Cerca de R$ 260 bilhões são perdidos anualmente com fraudes e outras práticas ilícitas na publicidade digital
por Natália Fernandes em 25/12/20 10:44
Com a crescente digitalização da sociedade, a importância desta vertical pode ser expressa no quão estratégico seu uso se torna para fortalecer ou fragilizar instituições, empresas e países. É por isso também que nos últimos anos e, cada vez mais, se fala sobre ações robustas para combater fraudes e ciberataques no ambiente digital. A cadeia ilícita que movimenta bilhões de dólares atualmente, em diferentes frentes, possui impacto não apenas para corporações, mas vários elos de um sistema, podendo chegar às nossas vidas de maneiras diversas.
Nesta semana muitos se divertiram e criaram memes com as supostas vacinas falsificadas contra o coronavírus vendidas por camelôs no Rio de Janeiro. O que assusta não é a falsificação em si, mas o inusitado tema que fez alvo: a vacina. No entanto, semanas antes, de forma nada engraçada e imensamente sofisticada, ações criminosas impactaram no acesso aos dados da cadeia de suprimentos das vacinas realizadas por hackers dispostos a negociar altíssimos pagamentos para que as informações fossem novamente reestabelecidas e a luta contra a doença continuasse a todo vapor.
Outro exemplo sobre como estes crimes estão impactando nossas rotinas são os crescentes números de ciberataques que usuários comuns foram alvo, em virtude do aumento do número de pessoas trabalhando remotamente. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, com estruturas menos robustas de segurança e com acesso a sistemas corporativos dos seus computadores pessoais, os trabalhadores têm sido alvos de constantes ataques que buscam não apenas o roubo de seus dados pessoais, mas também o acesso às informações confidenciais das empresas, acarretando em prejuízo para uma parte da economia já abalada com um ano tão desafiador.
Em uma outra instância, que poucos imaginam, está a publicidade digital. A indústria é um forte alvo destas ações. Anualmente, estima-se US$ 50 bilhões — o equivalente a R$ 260 bilhões — sejam desperdiçados no que se chama ad fraud, ou fraude na publicidade, ao qual podemos ser expostos enquanto navegamos na internet, de acordo com dados do World Federation of Advertisers (WFA).
Por meio de práticas ilícitas, robôs podem simular o comportamento humano, por exemplo, atrapalhando a eficiência de campanhas e marcas anunciantes e trazendo prejuízos à cadeia como um todo.
Afinal, quais são os caminhos para lidar com estes cenários? Felizmente temos opções. Primeiro, é necessário regulamentação das instituições, das políticas de combate a práticas ilícitas nas redes de forma extensiva, e contar com profissionais que possam atuar como parceiros consultivos neste universo. Já quando tratamos da publicidade, existem tecnologias que fazem esta detecção e que podem ser trabalhadas por especialistas em mídias para alcance dos melhores resultados. No universo da proteção dos nossos e-mails, além de empresas especializadas, há também a educação dos usuários para atenção aos sites, links e arquivos que são acessados e que podem contribuir para a fragilidade da segurança das informações que têm acesso.
A tecnologia nos apoia na resolução de desafios que existiam e que ainda virão nos anos que seguem. Cabe aos profissionais deste ecossistema se manterem informados e compreender como aplicar a melhor solução a cada caso.
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