Agronegócio é um dos principais da economia brasileira. Nada mais natural para o investidor do que procurar por essas empresas na hora de investir
por Tatiana Nascimento em 13/10/21 21:45
“Brasil, o celeiro do mundo.” A expressão é antiga. Foi cunhada na Era Vargas, quando o país passou a produzir soja, trigo e milho em larga escala. Muitos anos se passaram desde a criação do slogan e, mesmo deixando os arroubos populistas de lado, não dá para tirar a importância do agronegócio para a economia brasileira.
O país é o quarto maior produtor de grãos do mundo, atrás apenas de China, Estados Unidos e Índia. Tem o maior rebanho bovino, o quarto efetivo de aves e o terceiro de suínos. Em 2020, 26,6% do PIB brasileiro correspondeu ao setor. Nada mais natural para o investidor do que procurar empresas do agro na hora de investir na Bolsa. Mas será que é o momento?
A pedido do MyNews Investe, Elidio Almeida, especialista em commodities da Valor Investimentos, apontou três ações com boas perspectivas para os próximos meses. A primeira delas é a SLCE3, da SLC Agrícola. A empresa fundada em 1977 pelo Grupo SLC produz soja, algodão e milho, além de trabalhar com gado. Também detém a marca SLC Sementes, que produz e comercializa sementes de soja e algodão.
A SLC foi uma das primeiras empresas do setor a ter ações negociadas na Bolsa. Nas últimas 52 semanas, os papéis tiveram uma valorização de 96,36%. “Ela está sendo negociada com um Preço/Lucro de 8,4 vezes”, informa Almeida. O chamado Índice Preço/Lucro serve justamente como um indicador do humor dos investidores. Quanto maior o P/L, mais positivo está o cenário do mercado para a companhia.
A segunda ação apontada por Elidio Almeida é a RAIZ4, da Raízen, que foi negociada na Bolsa nesta quarta-feira a R$ 7,06. “É mais focada em energias renováveis e uma empresa bem bacana do setor também”, destaca o especialista. Ela é fruto de uma joint venture entre a brasileira Cosan e a holandesa Shell e está entre as maiores produtoras de cana de açúcar e etanol do mundo.
A Raízen realizou IPO em agosto deste ano. A oferta pública inicial movimentou R$ 6,9 bilhões. De acordo com a companhia, os recursos captados seriam usados na expansão da produção de produtos renováveis, segmento que respondeu por 13% dos R$ 114,6 bilhões do faturamento no ano fiscal encerrado em março de 2021.
Fechando o Top 3, Elidio Almeida aponta a TTEN3, papel da Três Tentos, empresa que atua no gerenciamento de grãos, armazenagem, defensivos agrícolas, fertilizantes e gestão de produção, e abriu capital em julho deste ano. “É praticamente uma Small Cap. Entrou na bolsa através de uma oferta restrita. A gente acha que ela está num patamar bem interessante de preço e tem um potencial bem grande de crescimento.” O papel foi negociado nesta quarta a R$ 9,05, com valorização de 4,26%.
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