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Ex-chefe de Operações da PM está entre os presos da 5ª fase da ‘Lesa Pátria’

Operação Lesa Pátria tem como objetivo identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os atos golpistas de 8 de janeiro

por Agência Brasil em 07/02/23 11:35

Faixada da Polícia Federal (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (7) mais uma etapa da Operação Lesa Pátria, que tem como objetivo, identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e destruídas por golpistas insatisfeitos com o resultado das eleições presidenciais.

Entre os presos está o coronel da Polícia Militar do DF Jorge Eduardo Naime Barreto, que foi chefe do Departamento Operacional do órgão.

Nesta quinta fase, estão sendo cumpridos, no Distrito Federal, três mandados de prisão temporária, um mandado de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Até ontem, dia 6, a PF cumpriu 16 mandados de prisão preventiva; e 31 mandados de busca e apreensão.

O Palácio do Planalto, Congresso Nacional e o STF foram invadidos por “indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições”, conforme nota da PF.

“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, diz PF.

Denúncias
A PF abriu um canal de denúncias para identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram atos golpistas. As denúncias podem ser enviadas para o e-mail [email protected].

O Ministério da Justiça contabiliza mais de 107 mil e-mails com denúncias sobre os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. De acordo com a Secretaria de Acesso à Justiça do ministério, das mais de 107 mil mensagens foram analisadas 102.407 enviadas por 27.457 denunciantes.

Nos e-mails, há nomes de suspeitos de participar, organizar e financiar os ataques. Autoridades, como deputados, governadores, prefeitos e vereadores, que teriam convocado os atos foram mencionadas em mais de 7 mil mensagens.

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