Ao Segunda Chamada, ex-ministro criticou atuação de Pazuello e de Queiroga na pandemia e rebateu declarações de Paulo Guedes
por Hermínio Bernardo em 22/03/21 20:29
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta criticou a postura do atual ministro Eduardo Pazuello e do futuro Marcelo Queiroga. Em entrevista ao Segunda Chamada desta segunda-feira (22), Mandetta classificou Pazuello e Queiroga como “não-ministros” devido à atuação na pandemia.
“O ministro sainte, que é o Pazuello, aceitou o cargo com o compromisso de não ser ministro. É o primeiro ministro ‘não-ministro’ da Saúde da história do Brasil. Ele [Pazuello] forma um ministério cuja função era não ser ministério da Saúde, não orientar, não fazer, se anular, sair do SUS, sair do Pacto Federativo, minar o sistema por dentro. Sobre o ministro entrante, já me preocupa. A primeira ação que ele [Queiroga] fala que vai fazer é ‘eu vou nos hospitais inspecionar para saber se o número de óbitos é de covid’. Antevemos um próximo ‘não-ministro’”, disse.
O ex-ministro também criticou a atuação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) frente à pandemia. O país se aproxima da marca de 300 mil mortos por covid-19. Mandetta declarou que Bolsonaro tem uma estratégia política perversa e cruel.
“[Bolsonaro] joga com a falta de memória do momento. Acho que é uma estratégia política, cruel, absurda, que não se justifica sobre nenhum lado. O governo negligencia a vida em nome dessa estratégia política pensando na eleição. Acho que é uma lógica política perversa e cruel, não vejo outra explicação”, afirmou o ex-ministro.
Mandetta também rebateu declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes. Em entrevista à CNN Brasil, Guedes declarou que o atraso na vacinação vem da época em que Mandetta estava no governo.
“A entrega da vacina não está atrasada só agora, não. No primeiro dia, Mandetta saiu com R$ 5 bilhões no bolso. É desde aquela época que deveríamos estar comprando vacina, não é mesmo? O dinheiro estava lá”, disse Guedes.
Mandetta rebateu e declarou que Guedes é mentiroso.
“Além de desonesto intelectualmente, é mentiroso. Uma mentira e uma desonestidade tão fácil de ser exposta que a mim não me ofende, não me causa raiva pessoal. Um ministro da economia, que trabalha com números, e cuja função é gerar credibilidade e falar ‘não comprou mas a culpa é do Mandetta’, quando elas não existiam. Quando ele estava lá, a Pfizer ofereceu. Quando ele estava lá, no consórcio Covax Facility o Brasil disse que não ia participar. O Brasil politicamente entrou na última hora. Depois, não quiseram comprar e nem ajudar no desenvolvimento da vacina do Butantan. Então, ele com um orçamento de 1,8 trilhão e com a oferta na mesa dele, quanto que custa cada dia de atraso da vacina? Quanto custa para a economia? É de uma coisa tosca, pequena, anêmica, que mina a credibilidade dele”, disse Mandetta.
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