Presidente sinalizou que deve se posicionar contra o ingresso do país sul-americano no bloco, formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul
por Sofia Pilagallo em 21/10/24 17:30
Lula e Maduo apertam as mãos na entrada do Palácio do Planalto, em Brasília | Foto: Reprodução Instagram/@lulaoficial
O jornalista Ricardo Kotscho, comentarista do MyNews, elogiou a postura do Brasil com relação à entrada da Venezuela nos Brics, durante o programa Pergunte ao Kotscho desta semana. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou que deve se posicionar contra o ingresso do país sul-americano no bloco, formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.
Após sofrer uma queda na residência oficial da Presidência, em Brasília, Lula não pôde comparecer pessoalmente à cúpula do Brics, em Moscou, mas teve uma conversa com seu time de articulação internacional, chefiado pelo chanceler Mauro Vieira, que deve representá-lo na reunião. A Venezuela, governada por Nicolás Maduro, descumpriu acordos internacionais que o próprio presidente assinou, ao se comprometer a disputar eleições limpas e auditáveis, o que não se concretizou.
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“Eu acho que este é o primeiro passo para mudar um pouco essa política interna”, afirmou Kotscho, acrescentando que um internauta do MyNews tinha “toda razão” ao questioná-lo se Lula não deveria adotar uma postura mais contundente contra o governo de Maduro. “É um absurdo o Brasil não dar nome aos bois. O Maduro é um ditador, comanda uma ditadura e não tem como fugir disso.”
Em entrevista em meados de agosto, cerca de duas semanas depois da eleição na Venezuela, Lula afirmou, em entrevista à Rádio Gaúcha, em Porto Alegre, que a Venezuela vive um “regime desagradável” sob a administração de Maduro, mas disse que o país vizinho não é uma ditadura. Ao mesmo tempo, não reconheceu o pleito realizado em 28 de julho, em que o presidente venezuelano se declarou eleito sem apresentar as atas eleitorais.
A pesquisa AltaVista, uma contagem independente de votos da eleição na Venezuela, à qual o MyNews teve acesso, aponta a vitória de Edmundo González sobre Maduro por 66,2% a 31,2%. Esta foi uma das quatro contagens independentes que a líder da oposição María Corina Machado declarou ter recebido para contestar o resultado anunciado pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral). Segundo o órgão, o presidente obteve 51,2% dos votos, contra 44,2% de seu opositor.
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