Transporte e Alimentação são os segmentos que mais puxam o aumento – diesel subiu 13,65% e cenoura 31,47%. No acumulado dos últimos 12 meses, índice atinge 11,30%.
por Vitor Hugo Gonçalves em 08/04/22 18:12
Considerado o medidor oficial da inflação no Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) anotou um aumento de 1,62% em março, após alta de 1,01% em fevereiro, conforme divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa é a maior para um mês de março em 28 anos. Ou seja, é a mais alta desde 1994, antes da implementação do Plano Real. Verifica-se também que é a maior inflação mensal desde janeiro de 2003 (2,25%).
De acordo com o IBGE, “no ano, o indicador acumula alta de 3,20% e, nos últimos 12 meses, de 11,30%, acima dos 10,54% observados nos 12 meses imediatamente anteriores”.
Já no acumulado de 12 meses, o índice é apontado como o desde outubro de 2003 (quando a alta generalizada dos preços era de 13,98%). Com o resultado de março, a inflação fica sete meses consecutivos acima dos dois dígitos.
A pesquisa mostra que dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram altas em março. Os principais impactos, como esperado, vieram dos Transportes (3,02%) e de Alimentação e bebidas (2,42%) – dois segmentos de maior peso no IPCA. Juntos, a dupla representa 43% da inflação do mês.
Constatou-se ainda que o aumento dos preços foi mais disseminado no terceiro mês de 2022: o índice de difusão passou de 75% em fevereiro para 76% em março, número que demonstra o espalhamento da inflação entre os setores analisados pelo IBGE.
Já a inflação de serviços ficou em 0,45% em março ante 1,36 em fevereiro.
O grupo Transportes foi o grande responsável por puxar o aumento deste mês. A razão continua sendo o acréscimo do preço dos combustíveis mediante à alta do petróleo no mercado internacional, inflado pela com a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Dentro dos Transportes, verificaram-se as seguintes altas: Óleo diesel (13,65%); Transporte por aplicativo (7,98%); Gasolina (6,95%); Gás veicular (5,29%); Etanol (3,02%); e Passagem do ônibus urbano (1,27%).
Já no segmento de alimentação, que anotou a maior alta desde novembro de 2020, os principais vilões foram: Cenoura (31,47%); Tomate (27,22%); Leite (9,34%); Óleo de soja (8,99%); Frutas (6,39%); e Pão francês (2,97%).
Também houve aumento forte no gás de botijão (6,57%).
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No MyNews Investe desta sexta, a alta da inflação, seus impactos no mercado, análise da conjuntura macro e a possibilidade de estagflação foram pauta. Confira:
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