Ataques a hospitais tornaram-se mais frequentes, de acordo com o diretor-geral da organização; desde 2018, autoridades contabilizaram mais de 7,8 mil atentados
por Agência Brasil em 06/12/24 17:26
Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, participa do lançamento do programa Brasil Saudável, para eliminar doenças determinadas socialmente | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil - 07/02/2024
A Organização Mundial da Saúde (OMS) contabilizou, ao longo de 2024, mais de 1,2 mil ataques contra serviços de saúde em países e territórios que enfrentam conflitos – incluindo Afeganistão, Faixa de Gaza, Haiti, Líbano, Mianmar, Sudão e Ucrânia.
“Ataques a serviços de saúde se tornaram o novo normal em meio a conflitos”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Esses ataques matam e mutilam”, completou, em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).
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“Ao longo dos últimos três anos, observamos um aumento na frequência, na escala e no impacto de ataques a serviços de saúde”, avaliou Tedros. Segundo ele, desde 2018, foram registrados mais de 7,8 mil ataques em 21 países e territórios, além de mais de 2,6 mil mortes e 5,4 mil feridos, incluindo profissionais de saúde e pacientes.
“Esses ataques privam pessoas vulneráveis de acessar os serviços de saúde que mais precisam. Destroem hospitais, clínicas e ambulâncias, além de desmoralizar, degradar e desumanizar. Tudo isso afeta idosos, crianças, gestantes, pessoas com deficiência e pacientes que precisam de tratamento para câncer, falência renal e doenças do coração”, acrescentou.
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“A legislação internacional exige que serviços de saúde sejam ativamente protegidos. Se não houver responsabilização, esses ataques vão aumentar. A melhor forma de interromper ataques contra serviços de saúde é colocar fim às guerras. O melhor remédio é a paz”, concluiu o diretor-geral da OMS.
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