Três pessoas morreram em Campinas após terem tido contato com carrapato em uma fazenda
por Kethilyn Mieza em 14/06/23 17:13
Foto: Jerry Kirkhart/Wikimedia
Na última semana, três pessoas morreram em decorrência de febre maculosa em São Paulo. Na terça-feira (13), o Instituto Adolfo Lutz confirmou duas mortes pela doença, do piloto Douglas Costa, de 42 anos, e de uma jovem de 28 anos. A morte da namorada de Douglas, Mariana Giordano, de 36 anos, foi confirmada na segunda-feira.
Ambos participaram da “Feijoada do Rosa”, um evento que ocorreu na Fazenda Santa Margarida, na região de Campinas, no dia 27 de maio. Ainda na terça, morreu também uma adolescente de 16 anos que estava com suspeita da doença e esteve presente no mesmo evento.
Segundo o Ministério da Saúde, a febre maculosa é uma doença infecciosa e de gravidade variável. Na forma grave, a doença tem uma alta taxa de letalidade e é causada pela bactéria Rickettsia, transmitida por meio da picada do carrapato. Dois tipos de riquétsias estão associadas à febre maculosa no Brasil.
Qual tipo de carrapato transmite a doença?
No Brasil, os carrapatos conhecidos como “carrapato estrela” são os principais vetores da febre maculosa. Mas qualquer espécie desse inseto pode ter a bactéria transmissora, como por exemplo o carrapato do cachorro.
Quais são os sintomas?
Os principais sintomas da febre maculosa podem ser facilmente confundidos com os sintomas da dengue, mas alguns deles com uma intensidade ainda maior.
Entre os sintomas estão: febre, dor de cabeça, náuseas e vômitos, diarreia, dor muscular e abdominal, inchaço e vermelhidão nas mãos e nos pés, gangrena nos dedos e orelhas e até mesmo paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando parada respiratória.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico dessa doença é difícil, especialmente nos primeiros dias de contaminação, por ter os sintomas parecidos com outras doenças. Além da dengue, também podem ser confundidos com os sintomas de sarampo, meningite, leptospirose, hepatite viral, salmonelose, encefalite, pneumonia e malária.
O principal fator para identificar a doença é avaliar o local em que o paciente esteve, se havia muita mata onde poderia haver carrapatos. Mas os exames contribuem para um diagnóstico mais preciso.
Como é o tratamento?
O tratamento correto é muito necessário para evitar a forma mais grave da doença, que pode resultar em mortes. Quando surgem os sintomas, é preciso procurar uma unidade de saúde e passar por uma consulta médica. O tratamento é feito com antibióticos específicos ou até mesmo internação em determinados casos.
Você também pode acompanhar a explicação completa do infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia Marcelo Daher no Almoço do MyNews:
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