Boa opção para diversificar a carteira de renda fixa, investimento é isento de imposto de renda para o investidor pessoa física
por Luciana Tortorello em 10/08/21 10:40
Quer investir no mercado imobiliário, mas sem comprar um imóvel? Então você tem que conhecer os Certificados de Recebíveis Imobiliários, ou CRIs. Relacionado em títulos de renda fixa, esses certificados são boas opções para quem quer diversificar a carteira e ter um retorno um pouco maior.
Investir em CRIs é ajudar a estimular a construção civil no país, já que o investimento tem como finalidade financiar o mercado imobiliário, antecipando a carteira de recebíveis. Sandra Blanco, estrategista-chefe da Órama Investimentos, vê oportunidades nesse mercado, que é pouco conhecido.
“Apesar da taxa de juros estar alta, ela ainda está num patamar que é estimulativa, e isso traz bastante oportunidades para o mercado imobiliário no Brasil, que ainda está em desenvolvimento e tem muito para crescer”, analisa Blanco.
Mas afinal, como funcionam os CRIs? São títulos de renda fixa de crédito privado, que trazem a promessa de pagamento futuro referente a imóveis. Isso quer dizer que o investidor de CRI está ajudando a financiar o mercado imobiliário, através da antecipação de investimento para empreendimentos imobiliários, por exemplo.
A empresa recorre a uma securitizadora, que paga o valor à vista para a construtora, através da emissão de títulos de CRI, e fica com a carteira de recebíveis do empreendimento, ganhando com os juros do financiamento e do spread da operação – a diferença do preço de compra e venda.
“Ele serve mais para quem já tem um percentual investido em renda fixa, a reserva de emergência, títulos mais acessíveis, como CDBs, LCIs, e que esteja buscando uma diversificação também em renda fixa”, observa a estrategista chefe da Órama.
Um bom exemplo de CRI citada por Sandra Blanco é a Tecnisa – uma empresa do mercado imobiliário brasileiro, com capital aberto com ações listadas na B3 e boa reputação no mercado. A remuneração é o IPCA, mais 4,85% ao ano. Por ser um CRI, é isento de imposto de renda para pessoa física.
“O vencimento [desse título] é em fevereiro de 2026, mas como tem pagamentos ao longo do decorrer do título, o prazo médio que a gente calcula é de 3,3 anos. Quando se inclui pagamentos periódicos entre o prazo que eu comprei e o vencimento, reduz o prazo médio e, consequentemente, o risco do título”, explica Blanco, que é autora dos livros “A Bolsa para mulheres” e “Mulher Inteligente Valoriza o Dinheiro Pensa no Futuro e Investe”.
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