Em entrevista ao MyNews, Roberto Freire diz que partidos tem vários candidatos, mas não tem nenhum.
O ex-deputado federal e ex-senador por Pernambuco Roberto Freire, presidente do Cidadania, afirmou em entrevista ao Canal MyNews que existem várias candidaturas da terceira via, mas concretamente não existe nenhuma. E que a única mais forte, a de Ciro Gomes (PDT), tem dificuldade de crescer porque o seu partido fez parte de uma base do governo Lula (PT).
Freire também relembrou que fazia um exercício com integrantes dos partidos, na tentativa de eleger um nome que melhor representasse a terceira via. “Eu juntava os nossos companheiros e dizia: se viesse alguém de um instituto de pesquisa fazer uma pesquisa com qualquer um de nós, muito provavelmente iria sair muitos indecisos, porque nós somos desse campo e estamos indecisos. Qual é o nosso candidato? Não tem. Você só tem sua preferência.”
Mas o ex-deputado garante que o nome de Simone Tebet (MDB) é unanimidade no Cidadania, e que a senadora “promove a unidade desse grupo político que estamos chamando de centro democrático”. Segundo ele, a partir do momento em que o nome de Tebet foi anunciado como a alternativa à polarização Lula-Bolsonaro, é natural que as pessoas comecem a se interessar por ela, por conhecê-la melhor, e somente a partir daí poderá se ter um termômetro quanto ao crescimento ou não de sua candidatura.
O PSDB, no entanto, adiou o anúncio do apoio do partido à candidatura da senadora à presidência da República. Roberto Freire explica o porquê desse adiamento: “Neste momento há uma opção por uma candidatura estranha ao partido. Ou seja, numa coligação [MDB-PSDB], e sem ser o principal protagonista. E isso cria, e é legítimo, alguns setores que pensam e admitem que é fundamental ter um candidato próprio [do PSDB]. E estes líderes tem que ser ouvidos, e é nesse sentido que nós temos tido ainda um certo adiamento de uma decisão. Mas eu, pra ser mais enfático, eu quero dizer que não tenho dúvidas de que o PSDB vai decidir, tal como havia sido indicado em reunião na sede do Cidadania, pela indicação de Simone Tebet.”
Quando questionado sobre a possibilidade de Eduardo Leite voltar à cena, seja como cabeça de chapa, seja como vice, o presidente do Cidadania foi enfático: “Eduardo Leite não será candidato. O PSDB apoia a Simone ou será outro candidato, mas não será o Eduardo Leite.”
Roberto Freire também falou sobre o que considera um desastre para o Brasil numa eleição: a escolha de um candidato com base no ódio do outro. Mas admite que a indefinição com um nome da terceira via contribuiu e ainda contribui para que Lula e Bolsonaro se retroalimentem e ajam como se só houvesse dois postulantes ao Palácio do Planalto.
“Muitos dos que hoje dizem que votam em Lula, claramente já dizem: eu voto em Lula não é porque acho bom, é porque não voto em Bolsonaro de jeito nenhum. E do lado de Bolsonaro – isso inclusive no segundo turno de 2018 já funcionou -, funciona o antipetismo: aqueles que votam em Bolsonaro porque não votam em Lula de jeito nenhum. E o Brasil não pode caminhar para uma decisão em que as pessoas estão decidindo o futuro do presidente pela raiva de um ou de outro. Quem é menos ruim. Essa escolha é um desastre para o Brasil”, pondera o ex-deputado.
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