:43:10 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/comando-do-exercito-comete-prevaricacao-ao-nao-punir-pazuello-diz-coronel-da-pm/ Tenente-coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo, Adilson Paes de Souza acredita que decisão do Exército fomenta a indisciplina

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Ao deixar de punir o general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello por participar de ato ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o Exército deixa de cumprir sua obrigação legal e favorece a indisciplina dos quartéis. A avaliação é do tenente-coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo Adilson Paes de Souza.

Nesta quinta-feira (3), o Exército emitiu nota em que afirma que o comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, “acolheu” os argumentos de Pazuello sobre sua participação em ato ao lado de Bolsonaro no Rio de Janeiro. “Desta forma, não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar por parte do General Pazuello”, diz o Exército.

Souza, todavia, avalia que por mais que o Exército tenha “ignorado” a atitude de seu general e cedido a Bolsonaro, o Código de Processo Penal Militar estabelece crimes “de ação penal pública incondicionada”.

“Ou seja, aconteceu é obrigado a instaurar inquérito para apuração. Não cabe a ninguém impedir isso. Então o Comandante do Exército é obrigado a instaurar inquérito policial militar nos termos do artigo nono e décimo do Código do Processo penal militar”, afirma Souza em entrevista ao MyNews. “Se ele não fizer isso, ele poderá cometer o crime de prevaricação. Está é a situação”.

Pazuello em ato com Bolsonaro. Foto: Fernando Frazão/Agencia Brasil
Pazuello em ato com Bolsonaro. Foto: Fernando Frazão/Agencia Brasil

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CFM cita “constrangimento” e publica moção de repúdio contra depoimentos de médicos na CPI da Pandemia https://canalmynews.com.br/politica/cfm-cita-constrangimento-e-publica-mocao-de-repudio-por-depoimentos-de-medicos-na-cpi-da-pandemia/ Wed, 02 Jun 2021 21:05:22 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/cfm-cita-constrangimento-e-publica-mocao-de-repudio-por-depoimentos-de-medicos-na-cpi-da-pandemia/ Conselho Federal de Medicina afirma que “alguns senadores” submetem depoentes “a situações de constrangimento e humilhação”

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O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou moção de repúdio nesta quarta-feira (2) em que manifesta “indignação” contra “manifestações que revelam ausência de civilidade e respeito” nos depoimentos de médicos na CPI da Pandemia. A declaração da entidade de classe ocorre no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou em sua rede social que a médica Nise Yamaguchi “participou de um verdadeiro tribunal de exceção” e foi tratada de forma “covarde” no colegiado.

“A classe lamenta que esses médicos chamados a depor estejam sendo submetidos a situações de constrangimento e humilhação. Ao comparecer na CPI da Pandemia, qualquer depoente ou testemunha tem garantidos seus direitos constitucionais, não sendo admissíveis ataques à sua honra e dignidade, por meio de afirmações vexatórias”, afirma o CFM em nota.

A entidade lamentou que os “médicos chamados a depor estejam sendo submetidos a situações de constrangimento e humilhação”. O CFM destaca que a nota trata de médicos e médicas como “indivíduos” e não significa “apoio aos seus posicionamentos técnicos, éticos, políticos, partidários e ideológicos”.

O CFM afirma na nota (que pode ser conferida na íntegra neste link) que a moção de repúdio foi encaminhada ao presidente no Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Durante seu depoimento na CPI da Pandemia, Yamaguchi insistiu na defesa da cloroquina, remédio ineficaz contra covid-19 e foi confrontada por senadores oposicionistas.

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Quem fala mais na CPI da Pandemia? https://canalmynews.com.br/vip/quem-fala-mais-na-cpi-da-pandemia/ Wed, 02 Jun 2021 16:50:19 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/quem-fala-mais-na-cpi-da-pandemia/ Levantamento mostra quais foram os senadores e participantes mais ativos do colegiado

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Médica crítica da cloroquina diz que não recebeu explicações sobre demissão do Ministério da Saúde https://canalmynews.com.br/politica/medica-critica-da-cloroquina-diz-que-nao-recebeu-explicacoes-sobre-demissao-do-ministerio-da-saude/ Wed, 02 Jun 2021 14:40:53 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/medica-critica-da-cloroquina-diz-que-nao-recebeu-explicacoes-sobre-demissao-do-ministerio-da-saude/ Na CPI da Pandemia, Luana Araújo defende que o ministro da Saúde deve explicar os motivos de sua saída do cargo

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A infectologista Luana Araújo defendeu nesta quarta-feira (2) o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, como um profissional “orientado pela ciência”, mas destacou que o titular da pasta deve responder os motivos de seu afastamento porque ela não teve nenhuma explicação sobre seu desligamento do cargo de Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à covid-19.

“Não me foi dada nenhuma justificativa para minha saída”, destacou Araújo. Ela também disse que sua nomeação oficial foi sendo postergada até que ela percebeu que nunca seria oficializada no cargo e que Queiroga informou que seu nome não seria “aprovado”.

Araújo também chegou a dizer que seu nome não foi aprovado pela “Casa Civil”, mas logo em seguida se retratou e afirmou que citou a Casa Civil porque acredita que a pasta seria a responsável por nomeações no governo.

Anunciada em 12 de maio, o Ministério da Saúde informou no dia 22 de maio que Araújo não faria parte do governo. A médica, que chegou a participar de evento ao lado de Queiroga, era uma crítica pública do uso de cloroquina como método de tratamento contra covid-19 e publicou comentários neste sentido em suas redes sociais.

Na CPI, Araújo voltou a afirmar que não há um tratamento precoce contra a pandemia. Para ela, o debate sobre cloroquina é uma discussão “delirante, esdrúxula, anacrônica e contraproducente” e seria como estivéssemos escolhendo “de que borda da terra plana a gente vai pular”.

“Na medicina, a gente tem opinião até o momento que substitui essa opinião por evidência”, destacou a médica.

A médica Luana Araújo na CPI da Pandemia. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado.
A médica Luana Araújo na CPI da Pandemia. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado.

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Yamaguchi insiste na defesa da cloroquina e diz que esteve com o Governo Federal “inúmeras vezes” https://canalmynews.com.br/politica/yamaguchi-insiste-na-defesa-da-cloroquina-e-diz-que-esteve-com-o-governo-federal-inumeras-vezes/ Tue, 01 Jun 2021 17:33:02 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/yamaguchi-insiste-na-defesa-da-cloroquina-e-diz-que-esteve-com-o-governo-federal-inumeras-vezes/ Médica defensora de medicamentos ineficazes confirma encontros de “conselho científico independente” com o empresário Carlos Wizard

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A médica Nise Yamaguchi afirmou na CPI da Pandemia nesta terça-feira (1) que esteve em reuniões com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em quatro ou cinco vezes e esteve “inúmeras vezes” com representantes do Governo Federal. A defensora da cloroquina, contudo, negou a existência de um gabinete paralelo.

“Desconheço a existência de um gabinete paralelo, caso ele exista. Eu não teria nem como enunciar pessoas que participam, eu não tenho como porque eu não entendo onde o senhor [Renan Calheiros] deseja chegar”, diz Yamaguchi.

A oncologista também insistiu na defesa da cloroquina durante seu depoimento, medicamento que já foi descartado pela comunidade científica como tratamento eficaz contra a covid-19. “Eu considero que o atraso que existe no início do tratamento é o que tem determinado tantos mortos e tantas questões nesse momento”, disse.

Yamaguchi também já fez declarações públicas em defesa da imunidade de rebanho — teoria que defende que a imunidade poderia chegar por meio do contagio por covid-19, e portanto da morte, e não pela vacinação. Nesta terça-feira, contudo, a médica declarou que “novos algoritmos vão ter que entrar” na discussão sobre imunidade de rebanho.

A médica também confirmou que teve reuniões com o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), que também é defensor da tese da imunidade de rebanho, e com o empresário Carlos Wizard. Com Wizard, Yamaguchi destacou que formou um “conselho científico independente” em agosto de 2020.

Yamaguchi diz que “nunca” discutiu imunidade de rebanho e vacinação com Bolsonaro. Quando perguntada pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), se tem contatos com o Governo Federal, Yamaguchi afirmou:

“Eu sou de uma rede de governança que é voluntária, então eu tenho relações constantes com todos, eu sou uma pessoa que tem contatos com todos os itens, com todas as agências, com as sociedades civis organizadas, então eu tenho contatos federais sim, mas são pontuais”.

As declarações da médica irritaram o presidente da CPI, Omar Aziz (MDB-AM), que alertou que Yamaguchi será convocada novamente não mais como convidada, mas como testemunha.

“Sua voz calma, sua forma de falar, convence as pessoas como se a senhora estivesse falando a verdade”, disse Aziz.

A médica Nise Yamaguchi na CPI da Pandemia. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
A médica Nise Yamaguchi na CPI da Pandemia. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

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“Campo democrático” precisa de união como a do final da ditadura para encerrar o “pesadelo” Bolsonaro, diz Giannetti https://canalmynews.com.br/mais/campo-democratico-precisa-de-uniao-como-a-do-final-da-ditadura-para-encerrar-o-pesadelo-bolsonaro-diz-giannetti/ Mon, 31 May 2021 13:57:26 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/campo-democratico-precisa-de-uniao-como-a-do-final-da-ditadura-para-encerrar-o-pesadelo-bolsonaro-diz-giannetti/ Economista avalia que Bolsonaro pratica “negacionismo ignorante e cruel” e é responsável por milhares de mortes

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Sem uma ampla reunião e união das forças progressistas, o Brasil corre o risco de enfrentar um “bolsonarismo revigorado pelas urnas” em 2022. Essa é análise de Eduardo Giannetti, economista que já lecionou na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade de Cambridge. O intelectual conversou com o MyNews sobre a atual conjuntura e a estrutura desigual do Brasil.

Eduardo Giannetti da Fonseca, economista, professor, autor e palestrante brasileiro.
Eduardo Giannetti da Fonseca, economista, professor, autor e palestrante brasileiro. Foto: Luiz Munhoz (Fronteiras do Pensamento).

“Se o campo democrático e progressista não se unir, ele vai, de novo, abrir o caminho e permitir a continuação desse pesadelo que seria um bolsonarismo revigorado pelas urnas, se nós não conseguirmos nos unir como nós nos unimos contra a ditadura, entendendo que nossas diferenças, embora legítimas, são secundárias diante do mal maior que nos depara, se nós não conseguirmos fazer esse movimento, nós corremos o seríssimo risco de aprofundar esse pesadelo. Eventualmente com a perda, inclusive, da liberdade, da ordem democrática no Brasil”, diz Giannetti.

Em sua avaliação, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é responsável por milhares de mortes com sua postura negacionista “ignorante e cruel”.

Giannetti avalia que o aumento do gasto público em 2020 apontou na direção correta e conseguiu atenuar o impacto da pandemia de covid-19. Em 2020, o PIB brasileiro encolheu 4,8% em relação a 2019. A queda foi menor do que a registrada em outros países da região, como Colômbia (-6,8%) e Argentina (-10%). Todavia, o economista avalia que o cenário atual indica que o “espaço fiscal” foi esgotado e que a recuperação não acontecerá no melhor dos ritmos.

“Vai demorar mais tempo para recuperar, no melhor cenário, ninguém acredita que nós vamos recuperar o PIB perdido no inicio da pandemia para cá ainda em 2021, só em 2022. Ao mesmo tempo, nós vemos outros países do mundo, especialmente Estados Unidos, União Europeia, China, sudeste asiático já, praticamente, recuperados e crescendo de forma bastante vigorosa, o que vai demorar bastante para acontecer no Brasil”.

Para os pobres, o Estado é “terrorista”

O Brasil, em 2021, tem uma desigualdade que lembra a França pré-revolucionária de 1789 e seu então rei Luís XVI. Giannetti crê que as remunerações acima do teto constitucional mostram que a legislação não é igual para todos.

De acordo com a Constituição Federal, a remuneração para cargos públicos não deve ser superior ao salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), atualmente em R$ 39.293,32. A regra, todavia, é driblada por meio de adicionais e outros manobras jurídicas. Além desses “jeitinhos” já existentes, o Ministério da Economia do ministro Paulo Guedes editou portaria em maio deste ano para permitir vencimentos acima do teto constitucional. A alteração beneficia Bolsonaro, ministros do governo e um grupo seleto de servidores federais.

“Nós estamos muito longe de estar em um país em que existe a igualdade perante a lei, a igualdade de todos perante a lei, que é uma das grandes bandeiras e conquistas da Revolução Francesa. Existe uma enorme desigualdade no modo, por exemplo, como a justiça lida com pessoas de diferentes estratos e condição social. Nós temos grupos políticos que têm benefícios inimagináveis em um país pobre como o Brasil. Supersalários, acesso a foro privilegiado, regalias, e nada disso é discutido, nada disso é parte de um princípio mínimo de equidade na vida brasileira.”

Giannetti afirma que conversou com um contato na equipe econômica do Governo Federal para saber quanto era o gasto do setor público com salários acima do teto constitucional. O representante do governo, todavia, não tinha a resposta da pergunta. O economista diz que conseguiu essa informação com especialistas em gasto público, que estimaram em R$ 2,3 bilhões de reais por ano o custo com adicionais de salários acima do teto.

O intelectual destaca que enquanto para alguns o Estado fornece um supersalário, para outros ele é uma máquina de terror.

“O estado brasileiro, em grande medida, para as populações de baixa renda, é uma máquina repressora e de intimidação. Outro dia eu fui falar em uma live com jovens da periferia de São Paulo e eles me contaram como é que a polícia lida com um jovem na rua, um jovem pobre e, normalmente, de pele mais escura, o estado aparece para eles como uma máquina de intimidação e de terror, fora que o estado está ausente de grandes setores das periferias, especialmente no Rio de Janeiro, que foram dominadas por um estado paralelo que também é terrorista. Essa é a realidade que nós temos.”

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Sistema Nacional de Meteorologia divulga alerta para escassez “severa” de chuvas https://canalmynews.com.br/politica/sistema-nacional-de-meteorologia-divulga-alerta-para-escassez-severa-de-chuvas/ Fri, 28 May 2021 17:29:21 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/sistema-nacional-de-meteorologia-divulga-alerta-para-escassez-severa-de-chuvas/ Comunicado de “emergência hídrica” atinge área da Bacia do Paraná, que abriga a Usina de Itaipu e outras importantes usinas hidrelétricas

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O Sistema Nacional de Meteorologia (SNM) emitiu um alerta de emergência hídrica na quinta-feira (27). No documento, o SNM afirma que também há uma previsão de chuvas abaixo do previsto na Bacia do Paraná, que abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná para o período de junho a setembro de 2021.

O SNM, que tem como função monitorar eventos meteorológicos extremos, afirma que sua previsão “é consistente com a de outros centros internacionais de previsão climática”.

Em maio, o SNM afirma que a Bacia do Paraná tem uma média histórica de 98 milímetros de precipitação. Em maio de 2021, contudo, as chuvas foram de apenas 27 milímetros. Quando são analisados os dados dos últimos 48 meses, “a situação atual de déficit de precipitação é severa”, diz o SNM.

Para os próximos três meses, a previsão é de chuvas abaixo dos níveis históricos para a Bacia do Paraná. O alerta pode ser conferido neste link.

A Bacia do Paraná abriga a Usina Hidrelétrica de Itaipu, a Usina Hidrelétrica de Furnas e outras importantes hidrelétricas.

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3 livros da guinada à esquerda de Felipe Neto https://canalmynews.com.br/vip/3-livros-da-guinada-a-esquerda-de-felipe-neto/ Wed, 26 May 2021 18:05:12 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/3-livros-da-guinada-a-esquerda-de-felipe-neto/ YouTuber de passado antipetista tem usado suas redes sociais para divulgar leituras e atacar o neoliberalismo

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“Briga com a realidade” de Bolsonaro causa atraso no envio de insumos chineses, diz analista https://canalmynews.com.br/mais/briga-com-a-realidade-de-bolsonaro-causa-atraso-no-envio-de-insumos-chineses-diz-analista/ Fri, 21 May 2021 19:47:05 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/briga-com-a-realidade-de-bolsonaro-causa-atraso-no-envio-de-insumos-chineses-diz-analista/ Postura anti-China do presidente cria entraves na diplomacia e ignora “dependência fundamental”, diz professor da Unesp

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A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009 e fornecedor estratégico do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para a produção de vacinas contra covid-19. Ainda assim, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus aliados costumam atacar publicamente Pequim. Para Alexandre Fuccille, professor de relações internacionais da Unesp, este “descompasso” é causado por um desejo de Bolsonaro de ignorar a China. O problema, todavia, é a realidade.

“Há um descompasso entre o que Bolsonaro, o presidente gostaria que fosse, entre um desejo e o que é a realidade. O desejo seria, na verdade, dar de ombros à China e justamente denunciar como uma ditadura comunista, ateia e assim por adiante. A realidade é que nós estamos falando da segundo economia do planeta, do maior parceiro comercial da maior parte da América do Sul”, diz o analista ao MyNews.

Jair Bolsonaro recebe o Presidente da República Popular da China, Xi Pinping, durante a Cúpula dos Brics no Brasil, em 2019.Foto: Alan Santos/PR
Jair Bolsonaro recebe o Presidente da República Popular da China, Xi Pinping, durante a Cúpula dos Brics no Brasil, em 2019.Foto: Alan Santos/PR.

Nesta semana, o embaixador da China no Brasil, Yan Wanming, anunciou a liberação do envio de IFA da China ao Brasil para a produção de vacinas contra covid-19 pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz. De acordo com Yan, o IFA permitirá a produção de 16,6 milhões de doses de imunizantes.

O anúncio da remessa foi realizado após reunião do embaixador chinês com o governadores do Consórcio Nordeste e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O diretor do Butantan, Dimas Covas, já afirmou em entrevistas anteriores que a entrega do IFA chinês atrasou por entraves burocráticos.

Fuccille acredita que este cenário de “morde e assopra” no envio do ingrediente tem influência da postura anti-China de Bolsonaro. O fornecimento de IFA não é suspenso, mas posto em marcha lenta, o que cria uma reação do mundo político que consegue normalizar as exportações, até que uma “nova grosseria do Palácio do Planalto” faz repetir todo o ciclo.

“A China tem esta importância e quem quiser brigar com isso, na verdade, está brigando com a realidade”, diz o professor da Unesp.

O pesquisador também destaca que após a derrota eleitoral de Donald Trump nos Estados Unidos, o Brasil passou a ser o principal país governado pela extrema-direita no cenário global. O Brasil de Bolsonaro também é o principal país do discurso anti-China do mundo, avalia Fuccille.

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Pazuello diz que aplicativo que recomendava cloroquina foi “roubado”; Ministério da Saúde apagou post https://canalmynews.com.br/politica/pazuello-diz-que-aplicativo-que-recomendava-cloroquina-foi-roubado-ministerio-da-saude-apagou-post/ Thu, 20 May 2021 17:22:45 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pazuello-diz-que-aplicativo-que-recomendava-cloroquina-foi-roubado-ministerio-da-saude-apagou-post/ Publicação no site do Ministério da Saúde ressaltava que iniciativa “foi anunciada pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello”

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O ex-ministro da Saúde e general Eduardo Pazuello afirmou nesta quinta-feira (20) na CPI da Pandemia que o aplicativo TrateCOV foi “roubado” por um hacker e colocado no ar de maneira irregular. O projeto, todavia, foi divulgado em canais oficiais do Governo Federal e uma publicação do Ministério da Saúde que ressaltava que a iniciativa foi “anunciada pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante agenda” em Manaus foi apagada.

O TrateCOV recomendava o uso de cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina para o tratamento de pessoas com possíveis sintomas de covid-19. Os remédios, todavia, não têm eficácia comprovada para enfrentar a pandemia.

“O hacker é tão bom que ele conseguiu colocar o aplicativo em uma matéria na TV Brasil”, afirmou o presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM).

Eduardo Pazuello na CPI da Pandemia. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Eduardo Pazuello na CPI da Pandemia. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

No dia 13 de janeiro de 2021, o Ministério da Saúde publicou nota com o seguinte título: “Saúde lança aplicativo para auxiliar médicos no diagnóstico da Covid-19”. O texto traz informações sobre o TrateCOV, diz que a iniciativa foi bancada pela própria pasta, uma declaração de Mayra Pinheiro, conhecida como a “Capitã Cloroquina” do Ministério da Saúde, e destaca a participação de Pazuello no lançamento.

A publicação, entretanto, foi apagada da página virtual da pasta da Saúde. Ainda assim, é possível recuperar o conteúdo por meio do projeto Wayback Machine. Também há uma publicação do Ministério da Saúde no Facebook destacando o TrateCOV.

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5 episódios em que Ernesto Araújo reconheceu a influência do extremista Olavo de Carvalho https://canalmynews.com.br/vip/5-episodios-em-que-ernesto-araujo-reconheceu-a-influencia-do-extremista-olavo-de-carvalho/ Thu, 20 May 2021 12:52:50 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/5-episodios-em-que-ernesto-araujo-reconheceu-a-influencia-do-extremista-olavo-de-carvalho/ Apesar de negar na CPI da Pandemia que Olavo de Carvalho seja seu “guru”, ex-chanceler coleciona menções elogiados ao escritor

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Pazuello diz ter documentos que comprovariam “negociação intensa” por vacinas da Pfizer https://canalmynews.com.br/politica/pazuello-diz-ter-documentos-que-comprovariam-negociacao-intensa-por-compra-de-vacinas-da-pfizer/ Wed, 19 May 2021 15:53:18 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pazuello-diz-ter-documentos-que-comprovariam-negociacao-intensa-por-compra-de-vacinas-da-pfizer/ Na CPI da Pandemia, ex-ministro afirma “nunca ter fechado a porta” para farmacêutica; presidente do colegiado defende acareação

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O general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou nesta quarta-feira (19) que nunca deixou de negociar com a Pfizer para comprar vacinas e que tem documentos para comprovar sua afirmação. A versão do ex-membro do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) contraria os relatos do presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, e o ex-secretário especial de Comunicação Social, Fabio Wajngarten, na mesma CPI da Pandemia.

“As respostas [para a Pfizer] foram respondidas inúmeras vezes na negociação, nós nunca fechamos a porta”, afirmou Pazuello.

O ex-ministro também afirmou que o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) recomendaram que o Ministério da Saúde não fechasse negócio com a Pfizer por conta de cláusulas da venda de imunizantes. Pazuello afirma ter documentos que comprovam suas afirmações e prometeu encaminhá-los à CPI. O general também pontuou que achou “muito estranho” as cláusulas contratuais da Pfizer e que discussões sobre as vacinas da farmacêutica “consumiram setembro e outubro [de 2020]”.

O general, que ressaltou ter “a segunda mais alta patente do Exército”, afirmou ao relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL) que ele deveria saber que ministros não recebem empresas e que a negociação é responsabilidade da parte administrativa do corpo burocrático.

Pazuello também afirmou que está na CPI para “responder todas as perguntas” e que não gostaria de receber “perguntas com respostas simplórias”.

Em pronunciamento, à mesa, ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Eduardo Pazuello na CPI da Pandemia. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.

“Nossa excelência não vai dizer pra gente o que vamos perguntar ou não”, disse o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). “Quando a gente fala muito e não consegue explicar nada, fica difícil pra gente ficar ouvindo”.

Aziz também afirmou que pode ser realizada uma acareação entre Pazuello e a Pfizer para esclarecer as versões conflitantes sobre a compra de vacinas da farmacêutica.

Bolsonaro, Carlos Wizard e Osmar Terra

Pazuello ressaltou que todas as decisões que tomou enquanto Ministro da Saúde são de sua responsabilidade e não de Bolsonaro e que “não havia desconvergência nenhuma” entre suas posições e as do presidente da República.

O ex-ministro também afirmou que convidou o empresário Carlos Wizard para trabalhar no Ministério da Saúde e que Wizard colaborou na área por cerca de um mês. Todavia, a colaboração foi descontinuada por burocracias empresariais de Wizard, disse Pazuello.

Pazuello reconheceu que conversou “muito superficialmente” com o deputado Osmar Terra (MDB-RS) sobre a tese da imunidade de rebanho, que acredita que a imunidade contra a covid-19 pode chegar por meio do contágio em massa, e portanto da morte, e não por meio de vacinas. O general disse que o tema da imunidade de rebanho não foi tratado com Bolsonaro.

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“É a mãe de todas as boiadas”, diz ex-presidente do Ibama sobre mudanças no licenciamento ambiental https://canalmynews.com.br/politica/e-a-mae-de-todas-as-boiadas-diz-ex-presidente-do-ibama-sobre-mudancas-no-licenciamento-ambiental/ Sat, 15 May 2021 20:52:38 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/e-a-mae-de-todas-as-boiadas-diz-ex-presidente-do-ibama-sobre-mudancas-no-licenciamento-ambiental/ Suely Araújo avalia que mudanças nas políticas ambientais prejudicarão o agronegócio e a indústria

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As mudanças no licenciamento ambiental aprovadas pela Câmara dos Deputados são um “tiro no pé” que deve dificultar a entrada no Brasil na OCDE, o acordo entre Mercosul e União Europeia e prejudicar a economia nacional por sua visão “arcaica”. Essa é a avaliação de Suely Araújo, especialista do Observatório do Clima e presidente do Ibama de 2016 a 2018.

O texto base das mudanças foi aprovado por 300 votos a 122 e dispensa do licenciamento ambiental empreendimentos como obras de saneamento básico, manutenção em estradas e portos, distribuição de energia elétrica com baixa tensão, obras que sejam consideradas de porte insignificante pela autoridade licenciadora, entre outros. O texto segue, agora, para o Senado.

“É assustadora a lista de isenção de licenças, combinado com a lista da chamada licença por adesão e compromisso, que na versão do relator se transformou em um auto-licenciamento. Então você somando os 14 tipos de licença que o relator, mais o auto-licenciamento que se aplica praticamente a quase tudo, vai sobrar muito pouca coisa no país para ser licenciada”, diz Araújo ao MyNews.

A especialista avalia que há uma redação genérica que busca justamente fazer uma “implosão do licenciamento ambiental no país”. Para ela, o texto é uma aposta em uma visão “arcaica e de desenvolvimento a qualquer preço” que é incompatível com o agronegócio mundial.

“O custo da degradação ambiental vai ser compartilhado pela sociedade como um todo e poucos vão lucrar, é isso que a Câmara dos Deputados está pretendendo colocar para frente”, afirma Araújo.

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AGU cita “constrangimento ilegal” e pede ao STF que Pazuello fique em silêncio na CPI https://canalmynews.com.br/politica/agu-cita-constrangimento-ilegal-e-pede-ao-stf-que-pazuello-fique-em-silencio-na-cpi/ Thu, 13 May 2021 22:06:24 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/agu-cita-constrangimento-ilegal-e-pede-ao-stf-que-pazuello-fique-em-silencio-na-cpi/ Advocacia-Geral da União (AGU) apresenta habeas corpus preventivo ao Supremo em favor do ex-ministro da Saúde

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A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou nesta quinta-feira (13) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus preventivo para que o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, tenha direito de ficar em silêncio durante seu depoimento à CPI da Pandemia.

“Tem sido divulgada pela imprensa uma série de declarações de alguns membros da CPI da Pandemia, que, caso confirmadas por ocasião do depoimento do impetrante/paciente [Pazuello], configurariam verdadeiro, inclusive antecipando um inadequado juízo de valor sobre culpabilidade”, afirma o documento assinado pelo ministro da AGU, André Mendonça.

O habeas corpus ainda destaca que há um “indicativo” de que o ex-ministro pode ser constrangido por membros da CPI “no sentido de buscar uma confissão de culpa”.

O documento da AGU tem quatro pedidos ao STF:

  • Que Pazuello tenha direito ao silêncio “resguardando-se o direito de responder às perguntas que, a seu juízo, não configurem violação ao princípio do nemo tenetur se detegere [não produzir provas contra si mesmo]”.
  • Que Pazuello tenha direito de falar apenas “no sentido de somente responder às perguntas que se refiram a fatos objetivos, eximindo o depoente da emissão de juízos de valor ou opiniões pessoais, salvo quando inseparáveis da exposição fática”.
  • Que Pazuello seja acompanhado por um advogado em seu depoimento.
  • Que Pazuello “não possa sofrer qualquer ameaça ou constragimentos físicos ou morais, como a tipificação de crime de falso testemunho e/ou ameaça de prisão em flagrante, assegurando-se, como medida extrema, a possibilidade de fazer cessar a sua participação no depoimento”.

Depois de adiar seu depoimento por ter afirmado ter tido contado com pessoas diagnosticadas com covid-19, o depoimento de Pazuello ao colegiado está previsto para o dia 19 de maio.

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133 anos depois do fim da escravidão, latifúndio ainda domina o campo https://canalmynews.com.br/vip/133-anos-depois-do-fim-da-escravidao-latifundio-ainda-domina-o-campo/ Wed, 12 May 2021 21:18:13 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/133-anos-depois-do-fim-da-escravidao-latifundio-ainda-domina-o-campo/ Na semana em que Brasil completa aniversário da Lei Áurea, números da concentração fundiária no campo mostram cenário persistente

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Wajngarten entra em contradição e implica Bolsonaro e Mourão em mensagem não respondida da Pfizer https://canalmynews.com.br/politica/wajngarten-entra-em-contradicao-e-coloca-bolsonaro-e-mourao-em-mensagem-nao-respondida-da-pfizer/ Wed, 12 May 2021 16:49:39 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/wajngarten-entra-em-contradicao-e-coloca-bolsonaro-e-mourao-em-mensagem-nao-respondida-da-pfizer/ Ex-secretário da Secom contraria declarações que fez em entrevista à Veja e irrita senadores

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Fabio Wajngarten, ex-secretário especial de Comunicação Social, entrou em contradição nesta quarta-feira (12), em depoimento na CPI da Pandemia, com declarações que fez em entrevista à Veja. O ex-membro do governo recuou de declarações feitas à revista e irritou os senadores do colegiado.

Na entrevista à Veja, a publicação afirma que uma carta enviada pela Pfizer ofereceu 70 milhões de doses de vacinas em setembro de 2020. Wajngarten, na CPI, afirmou que nunca houve essa cifra e que a quantidade de vacinas seria irrisória.

Na entrevista, Wajngarten afirma que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “era abastecido com informações erradas”. Já na CPI, Wajngarten se recusou a comentar sua fala e voltou atrás da declaração, assim como recuou da classificação de incompetente do ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. No colegiado, o ex-membro do governo afirmou que Pazuello seria “corajoso”.

“Por favor, não menospreze nossa inteligência, ninguém é imbecil aqui”, afirmou o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI. “Está confiando em que lá na frente, meu amigo? Isso tem consequências futuras.”

O ex-membro do governo também entregou a carta da Pfizer com oferta de vacinas em 12 de setembro de 2020. A missiva foi endereçada para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), o ministro da Economia, Paulo Guedes, o então ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, o então ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, e o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Foster.

Wajngarten afirmou que ficou sabendo da carta por meio de “um dono de veículo de comunicação” e que, até o dia 9 de novembro de 2020, ninguém havia respondido à oferta da Pfizer.

O ex-chefe da Secom também afirmou que fez uma reunião com representantes da Pfizer em 17 de novembro de 2020, embora tenha afirmado em outro momento nunca ter participado de negociações pela compra de vacinas.

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Nise Yamaguchi defendeu mudar bula da cloroquina em reunião no Palácio do Planalto, diz presidente da Anvisa https://canalmynews.com.br/politica/nise-yamaguchi-defendeu-mudar-bula-da-cloroquina-em-reuniao-no-palacio-do-planalto-diz-presidente-da-anvisa/ Tue, 11 May 2021 15:20:14 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/nise-yamaguchi-defendeu-mudar-bula-da-cloroquina-em-reuniao-no-palacio-do-planalto-diz-presidente-da-anvisa/ Na CPI da Pandemia, Antonio Barra Torres afirma que discussão ocorreu eu reunião com ministros de Bolsonaro no Palácio do Planalto

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O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, afirmou nesta terça-feira (11) na CPI da Pandemia que a médica Nise Yamaguchi defendeu mudar a bula da cloroquina para prever tratamento contra covid-19. O uso do medicamento para enfrentar a pandemia não tem fundamentação científica e não é aconselhado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Durante seu depoimento ao colegiado na semana passada, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que Torres barrou a ideia de indicar tratamento para covid-19 na bula da cloroquina, mas não soube apontar quem teria patrocinado a ideia.

De acordo com Torres, participaram da reunião em que a mudança da bula foi comentada os ministros Walter Braga Netto, Mandetta, além do próprio Torres, a médica Nise Yamaguchi e outro médico que Torres afirma não lembrar o nome. O presidente da Anvisa afirmou que não se lembra se Jorge Oliveira e Luiz Eduardo Ramos também estavam presentes no encontro que ocorreu no Palácio do Planalto.

“Esse documento foi comentado pela doutora Nise Yamaguchi, o que provocou uma reação, eu confesso, até um pouco deseducada, ou deselegante, minha reação foi muito imediata, de dizer que aquilo não poderia ser”, afirmou Torres à CPI.

Quando perguntado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), se os ataques de Bolsonaro contra a China atrapalham a aquisição de vacinas, Torres reconheceu “dificuldades” na chegada dos imunizantes, mas afirmou não saber apontar um “nexo causal” que explique os atrasos.

Ministro da Saúde pode depor novamente

O senador Humberto Costa (PT-PE) pediu no colegiado a reconvocação do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e disse que o titular da pasta “não estudou” e apresentou informações incompletas e imprecisas. O senador Marcos Rogério (DEM-RO) criticou o pedido de Costa e disse que uma reconvocação de Queiroga pode retirar o ministro da Saúde de sua função no combate à pandemia.

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João Amoêdo diz que Novo vota com Bolsonaro por “agenda do Paulo Guedes” https://canalmynews.com.br/politica/joao-amoedo-diz-novo-vota-com-bolsonaro-por-agenda-do-paulo-guedes/ Tue, 11 May 2021 01:29:50 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/joao-amoedo-diz-novo-vota-com-bolsonaro-por-agenda-do-paulo-guedes/ Liderança do Partido Novo destaca afinidade com ideias econômicas do ministro da Economia, mas defende impeachment de Bolsonaro

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João Amoêdo, candidato à presidente da República em 2018 pelo Partido Novo, afirmou em entrevista ao Segunda Chamada que sua legenda costuma acompanhar a bancada de Jair Bolsonaro (sem partido) nas votações no Congresso porque há uma identificação com a agenda econômica do ministro da Economia Paulo Guedes.

De acordo com o Radar do Congresso em Foco, o Novo acompanhou a orientação do líder do governo em 92% das votações da Câmara, segundo pesquisa publicada em outubro de 2020.

“O Novo votou muito em linha com as pautas do Bolsonaro porque eram muito relacionadas ao aspecto econômico, a agenda do Paulo Guedes, o discurso do Paulo Guedes, não necessariamente da execução, era muito parecida com o que o Novo sempre pregou, reforma da previdência, reforma tributária, mais liberdade econômica, reforma administrativa, abertura da economia. Infelizmente, pouca coisa aconteceu, aliás, muita pouca coisa. Privatização mesmo, basicamente o que foi aprovado foi a reforma da previdência”, diz Amoêdo ao Segunda Chamada.

Amoêdo destacou que não é mais presidente do Novo e que tem posições contrárias a alguns congressistas de sua legenda. O ex-presidenciável também destaca que faz oposição a Bolsonaro desde março de 2020, quando o presidente afirmou a coronavírus era uma “gripezinha”, e que defende o impeachment de Bolsonaro — posição que não é compartilhada pela bancada do Novo.

Amoêdo também afirmou que os responsáveis pela chacina do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, precisam ser punidos após investigação e que não compartilha da ideologia do “bandido bom é bandido morto”.

“O que eu entendo no Rio? A gente tem um grande problema, que é a falta de domínio territorial por parte do Estado, então a gente tem as milícias, tem o tráfico de drogas, o que é muito ruim porque você impede que os cidadãos tenham uma vida comum e tem outra coisa que eu acho que é, também, muito nefasta, que é o exemplo que os marginais dão para os mais jovens”, afirma Amoêdo.

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O Matriarcado Harris: biógrafo de Kamala explica papel e influência da mãe da vice-presidente dos EUA https://canalmynews.com.br/politica/o-matriarcado-harris-biografo-de-kamala-explica-papel-e-influencia-da-mae-da-vice-presidente-dos-eua/ Mon, 10 May 2021 14:58:18 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/o-matriarcado-harris-biografo-de-kamala-explica-papel-e-influencia-da-mae-da-vice-presidente-dos-eua/ Shyamala Harris nasceu na Índia sob domínio colonial britânico, foi acadêmica, mãe solo e figura central para Kamala

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Vice-presidente Kamala Harris faz comentários ao pessoal do Departamento de Defesa, com o presidente Joe Biden e o secretário de Defesa Lloyd J. Austin III, o Pentágono, Washington, D.C., 10 de fevereiro de 2021. (Foto do DoD por Lisa Ferdinando/ Fotos Públicas)
(Foto: Departamento de Defesa dos Estados Unidos / Fotos Públicas)

Na mitologia hindu, Devi é a deusa-mãe, uma matadora de demônios e, ao mesmo tempo, representação da energia feminina e da beleza. Quando a imigrante indiana Shyamala Gopalan Harris teve sua primeira filha, em 1964, ela a batizou Kamala Devi Harris e afirmou anos depois: “uma cultura que adora deusas produz mulheres fortes”.

Shyamala deixou a Índia para fazer pós-graduação na Universidade da Califórnia em Berkeley, aos 19 anos, em 1959. Estudiosa do câncer de mama, ela conheceu nos Estados Unidos o economista heterodoxo e imigrante jamaicano Donald Harris. Os dois foram casados 8 anos e tiveram duas filhas: Kamala e Maya Harris.

“Essa mulher estava fazendo isso sozinha e eu acredito que ela foi um exemplo para suas filhas. Kamala, em toda minha experiência, raramente deixa de mencionar sua mãe em todos os discursos importantes que ela dá. Ela raramente faz referências ao seu pai”, diz Dan Morain, jornalista com mais de 40 anos de experiência e autor da biografia “Kamala Harris – Uma Vida Americana”.

Apesar da união formal com Donald, Morain destaca que Shyamala foi a responsável pela criação e formação das filhas. A imigrante indiana levava Kamala para reuniões do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos e em eventos de centros culturais negros que contavam com a presença de nomes como a cantora Nina Simone, a poeta Maya Angelou e Shirley Chisholm, congressista de Nova York que foi a primeira candidata presidencial negra do país.

Primeiras eleições

Kamala entrou no Judiciário como procuradora-geral adjunta do Condado de Alameda, na década de 1990, época em que também teve um relacionamento com Willie Brown, então presidente da Assembleia do Estado da Califórnia e veterano da política local. No livro, Morain afirma que no período Kamala aparecia mais nas colunas sociais dos jornais do que em reportagens sobre seu papel como procuradora.

O relacionamento com Brown terminou logo após o veterano do Partido Democrata ser eleito prefeito de San Fransisco, em 1995, e Kamala disputou sua primeira eleição em 2002, quando concorreu, e venceu, a corrida pelo cargo de procuradora da cidade e do condado de São Francisco.

Logo nos primeiros meses no cargo, ela enfrentou um batismo de fogo. O policial Isaac Espinoza foi morto em serviço e a recém-empossada procuradora foi pressionada pelas forças policiais da região a pedir a pena de morte para o assassino. Opositora da pena capital, Kamala manteve sua posição e não cedeu à pressão que veio até mesmo da senadora democrata Dianne Feinstein.

Ainda assim, Kamala foi criticada por grupos de direitos humanos por promover uma lei estadual que prendeu pais de filhos que não frequentavam a escola e ignorar uma pergunta sobre a legalização da maconha, em 2010.

Morain destaca que Kamala conseguiu “navegar” o cenário político da Califórnia com pragmatismo e ascendeu nos cargos do Judiciário. Em 2010, foi eleita como Procuradora-geral da Califórnia, sendo a primeira mulher e a primeira negra no cargo. Logo após ser reeleita como Procuradora-geral da Califórnia, concorreu e conseguiu uma vaga no Senado dos Estados Unidos.

O jornalista veterano avalia que Kamala conseguiu mais liberdade para expressar suas opiniões após deixar o Judiciário e que escolhe com cuidado as disputas que compra.

“Ela nem sempre evita uma briga. Há certas brigas que ela assume, mas sobre a pena de morte, ela é uma oponente moral da pena de morte, ela pensa que é fundamentalmente injusto, ela acredita que é racista, que as pessoas recebem condenações injustas e são enviadas para o corredor da morte. Ela não acredita que o Estado deva matar em nome do povo. Quando ela estava disputando a eleição para procuradora do distrito de São Francisco, ela deixou claro que nunca apresentaria um caso de pena de morte e se manteve fiel a isso”, diz o jornalista ao MyNews.

Vice-presidente dos Estados Unidos

Kamala esteve longe de ter um desempenho eleitoral de destaque durante as prévias do Partido Democrata que escolheram o nome que tentaria tirar da Casa Branca o então presidente Donald Trump. As prévias democratas escolheram Joe Biden, mas então algo mudou na política do país.

Em 25 de maio de 2020, o policial branco Derek Chauvin sufucou o homem negro George Floyd, disparando uma onda de protestos que varreu o país. Morain afirma que a política dos Estados Unidos e o Partido Democrata mudaram após o episódio.

“Tornou-se quase imperativo que ele escolhesse uma mulher negra para o trabalho, existem apenas algumas que seriam qualificáveis. E, dentre elas, Kamala Harris era a única que tinha participado de uma disputa estadual, ela ganhou disputas estaduais no maior estado dos EUA, Califórnia, ela venceu três vezes, ela foi examinada por jornalistas, ela concorreu ao cargo de presidente, ela não concorreu bem, mas concorreu, então ela foi examinada por adversários políticos, por pesquisadores da oposição, ela tornou-se a opção mais lógica”, diz o jornalista.

Joe Biden e Kamala Harris. Foto: Twitter Kamala Harris / Fotos Públicas
Joe Biden e Kamala Harris. Foto: Twitter Kamala Harris / Fotos Públicas

Kamala será presidente em 2024?

Biden é o presidente mais velho da história da Casa Branca, com 78 anos. Kamala, por sua vez, tem 56 anos. Morain destaca que isso não significa, contudo, que a filha mais velha de Shyamala será o nome principal da chapa do Partido Democrata nas próximas eleições presidenciais.

“Eu sei que Biden gostaria de ser presidente há muito tempo e se ele puder concorrer em 2024, se sua saúde permitir, ele irá concorrer em 2024, é meu palpite. Dito disso, ela será candidata a presidente, não tenho dúvidas de que ela será candidata quando Joe Biden tiver terminado. Ela não fará nada para tirá-lo do caminho de qualquer maneira, seu trabalho, e ela entende completamente, é ser a melhor vice-presidente que ela pode ser. E o sucesso dela depende do sucesso dele, se ele for um presidente de sucesso, então ela terá uma melhor chance de se tornar presidente”, diz Morain.

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Operação policial no RJ com 25 mortos é “terrorismo de Estado”, diz pesquisador https://canalmynews.com.br/mais/operacao-policial-no-rj-com-25-mortos-e-terrorismo-de-estado-diz-pesquisador/ Fri, 07 May 2021 16:55:59 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/operacao-policial-no-rj-com-25-mortos-e-terrorismo-de-estado-diz-pesquisador/ Sociólogo afirma que grupos milicianos são os beneficiados pelo episódio

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O Rio de Janeiro registrou nesta quinta-feira (6) a segunda maior chacina de sua história após uma operação policial no Jacarezinho terminar com 25 mortos. De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, apenas uma chacina na Baixada Fluminense, em 2005, teve mais vítimas fatais. Para o sociólogo e professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) José Cláudio Souza Alves, os grupos paramilitares são os vencedores do dia.

“O interesse é fortalecer as milícias, é óbvio, a polícia jamais fez operações desse porte em áreas controladas pela milícia, é o grupo criminoso organizado vinculado diretamente à estrutura do Estado, em parceria e aliança, diretamente organizado por funcionários, servidores públicos do Estado”, diz Alves ao MyNews.

As milícias já são o principal grupo criminoso da cidade do Rio de Janeiro, de acordo com pesquisa conjunta do Grupo Estudos dos Novos Ilegalismos da UFF (Universidade Federal Fluminense), o aplicativo Fogo Cruzado, o NEV-USP (Núcleo de Estudos da Violência da USP), a plataforma Pista News e o Disque-Denúncia. O levantamento concluiu que 57,5% do território da capital fluminense está sob domínio paramilitar, 25,2% do território está sob disputa, o tráfico domina 15,4% do território e 1,9% não sofre influência de grupos criminosos.

Lançamento da RECOM (Rondas Especiais e Controle de Multidões), em 2018. Tânia Rêgo/Agência Brasil
Lançamento da RECOM (Rondas Especiais e Controle de Multidões), em 2018. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Com mais de duas décadas de pesquisa sobre os grupos paramiltitares, Alves destaca que a operação policial descumpre decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs restrições à realização de operações policiais nas favelas do Estado do Rio de Janeiro durante a pandemia. O que aconteceu nesta quinta-feira no Rio de Janeiro, já aconteceu em outras cidades da Baixada Fluminense, diz o pesquisador.

“É a continuidade de um descumprimento dessa ADPF [do STF] porque simplesmente a Polícia Militar do Rio e a Polícia Civil não respondem a ninguém, eles têm autonomia própria, eles se comportam de acordo com os interesses deles”, afirma o autor do livro “Dos Barões Ao Extermínio: Uma História Da Violência Na Baixada Fluminense”.

Com o “recado” da operação policial, afirma Alves, os grupos paramilitares atuarão para ampliar seu controle econômico e eleitoral de novos territórios. O pesquisador enxerga uma ação conjunta do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e o do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), em aliança com grupos milicianos, com o foco nas eleições de 2022.

“Isso é um ato terrorista do Estado, é um ato totalitário do Estado, é um ato de assassínio de uma população que já vem morrendo nas mãos da covid-19”, avalia Alves.

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Queiroga afirma que não faz “juízo de valor” sobre apoio de Bolsonaro à cloroquina https://canalmynews.com.br/politica/queiroga-afirma-que-nao-faz-juizo-de-valor-sobre-apoio-de-bolsonaro-a-cloroquina/ Thu, 06 May 2021 14:43:58 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/queiroga-afirma-que-nao-faz-juizo-de-valor-sobre-apoio-de-bolsonaro-a-cloroquina/ Na CPI da Pandemia, o ministro da Saúde se recusa a responder se apoia o uso do medicamente contra covid-19

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se recusou nesta quinta-feira (6) a responder se apoia o uso de cloroquina no enfrentamento à pandemia de covid-19. Queiroga afirmou durante depoimento da CPI da Pandemia que trata-se uma questão “técnica” e foi pressionado pelos senadores.

“Essa é uma questão de natureza técnica, ela tem que ser enfrentada da forma técnica”, afirmou o ministro da Saúde após ser perguntado pelo relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Diante da negativa da resposta, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que Queiroga não estava entendendo seu papel no colegiado. Calheiros também o pressionou e, novamente, indagou se o ministro apoia ou não a cloroquina.

“Existem correntes da medicina, uma corrente é contrária ao uso desse medicamento para o tratamento precoce. Outra corrente defende o tratamento precoce”, afirmou Queiroga.

Calheiros, então, perguntou se o ministro da Saúde compartilha da opinião do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o uso do medicamento sem eficácia contra covid-19.

“Eu não faço juízo de valor acerca da opinião do presidente da República, é uma questão de natureza técnica, é assim que o ministério da Saúde tem que tratar essa questão”, afirmou Queiroga.

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Depoimentos na CPI mostram que Exército precisa explicar “conivência” com a cloroquina, diz cientista política https://canalmynews.com.br/politica/depoimentos-na-cpi-mostram-que-exercito-precisa-explicar-conivencia-com-a-cloroquina-diz-cientista-politica/ Wed, 05 May 2021 21:45:40 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/depoimentos-na-cpi-mostram-que-exercito-precisa-explicar-conivencia-com-a-cloroquina-diz-cientista-politica/ Após dois ex-ministros da Saúde negarem incentivo ao medicamento, professora da UFSCar questiona papel dos militares

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Tanto Luiz Henrique Mandetta quanto Nelson Teich afirmam em seus depoimentos na CPI da Pandemia que não apoiaram esforços do governo federal para produção e investimento na cloroquina. Na avaliação da cientista política e professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Maria do Socorro Sousa Braga, o quadro faz com que o Exército precise explicar sua participação na fabricação do remédio sem eficácia contra covid-19.

“A questão da cloroquina ainda vai ser bastante instrumentalizada, especialmente quando se envolver mais e realmente for apurar a conivência do Exército com essa história da cloroquina. Então, não me aparece uma boa estratégia dos senadores pró-Bolsonaro tocar nessa tecla porque pode ser um grande problema para eles”, diz Braga ao MyNews.

De acordo com reportagem da Agência Pública, os laboratórios das Forças Armadas produziram 3,2 milhões de comprimidos de cloroquina em 2020, cerca de 25 vezes mais do que a produção anual rotineira do remédio que é eficaz contra malária.

O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou requerimentos pedindo informações ao Exército sobre a produção de cloroquina pelo Laboratório Químico Farmacêutico do Exército.

“Esperamos que a CPI consiga formalizar essas responsabilidades penais e políticas do governo. É realmente fundamental para a sociedade brasileira conhecer essas irresponsabilidades, é muito importante porque a gente sabe que temos eleições em 2022 e não podemos continuar com um grupo político que não se responsabiliza pelo bem estar da população”, avalia Braga.

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O que sabemos sobre o foguete chinês que caíra na Terra https://canalmynews.com.br/vip/o-que-sabemos-sobre-o-foguete-chines-que-caira-na-terra/ Wed, 05 May 2021 18:57:06 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/o-que-sabemos-sobre-o-foguete-chines-que-caira-na-terra/ Partes do Longa Marcha 5B devem entrar na atmosfera terrestre nos próximos dias

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Pressão por cloroquina e falta de autonomia motivaram saída do Ministério da Saúde, diz Teich https://canalmynews.com.br/politica/pressao-por-cloroquina-e-falta-de-autonomia-motivaram-saida-do-ministerio-da-saude-diz-teich/ Wed, 05 May 2021 15:00:58 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pressao-por-cloroquina-e-falta-de-autonomia-motivaram-saida-do-ministerio-da-saude-diz-teich/ Em depoimento na CPI da Pandemia, médico afirma que Bolsonaro tinha “entendimento diferente” sobre uso de medicamento sem eficácia

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Nelson Teich afirmou nesta quarta-feira (5), no segundo dia de depoimentos na CPI da Pandemia, que deixou o cargo de Ministro da Saúde por entender que não teria a “autonomia e liderança” que julgou “indispensáveis ao exercício do cargo”.

Sobre o uso de cloroquina, o médico afirma que tinha a “convicção pessoal, baseada em estudos” de que o medicamento não seria eficaz contra covid-19. Todavia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tinha “entendimento diferente, amparado na opinião de outros profissionais e até do Conselho Federal de Medicina”.

O ex-ministro afirma que pode escolher nomes técnicos para a pasta e não havia interferência de Bolsonaro nesse sentido, ao contrário do que acontecia quando o assunto era cloroquina. “A única coisa que tinha uma discussão era sobre a cloroquina”.

Teich, que assumiu a pasta da Saúde entre 17 de abril e 15 de maio de 2020, diz que pediu para sair após Bolsonaro afirmar em transmissão nas redes sociais e em encontro com empresários que aconteceria uma ampliação do uso da cloroquina.

“Sem liberdade para conduzir o ministério conforme minhas convicções, optei por deixar o cargo”, afirma Teich.

No primeiro dia de depoimentos na CPI, o também ex-ministro Luiz Henrique Mandetta falou com o colegiado.

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5 destaques do depoimento de Mandetta na CPI da Pandemia https://canalmynews.com.br/politica/5-destaques-do-depoimento-de-mandetta-na-cpi-da-pandemia/ Tue, 04 May 2021 22:17:25 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/5-destaques-do-depoimento-de-mandetta-na-cpi-da-pandemia/ Ex-ministro da Saúde destaca influência dos filhos de Jair Bolsonaro em suas decisões políticas e tece críticas a Paulo Guedes

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) escutava e concordava com as contribuições sobre a pandemia de covid-19 do então ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, mas mudava de posição logo depois. Essa é uma das informações que o ex-ministro revelou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia nesta terça-feira (4). Confira os destaques do colegiado:

Bolsonaro ouvia e depois esquecia

“Cada vez que se conversava com o presidente, ele compreendia, a gente falava: ‘Não pode aglomerar, não vamos aglomerar, vamos usar máscara, álcool gel’. Então a gente saía de lá animado porque era um corpo total que falava ‘OK’ e ele compreendia, ele falava que iria ajudar. Só que passava dois ou três dias e ele voltava para aquela situação de aglomerar, de fazer as coisas. Isso foi indo até que chegou uma hora que ficou realmente muito difícil para ele me manter no cargo já que eu deixei claro que não abandonaria o cargo jamais”, afirmou Mandetta.

Mudar a bula da cloroquina

Mandetta afirmou que encontrou uma minuta na mesa de uma reunião de ministros sobre uma mudança da bula da cloroquina, para prever tratamento do medicamento contra a covid-19. O ex-ministro, contudo, não soube dizer de quem partiu a ideia e disse que discutiu o assunto com o general Luiz Eduardo Ramos, atual ministro da Casa Civil.

Problemas com a China

Conversar com a China era um problema para o governo Bolsonaro, apesar dos chineses serem responsáveis pela maior parte dos insumos hospitalares necessários para enfrentar a pandemia, diz o ex-ministro. Mandetta diz que foi impedido de fazer reunião presencial com o embaixador da China no Palácio do Planalto e acabou realizando conversa com o representante diplomático de Pequim por telefone.

Mandetta também afirmou ter “dificuldades” com o Ministério das Relações Exteriores e sua postura diante da China porque o Brasil dependia de um bom relacionamento com Pequim para conseguir insumos. “O outro filho do presidente, o deputado Eduardo [Bolsonaro] tinha rotas de colisão com a China”.

Carlos Bolsonaro

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) participou de reuniões ministeriais tomando notas, diz Mandetta. Havia “assessoramento paralelo”, diz o ex-ministro.

Mandetta também afirma que nenhum ministro sabia com antecedência da fala em cadeia nacional de Bolsonaro classificando a covid-19 como “gripezinha”.

Paulo Guedes

Mandetta também não poupou críticas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, a quem classificou de “desonesto intelectualmente” e “um homem pequeno para estar onde está”.

“O distanciamento da equipe econômica era real. Eu dialogava um pouco com o segundo escalão sobre algumas questões, mas entre ministros, telefonemas, recados para conversar com o ministro [Paulo Guedes] não eram respondidos”, afirmou o ex-ministro.

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Os (cripto)mineradores brasileiros: lucros, choques e promessas https://canalmynews.com.br/economia/os-criptomineradores-brasileiros-lucros-choques-e-promessas/ Mon, 03 May 2021 12:51:09 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/os-criptomineradores-brasileiros-lucros-choques-e-promessas/ Atraídos pelo boom das moedas digitais, investidores montam operações domésticas para surfar a onda das criptomoedas

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As moedas de ouro deram lugar às cédulas de papel, que foram substituídas pelas fitas magnéticas dos cartões de crédito. Agora, as linhas de programação das moedas digitais querem ser a bola da vez. Comprar com uma criptomoeda, contudo, não é tão simples quanto entregar uma nota, é preciso que um computador valide a transação — e é este filão que criou escassez de produtos eletrônicos e uma demanda por energia elétrica que ameaça o meio ambiente.

Para garantir a autenticidade de uma transação por criptomoedas, é preciso que uma terceira parte autentique a transação. Quando uma compra ou venda de moeda digital ocorre, ela cria uma chave criptografada que precisa ser validada. É nesta parte que entram os supercomputadores, eles fazem milhares de cálculos por minuto para tentar encontrar essa chave criptografada e garantir a autenticidade da transação. Esse processo é conhecido como blockchain e o uso dos computadores, mineração.

Como os usuários que autenticam a transação são remunerados com criptomoedas, há uma disputa para ser o auditor das transações. E essa disputa fomentou o uso de computadores cada vez mais potentes e investimentos maiores.

A mineração gera calor e consome energia elétrica, o que faz com que algumas das maiores “fazendas de mineração” do mundo estejam concentradas em países com eletricidade barata e clima gelado, como China, Suíça, Rússia e Islândia. Todavia, há um grupo de mineradores brasileiros investindo e faturando para participar dessa economia em pleno clima tropical.

Fazenda de mineração da empresa Genesis Mining na Islândia. Foto: Marco Krohn / Creative Commons
Fazenda de mineração da empresa Genesis Mining na Islândia. Foto: Marco Krohn / Creative Commons

Os mineradores brasileiros

Ricardo de Tarso, morador de Fortaleza, no Ceará, afirma que não gosta de seguir ordens e enxerga nas criptomoedas um negócio vantajoso pela ausência do Estado na regulação e nas transações. Investir no setor, afirma, foi uma decisão lógica.

“Tive que passar em um concurso público para investir em criptomoedas. Se eu pudesse, teria feito isso muito mais cedo”, diz Tarso ao MyNews.

Com os vencimentos e o cargo de agente penitenciário, Tarso afirma que passou a investir na mineração de criptomoedas. Hoje diz ter mais de R$ 500 mil em equipamentos, 122 placas de vídeo minerando e um faturamento líquido mensal de aproximadamente R$ 100 mil. Tarso conta que ele próprio montou sua fazenda de mineração e que tomou choques e sofreu queimaduras nas mãos e no rosto ao cuidar da parte elétrica do empreendimento.

Por conta da alta capacidade de processamento e chips que representam o estado da arte em termos de computação, as placas de vídeo são os equipamentos preferidos, e disputados, pelos mineradores. A demanda por placas de vídeo no mercado é tamanha que as autoridades de Hong Kong chegaram a apreender um carregamento de 300 placas de vídeo com contrabandistas após uma perseguição. A mercadoria detida tem um valor de aproximadamente US$ 250 mil e foi fabricada especificamente para minerar moedas digitais.

Esse pico de demanda e escassez ainda conta com outros ingredientes: a disparada na procura por equipamentos de informática causada pelo trabalho remoto imposto pela pandemia de covid-19 e sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra a China. O cenário faz com que o silício usado para fabricar placas de vídeo também seja disputado por drones militares, chips de internet 5G e até mesmo pela indústria automotiva.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enxerga a escassez global de chips semicondutores como uma questão estratégica e prometeu um pacote de US$ 50 bilhões para as empresas do setor investirem na produção e realizarem pesquisas.

Enquanto os semicondutores continuam difíceis de encontrar e o preço das criptomoedas atingem recordes históricos, o assessor de comunicação Carlos Augusto organiza uma comunidade de pequenos mineradores em um aplicativo de mensagens.

“Eu dou muito apoio à ideia das criptomoedas, sempre achei que foi um baita de um investimento, uma baita de uma ideia, e acho que a mineração está inclusa nisso”, diz Augusto ao MyNews.

O assessor de imprensa de Joinville, Santa Catarina, diz que precisa “balancear” sua atividade profissional com a manutenção das placas de vídeo e o canal no TikTok que tem para divulgar sua rotina de minerador. Augusto afirma que investiu R$ 28,5 mil em seis placas de vídeo e consegue um faturamento líquido que oscila entre R$ 5,5 mil e R$ 4,5 mil.

“Essas quedas [no faturamento] são naturais. O que eu faço é estudar muito antes de colocar um investimento e ver o que vale a pena ou não. Como eu já previa, e eu sei que teve épocas em que a mineração não pagava nem a própria conta de energia, eu já entrei bem preparado no mercado”, diz Augusto.

Crescimento explosivo e custo ambiental

Nos últimos 12 meses, o indexador de commodities da Bloomberg registrou uma alta de 48,38%. O índice foi influenciado por altas no período como as registradas no preço da soja (85,01%), algodão (50,72%), trigo (40,85%) e petróleo (164,91%), de acordo com dados do jornal britânico Financial Times calculados com base no dólar.

Nos mesmos últimos 12 meses, a mais famosa das criptomoedas, o Bitcoin, teve valorização de 507,18% em sua cotação frente ao dólar. No mesmo período, e também na comparação com o dólar, outras moedas digitais registraram crescimento ainda maiores: Ethereum (1.223%), Cardano (2.587%), Binance (3.360%) e Dogecoin (12.540%).

Se não for objeto de nenhuma regulação, a mineração de Bitcoin na China deve atingir seu pico em 2024 e ser responsável pela emissão de 130,5 milhões de toneladas métricas de carbono. Com esse passivo ambiental, a mineração chinesa da criptomoeda estaria na 13° posição de países que mais poluem o meio ambiente, na frente de países como Arábia Saudita e Itália. O dado é de estudo publicado pela revista Nature. Os pesquisadores afirmam no levantamento que a China, responsável por cerca de 80% de toda a mineração de criptomoedas do mundo, pode não atingir suas metas do Acordo de Paris se não adotar políticas públicas para minimizar os impactos ambientais da atividade.

Já em 2021, a Universidade Cambridge estima que a mineração de criptomoedas consuma 131,74 TWh por ano, mais do que o consumo anual da Argentina e seus 44 milhões de habitantes.

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Governo Federal ignora que investidores estrangeiros podem monitorar política ambiental, diz Creomar de Souza https://canalmynews.com.br/politica/governo-federal-ignora-que-investidores-estrangeiros-podem-monitorar-politica-ambiental-diz-creomar-de-souza/ Thu, 29 Apr 2021 18:08:24 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/governo-federal-ignora-que-investidores-estrangeiros-podem-monitorar-politica-ambiental-diz-creomar-de-souza/ Analista político enxerga ingenuidade do governo Bolsonaro ao tratar do meio ambiente com atores internacionais

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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a Cúpula do Clima.
Foto: Twitter Ricardo Sales

O que acontece no Brasil não fica só no Brasil, apesar do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) acreditar que pode controlar as narrativas sobre o meio ambiente. Essa é a avaliação do cientista político Creomar de Souza em trecho exclusivo para membros do Quarta Chamada.

“O governo [brasileiro] ainda subestima o fato de que governos estrangeiros, fundos de investimento internacionais e outros atores internacionais têm uma capacidade de monitorar o que está acontecendo em termos de política ambiental [no Brasil]”, afirma o CEO da Dharma Political Risk and Strategy.

Ainda de acordo com o cientista político, as recentes trocas na Esplanada dos Ministérios foram de “seis por meia dúzia” já que os novos ministros da Saúde e das Relações Internacionais têm uma melhor capacidade de articulação, mas não representam mudanças substantivas. E Ricardo Salles, atual ministro do Meio Ambiente, poderá ser substituído em breve, diz Creomar.

A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva afirma que Salles defende “o que há de mais atrasado” e que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, é omissa enquanto ocorre uma “destruição” da política ambiental.

“É o ministro do Meio Ambiente que vai para a linha de frente defender o que há de mais atrasado e a ministra [Tereza Cristina] se esconde atrás desse biombo, tentando fazer um discurso para inglês ver”, diz Marina.

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Bolsonaro deve ser afastado e “não deve chegar a turno nenhum”, diz Marina Silva https://canalmynews.com.br/politica/bolsonaro-deve-ser-afastado-e-nao-deve-chegar-a-turno-nenhum-diz-marina-silva/ Thu, 29 Apr 2021 01:19:58 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/bolsonaro-deve-ser-afastado-e-nao-deve-chegar-a-turno-nenhum-diz-marina-silva/ Ex-ministra afirma que negacionismo do presidente coloca Brasil em “caminho sem volta”

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Para Marina Silva, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve ser afastado do poder “para parar de prejudicar a sociedade brasileira” por conta dos crimes de responsabilidade que cometeu durante a condução da pandemia de covid-19.

“É legítima defesa da vida, da economia, da saúde, da educação, da dignidade de mais de 200 milhões pessoas de pessoas interditar esse governo, é o impeachment, é alguma coisa que tem que ser feita, não é que ele não deve chegar ao segundo turno, ele não deve chegar a turno nenhum, ele deve ser parado agora”, diz Marina ao Quarta Chamada.

A ex-ministra afirma que o negacionismo de Bolsonaro é um “caminho sem volta” porque as vidas perdidas para o novo coronavírus jamais poderão ser recuperadas. Ainda de acordo com Marina, o Brasil está se transformando em “uma espécie de Venezuela, só que à direita. Lá é a loucura do [Nicolás] Maduro, aqui é a loucura do Bolsoanro, mas é o mesmo vértice, a mesma coisa”.

Marina critica o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, que afirmou que tomou a vacina contra a covid-19 escondido. “Já vi adolescente fumando escondido, agora uma pessoa na idade do general tomando vacina escondido? É um negócio que é deplorável.”

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4 ataques do governo Bolsonaro contra parceiros comerciais do Brasil https://canalmynews.com.br/vip/4-ataques-do-governo-bolsonaro-contra-parceiros-comerciais-do-brasil/ Wed, 28 Apr 2021 17:54:24 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/4-ataques-do-governo-bolsonaro-contra-parceiros-comerciais-do-brasil/ Paulo Guedes, Eduardo Bolsonaro e o próprio presidente da República já investiram contra importantes economias

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Depressão tem ligação quase inevitável com a produtividade e o consumo, diz Christian Dunker https://canalmynews.com.br/mais/depressao-tem-ligacao-quase-inevitavel-com-a-produtividade-e-o-consumo-diz-christian-dunker/ Tue, 27 Apr 2021 20:53:03 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/depressao-tem-ligacao-quase-inevitavel-com-a-produtividade-e-o-consumo-diz-christian-dunker/ Psicanalista e professor da USP escreve biografia da depressão em novo livro e relaciona enfermidade com o neoliberalismo

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O psicanalista Christian Dunker. Foto: Marcos Ankoski.
Foto: Marcos Ankoski.

Não é com a psicologia ou com a psicanálise que o termo “depressão” ganha força e passa ser assunto de debate, mas sim com a Crise de 1929. A partir de então a depressão, em sua dimensão de sofrimento psíquico, se infiltra e ganha força na sociedade. Este é um dos percursos que o psicanalista e professor da Universidade de São Paulo (USP) Christian Dunker percorre no livro “Uma Biografia da Depressão”, da Editora Planeta.

Para falar da enfermidade que virou protagonista nas conversas sobre saúde mental, a obra remonta aos antecedentes da depressão, como a melancolia e a tristeza, no século XIX, e chega até ao quadro contemporâneo de pandemia e isolamento social. Narrar, regular e descrever as formas de sofrimento, diz o autor, é uma forma de poder.

“Se a gente quer enfrentar os transtornos, a gente precisa necessariamente conhecer e lidar com a história deles. Porque olhando para a história da psicopatologia a gente vai perceber como certos modos de sofrimento aparecem e depois desaparecem, como, por exemplo, a neurastenia antes da histeria, depois a histeria, depois a neurose, depois da neurose as patologias narcísicas, depois das patologias narcísicas a depressão, depois da depressão a anorexia e, mais recentemente, o transtorno de estresse pós-traumático”, diz Dunker ao MyNews. “Essas renomeações falam tanto da coisa em si, como de nós, como da época em que a gente precisa alocar nossos esforços e visibilizar nosso sofrimento e não de outra. Então aqui a gente vê a interveniência da política, na definição de quem, como e para quem vai sofrer”.

Se é com a Crise de 1929 que o termo é posto em movimento, é com o Chile de 1973 que a depressão ganha solo fértil. Após o golpe militar de Augusto Pinochet derrubar o presidente socialista Salvador Allende, o país latino-americano torna-se laboratório das ideias de Milton Friedman e seus “Chicago Boys”. A estabilidade no trabalho e a oferta de serviços públicos, como saúde e educação, são valores colocados em cheque pela nova mentalidade econômica de estado mínimo. É neste novo mundo e novo pensamento econômico que a depressão passa a ser a forma central de sofrimento.

“A depressão nos impacta infiltrando quase que inevitavelmente esse elemento da produtividade, da crise, da improdutividade, da diminuição do consumo, e isso, bom, a gente entende as origens históricas, mas a gente não precisa, e não deve, aceitar todas essas conotações semânticas que vem junto com a palavra”, afirma o professor da USP.

Dunker destaca que a dimensão econômica da saúde mental tem sido cada vez mais enfatizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

O pesquisador do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise da USP também afirma que os dados sobre saúde mental no Brasil durante a pandemia de covid-19 são uma “incógnita” e nós desconhecemos as sequelas que o novo coronavírus está deixando na população.

“A gente tem que levar em conta, também, as sequelas neurológicas e psíquicas de quem passou pela covid-19. Quem viu na própria pele a experiência. Muitas vezes essa experiência contrariava crenças, abalava fé, tinha uma dimensão de aumento de conflito familiar, a gente não sabe se o contexto de internação, muitos que passaram por entubação, é uma experiência gravíssima do ponto de vista psíquico, senão neurológico, e a gente acredita que sequelas vão começar a aparecer”.

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Lula é o candidato do pragmatismo e pode ser o nome do mercado, diz Glenn Greenwald https://canalmynews.com.br/politica/lula-e-o-candidato-do-pragmatismo-e-pode-ser-o-nome-do-mercado-diz-glenn-greenwald/ Mon, 26 Apr 2021 23:32:54 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/lula-e-o-candidato-do-pragmatismo-e-pode-ser-o-nome-do-mercado-diz-glenn-greenwald/ Jornalista afirma que o mercado pode considerar mais seguro apostar no PT do que na “instabilidade” de Bolsonaro

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O jornalista Glenn Greenwald. Foto: Lula Marques/Fotos Públicas.
Foto: Lula Marques/Fotos Públicas.

Com o descontrole da pandemia de covid-19 e o desgaste internacional causado pela devastação ambiental no Brasil, o mercado internacional e os ricos podem considerar que o ex-presidente Lula (PT) é uma aposta mais segura do que Jair Bolsonaro (sem partido), afirma o jornalista Glenn Greenwald.

“[A pandemia] está machucando muito a imagem internacional do país, o que está preocupando muito os setores do agribusiness e as classes mais ricas que estavam apoiando Bolsonaro por causa do Paulo Guedes e porque eles não queriam uma volta do PT. Agora eles estão quase apostando que a volta do PT com o Lula seria a opção mais segura. É incrível que o mercado internacional, a classe rica está pedindo Lula”, diz Greenwald ao Segunda Chamada. “Agora ele [Lula] é o candidato do pragmatismo”.

Para Greenwald, Bolsonaro foi reduzido ao “campo dos fanáticos”, de 25% a 30% de apoio, e deixou órfão setores políticos que procuram um substituto. De acordo com pesquisa EXAME/IDEIA, o governo Bolsonaro é avaliado como ruim ou péssimo por 52% dos brasileiros, o maior índice desde o início de sua gestão. Outros 23% avaliam o governo como ótimo ou bom.

Neste cenário, Bolsonaro está mais vulnerável, mas também é mais perigoso, avalia o jornalista que participou da Vaza Jato. “A estratégia de Bolsonaro, sempre quando ele está se sentindo ameaçado, é tentar criar um clima de medo. Ele está falando ‘aqui é o limite, vocês podem ser contra a mim, tudo bem, mas se você passar desse limite, tudo pode explodir’”.

Sobre 2022, Greenwald destaca que Sergio Moro não será viável politicamente “nunca mais” porque tornou-se o “inimigo número um do presidente” e a esquerda não votaria no ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública.

“Foi um pouco irônico porque ele [Moro] entrou no meu lugar e eu consegui sair, finalmente, desse espaço de inimigo número um do Bolsonaro”, diz o jornalista.

Mundo quer provas e não discurso, diz Jamil Chade

Apesar da participação brasileira na Cúpula do Clima com Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o jornalista Jamil Chade acredita que palavras não são suficientes porque a credibilidade internacional do país foi “destruída” nos últimos dois anos. O que realmente mudaria o cenário, diz o jornalista baseado em Genebra, na Suíça, são índices menores de desmatamento.

“O mundo quer provas do Brasil e não discurso. Você pode até ter um discurso mais moderado, menos moderado, mas a credibilidade do país é tão baixa, tão reduzida que um discurso do presidente Bolsonaro hoje pouco significa.”

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Delegado afastado após embate com Salles publica homenagem recebida da PF https://canalmynews.com.br/politica/delegado-afastado-apos-embate-com-salles-publica-homenagem-recebida-da-pf/ Sun, 25 Apr 2021 21:56:11 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/delegado-afastado-apos-embate-com-salles-publica-homenagem-recebida-da-pf/ Alexandre Saraiva compartilhou homenagem por “brilhante trabalho em defesa da Amazônia”

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Superintende da Polícia Federal no Amazonas até enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) notícia-crime contra o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, o delegado Alexandre Saraiva compartilhou uma homenagem que recebeu da PF.

“Demonstrou coragem, atitude e profissionalismo, desde os trabalhos mais simples às mais complexas operações, sendo reconhecido por seu brilhante trabalho em defesa da Amazônia e da Polícia Federal, colocando esta Superintendência em destaque nacional e internacional”, afirma a homenagem.

O delegado da PF esteve por mais de três anos à frente da Superintendência no estado do Amazonas e foi substituído por Leandro Almada.

Em entrevista ao Almoço do MyNews, Saraiva afirmou que o trabalho de fiscalização ambiental estava sendo questionado de forma “completamente absurda” e questionou o discurso de Salles sobre a falta de recursos para o setor. De acordo com o delegado da PF, não faltam recursos, mas sim “foco” do poder público.

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Poder, religião e medo: MyNews Traduz explica os evangélicos na política https://canalmynews.com.br/mais/poder-religiao-e-medo-mynews-traduz-explica-os-evangelicos-na-politica/ Sun, 25 Apr 2021 20:17:48 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/poder-religiao-e-medo-mynews-traduz-explica-os-evangelicos-na-politica/ Uma das maiores e mais importantes bancadas do Congresso, a Frente Parlamentar Evangélica é assunto de debate

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Criada em 2003, a Frente Parlamentar Evangélica (FPE) tem hoje a assinatura de mais de duas centenas de congressistas, inclusive do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O MyNews Traduz, programa exclusivo para membros do canal, conversou com dois especialistas para entender como é a atuação dos evangélicos na política partidária.

A jornalista e cientista política Deysy Cioccari destaca que antes da Constituição de 1988, os evangélicos já estavam na política, mas de maneira isolada, e que é com a criação da FPE que o grupo ganha força. Apesar da Frente Parlamentar ser formada por diversos partidos, ela enxerga uma unidade discursiva.

“Eles [evangélicos] tem uma pauta ideológica muito forte. Eles são contra a igualdade de gênero, contra o casamento de pessoas do mesmo sexo, aborto, inclusive foi essa pauta que lançou o [Jair] Bolsonaro em 2014”, diz Cioccari. “Eles trabalham muito forte, é impressionante, com a questão da preservação de costumes. Não é tanto uma bancada, uma frente parlamentar que prega, como a bancada das armas, a criação de pautas. Eles estão na preservação de costumes.”

A jornalista destaca que o medo é um elemento que organiza o discurso do grupo político. O coordenador do programa de pós-graduação em ciência da religião da PUC São Paulo, Edin Sued Ahumanssur, concorda com a avaliação e destaca que o medo é, também, um elemento central da religião de uma maneira geral.

Ahumanssur afirma que a Assembleia de Deus, seguida pela Universal do Reino de Deus, são as igrejas evangélicas com o maior participação na política partidádia. O professor da PUC diz que os evangélicos, assim como os militares, são um elemento importante do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Evangélicos de um lado e militares do outro. É isso que compõe os escalões do governo do presidente Bolsonaro. E isso é muito sintomático e revelador do que é esse governo que se pauta na força da arma por um lado, ou no imaginário, simbolicamente, a questão do Exército, e na força da religião, diz Ahumanssur.

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Biodiversidade brasileira não garante vanguarda ambiental, diz analista https://canalmynews.com.br/politica/biodiversidade-brasileira-nao-garante-vanguarda-ambiental-diz-analista/ Thu, 22 Apr 2021 21:47:22 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/biodiversidade-brasileira-nao-garante-vanguarda-ambiental-diz-analista/ Professor da USP questiona afirmação de Bolsonaro na Cúpula do Clima sobre o papel do Brasil

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Ao contrário do que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou na Cúpula do Clima nesta quinta-feira (22), o Brasil não está na vanguarda do enfrentamento às mudanças climáticas. A avaliação é do professor da Universidade de São Paulo (USP) Felipe Loureiro em entrevista ao Almoço do MyNews.

No evento com 40 países, Bolsonaro ignorou os recordes de desmatamento e os incêndios no Pantanal e na Amazônia. Também não abordou o recente afastamento do superintendente da Polícia Federal no Amazonas, que acusa o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no Supremo Tribunal Federal (STF).

“O fato de o Brasil ter de fato uma biodiversidade gigantesca e não ser um grande emissor de carbono em comparação com as grandes potências globais, como China e Estados Unidos e mesmo pensando na União Europeia, isso não significa que o Brasil está na vanguarda no que se refere ao meio ambiente, a ter posições responsáveis com relação ao tema. Um exemplo é o caso da Amazônia, com redução de verbas para órgãos de fiscalização como Ibama e ICMBio, entre outros aspectos, e uma a taxa de desmatamento da Amazônia que mostra claramente o quanto o Brasil está bem longe dessa posição que o presidente Bolsonaro colocou de vanguarda mundial”, analisa o professor.

Segundo Loureiro, o primeiro elemento importante da reunião é a demonstração de que os Estados Unidos, agora sob a liderança do presidente Joe Biden, querem liderar o sistema internacional no tópico das mudanças climáticas. Tanto que o governo Biden já anunciou metas audaciosas de redução de emissão de carbono até 2030 e a promessa de a economia norte-americana zerar suas emissões de carbono até 2050.

O antecessor de Biden, Donald Trump, retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris, iniciativa diplomática para enfrentar a emergência climática. Para Trump, o aquecimento global é um “boato”.

Jair Bolsonaro escuta o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante a Cúpula do Clima. Foto: Marcos Corrêa/PR/Fotos Públicas.
Jair Bolsonaro escuta o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante a Cúpula do Clima. Foto: Marcos Corrêa/PR/Fotos Públicas.

“O efeito prático disso [Biden convocar a Cúpula do Clima] é a ideia de estimular outros países do mundo a também anunciar metas mais audaciosas, antes da Conferência Climática da ONU, que vai acontecer em novembro em Glasgow, a ideia é fazer com que outros países, Grã-Bretanha, países da União Europeia, a própria China, Índia e evidentemente o Brasil, pudessem estar estimulados a anunciar metas ainda mais audaciosas, para que a gente pudesse o quanto antes melhorar a situação tão dramática que envolve o aquecimento global nos dias de hoje”, explica o especialista em relações internacionais.

Em 2019, surgiu um embate entre Brasil, Noruega e Alemanha, que financiam o Fundo Amazônia. O governo mudou a composição dos conselhos que regulamentam o Fundo Amazônia e os países que financiam a iniciativa congelaram a transferência de recursos para o programa de conservação da floresta.

“O Fundo Amazônia de fato tem recursos de quase US$ 3 bilhões parados. A partir do momento em que o governo Bolsonaro mudou a composição do Fundo e começou a flexibilizar e enfraquecer os órgãos de fiscalização no que se refere ao desmatamento da Amazônia, a Noruega e Alemanha protestaram e começaram a criar maiores dificuldades para liberação desses recursos. Mas é muito evidente que se você tiver uma situação de retorno ao que existia antes de 2019 e garantia de independência para que esses conselhos possam de fato trabalhar, não há dúvida de que a gente vai ter dinheiro e há recursos disponíveis”, argumenta Loureiro.

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Analista explica a continuidade do chavismo na Venezuela https://canalmynews.com.br/vip/analista-explica-a-continuidade-do-chavismo-na-venezuela/ Thu, 22 Apr 2021 19:17:49 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/analista-explica-a-continuidade-do-chavismo-na-venezuela/ Pesquisador da UFRGS afirma que apenas a violência não é suficiente para entender a continuidade do projeto de Hugo Chávez

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Bolsonaro pode não aceitar possível derrota nas eleições, diz Oliver Stuenkel https://canalmynews.com.br/politica/bolsonaro-pode-nao-aceitar-possivel-derrota-nas-eleicoes-diz-oliver-stuenkel/ Thu, 22 Apr 2021 17:34:56 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/bolsonaro-pode-nao-aceitar-possivel-derrota-nas-eleicoes-diz-oliver-stuenkel/ Professor da FGV diz que a democracia brasileira registra “sinais muito preocupantes”

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A democracia brasileira está sendo afetada e críticos do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) estão sendo silenciados por medo, avalia o professor de relações internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Oliver Stuenkel.

“Existe uma preocupação de que o presidente pode não aceitar uma possível derrota. Ou seja, há alguma preocupação com a estabilidade da democracia”, diz Stuenkel em trecho exclusivo para membros do Quarta Chamada.

Stuenkel cita o caso de Guilherme Boulos (PSOL), intimado pela Polícia Federal por uma publicação sobre Bolsonaro nas redes sociais, e também de acadêmicos que evitam expor suas análises por medo de possíveis represálias.

“Esse clima de ameaça já está impactando a democracia, isso já é, hoje, um problema. A gente não precisa esperar até lá na frente existir alguma tentativa de golpe”, afirma o professor da FGV.

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