Substituto de Pazuello só seria escolhido após conclusão do processo de compra das vacinas contra a covid-19
por Juliana Braga em 08/02/21 12:50
O presidente Jair Bolsonaro tem sido aconselhado a adiar a troca no comando do Ministério da Saúde, cobiçado pelo Centrão. A ala militar tenta convencê-lo a escolher um substituto para Eduardo Pazuello somente depois de já terem sido acertados os contratos para compra de vacinas e dos insumos necessários para a imunização contra a covid-19.
O principal argumento é de que os contratos em negociação neste momento são altos e sensíveis para o governo. O receio é de que, nas mãos do Centrão neste momento, a pasta possa ser pivô de escândalos de corrupção, capazes de enfraquecer a gestão Bolsonaro.
Na semana passada, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, deflagrou uma crise tendo como alvo o diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra Torres. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Barros ameaçou “enquadrar a agência” caso não aprove o uso das vacinas com mais agilidade. Barros é apontado no governo como um dos maiores defensores da compra da Sputinik V no Brasil.
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