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Ativos judiciais e precatórios podem render até 20% ao ano, diz investidor

Diversificar a carteira de investimentos é fundamental para obter retorno. Ativos não tão populares são alternativas

por Vitor Hugo Gonçalves em 19/02/21 10:34

Impactada pelos juros baixos, a renda fixa vem se caracterizando como uma alternativa de investimento invariável, incapaz de oferecer uma rentabilidade atraente para os investidores.

Acrescida pela democratização da educação financeira, a ampliação das carteiras de aplicação se configura como a principal tendência dos mercados, influenciando sobre a maneira de pensar efetivamente os investimentos, exigindo segurança de seus agentes.

Diversificar a carteira de investimentos é fundamental para aumentar os lucros.
Diversificar a carteira de investimentos é fundamental para aumentar os lucros. Foto: Pixabay (Reprodução).

Certamente, esse movimento pode ser explicado pela queda nas taxas de crédito, exigindo mudanças do investidor. Acostumado a ganhar dois dígitos aportando em títulos públicos e CDBs, ele precisa se reinventar em um cenário de juros reais negativos. Ou seja, para rentabilizar a carteira acima da inflação se faz necessário buscar alternativas aos produtos tradicionais, como a poupança e o tesouro direto, por exemplo. 

Diante desse cenário, os investimentos em ativos alternativos de alta rentabilidade e não correlacionados à performance da bolsa de valores são uma boa opção. Neles, o prêmio de risco está ligado principalmente à iliquidez, conferido e protegido pela volatilidade e posicionamento estratégico em ativos que possuem uma relação risco-retorno interessante.

De acordo com Caio Fasanella, CEO da fintech de investimentos Balko, aplicações não tão populares como ativos judiciais, direitos creditórios e precatórios são algumas dessas possibilidades.

“São investimentos relativamente novos para o investidor, pessoa física, no Brasil, mas que o investidor institucional já investe há mais de dez anos – bancos e grandes fundos já possuem precatórios de investimento há algum tempo. Plataformas como a Balko têm surgindo para que essas aplicações sejam mais acessíveis, fazendo com que o investidor, a partir de um montante relativamente pequeno, tenha à disposição esse tipo de ativo na carteira dele”.

Fasanella falou também sobre as vantagens dos precatórios, definidos como uma espécie de requisição de pagamento referente à condenação em processo judicial da Fazenda Pública para valores totais acima de 60 salários-mínimos por beneficiário.

“Sobre precatórios, temos um ativo com volatilidade muito menor, em que o potencial de retorno dele é dado pelo deságio no momento da compra. Por outro lado, há menos liquidez, ou seja, o investidor tem que estar preparado para aguardar o prazo de pagamento estipulado pelo governo, que pode oscilar… É muito importante que o investidor se apoie em plataformas e especialistas, porque o ativo judicial requer atenção na diligência dos ativos, para que o risco de comprometimento do crédito seja superado”, elucidou.

Entrevista com Caio Fasanella: 22:50 – 30:15

Nos casos dos títulos públicos, o investidor vai ter exposição através do Tesouro Direto, por exemplo, tendo acesso aos ativos disponíveis em sua corretora. “Já no caso dos precatórios, falamos de um mercado completamente diferente: o acesso a esses ativos está nascendo para o investidor, e, por mais que haja um risco de crédito semelhante, até pela questão da complexidade e falta de liquidez, temos um prêmio de risco interessante”.

Em comparação direta, pode-se dizer que ao acessar o Tesouro Direto, um investidor se depara com títulos de curto prazo prefixados em 5% ou 6% de lucro ao ano. Encontrando uma oportunidade de precatório, o aplicador pode atingir retornos “acima de dois dígitos (falamos de precatórios federais próximos a 15%, 20% ao ano de rentabilidade)”.

O CEO da Balko concluiu a questão afirmando ser de extrema importância “que o investidor tenha uma carteira diversificada, tanto em títulos públicos, renda fixa, quanto em alternativos. Se o investidor puder construir uma carteira que tenha, por exemplo, criptoativos, precatórios estaduais e federais e ativos judiciais, ele está encontrando o segredo para conseguir um retorno sustentado, sem correr grandes riscos”.

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