Com chancela de grandes investidores como Luiz Stuhlberger, ETF de criptomoedas é opção para aplicar em moedas digitais na bolsa
por Juliana Causin em 13/08/21 10:24
Desde abril de 2021, os investidores contam com uma nova possibilidade para investir em criptomoedas, dentro do mercado regulado da Bolsa de Valores: os ETFs de moedas digitais. A novidade chegou na B3 a partir da Hashdex, a maior gestora de criptoativos da América Latina e é uma opção segura para quem tem desconfianças sobre esse mercado.
Os ETFs são fundos de investimentos que reproduzem o desempenho de um determinado índice do mercado financeiro. No caso das criptomoedas, o ETF pioneiro no Brasil foi o HASH11, que replica o Nasdaq Crypto Index (NCI), índice desenvolvido pela bolsa tecnológica de Nova York que opera o movimento global dos criptoativos.
Desde que foi lançado, o HASH11 chamou a atenção de uma das gestoras mais importantes do país: a Verde Asset, de Luis Stuhlberger, que chegou a comprar R$ 126 milhões em cotas do ETF. Além dele, a gestora 03 Capital, de Abílio Diniz, também adquiriu cotas do fundo.
“Tem sido uma surpresa bastante positiva a aceitação que a gente teve de uma gama bastante grande de investidores. Desde pessoas físicas, que estão fazendo um pequeno aporte, até grandes gestores, entre os maiores do país”, diz João Marco Cunha, gestor de portfólio da Hashdex, em entrevista ao MyNews Investe. Ele avalia que a “chancela” de grandes investidores como Stuhlberger ajuda a levar mais interessados aos ETFs.
Cunha lembra ainda que o ETF lançado por eles tem frequentemente ficado entre os mais negociados do dia na Bolsa de Valores. “A gente acreditava que haveria uma demanda pelo produto e isso de fato se confirmou. O nosso lema é que sempre queremos trazer as criptos de forma simples, segura e regulada”, acrescenta.
Desde o nascimento da HASH11, outros ETFs de moedas digitais passaram a ser negociados na Bolsa. É o caso do BITH11, totalmente focado nas bitcoins, e do QETH11, da QR Capital, que investe em ethereum, outra classe de criptomoedas. O preço inicial para cada cota das ETFs costuma ser acessível, a partir de R$ 50.
A vantagem de acessar o mercado de ativos digitais por meio dos ETFs é a possibilidade de investir no mercado de criptomoedas com a proteção regulatória da Bolsa de Valores. Diferente da compra desses ativos de forma direta, nesse caso os investidores têm as garantias típicas dos demais produtos da B3, com regulação feita pela CVM, a Comissão da Valores Mobiliários.
“A gente passa por todo o escrutínio da CVM aqui no Brasil e nos Estados Unidos, com a SEC [Comissão de Valores Mobiliários americana]. Então por tudo isso, a gente oferece um ambiente de muito mais conforto para o investidor e não é à toa que tem sido esse sucesso todo”, como Cunha.
O interesse tem levado, aliás, à expansão dos fundos da Hashdex na Bolsa brasileira. Na próxima quarta-feira (18), a gestora passa a negociar um novo ETF com 100% de exposição à criptomoeda ethereum, a segunda maior moeda digital do mundo, atrás apenas do bitcoin. O ETHE11 será o terceiro lançado pela gestora no Brasil.
Ao exemplo do modelo do HASH11, o novo ETF vai espelhar um fundo chamado Hashdez Nasdaq Ethereum ETF. A oferta do ativo tem sido coordenada pela XP, Itaú BBA e Banco Genial. Com ela, o número de ETFs desse tipo na B3 chegará a cinco.
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