Vice-presidente dos Estados Unidos, que recebeu o apoio de Joe Biden para substituí-lo na disputa contra Donald Trump, foi a primeira mulher a ocupar o cargo no país
por Sofia Pilagallo em 21/07/24 20:48
Kamala Harris faz o juramento de posse na plataforma do Capitólio dos EUA, durante a 59ª posse presidencial em Washington DC, em 20 de janeiro de 2021 | Foto: Flickr
A vice-presidente Kamala Harris, de 59 anos, que recebeu o apoio de Joe Biden para substituí-lo na disputa contra Donald Trump, foi a primeira mulher a a ocupar o cargo no país. Agora, pode ser a escolha do Partido Democrata para evitar que o candidato republicano, que lidera as pesquisas de intenção de voto, conquiste a presidência novamente. Ela é negra e filha de imigrantes (mãe indiana, pai jamaicano).
Kamala tem uma longa carreira no judiciário do país. Foi procuradora de São Francisco e do estado da Califórnia, onde também se elegeu senadora, em 2016. Nas eleições de 2020, era um dos nomes cotados para ser candidata à Presidência e liderou pesquisas internas dos democratas, mas desistiu após perder apoios importantes dentro do partido.
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Segundo o professor de relações internacionais Carlos Gustavo Poggio, que conversou com o MyNews, enquanto Biden é visto como alguém mais experiente dentro do campo democrata, Kamala representa, em alguma medida, “o futuro do partido”, pelo fato de ser uma mulher mais jovem e filha de imigrantes. Ao mesmo tempo, enfrenta problemas de popularidade que precisam ser superados. Ela não teve um bom desempenho nas primárias democratas, perdendo em todos os estados. Chegou a ser bem avaliada em pesquisas de satisfação, mas por um breve período de tempo.
“Kamala não demonstrou ter uma habilidade política muito grande nesse processo das primárias democratas e, ao longo do mandato, também foi muito criticada”, afirmou Poggio, acrescentando que, hoje, o índice de rejeição dela é ainda maior que o de Biden. De acordo com um compilado de pesquisas do FiveThirtyEight, 51% dos americanos a desaprovam, enquanto 37% a aprovam.
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A vice-presidente se define como progressista e é a principal voz do atual governo em defesa do aborto, mas já adotou posturas criticadas pela esquerda. Para alguns, ela, advogada com longa carreira no judiciário, não agiu de forma suficientemente assertiva como procuradora em casos que contribuíram para prisões injustas de réus negros e pobres. Também é mal avaliada pelo campo progressista em relação a seus posicionamentos sobre maconha, pena de morte e a imigração.
Em 2014, já senadora, a provável candidata democrata se casou com o advogado Doug Emhoff e se tornou madrasta de Ella Emhoff, de 25 anos, e Cole Emhoff, de 30 anos. Ela não teve filhos.
Assista abaixo a análise completa:
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