Segundo a última pesquisa Datafolha de intenção de voto, prefeito de São Paulo aparece atrás do adversário Pablo Marçal (PRTB), recém-chegado na política
por Sofia Pilagallo em 23/08/24 16:33
Prefeito Ricardo Nunes (PRTB) | Foto: Reprodução/Facebook/@prefeitoricardonunes
Um ano atrás, ninguém sabia quem era Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, afirmou o sociólogo Rodrigo Prando durante participação no Segunda Chamada de quinta-feira (22). Esse e outros fatores poderiam explicar o desempenho de Nunes nas pesquisas de intenção de voto, nas quais ele aparece ligeiramente atrás do adversário Pablo Marçal (PRTB), recém-chegado na política.
Na última sondagem do Instituto Datafolha, divulgada na própria quinta-feira, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) aparece liderando a disputa com 23%, seguido de Marçal (21%) e Nunes (19%), esses dois últimos empatados tecnicamente. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Boulos se manteve estável, no mesmo patamar do levantamento do início de agosto, quando tinha 22%. Ele agora divide a liderança com Marçal, que cresceu de 14% para 21% nesse período, e com Nunes, que oscilou negativamente de 23% para 19%.
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Prando lembra que, nas eleições municipais de 2020, 63% dos prefeitos que se candidataram foram reeleitos. Isso significa que ter a máquina nas mãos faz muita diferença quando se tem um governo minimamente bem avaliado, embora sempre existam exceções. Para o sociólogo, no caso de Nunes, o fato de ele ser o prefeito não o favoreceu, e alguns fatores explicam isso. Além de não ter sido eleito, uma vez que assumiu o cargo depois da morte do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), levou um tempo até que se tornasse amplamente conhecido.
“Um ano atrás, se você perguntasse às pessoas quem era o prefeito de São Paulo, elas não sabiam. Uma vez ouvi de um consultor que, na política, timing (tempo) e feeling (faro) são fundamentais. Talvez Nunes tenha demorado tempo demais para se tornar conhecido”, afirmou Prando, que ressaltou também a falta de carisma do prefeito.
“Nunes teve um bom desempenho nos debates. Se manteve calmo e não perdeu a compostura. Mas não tem carisma, e isso não é algo que se aprende. Você pode aprender a falar bem, a melhorar a postura e a fazer uma série de outras coisas, mas não a ter carisma”, acrescentou.
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